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Abnegação e Humildade
	O amadurecimento psicológico conduz o homem à verdadeira humildade perante a vida, à identificação das suas próprias capacidades, assim como à consciência do quanto lhe falta aprender.
	Aquele que adquiriu maturidade psicológica, percebe a sua pequenez perante a grandeza do universo. Não se envolve em conflitos, não vive perpetuando sentimentos de culpa nem foge de si próprio.
	A sua compreensão da realidade e a aquisição das qualidades morais, facultam-lhe a simplicidade de coração e o respeito por todas as pessoas.
	A sua lucidez leva-a a trabalhar pelo bem geral com naturalidade, levando-o à abnegação e mesmo ao sacrifício, quando necessário, sem exibicionismo ou arrogância.
	Percebe que a finalidade da sua existência é viver com alegria, em consequência do seu pensamento positivo e do mérito das suas acções, o que o impele à auto-estima e ao esforço constante no sentido de se conhecer a si próprio, trabalhando sem fadiga nem decepção.
	Não pára na faina para examinar imperfeições, porque elabora esquemas de incessante aprimoramento, com sede de novas conquistas que não cessam.	A abnegação leva-o a sacrificar-se pelos outros, sem hesitar.
	A abnegação e a humildade não dependem das convicções religiosas, embora elas possam influenciar a sua aquisição, tornando-as acessíveis a todos os que se conhecem a si próprios.
	Estas conquistas psicológicas dignificam a criatura e são importantes para o progresso da sociedade, pois promovem o grupo social em que esses sentimentos se manifestam, humanizando-o cada vez mais.
	Quando não são a consequência da evolução do ser, são simulações que só podem ser provocadas por pessoas com temperamentos conflituosos, que utilizam a aparência desses sentimentos para mascarar a timidez, o medo, o complexo de inferioridade, a inveja…
	Esses indivíduos, quando se sentem frustrados nas conquistas humanas, nos desafios sociais, ocultam-se na abnegação forçada, recheada de reclamações e exigências, fingindo-se mártires incompreendidos pelos que os cercam, perseguidos por quase todos e ricos de recalques.
	São presunçosos na sua abnegação e ciosos dela, apresentando propostas e comportamentos extravagantes, exibicionistas. Consideram que não têm valores morais a conquistar, pois já os adquiriram. Essa é uma conduta moral alienante.
	Da mesma forma, considera-se a humildade como forma de desprezo por si mesmo, de falta de auto-estima, de reacção contra a sociedade. Libertar-se das aparências e ser naturalmente humilde, como Jesus ou Ghandi, não é alienar-se ou ser agressivo contra as outras pessoas e apresentar-se descuidado, sem higiene, indiferente às conquistas do progresso.
Quem se comporta assim, mostra-se preguiçoso e não humilde, bem como aquele que aceita todos os caprichos que se lhe impõem, não possui a humildade real; apenas tem medo de se confrontar com os outros, das lutas, sendo conivente com os erros por acomodação, por submissão ou projecção do ego, que se vangloria de ser pacato, bom e compreensivo.
	A humildade não frequenta os mesmos campos morais da conivência com o erro, com o mal, em silêncios comprometedores. Antes é activa, combatente, decidida, sendo mais um estado interior do que uma apresentação externa.
A indiferença, muitas vezes, assume a postura de falsa humildade, permanecendo fria ante os acontecimentos e alienando a criatura nos jogos humanos. É uma forma patológica de comportamento, que perturba a claridade do discernimento.
	A abnegação nunca é triste, porque tem um efeito terapêutico. 	Ele mostra-se na jovialidade, na alegria de viver e na felicidade de ser útil.
	Ajudar, renunciando a si próprio, é um estado de júbilo interior para quem o faz e não uma áspera provação, mesmo porque ela é oferecida, é espontânea e jamais imposta. Não se pode nunca impor a outrem abnegação, que brota dos sentimentos mais elevados do ser.
	Da mesma forma, a humildade é cativante, sem aparência. Primeiro sente-se-lhe o perfume, para poder-se vê-la depois, como acontece com as violetas.
	Da mesma forma, a humildade é cativante, sem aparências. Quando se é humilde, vive-se com sinceridade, sem a preocupação de agradar; confia-se no sucesso das realizações, sem impormos as nossas ideias. Tudo ocorre numa atmosfera de harmonia e naturalidade.
	Essas conquistas do sentimento são amigas do processo de libertação dos atavismos do passado. Se os sofrimentos as acompanham, não as degradam, antes as tornam mais formosas, porque não se pode estar abnegado e humilde, mas se é uma e outra coisa, sempre igual em todas as situações.  
	O amor preside a estas qualidades e irradia da acção de todos os portadores de sentimentos sãos e altruístas.
	O ser humano abnegado e humilde, será aquele que consagra a sua existência ao bem comum e ao progresso dos seus semelhantes. É animado por um zelo sem limites e activo no cumprimento dos deveres materiais, ensinando e exemplificando o amor ao trabalho.
	É activo nas boas acções, sem esquecer a condição de servo ao qual o Senhor pedirá contas, um dia, do emprego do seu tempo.
	Assim, evita as palavras mordazes,  tem sempre o coração cerrado a quaisquer germens de orgulho, de inveja e de ambição. É paciente e benévolo para com os que o agridem, perdoa do fundo da alma, sem esforços, a quem quer que o ofenda. Pratica o preceito grandioso que se traduz em “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.
Bibliografia:“Auto-descobrimento” – Divaldo Pereira Franco“O céu e o inferno” – Allan Kardec

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Abnegação e humildade 1

  • 2. O amadurecimento psicológico conduz o homem à verdadeira humildade perante a vida, à identificação das suas próprias capacidades, assim como à consciência do quanto lhe falta aprender.
