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NBR 14280
Cadastro de Acidentes do Trabalho
Procedimento e classificação
1. Objetivo
Fixar critérios para o registro, comunicação, estatística e análise de acidentes do
trabalho, suas causas e conseqüências, aplicando-se a quaisquer atividades
laborativas.
Esta Norma aplica-se a qualquer empresa, entidade ou estabelecimento
interessado no estudo do acidentes do trabalho, suas causas e conseqüências.
Ex: Comparação da freqüência e/ou gravidade de acidentes entre empresas
de um mesmo ramo ou filiais de uma mesma empresa;
Esta Norma visa a identificação e registro de fatos
fundamentais relacionados com os acidentes de trabalho, de modo a
proporcionar meios de orientação aos esforços prevencionistas.
Não indica medidas corretivas específicas, ou fazer referência
a falhas ou a meios de correção das condições ou circunstâncias que
culminaram com o acidente.
O seu emprego não dispensa métodos mais completos de
investigação (AAF – Análise de Árvore de Falhas entre outros) e
comunicação (CAT – Comunicação de Acidente do Trabalho).
NBR 14280 → Seguro Acidente do Trabalho
2. Definições
2.1 ACIDENTE DO TRABALHO ⇒ Ocorrência imprevista e indesejável, instantânea
ou não, relacionada com o exercício do trabalho, que provoca lesão pessoal ou de
que decorre risco próximo ou remoto dessa lesão;
O acidente inclui tanto ocorrências em relação a um momento determinado,
quanto ocorrências ou exposições contínuas ou intermitentes, que só podem ser
identificadas em termos de período de tempo provável.
A lesão pessoal inclui tanto lesões traumáticas e doenças, quanto efeitos
prejudiciais mentais, neurológicos ou sistêmicos, resultantes de exposições do
trabalho.
1
Nos períodos destinados à refeição ou descanso, ou por ocasião da
satisfação de outras necessidades fisiológicas – no local de trabalho ou durante
este – o empregado é considerado no exercício do trabalho.
2.2 ACIDENTE SEM LESÃO ⇒ É o acidente que não causa lesão pessoal;
2.3 ACIDENTE DE TRAJETO ⇒ Acidente sofrido pelo empregado no percurso da
residência para o local de trabalho ou desta para aquela, qualquer que seja o meio
de locomoção, inclusive veículo de propriedade do empregado;
2.4 ACIDENTE IMPESSOAL ⇒ Acidente cuja caracterização independe de existir
acidentado, não podendo ser considerado como causador direto da lesão pessoal;
Entre um acidente impessoal e a lesão há sempre um acidente pessoal
Acidente Impessoal Acidente Pessoal Lesão Pessoal
Queda de Objeto Impacto sofrido por pessoa Fratura
Inundação Imersão Afogamento
2.4.1 ACIDENTE INICIAL ⇒ Acidente impessoal desencadeador de um ou mais
acidentes;
2.4.2 ESPÉCIE DE ACIDENTE IMPESSOAL (Espécie) ⇒ Caracterização da
ocorrência de acidente impessoal de que resultou ou poderia ter
resultado acidente pessoal;
10.00.00.000 - QUEDA PROJEÇÃO OU RESVALADURA DE OBJETO
10.00.30.000 - VAZAMENTO, DERRAME
10.70.30.000 - ACIDENTE NO TRANSPORTE PRIVADO
2.5 ACIDENTE PESSOAL ⇒ Acidente cuja caracterização depende de existir
acidentado;
2.5.1 TIPO DE ACIDENTE PESSOAL (Tipo) ⇒ Caracterização da maneira pela
qual a fonte da lesão causou a lesão;
20.00.08.000 - IMPACTO SOFRIDO POR PESSOA
20.00.16.000 - QUEDA DE PESSOA EM MESMO NÍVEL
2.6 AGENTE DO ACIDENTE (Agente) ⇒ Coisa, substância ou ambiente que, sendo
inerte à condição ambiente de insegurança tenha provocado o acidente;
2.7 FONTE DA LESÃO ⇒ Coisa, substância, energia ou movimento do corpo que
diretamente provocou a lesão;
2
Agente do Acidente Fonte da Lesão
30.39.50.200 - Caldeira 35.30.50.200 – Caldeira
30.30.60.200 – Forno, estufa, fogão Calor
30.30.65.300 – Equipam. de Ilumin. Radiação não ionizante
2.8 CAUSAS DO ACIDENTE
2.8.1 FATOR PESSOAL DE INSEGURANÇA (fator pessoal) ⇒ Causa relativa
ao comportamento humano, que pode levar à ocorrência do acidente ou a
pratica do ato inseguro.
40.30.30.000 – FALTA DE CONHECIMENTO
40.30.60.000 – FALTA DE EXPERIÊNCIA OU ESPECIALIZAÇÃO
40.60.00.450 – FADIGA
40.80.00.150 – ALCOLISMO E TOXICOMANIA
2.8.2 ATO INSEGURO ⇒ Ação ou omissão que, contrariando preceito de
segurança, pode causar ou favorecer a ocorrência de acidente;
50.30.05.000 – USAR EQUIPAMENTO DE MANEIRA IMPRÓPRIA
.300 – USAR MATERIAL OU EQUIPAM. FORA DE SUA FINALIDADE
.600 - SOBRECARREGAR (andaime, veículo, etc..)
50.30.50.000 – TRABALHAR OU OPERAR A VELOCIDADE INSEGURA
.300 - CORRER
.600 - SALTAR DE PONTO ELEVADO DE VEÍCULO, DE PLATAFORMA
2.8.3 CONDIÇÃO AMBIENTE DE SEGURANÇA (Condição Ambiente) ⇒ É a
condição do meio que causou o acidente ou contribuiu para a sua ocorrência;
♦ Inclui desde a atmosfera do local de trabalho até as instalações,
equipamentos, substâncias e métodos de trabalho empregados;
♦ Na identificação das causas do acidente é importante evitar a aplicação
do raciocínio imediato, devendo ser levados em consideração fatores
complementares de identificação das causas de acidentes;
♦ Tais causas têm a sua importância no processo de análise, como, por
exemplo, a não existência de EPI, mas não são suficientes para impedir
novas ocorrências semelhantes;
♦ Para a clara visualização deve-se sempre perguntar o “por quê” , ou seja,
por que o empregado deixou de usar o EPI disponível? Liderança
Inadequada? Engenharia Inadequada?
♦ É indispensável também a apuração das “causas gerenciais”, como a
“falta de controle” – inexistência de padrões ou procedimentos, etc...
3
60.10.40.000 – VENTILAÇÃO INADEQUADA
60.30.40.000 – EMPILHAMENTO INADEQUADO
60.40.00.000 – PROTEÇÃO COLETIVA INADEQUADA OU INEXISTENTE
2.9 CONSEQÜÊNCIAS DO ACIDENTE
2.9.1 LESÃO PESSOAL ⇒ Qualquer dano sofrido pelo organismo humano,
como conseqüência do acidente do trabalho;
2.9.1.1 NATUREZA DA LESÃO ⇒ Expressão que identifica a lesão, segundo
suas características principais
70.20.05.000 - ESCORIAÇÃO, ABRASÃO
20.000 - DISTENÇÃO, TORÇÃO
34.000 - FRATURA
2.9.1.2 LOCALIZAÇÃO DA LESÃO ⇒ Indicação da sede da lesão
75.30.00.000 - CABEÇA
75.30.50.200 - OUVIDO EXTERNO
75.30.70.700 - MANDÍBULA (inclusive queixo)
2.9.1.3 LESÃO IMEDIATA ⇒ Lesão que se manifesta no momento do acid.;
2.9.1.4 LESÃO MEDIATA (Lesão Tardia) ⇒ Lesão que se manifesta após a
circunstância acidental da qual resultou;
2.9.1.4.1 DOÊNÇA DO TRABALHO ⇒ Doença decorrente do
exercício continuado ou intermitente de atividade laborativa,
capaz de provocar lesão por ação imediata;
2.9.1.4.2 DOÊNÇA PROFISSIONAL ⇒ Doença do trabalho causada
pelo exercício de atividade específica, constante em relação
oficial;
2.9.1.5 MORTE ⇒ Cessação da capacidade de trabalho pela perda da vida,
independentemente do tempo decorrido desde a lesão;
2.9.1.6 LESÃO COM AFASTAMENTO (Lesão com perda de tempo ou
incapacitante) ⇒ Lesão pessoal que impede o acidentado de voltar ao
trabalho no dia imediato ao do acidente ou de que resulte incapacidade
permanente;
♠ Esta lesão pode provocar incapacidade permanente total,
incapacidade permanente parcial, incapacidade temporária total
ou morte.
4
2.9.1.7 LESÃO SEM AFASTAMENTO (Lesão não incapacitante ou lesão
sem perda de tempo) ⇒ Lesão pessoal que não impede o
acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente, desde
que não haja incapacidade permanente;
• Esta lesão não provoca a morte, incapacidade permanente total ou
parcial ou incapacidade temporária total, exige, no entanto,
primeiros socorros ou socorros médicos de urgência;
• Devem ser evitadas as expressões “acidente com afastamento” e
“acidente sem afastamento”, usadas impropriamente para
significar, respectivamente “lesão com afastamento” e “lesão sem
afastamento”.
2.9.2 ACIDENTADO ⇒ Vítima de acidente;
Não é correto referir-se a “acidente”, quando se desejar fazer referência a
acidentado.
2.9.3 INCAPACIDADE PERMANENTE TOTAL ⇒ Perda total da capacidade de
trabalho, em caráter permanente, sem morte;
a) ambos os olhos;
b) um olho e uma das mãos ou, um olho e um pé;
c) ambas as mãos ou ambos os pés ou uma das mãos e um pé.
2.9.4 INCAPACIDADE PERMANENTE PARCIAL ⇒ Redução parcial da
capacidade de trabalho, em caráter permanente que, não provocando morte
ou incapacidade permanente total, é a causa de perda de qualquer membro ou
parte do corpo, ou qualquer redução permanente de função orgânica;
2.9.5 INCAPACIDADE TEMPORÁRIA TOTAL ⇒ Perda total da capacidade de
trabalho de que resulte um ou mais dias perdidos, excetuados a morte, a
incapacidade permanente parcial e a incapacidade permanente total;
♦ Permanecendo o acidentado afastado de sua atividade por mais de um ano,
é computado somente o tempo de 360 dias;
♦ A incapacidade temporária parcial não causa afastamento do acidentado,
correspondendo, portanto, a lesão sem perda de tempo.
2.9.6 DIAS PERDIDOS ⇒ Dias corridos de afastamento do trabalho em virtude de
lesão pessoal, exceto o dia do acidente e o dia de volta ao trabalho;
2.9.7 DIAS DEBITADOS ⇒ Dias que se debitam, por incapacidade permanente ou
morte, para o cálculo do tempo computado;
5
2.9.8 TEMPO COMPUTADO ⇒ Tempo contado em “dias perdidos, pelos
acidentados, com incapacidade temporária total” mais os “dias debitados
pelos acidentados vítimas de morte ou incapacidade permanente, total ou
parcial”;
2.9.9 PREJUÍZO MATERIAL ⇒ Prejuízo decorrente de danos materiais, perda de
tempo e outros ônus resultantes de acidente do trabalho, inclusive danos ao
meio ambiente;
2.10 HORAS-HOMEM DE EXPOSIÇÃO AO RISCO (horas-homem) ⇒ Somatório
das
horas durante as quais os empregados ficam à disposição do empregador, em
determinado período;
2.11 TAXA DE FREQÜÊNCIA DE ACIDENTES ⇒ Número de Acidentes por milhão de
horas-homem de exposição ao risco, em determinado período;
2.12 TAXA DE FREQÜÊNCIA DE ACIDENTADOS COM LESÃO COM AFASTAMEN-
TO ⇒ Número de acidentados com lesão com afastamento por milhão de horas-
homem de exposição ao risco, em determinado período;
2.13 TAXA DE FREQÜÊNCIA DE ACIDENTADOS COM LESÃO SEM AFASTAMEN-
TO ⇒ Número de acidentados com lesão sem afastamento por milhão de horas-
homem de exposição ao risco, em determinado período;
2.14 TAXA DE GRAVIDADE ⇒Tempo computado por milhão de horas-homem de
exposição ao risco, em determinado período;
2.15 EMPREGADO ⇒ Qualquer pessoa com compromisso de prestação de na área de
trabalho considerada, incluídos de estagiários a dirigentes, inclusive autônomos;
2.16 ANÁLISE E ESTATÍSTICAS DE ACIDENTES, CAUSAS E CONSEQÜÊNCIAS
2.16.1 ANÁLISE DO ACIDENTE ⇒ Estudo do acidente para a pesquisa de
causas, circunstâncias e conseqüências;
2.16.2 ESTATÍSTICAS DE ACIDENTES, CAUSAS E CONSEQÜÊNCIAS ⇒ Nu-
meros relativos à ocorrência de acidentes, causas e conseqüências
devidamente classificados;
2.17 COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE ⇒ Informação que se dá aos órgãos
interessados, em formulário próprio, quando da ocorrência de acidente;
2.17.1 COMUNICAÇÃO DE ACIDENTES PARA FINS LEGAIS ⇒ Qualquer co-
municação de acidente emitida para atender a exigências da legislação em
vigor como, por exemplo, a destinada à previdência social;
6
2.17.2 COMUNICAÇÃO INTERNA DE ACIDENTES PARA FINS DE REGISTRO
⇒ Comunicação que se faz com a finalidade precípua de possibilitar o re-
gistro de acidente
2.18 REGISTRO DE ACIDENTE ⇒ Registro metódico e pormenorizado, em formulário
próprio, de informações e de dados de um acidente, necessários ao estudo e à
análise de suas causas circunstâncias e conseqüências;
2.19 REGISTRO DE ACIDENTADO ⇒ Registro metódico e pormenorizado, em formu-
lário individual, de informações e de dados relativos a um acidentado, necessários
ao estudo e à análise das causas, circunstâncias e conseqüencias. do acidente;
2.20 FORMULÁRIOS PARA REGISTRO, ESTATÍSTICAS E ANÁLISE DE
ACIDENTE ⇒ Formulários destinados ao registro individual ou coletivo de dados
relativos a acidentes e respectivos acidentados, preparados de modo a permitir a
elaboração de estatísticas e análise dos acidentes, com vistas à sua prevenção;
2.21 CADASTRO DE ACIDENTES ⇒ Conjunto de informações e de dados relativos
aos acidentes ocorridos;
2.22 CUSTO DE ACIDENTES ⇒ Valor de prejuízo material decorrente de acidentes;
2.22.1 CUSTO SEGURADO ⇒ Total das despesas cobertas pelo seguro de
acidente do trabalho;
2.22.2 CUSTO NÃO SEGURADO ⇒ Total das despesas não cobertas pelo
seguro de acidente do trabalho e, em geral, não facilmente computáveis,
tais como as resultantes da interrupção do trabalho, do afastamento do
empregado de sua ocupação habitual, de danos causados a
equipamentos e materiais, da perturbação do trabalho normal e de
atividades assistências não seguradas;
3. Requisitos Gerais
3.1 AVALIAÇÃO DA FREQÜÊNCIA E DA GRAVIDADE ⇒ A avaliação da freqüência
e da gravidade deve ser feita em função de:
Número de acidentes ou acidentados
FREQÜÊNCIA e
Horas-homem de exposição ao risco
Tempo Computado (Dias perdidos e dias debitados)
GRAVIDADE e
7
Horas-homem de exposição ao risco
3.2 CÁLCULO DE HORAS-HOMEM DE EXPOSIÇÃO AO RISCO ⇒ As horas-homem
são calculadas pelo somatório das horas de trabalho de cada empregado;
Ex: Vinte e cinco homens trabalhando, cada um 200 horas por mês:
25 x 200 = 5000 horas-homem
3.2.1 HORAS DE EXPOSIÇÃO AO RISCO ⇒ As horas de exposição devem ser
extraídas das folhas de pagamento ou quaisquer outros registros de ponto,
consideradas apenas as horas trabalhadas, inclusive as extraordinárias;
3.2.2 HORAS ESTIMADAS DE EXPOSIÇÃO AO RISCO ⇒ Quando não se
puder determinar o total de horas realmente trabalhadas, elas deverão ser
estimadas multiplicando-se o total de dias de trabalho pela média do
número de horas trabalhadas por dia.
Na impossibilidade absoluta de se conseguir o total
de homem-hora de exposição ao risco, arbitra-se em
2000 horas-homem anuais a exposição do risco para cada
empregado.
