2. Política e participação
Atualmente, a palavra “Política” é empregada em
sentido estrito.
Pode ser o quadro institucional integrante do Estado,
os partidos políticos, as eleições, aos políticos e a
participação dos cidadãos, através de eleições.
Segundo tal situação, temos uma avaliação
contraditória da política.
- Mesmo quando apresenta problemas (corrupção ou
autoritarismo), o Estado é tido como um mal
necessário que nos garante setores essenciais, como
educação, saúde, segurança, infraestrutura.
3. A participação política
Nem sempre foi como é hoje! Na Grécia Antiga, onde
a Filosofia Política surgiu, a situação era diferente.
Na Pólis, todos os cidadãos eram envolvidos em
assuntos de interesse comum, tornando a prática
política, algo cotidiano e corriqueiro.
Porém, existia a exclusão de alguns grupos: escravos,
mulheres e estrangeiros, que não eram considerados
cidadãos.
A política sempre esteve no
centro das discussões filosóficas
e foi muitas vezes associada
às questões éticas.
4. Platão
Quando Platão se mudou para Siracusa, viu a
oportunidade de colocar em prática suas ideias
políticas.
Concepção política de Platão Em seu livro, “A
República”, apresentou sua teoria do conhecimento,
com destaque para a importação da educação e da
formação do filósofo.
Depois, reforçou este conceito na “Alegoria da
Caverna”, onde afirmou a necessidade de empregar
os filósofos no governo da cidade.
Para elucidar seu pensamento e descrever o Estado
ideal, Platão utilizou a metáfora do corpo humano.
5. Cabeça, peito e ventre
Essas partes do corpo expressam virtudes:
- A Razão (Cabeça) é a fonte da sabedoria.
- A Vontade (Peito) resulta em coragem.
- O Desejo (Ventre), que deve ser controlado, implica
moderação.
Em seguida, Platão descreveu o Estado perfeito como
aquele em que existe três categorias de cidadãos:
- Os Governantes, que devem ser os filósofos, amantes
do conhecimento, representam a sabedoria.
- Os Guerreiros, protetores da cidade, correspondem à
coragem.
- Os Trabalhadores, que sustentam a cidade,
correspondem à moderação.
6. Organização da cidade justa...
Exigiria que algumas instituições fossem
total ou parcialmente transformadas, como a
propriedade, a família, a educação, entre
outras coisas.
Para ele, nem todos alcançariam o último
estágio da educação, destinado à formação
de filósofos.
Estes, por sua vez, governariam a Pólis.
A visão política de Platão é Ética, uma vez
que tem como princípio fazer o bem, algo
que depende da virtude dos governantes.
7. Aristóteles
Para ele, todas as coisas têm uma finalidade,
inclusive a política. A finalidade da política é
proporcionar, ao mesmo tempo, justiça e felicidade,
como um prolongamento da Ética (Ler 2º parágrafo
da p. 44).
Afirmou que é da natureza do ser humano viver em
sociedade (“O homem é um animal político”).
Existência da Pólis = Não é algo artificial, e sim,
natural, onde são estabelecidas relações de
Amizade, que ocorre quando os seres humanos
desejam o bem mutuamente, de forma espontânea.
- Resumindo A amizade se funda no desinteresse.
Segundo ele: “sem amigos, ninguém escolheria
viver”.
- Amizade e justiça são indissociáveis.
8. A justiça...
Resulta de atos voluntários e depende da consciência
do indivíduo.
Qualidade da vida no lugar = qualidade moral do
cidadão.
Ações morais vida virtuosa do cidadão, que leva à
autonomia e autossuficiência.
Governo dos cidadãos = Interesse pelo bem comum.
Para ele, há três formas de governo:
Monarquia governo de um só.
Aristocracia governo de um grupo.
Democracia governo do povo.
9. Quando corrompidas...
A Monarquia vira Tirania, a
Aristocracia se transforma em
Oligarquia e a Democracia se torna
Demagogia.
Fiel à sua proposta de Justa
Medida, Aristóteles preferia um
regime moderado, a POLITÉIA, em
que o governo estaria nas mãos dos
melhores cidadãos, ou seja, dos
que ocupam uma posição
intermediária entre ricos e pobres!