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BIBLIOGRAFIA
Professor – Rubens Fagner
R. Cap. Manoel Caetano, 223 - Centro, Mogi das Cruzes - SP
LERNER, Delia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário.
1ª Edição – Porto Alegre, Artmed, 2002
Ensinar a ler e escrever é um desafio que transcende amplamente a
alfabetização em sentido estrito.
O desafio da escola hoje é o de incorporar todos os alunos a cultura do
escrito e o de conseguir que todos cheguem a ser leitores e escritores.
“A escola necessita de transformações profundas no que concerne ao
aprendizado da leitura e da escrita”.
Primeiro passo: compreensão profunda de seus problemas e
necessidades, para que então seja possível falar de suas possibilidades
DIFICULDADES - Contradição
Estruturação ATUAL do ensino: ler e escrever na escola tem finalidade
puramente didática - transmissão de saberes e comportamentos
culturais (função acumulativa)
DIFICULDADES
Privilégio do aspecto ortográfico sobre os interpretativos do ato de ler,
Sistema de avaliação, onde cabe somente ao docente o direito e o poder
de avaliar, não propicia ao aluno a oportunidade de autocorreção e
reflexão - autonomia intelectual.
O necessário é
• Fazer da escola um âmbito onde a leitura e a escrita sejam práticas vivas e
vitais, onde ler e escrever sejam instrumentos poderosos que
permitem repensar o mundo e reorganizar o próprio pensamento,
onde interpretar e produzir textos sejam direitos;
• Construir uma comunidade de leitores na Escola;
• Preservar na escola o sentido que a leitura e a escrita têm como práticas
sociais.
O real é:
Levar à prática o necessário é uma tarefa difícil para a escola. É por isso que,
antes de formular soluções, antes de desdobrar o possível é preciso analisar as
dificuldades.
Dificuldades:
Historicamente, leitura e escrita sempre foram práticas aristocráticas e de certo
modo continuam sendo, patrimônio de certos grupos mais que de outros
Pontos de tensão
* tensão existente na escola entre a tendência à mudança e a tendência à
conservação
*tensão entre a função explícita de democratizar o conhecimento e a função
implícita de reproduzir a ordem social estabelecida.
•Paradoxos - Se a escola ensina ler e escrever com o único propósito de que os
alunos aprendam a fazê-lo, eles não aprenderão a função social da leitura e da
escrita. Se a escola abandona os propósitos didáticos e assume os da prática
social, estará abandonando ao mesmo tempo a sua função ensinante.
O possível diante das dificuldades, tensões e paradoxos:
• esforço de conciliação das necessidades inerentes à instituição escolar com
o propósito educativo de formar leitores e escritores.
• gerar condições didáticas que permitam por em cena uma visão escolar da
leitura e da escrita mais próxima da versão social (não escolar) dessas
práticas iniciando por formular como conteúdos as tarefas do leitor e do
escritor:
Caminhos
Fazer antecipações sobre o sentido do texto que se está lendo e tentar verificá-
las recorrendo à informação visual, discutir diversas interpretações acerca de
um mesmo material, comentar o que se leu e compará-lo com outras obras
do mesmo e outro autor. Recomendar livros, compartilhar leituras com
outros, atrever-se a ler textos difíceis, tomar notas, planejar o que vai
escrever, modificar o plano enquanto escreve, revisar, fazer modificações...
É possível para a realização de uma versão escolar
• Atuar em diferentes áreas através dos diferentes gêneros do discurso, então
trabalhar com projetos que levem em consideração situações reais e resolução
de problemas com finalidade compartilhada entre toda a escola, como: gravar
uma fita de poemas para outras crianças, por exemplo, dá sentido ao
aperfeiçoamento da leitura em voz alta, preparar uma carta para protestar
sobre algum fato, permitirá aprender a “escrever para protestar”, quando se
está envolvido numa situação autêntica. Essa modalidade organizativa
(projetos) que prevê um tempo maior de duração, além de favorecer a
autonomia dos alunos, que podem tomar iniciativas porque sabem para onde
marcha o trabalho, se contrapõe ao parcelamento do tempo e do saber.
