O documento descreve a história do movimento operário no Brasil desde o início do século XX até os dias atuais. Dividiu-se em três fases principais: 1) de 1910 a 1917, com tendências trabalhistas e anarcossindicalistas; 2) de 1917 a 1930, com crescimento do comunismo; 3) a partir de 1930, com maior enfoque nas posições trabalhistas e declínio do comunismo. O documento também discute a organização dos trabalhadores, greves, repressão do governo e conquistas legislativas.
2. CARÁTER INTERNACIONAL DAS
MANIFESTAÇÕES OPERÁRIAS
Expansão Industrial (Século XIX) Articulação e a
eclosão do Movimento Operário, que devido às
péssimas condições de trabalho, combatem o
Capitalismo e propõe novas formas de viver e de se
organizar socialmente.
Ausência de Direitos Trabalhistas: organização do
Internacionalismo, que divide o mundo entre
“exploradores” e “explorados”, onde ocorreria a
derrubada do Capitalismo e o mundo se dirigindo à
uma sociedade igualitária.
Contra este Internacionalismo, havia a ideologia
nacionalista do século XIX, que pretendia esvaziar a
luta entre “exploradores” e “explorados”, a luta de
classes.
3. INÍCIO DO SÉCULO XX NO BRASIL
Concentração de operários nas grandes cidades.
Os principais organizadores do movimento eram os
Imigrantes Europeus, que lentamente, o movimento
operário começou a se organizar, na luta por seus direitos,
utilizando para isso, o anarquismo e o socialismo.
Até 1920 Prevalecem duas tendências: os trabalhistas e
os anarcossindicalistas, esta última de caráter mais radical.
Relações com as autoridades: repressão e violência.
Autoridades sindicais = não eram reconhecidas.
1906 Organização do Primeiro Movimento Operário. Em
defesa de seus interesses, os trabalhadores lançavam mão
de sua principal arma: a greve.
Como resposta e para conter a situação e evitar
manifestações, o governo aprovou a Lei Adolfo Gordo, que
autorizava a expulsão de estrangeiros que perturbassem a
ordem pública.
O auge do movimento operário foi em 1917, quando
aconteceu a maior greve até então promovida.
4. A DÉCADA DE 1920
Apesar da repressão, são aprovadas algumas
conquistas: leis sobre acidente de trabalho, férias,
trabalho de menores, entre outros.
1920 2° Congresso Operário, onde a classe
operária decide pela criação do Partido Comunista
Brasileiro, que só ocorreria de fato, em 1922.
Os socialistas defendiam: jornada de oito horas,
salário mínimo, entre outras coisas.
Apesar de organizar o Conselho Nacional do
Trabalho, em 1923, com a função de apresentar
estudos sobre a questão trabalhista.
Vitória da Revolução de 1930: Aprovada uma
extensa Legislação Trabalhista, consolidando o papel
do Estado como mediador das relações entre o
capital e o trabalho.
5. PERIODIZAÇÃO DO MOVIMENTO OPERÁRIO
Durante a I Guerra Início do processo de
substituição das importações. Podemos dividir
o movimento operário em:
1ª fase 1910 - 1917 Tendências:
Trabalhistas/anarcossindicalistas
2ª fase 1917 – 1930 Tendências: trabalhistas,
anarquistas e comunistas
3ª fase 1930 - Hoje Crescimento das posições
trabalhistas e esvaziamento dos
comunistas
6. 1ª FASE: TRABALHISTAS/ANARCOSSINDICALISTAS
Os Trabalhistas defendiam que os
trabalhadores nada tinham “a ver com a
política” e por isso, trocavam-se votos por
favores políticos. Era forte entre os
Servidores Públicos e os Portuários.
Anarcossindicalismo eram contrários
ao Capitalismo, propondo uma
sociedade sem classes, sem partidos e
sem Estado. Colocam-se contra a “ação
política” e propõem a “ação direta”.
Foram os responsáveis pela Greve Geral
de 1917.
7. 2ª FASE:TRABALHISTAS/ANARQUISTAS/COMUNISTAS
Depois da Revolução Russa Os Anarquistas
ficaram empolgados com a vitória de 1917, mas
com o caráter anti-anarquista da Revolução
Russa, passou a assumir uma postura
antissoviética, antibolchevista e antiestalinista.
1922 = Organização do Partido Comunista do
Brasil, que levaria o Brasil ao comunismo através
da revolução, que destruiria o sistema capitalista.
Principais lideranças: José Oiticica, Edgar
Leuenroth, Everardo Dias, Astrojildo Pereira, Agildo
Barata e Luis Carlos Prestes.
8. 3ª FASE – DE 1930 ATÉ OS DIAS DE HOJE
Após 1930, houve um crescimento das posições
trabalhistas e esvaziamento dos comunistas.
GV utilizou das lutas operárias para aprovar uma
extensão legislação trabalhista.
O Estado aparece como o mediador da relações
Capital-Trabalho.
Os Sindicatos são corporações que recebem
“contribuição social”, que é obrigatória, e atuam
como geradores de empregos, grupos de
pressão e “aparelhos” de partidos políticos.