SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 24
SEDIMENTAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR
UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
DISCENTE: ANDERSON DOS SANTOS FORMIGA
DISCIPLINA: OPERAÇÕES UNITÁRIAS I
DOSCENTE: JOSÉ ETIMÓGENES DUARTE VIEIRA SEGUNDO
INTRODUÇÃO
A sedimentação é uma operação de separação
sólido-líquido baseada na diferença entre as
concentrações das fases presentes na suspensão
a ser processada, sujeitas a ação do campo
gravitacional.
A sedimentação da fase particulada ocorre em
tanques cilíndricos chamados de
sedimentadores ou decantadores.
INTRODUÇÃO
Ilustração de um sedimentador.
TIPOS DE SEDIMENTADORES
Classificação de acordo com a função
Espessadores
Caracteriza-se pela
produção de espassados
com alta concentração de
partículas.
Produto de interesse
Fase particulada
Clarificadores
 Caracterizam-se pela produção
de espessados com baixa
concentração de partículas.
Produto de interesse
Fase líquida
TIPOS DE SEDIMENTADORES
Classificação de acordo com a geometria
Sedimentador Clássico
 Retira tanto o clarificado
(overflow) quanto o espessado
(underflow).
Sedimentador Lamelado
 As partículas sedimentam sobre
as lamelas e deslizam até o fundo
do equipamento, formando uma
espécie de lama.
TEORIA E HIPÓTESES
Fluidodinâmica
 Modelo da velocidade terminal Descartada
 Teoria das Misturas da Mecânica do Contínuo A partir das
equações da continuidade e do movimento para cada fase envolvida
podemos entender o processo de sedimentação.
Podemos formular as seguintes hipóteses
 A fase fluida comporta-se como um fluido newtoniano e
incompressível;
 O projeto de um sedimentador tem como base a operação em batelada
no que acarreta regime transiente (∂/∂t ≠ 0);
 Escoamento unidimensional e em contracorrente das fases fluida e
particulada, considerando-se que 𝑉Ascensional do líquido ≤ 𝑉Sedimentação,
para que não haja particulados no extravasante;
TEORIA E HIPÓTESES
Fluidodinâmica
 A 𝑉Sedimentação da fase particulada depende somente da concentração
local de sólidos;
 Considera-se o modelo da porosidade do meio para o tensor tensão na
fase particulada ser função somente da porosidade do meio (fração de
vazios):
Para a região de sedimentação livre:
Para a região de compactação:
Na qual α0,α1,α2 são constantes empíricas.
TEORIA E HIPÓTESES
Fluidodinâmica
 Considera-se escoamento de Darcy, de modo que a força resistiva,
m, seja escrita por:
 Admite-se que as suspensões não sejam suficientemente
concentradas, de modo a desconsiderar o fenômeno da
sedimentação impedida, nesse caso, a velocidade relativa, U, pode
ser aproximada como:
Na qual 𝑢 𝑝 é a velocidade intersticial da fase particulada.
TEORIA E HIPÓTESES
Fluidodinâmica
Dessa maneira as equações da continuidade e do
movimento para a fase particulada podem ser escritas
como:
PROJETO DE UM SEDIMENTADOR
CONTÍNUO
 Determinar altura e área transversal do sedimentador.
 Baseiam-se nos testes de proveta, ou seja, na curva de
sedimentação, que é obtida através de um ensaio de sedimentação.
Esquema de um sedimentador contínuo.
CÁLCULO DE ÁREA DE UM
SEDIMENTADOR
Balanço de massa da fase particulada
Balanço de massa da fase líquida
Do arranjo dessas equações tem-se:
Dividindo a equação da fase líquida pela área:
CÁLCULO DE ÁREA DE UM
SEDIMENTADOR
Para que não haja particulados no extravasante,
considera-se Vascensional ≤ Vsedimentação.
Então,
Reorganizando
DIMENCIONAMENTO DE UM
SEDIMENTADOR