Projetos não são suficientes para instaurar uma relação tempo-saber que leve em
conta o tempo da aprendizagem e preserve o sentido do objeto de ensino. Para
consegui-lo, é necessário:
Importante:
“Articular muitas temporalidades diferentes: atividades que se desenvolvam com
certa periodicidade durante um quadrimestre ou um ano – ler notícias, contos ou
curiosidades tal dia da semana, por exemplo- contribuem para familiarizar com
certos gêneros e para consolidar os hábitos de leitura, situações pontuais, como
escrever uma mensagem por correio eletrônico para um aluno de outra escola,
podem contribuir para consolidar certas práticas de comunicação por escrito” .
* O entrecruzamento dessas diferentes temporalidades permite aos alunos realizar
simultaneamente diferentes aproximações às práticas - participar num mesmo
período em atos de leitura e de escrita dirigidos a diversos propósitos e assim
voltar mais de uma vez ao logo do tempo a por em ação um certo aspecto da
leitura ou da escrita-escrever, reescrever, reler, resumir..
Cada situação de leitura responderá a um duplo propósito. Um propósito
didático, que é ensinar certos conteúdos constitutivos da prática social de
leitura, com o objetivo de que o aluno possa reutilizá-los no futuro, em situações
não-didáticas. E um propósito comunicativo relevante desde a perspectiva atual
do aluno.
Qual é o desafio?
• é conseguir que os alunos cheguem a ser produtores de língua escrita,
conscientes da pertinência e da importância de emitir certo tipo de mensagem
em determinado tipo de situação social, em vez de se treinar unicamente como
“copistas”.
• é conseguir que a escrita deixe de ser na escola somente um objeto de
avaliação, para se constituir realmente num objeto de ensino, é tornar possível
que todos os alunos se apropriem da escrita e a ponham em prática, sabendo-
por experiência,.
• é promover a descoberta e a utilização da escrita como instrumento de
reflexão sobre o próprio pensamento.
* é combater a discriminação que a escola opera atualmente, não só quando cria
o fracasso explícito daqueles que não consegue alfabetizar, como também
quando impede aos outros- os que aparentemente não fracassam – chegar a ser
leitores e produtores de textos competentes e autônomos.
QUAL É O DESAFIO?
• Formar praticantes da leitura e da escrita e não apenas sujeitos que possam
“decifrar” o sistema de escrita.
• formar seres humanos críticos, capazes de ler entrelinhas e de assumir uma
posição própria frente à mantida, explícita ou implicitamente, pelos autores dos
textos com os quais interagem.
• formar pessoas desejosas de embrenhar-se em outros mundos possíveis
que a literatura oferece. Assumir este desafio significa abandonar as atividades
mecânicas desprovidas de sentido, que levam as crianças a distanciar-se da
leitura por considerá-la uma mera obrigação escolar, significa também
incorporar situações em que ler determinados materiais seja imprescindível para
o desenvolvimento dos projetos que estejam sendo desenvolvidos
Como conciliar as necessidades inerentes a instituição escolar e, ao
mesmo tempo, atender as necessidades de formar leitores e escritores
competentes ao exercício pleno da cidadania?
• Trabalho com projetos: ferramenta capaz de articular os propósitos
didáticos com os comunicativos, já que permitem uma articulação dos
saberes sociais e os escolares. (TRAB. C/PROJETO = AUTONOMIA)
• Repensar a avaliação
• propiciar a formação de pessoas capazes de apreciar a literatura e de
mergulhar em seu mundo de significados, formando escritores e não
meros copistas
• preparar as crianças para a interpretação e produção dos diversos tipos
de texto - não apenas de reprodução.
• acabar com a discriminação que produz fracasso e abandono na escola,
assegurando a todos o direito de 'se apropriar da leitura e da escrita
• fundamentar-se na evolução histórica do pensamento pedagógico
(ideias de Freinet, Dewey, Decroly e Piaget, entre outros pensadores e
educadores) - avanço do conhecimento científico dessa área.
• conhecer o cotidiano escolar
O "Contrato Didático"
Relações implícitas estabelecidas entre professor e aluno: estas exercem
influência sobre o aprendizado da leitura e da escrita, já que o aluno deve
concentrar-se em perceber ou descobrir o que o professor deseja que ele
'saiba‘.
