O slideshow foi denunciado.
Seu SlideShare está sendo baixado. ×

Sócrates, Platão e Aristóteles

Anúncio
Anúncio
Anúncio
Anúncio
Anúncio
Anúncio
Anúncio
Anúncio
Anúncio
Anúncio
Anúncio
Anúncio
Carregando em…3
×

Confira estes a seguir

1 de 53 Anúncio

Sócrates, Platão e Aristóteles

Sócrates é considerado o marco divisório da história da filosofia grega. Ele abandonou a preocupação dos filósofos pré-socráticos em entender a natureza e concentrou-se na problemática do ser humano, dos valores e do conhecimento.

Platão foi filósofo e matemático, fundador da “Academia de Atenas”, primeira instituição de ensino superior do ocidente, tendo como objetivo as investigações filosóficas e preparar as pessoas para uma atuação na política baseada na verdade e na justiça.

Aristóteles foi aluno de Platão e tutor de Alexandre, o Grande. Ele defendeu a ideia de que é possível fazer ciência sobre o real e concreto, por meio de definições e conceitos que permanecem inalterados.

Por Bruno Carrasco, psicoterapeuta existencial e professor.

ex-isto
existencialismo | psicologia | filosofia
www.ex-isto.com
www.fb.com/existocom
www.youtube.com/existo
www.instagram.com/existocom

2020

Sócrates é considerado o marco divisório da história da filosofia grega. Ele abandonou a preocupação dos filósofos pré-socráticos em entender a natureza e concentrou-se na problemática do ser humano, dos valores e do conhecimento.

Platão foi filósofo e matemático, fundador da “Academia de Atenas”, primeira instituição de ensino superior do ocidente, tendo como objetivo as investigações filosóficas e preparar as pessoas para uma atuação na política baseada na verdade e na justiça.

Aristóteles foi aluno de Platão e tutor de Alexandre, o Grande. Ele defendeu a ideia de que é possível fazer ciência sobre o real e concreto, por meio de definições e conceitos que permanecem inalterados.

Por Bruno Carrasco, psicoterapeuta existencial e professor.

ex-isto
existencialismo | psicologia | filosofia
www.ex-isto.com
www.fb.com/existocom
www.youtube.com/existo
www.instagram.com/existocom

2020

Anúncio
Anúncio

Mais Conteúdo rRelacionado

Diapositivos para si (20)

Semelhante a Sócrates, Platão e Aristóteles (20)

Anúncio

Mais de Bruno Carrasco (20)

Mais recentes (20)

