Slides que serviram de base para aula sobre o fim do tráfico negreiro, fazendo paralelo com a atualidade e as desigualdades que perduram até hoje, oriundas da construção social da cor no Brasil.
2.
Origem e comércio de escravos:
A diáspora africana.
• Principais rotas com
origem em Moçambique,
Angola e Guiné.
• Obtidos através de
escambo (cachaça, fumo e
quinquilharias diversas),
guerras e incursões de
captura a territórios de
tribos inimigas.
•Negócio extremamente
lucrativo.
3.
• Escravos rurais: Engenhos de
açúcar, plantações de tabaco e
café.
• Escravos urbanos: negros de
ganho (negros tigrados,
mineradores, pedreiros,
barbeiros, quituteiras, amas
de leite, prostitutas e etc.).
Antes:
Emprego da mão-de-obra escrava
4. • Coisificação: escravo visto como propriedade privada, com a
finalidade única de força produtiva geradora de lucro e igualado a
bens semoventes (cavalos e gados), podendo ser comercializado.
• Quando um escravo era considerado humano?
-Quando cometia algum crime. A simples tentativa de fuga era
considerada criminosa, pois atentava contra a propriedade do
senhor.
•Escravidão como direito à propriedade, negação da humanidade,
negação da liberdade, ausência da caridade cristã e empecilho ao
progresso.
• Institucionalização do castigo.
Escravo como elemento servil
5.
• Ideais iluministas ganham força na Europa e têm seus
reflexos diretos nas colônias.
• Inglaterra em plena expansão econômica decorrente da
Revolução Industrial, iniciada no século anterior.
• Revoluções Liberais “pipocando” na Europa (1820, 1830,
1848).
Contexto internacional
6. • Os interesses do capitalismo inglês e os das elites
agrárioescravocratas brasileiras entram em rota de colisão:
-1831: Lei antitráfico foi aprovada, mas, em virtude da
necessidade da mão-obra-escrava não era acatada. Ficou
conhecida como “Lei para inglês ver”.
-1845: Bill Aberdeen (navios ingleses poderiam afundar navios
negreiros no Atlântico – resposta a aprovação da tarifa Alves
Branco, esta altamente protecionista).
-1850: Lei Eusébio de Queirós (Fim do tráfico negreiro).
• Escravidão perdura por mais 38 anos, mas perde muita força.
Pressão inglesa e fim do tráfico
negreiro
7.
• A escravidão, após o fim do tráfico negreiro, passou a ser muito
custosa para os fazendeiros.
• 1850: Lei de Terras favorece as oligarquias; terras só por compra
ou concessão; compensação aos latifundiários pela aprovação da
Lei Eusébio de Queirós.
•Liberação do capital investido na monocultura para que
ocorresse a Era Mauá (Irineu Evangelista de Souza), caracterizada
pelo surto industrial e maior dinamização do mercado interno.
• Imigrantes italianos e alemães começam a chegar ao Brasil para
serem a nova mão-de-obra nacional, calcada no darwinismo social
e aceita em decorrência do baixo custo.
Transição do trabalho escravo para o trabalho
assalariado
8.
• A conscientização da sociedade civil: Guerra do Paraguai,
fundação do Partido Republicano, criação dos clubes de
emancipação e com a evidência das lideranças negras (José do
Patrocínio, jornalista; André Rebouças, engenheiro; e Luís Gama,
escritor).
• Leis abolicionistas pós fim do tráfico atlântico:
-1871: Lei do Ventre-livre (escravos nascidos a partir de 1871
seriam libertos).
-1885: Lei dos sexagenários (escravos de 60 anos seriam libertos).
-1888: Lei áurea (abolição da escravatura).
Movimentos e leis
abolicionistas
9.
• Constituição de 1891.
• Proibições, vadiagem e segregação.
• Tentativas de inserção na sociedade de classes.
• O preconceito que perdura até hoje.
Negro escravo → negro liberto