SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 19
1214 - 2014

800 ANOS
LÍNGUA PORTUGUESA
D. AFONSO II
(terceiro rei de Portugal)
O Testamento de D. Afonso II é
um dos textos mais antigos escritos
totalmente em língua portuguesa.
Este documento tem um grande
valor linguístico, uma vez que
possibilita estudar e perceber a
evolução natural da Língua
Portuguesa.

1185 / 1223
Testamento de D. Afonso II
Data provável: 27 de junho de 1214
De princípios do século XIII, são também conhecidos
outros dois textos originais escritos em português - a
Notícia de Fiadores (1175) a Notícia de Torto (1214).

Notícia de Fiadores
(notícia de fiadores discriminando dívidas de
Pelagio Romeu)

Notícia de Torto
(notícia das malfeitorias de que foi injustamente
vítima Lourenço Fernandes da Cunha)
D. DINIS
- De que morredes, filha, a do corpo velido?
- Madre, moiro d' amores que mi deu meu amigo.
Alva é, vai liero.
- De que morredes, filha, a do corpo loução?
- Madre, moiro d' amores que mi deu meu amado.
Alva é, vai liero.

1261 / 1325
FERNÃO LOPES
Nós certamente levando outro modo,
posta a de parte toda a afeiçom que por
aazo das ditas razões aver podiamos,
nosso desejo foi em esta obra escrever
verdade, sem outra mestura, leixando
nos boõs aqueecimentos todo fingido
louvor, e nuamente mostrar ao poboo
quaesquer contrairas cousas, da guisa
que aveerom.

1380? / 1460?

Crónica de D. João, Prólogo
GIL VICENTE

Oh, que caravela esta!
Põe bandeiras que é festa;
Verga alta, âncora a pique.
Ó precioso Dom Anrique,

Cá vinde vós? Que coisa é esta?!

1465 / 1536?
LUÍS DE CAMÕES

Tanto de meu estado me acho incerto,
Que em vivo ardor tremendo estou de frio;
Sem causa, juntamente choro e rio;
O mundo todo abarco e nada aperto.

1524 / 1580
PADRE ANTÓNIO VIEIRA

Passará o céu e a
terra, mas o que
dizem as minhas
palavras não
passará.
1608 / 1697
MARQUESA DE ALORNA
(Leonor de Almeida Portugal)

1750 / 1839

Devido à perseguição que o Marquês
de Pombal moveu à sua família, Leonor
teve uma infância atribulada. Aos 8 anos
foi encerrada como prisioneira com a
mãe e a irmã no Convento de São Félix
em Chelas, tendo saído aos vinte e sete
anos. Aí, escreveu grande parte da sua
obra poética.
MARQUESA DE ALORNA
Junto às margens de um rio (Tejo)
Junto às margens de um rio docemente
Com meus suspiros altercando,
A viva apreensão ia pintando
Passadas glórias no cristal luzente.
Mas quando nesta ideia mais contente
O coração se estava recreando,
Despenhou -se do peito o gosto brando,
Envolto com a rápida corrente.
Lá vão parar meus gostos no Oceano,
Ficando inanimado o peito frio,
Que o recreio buscou só por seu dano.
Acabou -se o contente desvario,
E meus olhos saudosos do engano
Quase querem formar um novo rio.
BOCAGE
Já Bocage não sou!... À cova escura
Meu estro vai parar desfeito em vento...
Eu aos céus ultrajei! O meu tormento
Leve me torne sempre a terra dura.

1765 / 1805
Almeida Garrett
- Romeiro! Romeiro!... Quem és tu?
- Ninguém.
in Frei Luís de Sousa

1799 / 1854
EÇA DE QUEIRÓS

O melhor espetáculo
para o homem - será
sempre o próprio
homem.

1845 / 1900
sophia de Mello Breyner
Andresen
O meu país sabe as amoras bravas no verão.
Ninguém ignora que não é grande,
nem inteligente, nem elegante o meu país,

mas tem esta voz doce
de quem acorda cedo para cantar nas silvas.

