O documento discute a emergência da gestão da estratégia como uma nova profissão. Apresenta os desafios enfrentados pelos profissionais de estratégia, como a ausência de associações e normas para a profissão. Também descreve a evolução necessária para que as organizações passem a ter uma abordagem integrada e sistêmica da estratégia.
1. Amcham Porto Alegre, Fevereiro de 2011 André Coutinho andrercoutinho.wordpress.com
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8. Um novo corpo de conhecimentos Uma nova disciplina de gestão . A s organizações devem fazer da estratégia uma competência essencial . Empresa Gestão da Estratégia Gestão Financeira Gestão de Recursos Humanos Marketing e Comunicação Gestão de TI Gestão Operacional Unidade A Unidade B Unidade C Unidade D
14. Os 26 “Ativistas” Ana Carolina Lemos Chaer - Ana María Franco Calderón - Augusto Seoane - Christopher Davies Junior - Deusa Carvalho Ramos - Douglas A. Pereira - Eduard C. Schardijn - Eduardo de Toledo - Jaime Caetano de Almeida - João Polanczyk - Jovaneide Polon - Luiz Sabatino - Luiza Zequi - Marcelo Petercem Ramos - Mario Augusto Lima e Silva - Nayara Fernanda Alves - Paula Cristina Campoy Freire - Pedro Faria - Raul Javales -Rodrigo Cammarosano - Rômulo Provetti - Sandra de Mattos - Silvia Rocha Coelho Lima - Simone Soares - Tarcisio Albuquerque Queiroz - Ziléa Santos Barrilari.
16. Método 2 – a analogia das profissões Concebemos um arquétipo * e utilizamos metáforas , para não reduzir (simplificar) uma realidade que é complexa * representação da realidade
17. O Jogador de Xadrez (Estrategista) O Engenheiro (Estruturador) O Arquiteto (Integrador) O Navegador (Ritmista) O Educador (Facilitador da aprendizagem) O Terapeuta (Agente da Mudança) O Empreendedor (Viabilizador de Ideias) O Político (Articulador) As 9 FACES DO ATIVISTA DA ESTRATÉGIA (o profissional completo, ideal ou como pensam e agem os profissionais de estratégia) O Designer ( Criador de futuros)
18. As 9 FACES DO ATIVISTA DA ESTRATÉGIA pelo artista Cavani Rosas
19. O Jogador de Xadrez (Estrategista) Aquele que integra o pensamento estratégico às ações organizacionais, antecipando movimento de concorrentes, mudanças de caráter geral no mercado ou na sociedade, bem como as transformações organizacionais necessárias para alcance de um posicionamento sustentável de longo prazo. Apóia os principais executivos da organização na construção da visão de futuro, dos cenários, na formulação da estratégia e na identificação de alternativas estratégicas com foco na geração de valor para os stakeholders. Estrategista, visionário, busca compreender bem as regras do jogo, reforça a importância das escolhas, do foco, da busca de um posicionamento competitivo único e de fato diferenciador. É o nosso estrategista em ação.
20.
21. Busca decompor a estratégia em suas partes fundamentais constituintes para aprofundar o entendimento do todo, de forma a garantir a viabilidade da implementação e gestão de ações estratégicas. Vincula a estratégia aos processos e projetos através de uma estruturação lógico-quantitativa que permita uma compreensão das relações e interações entre seus elementos. É o responsável pela tradução da estratégia em termos operacionais e tem o desafio de transformar algo intangível como a estratégia em algo prático, que possa ser executado, medido e acompanhado. O Engenheiro (Estruturador)
22. O Engenheiro decompõe a estratégia em partes Gestão Integrada Mapas Estratégicos Indicadores/Metas Recursos Humanos e Recursos Financeiros Processos Projetos Execução e Controle Portfólio de Projetos e Ações Estrutura Governança Análise do Ambiente Externo Cultura Sistemas
23. Idealiza o sistema de gestão da estratégia da organização, desenhando e integrando a estrutura à estratégia, procurando tornar o sistema resiliente e adaptável o suficiente diante dos contextos de mudança. Concebe a integração dos sistemas estratégicos, táticos e operacionais de gestão, considerando a necessidade de uma visão integrada de planejamento, orçamento, alocação de recursos, avaliação de desempenho e tomada de decisões. Tem como grande desafio desenhar um sistema único e integrado de gestão, que contemple a estratégia, a estrutura e a cultura da organização. É o ativista no desenho de um sistema integrado de gestão. O Arquiteto (Integrador)
24.
