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Relações entre leitura, letramento, identidade
e o papel da biblioteca escolar
Vanessa Levati Biff
Programa de Pós-Graduação em Educação
Disciplina: Tópicos Especiais em Letramentos
Profa. Dra. Veronice Camargo da Silva
Objetivos
• Estabelecer relações entre leitura, letramento e
construção de identidade.
• Situar a biblioteca escolar como arena de aprendizagem
diferenciada, por meio do qual os alunos podem estar
inseridos em contextos sociais, linguísticos, históricos,
culturais e de gênero muito diversos
A escola, uma das mais importantes agências de
letramento, determina e legitima práticas de leitura num
contexto que pouco tem efetivamente contribuído com a
formação de leitores.
Modelo de
letramento autônomo
Modelo de
letramento ideológico
Foca-se no desenvolvimento de capacidades
cognitivas desassociado do contexto social
do aluno.
Reduz a leitura à mera habilidade de
decodificação do código escrito ou a uma
ação objetificada de cunho estritamente
didático.
(STREET, 2014; KLEIMAN, 1995)
Foca-se em um trabalho pedagógico que
possibilite ao aluno constituir-se como
intérprete do que chega a suas mãos para
ler, o que significa considerar que os
aspectos cognitivos da leitura sejam
significados na sua relação com o contexto
cultural, histórico e social em que as pessoas
estão inseridas.
(STREET, 2014; KLEIMAN, 1995)
Reconhecer as práticas de letramento como sociais levou
muitos teóricos a reconhecer que as identidades das
pessoas são mediadoras e mediadas pelos textos que lêem,
escrevem e falam.
Hall (2005)
A construção da identidade ocorre
através de processos contínuos de
identificação, sendo definida
historicamente, e não biologicamente
Bakhtin (2002)
A interação é um instrumento mediador
dos processos de identificação dos
sujeitos sociais envolvidos numa
prática social.
Assim, falar de identidade é, obrigatoriamente, estabelecer relações com o
nível de letramento de cada sujeito que, por sua vez, constitui e é constituído
através da interação pela linguagem, sendo a leitura uma dessas interações
sociais possíveis.
Diante deste contexto, destaco a importância de questionar
a própria concepção de leitura, bem como os próprios
textos com a qual professores e alunos trabalham, já que
estes determinam, em parte, como estamos construindo os
outros e como estamos sendo construídos.
Nesse caso mais específico,
poderíamos citar a forma
como os professores, por
meio de suas práticas,
reforçam ou não a cultura
dominante, a partir da
escolha dos textos
trabalhados.
Apesar da crescente evidência de que a identidade, de que o
contexto cultural, social e histórico do leitor é importante, há
pouca discussão sobre as identidades letradas dos alunos
dentro do contexto escolar.
• Valorizar o conhecimento de mundo
trazido pelo aluno;
• Favorecer o protagonismo leitor
• Os textos trabalhados devem ser
realmente significativos para os
alunos, pois o sentido do texto é
regulado pelo contexto em que está
inserido.
Considerar a escola como um espaço significativo para o
leitor em formação, acredito que uma das suas funções seja
o de ampliar essa bagagem de experiências prévias,
construindo e aprofundando conhecimentos sobre as
diferentes linguagens, bem como em diferentes contextos.
Textos de natureza diversa, apresentados em diferentes
suportes, devem ser disponibilizados aos leitores em
formação, a fim de que possam acionar, a cada leitura, o
tipo de leitor existente em si, capaz de dar conta das
instâncias de compreensão, interpretação, apropriação,
circulando na variedade das linguagens e das manifestações
culturais.
Biblioteca escolar
• Recursos complexos e múltiplos
de bibliotecas podem
potencialmente envolver alunos
em contextos sociais,
linguísticos, históricos, culturais
e de gênero muito diversos.
• Proporciona acessa a diferentes apresentações do
conhecimento produzido pela humanidade do modo mais
igualitário possível.
