3. Contexto HistóricoContexto Histórico
Revolução Industrial
Cientificismo
Negação da burguesia como modelo
Eixos CientíficosEixos Científicos
Positivismo – Auguste Comte
Socialismo Científico – Karl Marx e Friedrich Engels
Evolucionismo – Charles Darwin
Psicanálise – Sigmund Freud
Determinismo – Hippolyte Taine
5. NaturalismoNaturalismo
Rebaixa a condição humana
Determinismo
Ação em função da natureza instintiva e ocasional
Ênfase no coletivo
Romance de tese
Temas acerca de patologias
7. A Tríade da Torre de MarfimA Tríade da Torre de Marfim
A expressão Torre de Marfim representa uma
atmosfera onde intelectuais se envolvem em
questionamentos desvinculados das preocupações
cotidianas e, por isso, tem uma conotação pejorativa.
Na literatura parnasiana temos a seguinte tríade:
Olavo Bilac
Alberto de Oliveira
Raimundo Correia
8. ALBERTO DE OLIVEIRA
(1857-1937)
Descrição pormenorizada
Objetividade
Culto da arte pela arte
Reverência à Antiguidade clássica
Perfeição formal
Rigidez métrica
Preciosismo
9. Vaso Chinês
Estranho mimo aquele vaso! Vi-o,
Casualmente, uma vez, de um perfumado
Contador sobre o mármor luzidio,
Entre um leque e o começo de um bordado.
Fino artista chinês, enamorado,
Nele pusera o coração doentio
Em rubras flores de um sutil lavrado,
Na tinta ardente, de um calor sombrio.
Mas, talvez por contraste à desventura,
Quem o sabe?... de um velho mandarim
Também lá estava a singular figura.
Que arte em pintá-la! A gente acaso vendo-a,
Sentia um não sei quê com aquele chim
De olhos cortados à feição de amêndoa.
10. RAIMUNDO CORREIA
(1859 – 1911)
Temas típicos: a natureza, a perfeição
formal, a cultura clássica
Poesia filosófica, de meditação,
marcada pela desilusão e por um forte
pessimismo
11. Mal Secreto
Se a cólera que espuma, a dor que mora
N'alma, e destrói cada ilusão que nasce,
Tudo o que punge, tudo o que devora
O coração, no rosto se estampasse;
Se se pudesse, o espírito que chora,
Ver através da máscara da face,
Quanta gente, talvez, que inveja agora
Nos causa, então piedade nos causasse!
Quanta gente que ri, talvez, consigo
Guarda um atroz, recôndito inimigo,
Como invisível chaga cancerosa!
Quanta gente que ri, talvez existe,
Cuja ventura única consiste
Em parecer aos outros venturosa!"
12. OLAVO BILAC
(1865-1918)
Temas: o amor, o culto à pátria, a admiração pelo
trabalho e pelo progresso, o culto ao sacrifício e ao
heroísmo, a dor da saudade, a tentação do pecado
13. XIII
"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-Ias, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto ...
E conversamos toda a noite, enquanto
A via láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"
E eu vos direi: "Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas."
14. Augusto dos Anjos
(1884 – 1914)
Autor apreciado pelo povo, mas ignorado pela
crítica. Apreciava elementos parnasianos,
simbolistas e pré-modernistas. Eis, daí, sua
difícil classificação.
15. PARNASIANISMO: apreciação pela forma, em
especial pelo soneto
SIMBOLISMO: gosto pelo mórbido, por metáforas
insólitas e pelo cósmico
NATURALISMO: linguagem cientificista e corrosiva
PRÉ-MODERNISMO
na tentativa de traduzir as sujeiras da vida
16. Psicologia de um vencido
Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênese da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.
Profundissimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.
Já o verme - este operário das ruínas -
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e á vida em geral declara guerra,
Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!