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2ª Série
Filosofia Medieval
Basicamente
Filosofia grega clássica
(pensamentos de Platão e Aristóteles)
+
Cristianismo
(pensamento Cristão)
_____________________________
Filosofia Medieval ou Filosofia Cristã
Características da Filosofia
Cristã ou Filosofia Medieval
a) O uso da razão subordinada à fé,
fazendo com que os filósofos medievais
não buscassem à Verdade, pois já a
conheciam pela fé que sentiam em Deus
e Jesus. Por isso, usavam argumentos
racionais que a filosofia proporcionava
para justificar e demonstrar as Verdades
da fé católica,
b) O ponto de partida do conhecimento
filosófico medieval era as sagradas
escrituras e os dogmas (conceitos
religiosos incontestáveis).
c) Teocentrismo: Deus é valorizado em
todos os campos do comportamento e da
cultura humana, deixando o homem em
uma posição subordinada de simples
criação de Deus.
d) Cristianização dos argumentos filosóficos
de Platão, pelo filósofo Santo Agostinho, e
Aristóteles, pelo filósofo medieval Santo
Tomás de Aquino.
Duas correntes da Filosofia
Medieval
• Patrística: filosofia dos padres da Igreja na
qual se busca uma conciliação entre fé e
razão e se destacam a figura de Santo
Agostinho e a influência da filosofia
platônica.
• Escolástica: filosofia que buscou a
sistematização da filosofia cristã,
sobretudo a partir da interpretação da
filosofia de Aristóteles e se destacou a
figura de Santo Tomás de Aquino.
A investigação filosófica no
período medieval
“De acordo com a doutrina católica, a fé
representava a fonte mais elevada das
verdades reveladas – especialmente
aquelas verdades consideradas
essenciais ao homem e que dizem
respeito a sua salvação. Nesse sentido,
afirmava Santo Ambrósio: Toda verdade,
dita por quem quer que seja, é do Espírito
Santo.
Isso significa que toda investigação
filosófica ou científica não poderia, de
modo algum, contrariar as verdades
estabelecidas pela fé católica. Em outras
palavras, os filósofos não precisavam
mais se dedicar à busca da verdade, pois
ela já teria sido revelada por Deus aos
homens. Restava-lhes, apenas,
demonstrar racionalmente as verdades da
fé”.
Entre a Fé e a Razão
• Desde suas origens e, sobretudo, a partir
do fortalecimento da Igreja em fins dos
séculos IV e V d.C., o pensamento cristão
discutiu a relação entre a fé e a razão.
• Esse debate se originou no pensamento
de que a fé cristã consistia na crença
incondicional às verdades reveladas por
Deus aos homens, presentes nas
Escrituras e nas interpretações dos
padres da Igreja.
Patrística
É a primeira etapa da Filosofia Medieval
que durou até o século VIII e que foi
liderada pelos escritos de Agostinho (354
– 430 d.C.), que buscava conciliar a fé
cristã à razão – enfatizando a precedência
da primeira sobre a última.
Santo Agostinho
354 – 430 d.C.
Philippe de Champaigne - Santo Agostinho
Na pintura, Agostinho segura em
uma mão uma caneta de pena, e
na outra um coração flamejante.
O coração em chamas significa -
um coração em chamas para
Deus - um dos atributos
tradicionais de Agostinho.
Expressa todo amor de
Agostinho por Deus, sua paixão
ardente pelas coisas do Reino de
Deus, sua busca incansável da
verdade, que tanto desejava
encontrar.
"Como eu ardia, ó meu Deus, em
desejar voar para ti, abandonar
as coisas terrenas...!"
(Santo Agostinho)
Antonio Rodríguez - Saint Augustine
O trabalho alude ao momento em que Santo
Agostinho tem uma visão de Cristo e da
Virgem, que lhe oferecem um fio de sangue e
leite, respectivamente, como alimento sagrado
para nutrir seus escritos com inspiração. Santo
Agostinho aparece sentado diante de uma
mesa, vestida com um hábito negro de que se
destaca o rosto e as mãos, fato que encontra
sua lógica na retórica do corpo usado para a
representação pictórica do êxtase místico.
