3. Uso de jogos
O uso de jogos ajuda a criar
na sala de aula uma atmosfera de
motivação que permite ao aluno,
seja criança ou adulto, participar
ativamente do processo de ensino-
aprendizagem.
4. • Jogar é uma atividade natural do ser humano. Ao brincar e
jogar, o indivíduo fica tão envolvido com o que está
fazendo que coloca ação no seu sentimento e emoção.
• Corresponde a um impulso
natural do aluno. Satisfaz
uma necessidade interior.
O ser humano apresenta
uma necessidade lúdica.
• Absorve o jogador de
forma intensa e total –
Coexistem dois elementos:
o prazer e o esforço
espontâneo.
5. O jogo, assim como a atividade artística, é um
elo integrador dos aspectos motores, cognitivos,
afetivos e sociais. É brincando e jogando que a
criança ordena o mundo à sua volta, assimilando
experiências e informações, sobretudo, incorporando
atitudes e valores. É por intermédio do jogo e do
brinquedo que ela reproduz e recria o meio.
• Mobiliza os esquemas • Integra as dimensões
mentais de forma a acionar afetiva, motora e cognitiva
e ativar as funções
psiconeurológicas e as da personalidade.
operações mentais,
estimulando o pensamento.
6. A ideia de aplicar o jogo à
educação difundiu-se principalmente a
partir do movimento Escola Nova e da
adoção dos métodos ativos
7. Porém, esta ideia não é tão nova, nem
tão recente quanto possa parecer...
Comenius
• Em 1632, Comenius
terminou de escrever sua
obra Didática Magna, na
qual preconizava a
utilização de um método
“de acordo com a natureza”
e recomendava a prática de
jogos por causa de seu valor
formativo.
8. Rousseau Pestalozzi
Afirmavam que a educação não deveria ser um processo artificial e
repressivo, mas um processo natural, de acordo com o desenvolvimento
mental da criança e que levasse em consideração seus interesse e suas
tendências inatas. Salientaram a importância dos jogos como
instrumento formativo, pois, além de exercitar o corpo, os sentidos e as
aptidões, os jogos também preparavam para a vida em comum e para as
relações sociais.
9. Froebel pregava uma pedagogia da ação, e mais
particularmente do jogo. Ele dizia que a criança para se
desenvolver, não devia apenas olhar e escutar, mas agir e
produzir. Considerava que o trabalho manual, os jogos e os
brinquedos infantis tinham uma função educativa básica: é
por meio dos jogos e brinquedos que as crianças que a criança
adquire a primeira representação do mundo e é por meio
deles também que ela penetra no mundo das relações sociais,
desenvolvendo um senso de iniciativa e auxílio mútuo. No seu
trabalho docente, Froebel pôs em prática a teoria do valor
educativo do brinquedo e jogo, principalmente no jardim de
infância. Para isso elaborou um currículo centrado em jogos
para a iniciação à matemática e para o desenvolvimento da
expressão e da percepção sensorial.
10. Ronca e Escobar afirmam que “os jogos e
simulações não são brinquedos que o
educador possa usar para ‘criar um clima
gostoso em sala de aula’ ou apenas para
variar as estratégias. Pelo contrário, eles
não só devem fazer parte do planejamento
como exigem certos procedimentos para
sua elaboração e aplicação.”
11. O professor pode criar seus próprios jogos
de acordo com os objetivos de ensino-
aprendizagem que tenha em vista e de
forma a adequá-los ao conteúdo a ser
aplicado.
12. Sugestões para utilização de jogos de
forma mais adequada e proveitosa no
ensino:
• Defina, de forma clara e precisa, os objetivos a serem atingidos
com a aprendizagem.
• Determine os conteúdos que serão abordados ou fixados através
da aprendizagem pelo jogo.
• Elabore um jogo ou escolha, dentre a relação de jogos existentes o
mais adequado para atingir os objetivos estabelecidos.
• Formule as regras de forma clara e precisa para que não deem
margem a dúvidas.
• Explique aos alunos as regras do jogo.
• Permita que os participantes relatem o que fizeram, perceberam,
descobriram ou aprenderam.
14. A técnica da dramatização facilita a aprendizagem
quanto à assimilação de conhecimentos e à aquisição
de conceitos e princípios gerais a partir de um
referencial concreto.
• O uso de dramatização
pode ser usada para a
aquisição de determinados
conhecimentos, para
desenvolver certas
habilidades ou para
favorecer o relacionamento
e a interação entre os
alunos.