• São arenas de aprendizagem diferenciadas e
constituem-se como locais de diálogo, interação social, e
por tanto, de eventos de letramento.
Biblioteca escolar
Quando os alunos conseguem ler livros da biblioteca de sua
própria escolha, todos podem ser incluídos nos mesmos
eventos de letramento, independentemente de formação
linguística e contexto social.
Biblioteca escolar
Penso que, desde que admitamos que não há boas e más
maneiras de ler, as bibliotecas, sem dúvida, continuarão a
ser importantes atores no desenvolvimento da leitura e,
respectivamente, de sua identidade, pois assim como afirma
Silveira (20014) ao intermediar o contato entre os sujeitos
e os diferentes códigos, sentidos e universos simbólicos
que perpassam a realidade concreta de suas vidas, as
bibliotecas propiciam a cada agente inscrito neste
processo, que é interacional por natureza, a capacidade de
ampliar e (re)elaborar compreensões a respeito do
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Referência
BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. 10. ed. São Paulo, Hucitec, 2002.
FISCHER, Adriana. Letramento acadêmico: uma perspectiva portuguesa. Acta Sci. Lang. Cult. Maringá, v. 30, n.
2, p. 177-187, 2008
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 10.ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2005.
KLEIMAN, Angela. Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita.
Campinas: Mercado das letras, 1995.
LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. 5.ed. São Paulo: Ática, 2000
LERNER, Délia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre: Artmed, 2002.
PETIT, Michèle. A arte de ler ou como resistir à adversidade. São Paulo: Editora 34, 2009.
SILVEIRA, Fabrício José Nascimento da. Biblioteca pública e identidade: percepções intersubjetivas enraizadas
em torno da Luiz de Bessa. Perspect. ciênc. inf. [online]. 2014, vol.19, n.spe, p.129-150. Disponível em:
<http://dx.doi.org/10.1590/1981-5344/2283.> Acesso em 17 out. 2018.
STREET, Brian. Letramentos sociais: abordagens críticas do letramento no desenvolvimento, na etnografia e na
educação. São Paulo: Parábola, 2014

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Relações entre leitura, letramento e identidade na biblioteca escolar

  • 1. Relações entre leitura, letramento, identidade e o papel da biblioteca escolar Vanessa Levati Biff Programa de Pós-Graduação em Educação Disciplina: Tópicos Especiais em Letramentos Profa. Dra. Veronice Camargo da Silva
  • 2. Objetivos • Estabelecer relações entre leitura, letramento e construção de identidade. • Situar a biblioteca escolar como arena de aprendizagem diferenciada, por meio do qual os alunos podem estar inseridos em contextos sociais, linguísticos, históricos, culturais e de gênero muito diversos
  • 3. A escola, uma das mais importantes agências de letramento, determina e legitima práticas de leitura num contexto que pouco tem efetivamente contribuído com a formação de leitores.
  • 4. Modelo de letramento autônomo Modelo de letramento ideológico Foca-se no desenvolvimento de capacidades cognitivas desassociado do contexto social do aluno. Reduz a leitura à mera habilidade de decodificação do código escrito ou a uma ação objetificada de cunho estritamente didático. (STREET, 2014; KLEIMAN, 1995) Foca-se em um trabalho pedagógico que possibilite ao aluno constituir-se como intérprete do que chega a suas mãos para ler, o que significa considerar que os aspectos cognitivos da leitura sejam significados na sua relação com o contexto cultural, histórico e social em que as pessoas estão inseridas. (STREET, 2014; KLEIMAN, 1995)
  • 5. Reconhecer as práticas de letramento como sociais levou muitos teóricos a reconhecer que as identidades das pessoas são mediadoras e mediadas pelos textos que lêem, escrevem e falam. Hall (2005) A construção da identidade ocorre através de processos contínuos de identificação, sendo definida historicamente, e não biologicamente Bakhtin (2002) A interação é um instrumento mediador dos processos de identificação dos sujeitos sociais envolvidos numa prática social. Assim, falar de identidade é, obrigatoriamente, estabelecer relações com o nível de letramento de cada sujeito que, por sua vez, constitui e é constituído através da interação pela linguagem, sendo a leitura uma dessas interações sociais possíveis.