Rodríguez acentuou a atividade do santo como
escritor, interrompido pela visão celestial, por
meio de uma diagonal luminosa direcionada do
canto superior direito para a parte inferior
esquerda. Nesta última área há um livro aberto,
uma amostra de conhecimento humano, que é
esquecida pelos religiosos, cujo olhar é fixado
na Virgem e seu filho. Sua escolha mostra a
renúncia à sabedoria guardada nos livros, já
que toda sua atenção é direcionada para uma
ciência mais importante, a divina. A pintura
tenta comunicar a forma de conhecimento
estabelecida pelo Bispo de Hipona com o
sagrado, mostrando-lhe provar o leite do peito
virginal e o sangue da ferida de Jesus. A
codificação de um modelo de representação
intimamente ligada à palavra latina sapere,
costumava designar o ato de gostar e o ato de
conhecer.
O conhecimento
Santo Agostinho vai afirmar que o
conhecimento se originava em Jesus
Cristo e que a razão humana deveria ser
restaurada de sua condição decaída, pois
os filósofos antigos não reconheciam em
Deus e Cristo a fonte da Verdade.
Agostinho buscava nas sagradas
escrituras e na filosofia platônica a fonte
de sua filosofia.
Os três princípios do helenismo que
influenciaram Santo Agostinho
• Maniqueísmo: acredita na luta entre o bem e o
mal, sendo que, para Agostinho o homem tem a
tendência de cometer o mal/pecado e por isso
precisa do bem – Deus)
• Ceticismo: Acredita que somos constantemente
enganados pelos nossos sentidos.
• Platonismo: Afirmava que a verdade como
conhecimento eterno deveria ser buscada
intelectualmente no mundo das ideias, mas isso
só seria possível se nossas almas fossem
iluminadas por Deus.
• Renascimento Carolíngio: responsável
pela criação de escolas que divulgaram a
cultura grega então restrita aos mosteiros.
• Retomadas das atividades comerciais e
urbanas: favoreciam a circulação de
pessoas, produtos, textos e ideias, além
de estimularem inovações, técnicas e de
ampliarem gradualmente o acesso à
leitura entre as populações urbanas.
Formação do pensamento
escolástico
• Surgimento das universidades: que aos
poucos se tornariam o principal centro de
discussão filosófica.
• Divulgação de obras de Aristóteles: até
então desconhecidas entre os europeus a
partir das traduções gregas e dos
comentários feitos pelos filósofos árabes
desde os séculos VII e VIII, especialmente
pr Al-Kindi, Al-Farabi, Avicena e Averróis.
Escolástica
É a segunda etapa da Filosofia Medieval
que durou do século IX ao XVI e que tem
em Santo Tomás de Aquino (1226 –
1274) o seu principal representante, que
buscava sistematizar a filosofia cristã sob
inspiração aristotélica.
Santo Tomás de Aquino
Entendendo a Escolástica
• Entender a Escolástica é tentar responder
a pergunta: Como conciliar a fé e a razão?
Essa é a questão principal que vai
atravessar todo o período do pensamento
escolástico na busca de harmonizar as
duas esferas (razão e fé).
Agostinho e Tomás de Aquino
• O pensamento de Agostinho defenderá uma
subordinação maior da razão em relação à fé,
por acreditar que esta (a fé) venha com mais
sucesso restaurar a condição decaída da razão
humana no seu retorno às origens divinas. Por
outro lado, Tomás de Aquino defenderá a
autonomia da razão na busca e obtenção de
respostas (por influência do aristotelismo).
Entretanto, em nenhum momento Aquino
negará a premissa da subordinação da razão à
fé.
Deus, ato puro
• Para Tomás de Aquino, Deus é um ato
puro. Não há o que realizar ou se atualizar
em Deus, pois ele é completo. Tomás
Aquino dirá que Deus é ser, e o mundo
tem ser. Ou seja, Deus é o ser que existe
como fundamento da realidade das outras
essências que, uma vez existentes,
participam do seu ser.
As provas da Existência de Deus
Em uma de suas principais obras (Suma
Teológica) Tomás de Aquino propôs cinco
provas da existência de Deus:
1ª) Deus é o primeiro ser movente do
universo, responsável pela movimentação
dos demais;
2ª) Tudo deve ser considerado efeito de alguma
causa. A causa primeira de todos os efeitos é
Deus;
3ª) Deus sempre existiu e é, por isso, ser
necessário, a causa necessária de todos os
outros seres;
4ª) Deus é o único ser com a plenitude dos graus
de perfeição das qualidades positivas: é, por isso,
ser máximo e pleno.
5ª) Finalidade do ser: Todas as coisas brutas que
não possuem inteligência própria, existem na
natureza cumprindo uma função, um objetivo, uma
finalidade, semelhante à flecha dirigido pelo
arqueiro. Devemos admitir, então, que existe
algum ser inteligente que dirige todas as coisas da
natureza para que cumpram seu objetivo. Esse ser
é Deus.