25. É o navegador de um rali de automóveis, o equivalente ao “tático” num barco a vela ou o “tocador de bumbo” de uma escola de samba. Possui uma visão conectada com o contexto de atuação da organização, tanto externo (mercado, concorrentes, clientes), como interno (processos, recursos humanos, produtos, capacidades) o que permite gerar orientações e recomendações que subsidiem decisões a partir de uma visão mais ampliada, considerando o curso e ritmo de implementação da estratégia. É o guardião do(s) mapa(s), está sempre analisando as informações (externas e internas) e buscando garantir o rumo planejado e assegurar o ritmo da implementação da estratégia. Apóia as lideranças a tomarem as melhores decisões quando da necessidade de rever o caminho. O Navegador (Ritmista)
26.
27. Promover o Desenvolvimento Sustentável e a Competitividade do Agronegócio em Benefício da Sociedade Brasileira Ser Reconhecido pela Qualidade e Agilidade na Implementação de Políticas e na Prestação de Serviços para o Desenvolvimento Sustentável do Agronegócio
28.
29. Atua como facilitador e mobilizador da organização na direção da estratégia, promovendo a aprendizagem sobre a estratégia, buscando atualização continua do melhor saber e de práticas aplicáveis ao seu contexto. Busca integrar a experiência dos gestores, os novos conhecimentos, gerando reflexões que propiciem mudanças e redirecionamentos estratégicos. Tem o desafio de capacitar e promover a aprendizagem de toda organização nas melhores práticas e competências para a gestão da estratégia. Abre caminho através de um forte senso de missão pessoal e comprometimento com o destino compartilhado com as pessoas, reforçando a comunicação e a necessidade de engajamento de todos os membros. Não se cansa de comunicar e mobilizar a todos O Educador (Facilitador da aprendizagem)
30. Elaboração abordagem de GM para a Sulamérica Disseminação e engajamento via Comunicação 4 90% Falando e Interagindo 75% Falando 50% Vendo e Ouvindo 30% Vendo 20% Ouvindo 10% Lendo Fonte: Johnson & Johnson Retention Study A comunicação face a face é o melhor canal para o entendimento da mensagem (as pessoas retêm a mensagem quando estão...) Somente será possível engajar as pessoas se abrirmos espaço para discussão com a participação efetiva dos líderes
31. Promove o ambiente e as condições necessárias para as mudanças demandadas pela estratégia, criando abertura e estímulo para o diálogo compartilhado, expandindo ou reconstituindo modelos mentais que permitirão a ação renovada. Conduz os participantes na formulação de novas perspectivas e no desenvolvimento de novas hipóteses estratégicas, trabalhando resistências internas de forma a convergir interesses individuais para um comprometimento compartilhado do grupo. Estratégia envolve mudança, este profissional conhece e reconhece a importância de trabalhar o lado soft , porém não menos importante, da implementação da estratégia. O Terapeuta (Agente da Mudança)
32. Entendimento da Mudança Identificação dos Vetores de Mudança 1. Novo Plano Estratégico 2. Mudança de foco em produto para foco em cliente 3. Nova Diretoria Executiva 4. Nova forma de gestão Mudanças Sociais (Novas interações pessoais) Mudanças Técnicas (Novas ferramentas, sistemas ou processos) Invasão de Território (Pessoas que estão acostumadas a fazer as coisas de seu próprio modo) Novas Responsabilidades (Prestação de contas sobre novos desafios) Incertezas ilustrativo Como mitigar os principais geradores de resistência?
33. Está em busca de oportunidades de negócio, empresariando idéias ou projetos que beneficiem clientes ou a sociedade como um todo (o empreendedor social). O empreendedor visualiza espaços de mercado normalmente não ocupados, idealizando formas de preencher este espaço e articulando os meios (pessoas, parceiros, recursos financeiros, infra-estrutura) e trabalhando na implementação do novo “empreendimento”, sempre de forma inventiva, arrojada e persistente. O Empreendedor (Viabilizador de Ideias)
34. valor curto prazo m édio prazo longo prazo ex. 2 anos ex. 4 anos ex. 8 anos neg ócios atuais novos neg ócios Como as organiza ções planejam seu futuro?