 O projeto de um sedimentador baseia-se na curva de sedimentação.
Obtida através de um ensaio de sedimentação com uma amostra a ser
clarificada.
HIPÓTESES
A. Método de Coe e Clevenger;
B. Método de Kynch;
C. Método de Biscaia Jr.
DIMENCIONAMENTO DE UM
SEDIMENTADOR
 Primeiro procedimento proposto para o projeto de sedimentadores.
 Fundamentado a partir de testes em batelada e diversas concentrações
volumétricas.
 Considera que a área de um sedimentador contínuo deve ser suficiente para
permitir a decantação de todas as partículas alimentadas.
Considerações
 A velocidade de decantação dos sólidos em cada zona é função da
concentração local da suspensão: v = f (C);
 As características essenciais do sólido obtido durante ensaios de sedimentação
descontínuos não se alteram quando se passa para o equipamento de larga
escala.
 O maior valor obtido de área é eleito como o valor de projeto
Método de Coe e Clevenger
DIMENCIONAMENTO DE UM
SEDIMENTADOR
Método de Coe e Clevenger
DIMENCIONAMENTO DE UM
SEDIMENTADOR
 Desenvolveu uma teoria matemática para a sedimentação que
requer apenas um ensaio, ou seja, uma redução drástica nos
números de ensaios, que forneça a curva de sedimentação.
Considerações
 Sedimentação unidimensional.
 A concentração aumenta com o tempo no sentido do fundo do
sedimentador.
 A velocidade de sedimentação tende ao valor zero quando a
concentração tende ao seu valor máximo.
 A velocidade de sedimentação depende somente da concentração
local de partículas.
 Os efeitos de parede não são considerados.
Método de Kynch
DIMENCIONAMENTO DE UM
SEDIMENTADOR
Método de Kynch
Movimento de uma única interface
Área para cada par de (qi , εi)
DIMENCIONAMENTO DE UM
SEDIMENTADOR
 Região de líquido clarificado em que não há a presença de partículas (𝜀 𝑝= 0);
 Região de sedimentação livre, onde a concentração de partículas é igual a sua
concentração inicial e a velocidade de sedimentação é constante (𝜀 𝑝 = 𝜀 𝑝0, 𝑢 𝑝 = 𝑢 𝑝0);
 Região de transição, onde ocorre o aumento na concentração da fase particulada de
𝜀 𝑝0 para 𝜀 𝑝𝑚, e a velocidade de sedimentação decresce desde 𝑢 𝑝 = 𝑢 𝑝0 para 𝑢 𝑝0 = 0
 Região de formação de sedimento em que a concentração de partículas é máxima e a
velocidade de sedimentação e nula.
Método de Kynch
DIMENCIONAMENTO DE UM
SEDIMENTADOR
Método de Kynch
Ensaio de proveta na versão Kynch
DIMENCIONAMENTO DE UM
SEDIMENTADOR
 Propôs uma simplificação ao procedimento de Kynch e à
minimização da relação entre a vazão e área, baseado no fato de que
a curva de sedimentação resulta na combinação de uma reta com
uma exponencial.
O valor de tmin é o tempo correspondente a:
Método de Biscaia Jr.
DIMENCIONAMENTO DE UM
SEDIMENTADOR
Método de Biscaia Jr.
Simplificação de Biscaia Jr
DIMENCIONAMENTO DE UM
SEDIMENTADOR
Cálculo da altura do sedimentador
Esquema de alturas de um sedimentador convencional
DIMENCIONAMENTO DE UM
SEDIMENTADOR
 Soma das parcelas:
H = H1 + H2 + H3
Altura de espessamento pode ser estimada através de um balanço de
material
H2 =
4
3
𝑍 𝑚𝑖𝑛
tR
𝑡 𝑚𝑖𝑛
A altura no fundo do sedimentador é dada por:
𝐻3 = 0,073 𝑥 𝐷
Onde D é o diâmetro do sedimentador.
Cálculo da altura do sedimentador
Referências Bibliográficas
CREMASCO, M.A. Operações Unitárias em
Sistemas Particulados e Fluidomecânicos.
São Paulo. Blucher, 2012.
Disponível em:
<http://www.cetem.gov.br/publicacao/CTs/CT200
4-189-00.pdf>, acesso em 14 de março de 2014.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

