O documento faz uma analogia entre dirigir um carro na chuva e administrar um negócio durante uma crise econômica. A maioria dos empresários, assim como motoristas, tendem a frear os investimentos e gastos durante uma crise. No entanto, uma minoria de "Ayrton Sennas empresariais" vê a crise como uma oportunidade para crescer, investindo e contratando mais, o que pode levá-los a se tornarem grandes vencedores quando a crise passar.
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Dirigir na crise: a coragem de investir quando os outros freiam
1. • Será que você, empresário, sabe dirigir na chuva?
Ser empresário não é tarefa fácil. Temos de enfrentar sempre novos desafios,
acompanhar a concorrência – e tentar sobressair sempre –, negociar com empregados,
fornecedores, cuidar dos nossos clientes – e buscar novos –, inovar nosso negócio e
conseguir recursos para crescer. Sim, tudo ao mesmo tempo. E afirmo: isso é o básico,
considerando o mercado normal. E quando vem uma crise, como esta pela qual estamos
passando?
Aí é como estarmos em uma corrida de carros e, de repente, começar a chover. Mesmo
que tenhamos ciência sobre as possibilidades de chuva, talvez já anunciadas, nunca
sabemos exatamente a hora e a intensidade dela. Nesse momento, o que faz a maior
parte das pessoas? Pé no freio – ou tira o pé do acelerador. Alguns até rodam, pois pisar
no freio pode levar o carro à derrapagem. Outros simplesmente dirigem de forma muito
mais cautelosa, para evitar acidentes, isto é, se preparam para o pior. Alguns, com
máxima cautela, mesmo correndo grande risco, até param no acostamento e esperam a
chuva passar.
Assim, a maioria dos empresários diminui rapidamente os seus gastos e custos,
adia investimentos e cancela planos de crescimento. Outros chegam a congelar seus
negócios, mantendo apenas as condições de sobrevivência. Apesar disso, existe uma
minoria que nesta hora vê a oportunidade para ultrapassar os concorrentes. Com o
perdão da analogia, os considero os “Ayrton Senna” da vida empresarial. São corajosos,
destemidos e aceitam correr mais riscos, mas levam uma grande vantagem sobre os
demais. Alguns se machucam por não terem habilidade suficiente, ou por não terem
planejado nem treinado para correr na chuva, porém, outros acabam se dando bem, muito
bem.
Que saudades do Senna! Vendo-o ultrapassar três, cinco, dez carros, alguns como se
estivessem parados, e outros correndo grandes riscos. Ele não tinha medo, tinha gana e
enxergava além.
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2. Assim, estes poucos empresários que tiveram – ou têm – a coragem de investir na hora
em que quase todos os outros querem parar, de manterem os seus planos de
crescimento e sua estrutura de colaboradores – e até contratar mais gente –, são os que
podem se tornar os grandes vencedores no final da corrida empresarial.
Nessa hora, fica mais fácil negociar em um mercado atemorizado pela crise. Desde
pontos comerciais, com aluguéis e direitos de entrada menores, condições de compra
com fornecedores, contratar gente de qualidade, publicidade mais barata, realmente, o
cenário muda.
O único item negativo do momento é a dificuldade e obter capital, principalmente por meio
de empréstimos bancários. Contudo, sempre procura-se analisar e chega-se a conclusão
de que as boas empresas guardam reserva para crises, e então saem às compras. Se for
capital de risco, esta é também uma boa hora para conseguir investimentos de grupos e
fundos que buscam bons projetos, pois o dinheiro parado tem custo negativo e eles
precisam investir.
Infelizmente, como na vida esportiva, os “Ayrton Senna” são uma exceção, uma minoria.
Contudo, são os que ficam na nossa memória e ensinam novas gerações. Quando a crise
passa, eles estão lá na frente, ganhando a corrida empresarial e os louros da sua
coragem.
E você, empresário – micro, pequeno, médio ou grande –, será que você sabe dirigir na
chuva? Está na hora.
Fonte - Gestão e Negócios
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