Anúncio

Sócrates, Platão e Aristóteles

  1. 1. SÓCRATES, PLATÃO E ARISTÓTELES Por Bruno Carrasco, psicoterapeuta existencial e professor
  2. 2. Filosofia Clássica A partir do século V a.C., os filósofos gregos passam a se interessar sobre os seres humanos, especialmente para as relações que estabelecem entre si na vida política e social, com o mundo em geral e com o conhecimento. A filosofia clássica da Grécia Antiga marcou profundamente o pensamento e a cultura ocidental. Esta forma de pensar coincidiu com o apogeu político, econômico e cultural das cidades gregas, entre os séculos VI e IV a.C., especialmente em Atenas. ex-isto www.ex-isto.com
  3. 3. Contextualização histórica Até meados do século VIII a.C., Atenas havia vivido sob o regime monárquico. Entre os séculos VII e VI a.C., diversas reformas possibilitaram uma nova forma de governar, que entendia que todos os cidadãos teriam o mesmo direito perante as leis. A democracia ateniense era uma democracia direta, onde cada cidadão tinha, além do voto, o direito à palavra. As discussões aconteciam na principal praça pública da cidade, onde os cidadãos se reuniam em assembléia. ex-isto www.ex-isto.com
  4. 4. Cultura democrática A instituição da democracia em Atenas favoreceu o desenvolvimento de uma cultura que valorizava o uso da palavra e da razão. As habilidades argumentativas dos cidadãos tornaram-se um bem cada vez mais apreciado e necessário a ser desenvolvido. Os filósofos passam a se deter em questões discursivas e de valores. ex-isto www.ex-isto.com
  5. 5. (Escola de Atenas, afresco de Rafael Sanzio, 1509-1511)ex-isto www.ex-isto.com
  6. 6. Sócrates de Atenas (469-399 a.C.) Sócrates é considerado o marco divisório da história da filosofia grega. Ele abandonou a preocupação dos filósofos pré-socráticos em entender a natureza e concentrou-se na problemática do ser humano, dos valores e do conhecimento. Foi filho de um escultor e uma parteira – herança que o levou a buscar, simbolicamente, a ajudar seus discípulos a dar à luz suas próprias ideias. ex-isto www.ex-isto.com
  7. 7. “Só sei que nada sei.” (Sócrates) ex-isto www.ex-isto.com
  8. 8. Filosofia de Sócrates Ele não deixou nada escrito, o que se sabe de seu pensamento vem dos textos de seus discípulos e de seus adversários. Ele procurava um fundamento para as interrogações humanas, tais como: o que é o bem? o que é a virtude? o que é a justiça? Buscando a investigação de uma essência (da virtude, da justiça, do bem) a partir da qual a própria realidade empírica pudesse ser avaliada. ex-isto www.ex-isto.com
  9. 9. Dialética Socrática A filosofia de Sócrates surgia por conta do diálogo crítico, ou dialética, com seus interlocutores, podendo ser dividida em dois momentos básicos: 1) Refutação ou ironia – quando o filósofo interrogava seus interlocutores sobre aquilo que pensavam saber, perguntando e procurando evidenciar suas contradições. Seu objetivo era fazê-los tomar consciência profunda de suas próprias respostas, muitas vezes repletas de conceitos vagos e imprecisos. ex-isto www.ex-isto.com
  10. 10. Dialética Socrática 2) Maiêutica – etapa em que ele propunha aos discípulos uma nova série de questões, com o objetivo de ajudá-los a conceber ou reconstruir suas próprias ideias. Essa fase é chamada de maiêutica, por ser um termo grego que significa a “arte de trazer à luz”. Sua intenção era, partindo da constatação da ignorância, que a pessoa trouxesse à luz suas ideias e pensamentos. ex-isto www.ex-isto.com
  11. 11. “A dialética socrática consistia, em grande parte, em refutar as teses apresentadas pelo interlocutor. Mas a refutação socrática tinha uma intenção catártica, isto é, purificadora. Sócrates pretendia purificar o interlocutor das opiniões falsas que ele tinha a respeito daquilo que era objeto da pesquisa. Com isso, forçava um novo ponto de partida que permitisse, eventualmente, chegar ao conhecimento da verdade.” (Antônio Rezende, em ‘Curso de Filosofia’) ex-isto www.ex-isto.com