35. Ajuda a moldar futuros que façam sentido para as pessoas. O designer ou “design thinker”, que é aquele que pensa e opera como um designer, essencialmente procura trabalhar o enfoque humano da experiência. O “design thinking” é uma alternativa ao pensamento convencional baseado na análise, em que se busca primeiro analisar todas as alternativas primeiro, para depois escolher a melhor alternativa. O designer trabalha na criação (ou cocriação) de estratégias, processos, serviços, modelos de gestão que sejam válidos e, para tanto, realiza um trabalho exploratório que o leva, muitas vezes, a conceber soluções não conhecidas, daí a inovação. A face designer do ativista, também conhecida como “design estratégico” (o locus onde a estratégia/gestão se choca com o design) é considerada hoje uma dos conceitos que mais irão influenciar as práticas de gestão das empresas na próxima década O Designer ( Criador de futuros)
38. heurística mistério algoritmo novos insights descoberta entendimento criação da oportunidade Inspirado por Roger Martin pensamento intuitivo Configuração Análise experimentação O “design thinker” move-se no funil do conhecimento exploração
39. “ Design Thinkers” Fabio Barbosa Design de um novo conceito de banco (Real) sustentável Steve Jobs Design de uma nova experiência de ouvir música (I-Pod) e conectar-se com o mundo (I-Phone). Richard Branson Design de múltiplos negócios sob a bandeira “Virgin”.
40. Contempla os interesses e prioridades individuais, dentro de um processo de negociação com o fim de buscar alinhamento entre as partes passíveis de serem transformadas em ações estratégicas que represente o interesse da organização, trazendo o real sentimento de propriedade e comprometimento. O Político (Articulador)
42. Estrutura individual para Pensar e Agir Visão de Mundo M étodos e Ferramentas Experi ências direciona direciona informa informa Fonte: “Design de Negócios”, Roger Martin
51. As 7 funções do “escritório de gestão da estratégia” Desenvolvimento da estratégia : facilitador do processo de formulação e desenvolvimento de estratégias, é o responsável por coordenar as agendas, fóruns de discussão e instrumentalizar este processo com o melhor das ferramentas existentes. Tradução da estratégia : desdobra a estratégia em objetivos, indicadores e iniciativas concretas, de modo que esta possa ser implementada e acompanhada. Para esta função, o Balanced Scorecard (BSC) tem tido um papel relevante, com uma aplicação crescente. Mas outros modelos, como por exemplo o Gerenciamento Por Diretrizes (GPD), também podem ser usados para esta finalidade.
52. As 7 funções do “escritório de gestão da estratégia” Comunicação da estratégia : na maioria dos casos a área de comunicação da empresa é responsável por ajudar a planejar e executar as ações de comunicação em si. Mas é o escritório de estratégia que tem a responsabilidade de garantir que a estratégia e seu avanço sejam comunicados a todos os funcionários e outros agentes chave da organização. 4) Gestão do portfólio de projetos : a execução da estratégia se dá, em grande parte, por meio da gestão de projetos ou iniciativas estratégicas. Por isso, como dito anteriormente, temos visto mais e mais organizações estruturarem um Escritório de Gestão de Projetos (PMO), para garantir a eficiência e eficácia destes. Por outro lado, o escritório de gestão da estratégia é o responsável pela visão integrada da carteira de projetos, por garantir que estes estejam sempre alinhados à estratégia, balanceados, priorizados, executados segundo o planejado e, o mais importante, atingindo os resultados esperados.
53. As 7 funções do “escritório de gestão da estratégia” 5) Análise da estratégia : Tão importante quanto formular uma boa estratégia é realizar o acompanhamento da sua implementação. O escritório é responsável por definir um calendário de reuniões de análise da estratégia (RAEs), garantir a atualização e consolidação dos dados dos indicadores e projetos, preparar relatórios e análises dos desvios, facilitar estas reuniões com a liderança, e ainda consolidar as decisões e garantir a comunicação destas à todos os envolvidos. 6) Inteligência competitiva : Muitas organizações buscam estruturar uma área de inteligência, para antecipar-se e trabalhar bem com as variáveis exógenas ao negócio. Coordenar esta contínua análise do ambiente externo (tendências macroeconômicas, sociais, tecnológicas, informações sobre os consumidores e concorrentes, etc.) é um grande desafio, e de enorme valia para uma boa análise da estratégia. 7) Novos Negócios : Temos visto que em algumas organizações a unidade responsável pela gestão da estratégia também é responsável pelo desenvolvimento de novos negócios, ou ainda Fusões & Aquisições.