3.2.3 HORAS NÃO-TRABALHADAS ⇒ As horas pagas, porém não realmente
trabalhadas, sejam reais ou estimadas, tais como as relativas a férias,
licença para tratamento de saúde, feriados, dias de folga, gala, luto,
convocações oficiais, não devem ser incluídas no total de horas
trabalhadas, isto é, horas de exposição ao risco
3.2.4 HORAS DE TRABALHO DE EMPREGADO RESIDENTE EM PROPRIE-
DADE DA EMPRESA ⇒ Só devem ser computadas as horas durante as
quais o empregado estiver realmente a serviço do empregador;
3.2.5 HORAS DE TRABALHO DE EMPREGADO COM HORÁRIO DE TRA-
BALHO NÃO DEFINIDO ⇒ Para dirigente, viajante ou qualquer outro
empregado sujeito a horário de trabalho não definido, deve ser considerado
no computo das horas de exposição, a média diária de 8 horas;
3.2.6 HORAS DE TRABALHO DE PLANTONISTA ⇒ Para empregados de
plantão nas instalações do empregador devem ser consideradas as horas
de plantão;
8
3.3 DIAS PERDIDOS
3.3.1 DIAS PERDIDOS POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA TOTAL ⇒ São
considerados como dias perdidos por incapacidade temporária total os
seguintes:
♦ Os dias subseqüentes ao da lesão, em que o empregado continua
incapacitado para o trabalho (inclusive dias de repouso remunerado,
feriados e outros dias em que a empresa, entidade ou estabelecimento
estiverem fechados); e
♦ Os subseqüentes ao da lesão, perdidos exclusivamente devido à não
disponibilidade de assistência médica ou recursos de diagnósticos
necessários;
Não são computáveis o dia da lesão e o dia em que o
acidentado é considerado apto para retornar ao trabalho.
3.4 DIAS A DEBITAR ⇒ Devem ser debitados por morte ou incapacidade
permanente, total ou parcial, de acordo com o estabelecido no Quadro I:
3.4.1 MORTE ⇒ ------------------------------------------------------------ 6.000 dias
debitados
3.4.2 INCAPACIDADE PERMANENTE TOTAL ⇒ --------------- 6.000 dias debitados
3.4.3 INCAPACIDADE PERMANENTE PARCIAL⇒ ------Tabela 1 – dias debitados
3.4.3.1 POR PERDA DE DEDOS E ARTELHOS ⇒ Os dias a debitar, em ca-
so de perda de dedos e artelhos, devem ser considerados somente
pelo osso que figura com maior valor, conforme quadro I;
3.4.3.2 POR REDUÇÃO PERMANENTE DE FUNÇÃO ⇒ Os dias a debitar,
em casos de redução permanente de função do membro ou parte de
membro, devem ser uma percentagem do número de dias a debitar
por amputação, percentagem essa avaliada pela entidade seguradora;
Ex: Lesão no indicador resultante da perda da articulação da 2a
falange com a 3a
falange, estimada pela entidade seguradora em 25%
da redução da função: os dias a debitar devem ser 25% de 200 dias,
isto é, 50 dias.
3.4.3.3 POR PERDA PERMANENTE DA AUDIÇÃO ⇒ A perda da audição
só deve ser considerada incapacidade permanente parcial quando for
total para um ou ambos os ouvidos;
9
3.4.3.4 POR REDUÇÃO PERMANENTE DA VISÃO ⇒ Os dias a debitar,
nos casos de redução perman. da visão, devem ser uma percentagem
dos indicados no quadro I, correspondente à perda da visão, percenta-
gem essa determinada pela entidade seguradora. A sua detertermina-
ção deve basear-se na redução, independentemente de correção;
3.4.3.5 POR INCAPACIDADE PERMANENTE QUE AFETA MAIS DE UMA
PARTE DO CORPO ⇒ O total de dias a debitar deve ser a soma dos
dias a debitar por parte lesada. Se a soma exceder 6.000 dias, deve
ser desprezado o excesso;
3.4.3.6 POR LESÃO NÃO CONSTANTE NO QUADRO I – DIAS PERDIDOS
⇒ Os dias a debitar por lesão permanente não constante no quadro I
(tal como lesão de órgão interno, ou perda de função) devem ser uma
percentagem de 6.000 dias, determinada de acordo com parecer
médico, que se deve basear nas tabelas atuariais de avaliação de
incapacidade utilizadas por entidades seguradoras;
3.4.4 DIAS A DEBITAR ⇒ A incapacidade permanente parcial é incluída nas
estatísticas de acidentados com “lesão com afastamento”, mesmo quando
não haja dias perdidos a considerar.
Não devem ser consideradas como causadoras de incapacidade permanente
parcial, mas de incapacidade temporária total ou inexistência de
incapacidade (caso de lesões sem afastamento), as seguintes lesões:
a) hérnia inguinal, se reparada;
b) perda da unha;
c) perda da ponta de dedo ou artelho, sem atingir o osso;
d) perda de dente;
e) desfiguramento;
f) fratura, distensão, torção que não tenha por resultado limitação
permanente de movimento ou função normal da parte atingida;
3.5 DIAS A COMPUTAR POR INCAPACIDADE PERMANENTE E INCAPACIDADE
TEMPORÁRIA DECORRENTES DO MESMO ACIDENTE ⇒ Quando houver
um acidentado com incapacidade permanente parcial e incapacidade
temporária total, independentes, decorrentes de um mesmo acidente, contam-se
os dias correspondentes à incapacidade de maior tempo perdido, que será a
única incapacidade a ser considerada;
3.6 MEDIDAS DE AVALIAÇÃO DE FREQÜÊNCIA E GRAVIDADE
3.6.1 TAXAS DE FREQÜÊNCIA
10
3.6.1.1 TAXA DE FREQÜÊNCIA DE ACIDENTES ⇒ Deve ser expressa
com aproximação de centésimos e calculada pela seguinte
expressão:
FA = N x 1.000.000
H
Onde: FA → taxa de freqüência de acidentes
N → número de acidentes
H → horas-homem de exposição ao risco
3.6.1.2 TAXA DE FREQÜÊNCIA DE ACIDENTADOS COM LESÃO
COM AFASTAMENTO ⇒ Deve ser expressa com aproximação
de centésimos e calculada pela seguinte expressão:
FL = N x 1.000.000
H
Onde: FL → taxa de freqüência de acidentados com lesão com afastamento
N → número de acidentados com lesão com afastamento
H → horas-homem de exposição ao risco
3.6.1.3 TAXA DE FREQÜÊNCIA DE ACIDENTADOS COM LESÃO SEM
AFASTAMENTO ⇒ Deve-se fazer o levantamento do número de
acidentes vítimas de lesão, sem afastamento, calculando a
respectiva taxa de freqüência;
Apresenta a vantagem de alertar a empresa para acidentes que
concorram para o aumento do número de acidentes com
afastamento;
O cálculo deve ser feito da mesma forma que para os
acidentados vítimas de lesão com afastamento. Auxilia os
serviços de prevenção, possibilitando a comparação existente
entre acidentes com afastamento e sem afastamento.
3.6.2 TAXA DE GRAVIDADE ⇒ Deve ser expressa em números inteiros e
calculados pela seguinte expressão:
G = T x 1.000.000
H
Onde: G → taxa de gravidade
T → tempo computado
H → horas-homem de exposição ao risco
A taxa de gravidade visa exprimir, em relação a um milhão de horas-
homem de exposição ao risco, os dias perdidos por todos os acidentados
vítimas de incapacidade permanente não devem ser considerados os dias
11
perdidos, mas apenas os debitados, a não ser no caso de o acidentado
perder número de dias superior ao a debitar pela lesão permanente sofrida.
3.6.3 MEDIDAS OPTATIVAS DE AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE
3.6.3.1 NÚMERO MÉDIO DE DIAS PERDIDOS EM CONSEQÜÊNCIA
DE INCAPACIDADE TEMPORÁRIA TOTAL ⇒ Resultado da
divisão do número de dias perdidos em conseqüência da
incapacidade temporária total pelo número de acidentados
correspondente.
Mo = D__
N
Onde: Mo → Número médio de dias perdidos em conseqüência de
Incapacidade temporária total
D → Número de dias perdidos em conseqüência de incapacidade
Temporária total
N → Número de acidentados correspondente
3.6.3.2 NÚMERO MÉDIO DE DIAS DEBITADOS EM CONSEQÜÊNCIA
DE INCAPACIDADE PERMANENTE ⇒ Resultado da divisão do
número de dias debitados em conseqüência da incapacidade
permanente (total e parcial) pelo número de acidentados
correspondente.
Md = d__
N
Onde: Md → Número médio de dias debitados em conseqüência de
Incapacidade permanente
d → Número de dias debitados em conseqüência de
incapacidade permanente
N → Número de acidentados correspondente
3.6.3.3 TEMPO COMPUTADO MÉDIO ⇒ Resultado da divisão do tempo
computado pelo número de acidentados correspondente.
Tm = T__
N
Onde: Tm → Tempo computado médio
T → Tempo Computado
N → Número de acidentados correspondente
12
Pode também ser calculado dividindo-se a taxa de gravidade pela
Taxa de freqüência de acidentados:
Tm = G__
FL
3.7 REGRAS PARA A DETERMINAÇÃO DAS TAXAS
3.7.1 PERÍODOS ⇒ O cálculo das taxas deve ser realizado períodos mensais e
anuais, podendo-se usar outros períodos quando houver conveniência;
3.7.2 ACIDENTES DE TRAJETO ⇒ Devem ser tratado à parte, não sendo
incluído no cálculo usual das taxas de freqüência e de gravidade;
3.7.3 PRAZOS DE ENCERRAMENTO ⇒ Para determinar as taxas relativas a
acidentados vítimas de lesões com perda de tempo, deve ser observado:
♦ As taxas devem incluir todos os acidentados vítimas de lesões com
afastamento no período considerado (mês, ano), devendo os trabalhos de
apuração serem encerrados, quando necessário, após decorridos 45 dias
do fim desse período;
♦ Em caso de incapacidade que se prolongue além do prazo de
encerramento previsto (45 dias do período considerado), o tempo perdido
deve ser previamente estimado com base em informação médica;
♦ Quando se deixar de incluir um acidentado no levantamento de
determinado período, o registro respectivo deve ser incluído,
posteriormente, com as necessárias correções estatísticas;
3.7.4 DATA DE REGISTRO ⇒ O número de acidentados e o tempo perdido
correspondente às lesões por eles sofridas devem ser registrados com
data da ocorrência dos acidentes;
Os casos de lesões mediatas (doenças do trabalho) que não possam ser
atribuídas a um acidente de data perfeitamente fixável devem ser
registrados com as datas em que as lesões forem comunicadas pela
primeira vez.
3.8 REGISTRO E ESTATÍSTICAS DE ACIDENTES
3.8.1 ESTATÍSTICAS POR SETOR DE ATIVIDADE ⇒ Além das estatísticas
globais da empresa, entidade ou estabelecimento, é de toda conveniência
que sejam elaboradas estatísticas por setor de atividade, o que permite
evitar que a baixa incidência de acidentes em áreas de menor risco venha
a influir nos resultados de qualquer das demais, excluindo, também, das
13
áreas de atividade específica os acidentes não diretamente a elas
relacionadas;
3.8.2 ELEMENTOS ESSENCIAIS ⇒ Para estatísticas e análise de acidentes,
consideram-se elementos essenciais:
♦ espécie de acidente impessoal (espécie);
♦ tipo de acidente pessoal (tipo);
♦ agente do acidente;
♦ fonte da lesão;
♦ fator pessoal de insegurança (fator pessoal);
♦ ato inseguro;
♦ condição ambiente de insegurança;
♦ natureza da lesão;
♦ localização da lesão;
♦ prejuízo material.
3.8.3 LEVANTAMENTO DO CUSTO NÃO SEGURADOS ⇒ Para levantamento
do custo não segurado, devem ser levados em consideração, entre outros,
os seguintes elementos:
♦ Despesas com reparo ou substituição de máquina, equipamento ou
material avariado;
♦ Despesas com serviços assistenciais não segurados;
♦ Pagamento de horas extras em decorrência do acidente;
♦ Despesas jurídicas;
♦ Complementação salarial ao empregado acidentado;
♦ Prejuízo decorrente da queda de produção pela interrupção do
funcionamento da máquina ou da operação de que estava incumbido o
acidentado, ou da impressão que o acidentado causa aos companheiros de
trabalho;
♦ Desperdício de material ou produção fora de especificação, em virtude
da emoção causada pelo acidente;
♦ Redução da produção pela baixa do rendimento do acidentado, durante
certo tempo, após o regresso ao trabalho;
♦ Horas de trabalho dispendidas pelos supervisores e por outras pessoas:
- Na ajuda do acidentado;
- Na investigação das causas do acidente;
- Em providências para que o trabalho do acidentado continue a ser
executado;
- Na seleção e preparo de novo empregado;
- Na assistência jurídica;
- Na assistência médica para os socorros de urgência;
- No transporte do acidentado.
4. Requisitos Específicos
14
4.1 LESÃO DORSOLOMBAR OU HÉRNIA INGUINAL
4.2 AGRAVAMENTO DE DEFICIÊNCIA FÍSICA PREEXISTENTE ⇒ Se o
agravamento da deficiência física preexistente decorrer do trabalho e ocorrer
durante o mesmo, qualquer incapacidade resultante deve ser considerada lesão
pessoal, de acordo com o grau de incapacidade que lhe corresponde.
4.3 LESÃO DECORRENTE DE BRINCADEIRA ⇒ A lesão decorrente de brincadeira
durante o trabalho deve ser considerada lesão pessoal;
4.4 LESÃO DECORRENTE DE ATIVIDADE ESPORTIVA ⇒ A lesão decorrente de
participação em atividade esportiva patrocinada pelo empregador deve ser
considerada lesão pessoal;
4.5 LESÃO DECORRENTE DE AGENTE ESTRANHO AO TRABALHO ⇒ Qualquer
lesão que resulte de ocorrência externa de proporções catastróficas, tal como
furacão, terremoto, inundação ou de explosão originada fora do trabalho, ou de
acontecimento imediatamente posterior, como incêndio, explosão, queda de
condutor elétrico, só deve ser considerada lesão pessoal se a vítima estiver
incumbida de atividade relacionada com o exercício do trabalho;
4.5.1 LESÃO RESULTANTE DE DESCARGA ELÉTRICA ATMOSFÉRICA (RAIO
E OUTROS FENÔMENOS ELÉTRICOS) ⇒ A lesão resultante de descarga
elétrica atmosférica deve ser considerada lesão pessoal sempre que ocorrer
em condições relacionadas com o trabalho;
4.6 LESÃO QUE EXIGE HOSPITALIZAÇÃO PARA OBSERVAÇÃO ⇒ Em caso de
hospitalização para observação, a lesão leve ser considerada sem afastamento
quando, dentro de 48 h, a lesão ou a suspeita de lesão for considerada, pelo
médico, de natureza leve e não incapacitante desde o início.
4.7 REAÇÃO A TRATAMENTO ⇒ A ocorrência ou incapacidade resultante
exclusivamente de reação a medição em tratamento supostamente adequado de
lesão não incapacitante não implica que esta seja classificada como incapacitante;
4.8 OUTRAS LESÕES ⇒ Deve ser considerada lesão pessoal, se ocorrer por força do
trabalho e durante este:
- lesão infligida propositadamente por outra pessoa;
- lesão provocada por animal (como mordedura, picada ou contusão)
- lesão resultante de condição térmica ambiente;
- lesão cutânea, tal como dermatite de contato produzido por substância química ou
planta venenosa;
- incapacidade muscular ou esquelética (como bursite, tenossinovite, etc..)
15
COMO PREENCHER A CAT
I – Apresentação
O objetivo deste manual, elaborado por equipe do Ministério da Previdência
e Assistência Social – MPAS, Instituto Nacional do Seguro Social - INSS e
Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, é assegurar o correto
preenchimento da Comunicação de Acidente do Trabalho – CAT.
A comunicação, objeto deste manual, foi prevista inicialmente na Lei nº
5.316/67, com todas as alterações ocorridas posteriormente até a Lei nº
9.032/95, regulamentada pelo Decreto nº 2.172/97.
A Lei nº 8.213/91 determina no seu artigo 22 que todo acidente do trabalho
ou doença profissional deverá ser comunicado pela empresa ao INSS, sob
pena de multa em caso de omissão.
Cabe ressaltar a importância da comunicação, principalmente o completo e
exato preenchimento do formulário, tendo em vista as informações nele
contidas, não apenas do ponto de vista previdenciário, estatístico e
epidemiológico, mas também trabalhista e social.