Importante ter clareza sobre o que é que se aprende quando se lê ou se
escreve em aula, quais são os conteúdos que estão sendo ensinados e
aprendidos ao ler ou ao escrever e, esclarecer isso é imprescindível ao papel
docente
O trabalho com projetos de leitura e escrita (etapas)
a) Proposta do projeto às crianças e discussão do plano do trabalho;
b) Curso de capacitação para as crianças visando prepará-las para a busca e consulta
autônoma dos materiais a serem utilizados quando da realização das etapas do
projeto;
c) Pesquisa e seleção do material a ser utilizado e/ou lugares a serem visitados;
d) Divisão das tarefas em pequenos grupos;
e) Participação dos pais e da comunidade;
f) Discussão dos resultados encontrados pelos grupos;
g) Elaboração escrita dos resultados encontrados pelos grupos (que passará pela
revisão de outro grupo e depois pelo professor);
h) Redação coletiva do trabalho final;
i) Apresentação do projeto à comunidade interessada.
j) Avaliação dos resultados.
O saber didático
• é o resultado do estudo sistemático das interações que se produzem
entre o professor, os alunos e o objeto de ensino;
• é produto da análise das relações entre o ensino e a aprendizagem de
cada conteúdo específico;
• é elaborado através da investigação rigorosa do funcionamento das
situações didáticas". (p. 105).
A capacitação dos professores: condição necessária para modificar o
ensino.
Conciliação entre profundidade e extensão:
Ex. oficinas (maior quantidade de professores e alunos envolvidos)
juntamente com acompanhamento da tarefa de sala de aula, (número
menor de professores e alunos)
O registro de classe
Principal instrumento de análise do que ocorre em sala de aula. Esses
registros podem ser utilizados durante a capacitação objetivando um
aprofundamento do conhecimento didático
Registros das 'situações boas' ocorridas em sala de aula. ‘Situações más'
criam um clima de incerteza, por enfatizar o que não se deve fazer, sem
apresentar direções do que poderia ser feito.
A análise de registros de classe: coluna vertebral no processo de
capacitação, porque é um recurso insubstituível para a comunicação do
conhecimento didático e porque é a partir da análise dos problemas,
propostas e intervenções didáticas.
1. Lerner (2002) afirma que os lemas educativos “‘aprende-se a ler, lendo’ e ‘aprende-se a escrever,
escrevendo’ expressam o propósito de instalar as práticas de leitura e de escrita como objeto de ensino”.
Acrescenta que, apesar de estarem, hoje, muito difundidos, sua concretização na atividade cotidiana da
sala de aula ainda é pouco frequente e que essa distância entre o que se tenta fazer e o que efetivamente
se faz se deve, entre outras razões, a uma que é fundamental:
a) os conhecimentos prévios dos alunos das escolas públicas brasileiras a respeito das práticas de leitura e
escrita são incipientes devido à falta de vivência delas no ambiente familiar, o que dificulta cumprir o lema.
b) a cultura de subalternização dos alunos na escola, com sua contrapartida de facilitar o trabalho dos
professores com a obediência e o silêncio deles, inviabiliza as práticas de criação de textos orais e escritos
em aula.
c) políticas públicas para capacitação dos professores das redes públicas de ensino, no quesito “didática
da alfabetização” apoiam-se em pressupostos teóricos ultrapassados, vinculados à decodificação e às
cartilhas.
d) não há clareza sobre o que é que se aprende quando se lê ou se escreve em aula, quais são os
conteúdos que estão sendo ensinados e aprendidos ao ler ou ao escrever e, esclarecer isso é
imprescindível ao papel docente.
e) há uma rotatividade espantosa dos professores aos quais se atribuem as classes de alfabetização, pois
há uma tendência a “fugir” dessas classes e deixá-las aos ingressantes que, com poucos pontos, ficam com
o que sobra.
2. Conforme a Lei Complementar nº 300/2016, do município de Barretos, encontra-se em seu art. 31 e parágrafos,
que um terço da jornada docente remunerada, de efetivos e temporários, será constituída por horas destinadas ao
trabalho pedagógico: “coletivo”; “de estudo, planejamento e avaliação”; e, “em local de livre escolha”. As duas
primeiras podem ser articuladas, possibilitando um programa municipal de capacitação sob a orientação dos
profissionais da classe de suporte pedagógico, ilustrando uma das questões curriculares e institucionais que Delia
Lerner (2002) aborda ao discutir o que é necessário para “ler e escrever na escola”. Essa autora aponta a
capacitação dos professores como condição necessária, mas não suficiente para transformar o ensino, e, também,
como uma ferramenta importante, cuja utilização envolve múltiplos aspectos, entre eles a conciliação entre
profundidade e extensão. A esse respeito, ela afirma que, em sua experiência, uma alternativa mais produtiva foi
a) utilizar as horas de trabalho coletivo destinadas a estudos, planejamento e avaliação, durante um ano, para
reciclagem teórica em encontros centralizados em nível de município, e, as horas de trabalho coletivo, para
discutir a prática, na escola.
