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IBET – TEORIA GERAL
DO DIREITO

TEORIA DA
LINGUAGEM II
Profa. Dra. Clarice von Oertzen de Araujo
Língua x Linguagem
 Em sentido corrente, a língua é instrumento de
  comunicação. Para Saussure, é considerada um
  sistema de relações cujos elementos não tem valor
  independente        de      suas      relações     de
  equivalência/oposição. Um sistema de signos que
  repousa sobre regras, coerções. É um produto
  social, o indivíduo a registra passivamente, pois
  não pode criá-la ou modificá-la. Trata-se de um
  “contrato coletivo”. A língua é parte da linguagem.
 A linguagem é a capacidade específica da espécie
  humana de se comunicar por meio de signos.
LÍNGUA X LINGUAGEM
A  língua não é a única e exclusiva forma de
 linguagem que somos capazes de produzir.
 As sociedades humanas são mediadas por
 redes complexas e plurais de linguagens
 como danças, músicas, cerimoniais, jogos,
 arquitetura, moda e arte: desenhos,
 pinturas, esculturas, cenografia. Há uma
 enorme variedade de linguagens que se
 constituem como sistemas sociais e
 históricos de representação do mundo e
 que      podem     estar   simultaneamente
 presentes em uma única mensagem,
 graças a convergência das tecnologias
 digitais.
LINGUAGEM NÃO VERBAL
 Qual é a extensão que um conceito de
 linguagem      pode    cobrir?  Todo
 fenômeno de cultura só funciona
 culturalmente porque é também um
 fenômeno de comunicação que se
 estrutura como linguagem. Todo e
 qualquer fato cultural, atividade ou
 prática social envolve signos e
 implicam a produção de linguagem e
 de sentido.
FALA
   O ato de fala é definido como um componente
    individual da linguagem. É ato de vontade e de
    inteligência. O ato de execução de uma língua não
    é coletivo, é um ato individual, livre para a criação
    mediante a articulação da língua.

   A fala é um modo pessoal de se utilizar o „código‟
    língua.

   “O aspecto criador da linguagem é o fato do ato da
    fala” – SAUSSURE.
FUNÇÕES DE LINGUAGEM
 As funções de linguagem são os diversos fins que
  se atribuem aos enunciados. Esta forma de
  considerar a língua permite que os homens
  comuniquem informações. A existência das funções
  de linguagem permite a descrição da língua
  segundo um esquema de teoria da comunicação.
 A classificação    tradicional das funções das
  sentenças encontra-se na teoria dos atos de fala
  (PBC chama de formas de linguagem). As
  sentenças      funcionam      como   afirmações,
  interrogações, ordens, etc.
TIPOS DE LINGUAGEM
   Dá-se o nome tipo de oração às formas
    fundamentais da oração: declarativa, interrogativa,
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   A lógica trata os tipos de oração como as “formas
    do discurso”.

   O tipo de oração é diferente daquilo que o
    Neopositivismo Lógico chama de tipos de
    linguagem:   natural ou  ordinária,  técnica,
    formalizada.
COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO
   Para gerar informação é necessário haver uma
    intersecção entre os repertórios do emissor e do
    receptor



              Repertório           Repertório
               emissor              receptor
INFORMAÇÃO E REDUNDÂNCIA
   Há redundância quando o repertório do emissor é
    muito próximo ao do receptor e, portanto, a
    comunicação não gera informação nova.




                     Emissor
                      Receptor
INFORMAÇÃO E ENTROPIA
   Há entropia (conceito que mede o nível de
    desordem de um sistema)         quando não há
    nenhuma intersecção entre os repertórios do
    emissor e do receptor, caso em que a comunicação
    não ocorre em virtude da ausência de um código
    comum, o que inviabiliza a transmissão da
    mensagem, e portanto, não gera informação.



            Emissor               Receptor
A SEMIÓTICA

A  semiótica é a ciência que tem por
 objeto de investigação todas as
 linguagens possíveis, ou seja, que
 tem por objetivo o exame dos modos
 de constituição de todo e qualquer
 fenômeno como fenômeno de
 produção de significação e de
 sentido.
A SEMIÓTICA
O    vocábulo “semiótica” provém do grego
  semeion, (signo). Outra palavra com esta
  raiz: semáforo
 Toda e qualquer coisa que se organize ou
  tenda a organizar-se sob a forma de
  linguagem, verbal ou não, é objeto de estudo
  da Semiótica.
 Peirce era um lógico-matemático e um
  filósofo e não um lingüista. Concebeu o
  estudo da linguagem enquanto lógica – uma
  lógica dialética e não aristotélica. Formulou a
  semiótica como uma lógica dos signos.
CHARLES MORRIS, SEMIÓTICA E
POSITIVISMO
Charles Morris era especialista em lingüística e
  tentou combinar as idéias do Círculo de Viena
  (neopositivismo lógico) com a de seus mestres G.
  H. Mead (pragmatismo behaviorista) e C. S. Peirce
  (pragmatismo lógico). Cindiu a semiótica nos três
  principais planos, conhecidos como:
a) planos sintático: relações formais e estruturais dos
  signos entre si;
b) Plano semântico: relações entre os signos e aquilo
  que designam (objetos);
c) Plano pragmático: reções dos usuários diante dos
  signos.
O SIGNO COMO RELAÇÃO TRIÁDICA
NOMENCLATURA DE HUSSERL
OS PLANOS SEMIÓTICOS
Significação (Husserl)
                           Interpretante (Peirce)
                           Referência (Ogden e Richards)
                           Sentido (Frege)
                           Intensão (Carnap)
                           Designatum (Morris, 1938)
                           Significatum (Morris 1946)
                           Conceito (Saussure)
                           Conotação, Connotatum (Stuart Mill)
                           Imagem mental (Saussure, Peirce)
                           Conteúdo (Hjelmslev)
                           Estado de consciência (Buyssens)
                           Significado (Eco)