II – Recomendações gerais
Em face dos aspectos legais envolvidos, recomenda-se que sejam tomadas
algumas precauções para o preenchimento da CAT, dentre elas:
1. não assinar a CAT em branco;
2. ao assinar a CAT, verificar se todos os itens de identificação foram
devida e corretamente preenchidos;
3. o atestado médico da CAT é de competência única e exclusiva do
médico;
4. o preenchimento deverá ser feito a máquina ou em letra de forma, de
preferência com caneta esferográfica;
5. não conter emendas ou rasuras;
6. evitar deixar campos em branco;
7. apresentar a CAT, impressa em papel, em duas vias ao INSS, que
reterá a primeira via, observada a destinação das demais vias,
prevista no subitem 1.2;
8. o formulário "Comunicação de Acidente do Trabalho – CAT" poderá ser
substituído por impresso da própria empresa, desde que esta possua
sistema de informação de pessoal mediante processamento eletrônico,
cabendo observar que o formulário substituído deverá ser emitido por
computador e conter todas as informações exigidas pelo INSS.
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III – Informações gerais
1 – Comunicação do acidente
1.1 – A empresa deverá comunicar o acidente do trabalho, ocorrido com seu
empregado, havendo ou não afastamento do trabalho, até o primeiro
dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato à
autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e
o teto máximo do salário-de-contribuição, sucessivamente aumentada nas
reincidências, aplicada e cobrada na forma do artigo 109 do Decreto nº
2.173/97.
1.1.1 – Deverão ser comunicadas ao INSS, mediante formulário
"Comunicação de Acidente do Trabalho – CAT", as seguintes ocorrências:
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Ocorrências: Tipos de CAT:
a) acidente do trabalho, típico ou de trajeto, ou
doença profissional ou do trabalho;
CAT inicial;
b) reinício de tratamento ou afastamento por
agravamento de lesão de acidente do trabalho ou
doença profissional ou do trabalho, já comunicado
anteriormente ao INSS;
CAT reabertura;
c) falecimento decorrente de acidente ou doença
profissional ou do trabalho, ocorrido após a
emissão da CAT inicial.
CAT comunicação de
óbito.
1.2 – A comunicação será feita ao INSS por intermédio do formulário CAT,
preenchido em seis vias, com a seguinte destinação:
1ª via – ao INSS;
2ª via – à empresa;
3ª via – ao segurado ou dependente;
4ª via – ao sindicato de classe do trabalhador;
5ª via – ao Sistema Único de Saúde – SUS;
6ª via – à Delegacia Regional do Trabalho – DRT.
1.3 – A entrega das vias da CAT compete ao emitente da mesma, cabendo a
este comunicar ao segurado ou seus dependentes em qual Posto do Seguro
Social foi registrada a CAT.
1.4 – Tratando-se de trabalhador temporário, a comunicação referida neste
item será feita pela empresa de trabalho temporário.
1.5 – No caso do trabalhador avulso, a responsabilidade pelo preenchimento
e encaminhamento da CAT é do Órgão Gestor de Mão de Obra – OGMO e, na
falta deste, do sindicato da categoria.
1.5.1 – Para este trabalhador, compete ao OGMO e, na sua falta, ao seu
sindicato preencher e assinar a CAT, registrando nos campos "Razão
Social/Nome" e "Tipo"(de matrícula) os dados referentes ao OGMO ou ao
sindicato e, no campo "CNAE", aquele que corresponder à categoria
profissional do trabalhador.
1.6 – No caso de segurado especial, a CAT poderá ser formalizada pelo
próprio acidentado ou dependente, pelo médico responsável pelo
atendimento, pelo sindicato da categoria ou autoridade pública.
1.6.1 – São autoridades públicas reconhecidas para esta finalidade: os
magistrados em geral, os membros do Ministério Público e dos Serviços
Jurídicos da União e dos Estados, os comandantes de unidades militares do
Exército, Marinha, Aeronáutica e Forças Auxiliares (Corpo de Bombeiros e
Polícia Militar).
18
1.7 – Quando se tratar de marítimo, aeroviário, ferroviário, motorista ou
outro trabalhador acidentado fora da sede da empresa, caberá ao
representante desta comunicar o acidente.
1.8 – Tratando-se de acidente envolvendo trabalhadores a serviço de
empresas prestadoras de serviços, a CAT deverá ser emitida pela empresa
empregadora, informando, no campo próprio, o nome e o CGC (Cadastro
Geral de Contribuintes) ou CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) da
empresa onde ocorreu o acidente.
1.9 – É obrigatória a emissão da CAT relativa ao acidente ou doença
profissional ou do trabalho ocorrido com o aposentado por tempo de serviço
ou idade, que permaneça ou retorne à atividade após a aposentadoria,
embora não tenha direito a benefícios pelo INSS em razão do acidente, salvo
a reabilitação profissional.
1.9.1 – Neste caso, a CAT também será obrigatoriamente cadastrada pelo
INSS.
1.10 – Tratando-se de presidiário, só caberá a emissão de CAT quando
ocorrer acidente ou doença profissional ou do trabalho no exercício de
atividade remunerada na condição de empregado, trabalhador avulso,
médico-residente ou segurado especial.
1.11 – Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o
próprio acidentado, seus dependentes, o sindicato da categoria, o médico
que o assistiu ou qualquer autoridade pública prevista no subitem 1.6.1.
1.11.1 – A comunicação a que se refere este item não exime a empresa da
responsabilidade pela falta de emissão da CAT.
1.12 – Todos os casos com diagnóstico firmado de doença profissional ou do
trabalho devem ser objeto de emissão de CAT pelo empregador,
acompanhada de relatório médico preenchido pelo médico do trabalho da
empresa, médico assistente (serviço de saúde público ou privado) ou médico
responsável pelo PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional – previsto na NR nº 7), com descrição da atividade e posto de
trabalho para fundamentar o nexo causal e o técnico.
1.13 – No caso de doença profissional ou do trabalho, a CAT deverá ser
emitida após a conclusão do diagnóstico.
1.14 – Quando a doença profissional ou do trabalho se manifestar após a
desvinculação do acidentado da empresa onde foi adquirida, deverá ser
emitida CAT por aquela empresa, e na falta desta poderá ser feita pelo
serviço médico de atendimento, beneficiário ou sindicato da classe ou
autoridade pública definida no subitem 1.6.1.
1.15 – A CAT poderá ser apresentada no Posto do Seguro Social – PSS mais
conveniente ao segurado, o que jurisdiciona a sede da empresa, do local do
acidente, do atendimento médico ou da residência do acidentado.
1.15.1 – Deve ser considerada como sede da empresa a dependência, tanto
a matriz quanto a filial, que possua matrícula no CGC ou no CNPJ, bem como
a obra de construção civil registrada por pessoa física.
2 – Comunicação de reabertura
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2.1 – As reaberturas deverão ser comunicadas ao INSS pela empresa ou
beneficiário, quando houver reinício de tratamento ou afastamento por
agravamento de lesão de acidente do trabalho ou doença ocupacional
comunicado anteriormente ao INSS.
2.2 – Na CAT de reabertura deverão constar as mesmas informações da
época do acidente, exceto quanto ao afastamento, último dia trabalhado,
atestado médico e data da emissão, que serão relativos à data da
reabertura.
3 – Comunicação de óbito
3.1 – O óbito decorrente de acidente ou doença ocupacional, ocorrido após a
emissão da CAT inicial ou da CAT reabertura, será comunicado ao INSS
através da CAT comunicação de óbito, constando a data do óbito e os dados
relativos ao acidente inicial. Anexar a Certidão de Óbito e, quando houver, o
laudo de necropsia.
Manual de Instruções para preenchimento da Comunicação de
Acidentes do Trabalho - CAT
Março/99
IV - PREENCHIMENTO DO FORMULÁRIO CAT
Quadro I - EMITENTE
I.1 - Informações relativas ao EMPREGADOR
Campo 1. Emitente - informar no campo demarcado o dígito que especifica
o responsável pela emissão da CAT, sendo:
9. empregador;
10. sindicato;
11. médico assistente;
12. segurado ou seus dependentes;
13. autoridade pública (subitem 1.6.1 da Parte III).
Campo 2. Tipo de CAT - informar no campo demarcado o dígito que
especifica o tipo de CAT, sendo:
1. inicial - refere-se à primeira comunicação do acidente ou doença do
trabalho;
2. reabertura - quando houver reinício de tratamento ou afastamento por
agravamento da lesão (acidente ou doença comunicado anteriormente
ao INSS);
3. comunicação de óbito - refere-se à comunicação do óbito, em
decorrência de acidente do trabalho, ocorrido após a emissão da CAT
inicial. Deverá ser anexada a cópia da Certidão de Óbito e, quando
houver, do laudo de necropsia.
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Obs.: Os acidentes com morte imediata deverão ser comunicados por
CAT inicial.
Campo 3. Razão Social/Nome- informar a denominação da empresa
empregadora. Considera-se empresa na forma prevista no art. 14 do
Decreto nº 2.173/97):
1. a firma individual ou a sociedade que assume o risco de atividade
econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os
órgãos e as entidades da administração direta, indireta e fundacional;
2. o trabalhador autônomo e equiparado, em relação ao segurado que lhe
presta serviço;
3. a cooperativa, associação ou entidade de qualquer natureza ou
finalidade, inclusive a missão diplomática e a repartição consular de
carreiras estrangeiras;
4. o operador portuário e o órgão gestor de mão-de-obra - de que trata a
lei nº 8.630, de 25 de fevereiro de 1.993.
Obs.: Informar o nome do acidentado, quando segurado especial.
Campo 4. Tipo e número do documento - informar o código que
especifica o tipo de documento, sendo:
1. CGC/CNPJ - informar o número da matrícula no Cadastro Geral de
Contribuintes - CGC ou da matrícula no Cadastro Nacional de Pessoa
Jurídica - CNPJ da empresa empregadora;
2. CEI - informar o número de inscrição no Cadastro Específico do INSS -
CEI, quando o empregador for pessoa jurídica desobrigada de inscrição
no CGC/CNPJ;
3. CPF - informar o número de inscrição no Cadastro de Pessoa Física -
CPF, quando o empregador for pessoa física;
4. NIT - informar o Número de Identificação do Trabalhador no INSS -
NIT, quando for segurado especial.
Campo 5. CNAE - informar o código relativo à atividade principal do
estabelecimento, em conformidade com aquela que determina o Grau de
Risco para fins de contribuição para os benefícios concedidos em razão do
grau de incidência da incapacidade laborativa decorrente dos riscos
ambientais do trabalho. O código CNAE (Classificação Nacional de Atividade
Econômica) encontra-se no documento de CGC ou CNPJ da empresa ou no
Anexo do Decreto nº 2.173/97.
Obs.: No caso de segurado especial, o campo poderá ficar em
branco.
Campo 6. Endereço - informar o endereço completo da empresa
empregadora (art. 14 do Decreto nº 2.173/97). Informar o endereço do
acidentado, quando segurado especial. O número do telefone, quando
houver, deverá ser precedido do código DDD do município.
Campo 7. Município - informar o município de localização da empresa
empregadora. Informar o município de residência do acidentado, quando
segurado especial.
21
Campo 8. UF - informar a Unidade da Federação de localização da empresa
empregadora. Informar a Unidade da Federação de residência do
acidentado, quando segurado especial.
Campo 9. Telefone - informar o telefone da empresa empregadora.
Informar o telefone do acidentado, quando segurado especial. O número do
telefone, quando houver, deverá ser precedido do código DDD do município.
I.2 - Informações relativas ao ACIDENTADO
Campo 10. Nome - informar o nome completo do acidentado, sem
abreviaturas.
Campo 11. Nome da mãe - informar o nome completo da mãe do
acidentado, sem abreviaturas.
Campo 12. Data de nascimento - informar a data completa de
nascimento do acidentado, utilizando quatro dígitos para o ano. Exemplo:
16/11/1960.
Campo 13. Sexo - informar o sexo do acidentado, devendo preencher a
quadrícula no campo com dígito 1 para sexo masculino e 3 para o sexo
feminino.
Campo 14. Estado civil - Informar o código que especifica o estado civil do
acidentado, sendo:
1. Solteiro;
2. Casado;
3. Viúvo;
4. Separado judicialmente;
5. Outros;
6. Ignorado (quando o estado civil for desconhecido).
Campo 15. CTPS - informar o número, a série e a data de emissão da
Carteira Profissional - CP ou da Carteira de Trabalho e Previdência Social -
CTPS.
Obs.: No caso de segurado empregado, é obrigatória a especificação
do número da CP ou da CTPS.
Campo 16. UF - informar a Unidade da Federação de emissão da CP ou da
CTPS.
Campo 17. Carteira de identidade - informar o número do documento, a
data de emissão e o órgão expedidor.
Campo 18. UF - informar a Unidade da Federação de emissão da Carteira
de Identidade.
Campo 19. PIS/PASEP - informar o número de inscrição no Programa de
Integração Social - PIS ou no Programa de Formação do Patrimônio do
Servidor Público - PASEP, conforme o caso.
Obs.: No caso de segurado especial e de médico residente, o campo
poderá ficar em branco.
Campo 20. Remuneração mensal - informar a remuneração mensal do
acidentado em moeda corrente na data do acidente.
Campo 21. Endereço do acidentado - informar o endereço completo do
acidentado.
22
Campo 22. Município - informar o município de residência do acidentado.
Campo 23. UF - informar a Unidade da Federação de residência do
acidentado.
Campo 24. Telefone - informar o telefone do acidentado. O número do
telefone, quando houver, deverá ser precedido do código DDD do município.
Campo 25. Nome da ocupação - informar o nome da ocupação exercida
pelo acidentado à época do acidente ou da doença.
Campo 26. CBO - informar o código da ocupação constante no Campo 25
do Código Brasileiro de Ocupação - CBO.
Campo 27. Filiação à Previdência Social - informar no campo apropriado
o tipo de filiação do segurado, sendo:
1. empregado;
2. trabalhador avulso;
7. segurado especial;
8. médico residente (conforme a Lei nº 8.138/90).
Campo 28. Aposentado? - informar "sim" exclusivamente quando tratar-
se de aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social - RGPS.
Campo 29. Área - informar a natureza da prestação de serviço, se urbana
ou rural.
I.3 - Informações relativas ao ACIDENTE OU DOENÇA
Campo 30. Data do acidente - informar a data em que o acidente ocorreu.
No caso de doença, informar como data do acidente a da conclusão do
diagnóstico ou a do início da incapacidade laborativa, devendo ser
consignada aquela que ocorrer primeiro. A data deverá ser completa,
utilizando quatro dígitos para o ano. Exemplo: 23/11/1998.
Campo 31. Hora do acidente - informar a hora da ocorrência do acidente,
utilizando quatro dígitos (Exemplo: 10:45). No caso de doença, o campo
deverá ficar em branco.
Campo 32. Após quantas horas de trabalho? - informar o número de
horas decorridas desde o início da jornada de trabalho até o momento do
acidente. No caso de doença, o campo deverá ficar em branco.
Campo 33. Houve afastamento? - informar se houve ou não afastamento
do trabalho.
Obs.: É importante ressaltar que a CAT deverá ser emitida para todo
acidente ou doença relacionados ao trabalho, ainda que não haja
afastamento ou incapacidade.
Campo 34. Último dia trabalhado - informar a data do último dia em que
efetivamente houve trabalho do acidentado, ainda que a jornada não tenha
sido completa. Exemplo: 23/11/1998.
Obs.: Só preencher no caso de constar 1 (sim) no Campo 33.
Campo 35. Local do acidente - informar o local onde ocorreu o acidente,
sendo:
1. em estabelecimento da empregadora;
23
2. em empresa onde a empregadora presta serviço;
3. em via pública;
4. em área rural;
5. outros.
Obs.: No caso 2, informar o nome e o CGC ou CNPJ da empresa onde
ocorreu o acidente ou doença.
Campo 36. CGC - este campo deverá ser preenchido quando o acidente, ou
doença ocupacional, ocorrer em empresa onde a empregadora presta
serviço, devendo ser informado o CGC ou CNPJ da empresa onde ocorreu o
acidente ou doença (no caso de constar no Campo 35 a opção 2.
Campo 37. Município do local do acidente - informar o nome do
município onde ocorreu o acidente ou a doença ocupacional.
Campo 38. UF - informar a Unidade da Federação onde ocorreu o acidente
ou a doença ocupacional.
Campo 39. Especificação do local do acidente - informar de maneira
clara e precisa o local onde ocorreu o acidente (Exemplo: pátio, rampa de
acesso, posto de trabalho, nome da rua, etc.).
Campo 40. Parte(s) do corpo atingida(s)
• para acidente do trabalho: deverá ser informada a parte do corpo
diretamente atingida pelo agente causador, seja externa ou
internamente (vide Tabela 1);
• para doenças profissionais, do trabalho, ou equiparadas informar o
órgão ou sistema lesionado (vide Tabela 1).