b) combinar uma situação de oficina, a qual abarca quantidade considerável de professores, com uma instância de
acompanhamento da tarefa de sala de aula, que permite alcançar uma profundidade bem maior com um número
menor de professores.
c) corrigir lacunas conceituais da formação inicial, por meio de videoconferências, simultaneamente, em todas as
escolas, e atender solicitações específicas de docentes, nas unidades escolares, com orientações técnicas de
especialistas.
d) oferecer curso de atualização a todos os professores de uma mesma rede pública e oficinas em grupos
pequenos, com ingressantes e antigos, tratando temas diversos e, nas quais eles se inscrevem, segundo a
3. (...) O necessário é fazer da escola um âmbito onde leitura e escrita sejam práticas vivas e vitais, onde ler e
escrever sejam instrumentos poderosos que permitem repensar o mundo e reorganizar o próprio pensamento,
onde interpretar e produzir textos sejam direitos que é legítimo exercer e responsabilidades que é necessário
assumir.(...)
(Delia Lerner, Ler e Escrever na Escola – o real, o possível e o necessário. Artmed – 2002)
Dentre as propostas da autora para possibilitar a adequada escolarização das práticas sociais de leitura e escrita,
encontra-se a que se refere
a) ao destaque que deve ser dado à ortografia das palavras no ensino e na avaliação da escrita.
b) à priorização dos propósitos didáticos nas escolas.
c) à distribuição dos conteúdos, estabelecendo uma correspondência termo a termo entre parcelas de saber e
parcelas de tempo.
d) à função avaliadora, que deve estar centrada no professor, com o papel de corretor exclusivo dos escritos das
crianças.
e) à articulação dos propósitos didáticos com propósitos comunicativos por meio da modalidade organizativa de
trabalho por projetos.
GABARITO
1.D
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Desafios da formação de leitores e escritores

  • 1. BIBLIOGRAFIA Professor – Rubens Fagner R. Cap. Manoel Caetano, 223 - Centro, Mogi das Cruzes - SP
  • 2. LERNER, Delia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. 1ª Edição – Porto Alegre, Artmed, 2002 Ensinar a ler e escrever é um desafio que transcende amplamente a alfabetização em sentido estrito. O desafio da escola hoje é o de incorporar todos os alunos a cultura do escrito e o de conseguir que todos cheguem a ser leitores e escritores.
  • 3. “A escola necessita de transformações profundas no que concerne ao aprendizado da leitura e da escrita”. Primeiro passo: compreensão profunda de seus problemas e necessidades, para que então seja possível falar de suas possibilidades DIFICULDADES - Contradição Estruturação ATUAL do ensino: ler e escrever na escola tem finalidade puramente didática - transmissão de saberes e comportamentos culturais (função acumulativa)
  • 4. DIFICULDADES Privilégio do aspecto ortográfico sobre os interpretativos do ato de ler, Sistema de avaliação, onde cabe somente ao docente o direito e o poder de avaliar, não propicia ao aluno a oportunidade de autocorreção e reflexão - autonomia intelectual.
  • 5. O necessário é • Fazer da escola um âmbito onde a leitura e a escrita sejam práticas vivas e vitais, onde ler e escrever sejam instrumentos poderosos que permitem repensar o mundo e reorganizar o próprio pensamento, onde interpretar e produzir textos sejam direitos; • Construir uma comunidade de leitores na Escola; • Preservar na escola o sentido que a leitura e a escrita têm como práticas sociais.