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Filosofia medieval

  • 1.
  • 4. Basicamente Filosofia grega clássica (pensamentos de Platão e Aristóteles) + Cristianismo (pensamento Cristão) _____________________________ Filosofia Medieval ou Filosofia Cristã
  • 5. Características da Filosofia Cristã ou Filosofia Medieval a) O uso da razão subordinada à fé, fazendo com que os filósofos medievais não buscassem à Verdade, pois já a conheciam pela fé que sentiam em Deus e Jesus. Por isso, usavam argumentos racionais que a filosofia proporcionava para justificar e demonstrar as Verdades da fé católica,
  • 6. b) O ponto de partida do conhecimento filosófico medieval era as sagradas escrituras e os dogmas (conceitos religiosos incontestáveis). c) Teocentrismo: Deus é valorizado em todos os campos do comportamento e da cultura humana, deixando o homem em uma posição subordinada de simples criação de Deus.
  • 7. d) Cristianização dos argumentos filosóficos de Platão, pelo filósofo Santo Agostinho, e Aristóteles, pelo filósofo medieval Santo Tomás de Aquino.
  • 8. Duas correntes da Filosofia Medieval • Patrística: filosofia dos padres da Igreja na qual se busca uma conciliação entre fé e razão e se destacam a figura de Santo Agostinho e a influência da filosofia platônica. • Escolástica: filosofia que buscou a sistematização da filosofia cristã, sobretudo a partir da interpretação da filosofia de Aristóteles e se destacou a figura de Santo Tomás de Aquino.
  • 9. A investigação filosófica no período medieval “De acordo com a doutrina católica, a fé representava a fonte mais elevada das verdades reveladas – especialmente aquelas verdades consideradas essenciais ao homem e que dizem respeito a sua salvação. Nesse sentido, afirmava Santo Ambrósio: Toda verdade, dita por quem quer que seja, é do Espírito Santo.
  • 10. Isso significa que toda investigação filosófica ou científica não poderia, de modo algum, contrariar as verdades estabelecidas pela fé católica. Em outras palavras, os filósofos não precisavam mais se dedicar à busca da verdade, pois ela já teria sido revelada por Deus aos homens. Restava-lhes, apenas, demonstrar racionalmente as verdades da fé”.
  • 11. Entre a Fé e a Razão • Desde suas origens e, sobretudo, a partir do fortalecimento da Igreja em fins dos séculos IV e V d.C., o pensamento cristão discutiu a relação entre a fé e a razão. • Esse debate se originou no pensamento de que a fé cristã consistia na crença incondicional às verdades reveladas por Deus aos homens, presentes nas Escrituras e nas interpretações dos padres da Igreja.
  • 12. Patrística É a primeira etapa da Filosofia Medieval que durou até o século VIII e que foi liderada pelos escritos de Agostinho (354 – 430 d.C.), que buscava conciliar a fé cristã à razão – enfatizando a precedência da primeira sobre a última.
  • 14. Philippe de Champaigne - Santo Agostinho Na pintura, Agostinho segura em uma mão uma caneta de pena, e na outra um coração flamejante. O coração em chamas significa - um coração em chamas para Deus - um dos atributos tradicionais de Agostinho. Expressa todo amor de Agostinho por Deus, sua paixão ardente pelas coisas do Reino de Deus, sua busca incansável da verdade, que tanto desejava encontrar. "Como eu ardia, ó meu Deus, em desejar voar para ti, abandonar as coisas terrenas...!" (Santo Agostinho)
  • 15. Antonio Rodríguez - Saint Augustine O trabalho alude ao momento em que Santo Agostinho tem uma visão de Cristo e da Virgem, que lhe oferecem um fio de sangue e leite, respectivamente, como alimento sagrado para nutrir seus escritos com inspiração. Santo Agostinho aparece sentado diante de uma mesa, vestida com um hábito negro de que se destaca o rosto e as mãos, fato que encontra sua lógica na retórica do corpo usado para a representação pictórica do êxtase místico. Rodríguez acentuou a atividade do santo como escritor, interrompido pela visão celestial, por meio de uma diagonal luminosa direcionada do canto superior direito para a parte inferior esquerda. Nesta última área há um livro aberto, uma amostra de conhecimento humano, que é esquecida pelos religiosos, cujo olhar é fixado na Virgem e seu filho. Sua escolha mostra a renúncia à sabedoria guardada nos livros, já que toda sua atenção é direcionada para uma ciência mais importante, a divina. A pintura tenta comunicar a forma de conhecimento estabelecida pelo Bispo de Hipona com o sagrado, mostrando-lhe provar o leite do peito virginal e o sangue da ferida de Jesus. A codificação de um modelo de representação intimamente ligada à palavra latina sapere, costumava designar o ato de gostar e o ato de conhecer.