1919 / 2004
JOSÉ SARAMAGO
Prémio Nobel da Literatura 1998

Fisicamente, habita
mos um
espaço, mas, sentim
entalmente, somos
habitados por uma
memória.
1922 / 2010
lamento para a língua

Portuguesa não és mais do que as
outras, mas és nossa,
e crescemos em ti.
(…)

Vasco Graça Moura

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Estrutura de 'Mensagem'
Estrutura de 'Mensagem'Estrutura de 'Mensagem'
Estrutura de 'Mensagem'12_A
 
Fernando Pessoa Prece
Fernando Pessoa PreceFernando Pessoa Prece
Fernando Pessoa PreceSamuel Neves
 
Análise dos poemas
Análise dos poemas Análise dos poemas
Análise dos poemas Goncalo1904
 
Análise do Poema - A Última Nau
Análise do Poema - A Última NauAnálise do Poema - A Última Nau
Análise do Poema - A Última NauMaria Freitas
 
Análise Poema - A Última Nau (Guião)
Análise Poema - A Última Nau (Guião)Análise Poema - A Última Nau (Guião)
Análise Poema - A Última Nau (Guião)Maria Freitas
 
"Mar Português" e " Ascensão de Vasco da Gama" por Filipe Reis
"Mar Português" e " Ascensão de Vasco da Gama" por Filipe Reis"Mar Português" e " Ascensão de Vasco da Gama" por Filipe Reis
"Mar Português" e " Ascensão de Vasco da Gama" por Filipe ReisFilipeReis48
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 8-9
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 8-9Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 8-9
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 8-9luisprista
 
"Quinto Império" - Mensagem de Fernando Pessoa
"Quinto Império" - Mensagem de Fernando Pessoa"Quinto Império" - Mensagem de Fernando Pessoa
"Quinto Império" - Mensagem de Fernando PessoaFilipaFonseca
 
Mensagem - Antemanhã
Mensagem - AntemanhãMensagem - Antemanhã
Mensagem - AntemanhãSofia_Afonso
 
António Vieira
António VieiraAntónio Vieira
António VieiraAna Cruz
 
Os+lusíad[1] tainá
Os+lusíad[1] taináOs+lusíad[1] tainá
Os+lusíad[1] tainájuninhowwave
 
D. João, infante de portugal
D. João, infante de portugalD. João, infante de portugal
D. João, infante de portugalGonaloNuno2
 

Mais procurados (20)

Exame mensagem
Exame mensagemExame mensagem
Exame mensagem
 
Horizonte + ilha amores
Horizonte + ilha amoresHorizonte + ilha amores
Horizonte + ilha amores
 
As mensagens
As mensagensAs mensagens
As mensagens
 
"As Ilhas Afortunadas" - análise
"As Ilhas Afortunadas" - análise"As Ilhas Afortunadas" - análise
"As Ilhas Afortunadas" - análise
 
Estrutura de 'Mensagem'
Estrutura de 'Mensagem'Estrutura de 'Mensagem'
Estrutura de 'Mensagem'
 
Fernando Pessoa Prece
Fernando Pessoa PreceFernando Pessoa Prece
Fernando Pessoa Prece
 
Análise dos poemas
Análise dos poemas Análise dos poemas
Análise dos poemas
 
Análise do Poema - A Última Nau
Análise do Poema - A Última NauAnálise do Poema - A Última Nau
Análise do Poema - A Última Nau
 
Análise Poema - A Última Nau (Guião)
Análise Poema - A Última Nau (Guião)Análise Poema - A Última Nau (Guião)
Análise Poema - A Última Nau (Guião)
 
"Mar Português" e " Ascensão de Vasco da Gama" por Filipe Reis
"Mar Português" e " Ascensão de Vasco da Gama" por Filipe Reis"Mar Português" e " Ascensão de Vasco da Gama" por Filipe Reis
"Mar Português" e " Ascensão de Vasco da Gama" por Filipe Reis
 
Mensagem elementos simbólicos
Mensagem  elementos simbólicosMensagem  elementos simbólicos
Mensagem elementos simbólicos
 
Mensagem síntese
Mensagem   sínteseMensagem   síntese
Mensagem síntese
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 8-9
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 8-9Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 8-9
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 8-9
 
Dona tareja
Dona tarejaDona tareja
Dona tareja
 
"Quinto Império" - Mensagem de Fernando Pessoa
"Quinto Império" - Mensagem de Fernando Pessoa"Quinto Império" - Mensagem de Fernando Pessoa
"Quinto Império" - Mensagem de Fernando Pessoa
 