  • 6. O real é: Levar à prática o necessário é uma tarefa difícil para a escola. É por isso que, antes de formular soluções, antes de desdobrar o possível é preciso analisar as dificuldades. Dificuldades: Historicamente, leitura e escrita sempre foram práticas aristocráticas e de certo modo continuam sendo, patrimônio de certos grupos mais que de outros
  • 7. Pontos de tensão * tensão existente na escola entre a tendência à mudança e a tendência à conservação *tensão entre a função explícita de democratizar o conhecimento e a função implícita de reproduzir a ordem social estabelecida. •Paradoxos - Se a escola ensina ler e escrever com o único propósito de que os alunos aprendam a fazê-lo, eles não aprenderão a função social da leitura e da escrita. Se a escola abandona os propósitos didáticos e assume os da prática social, estará abandonando ao mesmo tempo a sua função ensinante.
  • 8. O possível diante das dificuldades, tensões e paradoxos: • esforço de conciliação das necessidades inerentes à instituição escolar com o propósito educativo de formar leitores e escritores. • gerar condições didáticas que permitam por em cena uma visão escolar da leitura e da escrita mais próxima da versão social (não escolar) dessas práticas iniciando por formular como conteúdos as tarefas do leitor e do escritor:
  • 9. Caminhos Fazer antecipações sobre o sentido do texto que se está lendo e tentar verificá- las recorrendo à informação visual, discutir diversas interpretações acerca de um mesmo material, comentar o que se leu e compará-lo com outras obras do mesmo e outro autor. Recomendar livros, compartilhar leituras com outros, atrever-se a ler textos difíceis, tomar notas, planejar o que vai escrever, modificar o plano enquanto escreve, revisar, fazer modificações...
  • 10. É possível para a realização de uma versão escolar • Atuar em diferentes áreas através dos diferentes gêneros do discurso, então trabalhar com projetos que levem em consideração situações reais e resolução de problemas com finalidade compartilhada entre toda a escola, como: gravar uma fita de poemas para outras crianças, por exemplo, dá sentido ao aperfeiçoamento da leitura em voz alta, preparar uma carta para protestar sobre algum fato, permitirá aprender a “escrever para protestar”, quando se está envolvido numa situação autêntica. Essa modalidade organizativa (projetos) que prevê um tempo maior de duração, além de favorecer a autonomia dos alunos, que podem tomar iniciativas porque sabem para onde marcha o trabalho, se contrapõe ao parcelamento do tempo e do saber.
  • 11. Projetos não são suficientes para instaurar uma relação tempo-saber que leve em conta o tempo da aprendizagem e preserve o sentido do objeto de ensino. Para consegui-lo, é necessário: Importante: “Articular muitas temporalidades diferentes: atividades que se desenvolvam com certa periodicidade durante um quadrimestre ou um ano – ler notícias, contos ou curiosidades tal dia da semana, por exemplo- contribuem para familiarizar com certos gêneros e para consolidar os hábitos de leitura, situações pontuais, como escrever uma mensagem por correio eletrônico para um aluno de outra escola, podem contribuir para consolidar certas práticas de comunicação por escrito” .
  • 12. * O entrecruzamento dessas diferentes temporalidades permite aos alunos realizar simultaneamente diferentes aproximações às práticas - participar num mesmo período em atos de leitura e de escrita dirigidos a diversos propósitos e assim voltar mais de uma vez ao logo do tempo a por em ação um certo aspecto da leitura ou da escrita-escrever, reescrever, reler, resumir.. Cada situação de leitura responderá a um duplo propósito. Um propósito didático, que é ensinar certos conteúdos constitutivos da prática social de leitura, com o objetivo de que o aluno possa reutilizá-los no futuro, em situações não-didáticas. E um propósito comunicativo relevante desde a perspectiva atual do aluno.
  • 13. Qual é o desafio? • é conseguir que os alunos cheguem a ser produtores de língua escrita, conscientes da pertinência e da importância de emitir certo tipo de mensagem em determinado tipo de situação social, em vez de se treinar unicamente como “copistas”. • é conseguir que a escrita deixe de ser na escola somente um objeto de avaliação, para se constituir realmente num objeto de ensino, é tornar possível que todos os alunos se apropriem da escrita e a ponham em prática, sabendo- por experiência,.
  • 14. • é promover a descoberta e a utilização da escrita como instrumento de reflexão sobre o próprio pensamento. * é combater a discriminação que a escola opera atualmente, não só quando cria o fracasso explícito daqueles que não consegue alfabetizar, como também quando impede aos outros- os que aparentemente não fracassam – chegar a ser leitores e produtores de textos competentes e autônomos.