  • 16. O conhecimento Santo Agostinho vai afirmar que o conhecimento se originava em Jesus Cristo e que a razão humana deveria ser restaurada de sua condição decaída, pois os filósofos antigos não reconheciam em Deus e Cristo a fonte da Verdade. Agostinho buscava nas sagradas escrituras e na filosofia platônica a fonte de sua filosofia.
  • 17. Os três princípios do helenismo que influenciaram Santo Agostinho • Maniqueísmo: acredita na luta entre o bem e o mal, sendo que, para Agostinho o homem tem a tendência de cometer o mal/pecado e por isso precisa do bem – Deus) • Ceticismo: Acredita que somos constantemente enganados pelos nossos sentidos. • Platonismo: Afirmava que a verdade como conhecimento eterno deveria ser buscada intelectualmente no mundo das ideias, mas isso só seria possível se nossas almas fossem iluminadas por Deus.
  • 18. • Renascimento Carolíngio: responsável pela criação de escolas que divulgaram a cultura grega então restrita aos mosteiros. • Retomadas das atividades comerciais e urbanas: favoreciam a circulação de pessoas, produtos, textos e ideias, além de estimularem inovações, técnicas e de ampliarem gradualmente o acesso à leitura entre as populações urbanas. Formação do pensamento escolástico
  • 19. • Surgimento das universidades: que aos poucos se tornariam o principal centro de discussão filosófica. • Divulgação de obras de Aristóteles: até então desconhecidas entre os europeus a partir das traduções gregas e dos comentários feitos pelos filósofos árabes desde os séculos VII e VIII, especialmente pr Al-Kindi, Al-Farabi, Avicena e Averróis.
  • 20. Escolástica É a segunda etapa da Filosofia Medieval que durou do século IX ao XVI e que tem em Santo Tomás de Aquino (1226 – 1274) o seu principal representante, que buscava sistematizar a filosofia cristã sob inspiração aristotélica.
  • 21.
  • 22. Santo Tomás de Aquino
  • 23. Entendendo a Escolástica • Entender a Escolástica é tentar responder a pergunta: Como conciliar a fé e a razão? Essa é a questão principal que vai atravessar todo o período do pensamento escolástico na busca de harmonizar as duas esferas (razão e fé).
  • 24. Agostinho e Tomás de Aquino • O pensamento de Agostinho defenderá uma subordinação maior da razão em relação à fé, por acreditar que esta (a fé) venha com mais sucesso restaurar a condição decaída da razão humana no seu retorno às origens divinas. Por outro lado, Tomás de Aquino defenderá a autonomia da razão na busca e obtenção de respostas (por influência do aristotelismo). Entretanto, em nenhum momento Aquino negará a premissa da subordinação da razão à fé.
  • 25. Deus, ato puro • Para Tomás de Aquino, Deus é um ato puro. Não há o que realizar ou se atualizar em Deus, pois ele é completo. Tomás Aquino dirá que Deus é ser, e o mundo tem ser. Ou seja, Deus é o ser que existe como fundamento da realidade das outras essências que, uma vez existentes, participam do seu ser.
  • 26. As provas da Existência de Deus Em uma de suas principais obras (Suma Teológica) Tomás de Aquino propôs cinco provas da existência de Deus: 1ª) Deus é o primeiro ser movente do universo, responsável pela movimentação dos demais;
  • 27. 2ª) Tudo deve ser considerado efeito de alguma causa. A causa primeira de todos os efeitos é Deus; 3ª) Deus sempre existiu e é, por isso, ser necessário, a causa necessária de todos os outros seres; 4ª) Deus é o único ser com a plenitude dos graus de perfeição das qualidades positivas: é, por isso, ser máximo e pleno. 5ª) Finalidade do ser: Todas as coisas brutas que não possuem inteligência própria, existem na natureza cumprindo uma função, um objetivo, uma finalidade, semelhante à flecha dirigido pelo arqueiro. Devemos admitir, então, que existe algum ser inteligente que dirige todas as coisas da natureza para que cumpram seu objetivo. Esse ser é Deus.