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Artrite Reumatoide
Conceito
A Artrite Reumatoide é uma doença crônica, inflamatória, cuja principal
característica é a inflamação das articulações (juntas), embora outros
órgãos também possam estar comprometidos. A AR é uma doença
autoimune, ou seja, é uma condição em que o sistema imunológico, que
normalmente defende o nosso corpo de infecções (vírus e bactérias),
passa a atacar o pró- prio organismo (no caso, o tecido que envolve as
articulações, conhecido como sinóvia). A inflamação persistente das
articulações, se não tratada de forma adequada, pode levar à destruição
das juntas, o que ocasiona deformidades e limitações para o trabalho e
para as atividades da vida diária.(Comissão de Artrite Reumatoide,
2011)
Fisiopatologia
Inicialmente, há uma atividade auto-imune voltada contra a membrana
sinovial, gerando sinovite, com aumento do líquido sinovial e proliferação
do tecido da membrana, levando à formação do “pannus”. Ocorre, então,
uma intensa migração e ativação de linfócitos B e de macrófagos, com
grande produção de diversas citocinas, em especial o TNF-alfa,
determinando a perpetuação do processo inflamatório sinovial com
expansão progressiva do pannus. O processo acaba se expandindo
para os tecidos próximos, gerando erosão da cartilagem articular e do
osso subcondral. Os linfócitos B se transformam em plasmócitos e
passam a secretar diversos anticorpos, entre eles o fator reumatóide, um
auto-anticorpo da classe IgM que reconhece a porção Fc dos anticorpos
IgG, formando complexos imunes. Por fim, as quimiocinas liberadas
acabam por atrair também neutrófilos que se acumulam no líquido
sinovial, gerando um derrame articular muito característico, com glicose
muito baixa e predomínio de
polimorfonucleares.(Moreirajr.com.br/revistas.asp?id)
Etiologia
Apesar do aparecimento da Artrite Reumatoide ser de causa
desconhecida, outros vários fatores, os quais incluem predisposição
genética, exposição a fatores ambientais e possivelmente infecções
estão relacionados ao surgimento da doença. A causa mais importante é
a tendência genética, e acredita-se que alguns genes possam interagir
com os outros fatores causais da doença. Apesar desse conhecimento,
sabe-se que alguns pacientes com a doença não apresentam estes
genes e a presença destes genes não significa que a doença irá sempre
aparecer. Além dos fatores genéticos, inúmeros vírus e bactérias foram
investigados como sendo possíveis causadores da doença, o que não
foi confirmado até o momento. Infecções periodontais podem predispor
ao aparecimento da doença, ainda que estes novos conhecimentos
precisem ser confirmados. Ainda em relação à causa, é sabido que
pessoas que fumam têm grande risco de desenvolver a doença, a qual
pode mesmo ocorrer com fumantes passivos. Outros fatores de
exposição ambiental como os poluentes do tipo sílica também podem
predispor à doença. Fatores hormonais também estão relacionados com
Artrite Reumatoide e isto justifica o fato de a doença ocorrer três vezes
mais em mulheres e apresentar melhora clínica no período da gestação.
(LAURINDO, 2008; SBR)
Quadro Clínico
O quadro clínico mais visto é caracterizado por artrite nos dois lados do
corpo, principalmente nas mãos, nos punhos e pés, que vai evoluindo
para articulações maiores e mais centrais como cotovelos, ombros,
tornozelos, joelhos e quadris.
O paciente apresenta-se com imobilidade e os sinais cardinais da
inflamação: dor, calor, rubor e edema, rigidez matinal com duração de
ao menos uma hora, edema de tecidos moles de três ou mais áreas
articulares, edemas das articulações interfalangeanas proximais,
metacarpofalangeanas ou do punho, edemas simétricos, fadiga,
osteopenia periarticular nas articulações da mão ou punho. A artrite
reumatoide não atinge só as articulações, mas também pode inflamar os
vasos, olhos, pulmões, o coração e o sistema nervoso (manifestações
extra articulares). As manifestações extra articulares correlacionam-se
com pior prognóstico.