Mensagem - Antemanhã
Mensagem - AntemanhãMensagem - Antemanhã
Mensagem - Antemanhã
 
António Vieira
António VieiraAntónio Vieira
António Vieira
 
Mensagem
MensagemMensagem
Mensagem
 
Os+lusíad[1] tainá
Os+lusíad[1] taináOs+lusíad[1] tainá
Os+lusíad[1] tainá
 
D. João, infante de portugal
D. João, infante de portugalD. João, infante de portugal
D. João, infante de portugal
 

Destaque

Reis portugal 1ª, 2ª, 3ª e 4ª dinastias.
Reis portugal   1ª, 2ª, 3ª e 4ª dinastias.Reis portugal   1ª, 2ª, 3ª e 4ª dinastias.
Reis portugal 1ª, 2ª, 3ª e 4ª dinastias.Álvaro Maurício
 
Parâmetros Curriculares Nacionais
Parâmetros Curriculares NacionaisParâmetros Curriculares Nacionais
Parâmetros Curriculares NacionaisMarcelo Assis
 
A gramática portuguesa
A gramática portuguesaA gramática portuguesa
A gramática portuguesaJoão Patacão
 
Lingua Portuguesa
Lingua PortuguesaLingua Portuguesa
Lingua Portuguesaveroleal
 

Destaque (6)

Reis portugal 1ª, 2ª, 3ª e 4ª dinastias.
Reis portugal   1ª, 2ª, 3ª e 4ª dinastias.Reis portugal   1ª, 2ª, 3ª e 4ª dinastias.
Reis portugal 1ª, 2ª, 3ª e 4ª dinastias.
 
Parâmetros Curriculares Nacionais
Parâmetros Curriculares NacionaisParâmetros Curriculares Nacionais
Parâmetros Curriculares Nacionais
 
Aula de português
Aula de portuguêsAula de português
Aula de português
 
A gramática portuguesa
A gramática portuguesaA gramática portuguesa
A gramática portuguesa
 
Gramática
GramáticaGramática
Gramática
 
Lingua Portuguesa
Lingua PortuguesaLingua Portuguesa
Lingua Portuguesa
 

Semelhante a Evolução da Língua Portuguesa

Semelhante a Evolução da Língua Portuguesa (20)

Marquesa de alorna
Marquesa de alornaMarquesa de alorna
Marquesa de alorna
 
Quinhentismo
QuinhentismoQuinhentismo
Quinhentismo
 
Vistotrabalho linguaport.fabiolisandra
Vistotrabalho linguaport.fabiolisandraVistotrabalho linguaport.fabiolisandra
Vistotrabalho linguaport.fabiolisandra
 
Poster projecto galaico português
Poster projecto galaico portuguêsPoster projecto galaico português
Poster projecto galaico português
 
D. carlo caderno didáctico
D. carlo caderno didácticoD. carlo caderno didáctico
D. carlo caderno didáctico
 
O Trovadorismo
O Trovadorismo O Trovadorismo
O Trovadorismo
 
Fenomenos
FenomenosFenomenos
Fenomenos
 
Trovadorismo
TrovadorismoTrovadorismo
Trovadorismo
 
Apoesiatrovadoresca.pdf
Apoesiatrovadoresca.pdfApoesiatrovadoresca.pdf
Apoesiatrovadoresca.pdf
 
Os Lusíadas
Os LusíadasOs Lusíadas
Os Lusíadas
 
Ser poeta - Florbela Espanca
Ser poeta - Florbela EspancaSer poeta - Florbela Espanca
Ser poeta - Florbela Espanca
 
Aula 01 introdução e trovadorismo
Aula 01   introdução e trovadorismoAula 01   introdução e trovadorismo
Aula 01 introdução e trovadorismo
 
Estudo da Língua Portuguesa - Autores Fundamentais
Estudo da Língua Portuguesa - Autores FundamentaisEstudo da Língua Portuguesa - Autores Fundamentais
Estudo da Língua Portuguesa - Autores Fundamentais
 
pdf_mensagem.pptx
pdf_mensagem.pptxpdf_mensagem.pptx
pdf_mensagem.pptx
 
SÃO VALENTIM.pdf
SÃO VALENTIM.pdfSÃO VALENTIM.pdf
SÃO VALENTIM.pdf
 
Florbela Espanca
Florbela EspancaFlorbela Espanca
Florbela Espanca
 
Da UniãO Ibérica a D. João V
Da UniãO Ibérica a D. João VDa UniãO Ibérica a D. João V
Da UniãO Ibérica a D. João V
 