Obs.: Deverá ser especificado o lado atingido (direito ou esquerdo),
quando se tratar de parte do corpo que seja bilateral.
Campo 41. Agente causador - informar o agente diretamente relacionado
ao acidente, podendo ser máquina, equipamento ou ferramenta, como uma
prensa ou uma injetora de plásticos; ou produtos químicos, agentes físicos
ou biológicos como benzeno, sílica, ruído ou salmonela. Pode ainda ser
consignada uma situação específica como queda, choque elétrico,
atropelamento (Tratando-se de acidente do trabalho - vide Tabela 2, de
doenças profissionais ou do trabalho - vide Tabela 3).
Campo 42. Descrição da situação geradora do acidente ou doença -
descrever a situação ou a atividade de trabalho desenvolvida pelo
acidentado e por outros diretamente relacionados ao acidente. Tratando-se
de acidente de trajeto, especificar o deslocamento e informar se o percurso
foi ou não alterado ou interrompido por motivos alheios ao trabalho (vide
Tabela 4). No caso de doença (vide Tabela 3), descrever a atividade de
trabalho, o ambiente ou as condições em que o trabalho era realizado.
Obs.: Evitar consignar neste campo o diagnóstico da doença ou lesão
(Exemplo: indicar a exposição continuada a níveis acentuados de
benzeno em função da atividade de pintar motores com tintas
contendo solventes orgânicos, e não benzenismo).
24
Campo 43. Houve registro policial? - informar se houve ou não registro
policial. No caso de constar 1 (SIM), deverá ser encaminhada cópia do
documento ao INSS, oportunamente.
Campo 44. Houve morte? - o campo deverá constar SIM sempre que
tenha havido morte em tempo anterior ao do preenchimento da CAT,
independentemente de ter ocorrido na hora ou após o acidente.
Obs.: Quando houver morte decorrente do acidente ou doença, após
a emissão da CAT inicial, a empresa deverá emitir CAT para a
comunicação de óbito. Neste caso, deverá ser anexada cópia da
certidão de óbito.
I.4 - Informações relativas às TESTEMUNHAS
Campo 45. Nome - informar o nome completo da testemunha que tenha
presenciado o acidente ou daquela que primeiro tenha tomado ciência do
fato, sem abreviaturas.
Campo 46. Endereço - informar o endereço completo da testemunha que
tenha presenciado o acidente ou daquela que primeiro tenha tomado ciência
do fato.
Campo 47. Município - informar o município de residência da testemunha
que tenha presenciado o acidente ou daquela que primeiro tenha tomado
ciência do fato.
Campo 48. UF - informar a Unidade da Federação de residência da
testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que primeiro
tenha tomado ciência do fato.
Obs.: Telefone - informar o telefone da testemunha que tenha
presenciado o acidente ou daquela que primeiro tenha tomado
ciência do fato. O número do telefone, quando houver, deverá ser
precedido do código DDD do município.
Campo 49. Nome - informar o nome completo da testemunha que tenha
presenciado o acidente ou daquela que primeiro tenha tomado ciência do
fato, sem abreviaturas.
Campo 50. Endereço - informar o endereço completo da testemunha que
tenha presenciado o acidente ou daquela que primeiro tenha tomado ciência
do fato.
Campo 51. Município - informar o município de residência da testemunha
que tenha presenciado o acidente ou daquela que primeiro tenha tomado
ciência do fato.
Campo 52. UF - informar a Unidade da Federação de residência da
testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que primeiro
tenha tomado ciência do fato.
Obs.: Telefone - informar o telefone da testemunha que tenha
presenciado o acidente ou daquela que primeiro tenha tomado
ciência do fato. O número do telefone, quando houver, deverá ser
precedido do código DDD do município.
Fechamento do Quadro I:
25
Local e data - informar o local e a data da emissão da CAT.
Assinatura e carimbo do emitente - no caso da emissão pelo próprio
segurado ou por seus dependentes, fica dispensado o carimbo, devendo ser
consignado o nome legível do emitente ao lado ou abaixo de sua assinatura.
Quadro II - ATESTADO MÉDICO
Deverá ser preenchido por profissional médico. No caso de acidente com
morte, o preenchimento é dispensável, devendo ser apresentada a certidão
de óbito e, quando houver, o laudo de necropsia.
Campo 53. Unidade de atendimento médico - informar o nome do local
onde foi prestado o atendimento médico.
Campo 54. Data - informar a data do atendimento. A data deverá ser
completa, utilizando-se quatro dígitos para o ano. Exemplo: 23/11/1998.
Campo 55. Hora - Informar a hora do atendimento utilizando quatro
dígitos. Exemplo: 15:10.
Campo 56. Houve internação? - informar se ocorreu internação do
aidentado, devendo preencher a quadrícula no campo com dígito 1 para
"sim" ou dígito 2 para "não".
Campo 57. Duração provável do tratamento - informar o período
provável do tratamento, mesmo que superior a quinze dias.
Campo 58. Deverá o acidentado afastar-se do trabalho durante o
tratamento? - informar a necessidade do afastamento do acidentado de
suas atividades laborais, durante o tratamento, devendo preencher a
quadrícula no campo com dígito 1 para "sim" ou dígito 2 para "não".
Campo 59. Descrição e natureza da lesão - fazer relato claro e suscinto,
informando a natureza, tipo da lesão e/ou quadro clínico da doença, citando
a parte do corpo atingida, sistemas ou aparelhos (vide Tabela 5).
Exemplos: a) edema, equimose e limitação dos movimentos na articulação
tíbio társica direita;
b) sinais flogísticos, edema no antebraço esquerdo e dor à movimentação da
flexão do punho esquerdo.
Campo 60. Diagnóstico provável - informar, objetivamente, o
diagnóstico.
Exemplos: a) entorse tornozelo direito;
b) tendinite dos flexores do carpo.
Campo 61. CID - 10 - Classificar conforme a Classificação Internacional de
Doenças - CID - 10.
Exemplos: a) S93.4 - entorse e distensão do tornozelo;
b) M65.9 - sinovite ou tendinite não especificada.
Campo 62. Observações - citar qualquer tipo de informação médica
adicional, como condições patológicas pré-existentes, concausas, se há
compatibilidade entre o estágio evolutivo das lesões e a data do acidente
declarada, se há recomendação especial para permanência no trabalho, etc.
Obs.: Havendo recomendação especial para a permanência no
trabalho, justificar.
26
Fechamento do Quadro II
Local e data - informar o local e a data do atendimento médico.
Assinatura e carimbo do médico com CRM - deverá ser consignada a
assinatura do médico atendente e aposto o seu carimbo com o número de
registro junto ao Conselho Regional de Medicina - CRM.
Quadro III - INSS - Campos de uso exclusivo do Instituto Nacional
do Seguro Social - INSS.
V- CONCEITO, DEFINIÇÕES E CARACTERIZAÇÃO DO ACIDENTE DO
TRABALHO, PRESTAÇÕES E PROCEDIMENTOS
1 - Conceito do acidente do trabalho e doença ocupacional
1.1 - Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a
serviço da empresa, com o segurado empregado, trabalhador avulso,
médico residente, bem como com o segurado especial, no exercício de suas
atividades, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a
morte, a perda ou redução, temporária ou permanente, da capacidade para
o trabalho.
1.1.1 - É considerado como acidente do trabalho, nos termos deste item:
a. a doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada
pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade, constante
da relação de que trata o Anexo II do Decreto nº 2.172/97;
b. a doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada
em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com
ele se relacione diretamente, desde que constante da relação de que
trata o Anexo II do Decreto nº 2.172/97.
1.1.2 - Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na
relação constante do Anexo II resultou de condições especiais em que o
trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdência
Social (INSS) deve equipará-la a acidente do trabalho.
1.2 - Não são consideradas como doença do trabalho:
a. a doença degenerativa;
b. a inerente a grupo etário;
c. a que não produz incapacidade laborativa;
d. a doença endêmica adquirida por segurados habitantes de região onde
ela se desenvolva, salvo se comprovado que resultou de exposição ou
contato direto determinado pela natureza do trabalho.
1.3 - Equiparam-se também a acidente do trabalho:
I. o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa
única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para
perda ou redução da sua capacidade para o trabalho, ou que tenha
produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;
II. o acidente sofrido pelo segurado no local e horário do trabalho, em
conseqüência de:
a. ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou
companheiro de trabalho;
27
b. ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa
relacionada com o trabalho;
c. ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro, ou de
companheiro de trabalho;
d. ato de pessoa privada do uso da razão;
e. desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos decorrentes
de força maior;
III. a doença proveniente de contaminação acidental do empregado
no exercício de sua atividade;
IV.o acidente sofrido, ainda que fora do local e horário de trabalho:
a. na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da
empresa;
b. na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe
evitar prejuízo ou proporcionar proveito;
c. em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo, quando
financiada por esta, dentro de seus planos para melhor capacitação da
mão-de-obra;
d. independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo
de propriedade do segurado;
e. no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para
aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de
propriedade do segurado, desde que não haja interrupção ou alteração
de percurso por motivo alheio ao trabalho;
f. no percurso da residência para o OMGO ou sindicato de classe e destes
para aquela, tratando-se de trabalhador avulso.
Nota: Não será considerado acidente do trabalho o ato de agressão
relacionado a motivos pessoais.
1.3.1 - No período destinado à refeição ou descanso, ou por ocasião da
satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou
durante este, o empregado será considerado a serviço da empresa.
1.3.2 - Entende-se como percurso o trajeto da residência ou do local de
refeição para o trabalho ou deste para aqueles, independentemente do meio
de locomoção, sem alteração ou interrupção por motivo pessoal, do percurso
habitualmente realizado pelo segurado. Não havendo limite de prazo
estipulado para que o segurado atinja o local de residência, refeição ou do
trabalho, deve ser observado o tempo necessário compatível com a distância
percorrida e o meio de locomoção utilizado.
1.4 - Será considerado agravamento de acidente do trabalho aquele sofrido
pelo acidentado quando estiver sob a responsabilidade do Setor de
Reabilitação Profissional.
1.5 - Não será considerado agravamento ou complicação de acidente do
trabalho a lesão que, resultante de outra origem, se associe ou se
superponha às conseqüências do acidente anterior.
1.6 - Quando expressamente constar do contrato de trabalho que o
empregado deverá participar de atividades esportivas no decurso da jornada
28
de trabalho, o infortúnio ocorrido durante estas atividades será considerado
como acidente do trabalho.
1.7 - Será considerado como dia do acidente, no caso de doença profissional
ou do trabalho, a data do início da incapacidade laborativa para o exercício
da atividade habitual ou o dia em que for realizado o diagnóstico, cabendo
para esse efeito o que ocorrer primeiro.
2 - Campo de aplicação
2.1 - As prestações relativas ao acidente do trabalho são devidas:
a. ao empregado;
b. ao trabalhador avulso;
c. ao médico-residente (Lei nº 8.138, de 28/12/90);
d. ao segurado especial.
2.2 - Não são devidas as prestações relativas ao acidente do trabalho:
a. ao empregado doméstico;
b. ao empresário: titular de firma individual urbana ou rural, diretor não
empregado, membro de conselho de administração de sociedade
anônima, sócios que não tenham, na empresa, a condição de
empregado;
c. ao autônomo e outros equiparados;
d. ao facultativo.
2.3 - A partir de 11/11/97, o aposentado por tempo de serviço, especial ou
idade pelo Regime Geral de Previdência Social - RGPS que permanecer ou
retornar à atividade sujeita a este regime, não fará jus a prestação alguma
da Previdência Social em decorrência do exercício dessa atividade, exceto ao
salário-família e à reabilitação profissional.
3 - Prestações por acidente do trabalho ou doença ocupacional
3.1 - Serviço: reabilitação profissional.
3.2 - Benefícios pecuniários:
BENEFÍCIOS BENEFICIÁRIOS CONDIÇÕES P/
CONCESSÃO
DATA DE
INÍCIO
DATA DA
CESSAÇÃO
VALOR
Auxílio-doença
(esp..91)
Acidentado do
trabalho
- afastamento do
trabalho por
incapacidade
laborativa
temporária por
acidente do
trabalho
- 16º dia de
afastament
o
consecutivo
para
empregado
;
na data do
afastament
o demais
segurados.
- morte;
- concessão
de auxílio-
acidente ou
aposentado
ria;
-cessação
da
incapacidad
e;
- alta
médica;
- volta ao
trabalho.
91% do
salário de
benefício
29
Aposentadoria
por invalidez
(esp.92)
Acidentado do
trabalho
- afastamento do
trabalho por
invalidez
acidentária
- no dia em
que o
auxílio-
doença
teria início;
ou
- no dia
seguinte à
cessação do
auxílio-
doença
- morte;
-cessação
da
invalidez;
- volta ao
trabalho.
100% do
salário de
benefício
Auxílio-Acidente
(esp.94)
Acidentado do
trabalho
-redução da
capacidade
laborativa por lesão
acidentária
- no dia
seguinte a
cessação do
auxílio-
doença.
-concessão
de
aposentado
ria;
- óbito.
50% do
salário de
benefício
Pensão (esp.93) Dependentes do
acidentado do
trabalho
-morte por
acidente do
trabalho
- na data
do óbito;
ou
- na data
da entrada
do
requerimen
to, quando
requerida
após 30
dias do
óbito.
-morte do
dependente
;
-cessação
da
qualidade
de
dependente
.
100% do
salário de
benefício
Observações:
1. o valor da renda mensal da aposentadoria por invalidez será acrescida
de 25% (vinte e cinco por cento) desse valor, quando comprovado
através de avaliação médico pericial que o acidentado necessita de
acompanhante;
2. salário-de-benefício - o salário-de-benefício consiste na média
aritmética simples de todos os últimos salários-de-contribuição
relativos aos meses imediatamente anteriores ao do afastamento da
atividade ou da data de entrada do requerimento, até o máximo de 36
(trinta e seis), apurados em período não superior a 48 (quarenta e
oito) meses.
3.3 - Havendo agravamento da lesão acidentária será devida a reabertura do
auxílio-doença acidentário, após a comprovação da incapacidade laborativa
pela perícia médica do INSS.
3.3.1 - Para reabertura ocorrida após a cessação do auxílio-doença
acidentário tendo o acidentado retornado ou não ao trabalho:
a. o reinício será na data do novo afastamento;
b. o valor será a renda mensal do auxílio-doença cessado, reajustada
pelos mesmos índices de correção dos benefícios previdenciários em
geral até o início da reabertura.
3.4 - A prestação de assistência médica não é atribuição do INSS.
4 - Caracterização
4.1 - Os acidentes são classificados em três tipos:
Cód.1 - acidente típico (o que ocorre a serviço da empresa);
30
Cód.2 - doença profissional ou do trabalho;
Cód.3 - acidente do trajeto (o que ocorre no percurso residência ou refeição para o
local de trabalho e vice-versa).
4.1.1 - Esta informação constará no campo de responsabilidade do INSS,
constante na CAT, após análise administrativa dos dados sobre o acidentado
e das circunstâncias da ocorrência e o devido enquadramento nas situações
previstas na legislação pertinente (Lei nº 8.213/91), quando o INSS
responderá o quesito "É reconhecido o direito do segurado à habilitação ao
benefício acidentário?".
4.1.2 - O INSS informará na CAT a data do recebimento, o código da
unidade, o número do registro, aporá a matrícula e a assinatura do servidor
responsável pela recepção da comunicação.
4.2 - Para que o acidente ou doença seja considerado como acidente do
trabalho é imprescindível que estejam em acordo com os conceitos previstos
no Decreto nº 2.172/97, sendo que a caracterização técnica deverá ser
efetuada pelo Setor de Perícia Médica do INSS, que fará o reconhecimento
técnico do nexo causal entre:
a. o acidente e a lesão;
b. a doença e o trabalho;
c. a "causa mortis" e o acidente.
4.2.1 - Após a habilitação o direito ao benefício dar-se-á posteriormente ao
reconhecimento técnico do nexo causal entre o acidente e a lesão, a doença
e o trabalho e definição do grau de incapacidade pela perícia médica do
INSS na forma prevista no subitem 4.2, que ocorrerá a partir do primeiro dia
de afastamento para o trabalhador avulso, segurado especial e médico
residente e no caso de empregado a partir do 16º (décimo sexto) dia de
afastamento do trabalho por acidente ou doença. Nos casos de morte a
avaliação quanto ao nexo "causa mortis" e o acidente ou doença do trabalho
ocorrerá após a comunicação do óbito ao INSS.
4.2.2 - Não é responsabilidade do INSS a caracterização do nexo
técnico para fins de exame pré-admissional ou demissional da
empresa.