  12. 12. A dialética socrática consistia, em grande parte, em refutar as teses apresentadas pelo interlocutor. Mas a refutação socrática tinha uma intenção purificadora. Sócrates pretendia purificar o interlocutor das opiniões falsas que ele tinha a respeito daquilo que entendia, ou supunha que entendia. Com isso, forçava um novo ponto de partida que permitisse, eventualmente, chegar ao conhecimento da verdade. Método Socrático ex-isto www.ex-isto.com
  13. 13. O método socrático propõe um questionamento sobre o senso comum, das crenças e opiniões que temos derivadas de nossa experiência, muitas vezes equivocadas, imparciais e incompletas. Sócrates nos mostra que, com frequência, não sabemos aquilo que pensamos saber. Esse método revela a fragilidade de nossos entendimentos e aponta para a necessidade aperfeiçoá-lo por meio da reflexão. Método Socrático ex-isto www.ex-isto.com
  14. 14. A resposta correta nunca é dada por Sócrates, mas é através do diálogo e da discussão ele possibilitará seu interlocutor, ao cair em contradição e hesitar quando parecia seguro, passe por um processo de revisão de suas crenças e opiniões, transformando sua maneira de ver as coisas e chegando, por si mesmo, ao verdadeiro e autêntico conhecimento. Método Socrático ex-isto www.ex-isto.com
  15. 15. Maiêutica Sócrates caracterizou seu método como maiêutica, que significa a arte de fazer o parto, uma analogia com o ofício de sua mãe, que era parteira. Ele se considerava um parteiro de ideias. O papel do filósofo, portanto, não é transmitir um saber pronto e acabado, mas fazer com que outro indivíduo, seu interlocutor, através da dialética, da discussão no diálogo, dê à luz suas próprias ideias. ex-isto www.ex-isto.com
  16. 16. “Conhece-te a ti mesmo.” (Sócrates) ex-isto www.ex-isto.com
  17. 17. Sócrates Sócrates não fundou nenhuma escola filosófica, debatia suas reflexões em praça pública. Por conta de sua consciência crítica e gerar questionamentos dos cidadãos, foi acusado por não acreditar nos deuses e corromper os jovens, sendo condenado à morte pelo estado e aceitou sua condenação, mantendo-se coerente com seus princípios. ex-isto www.ex-isto.com
  18. 18. A Morte de Sócrates, 1787. Pintura de Jacques-Louis Davidex-isto www.ex-isto.com
  19. 19. Platão (428-348 a.C.) Platão foi filósofo e matemático, fundador da “Academia de Atenas”, primeira instituição de ensino superior do ocidente, tendo como objetivo as investigações filosóficas e preparar as pessoas para uma atuação na política baseada na verdade e na justiça. A proposta filosófica da Academia não era uma mera transmissão de conhecimentos, mas um esforço para buscar a verdade, uma filosofia em seu sentido de amor à sabedoria. ex-isto www.ex-isto.com
  20. 20. Importância de Platão Platão fazia parte de uma das mais nobres famílias atenienses. Seu nome verdadeiro era Arístocles, mas, devido a sua constituição física, recebeu o apelido de Platão, termo grego que significa “de ombros largos”. Foi discípulo de Sócrates, a quem considerava o mais sábio e o mais justo dos homens. Depois da morte de seu mestre, Platão empreendeu inúmeras viagens, período em que amadureceu suas reflexões filosóficas. ex-isto www.ex-isto.com
  21. 21. Seu pensamento é tão vasto e sua influência tão importante que deram origem a uma expressão famosa: “toda filosofia ocidental são notas de rodapé a Platão”. ex-isto www.ex-isto.com
  22. 22. Metafísica de Platão Seu interesse estava para a metafísica, as essências, o teórico e o que não pode ser visto ou percebido pelos órgãos dos sentidos. Ele entendia que haviam dois mundos, o mundo das ideias e o mundo das aparências. O mundo que vivemos é apenas aparente, uma falsa realidade que nos oculta o mundo real, que nos impede de conhecer as coisas como realmente são. E o real é o mundo ideal, onde estão todas as essências verdadeiras, acessível apenas pela razão. ex-isto www.ex-isto.com
  23. 23. Metafísica de Platão Seu interesse estava para a metafísica, as essências, o teórico e o que não pode ser visto ou percebido pelos órgãos dos sentidos. Ele entendia que haviam dois mundos, o mundo das ideias e o mundo das aparências. O mundo em que vivemos é apenas aparente, uma falsa realidade que nos oculta o mundo real, que nos impede de conhecer as coisas como realmente são. E o real é o mundo ideal, onde estão todas as essências verdadeiras, acessível apenas pela razão. ex-isto www.ex-isto.com