  • 6. Diante deste contexto, destaco a importância de questionar a própria concepção de leitura, bem como os próprios textos com a qual professores e alunos trabalham, já que estes determinam, em parte, como estamos construindo os outros e como estamos sendo construídos. Nesse caso mais específico, poderíamos citar a forma como os professores, por meio de suas práticas, reforçam ou não a cultura dominante, a partir da escolha dos textos trabalhados.
  • 7. Apesar da crescente evidência de que a identidade, de que o contexto cultural, social e histórico do leitor é importante, há pouca discussão sobre as identidades letradas dos alunos dentro do contexto escolar. • Valorizar o conhecimento de mundo trazido pelo aluno; • Favorecer o protagonismo leitor • Os textos trabalhados devem ser realmente significativos para os alunos, pois o sentido do texto é regulado pelo contexto em que está inserido.
  • 8. Considerar a escola como um espaço significativo para o leitor em formação, acredito que uma das suas funções seja o de ampliar essa bagagem de experiências prévias, construindo e aprofundando conhecimentos sobre as diferentes linguagens, bem como em diferentes contextos. Textos de natureza diversa, apresentados em diferentes suportes, devem ser disponibilizados aos leitores em formação, a fim de que possam acionar, a cada leitura, o tipo de leitor existente em si, capaz de dar conta das instâncias de compreensão, interpretação, apropriação, circulando na variedade das linguagens e das manifestações culturais.
  • 9. Biblioteca escolar • Recursos complexos e múltiplos de bibliotecas podem potencialmente envolver alunos em contextos sociais, linguísticos, históricos, culturais e de gênero muito diversos. • Proporciona acessa a diferentes apresentações do conhecimento produzido pela humanidade do modo mais igualitário possível. • São arenas de aprendizagem diferenciadas e constituem-se como locais de diálogo, interação social, e por tanto, de eventos de letramento.
  • 10. Biblioteca escolar Quando os alunos conseguem ler livros da biblioteca de sua própria escolha, todos podem ser incluídos nos mesmos eventos de letramento, independentemente de formação linguística e contexto social.
  • 11. Biblioteca escolar Penso que, desde que admitamos que não há boas e más maneiras de ler, as bibliotecas, sem dúvida, continuarão a ser importantes atores no desenvolvimento da leitura e, respectivamente, de sua identidade, pois assim como afirma Silveira (20014) ao intermediar o contato entre os sujeitos e os diferentes códigos, sentidos e universos simbólicos que perpassam a realidade concreta de suas vidas, as bibliotecas propiciam a cada agente inscrito neste processo, que é interacional por natureza, a capacidade de ampliar e (re)elaborar compreensões a respeito do mundo e da própria existência.
  • 12. Referência BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. 10. ed. São Paulo, Hucitec, 2002. FISCHER, Adriana. Letramento acadêmico: uma perspectiva portuguesa. Acta Sci. Lang. Cult. Maringá, v. 30, n. 2, p. 177-187, 2008 HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 10.ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2005. KLEIMAN, Angela. Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita. Campinas: Mercado das letras, 1995. LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. 5.ed. São Paulo: Ática, 2000 LERNER, Délia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre: Artmed, 2002. PETIT, Michèle. A arte de ler ou como resistir à adversidade. São Paulo: Editora 34, 2009. SILVEIRA, Fabrício José Nascimento da. Biblioteca pública e identidade: percepções intersubjetivas enraizadas em torno da Luiz de Bessa. Perspect. ciênc. inf. [online]. 2014, vol.19, n.spe, p.129-150. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/1981-5344/2283.> Acesso em 17 out. 2018. STREET, Brian. Letramentos sociais: abordagens críticas do letramento no desenvolvimento, na etnografia e na educação. São Paulo: Parábola, 2014