- A escola designou coordenadores de turno para resolverem imprevistos diários e manterem a rotina, além de reunir a equipe toda as terças-feiras para avaliar ações e planejar próximos passos.
- As tarefas administrativas e burocráticas foram delegadas a dois profissionais, permitindo que a diretora se concentre no trabalho pedagógico e no relacionamento com a comunidade.
- A escola compartilha a direção entre três coordenadores, que se dividem claramente as tarefas, e realiza reuniões
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5 modelos de gestão escola1
1. 5 modelos de gestão escolar
Conheça cinco escolas que usam diferentes maneiras de
organizar as tarefas entre a equipe gestora
Coordenadores de turno para solucionar imprevistosUm dos principais desafios de Getúlio
Fagundes ao assumir o cargo de diretor na EMEF Marcírio Goulart Loureiro, em 2007, foi fazer
com que os pequenos "incêndios" diários não bagunçassem o cotidiano. Para tanto, ele
escolheu, entre os membros da equipe, três professores para ser coordenadores de turno:
Eneida Braga, Leonardo Gelpi Ruhe e Cláudia Menezes. Eles atuam como eventuais na falta
de um titular, resolvem os conflitos entre os alunos e preparam os espaços para atividades
especiais. "Quando essas questões são resolvidos sem estresse, a rotina segue normalmente",
afirma o diretor. Ele lidera uma equipe que conta ainda com dois vices - que cuidam das
questões financeiras e administrativas em diferentes turnos e o auxiliam no planejamento de
projetos institucionais -, uma orientadora educacional, que faz o contato com as famílias, e
quatro coordenadores pedagógicos, responsáveis pela supervisão docente. São esses últimos
também que levam os problemas mais graves detectados pelos coordenadores de turno à
direção.
Todas as terças-feiras, a equipe discute problemas pontuais, avalia as ações em curso e
planeja os próximos passos. "Os debates para chegar a um consenso são a maior riqueza que
um trabalho coletivo pode ter", afirma Ricardo Menegotto, um dos vice-diretores. Com as
funções bem definidas, Getúlio se dedica ao planejamento geral e a manter uma boa relação
com o conselho da escola.
Observe neste modelo - A autonomia dos coordenadores de turno impede que os
imprevistos atrapalhem a rotina. - Reuniões regulares fazem com que as ações da escola
estejam sempre sendo avaliadas. Cuidados a serem tomados - A delegação de
responsabilidades não exime o diretor e os vices de supervisionar o dia a dia. Daí a
importância de manter um bom fluxo de informações e fazer reuniões de equipe bem focadas.
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2. Burocracia e administração descentralizadaO Jardim de Infância da 308 Sul é uma escola
pequena, mas a estrutura administrativa é bem articulada. Tanto a diretora, Maria Valderez
Moraes, como a vice, Andréia dos Santos Gomes, têm autonomia para assinar documentos e
tomar decisões que dizem respeito ao planejamento escolar. "Nós duas temos
responsabilidade sobre as ações em andamento", afirma Maria Valderez, que se ocupa mais
do contato com a Secretaria de Educação, a Diretoria de Ensino e a comunidade, da atuação
junto ao conselho e da elaboração e atualização do projeto político-pedagógico (PPP). Ambas
puderam convidar outros profissionais para participar da equipe. Usaram critérios técnicos para
escolher a supervisora administrativa, Gabriela de Oliveira Melo, que zela pelas instalações do
prédio e cuida das finanças, e a chefe da secretaria da escola, Raquel Lucas da Silva, que
responde pela organização dos documentos, pelas matrículas e pelo controle de transferências
e faltas.
Do pedagógico, aliás, Valderez também não cuida sozinha. Faz parte da equipe gestora a
supervisora pedagógica Elisvânia Amaro da Silva, que responde pela formação continuada dos
docentes, monitora a implantação das diretrizes curriculares e acompanha o trabalho dos
coordenadores pedagógicos - na rede, eles são escolhidos pelos professores para atuar
diretamente na sala de aula como eventuais ou auxiliares.
Observe neste modelo - As questões burocráticas e administrativas foram delegadas a dois
profissionais que têm autonomia para resolvê-las, sem que se exima o diretor de orientar o
trabalho e supervisionar as ações. Cuidados a serem tomados - Compartilhar tarefas facilita
a vida do líder, porém ele deve ter ferramentas para supervisionar as ações em andamento
(como questionários, indicadores e relatórios).
Decisões e ações compartilhadasCom uma equipe gestora enxuta, a EMEF Anísio Teixeira
consegue, além de dividir bem as tarefas, estabelecer um bom fluxo de informações. A direção
é compartilhada por três coordenadores: Ednalva Santos Silva (geral), André Fernandes
(administrativo) e Maria Bernadete da Conceição (pedagógica). Ednalva representa a escola
nos eventos da Secretaria de Educação e é a interlocutora quando se trata de relacionamento
com a comunidade. André cuida das ações ligadas à tesouraria, à secretaria e à infraestrutura.