  24. 24. Teoria das ideias Platão propõe uma ontologia dualista, onde destaca duas realidades opostas: O mundo sensível: a matéria e as coisas como as percebemos na vida cotidiana por meio das sensações, que surgem e desaparecem, são temporárias, mutáveis e corruptíveis; O mundo inteligível: as ideias, que são sempre as mesmas, e nos permitem experimentar a dimensão do eterno, do imutável e do perfeito, pois todas as ideias derivariam da ideia do bem. ex-isto www.ex-isto.com
  25. 25. Mundo das ideias Mundo sensível ex-isto www.ex-isto.com
  26. 26. Dualismo de Platão e filosofia anterior A concepção dualista de Platão opera uma mudança radical em relação aos filósofos anteriores, situando o ser verdadeiro fora do mundo sensível. Os filósofos pré-socráticos buscavam a arché das coisas nas próprias coisas, Sócrates entendia que a essência ou o ser verdadeiro se encontrava nas coisas, ou em si mesmo, conforme sua famosa frase “conhece-te a ti mesmo”. ex-isto www.ex-isto.com
  27. 27. Alegoria da Caverna De acordo com essa alegoria, homens eram prisioneiros desde pequenos numa caverna escura e estão amarrados de modo que os obriga a permanecer de costas para a saída da caverna. Eles nunca saíram e eram impedidos de ver o que havia fora dela. Porém, devido à luz de um fogo que entra por essa abertura, podem contemplar na parede do fundo da caverna a projeção das sombras dos seres que passam em frente ao fogo lá fora. ex-isto www.ex-isto.com
  28. 28. Alegoria da Caverna Acostumados a ver apenas as sombras, acreditam que seja a verdadeira realidade. Se saíssem da caverna e vissem as coisas do mundo, não as veriam como verdadeiras, pois elas se diferem das imagens que eles possuem como verdadeiras. Para percebê-las levaria um tempo. Estando acostumados às sombras, às ilusões, teriam de habituar os olhos à visão do real, até que pudessem encarar diretamente o Sol e enxergar a fonte de toda a luminosidade. ex-isto www.ex-isto.com
  29. 29. Verdade para Platão Segundo Platão, conhecer a verdade implica num processo de passagem progressiva do mundo sensível, das sombras e aparências, para o mundo das ideias, das essências e verdade. Esse processo se inicia pelas sensações dos sentidos, responsáveis pela opinião (doxa) sobre a realidade. O conhecimento deve ultrapassar a esfera das impressões, e alcançar a esfera racional de mundo (episteme), que corresponde ao mundo das ideias. ex-isto www.ex-isto.com
  30. 30. Inatismo e reminiscência da alma Esse procedimento consiste na contraposição de uma opinião à crítica dela, pela afirmação de uma tese seguida de uma negação desta tese, com o objetivo de purificá-la dos erros, alcançando as ideias verdadeiras. Nesse processo vamos recordando as verdades eternas e imutáveis que já haviam sido contempladas por nossa alma, antes de nossa existência material. O conhecimento verdadeiro é uma imagem do passado, uma reminiscência da alma. ex-isto www.ex-isto.com
  31. 31. Aristóteles (385-323a.C.) Aristóteles foi aluno de Platão e tutor de Alexandre, o Grande. Foi um dos filósofos mais influentes da antiguidade e precursor da filosofia ocidental. Sua obras tratam de variados assuntos, desde a metafísica até a música, governo, física e poesia. Ele defendeu a ideia de que é possível fazer ciência sobre o real e concreto, por meio de definições e conceitos que permanecem inalterados. ex-isto www.ex-isto.com
  32. 32. Aristóteles Segundo Aristóteles, o universo é um todo ordenado por leis constantes e imutáveis, essa ordem não rege apenas fenômenos da natureza, mas também a política, moral e estética. Rejeitou a teoria das ideias de Platão, segundo ele, esta não explica o movimento e mudança das coisas. Para ele, a filosofia corresponde ao abandono do senso comum para despertar a consciência crítica, dando lugar ao espanto, sendo este a origem do filosofar. ex-isto www.ex-isto.com
  33. 33. “Foi por conta do espanto e do assombro que os homens começaram a filosofar e, pelo mesmo motivo, filosofam até hoje.” (Aristóteles) ex-isto www.ex-isto.com