Trovadorismo
TrovadorismoTrovadorismo
Trovadorismo
 
Os descobrimentos portugueses 1ªparte
Os descobrimentos portugueses 1ªparteOs descobrimentos portugueses 1ªparte
Os descobrimentos portugueses 1ªparte
 
Portugal
PortugalPortugal
Portugal
 

Mais de celesteoliveira (11)

Painel comemorativo
Painel comemorativoPainel comemorativo
Painel comemorativo
 
cartaz
cartazcartaz
cartaz
 
Presidentes
Presidentes Presidentes
Presidentes
 
Tabela Ige[1]
Tabela Ige[1]Tabela Ige[1]
Tabela Ige[1]
 
Tabela D1 Celeste[1]
Tabela D1 Celeste[1]Tabela D1 Celeste[1]
Tabela D1 Celeste[1]
 
Duas Coisas Que..
Duas Coisas Que..Duas Coisas Que..
Duas Coisas Que..
 
4a Sessao 2 [1]
4a Sessao 2 [1]4a Sessao 2 [1]
4a Sessao 2 [1]
 
Be Power Point Presentation[1]
Be Power Point Presentation[1]Be Power Point Presentation[1]
Be Power Point Presentation[1]
 
2a Sessao[1]
2a Sessao[1]2a Sessao[1]
2a Sessao[1]
 
Tabela Matriz Novo Curso
Tabela Matriz Novo CursoTabela Matriz Novo Curso
Tabela Matriz Novo Curso
 
tabela_matriz
tabela_matriztabela_matriz
tabela_matriz
 

Último

SEMINÁRIO QUIMICA AMBIENTAL - PPGEEA - FINAL.pptx
SEMINÁRIO QUIMICA AMBIENTAL -  PPGEEA - FINAL.pptxSEMINÁRIO QUIMICA AMBIENTAL -  PPGEEA - FINAL.pptx
SEMINÁRIO QUIMICA AMBIENTAL - PPGEEA - FINAL.pptxCompartilhadoFACSUFA
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
tabela desenhos projetivos REVISADA.pdf1
tabela desenhos projetivos REVISADA.pdf1tabela desenhos projetivos REVISADA.pdf1
tabela desenhos projetivos REVISADA.pdf1Michycau1
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaronaldojacademico
 
ANATOMIA-EM-RADIOLOGIA_light.plçkjkjiptx
ANATOMIA-EM-RADIOLOGIA_light.plçkjkjiptxANATOMIA-EM-RADIOLOGIA_light.plçkjkjiptx
ANATOMIA-EM-RADIOLOGIA_light.plçkjkjiptxlvaroSantos51
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxRonys4
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.silves15
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfjanainadfsilva
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfAlissonMiranda22
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 

Último (20)

SEMINÁRIO QUIMICA AMBIENTAL - PPGEEA - FINAL.pptx
SEMINÁRIO QUIMICA AMBIENTAL -  PPGEEA - FINAL.pptxSEMINÁRIO QUIMICA AMBIENTAL -  PPGEEA - FINAL.pptx
SEMINÁRIO QUIMICA AMBIENTAL - PPGEEA - FINAL.pptx
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
tabela desenhos projetivos REVISADA.pdf1
tabela desenhos projetivos REVISADA.pdf1tabela desenhos projetivos REVISADA.pdf1
tabela desenhos projetivos REVISADA.pdf1
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
 
ANATOMIA-EM-RADIOLOGIA_light.plçkjkjiptx
ANATOMIA-EM-RADIOLOGIA_light.plçkjkjiptxANATOMIA-EM-RADIOLOGIA_light.plçkjkjiptx
ANATOMIA-EM-RADIOLOGIA_light.plçkjkjiptx
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 