  • 15. QUAL É O DESAFIO? • Formar praticantes da leitura e da escrita e não apenas sujeitos que possam “decifrar” o sistema de escrita. • formar seres humanos críticos, capazes de ler entrelinhas e de assumir uma posição própria frente à mantida, explícita ou implicitamente, pelos autores dos textos com os quais interagem. • formar pessoas desejosas de embrenhar-se em outros mundos possíveis que a literatura oferece. Assumir este desafio significa abandonar as atividades mecânicas desprovidas de sentido, que levam as crianças a distanciar-se da leitura por considerá-la uma mera obrigação escolar, significa também incorporar situações em que ler determinados materiais seja imprescindível para o desenvolvimento dos projetos que estejam sendo desenvolvidos
  • 16. Como conciliar as necessidades inerentes a instituição escolar e, ao mesmo tempo, atender as necessidades de formar leitores e escritores competentes ao exercício pleno da cidadania? • Trabalho com projetos: ferramenta capaz de articular os propósitos didáticos com os comunicativos, já que permitem uma articulação dos saberes sociais e os escolares. (TRAB. C/PROJETO = AUTONOMIA) • Repensar a avaliação
  • 17. • propiciar a formação de pessoas capazes de apreciar a literatura e de mergulhar em seu mundo de significados, formando escritores e não meros copistas • preparar as crianças para a interpretação e produção dos diversos tipos de texto - não apenas de reprodução. • acabar com a discriminação que produz fracasso e abandono na escola, assegurando a todos o direito de 'se apropriar da leitura e da escrita
  • 18. • fundamentar-se na evolução histórica do pensamento pedagógico (ideias de Freinet, Dewey, Decroly e Piaget, entre outros pensadores e educadores) - avanço do conhecimento científico dessa área. • conhecer o cotidiano escolar
  • 19. O "Contrato Didático" Relações implícitas estabelecidas entre professor e aluno: estas exercem influência sobre o aprendizado da leitura e da escrita, já que o aluno deve concentrar-se em perceber ou descobrir o que o professor deseja que ele 'saiba‘. Importante ter clareza sobre o que é que se aprende quando se lê ou se escreve em aula, quais são os conteúdos que estão sendo ensinados e aprendidos ao ler ou ao escrever e, esclarecer isso é imprescindível ao papel docente
  • 20. O trabalho com projetos de leitura e escrita (etapas) a) Proposta do projeto às crianças e discussão do plano do trabalho; b) Curso de capacitação para as crianças visando prepará-las para a busca e consulta autônoma dos materiais a serem utilizados quando da realização das etapas do projeto; c) Pesquisa e seleção do material a ser utilizado e/ou lugares a serem visitados; d) Divisão das tarefas em pequenos grupos; e) Participação dos pais e da comunidade; f) Discussão dos resultados encontrados pelos grupos; g) Elaboração escrita dos resultados encontrados pelos grupos (que passará pela revisão de outro grupo e depois pelo professor); h) Redação coletiva do trabalho final; i) Apresentação do projeto à comunidade interessada. j) Avaliação dos resultados.
  • 21. O saber didático • é o resultado do estudo sistemático das interações que se produzem entre o professor, os alunos e o objeto de ensino; • é produto da análise das relações entre o ensino e a aprendizagem de cada conteúdo específico; • é elaborado através da investigação rigorosa do funcionamento das situações didáticas". (p. 105).
  • 22. A capacitação dos professores: condição necessária para modificar o ensino. Conciliação entre profundidade e extensão: Ex. oficinas (maior quantidade de professores e alunos envolvidos) juntamente com acompanhamento da tarefa de sala de aula, (número menor de professores e alunos)
  • 23. O registro de classe Principal instrumento de análise do que ocorre em sala de aula. Esses registros podem ser utilizados durante a capacitação objetivando um aprofundamento do conhecimento didático Registros das 'situações boas' ocorridas em sala de aula. ‘Situações más' criam um clima de incerteza, por enfatizar o que não se deve fazer, sem apresentar direções do que poderia ser feito.
  • 24. A análise de registros de classe: coluna vertebral no processo de capacitação, porque é um recurso insubstituível para a comunicação do conhecimento didático e porque é a partir da análise dos problemas, propostas e intervenções didáticas.