Suporte físico (Husserl)                                   Significado (Husserl)
Signo, representamem (Peirce)                              Objeto (Frege, Peirce)
Símbolo (Ogden e Richards)                                 Denotatum (Morris)
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Expressão (Hjelmslev)                                      Denotação (Russell)
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NOMENCLATURA DE PEIRCE
   Retórica Universal: signo x interpretantes
   Lógica Crítica: signo x objeto
   Gramática semiótica: signo x signo

                             Retórica universal

                                  Lógica crítica
                                        Gramática
                                        semiótica
NOMENCLATURA CHARLES MORRIS
Pragmática: signo x usuários
Semântica: signo x objeto
Sintaxe: signo x signo
            Pragmática

                Semântica

                    Sintaxe
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            Eficácia

                 Vigência
                       Validade
ASPECTO NOMOEMPÍRICO
(DINÂMICO)



          Aplicação

               Existência
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Estática   Dinâmica
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           gramática sintaxe        validade   incidência
signo      semiótica


           lógica      semântica    vigência   existência
objeto
           crítica

Inter      retórica    pragmática   eficácia   aplicação

pretante   universal
BIBLIOGRAFIA
 ARAUJO, Clarice von Oertzen. Incidência Jurídica:
  teoria e crítica. São Paulo, Noeses, 2011.
 CARVALHO, Paulo de Barros. Direito Tributário,
  Linguagem e Método. São Paulo, Noeses, 2009. .
 LISKA, James Jakób. A general introduction to the
  semeiotic of Charles Sanders Peirce. Indiana
  University Press, 1996.
 SAUSSURE, Ferdinand de. Escritos de Linguística
  Geral. São Paulo, Cultrix, 2009.
 SANTAELLA, Lucia. Comunicação e semiótica.
  São Paulo, Hacker Editores, 2004.