Relatório filtração 2016.1
Relatório filtração 2016.1Relatório filtração 2016.1
Relatório filtração 2016.1
 
Relatório
RelatórioRelatório
Relatório
 
Hidrociclones
HidrociclonesHidrociclones
Hidrociclones
 
Capitulo 2 balanço de massa
Capitulo 2   balanço de massaCapitulo 2   balanço de massa
Capitulo 2 balanço de massa
 
Taa 5
Taa 5Taa 5
Taa 5
 
Operações unitárias
Operações unitáriasOperações unitárias
Operações unitárias
 
Sedimentação power point
Sedimentação power  pointSedimentação power  point
Sedimentação power point
 
Destilação
DestilaçãoDestilação
Destilação
 
Torres de separação
Torres de separação Torres de separação
Torres de separação
 
Decantanção e separação
Decantanção e separaçãoDecantanção e separação
Decantanção e separação
 
Aula 3 peneiramento
Aula 3 peneiramentoAula 3 peneiramento
Aula 3 peneiramento
 
OPERAÇÕES UNITARIAS
OPERAÇÕES UNITARIASOPERAÇÕES UNITARIAS
OPERAÇÕES UNITARIAS
 
REATORES CONTINUOS, EM SÉRIE E PARELELO
REATORES CONTINUOS, EM SÉRIE E PARELELOREATORES CONTINUOS, EM SÉRIE E PARELELO
REATORES CONTINUOS, EM SÉRIE E PARELELO
 
Leito fluidizado
Leito fluidizadoLeito fluidizado
Leito fluidizado
 
Aula 04
Aula 04Aula 04
Aula 04
 
Trabalho reatores leito fixo e fluidizado
Trabalho   reatores leito fixo e fluidizadoTrabalho   reatores leito fixo e fluidizado
Trabalho reatores leito fixo e fluidizado
 
Op.unitárias
Op.unitáriasOp.unitárias
Op.unitárias
 
Aula 2 exercício od tratamento de águas residuárias
Aula 2   exercício od tratamento de águas residuáriasAula 2   exercício od tratamento de águas residuárias
Aula 2 exercício od tratamento de águas residuárias
 
Taa 7
Taa 7Taa 7
Taa 7
 
Tópico 5 evaporacao
Tópico 5 evaporacaoTópico 5 evaporacao
Tópico 5 evaporacao
 

Semelhante a SEDIMENTAÇÃO

Sedimentação.pdf
Sedimentação.pdfSedimentação.pdf
Sedimentação.pdfPereiraJr2
 
Decantação
DecantaçãoDecantação
DecantaçãoUNIP
 
Aula 4 - Hidrodinâmica.pptx
Aula 4 - Hidrodinâmica.pptxAula 4 - Hidrodinâmica.pptx
Aula 4 - Hidrodinâmica.pptxricadaCruzAraujo
 
Como se define e como se detemina o coeficiente de permeabilidade dos solos d...
Como se define e como se detemina o coeficiente de permeabilidade dos solos d...Como se define e como se detemina o coeficiente de permeabilidade dos solos d...
Como se define e como se detemina o coeficiente de permeabilidade dos solos d...Anizio Souza Leal
 
PSSL_3_-_Espessamento.pdf
PSSL_3_-_Espessamento.pdfPSSL_3_-_Espessamento.pdf
PSSL_3_-_Espessamento.pdfAndrTurin
 
Apresentação - Novo estádio do Atlético
Apresentação - Novo estádio do Atlético Apresentação - Novo estádio do Atlético
Apresentação - Novo estádio do Atlético CBH Rio das Velhas
 
Experiencia medidores de vazao
Experiencia medidores de vazaoExperiencia medidores de vazao
Experiencia medidores de vazaoDANIELLE BORGES
 
Relatório permeabilidade 2017-1
Relatório   permeabilidade 2017-1Relatório   permeabilidade 2017-1
Relatório permeabilidade 2017-1Tiago Teles
 