5 - Habilitação dos benefícios acidentários
5.1 - Comunicado o acidente ou doença do trabalho o segurado ou
dependente deverá comparecer ao INSS, para habilitação ao benefício,
munido da seguinte documentação:
- Carteira do Trabalho e Previdência Social (CTPS);
- contrato de trabalho quando não constar na CTPS;
- declaração do OGMO ou Sindicato para o trabalhador avulso;
- comprovante de inscrição no INSS, carnês de recolhimento de contribuições e o
contrato de residência médica, quando tratar-se de médico residente;
- PIS/PASEP, CPF, Cédula de identidade;
31
- relação dos 36 últimos salários de contribuição apurados até 48 meses anteriores
ao mês do afastamento;
- endereço completo com CEP atualizado;
- Certidão de Nascimento dos dependentes e, quando for o caso, Termo de Tutela/
Curatela;
- ocorrência policial, quando houver;
- documentos que comprovem o exercício da atividade rural na condição de
segurado especial;
- Certidão de Óbito e laudo de exame cadavérico, se houver, no caso de morte;
- documentos dos dependentes para o caso de requerimento de pensão;
- outros que se fizerem necessários a cada caso.
5.2 - O INSS poderá solicitar a apresentação de outros documentos e
esclarecimentos, bem como emitir pesquisas e diligências, visando a
elucidação e comprovação dos fatos, para fins de caracterização ou não do
acidente ou doença como do trabalho, para concessão ou indeferimento do
benefício acidentário.
VI – Legislação
• Lei nº 8.213/91 com alterações da Lei nº 9.032/95 e da Lei nº
9.528/97.
• Decreto nº 2.172/97.
• Decreto nº 2.173/97.
VII - Anexo I. Formulário da CAT
Para poder visualizar a explicação para o preenchimento dos campos da
CAT, clique no texto em destaque:
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NBR 14280 Acidente Trabalho Registro Classificação

  • 1. NBR 14280 Cadastro de Acidentes do Trabalho Procedimento e classificação 1. Objetivo Fixar critérios para o registro, comunicação, estatística e análise de acidentes do trabalho, suas causas e conseqüências, aplicando-se a quaisquer atividades laborativas. Esta Norma aplica-se a qualquer empresa, entidade ou estabelecimento interessado no estudo do acidentes do trabalho, suas causas e conseqüências. Ex: Comparação da freqüência e/ou gravidade de acidentes entre empresas de um mesmo ramo ou filiais de uma mesma empresa; Esta Norma visa a identificação e registro de fatos fundamentais relacionados com os acidentes de trabalho, de modo a proporcionar meios de orientação aos esforços prevencionistas. Não indica medidas corretivas específicas, ou fazer referência a falhas ou a meios de correção das condições ou circunstâncias que culminaram com o acidente. O seu emprego não dispensa métodos mais completos de investigação (AAF – Análise de Árvore de Falhas entre outros) e comunicação (CAT – Comunicação de Acidente do Trabalho). NBR 14280 → Seguro Acidente do Trabalho 2. Definições 2.1 ACIDENTE DO TRABALHO ⇒ Ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o exercício do trabalho, que provoca lesão pessoal ou de que decorre risco próximo ou remoto dessa lesão; O acidente inclui tanto ocorrências em relação a um momento determinado, quanto ocorrências ou exposições contínuas ou intermitentes, que só podem ser identificadas em termos de período de tempo provável. A lesão pessoal inclui tanto lesões traumáticas e doenças, quanto efeitos prejudiciais mentais, neurológicos ou sistêmicos, resultantes de exposições do trabalho. 1
  • 2. Nos períodos destinados à refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas – no local de trabalho ou durante este – o empregado é considerado no exercício do trabalho. 2.2 ACIDENTE SEM LESÃO ⇒ É o acidente que não causa lesão pessoal; 2.3 ACIDENTE DE TRAJETO ⇒ Acidente sofrido pelo empregado no percurso da residência para o local de trabalho ou desta para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do empregado; 2.4 ACIDENTE IMPESSOAL ⇒ Acidente cuja caracterização independe de existir acidentado, não podendo ser considerado como causador direto da lesão pessoal; Entre um acidente impessoal e a lesão há sempre um acidente pessoal Acidente Impessoal Acidente Pessoal Lesão Pessoal Queda de Objeto Impacto sofrido por pessoa Fratura Inundação Imersão Afogamento 2.4.1 ACIDENTE INICIAL ⇒ Acidente impessoal desencadeador de um ou mais acidentes; 2.4.2 ESPÉCIE DE ACIDENTE IMPESSOAL (Espécie) ⇒ Caracterização da ocorrência de acidente impessoal de que resultou ou poderia ter resultado acidente pessoal; 10.00.00.000 - QUEDA PROJEÇÃO OU RESVALADURA DE OBJETO 10.00.30.000 - VAZAMENTO, DERRAME 10.70.30.000 - ACIDENTE NO TRANSPORTE PRIVADO 2.5 ACIDENTE PESSOAL ⇒ Acidente cuja caracterização depende de existir acidentado; 2.5.1 TIPO DE ACIDENTE PESSOAL (Tipo) ⇒ Caracterização da maneira pela qual a fonte da lesão causou a lesão; 20.00.08.000 - IMPACTO SOFRIDO POR PESSOA 20.00.16.000 - QUEDA DE PESSOA EM MESMO NÍVEL 2.6 AGENTE DO ACIDENTE (Agente) ⇒ Coisa, substância ou ambiente que, sendo inerte à condição ambiente de insegurança tenha provocado o acidente; 2.7 FONTE DA LESÃO ⇒ Coisa, substância, energia ou movimento do corpo que diretamente provocou a lesão; 2
  • 3. Agente do Acidente Fonte da Lesão 30.39.50.200 - Caldeira 35.30.50.200 – Caldeira 30.30.60.200 – Forno, estufa, fogão Calor 30.30.65.300 – Equipam. de Ilumin. Radiação não ionizante 2.8 CAUSAS DO ACIDENTE 2.8.1 FATOR PESSOAL DE INSEGURANÇA (fator pessoal) ⇒ Causa relativa ao comportamento humano, que pode levar à ocorrência do acidente ou a pratica do ato inseguro. 40.30.30.000 – FALTA DE CONHECIMENTO 40.30.60.000 – FALTA DE EXPERIÊNCIA OU ESPECIALIZAÇÃO 40.60.00.450 – FADIGA 40.80.00.150 – ALCOLISMO E TOXICOMANIA 2.8.2 ATO INSEGURO ⇒ Ação ou omissão que, contrariando preceito de segurança, pode causar ou favorecer a ocorrência de acidente; 50.30.05.000 – USAR EQUIPAMENTO DE MANEIRA IMPRÓPRIA .300 – USAR MATERIAL OU EQUIPAM. FORA DE SUA FINALIDADE .600 - SOBRECARREGAR (andaime, veículo, etc..) 50.30.50.000 – TRABALHAR OU OPERAR A VELOCIDADE INSEGURA .300 - CORRER .600 - SALTAR DE PONTO ELEVADO DE VEÍCULO, DE PLATAFORMA 2.8.3 CONDIÇÃO AMBIENTE DE SEGURANÇA (Condição Ambiente) ⇒ É a condição do meio que causou o acidente ou contribuiu para a sua ocorrência; ♦ Inclui desde a atmosfera do local de trabalho até as instalações, equipamentos, substâncias e métodos de trabalho empregados; ♦ Na identificação das causas do acidente é importante evitar a aplicação do raciocínio imediato, devendo ser levados em consideração fatores complementares de identificação das causas de acidentes; ♦ Tais causas têm a sua importância no processo de análise, como, por exemplo, a não existência de EPI, mas não são suficientes para impedir novas ocorrências semelhantes; ♦ Para a clara visualização deve-se sempre perguntar o “por quê” , ou seja, por que o empregado deixou de usar o EPI disponível? Liderança Inadequada? Engenharia Inadequada? ♦ É indispensável também a apuração das “causas gerenciais”, como a “falta de controle” – inexistência de padrões ou procedimentos, etc... 3
  • 4. 60.10.40.000 – VENTILAÇÃO INADEQUADA 60.30.40.000 – EMPILHAMENTO INADEQUADO 60.40.00.000 – PROTEÇÃO COLETIVA INADEQUADA OU INEXISTENTE 2.9 CONSEQÜÊNCIAS DO ACIDENTE 2.9.1 LESÃO PESSOAL ⇒ Qualquer dano sofrido pelo organismo humano, como conseqüência do acidente do trabalho; 2.9.1.1 NATUREZA DA LESÃO ⇒ Expressão que identifica a lesão, segundo suas características principais 70.20.05.000 - ESCORIAÇÃO, ABRASÃO 20.000 - DISTENÇÃO, TORÇÃO 34.000 - FRATURA 2.9.1.2 LOCALIZAÇÃO DA LESÃO ⇒ Indicação da sede da lesão 75.30.00.000 - CABEÇA 75.30.50.200 - OUVIDO EXTERNO 75.30.70.700 - MANDÍBULA (inclusive queixo) 2.9.1.3 LESÃO IMEDIATA ⇒ Lesão que se manifesta no momento do acid.; 2.9.1.4 LESÃO MEDIATA (Lesão Tardia) ⇒ Lesão que se manifesta após a circunstância acidental da qual resultou; 2.9.1.4.1 DOÊNÇA DO TRABALHO ⇒ Doença decorrente do exercício continuado ou intermitente de atividade laborativa, capaz de provocar lesão por ação imediata; 2.9.1.4.2 DOÊNÇA PROFISSIONAL ⇒ Doença do trabalho causada pelo exercício de atividade específica, constante em relação oficial; 2.9.1.5 MORTE ⇒ Cessação da capacidade de trabalho pela perda da vida, independentemente do tempo decorrido desde a lesão; 2.9.1.6 LESÃO COM AFASTAMENTO (Lesão com perda de tempo ou incapacitante) ⇒ Lesão pessoal que impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente ou de que resulte incapacidade permanente; ♠ Esta lesão pode provocar incapacidade permanente total, incapacidade permanente parcial, incapacidade temporária total ou morte. 4
  • 5. 2.9.1.7 LESÃO SEM AFASTAMENTO (Lesão não incapacitante ou lesão sem perda de tempo) ⇒ Lesão pessoal que não impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente, desde que não haja incapacidade permanente; • Esta lesão não provoca a morte, incapacidade permanente total ou parcial ou incapacidade temporária total, exige, no entanto, primeiros socorros ou socorros médicos de urgência; • Devem ser evitadas as expressões “acidente com afastamento” e “acidente sem afastamento”, usadas impropriamente para significar, respectivamente “lesão com afastamento” e “lesão sem afastamento”. 2.9.2 ACIDENTADO ⇒ Vítima de acidente; Não é correto referir-se a “acidente”, quando se desejar fazer referência a acidentado. 2.9.3 INCAPACIDADE PERMANENTE TOTAL ⇒ Perda total da capacidade de trabalho, em caráter permanente, sem morte; a) ambos os olhos; b) um olho e uma das mãos ou, um olho e um pé; c) ambas as mãos ou ambos os pés ou uma das mãos e um pé. 2.9.4 INCAPACIDADE PERMANENTE PARCIAL ⇒ Redução parcial da capacidade de trabalho, em caráter permanente que, não provocando morte ou incapacidade permanente total, é a causa de perda de qualquer membro ou parte do corpo, ou qualquer redução permanente de função orgânica; 2.9.5 INCAPACIDADE TEMPORÁRIA TOTAL ⇒ Perda total da capacidade de trabalho de que resulte um ou mais dias perdidos, excetuados a morte, a incapacidade permanente parcial e a incapacidade permanente total; ♦ Permanecendo o acidentado afastado de sua atividade por mais de um ano, é computado somente o tempo de 360 dias; ♦ A incapacidade temporária parcial não causa afastamento do acidentado, correspondendo, portanto, a lesão sem perda de tempo. 2.9.6 DIAS PERDIDOS ⇒ Dias corridos de afastamento do trabalho em virtude de lesão pessoal, exceto o dia do acidente e o dia de volta ao trabalho; 2.9.7 DIAS DEBITADOS ⇒ Dias que se debitam, por incapacidade permanente ou morte, para o cálculo do tempo computado; 5
  • 6. 2.9.8 TEMPO COMPUTADO ⇒ Tempo contado em “dias perdidos, pelos acidentados, com incapacidade temporária total” mais os “dias debitados pelos acidentados vítimas de morte ou incapacidade permanente, total ou parcial”; 2.9.9 PREJUÍZO MATERIAL ⇒ Prejuízo decorrente de danos materiais, perda de tempo e outros ônus resultantes de acidente do trabalho, inclusive danos ao meio ambiente; 2.10 HORAS-HOMEM DE EXPOSIÇÃO AO RISCO (horas-homem) ⇒ Somatório das horas durante as quais os empregados ficam à disposição do empregador, em determinado período; 2.11 TAXA DE FREQÜÊNCIA DE ACIDENTES ⇒ Número de Acidentes por milhão de horas-homem de exposição ao risco, em determinado período; 2.12 TAXA DE FREQÜÊNCIA DE ACIDENTADOS COM LESÃO COM AFASTAMEN- TO ⇒ Número de acidentados com lesão com afastamento por milhão de horas- homem de exposição ao risco, em determinado período; 2.13 TAXA DE FREQÜÊNCIA DE ACIDENTADOS COM LESÃO SEM AFASTAMEN- TO ⇒ Número de acidentados com lesão sem afastamento por milhão de horas- homem de exposição ao risco, em determinado período; 2.14 TAXA DE GRAVIDADE ⇒Tempo computado por milhão de horas-homem de exposição ao risco, em determinado período; 2.15 EMPREGADO ⇒ Qualquer pessoa com compromisso de prestação de na área de trabalho considerada, incluídos de estagiários a dirigentes, inclusive autônomos; 2.16 ANÁLISE E ESTATÍSTICAS DE ACIDENTES, CAUSAS E CONSEQÜÊNCIAS 2.16.1 ANÁLISE DO ACIDENTE ⇒ Estudo do acidente para a pesquisa de causas, circunstâncias e conseqüências; 2.16.2 ESTATÍSTICAS DE ACIDENTES, CAUSAS E CONSEQÜÊNCIAS ⇒ Nu- meros relativos à ocorrência de acidentes, causas e conseqüências devidamente classificados; 2.17 COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE ⇒ Informação que se dá aos órgãos interessados, em formulário próprio, quando da ocorrência de acidente; 2.17.1 COMUNICAÇÃO DE ACIDENTES PARA FINS LEGAIS ⇒ Qualquer co- municação de acidente emitida para atender a exigências da legislação em vigor como, por exemplo, a destinada à previdência social; 6
  • 7. 2.17.2 COMUNICAÇÃO INTERNA DE ACIDENTES PARA FINS DE REGISTRO ⇒ Comunicação que se faz com a finalidade precípua de possibilitar o re- gistro de acidente 2.18 REGISTRO DE ACIDENTE ⇒ Registro metódico e pormenorizado, em formulário próprio, de informações e de dados de um acidente, necessários ao estudo e à análise de suas causas circunstâncias e conseqüências; 2.19 REGISTRO DE ACIDENTADO ⇒ Registro metódico e pormenorizado, em formu- lário individual, de informações e de dados relativos a um acidentado, necessários ao estudo e à análise das causas, circunstâncias e conseqüencias. do acidente; 2.20 FORMULÁRIOS PARA REGISTRO, ESTATÍSTICAS E ANÁLISE DE ACIDENTE ⇒ Formulários destinados ao registro individual ou coletivo de dados relativos a acidentes e respectivos acidentados, preparados de modo a permitir a elaboração de estatísticas e análise dos acidentes, com vistas à sua prevenção; 2.21 CADASTRO DE ACIDENTES ⇒ Conjunto de informações e de dados relativos aos acidentes ocorridos; 2.22 CUSTO DE ACIDENTES ⇒ Valor de prejuízo material decorrente de acidentes; 2.22.1 CUSTO SEGURADO ⇒ Total das despesas cobertas pelo seguro de acidente do trabalho; 2.22.2 CUSTO NÃO SEGURADO ⇒ Total das despesas não cobertas pelo seguro de acidente do trabalho e, em geral, não facilmente computáveis, tais como as resultantes da interrupção do trabalho, do afastamento do empregado de sua ocupação habitual, de danos causados a equipamentos e materiais, da perturbação do trabalho normal e de atividades assistências não seguradas; 3. Requisitos Gerais 3.1 AVALIAÇÃO DA FREQÜÊNCIA E DA GRAVIDADE ⇒ A avaliação da freqüência e da gravidade deve ser feita em função de: Número de acidentes ou acidentados FREQÜÊNCIA e Horas-homem de exposição ao risco Tempo Computado (Dias perdidos e dias debitados) GRAVIDADE e 7
  • 8. Horas-homem de exposição ao risco 3.2 CÁLCULO DE HORAS-HOMEM DE EXPOSIÇÃO AO RISCO ⇒ As horas-homem são calculadas pelo somatório das horas de trabalho de cada empregado; Ex: Vinte e cinco homens trabalhando, cada um 200 horas por mês: 25 x 200 = 5000 horas-homem 3.2.1 HORAS DE EXPOSIÇÃO AO RISCO ⇒ As horas de exposição devem ser extraídas das folhas de pagamento ou quaisquer outros registros de ponto, consideradas apenas as horas trabalhadas, inclusive as extraordinárias; 3.2.2 HORAS ESTIMADAS DE EXPOSIÇÃO AO RISCO ⇒ Quando não se puder determinar o total de horas realmente trabalhadas, elas deverão ser estimadas multiplicando-se o total de dias de trabalho pela média do número de horas trabalhadas por dia. Na impossibilidade absoluta de se conseguir o total de homem-hora de exposição ao risco, arbitra-se em 2000 horas-homem anuais a exposição do risco para cada empregado. 3.2.3 HORAS NÃO-TRABALHADAS ⇒ As horas pagas, porém não realmente trabalhadas, sejam reais ou estimadas, tais como as relativas a férias, licença para tratamento de saúde, feriados, dias de folga, gala, luto, convocações oficiais, não devem ser incluídas no total de horas trabalhadas, isto é, horas de exposição ao risco 3.2.4 HORAS DE TRABALHO DE EMPREGADO RESIDENTE EM PROPRIE- DADE DA EMPRESA ⇒ Só devem ser computadas as horas durante as quais o empregado estiver realmente a serviço do empregador; 3.2.5 HORAS DE TRABALHO DE EMPREGADO COM HORÁRIO DE TRA- BALHO NÃO DEFINIDO ⇒ Para dirigente, viajante ou qualquer outro empregado sujeito a horário de trabalho não definido, deve ser considerado no computo das horas de exposição, a média diária de 8 horas; 3.2.6 HORAS DE TRABALHO DE PLANTONISTA ⇒ Para empregados de plantão nas instalações do empregador devem ser consideradas as horas de plantão; 8
