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DISCIPLINA:BASESGENÉTICASVISANDOASUSTENTABILIDADEEGESTÃOAGRÍCOLA
PqC VI Prof. Dr. Rodrigo
Marcelli BOARETTO
AULA: GESTÃODOSRECURSOSFITOGENÉTICOSPARAA AGROSUSTENTABILIDADE
I – apresentação
Foto: Centro de Cana-de-açúcar, Ribeirão Preto –SP.
CURSO:PÓS-GRADUAÇÃO EMGESTÃO ESUSTENTABILIDADE –16/05/2023
PqC VI
Marcos Guimarães de
Andrade LANDELL
A AGROSUSTENTABILIDADE possibilita uma agropecuária presente e futura, sem danos ao Meio Ambiente. Para tanto contamos
com excelentes ferramentas, como as inerentes às atividades dos RFG que, com uma boa GESTÃO, mantêm, incrementam,
pesquisam e disponibilizam a variabilidade e a diversidade genética inerente às novas Cv., as quais, por sua vez, reforçam a
SEGURANÇA ALIMENTAR ao atender aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da FAO nesta década, até 2030,
especialmente em relação ao “Fome Zero e Agricultura Sustentável” (VEIGA, RFA., 2023).
PqC VI Profa. Dra. Isabella
Clerici DE MARIA
1 – APRESENTAÇÃO DO PROFESSOR
CONCLUÍ o Me. (1990) E Dr. (1994) EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - BOTÂNICA pela UNESP/BOTUCATU - SP.
• Fui o COORDENADOR do SISTEMA DE INTRODUÇÃO E QUARENTENA DE PLANTAS - IAC, por
32 anos, e CRIEI o CENTRO DE RECURSOS GENÉTICOS E JARDIM BOTÂNICO - IAC.
• Fui o COORDENADOR NACIONAL DE RFG (IICA/PROCISUR) indicado pela EMBRAPA (1996-2000), e
CONSULTOR no ICRISAT-ÍNDIA, para ARACHIS spp. (1997).
• MINISTREI a matéria de INTRODUÇÃO AO MANEJO DE RFG, no CURSO DE GENÉTICA,
MELHORAMENTO VEGETAL E BIOTECNOLOGIA, do IAC (1999-2001, com 2 Orientados de Me.). E
ministrei aulas introdutórias do TEMA RFG pelo mesmo curso do IAC, na matéria de MELHORAMENTO DE
PLANTAS ANUAIS (2002-2012).
• MINISTREI o CURSO DE INTRODUÇÃO AO MANEJO DE RFG on line, pelo INFOBIBOS (2013-2019).
• TRABALHEI até a aposentadoria no IAC, efetivando a prestação de serviços em INTERCÂMBIO E
QUARENTENA de plantas, e realizei pesquisas científicas na área de CARACTERIZAÇÃO
MORFOLÓGICA de RFG (1980-2015).
• OCUPEI vários cargos na SBRG (onde EDITOREI o livro de RECURSOS FITOGENÉTICOS e CRIEI a
Revista virtual RG NEWS), e também na RBJB e na REDE SUDESTE DE RG, até início de 2023.
• CRIEI EVENTOS como: SIMPÓSIO NACIONAL DE RG, o SIMPÓSIO LATINO-AMERICANO DE RG,
ENCONTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA AGRICULTURA, ENCONTRO DE ESPECIALISTAS
DO GÊNERO ARACHIS E O WORKSHOP NACIONAL DE CURADORES DE GERMOPLASMA.
• Atualmente MINISTRO aulas introdutórias do TEMA RFG pelo CURSO DE GENÉTICA,
MELHORAMENTO VEGETAL E BIOTECNOLOGIA, DO IAC, nas MATÉRIAS: a) MELHORAMENTO
DE PLANTAS PERENES, desde o início; e b) DOMESTICAÇÃO E PRÉ-MELHORAMENTO (no ano
passado), (e na de hoje, pela primeira vez), e sou o DIRETOR ADMINISTRATIVO, desde 2014, da
FUNDAÇÃO DE APOIO À PESQUISA AGRÍCOLA (FUNDAG), com mandato até julho de 2025.