Propagação de Cheias (Parte 1) - Rios e Canais
Propagação de Cheias (Parte 1) - Rios e Canais Propagação de Cheias (Parte 1) - Rios e Canais
Propagação de Cheias (Parte 1) - Rios e Canais Hidrologia UFC
 
Exercício sobre Vazão - Controle de Processos
Exercício sobre Vazão - Controle de ProcessosExercício sobre Vazão - Controle de Processos
Exercício sobre Vazão - Controle de ProcessosRailane Freitas
 
Avaliação da eficiência de irrigação por sulcos para produção da cultura de t...
Avaliação da eficiência de irrigação por sulcos para produção da cultura de t...Avaliação da eficiência de irrigação por sulcos para produção da cultura de t...
Avaliação da eficiência de irrigação por sulcos para produção da cultura de t...ISPG-CHOKWE CRTT
 
Hidráulica de Canais
Hidráulica de CanaisHidráulica de Canais
Hidráulica de CanaisDanilo Max
 
AULA 4 - MISTURA RAPIDA.pdf
AULA 4 - MISTURA RAPIDA.pdfAULA 4 - MISTURA RAPIDA.pdf
AULA 4 - MISTURA RAPIDA.pdfSarahSucupira2
 

Semelhante a SEDIMENTAÇÃO (20)

Sedimentação.pdf
Sedimentação.pdfSedimentação.pdf
Sedimentação.pdf
 
Decantação
DecantaçãoDecantação
Decantação
 
Aula 4 - Hidrodinâmica.pptx
Aula 4 - Hidrodinâmica.pptxAula 4 - Hidrodinâmica.pptx
Aula 4 - Hidrodinâmica.pptx
 
Diana kaue artigo4
Diana kaue artigo4Diana kaue artigo4
Diana kaue artigo4
 
Como se define e como se detemina o coeficiente de permeabilidade dos solos d...
Como se define e como se detemina o coeficiente de permeabilidade dos solos d...Como se define e como se detemina o coeficiente de permeabilidade dos solos d...
Como se define e como se detemina o coeficiente de permeabilidade dos solos d...
 
PSSL_3_-_Espessamento.pdf
PSSL_3_-_Espessamento.pdfPSSL_3_-_Espessamento.pdf
PSSL_3_-_Espessamento.pdf
 
CoagulaçãO
CoagulaçãOCoagulaçãO
CoagulaçãO
 
Hidrometria
HidrometriaHidrometria
Hidrometria
 
Apresentação - Novo estádio do Atlético
Apresentação - Novo estádio do Atlético Apresentação - Novo estádio do Atlético
Apresentação - Novo estádio do Atlético
 
Relatório de ensaio de permeabilidade
Relatório de ensaio de permeabilidadeRelatório de ensaio de permeabilidade
Relatório de ensaio de permeabilidade
 
Experiencia medidores de vazao
Experiencia medidores de vazaoExperiencia medidores de vazao
Experiencia medidores de vazao
 
Relatório permeabilidade 2017-1
Relatório   permeabilidade 2017-1Relatório   permeabilidade 2017-1
Relatório permeabilidade 2017-1
 
Hidrometria
HidrometriaHidrometria
Hidrometria
 
Med Vaz
Med VazMed Vaz
Med Vaz
 
Propagação de Cheias (Parte 1) - Rios e Canais
Propagação de Cheias (Parte 1) - Rios e Canais Propagação de Cheias (Parte 1) - Rios e Canais
Propagação de Cheias (Parte 1) - Rios e Canais
 
Exercício sobre Vazão - Controle de Processos
Exercício sobre Vazão - Controle de ProcessosExercício sobre Vazão - Controle de Processos
Exercício sobre Vazão - Controle de Processos
 
Avaliação da eficiência de irrigação por sulcos para produção da cultura de t...
Avaliação da eficiência de irrigação por sulcos para produção da cultura de t...Avaliação da eficiência de irrigação por sulcos para produção da cultura de t...
Avaliação da eficiência de irrigação por sulcos para produção da cultura de t...
 