15. Do ponto de vista didático, a técnica da
dramatização apresenta os seguintes objetivos:
• Propiciar uma situação de aprendizagem clara e específica
que facilite a percepção e análise das situações reais da vida.
• Facilitar a comunicação de situações problemáticas e sua
posterior análise, evidenciando os pontos críticos e
contribuindo para a indicação de possíveis alternativas para
as soluções.
• Desenvolver a criatividade, o senso de observação e a
capacidade de expressar-se pela representação corporal e
dramática.
16. A dramatização pode ser de dois tipos
ou modalidades:
PLANEJADA ESPONTÂNEA
• Os alunos preparam a • A dramatização não é
representação selecionando planejada e os alunos
as personagens e discutindo intervêm nela no momento
os papéis que vão que decidirem, por acharem
desempenhar, oportuno, improvisando a
representação.
19. Grupo é o conjunto de duas ou mais
pessoas em situação de interação e agindo
em função de um objetivo comum.
Em termos didáticos, os • Facilitar a construção
principais objetivos do do conhecimento;
trabalho em equipe são:
• Permitir a troca de
ideias e opiniões;
• Possibilitar a prática da
cooperação para
conseguir um fim
comum.
20. O trabalho em grupo favorece a
formação de hábitos e atitudes:
• Cooperar e unir esforços visando atingir um objetivo em
comum;
• Planejar, em conjunto, as etapas de um trabalho;
• Dividir tarefas e atribuições – Participação;
• Expor ideias e opiniões;
• Aceitar e fazer críticas construtivas;
• Ouvir com atenção aos colegas e esperar a vez de falar;
• Respeitar a opinião alheia;
• Acatar a decisão quando ficar resolvido que prevalecerá a
opinião da maioria.
21. Como formar as equipes:
Aleatoriamente Espontaneamente
Como orientar os alunos
Normas Funções Objetivos
22. Técnica sociométrica
Técnica sociométrica mais conhecida e aplicada foi criada pelo psiquiatra
romeno J. L. Moreno, e consiste de algumas perguntas a serem respondidas.
A partir dessas perguntas, é realizada a tabulação das respostas e elaborado
o sociograma, que é a representação gráfica ou pictórica da tabulação
sociométrica. A técnica sociométrica e o sociograma ( que é a sua
representação gráfica) permitem verificar como estão as relações sociais,
reconhecer os líderes aceitos e identificar as pessoas que, por algum motivo,
estão marginalizadas, reconhecer as Redes sociais : conjuntos específicos de
ligações entre um determinado conjunto de indivíduos; Panelinhas: grupos
informais relativamente permanentes, envolvendo a amizade; Estrelas: os
indivíduos que fazem conexão entre dois ou mais grupos, sem serem
membros de qualquer um deles. Pontes: os indivíduos que servem de
ligação ao pertencer a dois ou mais grupos. Isolados: os indivíduos que não
estão conectados à rede social.
23.
24. Sociograma
Sociograma é a representação gráfica da tabulação sociométrica.
Nesta fase, os dados obtidos na tabulação das respostas das
pessoas são ordenados de forma pictórica, através do
sociograma, para uma melhor visualização da estrutura do grupo
das relações entre seus membros. O sociograma oferece um
quadro elucidativo do ambiente social do setor. Pode-se dizer
que um sociograma é, provavelmente, o melhor instrumento já
planejado para revelar a estrutura social de um grupo. Apresenta
as inter-relações entre os indivíduos , e as relações de cada
indivíduo com o grupo todo. Proporciona ao líder, informações
que o auxiliarão a compreender o comportamento do grupo, e a
agir com maior eficiência no seu trabalho.
26. O estudo de casos é uma variação da técnica de solução
de problemas e consiste em apresentar aos alunos uma
situação real, dentro do conteúdo abordado, para que analisem
e, se for necessário, proponham alternativas de soluções.
Tem como objetivos:
•Oferecer oportunidade para que o aluno possa aplicar os
conhecimentos assimilados a situações reais.
•Criar condições para que o educando exercite a atitude
analítica e pratique a capacidade de tomar decisões.
Irene Carvalho diz que o estudo de casos “ favorece a
participação ativa, é muito dinâmico e estabelece excelentes
correlações com o real, sendo portanto, altamente motivador.”
27. Existem dois tipos de casos que
podem ser propostos aos alunos:
• Caso-problema • Caso-análise
28. Bordenave e Pereira fazem a distinção
entre essas duas modalidades:
Caso-problema Caso-análise
• Trata-se do esforço da • Tem como objetivo
síntese, chegar a melhor desenvolver a capacidade
solução possível dentro dos analítica dos alunos.
dados fornecidos.