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  • 1. IBET – TEORIA GERAL DO DIREITO TEORIA DA LINGUAGEM II Profa. Dra. Clarice von Oertzen de Araujo
  • 2. Língua x Linguagem  Em sentido corrente, a língua é instrumento de comunicação. Para Saussure, é considerada um sistema de relações cujos elementos não tem valor independente de suas relações de equivalência/oposição. Um sistema de signos que repousa sobre regras, coerções. É um produto social, o indivíduo a registra passivamente, pois não pode criá-la ou modificá-la. Trata-se de um “contrato coletivo”. A língua é parte da linguagem.  A linguagem é a capacidade específica da espécie humana de se comunicar por meio de signos.
  • 3. LÍNGUA X LINGUAGEM A língua não é a única e exclusiva forma de linguagem que somos capazes de produzir. As sociedades humanas são mediadas por redes complexas e plurais de linguagens como danças, músicas, cerimoniais, jogos, arquitetura, moda e arte: desenhos, pinturas, esculturas, cenografia. Há uma enorme variedade de linguagens que se constituem como sistemas sociais e históricos de representação do mundo e que podem estar simultaneamente presentes em uma única mensagem, graças a convergência das tecnologias digitais.
  • 4. LINGUAGEM NÃO VERBAL  Qual é a extensão que um conceito de linguagem pode cobrir? Todo fenômeno de cultura só funciona culturalmente porque é também um fenômeno de comunicação que se estrutura como linguagem. Todo e qualquer fato cultural, atividade ou prática social envolve signos e implicam a produção de linguagem e de sentido.
  • 5. FALA  O ato de fala é definido como um componente individual da linguagem. É ato de vontade e de inteligência. O ato de execução de uma língua não é coletivo, é um ato individual, livre para a criação mediante a articulação da língua.  A fala é um modo pessoal de se utilizar o „código‟ língua.  “O aspecto criador da linguagem é o fato do ato da fala” – SAUSSURE.
  • 6. FUNÇÕES DE LINGUAGEM  As funções de linguagem são os diversos fins que se atribuem aos enunciados. Esta forma de considerar a língua permite que os homens comuniquem informações. A existência das funções de linguagem permite a descrição da língua segundo um esquema de teoria da comunicação.  A classificação tradicional das funções das sentenças encontra-se na teoria dos atos de fala (PBC chama de formas de linguagem). As sentenças funcionam como afirmações, interrogações, ordens, etc.
  • 7. TIPOS DE LINGUAGEM  Dá-se o nome tipo de oração às formas fundamentais da oração: declarativa, interrogativa, imperativa, exclamativa.  A lógica trata os tipos de oração como as “formas do discurso”.  O tipo de oração é diferente daquilo que o Neopositivismo Lógico chama de tipos de linguagem: natural ou ordinária, técnica, formalizada.
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  • 12. COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO  Para gerar informação é necessário haver uma intersecção entre os repertórios do emissor e do receptor Repertório Repertório emissor receptor
  • 13. INFORMAÇÃO E REDUNDÂNCIA  Há redundância quando o repertório do emissor é muito próximo ao do receptor e, portanto, a comunicação não gera informação nova. Emissor Receptor
  • 14. INFORMAÇÃO E ENTROPIA  Há entropia (conceito que mede o nível de desordem de um sistema) quando não há nenhuma intersecção entre os repertórios do emissor e do receptor, caso em que a comunicação não ocorre em virtude da ausência de um código comum, o que inviabiliza a transmissão da mensagem, e portanto, não gera informação. Emissor Receptor
  • 15. A SEMIÓTICA A semiótica é a ciência que tem por objeto de investigação todas as linguagens possíveis, ou seja, que tem por objetivo o exame dos modos de constituição de todo e qualquer fenômeno como fenômeno de produção de significação e de sentido.
  • 16. A SEMIÓTICA O vocábulo “semiótica” provém do grego semeion, (signo). Outra palavra com esta raiz: semáforo  Toda e qualquer coisa que se organize ou tenda a organizar-se sob a forma de linguagem, verbal ou não, é objeto de estudo da Semiótica.  Peirce era um lógico-matemático e um filósofo e não um lingüista. Concebeu o estudo da linguagem enquanto lógica – uma lógica dialética e não aristotélica. Formulou a semiótica como uma lógica dos signos.
  • 17. CHARLES MORRIS, SEMIÓTICA E POSITIVISMO Charles Morris era especialista em lingüística e tentou combinar as idéias do Círculo de Viena (neopositivismo lógico) com a de seus mestres G. H. Mead (pragmatismo behaviorista) e C. S. Peirce (pragmatismo lógico). Cindiu a semiótica nos três principais planos, conhecidos como: a) planos sintático: relações formais e estruturais dos signos entre si; b) Plano semântico: relações entre os signos e aquilo que designam (objetos); c) Plano pragmático: reções dos usuários diante dos signos.
  • 18. O SIGNO COMO RELAÇÃO TRIÁDICA
  • 21. Significação (Husserl) Interpretante (Peirce) Referência (Ogden e Richards) Sentido (Frege) Intensão (Carnap) Designatum (Morris, 1938) Significatum (Morris 1946) Conceito (Saussure) Conotação, Connotatum (Stuart Mill) Imagem mental (Saussure, Peirce) Conteúdo (Hjelmslev) Estado de consciência (Buyssens) Significado (Eco) Suporte físico (Husserl) Significado (Husserl) Signo, representamem (Peirce) Objeto (Frege, Peirce) Símbolo (Ogden e Richards) Denotatum (Morris) Veículo sígnico (Morris) Significado (Frege) Expressão (Hjelmslev) Denotação (Russell) Sema (Buyssens) Extensão (Carnap) Significante (Eco) Referente (Eco)
  • 22. NOMENCLATURA DE PEIRCE  Retórica Universal: signo x interpretantes  Lógica Crítica: signo x objeto  Gramática semiótica: signo x signo Retórica universal Lógica crítica Gramática semiótica
  • 23. NOMENCLATURA CHARLES MORRIS Pragmática: signo x usuários Semântica: signo x objeto Sintaxe: signo x signo Pragmática Semântica Sintaxe
  • 24. ASPECTO NOMOLÓGICO (ESTÁTICO) Eficácia Vigência Validade
  • 25. ASPECTO NOMOEMPÍRICO (DINÂMICO) Aplicação Existência Incidência
  • 26. Estática Dinâmica Peirce Morris gramática sintaxe validade incidência signo semiótica lógica semântica vigência existência objeto crítica Inter retórica pragmática eficácia aplicação pretante universal
  • 27. BIBLIOGRAFIA  ARAUJO, Clarice von Oertzen. Incidência Jurídica: teoria e crítica. São Paulo, Noeses, 2011.  CARVALHO, Paulo de Barros. Direito Tributário, Linguagem e Método. São Paulo, Noeses, 2009. .  LISKA, James Jakób. A general introduction to the semeiotic of Charles Sanders Peirce. Indiana University Press, 1996.  SAUSSURE, Ferdinand de. Escritos de Linguística Geral. São Paulo, Cultrix, 2009.  SANTAELLA, Lucia. Comunicação e semiótica. São Paulo, Hacker Editores, 2004.