  • 9. 3.3 DIAS PERDIDOS 3.3.1 DIAS PERDIDOS POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA TOTAL ⇒ São considerados como dias perdidos por incapacidade temporária total os seguintes: ♦ Os dias subseqüentes ao da lesão, em que o empregado continua incapacitado para o trabalho (inclusive dias de repouso remunerado, feriados e outros dias em que a empresa, entidade ou estabelecimento estiverem fechados); e ♦ Os subseqüentes ao da lesão, perdidos exclusivamente devido à não disponibilidade de assistência médica ou recursos de diagnósticos necessários; Não são computáveis o dia da lesão e o dia em que o acidentado é considerado apto para retornar ao trabalho. 3.4 DIAS A DEBITAR ⇒ Devem ser debitados por morte ou incapacidade permanente, total ou parcial, de acordo com o estabelecido no Quadro I: 3.4.1 MORTE ⇒ ------------------------------------------------------------ 6.000 dias debitados 3.4.2 INCAPACIDADE PERMANENTE TOTAL ⇒ --------------- 6.000 dias debitados 3.4.3 INCAPACIDADE PERMANENTE PARCIAL⇒ ------Tabela 1 – dias debitados 3.4.3.1 POR PERDA DE DEDOS E ARTELHOS ⇒ Os dias a debitar, em ca- so de perda de dedos e artelhos, devem ser considerados somente pelo osso que figura com maior valor, conforme quadro I; 3.4.3.2 POR REDUÇÃO PERMANENTE DE FUNÇÃO ⇒ Os dias a debitar, em casos de redução permanente de função do membro ou parte de membro, devem ser uma percentagem do número de dias a debitar por amputação, percentagem essa avaliada pela entidade seguradora; Ex: Lesão no indicador resultante da perda da articulação da 2a falange com a 3a falange, estimada pela entidade seguradora em 25% da redução da função: os dias a debitar devem ser 25% de 200 dias, isto é, 50 dias. 3.4.3.3 POR PERDA PERMANENTE DA AUDIÇÃO ⇒ A perda da audição só deve ser considerada incapacidade permanente parcial quando for total para um ou ambos os ouvidos; 9
  • 10. 3.4.3.4 POR REDUÇÃO PERMANENTE DA VISÃO ⇒ Os dias a debitar, nos casos de redução perman. da visão, devem ser uma percentagem dos indicados no quadro I, correspondente à perda da visão, percenta- gem essa determinada pela entidade seguradora. A sua detertermina- ção deve basear-se na redução, independentemente de correção; 3.4.3.5 POR INCAPACIDADE PERMANENTE QUE AFETA MAIS DE UMA PARTE DO CORPO ⇒ O total de dias a debitar deve ser a soma dos dias a debitar por parte lesada. Se a soma exceder 6.000 dias, deve ser desprezado o excesso; 3.4.3.6 POR LESÃO NÃO CONSTANTE NO QUADRO I – DIAS PERDIDOS ⇒ Os dias a debitar por lesão permanente não constante no quadro I (tal como lesão de órgão interno, ou perda de função) devem ser uma percentagem de 6.000 dias, determinada de acordo com parecer médico, que se deve basear nas tabelas atuariais de avaliação de incapacidade utilizadas por entidades seguradoras; 3.4.4 DIAS A DEBITAR ⇒ A incapacidade permanente parcial é incluída nas estatísticas de acidentados com “lesão com afastamento”, mesmo quando não haja dias perdidos a considerar. Não devem ser consideradas como causadoras de incapacidade permanente parcial, mas de incapacidade temporária total ou inexistência de incapacidade (caso de lesões sem afastamento), as seguintes lesões: a) hérnia inguinal, se reparada; b) perda da unha; c) perda da ponta de dedo ou artelho, sem atingir o osso; d) perda de dente; e) desfiguramento; f) fratura, distensão, torção que não tenha por resultado limitação permanente de movimento ou função normal da parte atingida; 3.5 DIAS A COMPUTAR POR INCAPACIDADE PERMANENTE E INCAPACIDADE TEMPORÁRIA DECORRENTES DO MESMO ACIDENTE ⇒ Quando houver um acidentado com incapacidade permanente parcial e incapacidade temporária total, independentes, decorrentes de um mesmo acidente, contam-se os dias correspondentes à incapacidade de maior tempo perdido, que será a única incapacidade a ser considerada; 3.6 MEDIDAS DE AVALIAÇÃO DE FREQÜÊNCIA E GRAVIDADE 3.6.1 TAXAS DE FREQÜÊNCIA 10
  • 11. 3.6.1.1 TAXA DE FREQÜÊNCIA DE ACIDENTES ⇒ Deve ser expressa com aproximação de centésimos e calculada pela seguinte expressão: FA = N x 1.000.000 H Onde: FA → taxa de freqüência de acidentes N → número de acidentes H → horas-homem de exposição ao risco 3.6.1.2 TAXA DE FREQÜÊNCIA DE ACIDENTADOS COM LESÃO COM AFASTAMENTO ⇒ Deve ser expressa com aproximação de centésimos e calculada pela seguinte expressão: FL = N x 1.000.000 H Onde: FL → taxa de freqüência de acidentados com lesão com afastamento N → número de acidentados com lesão com afastamento H → horas-homem de exposição ao risco 3.6.1.3 TAXA DE FREQÜÊNCIA DE ACIDENTADOS COM LESÃO SEM AFASTAMENTO ⇒ Deve-se fazer o levantamento do número de acidentes vítimas de lesão, sem afastamento, calculando a respectiva taxa de freqüência; Apresenta a vantagem de alertar a empresa para acidentes que concorram para o aumento do número de acidentes com afastamento; O cálculo deve ser feito da mesma forma que para os acidentados vítimas de lesão com afastamento. Auxilia os serviços de prevenção, possibilitando a comparação existente entre acidentes com afastamento e sem afastamento. 3.6.2 TAXA DE GRAVIDADE ⇒ Deve ser expressa em números inteiros e calculados pela seguinte expressão: G = T x 1.000.000 H Onde: G → taxa de gravidade T → tempo computado H → horas-homem de exposição ao risco A taxa de gravidade visa exprimir, em relação a um milhão de horas- homem de exposição ao risco, os dias perdidos por todos os acidentados vítimas de incapacidade permanente não devem ser considerados os dias 11
  • 12. perdidos, mas apenas os debitados, a não ser no caso de o acidentado perder número de dias superior ao a debitar pela lesão permanente sofrida. 3.6.3 MEDIDAS OPTATIVAS DE AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE 3.6.3.1 NÚMERO MÉDIO DE DIAS PERDIDOS EM CONSEQÜÊNCIA DE INCAPACIDADE TEMPORÁRIA TOTAL ⇒ Resultado da divisão do número de dias perdidos em conseqüência da incapacidade temporária total pelo número de acidentados correspondente. Mo = D__ N Onde: Mo → Número médio de dias perdidos em conseqüência de Incapacidade temporária total D → Número de dias perdidos em conseqüência de incapacidade Temporária total N → Número de acidentados correspondente 3.6.3.2 NÚMERO MÉDIO DE DIAS DEBITADOS EM CONSEQÜÊNCIA DE INCAPACIDADE PERMANENTE ⇒ Resultado da divisão do número de dias debitados em conseqüência da incapacidade permanente (total e parcial) pelo número de acidentados correspondente. Md = d__ N Onde: Md → Número médio de dias debitados em conseqüência de Incapacidade permanente d → Número de dias debitados em conseqüência de incapacidade permanente N → Número de acidentados correspondente 3.6.3.3 TEMPO COMPUTADO MÉDIO ⇒ Resultado da divisão do tempo computado pelo número de acidentados correspondente. Tm = T__ N Onde: Tm → Tempo computado médio T → Tempo Computado N → Número de acidentados correspondente 12
  • 13. Pode também ser calculado dividindo-se a taxa de gravidade pela Taxa de freqüência de acidentados: Tm = G__ FL 3.7 REGRAS PARA A DETERMINAÇÃO DAS TAXAS 3.7.1 PERÍODOS ⇒ O cálculo das taxas deve ser realizado períodos mensais e anuais, podendo-se usar outros períodos quando houver conveniência; 3.7.2 ACIDENTES DE TRAJETO ⇒ Devem ser tratado à parte, não sendo incluído no cálculo usual das taxas de freqüência e de gravidade; 3.7.3 PRAZOS DE ENCERRAMENTO ⇒ Para determinar as taxas relativas a acidentados vítimas de lesões com perda de tempo, deve ser observado: ♦ As taxas devem incluir todos os acidentados vítimas de lesões com afastamento no período considerado (mês, ano), devendo os trabalhos de apuração serem encerrados, quando necessário, após decorridos 45 dias do fim desse período; ♦ Em caso de incapacidade que se prolongue além do prazo de encerramento previsto (45 dias do período considerado), o tempo perdido deve ser previamente estimado com base em informação médica; ♦ Quando se deixar de incluir um acidentado no levantamento de determinado período, o registro respectivo deve ser incluído, posteriormente, com as necessárias correções estatísticas; 3.7.4 DATA DE REGISTRO ⇒ O número de acidentados e o tempo perdido correspondente às lesões por eles sofridas devem ser registrados com data da ocorrência dos acidentes; Os casos de lesões mediatas (doenças do trabalho) que não possam ser atribuídas a um acidente de data perfeitamente fixável devem ser registrados com as datas em que as lesões forem comunicadas pela primeira vez. 3.8 REGISTRO E ESTATÍSTICAS DE ACIDENTES 3.8.1 ESTATÍSTICAS POR SETOR DE ATIVIDADE ⇒ Além das estatísticas globais da empresa, entidade ou estabelecimento, é de toda conveniência que sejam elaboradas estatísticas por setor de atividade, o que permite evitar que a baixa incidência de acidentes em áreas de menor risco venha a influir nos resultados de qualquer das demais, excluindo, também, das 13
  • 14. áreas de atividade específica os acidentes não diretamente a elas relacionadas; 3.8.2 ELEMENTOS ESSENCIAIS ⇒ Para estatísticas e análise de acidentes, consideram-se elementos essenciais: ♦ espécie de acidente impessoal (espécie); ♦ tipo de acidente pessoal (tipo); ♦ agente do acidente; ♦ fonte da lesão; ♦ fator pessoal de insegurança (fator pessoal); ♦ ato inseguro; ♦ condição ambiente de insegurança; ♦ natureza da lesão; ♦ localização da lesão; ♦ prejuízo material. 3.8.3 LEVANTAMENTO DO CUSTO NÃO SEGURADOS ⇒ Para levantamento do custo não segurado, devem ser levados em consideração, entre outros, os seguintes elementos: ♦ Despesas com reparo ou substituição de máquina, equipamento ou material avariado; ♦ Despesas com serviços assistenciais não segurados; ♦ Pagamento de horas extras em decorrência do acidente; ♦ Despesas jurídicas; ♦ Complementação salarial ao empregado acidentado; ♦ Prejuízo decorrente da queda de produção pela interrupção do funcionamento da máquina ou da operação de que estava incumbido o acidentado, ou da impressão que o acidentado causa aos companheiros de trabalho; ♦ Desperdício de material ou produção fora de especificação, em virtude da emoção causada pelo acidente; ♦ Redução da produção pela baixa do rendimento do acidentado, durante certo tempo, após o regresso ao trabalho; ♦ Horas de trabalho dispendidas pelos supervisores e por outras pessoas: - Na ajuda do acidentado; - Na investigação das causas do acidente; - Em providências para que o trabalho do acidentado continue a ser executado; - Na seleção e preparo de novo empregado; - Na assistência jurídica; - Na assistência médica para os socorros de urgência; - No transporte do acidentado. 4. Requisitos Específicos 14
  • 15. 4.1 LESÃO DORSOLOMBAR OU HÉRNIA INGUINAL 4.2 AGRAVAMENTO DE DEFICIÊNCIA FÍSICA PREEXISTENTE ⇒ Se o agravamento da deficiência física preexistente decorrer do trabalho e ocorrer durante o mesmo, qualquer incapacidade resultante deve ser considerada lesão pessoal, de acordo com o grau de incapacidade que lhe corresponde. 4.3 LESÃO DECORRENTE DE BRINCADEIRA ⇒ A lesão decorrente de brincadeira durante o trabalho deve ser considerada lesão pessoal; 4.4 LESÃO DECORRENTE DE ATIVIDADE ESPORTIVA ⇒ A lesão decorrente de participação em atividade esportiva patrocinada pelo empregador deve ser considerada lesão pessoal; 4.5 LESÃO DECORRENTE DE AGENTE ESTRANHO AO TRABALHO ⇒ Qualquer lesão que resulte de ocorrência externa de proporções catastróficas, tal como furacão, terremoto, inundação ou de explosão originada fora do trabalho, ou de acontecimento imediatamente posterior, como incêndio, explosão, queda de condutor elétrico, só deve ser considerada lesão pessoal se a vítima estiver incumbida de atividade relacionada com o exercício do trabalho; 4.5.1 LESÃO RESULTANTE DE DESCARGA ELÉTRICA ATMOSFÉRICA (RAIO E OUTROS FENÔMENOS ELÉTRICOS) ⇒ A lesão resultante de descarga elétrica atmosférica deve ser considerada lesão pessoal sempre que ocorrer em condições relacionadas com o trabalho; 4.6 LESÃO QUE EXIGE HOSPITALIZAÇÃO PARA OBSERVAÇÃO ⇒ Em caso de hospitalização para observação, a lesão leve ser considerada sem afastamento quando, dentro de 48 h, a lesão ou a suspeita de lesão for considerada, pelo médico, de natureza leve e não incapacitante desde o início. 4.7 REAÇÃO A TRATAMENTO ⇒ A ocorrência ou incapacidade resultante exclusivamente de reação a medição em tratamento supostamente adequado de lesão não incapacitante não implica que esta seja classificada como incapacitante; 4.8 OUTRAS LESÕES ⇒ Deve ser considerada lesão pessoal, se ocorrer por força do trabalho e durante este: - lesão infligida propositadamente por outra pessoa; - lesão provocada por animal (como mordedura, picada ou contusão) - lesão resultante de condição térmica ambiente; - lesão cutânea, tal como dermatite de contato produzido por substância química ou planta venenosa; - incapacidade muscular ou esquelética (como bursite, tenossinovite, etc..) 15
  • 16. COMO PREENCHER A CAT I – Apresentação O objetivo deste manual, elaborado por equipe do Ministério da Previdência e Assistência Social – MPAS, Instituto Nacional do Seguro Social - INSS e Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, é assegurar o correto preenchimento da Comunicação de Acidente do Trabalho – CAT. A comunicação, objeto deste manual, foi prevista inicialmente na Lei nº 5.316/67, com todas as alterações ocorridas posteriormente até a Lei nº 9.032/95, regulamentada pelo Decreto nº 2.172/97. A Lei nº 8.213/91 determina no seu artigo 22 que todo acidente do trabalho ou doença profissional deverá ser comunicado pela empresa ao INSS, sob pena de multa em caso de omissão. Cabe ressaltar a importância da comunicação, principalmente o completo e exato preenchimento do formulário, tendo em vista as informações nele contidas, não apenas do ponto de vista previdenciário, estatístico e epidemiológico, mas também trabalhista e social. II – Recomendações gerais Em face dos aspectos legais envolvidos, recomenda-se que sejam tomadas algumas precauções para o preenchimento da CAT, dentre elas: 1. não assinar a CAT em branco; 2. ao assinar a CAT, verificar se todos os itens de identificação foram devida e corretamente preenchidos; 3. o atestado médico da CAT é de competência única e exclusiva do médico; 4. o preenchimento deverá ser feito a máquina ou em letra de forma, de preferência com caneta esferográfica; 5. não conter emendas ou rasuras; 6. evitar deixar campos em branco; 7. apresentar a CAT, impressa em papel, em duas vias ao INSS, que reterá a primeira via, observada a destinação das demais vias, prevista no subitem 1.2; 8. o formulário "Comunicação de Acidente do Trabalho – CAT" poderá ser substituído por impresso da própria empresa, desde que esta possua sistema de informação de pessoal mediante processamento eletrônico, cabendo observar que o formulário substituído deverá ser emitido por computador e conter todas as informações exigidas pelo INSS. 16
  • 17. III – Informações gerais 1 – Comunicação do acidente 1.1 – A empresa deverá comunicar o acidente do trabalho, ocorrido com seu empregado, havendo ou não afastamento do trabalho, até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o teto máximo do salário-de-contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada na forma do artigo 109 do Decreto nº 2.173/97. 1.1.1 – Deverão ser comunicadas ao INSS, mediante formulário "Comunicação de Acidente do Trabalho – CAT", as seguintes ocorrências: 17