Hidráulica de Canais
Hidráulica de CanaisHidráulica de Canais
Hidráulica de Canais
 
AULA 4 - MISTURA RAPIDA.pdf
AULA 4 - MISTURA RAPIDA.pdfAULA 4 - MISTURA RAPIDA.pdf
AULA 4 - MISTURA RAPIDA.pdf
 
Unidade VII - Permeabilidade dos solos
Unidade VII - Permeabilidade dos solosUnidade VII - Permeabilidade dos solos
Unidade VII - Permeabilidade dos solos
 

Mais de Anderson Formiga

Mais de Anderson Formiga (20)

Descongelamento
Descongelamento   Descongelamento
Descongelamento
 
Blend de abacaxi, acerola e limão
Blend de abacaxi, acerola e limãoBlend de abacaxi, acerola e limão
Blend de abacaxi, acerola e limão
 
Alimentos termogenicos
Alimentos termogenicosAlimentos termogenicos
Alimentos termogenicos
 
Apresentação industria processamento
Apresentação industria processamentoApresentação industria processamento
Apresentação industria processamento
 
Uísque
UísqueUísque
Uísque
 
Rum
RumRum
Rum
 
Microbiologia do pescado
Microbiologia do pescadoMicrobiologia do pescado
Microbiologia do pescado
 
Trigo
TrigoTrigo
Trigo
 
Inibidores de proteases e amilase, glicosideos cianogenicos, alcaloides e sap...
Inibidores de proteases e amilase, glicosideos cianogenicos, alcaloides e sap...Inibidores de proteases e amilase, glicosideos cianogenicos, alcaloides e sap...
Inibidores de proteases e amilase, glicosideos cianogenicos, alcaloides e sap...
 
Tecnologia de sorvetes
Tecnologia de sorvetesTecnologia de sorvetes
Tecnologia de sorvetes
 
Exemplo de santitizantes
Exemplo de santitizantesExemplo de santitizantes
Exemplo de santitizantes
 
Exemplos de detergentes comerciais e suas especificações
Exemplos de detergentes comerciais e suas especificaçõesExemplos de detergentes comerciais e suas especificações
Exemplos de detergentes comerciais e suas especificações
 
Poliamida e Celofane
Poliamida e CelofanePoliamida e Celofane
Poliamida e Celofane
 
Congelamento
CongelamentoCongelamento
Congelamento
 
Branqueamento
BranqueamentoBranqueamento
Branqueamento
 
Lista do 1° Físico-Química (UFCG) - Monitoria
Lista do 1° Físico-Química (UFCG) - MonitoriaLista do 1° Físico-Química (UFCG) - Monitoria
Lista do 1° Físico-Química (UFCG) - Monitoria
 
Difusão
Difusão Difusão
Difusão
 
Substitutos de Gorgura
Substitutos de GorguraSubstitutos de Gorgura
Substitutos de Gorgura
 
Automação e a Indústria Petroquímica
Automação e a Indústria PetroquímicaAutomação e a Indústria Petroquímica
Automação e a Indústria Petroquímica
 
Gasolina automotiva
Gasolina automotiva  Gasolina automotiva
Gasolina automotiva
 

Último

ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx2m Assessoria
 
Assessement Boas Praticas em Kubernetes.pdf
Assessement Boas Praticas em Kubernetes.pdfAssessement Boas Praticas em Kubernetes.pdf
Assessement Boas Praticas em Kubernetes.pdfNatalia Granato
 
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docxATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx2m Assessoria
 
Boas práticas de programação com Object Calisthenics
Boas práticas de programação com Object CalisthenicsBoas práticas de programação com Object Calisthenics
Boas práticas de programação com Object CalisthenicsDanilo Pinotti
 
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx2m Assessoria
 
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemploPadrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemploDanilo Pinotti
 

Último (6)

ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
 
Assessement Boas Praticas em Kubernetes.pdf
Assessement Boas Praticas em Kubernetes.pdfAssessement Boas Praticas em Kubernetes.pdf
Assessement Boas Praticas em Kubernetes.pdf
 
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docxATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
 