  • 3. Aquele que adquiriu maturidade psicológica, percebe a sua pequenez perante a grandeza do universo. Não se envolve em conflitos, não vive perpetuando sentimentos de culpa nem foge de si próprio.
  • 4. A sua compreensão da realidade e a aquisição das qualidades morais, facultam-lhe a simplicidade de coração e o respeito por todas as pessoas.
  • 5. A sua lucidez leva-a a trabalhar pelo bem geral com naturalidade, levando-o à abnegação e mesmo ao sacrifício, quando necessário, sem exibicionismo ou arrogância.
  • 6. Percebe que a finalidade da sua existência é viver com alegria, em consequência do seu pensamento positivo e do mérito das suas acções, o que o impele à auto-estima e ao esforço constante no sentido de se conhecer a si próprio, trabalhando sem fadiga nem decepção.
  • 7. Não pára na faina para examinar imperfeições, porque elabora esquemas de incessante aprimoramento, com sede de novas conquistas que não cessam. A abnegação leva-o a sacrificar-se pelos outros, sem hesitar.
  • 8. A abnegação e a humildade não dependem das convicções religiosas, embora elas possam influenciar a sua aquisição, tornando-as acessíveis a todos os que se conhecem a si próprios.
  • 9. Estas conquistas psicológicas dignificam a criatura e são importantes para o progresso da sociedade, pois promovem o grupo social em que esses sentimentos se manifestam, humanizando-o cada vez mais.
  • 10. Quando não são a consequência da evolução do ser, são simulações que só podem ser provocadas por pessoas com temperamentos conflituosos, que utilizam a aparência desses sentimentos para mascarar a timidez, o medo, o complexo de inferioridade, a inveja…
  • 11. Esses indivíduos, quando se sentem frustrados nas conquistas humanas, nos desafios sociais, ocultam-se na abnegação forçada, recheada de reclamações e exigências, fingindo-se mártires incompreendidos pelos que os cercam, perseguidos por quase todos e ricos de recalques.
  • 12. São presunçosos na sua abnegação e ciosos dela, apresentando propostas e comportamentos extravagantes, exibicionistas. Consideram que não têm valores morais a conquistar, pois já os adquiriram. Essa é uma conduta moral alienante.
  • 13. Da mesma forma, considera-se a humildade como forma de desprezo por si mesmo, de falta de auto-estima, de reacção contra a sociedade. Libertar-se das aparências e ser naturalmente humilde, como Jesus ou Ghandi, não é alienar-se ou ser agressivo contra as outras pessoas e apresentar-se descuidado, sem higiene, indiferente às conquistas do progresso.
  • 14. Quem se comporta assim, mostra-se preguiçoso e não humilde, bem como aquele que aceita todos os caprichos que se lhe impõem, não possui a humildade real; apenas tem medo de se confrontar com os outros, das lutas, sendo conivente com os erros por acomodação, por submissão ou projecção do ego, que se vangloria de ser pacato, bom e compreensivo.
  • 15. A humildade não frequenta os mesmos campos morais da conivência com o erro, com o mal, em silêncios comprometedores. Antes é activa, combatente, decidida, sendo mais um estado interior do que uma apresentação externa.
  • 16. A indiferença, muitas vezes, assume a postura de falsa humildade, permanecendo fria ante os acontecimentos e alienando a criatura nos jogos humanos. É uma forma patológica de comportamento, que perturba a claridade do discernimento.
  • 17. A abnegação nunca é triste, porque tem um efeito terapêutico. Ele mostra-se na jovialidade, na alegria de viver e na felicidade de ser útil.
  • 18. Ajudar, renunciando a si próprio, é um estado de júbilo interior para quem o faz e não uma áspera provação, mesmo porque ela é oferecida, é espontânea e jamais imposta. Não se pode nunca impor a outrem abnegação, que brota dos sentimentos mais elevados do ser.
  • 19. Da mesma forma, a humildade é cativante, sem aparência. Primeiro sente-se-lhe o perfume, para poder-se vê-la depois, como acontece com as violetas.
  • 20. Da mesma forma, a humildade é cativante, sem aparências. Quando se é humilde, vive-se com sinceridade, sem a preocupação de agradar; confia-se no sucesso das realizações, sem impormos as nossas ideias. Tudo ocorre numa atmosfera de harmonia e naturalidade.
  • 21. Essas conquistas do sentimento são amigas do processo de libertação dos atavismos do passado. Se os sofrimentos as acompanham, não as degradam, antes as tornam mais formosas, porque não se pode estar abnegado e humilde, mas se é uma e outra coisa, sempre igual em todas as situações.  
  • 22. O amor preside a estas qualidades e irradia da acção de todos os portadores de sentimentos sãos e altruístas.
  • 23. O ser humano abnegado e humilde, será aquele que consagra a sua existência ao bem comum e ao progresso dos seus semelhantes. É animado por um zelo sem limites e activo no cumprimento dos deveres materiais, ensinando e exemplificando o amor ao trabalho.
  • 24. É activo nas boas acções, sem esquecer a condição de servo ao qual o Senhor pedirá contas, um dia, do emprego do seu tempo.
  • 25. Assim, evita as palavras mordazes, tem sempre o coração cerrado a quaisquer germens de orgulho, de inveja e de ambição. É paciente e benévolo para com os que o agridem, perdoa do fundo da alma, sem esforços, a quem quer que o ofenda. Pratica o preceito grandioso que se traduz em “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.
  • 26. Bibliografia:“Auto-descobrimento” – Divaldo Pereira Franco“O céu e o inferno” – Allan Kardec