(KULKAMP, et al. 2009; SILVA, et al. 2010; Google Imagens)
Diagnóstico
O é clínico, ou seja, baseia-se na história clínica e no exame físico feito
pelo médico. Mas alguns exames complementares, de sangue ou de
imagem, podem ser úteis, incluindo as provas que medem a atividade
inflamatória, o fator reumatoide, o anticorpo antipeptídeos citrulinados
cíclicos (anti-CCP), radiografias das articulações acometidas e,
eventualmente, ultrassonografia ou ressonância das juntas, em caso de
dúvida. Outros exames podem ser necessários para afastar outras
doenças, dependendo de cada caso.(SBR, 2011; LAURINDO, 2008)
Tratamento Médico
O maior objetivo é o alívio rápido e efetivo dos sintomas, particularmente
nos pacientes acima de 70 anos e melhora do estado inflamatório. Mas
a indução de remissão é o alvo do tratamento, evitando a progressão da
doença, a destruição articular e consequente futura perda funcional. Em
alguns casos, pode-se realizar uma artroplastia. Os medicamentos que
controlam a doença são os que regulam essa autoimunidade exagerada,
diminuindo a inflamação e suas consequências para as juntas e outros
órgãos. São da classe dos imunossupressores que funcionam muito
mais como reguladores do sistema imunitário. Hoje, sabe-se que, quanto
antes iniciado o uso desses medicamentos específicos, maior e melhor é
a resposta. Embora o tratamento precoce seja, logicamente, mais eficaz
em controlar e prevenir as sequelas da doença, tratando em qualquer
momento consegue-se melhorar significativamente a inflamação e,
portanto, a qualidade de vida dos pacientes.
O reumatologista, durante as consultas regulares, irá controlar a
atividade da Artrite Reumatoide e, também, prevenir ou tratar o
acometimento de outros órgãos, caso aconteça.
Tratamento Fisioterapêutico
Consiste em avaliar a dor, combater o processo inflamatório, preservar a
amplitude articular e a atividade muscular, prevenir deformidades,
promover o bem-estar físico, psíquico e social, assim como melhorar a
qualidade de vida dos pacientes.
Recursos eletroterapêuticos são ultilizados como: terapias manuais
(mobilização articular e massagem), agentes eletrofísicos (diatermia,
ultrassom, estimulação elétrica transcutânea, laser), termoterapia (calor
úmido, gelo, parafina), exercícios supervisionados. A Hidroterapia é
também uma das modalidades terapêuticas muito utilizadas nos doentes
com artrite reumatóide. O condicionamento físico, envolvendo atividade
aeróbica, exercícios resistidos, alongamentos e relaxamento, deve ser
estimulado observando-se os critérios de tolerância ao exercício e à
fadiga.
(SILVA, et. al 2010)

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  • 1. Artrite Reumatoide Conceito A Artrite Reumatoide é uma doença crônica, inflamatória, cuja principal característica é a inflamação das articulações (juntas), embora outros órgãos também possam estar comprometidos. A AR é uma doença autoimune, ou seja, é uma condição em que o sistema imunológico, que normalmente defende o nosso corpo de infecções (vírus e bactérias), passa a atacar o pró- prio organismo (no caso, o tecido que envolve as articulações, conhecido como sinóvia). A inflamação persistente das articulações, se não tratada de forma adequada, pode levar à destruição das juntas, o que ocasiona deformidades e limitações para o trabalho e para as atividades da vida diária.(Comissão de Artrite Reumatoide, 2011) Fisiopatologia Inicialmente, há uma atividade auto-imune voltada contra a membrana sinovial, gerando sinovite, com aumento do líquido sinovial e proliferação do tecido da membrana, levando à formação do “pannus”. Ocorre, então, uma intensa migração e ativação de linfócitos B e de macrófagos, com grande produção de diversas citocinas, em especial o TNF-alfa, determinando a perpetuação do processo inflamatório sinovial com expansão progressiva do pannus. O processo acaba se expandindo para os tecidos próximos, gerando erosão da cartilagem articular e do osso subcondral. Os linfócitos B se transformam em plasmócitos e passam a secretar diversos anticorpos, entre eles o fator reumatóide, um auto-anticorpo da classe IgM que reconhece a porção Fc dos anticorpos IgG, formando complexos imunes. Por fim, as quimiocinas liberadas acabam por atrair também neutrófilos que se acumulam no líquido sinovial, gerando um derrame articular muito característico, com glicose muito baixa e predomínio de polimorfonucleares.(Moreirajr.com.br/revistas.asp?id) Etiologia Apesar do aparecimento da Artrite Reumatoide ser de causa desconhecida, outros vários fatores, os quais incluem predisposição genética, exposição a fatores ambientais e possivelmente infecções estão relacionados ao surgimento da doença. A causa mais importante é a tendência genética, e acredita-se que alguns genes possam interagir com os outros fatores causais da doença. Apesar desse conhecimento, sabe-se que alguns pacientes com a doença não apresentam estes genes e a presença destes genes não significa que a doença irá sempre aparecer. Além dos fatores genéticos, inúmeros vírus e bactérias foram investigados como sendo possíveis causadores da doença, o que não