  • 25. 1. Lerner (2002) afirma que os lemas educativos “‘aprende-se a ler, lendo’ e ‘aprende-se a escrever, escrevendo’ expressam o propósito de instalar as práticas de leitura e de escrita como objeto de ensino”. Acrescenta que, apesar de estarem, hoje, muito difundidos, sua concretização na atividade cotidiana da sala de aula ainda é pouco frequente e que essa distância entre o que se tenta fazer e o que efetivamente se faz se deve, entre outras razões, a uma que é fundamental: a) os conhecimentos prévios dos alunos das escolas públicas brasileiras a respeito das práticas de leitura e escrita são incipientes devido à falta de vivência delas no ambiente familiar, o que dificulta cumprir o lema. b) a cultura de subalternização dos alunos na escola, com sua contrapartida de facilitar o trabalho dos professores com a obediência e o silêncio deles, inviabiliza as práticas de criação de textos orais e escritos em aula. c) políticas públicas para capacitação dos professores das redes públicas de ensino, no quesito “didática da alfabetização” apoiam-se em pressupostos teóricos ultrapassados, vinculados à decodificação e às cartilhas. d) não há clareza sobre o que é que se aprende quando se lê ou se escreve em aula, quais são os conteúdos que estão sendo ensinados e aprendidos ao ler ou ao escrever e, esclarecer isso é imprescindível ao papel docente. e) há uma rotatividade espantosa dos professores aos quais se atribuem as classes de alfabetização, pois há uma tendência a “fugir” dessas classes e deixá-las aos ingressantes que, com poucos pontos, ficam com o que sobra.
  • 26. 2. Conforme a Lei Complementar nº 300/2016, do município de Barretos, encontra-se em seu art. 31 e parágrafos, que um terço da jornada docente remunerada, de efetivos e temporários, será constituída por horas destinadas ao trabalho pedagógico: “coletivo”; “de estudo, planejamento e avaliação”; e, “em local de livre escolha”. As duas primeiras podem ser articuladas, possibilitando um programa municipal de capacitação sob a orientação dos profissionais da classe de suporte pedagógico, ilustrando uma das questões curriculares e institucionais que Delia Lerner (2002) aborda ao discutir o que é necessário para “ler e escrever na escola”. Essa autora aponta a capacitação dos professores como condição necessária, mas não suficiente para transformar o ensino, e, também, como uma ferramenta importante, cuja utilização envolve múltiplos aspectos, entre eles a conciliação entre profundidade e extensão. A esse respeito, ela afirma que, em sua experiência, uma alternativa mais produtiva foi a) utilizar as horas de trabalho coletivo destinadas a estudos, planejamento e avaliação, durante um ano, para reciclagem teórica em encontros centralizados em nível de município, e, as horas de trabalho coletivo, para discutir a prática, na escola. b) combinar uma situação de oficina, a qual abarca quantidade considerável de professores, com uma instância de acompanhamento da tarefa de sala de aula, que permite alcançar uma profundidade bem maior com um número menor de professores. c) corrigir lacunas conceituais da formação inicial, por meio de videoconferências, simultaneamente, em todas as escolas, e atender solicitações específicas de docentes, nas unidades escolares, com orientações técnicas de especialistas. d) oferecer curso de atualização a todos os professores de uma mesma rede pública e oficinas em grupos pequenos, com ingressantes e antigos, tratando temas diversos e, nas quais eles se inscrevem, segundo a
  • 27. 3. (...) O necessário é fazer da escola um âmbito onde leitura e escrita sejam práticas vivas e vitais, onde ler e escrever sejam instrumentos poderosos que permitem repensar o mundo e reorganizar o próprio pensamento, onde interpretar e produzir textos sejam direitos que é legítimo exercer e responsabilidades que é necessário assumir.(...) (Delia Lerner, Ler e Escrever na Escola – o real, o possível e o necessário. Artmed – 2002) Dentre as propostas da autora para possibilitar a adequada escolarização das práticas sociais de leitura e escrita, encontra-se a que se refere a) ao destaque que deve ser dado à ortografia das palavras no ensino e na avaliação da escrita. b) à priorização dos propósitos didáticos nas escolas. c) à distribuição dos conteúdos, estabelecendo uma correspondência termo a termo entre parcelas de saber e parcelas de tempo. d) à função avaliadora, que deve estar centrada no professor, com o papel de corretor exclusivo dos escritos das crianças. e) à articulação dos propósitos didáticos com propósitos comunicativos por meio da modalidade organizativa de trabalho por projetos.