  34. 34. Breve biografia Por volta de 335 a.C., Aristóteles fundou em Atenas, sua própria escola filosófica, conhecida como Liceu. Nesse local permaneceu ensinando durante aproximadamente 12 anos. Apaixonado pela biologia, dedicou inúmeros estudos à observação da natureza e à classificação dos seres vivos, buscando elaborar um entendimento científico da realidade, usando a lógica como ferramenta do raciocínio. ex-isto www.ex-isto.com
  35. 35. Ciência e realidade empírica Segundo Aristóteles, a finalidade da ciência era desvendar a constituição essencial dos seres, procurando definir em termos reais. A ciência deveria partir da realidade empírica para buscar as estruturas essenciais de cada ser, partindo da existência do ser individual para atingir sua essência, seguindo um processo de conhecimento que caminharia do individual e específico para o universal e genérico. ex-isto www.ex-isto.com
  36. 36. Busca de generalizações O ser individual, concreto e único, constituiria o objeto da ciência, mas não seria o seu propósito. A finalidade da ciência deveria ser a compreensão do universal, estabelecendo definições que possam ser utilizadas para todos. Segundo ele, o conceito “ser humano” é resultado da observação sistemática de diversos seres que se atribui o nome ‘humano’. Partindo do empírico é possível estabelecer um conceito generalista e universal. ex-isto www.ex-isto.com
  37. 37. “As coisas são o que são em sua própria natureza.” (Aristóteles) ex-isto www.ex-isto.com
  38. 38. Matéria e forma Para Aristóteles, o inteligível está neste mundo e opera dentro das próprias coisas. Ele concebeu que todas as coisas eram constituídas de dois princípios inseparáveis: matéria e forma. ● Matéria: princípio indeterminado dos seres, que é determinável pela forma; ● Forma: o princípio determinado em si próprio, que é determinante em relação à matéria. ex-isto www.ex-isto.com
  39. 39. Exemplo Nos processos de mudança, é a forma que muda, enquanto que a matéria mantém-se sempre a mesma. Por exemplo, se um anel de ouro é derretido para converter-se em uma corrente de ouro, muda-se a forma (de anel para corrente), mas mantém-se a matéria (ouro). Aristóteles não desprezava totalmente a concepção de ideias eternas de seu mestre Platão, mas apresenta neste mundo, dando o nome de “forma”. ex-isto www.ex-isto.com
  40. 40. Ato e potência Aristóteles observou que uma semente não é uma planta, assim como um livro não é uma árvore. Mas a semente pode tornar-se uma árvore, o livro não. Em todo ser, devemos distinguir: ● Ato: a manifestação atual do ser, aquilo que ele já é (por exemplo: a semente é, em ato, uma semente); ● Potência: as possibilidades do ser (capacidade de ser), aquilo que ainda não é, mas que pode vir a ser (por exemplo: a semente é, em potência, uma árvore). ex-isto www.ex-isto.com
  41. 41. Como ocorre a mudança? Todas as coisas naturais são ato e potência, são algo num momento e podem vir a ser algo distinto. Uma semente pode tornar-se uma árvore se encontrar as condições para isso. Ato e potência explicam a mudança no mundo e a transitoriedade das coisas. Relacionando esses de princípios nos seres (matéria e forma; potência e ato), podemos observar que a matéria indeterminada é o ser em potência; a forma é o ser em ato. ex-isto www.ex-isto.com
  42. 42. Mudança nos seres naturais e artificiais Quando falamos de uma semente que se transforma em árvore e em um anel que se converte em corrente, estamos nos referindo a duas classes distintas de seres. No primeiro caso, temos um ser natural, no qual a mudança ocorre por um princípio interno. No segundo caso, temos um ser artificial, cuja transformação se dá por um princípio externo. Há princípios internos e externos que levam os seres ao movimento, passando da potência ao ato, esses princípios são o que o filósofo denominou causas. ex-isto www.ex-isto.com
  43. 43. Substância e acidente Por conta de condições climáticas, uma árvore frutífera pode não vir a dar frutos (contrariando sua potência), Aristóteles classifica esses casos como acidentes, que ocorre no ser, que não fazem parte de sua essência. Substância: atributo essencial do ser; que mais intimamente corresponde ao ser é e sem o qual ele não é; Acidente: atributo circunstancial e não essencial do ser; que ocorre no ser, mas que não é necessário para definir a natureza própria desse ser. ex-isto www.ex-isto.com