  • 2. foi confirmado até o momento. Infecções periodontais podem predispor ao aparecimento da doença, ainda que estes novos conhecimentos precisem ser confirmados. Ainda em relação à causa, é sabido que pessoas que fumam têm grande risco de desenvolver a doença, a qual pode mesmo ocorrer com fumantes passivos. Outros fatores de exposição ambiental como os poluentes do tipo sílica também podem predispor à doença. Fatores hormonais também estão relacionados com Artrite Reumatoide e isto justifica o fato de a doença ocorrer três vezes mais em mulheres e apresentar melhora clínica no período da gestação. (LAURINDO, 2008; SBR) Quadro Clínico O quadro clínico mais visto é caracterizado por artrite nos dois lados do corpo, principalmente nas mãos, nos punhos e pés, que vai evoluindo para articulações maiores e mais centrais como cotovelos, ombros, tornozelos, joelhos e quadris. O paciente apresenta-se com imobilidade e os sinais cardinais da inflamação: dor, calor, rubor e edema, rigidez matinal com duração de ao menos uma hora, edema de tecidos moles de três ou mais áreas articulares, edemas das articulações interfalangeanas proximais, metacarpofalangeanas ou do punho, edemas simétricos, fadiga, osteopenia periarticular nas articulações da mão ou punho. A artrite reumatoide não atinge só as articulações, mas também pode inflamar os vasos, olhos, pulmões, o coração e o sistema nervoso (manifestações extra articulares). As manifestações extra articulares correlacionam-se com pior prognóstico. (KULKAMP, et al. 2009; SILVA, et al. 2010; Google Imagens) Diagnóstico O é clínico, ou seja, baseia-se na história clínica e no exame físico feito pelo médico. Mas alguns exames complementares, de sangue ou de imagem, podem ser úteis, incluindo as provas que medem a atividade inflamatória, o fator reumatoide, o anticorpo antipeptídeos citrulinados cíclicos (anti-CCP), radiografias das articulações acometidas e,
  • 3. eventualmente, ultrassonografia ou ressonância das juntas, em caso de dúvida. Outros exames podem ser necessários para afastar outras doenças, dependendo de cada caso.(SBR, 2011; LAURINDO, 2008) Tratamento Médico O maior objetivo é o alívio rápido e efetivo dos sintomas, particularmente nos pacientes acima de 70 anos e melhora do estado inflamatório. Mas a indução de remissão é o alvo do tratamento, evitando a progressão da doença, a destruição articular e consequente futura perda funcional. Em alguns casos, pode-se realizar uma artroplastia. Os medicamentos que controlam a doença são os que regulam essa autoimunidade exagerada, diminuindo a inflamação e suas consequências para as juntas e outros órgãos. São da classe dos imunossupressores que funcionam muito mais como reguladores do sistema imunitário. Hoje, sabe-se que, quanto antes iniciado o uso desses medicamentos específicos, maior e melhor é a resposta. Embora o tratamento precoce seja, logicamente, mais eficaz em controlar e prevenir as sequelas da doença, tratando em qualquer momento consegue-se melhorar significativamente a inflamação e, portanto, a qualidade de vida dos pacientes. O reumatologista, durante as consultas regulares, irá controlar a atividade da Artrite Reumatoide e, também, prevenir ou tratar o acometimento de outros órgãos, caso aconteça. Tratamento Fisioterapêutico Consiste em avaliar a dor, combater o processo inflamatório, preservar a amplitude articular e a atividade muscular, prevenir deformidades, promover o bem-estar físico, psíquico e social, assim como melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Recursos eletroterapêuticos são ultilizados como: terapias manuais (mobilização articular e massagem), agentes eletrofísicos (diatermia, ultrassom, estimulação elétrica transcutânea, laser), termoterapia (calor úmido, gelo, parafina), exercícios supervisionados. A Hidroterapia é também uma das modalidades terapêuticas muito utilizadas nos doentes com artrite reumatóide. O condicionamento físico, envolvendo atividade aeróbica, exercícios resistidos, alongamentos e relaxamento, deve ser estimulado observando-se os critérios de tolerância ao exercício e à fadiga. (SILVA, et. al 2010)