Evolução da Língua Portuguesa

  • 1. 1214 - 2014 800 ANOS LÍNGUA PORTUGUESA
  • 2.
  • 3. D. AFONSO II (terceiro rei de Portugal) O Testamento de D. Afonso II é um dos textos mais antigos escritos totalmente em língua portuguesa. Este documento tem um grande valor linguístico, uma vez que possibilita estudar e perceber a evolução natural da Língua Portuguesa. 1185 / 1223
  • 4. Testamento de D. Afonso II Data provável: 27 de junho de 1214
  • 5. De princípios do século XIII, são também conhecidos outros dois textos originais escritos em português - a Notícia de Fiadores (1175) a Notícia de Torto (1214). Notícia de Fiadores (notícia de fiadores discriminando dívidas de Pelagio Romeu) Notícia de Torto (notícia das malfeitorias de que foi injustamente vítima Lourenço Fernandes da Cunha)
  • 6. D. DINIS - De que morredes, filha, a do corpo velido? - Madre, moiro d' amores que mi deu meu amigo. Alva é, vai liero. - De que morredes, filha, a do corpo loução? - Madre, moiro d' amores que mi deu meu amado. Alva é, vai liero. 1261 / 1325
  • 7. FERNÃO LOPES Nós certamente levando outro modo, posta a de parte toda a afeiçom que por aazo das ditas razões aver podiamos, nosso desejo foi em esta obra escrever verdade, sem outra mestura, leixando nos boõs aqueecimentos todo fingido louvor, e nuamente mostrar ao poboo quaesquer contrairas cousas, da guisa que aveerom. 1380? / 1460? Crónica de D. João, Prólogo
  • 8. GIL VICENTE Oh, que caravela esta! Põe bandeiras que é festa; Verga alta, âncora a pique. Ó precioso Dom Anrique, Cá vinde vós? Que coisa é esta?! 1465 / 1536?
  • 9. LUÍS DE CAMÕES Tanto de meu estado me acho incerto, Que em vivo ardor tremendo estou de frio; Sem causa, juntamente choro e rio; O mundo todo abarco e nada aperto. 1524 / 1580
  • 10. PADRE ANTÓNIO VIEIRA Passará o céu e a terra, mas o que dizem as minhas palavras não passará. 1608 / 1697
  • 11. MARQUESA DE ALORNA (Leonor de Almeida Portugal) 1750 / 1839 Devido à perseguição que o Marquês de Pombal moveu à sua família, Leonor teve uma infância atribulada. Aos 8 anos foi encerrada como prisioneira com a mãe e a irmã no Convento de São Félix em Chelas, tendo saído aos vinte e sete anos. Aí, escreveu grande parte da sua obra poética.
  • 12. MARQUESA DE ALORNA Junto às margens de um rio (Tejo) Junto às margens de um rio docemente Com meus suspiros altercando, A viva apreensão ia pintando Passadas glórias no cristal luzente. Mas quando nesta ideia mais contente O coração se estava recreando, Despenhou -se do peito o gosto brando, Envolto com a rápida corrente. Lá vão parar meus gostos no Oceano, Ficando inanimado o peito frio, Que o recreio buscou só por seu dano. Acabou -se o contente desvario, E meus olhos saudosos do engano Quase querem formar um novo rio.
  • 13. BOCAGE Já Bocage não sou!... À cova escura Meu estro vai parar desfeito em vento... Eu aos céus ultrajei! O meu tormento Leve me torne sempre a terra dura. 1765 / 1805
  • 14. Almeida Garrett - Romeiro! Romeiro!... Quem és tu? - Ninguém. in Frei Luís de Sousa 1799 / 1854
  • 15. EÇA DE QUEIRÓS O melhor espetáculo para o homem - será sempre o próprio homem. 1845 / 1900
  • 16.
  • 17. sophia de Mello Breyner Andresen O meu país sabe as amoras bravas no verão. Ninguém ignora que não é grande, nem inteligente, nem elegante o meu país, mas tem esta voz doce de quem acorda cedo para cantar nas silvas. 1919 / 2004
  • 18. JOSÉ SARAMAGO Prémio Nobel da Literatura 1998 Fisicamente, habita mos um espaço, mas, sentim entalmente, somos habitados por uma memória. 1922 / 2010
  • 19. lamento para a língua Portuguesa não és mais do que as outras, mas és nossa, e crescemos em ti. (…) Vasco Graça Moura