Boas práticas de programação com Object Calisthenics
Boas práticas de programação com Object CalisthenicsBoas práticas de programação com Object Calisthenics
Boas práticas de programação com Object Calisthenics
 
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
 
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemploPadrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
 

SEDIMENTAÇÃO

  • 1. SEDIMENTAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DISCENTE: ANDERSON DOS SANTOS FORMIGA DISCIPLINA: OPERAÇÕES UNITÁRIAS I DOSCENTE: JOSÉ ETIMÓGENES DUARTE VIEIRA SEGUNDO
  • 2. INTRODUÇÃO A sedimentação é uma operação de separação sólido-líquido baseada na diferença entre as concentrações das fases presentes na suspensão a ser processada, sujeitas a ação do campo gravitacional. A sedimentação da fase particulada ocorre em tanques cilíndricos chamados de sedimentadores ou decantadores.
  • 4. TIPOS DE SEDIMENTADORES Classificação de acordo com a função Espessadores Caracteriza-se pela produção de espassados com alta concentração de partículas. Produto de interesse Fase particulada Clarificadores  Caracterizam-se pela produção de espessados com baixa concentração de partículas. Produto de interesse Fase líquida
  • 5. TIPOS DE SEDIMENTADORES Classificação de acordo com a geometria Sedimentador Clássico  Retira tanto o clarificado (overflow) quanto o espessado (underflow). Sedimentador Lamelado  As partículas sedimentam sobre as lamelas e deslizam até o fundo do equipamento, formando uma espécie de lama.
  • 6. TEORIA E HIPÓTESES Fluidodinâmica  Modelo da velocidade terminal Descartada  Teoria das Misturas da Mecânica do Contínuo A partir das equações da continuidade e do movimento para cada fase envolvida podemos entender o processo de sedimentação. Podemos formular as seguintes hipóteses  A fase fluida comporta-se como um fluido newtoniano e incompressível;  O projeto de um sedimentador tem como base a operação em batelada no que acarreta regime transiente (∂/∂t ≠ 0);  Escoamento unidimensional e em contracorrente das fases fluida e particulada, considerando-se que 𝑉Ascensional do líquido ≤ 𝑉Sedimentação, para que não haja particulados no extravasante;
  • 7. TEORIA E HIPÓTESES Fluidodinâmica  A 𝑉Sedimentação da fase particulada depende somente da concentração local de sólidos;  Considera-se o modelo da porosidade do meio para o tensor tensão na fase particulada ser função somente da porosidade do meio (fração de vazios): Para a região de sedimentação livre: Para a região de compactação: Na qual α0,α1,α2 são constantes empíricas.
  • 8. TEORIA E HIPÓTESES Fluidodinâmica  Considera-se escoamento de Darcy, de modo que a força resistiva, m, seja escrita por:  Admite-se que as suspensões não sejam suficientemente concentradas, de modo a desconsiderar o fenômeno da sedimentação impedida, nesse caso, a velocidade relativa, U, pode ser aproximada como: Na qual 𝑢 𝑝 é a velocidade intersticial da fase particulada.
  • 9. TEORIA E HIPÓTESES Fluidodinâmica Dessa maneira as equações da continuidade e do movimento para a fase particulada podem ser escritas como:
  • 10. PROJETO DE UM SEDIMENTADOR CONTÍNUO  Determinar altura e área transversal do sedimentador.  Baseiam-se nos testes de proveta, ou seja, na curva de sedimentação, que é obtida através de um ensaio de sedimentação. Esquema de um sedimentador contínuo.
  • 11. CÁLCULO DE ÁREA DE UM SEDIMENTADOR Balanço de massa da fase particulada Balanço de massa da fase líquida Do arranjo dessas equações tem-se: Dividindo a equação da fase líquida pela área:
  • 12. CÁLCULO DE ÁREA DE UM SEDIMENTADOR Para que não haja particulados no extravasante, considera-se Vascensional ≤ Vsedimentação. Então, Reorganizando
  • 13. DIMENCIONAMENTO DE UM SEDIMENTADOR  O projeto de um sedimentador baseia-se na curva de sedimentação. Obtida através de um ensaio de sedimentação com uma amostra a ser clarificada. HIPÓTESES A. Método de Coe e Clevenger; B. Método de Kynch; C. Método de Biscaia Jr.
  • 14. DIMENCIONAMENTO DE UM SEDIMENTADOR  Primeiro procedimento proposto para o projeto de sedimentadores.  Fundamentado a partir de testes em batelada e diversas concentrações volumétricas.  Considera que a área de um sedimentador contínuo deve ser suficiente para permitir a decantação de todas as partículas alimentadas. Considerações  A velocidade de decantação dos sólidos em cada zona é função da concentração local da suspensão: v = f (C);  As características essenciais do sólido obtido durante ensaios de sedimentação descontínuos não se alteram quando se passa para o equipamento de larga escala.  O maior valor obtido de área é eleito como o valor de projeto Método de Coe e Clevenger
  • 16. DIMENCIONAMENTO DE UM SEDIMENTADOR  Desenvolveu uma teoria matemática para a sedimentação que requer apenas um ensaio, ou seja, uma redução drástica nos números de ensaios, que forneça a curva de sedimentação. Considerações  Sedimentação unidimensional.  A concentração aumenta com o tempo no sentido do fundo do sedimentador.  A velocidade de sedimentação tende ao valor zero quando a concentração tende ao seu valor máximo.  A velocidade de sedimentação depende somente da concentração local de partículas.  Os efeitos de parede não são considerados. Método de Kynch
  • 17. DIMENCIONAMENTO DE UM SEDIMENTADOR Método de Kynch Movimento de uma única interface Área para cada par de (qi , εi)
  • 18. DIMENCIONAMENTO DE UM SEDIMENTADOR  Região de líquido clarificado em que não há a presença de partículas (𝜀 𝑝= 0);  Região de sedimentação livre, onde a concentração de partículas é igual a sua concentração inicial e a velocidade de sedimentação é constante (𝜀 𝑝 = 𝜀 𝑝0, 𝑢 𝑝 = 𝑢 𝑝0);  Região de transição, onde ocorre o aumento na concentração da fase particulada de 𝜀 𝑝0 para 𝜀 𝑝𝑚, e a velocidade de sedimentação decresce desde 𝑢 𝑝 = 𝑢 𝑝0 para 𝑢 𝑝0 = 0  Região de formação de sedimento em que a concentração de partículas é máxima e a velocidade de sedimentação e nula. Método de Kynch
  • 19. DIMENCIONAMENTO DE UM SEDIMENTADOR Método de Kynch Ensaio de proveta na versão Kynch
  • 20. DIMENCIONAMENTO DE UM SEDIMENTADOR  Propôs uma simplificação ao procedimento de Kynch e à minimização da relação entre a vazão e área, baseado no fato de que a curva de sedimentação resulta na combinação de uma reta com uma exponencial. O valor de tmin é o tempo correspondente a: Método de Biscaia Jr.
  • 21. DIMENCIONAMENTO DE UM SEDIMENTADOR Método de Biscaia Jr. Simplificação de Biscaia Jr
  • 22. DIMENCIONAMENTO DE UM SEDIMENTADOR Cálculo da altura do sedimentador Esquema de alturas de um sedimentador convencional
  • 23. DIMENCIONAMENTO DE UM SEDIMENTADOR  Soma das parcelas: H = H1 + H2 + H3 Altura de espessamento pode ser estimada através de um balanço de material H2 = 4 3 𝑍 𝑚𝑖𝑛 tR 𝑡 𝑚𝑖𝑛 A altura no fundo do sedimentador é dada por: 𝐻3 = 0,073 𝑥 𝐷 Onde D é o diâmetro do sedimentador. Cálculo da altura do sedimentador
  • 24. Referências Bibliográficas CREMASCO, M.A. Operações Unitárias em Sistemas Particulados e Fluidomecânicos. São Paulo. Blucher, 2012. Disponível em: <http://www.cetem.gov.br/publicacao/CTs/CT200 4-189-00.pdf>, acesso em 14 de março de 2014.