  • 18. Ocorrências: Tipos de CAT: a) acidente do trabalho, típico ou de trajeto, ou doença profissional ou do trabalho; CAT inicial; b) reinício de tratamento ou afastamento por agravamento de lesão de acidente do trabalho ou doença profissional ou do trabalho, já comunicado anteriormente ao INSS; CAT reabertura; c) falecimento decorrente de acidente ou doença profissional ou do trabalho, ocorrido após a emissão da CAT inicial. CAT comunicação de óbito. 1.2 – A comunicação será feita ao INSS por intermédio do formulário CAT, preenchido em seis vias, com a seguinte destinação: 1ª via – ao INSS; 2ª via – à empresa; 3ª via – ao segurado ou dependente; 4ª via – ao sindicato de classe do trabalhador; 5ª via – ao Sistema Único de Saúde – SUS; 6ª via – à Delegacia Regional do Trabalho – DRT. 1.3 – A entrega das vias da CAT compete ao emitente da mesma, cabendo a este comunicar ao segurado ou seus dependentes em qual Posto do Seguro Social foi registrada a CAT. 1.4 – Tratando-se de trabalhador temporário, a comunicação referida neste item será feita pela empresa de trabalho temporário. 1.5 – No caso do trabalhador avulso, a responsabilidade pelo preenchimento e encaminhamento da CAT é do Órgão Gestor de Mão de Obra – OGMO e, na falta deste, do sindicato da categoria. 1.5.1 – Para este trabalhador, compete ao OGMO e, na sua falta, ao seu sindicato preencher e assinar a CAT, registrando nos campos "Razão Social/Nome" e "Tipo"(de matrícula) os dados referentes ao OGMO ou ao sindicato e, no campo "CNAE", aquele que corresponder à categoria profissional do trabalhador. 1.6 – No caso de segurado especial, a CAT poderá ser formalizada pelo próprio acidentado ou dependente, pelo médico responsável pelo atendimento, pelo sindicato da categoria ou autoridade pública. 1.6.1 – São autoridades públicas reconhecidas para esta finalidade: os magistrados em geral, os membros do Ministério Público e dos Serviços Jurídicos da União e dos Estados, os comandantes de unidades militares do Exército, Marinha, Aeronáutica e Forças Auxiliares (Corpo de Bombeiros e Polícia Militar). 18
  • 19. 1.7 – Quando se tratar de marítimo, aeroviário, ferroviário, motorista ou outro trabalhador acidentado fora da sede da empresa, caberá ao representante desta comunicar o acidente. 1.8 – Tratando-se de acidente envolvendo trabalhadores a serviço de empresas prestadoras de serviços, a CAT deverá ser emitida pela empresa empregadora, informando, no campo próprio, o nome e o CGC (Cadastro Geral de Contribuintes) ou CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) da empresa onde ocorreu o acidente. 1.9 – É obrigatória a emissão da CAT relativa ao acidente ou doença profissional ou do trabalho ocorrido com o aposentado por tempo de serviço ou idade, que permaneça ou retorne à atividade após a aposentadoria, embora não tenha direito a benefícios pelo INSS em razão do acidente, salvo a reabilitação profissional. 1.9.1 – Neste caso, a CAT também será obrigatoriamente cadastrada pelo INSS. 1.10 – Tratando-se de presidiário, só caberá a emissão de CAT quando ocorrer acidente ou doença profissional ou do trabalho no exercício de atividade remunerada na condição de empregado, trabalhador avulso, médico-residente ou segurado especial. 1.11 – Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio acidentado, seus dependentes, o sindicato da categoria, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública prevista no subitem 1.6.1. 1.11.1 – A comunicação a que se refere este item não exime a empresa da responsabilidade pela falta de emissão da CAT. 1.12 – Todos os casos com diagnóstico firmado de doença profissional ou do trabalho devem ser objeto de emissão de CAT pelo empregador, acompanhada de relatório médico preenchido pelo médico do trabalho da empresa, médico assistente (serviço de saúde público ou privado) ou médico responsável pelo PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – previsto na NR nº 7), com descrição da atividade e posto de trabalho para fundamentar o nexo causal e o técnico. 1.13 – No caso de doença profissional ou do trabalho, a CAT deverá ser emitida após a conclusão do diagnóstico. 1.14 – Quando a doença profissional ou do trabalho se manifestar após a desvinculação do acidentado da empresa onde foi adquirida, deverá ser emitida CAT por aquela empresa, e na falta desta poderá ser feita pelo serviço médico de atendimento, beneficiário ou sindicato da classe ou autoridade pública definida no subitem 1.6.1. 1.15 – A CAT poderá ser apresentada no Posto do Seguro Social – PSS mais conveniente ao segurado, o que jurisdiciona a sede da empresa, do local do acidente, do atendimento médico ou da residência do acidentado. 1.15.1 – Deve ser considerada como sede da empresa a dependência, tanto a matriz quanto a filial, que possua matrícula no CGC ou no CNPJ, bem como a obra de construção civil registrada por pessoa física. 2 – Comunicação de reabertura 19
  • 20. 2.1 – As reaberturas deverão ser comunicadas ao INSS pela empresa ou beneficiário, quando houver reinício de tratamento ou afastamento por agravamento de lesão de acidente do trabalho ou doença ocupacional comunicado anteriormente ao INSS. 2.2 – Na CAT de reabertura deverão constar as mesmas informações da época do acidente, exceto quanto ao afastamento, último dia trabalhado, atestado médico e data da emissão, que serão relativos à data da reabertura. 3 – Comunicação de óbito 3.1 – O óbito decorrente de acidente ou doença ocupacional, ocorrido após a emissão da CAT inicial ou da CAT reabertura, será comunicado ao INSS através da CAT comunicação de óbito, constando a data do óbito e os dados relativos ao acidente inicial. Anexar a Certidão de Óbito e, quando houver, o laudo de necropsia. Manual de Instruções para preenchimento da Comunicação de Acidentes do Trabalho - CAT Março/99 IV - PREENCHIMENTO DO FORMULÁRIO CAT Quadro I - EMITENTE I.1 - Informações relativas ao EMPREGADOR Campo 1. Emitente - informar no campo demarcado o dígito que especifica o responsável pela emissão da CAT, sendo: 9. empregador; 10. sindicato; 11. médico assistente; 12. segurado ou seus dependentes; 13. autoridade pública (subitem 1.6.1 da Parte III). Campo 2. Tipo de CAT - informar no campo demarcado o dígito que especifica o tipo de CAT, sendo: 1. inicial - refere-se à primeira comunicação do acidente ou doença do trabalho; 2. reabertura - quando houver reinício de tratamento ou afastamento por agravamento da lesão (acidente ou doença comunicado anteriormente ao INSS); 3. comunicação de óbito - refere-se à comunicação do óbito, em decorrência de acidente do trabalho, ocorrido após a emissão da CAT inicial. Deverá ser anexada a cópia da Certidão de Óbito e, quando houver, do laudo de necropsia. 20
  • 21. Obs.: Os acidentes com morte imediata deverão ser comunicados por CAT inicial. Campo 3. Razão Social/Nome- informar a denominação da empresa empregadora. Considera-se empresa na forma prevista no art. 14 do Decreto nº 2.173/97): 1. a firma individual ou a sociedade que assume o risco de atividade econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e as entidades da administração direta, indireta e fundacional; 2. o trabalhador autônomo e equiparado, em relação ao segurado que lhe presta serviço; 3. a cooperativa, associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, inclusive a missão diplomática e a repartição consular de carreiras estrangeiras; 4. o operador portuário e o órgão gestor de mão-de-obra - de que trata a lei nº 8.630, de 25 de fevereiro de 1.993. Obs.: Informar o nome do acidentado, quando segurado especial. Campo 4. Tipo e número do documento - informar o código que especifica o tipo de documento, sendo: 1. CGC/CNPJ - informar o número da matrícula no Cadastro Geral de Contribuintes - CGC ou da matrícula no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ da empresa empregadora; 2. CEI - informar o número de inscrição no Cadastro Específico do INSS - CEI, quando o empregador for pessoa jurídica desobrigada de inscrição no CGC/CNPJ; 3. CPF - informar o número de inscrição no Cadastro de Pessoa Física - CPF, quando o empregador for pessoa física; 4. NIT - informar o Número de Identificação do Trabalhador no INSS - NIT, quando for segurado especial. Campo 5. CNAE - informar o código relativo à atividade principal do estabelecimento, em conformidade com aquela que determina o Grau de Risco para fins de contribuição para os benefícios concedidos em razão do grau de incidência da incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho. O código CNAE (Classificação Nacional de Atividade Econômica) encontra-se no documento de CGC ou CNPJ da empresa ou no Anexo do Decreto nº 2.173/97. Obs.: No caso de segurado especial, o campo poderá ficar em branco. Campo 6. Endereço - informar o endereço completo da empresa empregadora (art. 14 do Decreto nº 2.173/97). Informar o endereço do acidentado, quando segurado especial. O número do telefone, quando houver, deverá ser precedido do código DDD do município. Campo 7. Município - informar o município de localização da empresa empregadora. Informar o município de residência do acidentado, quando segurado especial. 21
  • 22. Campo 8. UF - informar a Unidade da Federação de localização da empresa empregadora. Informar a Unidade da Federação de residência do acidentado, quando segurado especial. Campo 9. Telefone - informar o telefone da empresa empregadora. Informar o telefone do acidentado, quando segurado especial. O número do telefone, quando houver, deverá ser precedido do código DDD do município. I.2 - Informações relativas ao ACIDENTADO Campo 10. Nome - informar o nome completo do acidentado, sem abreviaturas. Campo 11. Nome da mãe - informar o nome completo da mãe do acidentado, sem abreviaturas. Campo 12. Data de nascimento - informar a data completa de nascimento do acidentado, utilizando quatro dígitos para o ano. Exemplo: 16/11/1960. Campo 13. Sexo - informar o sexo do acidentado, devendo preencher a quadrícula no campo com dígito 1 para sexo masculino e 3 para o sexo feminino. Campo 14. Estado civil - Informar o código que especifica o estado civil do acidentado, sendo: 1. Solteiro; 2. Casado; 3. Viúvo; 4. Separado judicialmente; 5. Outros; 6. Ignorado (quando o estado civil for desconhecido). Campo 15. CTPS - informar o número, a série e a data de emissão da Carteira Profissional - CP ou da Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS. Obs.: No caso de segurado empregado, é obrigatória a especificação do número da CP ou da CTPS. Campo 16. UF - informar a Unidade da Federação de emissão da CP ou da CTPS. Campo 17. Carteira de identidade - informar o número do documento, a data de emissão e o órgão expedidor. Campo 18. UF - informar a Unidade da Federação de emissão da Carteira de Identidade. Campo 19. PIS/PASEP - informar o número de inscrição no Programa de Integração Social - PIS ou no Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PASEP, conforme o caso. Obs.: No caso de segurado especial e de médico residente, o campo poderá ficar em branco. Campo 20. Remuneração mensal - informar a remuneração mensal do acidentado em moeda corrente na data do acidente. Campo 21. Endereço do acidentado - informar o endereço completo do acidentado. 22
  • 23. Campo 22. Município - informar o município de residência do acidentado. Campo 23. UF - informar a Unidade da Federação de residência do acidentado. Campo 24. Telefone - informar o telefone do acidentado. O número do telefone, quando houver, deverá ser precedido do código DDD do município. Campo 25. Nome da ocupação - informar o nome da ocupação exercida pelo acidentado à época do acidente ou da doença. Campo 26. CBO - informar o código da ocupação constante no Campo 25 do Código Brasileiro de Ocupação - CBO. Campo 27. Filiação à Previdência Social - informar no campo apropriado o tipo de filiação do segurado, sendo: 1. empregado; 2. trabalhador avulso; 7. segurado especial; 8. médico residente (conforme a Lei nº 8.138/90). Campo 28. Aposentado? - informar "sim" exclusivamente quando tratar- se de aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social - RGPS. Campo 29. Área - informar a natureza da prestação de serviço, se urbana ou rural. I.3 - Informações relativas ao ACIDENTE OU DOENÇA Campo 30. Data do acidente - informar a data em que o acidente ocorreu. No caso de doença, informar como data do acidente a da conclusão do diagnóstico ou a do início da incapacidade laborativa, devendo ser consignada aquela que ocorrer primeiro. A data deverá ser completa, utilizando quatro dígitos para o ano. Exemplo: 23/11/1998. Campo 31. Hora do acidente - informar a hora da ocorrência do acidente, utilizando quatro dígitos (Exemplo: 10:45). No caso de doença, o campo deverá ficar em branco. Campo 32. Após quantas horas de trabalho? - informar o número de horas decorridas desde o início da jornada de trabalho até o momento do acidente. No caso de doença, o campo deverá ficar em branco. Campo 33. Houve afastamento? - informar se houve ou não afastamento do trabalho. Obs.: É importante ressaltar que a CAT deverá ser emitida para todo acidente ou doença relacionados ao trabalho, ainda que não haja afastamento ou incapacidade. Campo 34. Último dia trabalhado - informar a data do último dia em que efetivamente houve trabalho do acidentado, ainda que a jornada não tenha sido completa. Exemplo: 23/11/1998. Obs.: Só preencher no caso de constar 1 (sim) no Campo 33. Campo 35. Local do acidente - informar o local onde ocorreu o acidente, sendo: 1. em estabelecimento da empregadora; 23
  • 24. 2. em empresa onde a empregadora presta serviço; 3. em via pública; 4. em área rural; 5. outros. Obs.: No caso 2, informar o nome e o CGC ou CNPJ da empresa onde ocorreu o acidente ou doença. Campo 36. CGC - este campo deverá ser preenchido quando o acidente, ou doença ocupacional, ocorrer em empresa onde a empregadora presta serviço, devendo ser informado o CGC ou CNPJ da empresa onde ocorreu o acidente ou doença (no caso de constar no Campo 35 a opção 2. Campo 37. Município do local do acidente - informar o nome do município onde ocorreu o acidente ou a doença ocupacional. Campo 38. UF - informar a Unidade da Federação onde ocorreu o acidente ou a doença ocupacional. Campo 39. Especificação do local do acidente - informar de maneira clara e precisa o local onde ocorreu o acidente (Exemplo: pátio, rampa de acesso, posto de trabalho, nome da rua, etc.). Campo 40. Parte(s) do corpo atingida(s) • para acidente do trabalho: deverá ser informada a parte do corpo diretamente atingida pelo agente causador, seja externa ou internamente (vide Tabela 1); • para doenças profissionais, do trabalho, ou equiparadas informar o órgão ou sistema lesionado (vide Tabela 1). Obs.: Deverá ser especificado o lado atingido (direito ou esquerdo), quando se tratar de parte do corpo que seja bilateral. Campo 41. Agente causador - informar o agente diretamente relacionado ao acidente, podendo ser máquina, equipamento ou ferramenta, como uma prensa ou uma injetora de plásticos; ou produtos químicos, agentes físicos ou biológicos como benzeno, sílica, ruído ou salmonela. Pode ainda ser consignada uma situação específica como queda, choque elétrico, atropelamento (Tratando-se de acidente do trabalho - vide Tabela 2, de doenças profissionais ou do trabalho - vide Tabela 3). Campo 42. Descrição da situação geradora do acidente ou doença - descrever a situação ou a atividade de trabalho desenvolvida pelo acidentado e por outros diretamente relacionados ao acidente. Tratando-se de acidente de trajeto, especificar o deslocamento e informar se o percurso foi ou não alterado ou interrompido por motivos alheios ao trabalho (vide Tabela 4). No caso de doença (vide Tabela 3), descrever a atividade de trabalho, o ambiente ou as condições em que o trabalho era realizado. Obs.: Evitar consignar neste campo o diagnóstico da doença ou lesão (Exemplo: indicar a exposição continuada a níveis acentuados de benzeno em função da atividade de pintar motores com tintas contendo solventes orgânicos, e não benzenismo). 24