29. O professor deve adotar os seguintes procedimentos
ao desenvolver a técnica do estudo de casos:
Quanto ao planejamento: Quanto à execução:
• Definir o objetivo a ser alcançado, • Explicar o desenvolvimento da técnica
estabelecendo os conhecimentos a para os alunos;
serem aplicados na análise do caso e as • Apresentar o caso para os alunos, por
habilidades cognitivas a serem escrito ou através de um filme;
praticadas; • Pedir aos alunos para relatarem aos
• Selecionar um fato real, relacionado ao demais o resultado de suas análises,
conteúdo estudado, ou elaborar uma fazendo uma síntese do trabalho de
situação hipotética, tendo por base cada grupo. Quando se fizer necessário,
dados da realidade; aclarar os conceitos aplicados no
• Prever o tempo necessário para o estudo de caso.
trabalho individual, quando for o caso,
para o trabalho em grupo e para a
síntese final.
31. Estudo do meio é uma técnica que permite ao aluno estudar
de forma direta o meio natural e social que o circunda e do
qual ele participa
• É uma prática educativa que
se utiliza de entrevistas e
excursões como forma de
observar e pesquisar
diretamente a realidade,
coletando dados e
informações para posterior
análise e interpretação.
32. Não se deve confundir estudo do meio com
uma simples excursão. É uma atividade ampla que
começa e termina em sala de aula. Newton César
Balzan diz que “o estudo do meio, é antes de mais
nada, uma atividade não livresca. Ele se inicia na
própria sala de aula, quando é proposto e planejado
a partir de um problema mais geral e termina
também na sala de aula, quando os resultados são
explorados em profundidade e avaliados. Mas ele é
experiência, e, mais que isso, vivência.”
33. • No estudo do meio o aluno é mobilizado para a ação, sendo
estimulado a participar diretamente do planejamento do
estudo do meio, na proposição de seus objetivos, na sua
execução por intermédio da realização de entrevistas, visitas,
coletas de dados, organização e interpretação dos dados
colhidos na elaboração das conclusões gerais e na avaliação
do estudo do meio no que se refere ao seu processo e ao seu
resultado.
34. O estudo do meio difundiu-se a partir
do trabalho pedagógico de Freinet.
• Freinet utilizava o estudo do meio
como prática educativa nas
escolas onde lecionou. Roger
Gilbert descreveu o trabalho de
Freinet “as crianças passam a
tomar o hábito das técnicas novas.
Apaixonam-se pelos trabalhos
executados em sua aldeia,
transformam-se naturalmente em
entrevistadores, informam-se
segundo a natureza de suas
investigações, multiplicam as
visitas e desenvolvem, para dizer
tudo, a mais dinâmica das
atividades.”
35. Objetivos do estudo do meio:
• Criar condições para que o aluno entre em contato com a
realidade, promovendo o estudo de seus vários aspectos
de forma direta, objetiva e ordenada.
• Propiciar a aquisição de conhecimentos geográficos,
históricos, econômicos, sociais, políticos, científicos,
artísticos etc., de forma direta por meio da vivência.
• Desenvolver as habilidades de observar, pesquisar,
descobrir, entrevistar, coletar dados,, organizar e
sistematizar, tirar conclusões e utilizar diferentes formas
de expressão para descrever o que observou.
36. Fases do estudo do meio:
• Planejamento: É a fase em que se delimita a problemática e
se definem os aspectos da realidade a serem estudadas
para solucionar o problema proposto.
• Execução: É o estudo do meio propriamente dito.
• Exploração e apresentação dos resultados: Nesta fase, os
alunos organizam, sistematizam e interpretam os dados
coletados, extraindo conclusões que devem ser analisadas e
discutidas pelo grupo-classe.
• Avaliação: O estudo do meio deve ser avaliado pelos
professores e alunos conjuntamente, no sentido de verificar
se os objetivos propostos para esta atividade foram
realmente atingidos.
37. • O papel do professor no estudo do meio é o de orientar e
coordenar seu planejamento, execução e avaliação. Cabe a
ele sugerir problemas para estudo, estimular a pesquisa,
orientar os alunos na proposição de hipóteses e ajudá-los a
tirar conclusões de suas observações e pesquisas.
38. Referências
FARIAS, Isabel Maria Sabino et al. Didática e docência:
aprendendo a profissão. Capítulo 9- Fortaleza: Líber livro,
2008.