2. As justificativas: evolucionismo e
darwinismo social
Negra Amarela Branca
Intelecto Débil Medíocre Vigoroso
Propensões
animais
Muito fortes Moderadas Fortes
Manifestações
morais
Parcialmente
latentes
Comparativament
e desenvolvidas
Altamente
cultivadas
O esquema racial de Gobineau:
3. África
“Levar produtos europeus à África e
importar matérias-primas que o
solo africano produzia era, mais que
uma operação mercantil, uma
iniciativa em prol do progresso de
povos parados na pré-história,
imersos no canibalismo e no tráfico
de escravos. O comércio levava para
lá a religião, a moral, a lei, os
valores da Europa Moderna, culta,
livre e democrática, num progresso
que acabaria por transformar os
desventurados das tribos em
homens e mulheres do nosso
tempo”.
4. “Vão chegar missionários para tirá-los do paganismo e ensinar a eles
que um cristão não deve comer o próximo. Médicos para vaciná-los
contra as epidemias e curá-los melhor do que os feiticeiros.
Companhias que lhes darão trabalho. Escolas onde vão aprender os
idiomas civilizados. Onde lhes ensinarão a se vestir, a rezar para o
verdadeiro Deus, a falar em idioma cristão e não nesses dialetos de
macacos que eles falam. Pouco a pouco vão substituir os seus
costumes bárbaros por outros de seres modernos e instruídos. Se
soubessem o que nós fazemos por eles, beijariam nossos pés. Mas seu
nível mental é mais próximo do crocodilo e do hipopótamo que de
você ou de mim. É por isso que nós decidimos o que é mais
conveniente para eles e fazemos esses contratos. Os seus filhos e
netos vão nos agradecer. E não seria nada estranho que, dentro de
um tempo, começassem a adorar Leopoldo II [rei da Bélgica] como
adoram hoje seus fetiches e espantalhos”.
(Trechos do romance “O sonho do celta”, de Mario Vargas Llosa)
5. A Conferência de Berlim (1884-85)
Antes da conferência de Berlim, as potências europeias já tinham suas
esferas de influência na África por várias formas: mediante a
instalação de colônias, a exploração, a criação de entrepostos
comerciais, de estabelecimentos missionários, a ocupação de zonas
estratégicas e os tratados com dirigentes africanos. Após a
conferência, os tratados tornaram-se os instrumentos essenciais da
partilha da África no papel. Eram de dois tipos esses tratados: os
celebrados entre africanos e europeus, e os bilaterais, celebrados entre
os próprios europeus.
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8. Resistência dos povos africanos
“Sei que os brancos querem me matar para tomar o meu país e, ainda
assim, você insiste que eles me ajudarão a organizá-lo. Por mim, acho
que meu país está muito bem como está. Não preciso deles. Sei o que
me falta e o que desejo: tenho meus próprios mercadores; considere-
se feliz por não mandar cortar-lhe a cabeça. Para agora mesmo e,
principalmente, não volte nunca mais.”
(Resposta de Wogobo, rei dos Mossi, na região da atual Burkina Faso, a um
oficial francês)
Os inimigos vêm agora se apoderar de nosso país e mudar nossa
religião [...]. Nossos inimigos começaram a avançar abrindo caminho
na terra como toupeiras. Com a ajuda de Deus, não lhes entregarei
meu país [...]. Hoje, que os fortes me emprestem sua força e os fracos
me ajudem com suas orações.
( Menelik, imperador da Etiópia)
9. Índia: “a joia do Império Britânico”
● Cia. Das Índias Orientais (séc. XVII) – companhia de comércio inglesa
● Reforço da ocupação militar em fins do século XVIII (avanço de Napoleão)
● 1813 – fim do monopólio da Cia das Índias → aumento do número de
negociantes britânicos
● Derrota dos livres Estados da Índia Central
● Missionários religiosos + obrigatoriedade do ensino de inglês + doutrina da
prescrição (todo Estado cujo soberano britânico morresse sem sucessor
seria anexado às possessões britânicas)
● 1857: revolta dos Sipaios (soldados indianos treinados por métodos
ingleses) → repressão extrema
● Índia torna-se Vice-Reino da Grã-Bretanha
● Exploração de chá, trigo, ópio, carvão, ferro
● Empréstimos a investidores locais para a construção de ferrovias e para
financiar compra de mercadorias inglesas a juros altos (dependência
econômica)
10. Egito
● Construção do Canal de Suez com recursos europeus
e egípcios tornam o país uma das mais importantes
rotas navegáveis do mundo
● Interesse no algodão egípcio
● Construção de ferrovias, pontes, canais, implantação
do telégrafo com capital britânico → dependência
econômica de um Egito endividado
● Crise econômica e ciclos de fome no Egito →
Intervenção militar britânica (alegando hostilidade do
governo contra súditos ingleses no local)
● Ocupação “temporária” dura até meados do XX
11. África do Sul
●
Cia. Holandesa das Índias Orientais no Cabo da
Boa Esperança desde 1652
●
Calvinistas holandeses migram, fugindo das
perseguições religiosas origem dos bôeres→
●
Interesse inglês na região: conflitos com bôeres e
nativos ingleses conquistam sul e bôeres→
migram para norte e leste.
●
Descoberta das minas de ouro mais ricas do
mundo na região Guerra dos Bôeres (1899-→
1902) – vitória inglesa
12. China
● Cia. Das Índias Orientais inglesa – monopólio do chá
chinês e venda de ópio (proibido pelo governo chinês)
● Guerras do Ópio: sucessivas derrotas do governo
chinês. Perdas:
● Ilha de Hong Kong para os ingleses
● Abertura dos portos para os ingleses
● Legalização do ópio
● Pagamento de indenizações ao governo inglês
● Guerra dos Boxers: população chinesa contra os
europeus → derrota chinesa
13. Japão
●
Guerra Sino-Japonesa
– Japão tinha interesse nas minas de ferro e carvão
chinesas
– Vitória japonesa: posse de Formosa (Taiwan), Coreia e
postos comerciais
●
Era Meiji: projeto governamental de ocidentalização →
formação de profissionais no Ocidente; escolas
ocidentais; industrialização; reforma agrária; ascensão
do poder do Imperador e declínio do xogunato
●
Japão se torna potência industrial concorrente com
países ocidentais
14. Imperialismo nas Américas
●
Os EUA sobre Cuba:
– Domínio econômico
– Emenda Platt (1901): adicionada à Constituição
Cubana, dava aos EUA o direito de intervir
militarmente no país sempre que sentisse seus
interesses ameaçados