  44. 44. Teoria das quatro causas Causa material: matéria de que é feita uma coisa. Exemplo: o mármore utilizado na confecção de uma estátua; Causa formal: forma e configuração de uma coisa. Exemplo: uma estátua em forma de homem; Causa eficiente: agente, àquele que produz diretamente a coisa, que transforma a matéria tendo em vista uma forma. Exemplo: o escultor que fez a estátua em forma de homem; ex-isto www.ex-isto.com
  45. 45. Causa final Causa final: refere-se ao objetivo, à intenção, à finalidade ou à razão de ser de uma coisa. Exemplo: a intenção de exaltar a figura do soldado grego. A causa final seria a mais importante de todas, pois é ela que articula todas as outras causas. No exemplo da estátua do soldado ateniense, a finalidade era exaltar o soldado grego. O escultor (eficiente) necessita um objetivo (finalidade) para trabalhar, escolher a pedra mais adequada (material) e uma figura (formal) para entalhar.ex-isto www.ex-isto.com
  46. 46. Causa material: pedra Causa formal: figura do guerreiro Causa eficiente: escultor Causa final: exaltar o soldado ex-isto www.ex-isto.com
  47. 47. “(...) para Aristóteles, causa se diz em quatro sentidos: causa material (a matéria de que a coisa é feita); causa formal (a essência, isto é, aquilo que identifica a coisa como aquilo que ela, fundamentalmente, é); causa eficiente (aquilo que produz a coisa); causa final (aquilo em vista do que a coisa é feita). Explicar a coisa cientificamente, para Aristóteles, significa explicar pelas quatro causas. A grande crítica que ele faz aos pensadores que o precederam é que eles se ocuparam só de uma ou duas causas; no caso dos físicos pré-socráticos, foi basicamente a causa material, ou melhor, o princípio material (uma vez que se tratava da primeira causa) que eles buscaram.” (Antônio Rezende, em ‘Curso de Filosofia’) ex-isto www.ex-isto.com
  48. 48. Ética do meio-termo Segundo Aristóteles, para o ser humano ser feliz, ele deve viver de acordo com sua essência (razão). A razão o conduz à prática da virtude, orientando seus atos. Para ele, a virtude consiste na justa medida de equilíbrio entre o excesso e a falta. A virtude da prudência é o meio-termo entre a precipitação e a negligência; a virtude da coragem é o meio-termo entre a covardia e a valentia insana; a perseverança é o meio-termo entre a fraqueza de vontade e a vontade obsessiva.ex-isto www.ex-isto.com
  49. 49. Referências Bibliográficas BOTELHO, José F. A Odisséia da Filosofia: uma breve história do pensamento ocidental. São Paulo: Abril, 2016. COTRIM, Gilberto; FERNANDES, Mirna. Fundamentos da Filosofia. São Paulo: Saraiva, 2013. MARCONDES, Danilo. Iniciação à História da Filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein. 12 ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008. NIETZSCHE, Friedrich. A Filosofia na Época Trágica dos Gregos. São Paulo: Escala, 2008. REZENDE, Antonio. Curso de Filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2016.
  50. 50. Por Bruno Carrasco Psicoterapeuta existencial e professor. Graduado em Psicologia, licenciado em Filosofia e Pedagogia, pós-graduado em Ensino de Filosofia e Psicologia Existencial Humanista e Fenomenológica, possui especialização em Psicoterapia Fenomenológico Existencial, formação em Arteterapia, Educação Popular e Educação Participativa. www.brunopsiexistencial.tk www.fb.com/brunopsiexistencial www.instagram.com/brunopsiexistencial
  51. 51. ex-isto Ex-isto é um projeto dedicado ao estudo e pesquisa sobre o existencialismo e suas relações com a psicologia, filosofia, psicoterapia, fenomenologia, literatura e artes, iniciado no final de 2016. Tem como intuito oferecer conteúdos que facilitem a compreensão sobre os temas pesquisados, por meio de textos, vídeos, cursos ou livros, optando por utilizar uma linguagem acessível, de modo a promover reflexões sobre a subjetividade, a condição humana e suas possibilidades.
  52. 52. ex-isto www.ex-isto.com www.fb.com/existocom www.youtube.com/existo www.instagram.com/existocom 2020

×