  • 25. Campo 43. Houve registro policial? - informar se houve ou não registro policial. No caso de constar 1 (SIM), deverá ser encaminhada cópia do documento ao INSS, oportunamente. Campo 44. Houve morte? - o campo deverá constar SIM sempre que tenha havido morte em tempo anterior ao do preenchimento da CAT, independentemente de ter ocorrido na hora ou após o acidente. Obs.: Quando houver morte decorrente do acidente ou doença, após a emissão da CAT inicial, a empresa deverá emitir CAT para a comunicação de óbito. Neste caso, deverá ser anexada cópia da certidão de óbito. I.4 - Informações relativas às TESTEMUNHAS Campo 45. Nome - informar o nome completo da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que primeiro tenha tomado ciência do fato, sem abreviaturas. Campo 46. Endereço - informar o endereço completo da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que primeiro tenha tomado ciência do fato. Campo 47. Município - informar o município de residência da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que primeiro tenha tomado ciência do fato. Campo 48. UF - informar a Unidade da Federação de residência da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que primeiro tenha tomado ciência do fato. Obs.: Telefone - informar o telefone da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que primeiro tenha tomado ciência do fato. O número do telefone, quando houver, deverá ser precedido do código DDD do município. Campo 49. Nome - informar o nome completo da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que primeiro tenha tomado ciência do fato, sem abreviaturas. Campo 50. Endereço - informar o endereço completo da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que primeiro tenha tomado ciência do fato. Campo 51. Município - informar o município de residência da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que primeiro tenha tomado ciência do fato. Campo 52. UF - informar a Unidade da Federação de residência da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que primeiro tenha tomado ciência do fato. Obs.: Telefone - informar o telefone da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que primeiro tenha tomado ciência do fato. O número do telefone, quando houver, deverá ser precedido do código DDD do município. Fechamento do Quadro I: 25
  • 26. Local e data - informar o local e a data da emissão da CAT. Assinatura e carimbo do emitente - no caso da emissão pelo próprio segurado ou por seus dependentes, fica dispensado o carimbo, devendo ser consignado o nome legível do emitente ao lado ou abaixo de sua assinatura. Quadro II - ATESTADO MÉDICO Deverá ser preenchido por profissional médico. No caso de acidente com morte, o preenchimento é dispensável, devendo ser apresentada a certidão de óbito e, quando houver, o laudo de necropsia. Campo 53. Unidade de atendimento médico - informar o nome do local onde foi prestado o atendimento médico. Campo 54. Data - informar a data do atendimento. A data deverá ser completa, utilizando-se quatro dígitos para o ano. Exemplo: 23/11/1998. Campo 55. Hora - Informar a hora do atendimento utilizando quatro dígitos. Exemplo: 15:10. Campo 56. Houve internação? - informar se ocorreu internação do aidentado, devendo preencher a quadrícula no campo com dígito 1 para "sim" ou dígito 2 para "não". Campo 57. Duração provável do tratamento - informar o período provável do tratamento, mesmo que superior a quinze dias. Campo 58. Deverá o acidentado afastar-se do trabalho durante o tratamento? - informar a necessidade do afastamento do acidentado de suas atividades laborais, durante o tratamento, devendo preencher a quadrícula no campo com dígito 1 para "sim" ou dígito 2 para "não". Campo 59. Descrição e natureza da lesão - fazer relato claro e suscinto, informando a natureza, tipo da lesão e/ou quadro clínico da doença, citando a parte do corpo atingida, sistemas ou aparelhos (vide Tabela 5). Exemplos: a) edema, equimose e limitação dos movimentos na articulação tíbio társica direita; b) sinais flogísticos, edema no antebraço esquerdo e dor à movimentação da flexão do punho esquerdo. Campo 60. Diagnóstico provável - informar, objetivamente, o diagnóstico. Exemplos: a) entorse tornozelo direito; b) tendinite dos flexores do carpo. Campo 61. CID - 10 - Classificar conforme a Classificação Internacional de Doenças - CID - 10. Exemplos: a) S93.4 - entorse e distensão do tornozelo; b) M65.9 - sinovite ou tendinite não especificada. Campo 62. Observações - citar qualquer tipo de informação médica adicional, como condições patológicas pré-existentes, concausas, se há compatibilidade entre o estágio evolutivo das lesões e a data do acidente declarada, se há recomendação especial para permanência no trabalho, etc. Obs.: Havendo recomendação especial para a permanência no trabalho, justificar. 26
  • 27. Fechamento do Quadro II Local e data - informar o local e a data do atendimento médico. Assinatura e carimbo do médico com CRM - deverá ser consignada a assinatura do médico atendente e aposto o seu carimbo com o número de registro junto ao Conselho Regional de Medicina - CRM. Quadro III - INSS - Campos de uso exclusivo do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS. V- CONCEITO, DEFINIÇÕES E CARACTERIZAÇÃO DO ACIDENTE DO TRABALHO, PRESTAÇÕES E PROCEDIMENTOS 1 - Conceito do acidente do trabalho e doença ocupacional 1.1 - Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, com o segurado empregado, trabalhador avulso, médico residente, bem como com o segurado especial, no exercício de suas atividades, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução, temporária ou permanente, da capacidade para o trabalho. 1.1.1 - É considerado como acidente do trabalho, nos termos deste item: a. a doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade, constante da relação de que trata o Anexo II do Decreto nº 2.172/97; b. a doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, desde que constante da relação de que trata o Anexo II do Decreto nº 2.172/97. 1.1.2 - Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação constante do Anexo II resultou de condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social (INSS) deve equipará-la a acidente do trabalho. 1.2 - Não são consideradas como doença do trabalho: a. a doença degenerativa; b. a inerente a grupo etário; c. a que não produz incapacidade laborativa; d. a doença endêmica adquirida por segurados habitantes de região onde ela se desenvolva, salvo se comprovado que resultou de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho. 1.3 - Equiparam-se também a acidente do trabalho: I. o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para perda ou redução da sua capacidade para o trabalho, ou que tenha produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação; II. o acidente sofrido pelo segurado no local e horário do trabalho, em conseqüência de: a. ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho; 27
  • 28. b. ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada com o trabalho; c. ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro, ou de companheiro de trabalho; d. ato de pessoa privada do uso da razão; e. desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos decorrentes de força maior; III. a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade; IV.o acidente sofrido, ainda que fora do local e horário de trabalho: a. na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa; b. na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito; c. em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo, quando financiada por esta, dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra; d. independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado; e. no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado, desde que não haja interrupção ou alteração de percurso por motivo alheio ao trabalho; f. no percurso da residência para o OMGO ou sindicato de classe e destes para aquela, tratando-se de trabalhador avulso. Nota: Não será considerado acidente do trabalho o ato de agressão relacionado a motivos pessoais. 1.3.1 - No período destinado à refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado será considerado a serviço da empresa. 1.3.2 - Entende-se como percurso o trajeto da residência ou do local de refeição para o trabalho ou deste para aqueles, independentemente do meio de locomoção, sem alteração ou interrupção por motivo pessoal, do percurso habitualmente realizado pelo segurado. Não havendo limite de prazo estipulado para que o segurado atinja o local de residência, refeição ou do trabalho, deve ser observado o tempo necessário compatível com a distância percorrida e o meio de locomoção utilizado. 1.4 - Será considerado agravamento de acidente do trabalho aquele sofrido pelo acidentado quando estiver sob a responsabilidade do Setor de Reabilitação Profissional. 1.5 - Não será considerado agravamento ou complicação de acidente do trabalho a lesão que, resultante de outra origem, se associe ou se superponha às conseqüências do acidente anterior. 1.6 - Quando expressamente constar do contrato de trabalho que o empregado deverá participar de atividades esportivas no decurso da jornada 28
  • 29. de trabalho, o infortúnio ocorrido durante estas atividades será considerado como acidente do trabalho. 1.7 - Será considerado como dia do acidente, no caso de doença profissional ou do trabalho, a data do início da incapacidade laborativa para o exercício da atividade habitual ou o dia em que for realizado o diagnóstico, cabendo para esse efeito o que ocorrer primeiro. 2 - Campo de aplicação 2.1 - As prestações relativas ao acidente do trabalho são devidas: a. ao empregado; b. ao trabalhador avulso; c. ao médico-residente (Lei nº 8.138, de 28/12/90); d. ao segurado especial. 2.2 - Não são devidas as prestações relativas ao acidente do trabalho: a. ao empregado doméstico; b. ao empresário: titular de firma individual urbana ou rural, diretor não empregado, membro de conselho de administração de sociedade anônima, sócios que não tenham, na empresa, a condição de empregado; c. ao autônomo e outros equiparados; d. ao facultativo. 2.3 - A partir de 11/11/97, o aposentado por tempo de serviço, especial ou idade pelo Regime Geral de Previdência Social - RGPS que permanecer ou retornar à atividade sujeita a este regime, não fará jus a prestação alguma da Previdência Social em decorrência do exercício dessa atividade, exceto ao salário-família e à reabilitação profissional. 3 - Prestações por acidente do trabalho ou doença ocupacional 3.1 - Serviço: reabilitação profissional. 3.2 - Benefícios pecuniários: BENEFÍCIOS BENEFICIÁRIOS CONDIÇÕES P/ CONCESSÃO DATA DE INÍCIO DATA DA CESSAÇÃO VALOR Auxílio-doença (esp..91) Acidentado do trabalho - afastamento do trabalho por incapacidade laborativa temporária por acidente do trabalho - 16º dia de afastament o consecutivo para empregado ; na data do afastament o demais segurados. - morte; - concessão de auxílio- acidente ou aposentado ria; -cessação da incapacidad e; - alta médica; - volta ao trabalho. 91% do salário de benefício 29
  • 30. Aposentadoria por invalidez (esp.92) Acidentado do trabalho - afastamento do trabalho por invalidez acidentária - no dia em que o auxílio- doença teria início; ou - no dia seguinte à cessação do auxílio- doença - morte; -cessação da invalidez; - volta ao trabalho. 100% do salário de benefício Auxílio-Acidente (esp.94) Acidentado do trabalho -redução da capacidade laborativa por lesão acidentária - no dia seguinte a cessação do auxílio- doença. -concessão de aposentado ria; - óbito. 50% do salário de benefício Pensão (esp.93) Dependentes do acidentado do trabalho -morte por acidente do trabalho - na data do óbito; ou - na data da entrada do requerimen to, quando requerida após 30 dias do óbito. -morte do dependente ; -cessação da qualidade de dependente . 100% do salário de benefício Observações: 1. o valor da renda mensal da aposentadoria por invalidez será acrescida de 25% (vinte e cinco por cento) desse valor, quando comprovado através de avaliação médico pericial que o acidentado necessita de acompanhante; 2. salário-de-benefício - o salário-de-benefício consiste na média aritmética simples de todos os últimos salários-de-contribuição relativos aos meses imediatamente anteriores ao do afastamento da atividade ou da data de entrada do requerimento, até o máximo de 36 (trinta e seis), apurados em período não superior a 48 (quarenta e oito) meses. 3.3 - Havendo agravamento da lesão acidentária será devida a reabertura do auxílio-doença acidentário, após a comprovação da incapacidade laborativa pela perícia médica do INSS. 3.3.1 - Para reabertura ocorrida após a cessação do auxílio-doença acidentário tendo o acidentado retornado ou não ao trabalho: a. o reinício será na data do novo afastamento; b. o valor será a renda mensal do auxílio-doença cessado, reajustada pelos mesmos índices de correção dos benefícios previdenciários em geral até o início da reabertura. 3.4 - A prestação de assistência médica não é atribuição do INSS. 4 - Caracterização 4.1 - Os acidentes são classificados em três tipos: Cód.1 - acidente típico (o que ocorre a serviço da empresa); 30
  • 31. Cód.2 - doença profissional ou do trabalho; Cód.3 - acidente do trajeto (o que ocorre no percurso residência ou refeição para o local de trabalho e vice-versa). 4.1.1 - Esta informação constará no campo de responsabilidade do INSS, constante na CAT, após análise administrativa dos dados sobre o acidentado e das circunstâncias da ocorrência e o devido enquadramento nas situações previstas na legislação pertinente (Lei nº 8.213/91), quando o INSS responderá o quesito "É reconhecido o direito do segurado à habilitação ao benefício acidentário?". 4.1.2 - O INSS informará na CAT a data do recebimento, o código da unidade, o número do registro, aporá a matrícula e a assinatura do servidor responsável pela recepção da comunicação. 4.2 - Para que o acidente ou doença seja considerado como acidente do trabalho é imprescindível que estejam em acordo com os conceitos previstos no Decreto nº 2.172/97, sendo que a caracterização técnica deverá ser efetuada pelo Setor de Perícia Médica do INSS, que fará o reconhecimento técnico do nexo causal entre: a. o acidente e a lesão; b. a doença e o trabalho; c. a "causa mortis" e o acidente. 4.2.1 - Após a habilitação o direito ao benefício dar-se-á posteriormente ao reconhecimento técnico do nexo causal entre o acidente e a lesão, a doença e o trabalho e definição do grau de incapacidade pela perícia médica do INSS na forma prevista no subitem 4.2, que ocorrerá a partir do primeiro dia de afastamento para o trabalhador avulso, segurado especial e médico residente e no caso de empregado a partir do 16º (décimo sexto) dia de afastamento do trabalho por acidente ou doença. Nos casos de morte a avaliação quanto ao nexo "causa mortis" e o acidente ou doença do trabalho ocorrerá após a comunicação do óbito ao INSS. 4.2.2 - Não é responsabilidade do INSS a caracterização do nexo técnico para fins de exame pré-admissional ou demissional da empresa. 5 - Habilitação dos benefícios acidentários 5.1 - Comunicado o acidente ou doença do trabalho o segurado ou dependente deverá comparecer ao INSS, para habilitação ao benefício, munido da seguinte documentação: - Carteira do Trabalho e Previdência Social (CTPS); - contrato de trabalho quando não constar na CTPS; - declaração do OGMO ou Sindicato para o trabalhador avulso; - comprovante de inscrição no INSS, carnês de recolhimento de contribuições e o contrato de residência médica, quando tratar-se de médico residente; - PIS/PASEP, CPF, Cédula de identidade; 31
  • 32. - relação dos 36 últimos salários de contribuição apurados até 48 meses anteriores ao mês do afastamento; - endereço completo com CEP atualizado; - Certidão de Nascimento dos dependentes e, quando for o caso, Termo de Tutela/ Curatela; - ocorrência policial, quando houver; - documentos que comprovem o exercício da atividade rural na condição de segurado especial; - Certidão de Óbito e laudo de exame cadavérico, se houver, no caso de morte; - documentos dos dependentes para o caso de requerimento de pensão; - outros que se fizerem necessários a cada caso. 5.2 - O INSS poderá solicitar a apresentação de outros documentos e esclarecimentos, bem como emitir pesquisas e diligências, visando a elucidação e comprovação dos fatos, para fins de caracterização ou não do acidente ou doença como do trabalho, para concessão ou indeferimento do benefício acidentário. VI – Legislação • Lei nº 8.213/91 com alterações da Lei nº 9.032/95 e da Lei nº 9.528/97. • Decreto nº 2.172/97. • Decreto nº 2.173/97. VII - Anexo I. Formulário da CAT Para poder visualizar a explicação para o preenchimento dos campos da CAT, clique no texto em destaque: 32
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