A coordenadora pedagógica orienta os professores de acordo com as metas do PPP,
acompanha o desenvolvimento dos alunos com base nos registros dos docentes e nas
observações de sala de aula e organiza as reuniões de pais. Com isso, a coordenadora geral
foca sua ação na análise dos problemas e no planejamento das ações pedagógicas e
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3. institucionais. "A equipe enxuta facilita a tomada de decisão e o bom fluxo de informações,
permitindo um trabalho alinhado", explica Ednalva.
Os três gestores frequentam os encontros mensais de formação oferecidos pela Secretaria de
Educação, em que encontram profissionais de outras escolas para compartilhar experiências.
Mensalmente, gestores, professores e funcionários se reúnem para fazer o planejamento e
avaliar as ações pedagógicas.
Observe neste modelo - A divisão racional de tarefas, mesmo com equipe pequena, não
emperra a rotina e faz com que a coordenadora geral possa focar no planejamento. - A
facilidade na tomada de decisão e no compartilhamento das informações. Cuidados a
serem tomados - A comunicação ágil em equipes pequenas não pode substituir a produção de
registros - principalmente os relativos ao atendimento aos pais e aos imprevistos -, úteis para a
avaliação e o acompanhamento das ocorrências.
Nova estrutura para atender em tempo integralO Centro de Atenção Integral à Criança (Caic)
passou por uma recente reestruturação. A diretora, Maria Olívia de Araújo, e a coordenadora
de finanças, Neusivânia Ribeiro Dias Moraes, que cuida das questões burocráticas e
administrativas, receberam profissionais para dar suporte às novidades da escola em tempo
integral. Três novas coordenações foram criadas: a de cultura, a de desportos e a de biblioteca
e sala de informática, que planejam e supervisionam as atividades extracurriculares. Existem
ainda quatro coordenadoras pedagógicas, que fazem a formação de professores e se dividem
por segmento. No Caic, os imprevistos são resolvidos por quatro coordenadoras de apoio, que
não integram a equipe gestora, mas supervisionam o recreio, monitoram o atraso dos alunos e
atuam como professoras eventuais. A equipe gestora inclui ainda duas orientadoras
educacionais, que se ocupam das relações entre professores, alunos e pais e são apoiadas
por uma psicóloga. Juntas, elas têm a missão de solucionar os problemas mais graves de
indisciplina e acompanhar o desenvolvimento dos alunos. Graças à boa divisão de tarefas,
Olívia encontra tempo para desenvolver um projeto cujo objetivo é minimizar os problemas de
saúde entre os professores. A diretora também faz questão de passar diariamente nas salas
de aula e, assim, manter um relacionamento direto com docentes e alunos.
Observe neste modelo - Ao deixar os assuntos administrativos sob os cuidados da
coordenadora de finanças, a diretora assume definitivamente a responsabilidade pela gestão
da aprendizagem e se aproxima da coordenação pedagógica. Cuidados a serem tomados -
O responsável pelo trabalho burocrático e administrativo não deve ficar de fora dos encontros
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4. de planejamento das ações pedagógicas, pois ele será o substituto do diretor em caso de
ausência.
Boa relação entre escola e comunidadeQuando a EMEF Professora Mariana Teixeira abre os
portões, a diretora, Lídia Martins de Araújo, faz o que chama de trabalho de portão. Ela é a
principal articuladora entre a escola e a comunidade. Além de receber os alunos, aproveita a
entrada para conversar com os familiares. Lídia também comanda as reuniões bimestrais com
o Conselho de Escola - formado por alunos, pais e professores - e participa dos encontros da
Associação de Amigos da Escola. Enquanto o primeiro grupo faz demandas e ajuda a elaborar
o projeto pedagógico, o segundo autoriza o emprego das verbas recebidas. A assistente de
direção, Patrícia Ferraz Silveira, cuida de questões pontuais, como o controle de frequência
dos alunos, os serviços de secretaria e a orientação do trabalho dos funcionários, fazendo a
ponte entre esses e a equipe gestora. A escola conta ainda com o trabalho de uma orientadora
pedagógica, Renata Marques, e de uma orientadora educacional, Haldia Mary Matias. Ambas
participam dos encontros de formação oferecidos pela Secretaria Municipal de Educação.
Contudo, no dia a dia, Renata mantém o foco na formação docente, que se dá semanalmete,
em dois encontros, totalizando cinco horas de estudo - e que algumas vezes tem a
participação da diretora e da orientadora educacional. Esta, por sua vez, ajuda os professores
a trabalhar as dificuldades dos alunos organizando planos de estudo. Haldia prepara uma
pasta de acompanhamento para cada um, com objetivos que devem ser alcançados e
orientações. Ela também ajuda a resolver pequenos problemas cotidianos, como brigas entre
os estudantes e acompanha as assembleias e reuniões do grêmio escolar.
Observe neste modelo - O trabalho das duas orientadoras garante o foco nos processos de
ensino e de aprendizagem. - A forma como diretora e assistente de direção se dividem para
atender às famílias e aos funcionários.
Fonte:
http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/diretor/5-modelos-gestao-escolar-
625771.shtml?page=4
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