LUCA 4,2 Bi
GIMNOSPERMAS 365 Mi
ALGAS 500 Mi
ANGIOSPERMAS 140 Mi
Homo 2,5 Mi
TERRA 4,6 Bi
33,9
55,8
359,2
488,3
23
416
542 Mi (milhões)
ANTROPOCENO
CONTINENTES
PANGEIA
65,5
199,6
145,5
252,2
PUM
2,5 Bi (bilhões)
400 Mil
10 Mil
35 Mil
5,3
H. sapiens 400 Mil
1.900 ano
I
II
III
IV
V
V
-
EXTINÇÕES
EM
MASSA
98%
Mil
H. sapiens sapiens
Para Céline BELLARD et al. (2012) a maioria dos
modelos de MUDANÇA CLIMÁTICA indica
consequências alarmantes à BIODIVERSIDADE, no
Antropoceno, com os piores cenários levando a
taxas de EXTINÇÃO que se “qualificariam” como a
SEXTA EXTINÇÃO em massa na história da Terra.
Última era glacial
570 Mi 1ª. Era Glacial (de 5 citadas)
PTERIDÓFITAS 410 Mi
CONÍFERAS 360 Mi
CICAS 286 Mi
1– OSISTEMAINTEGRADODERFG
O conceito de AGROSUSTENTABILIDADE considera diferentes dimensões, mas, tem como base a valorização dos
recursos internos dos sistemas agrícolas produtivos, que se traduz pela manutenção desses sistemas de produção e,
consequentemente, de sua produtividade, ao longo do tempo (Eliane Gonçalves GOMES et al., 2009).
Acessos do
BAG EX SITU
Linhagens da COLEÇÃO
DE TRABALHO
Germo. DOMESTICADO
E PRÉ-MELHORADO
Cv. do MELHORAMENTO
GENÉTICO
CULTIVARES
ESQUECIDAS
VARIEDADES
TRADICIONAIS
RAÇAS LOCAIS
SELEÇÃO DO
AGRICULTOR
Ações do PÓS
MELHORAMENTO
SPP. NATIVAS
DOMESTICADAS
PESQUISA AGRICULTOR
Acessos do
BAG IN SITU
HIBRIDIZAÇÃO
NATURAL
ESCAPE DE CULTIVO
DOMESTICADO
ESCAPE DE CULTIVO
SEMI DOMESTICADO
NÃO DOMESTICADO
POTENCIAL
NATUREZA
A abordagem de SISTEMAS EM RFG requer esforços integrados dos MANTENEDORES DO GERMOPLASMA, na
PESQUISA CIENTÍFICA, na NATUREZA e na AGRICULTURA.
Para entendermos o SISTEMA INTEGRADO temos que compreender também que a AGROBIODIVERSIDADE é composta pelos
ESTADOS FÍSICOS DA MATÉRIA (ar, água e solo) e pelos RG (animais, microrganismos e vegetais), todos interdependentes na
BIOSFERA que, segundo Eduard SUESS (1875), é o espaço dos seres vivos na GEOSFERA (litosfera, hidrosfera e atmosfera).
Foto (Gabriel Faria): Integração Lavoura X Pecuária X Floresta, na Embrapa Agrosilvapastoril – MT.
2 –AAGROSUSTENTABILIDADEEOSRFG
A AGROSUSTENTABILIDADE contempla a Cadeia Agroalimentar (agricultores, consumidores e varejistas), com uma
AGROPECUÁRIA protetora do meio ambiente e consequentemente do ser humano (segurança alimentar). No Brasil tal proteção vem
com de uma LEGISLAÇÃO eficiente para a agropecuária que a obriga a proteger as matas nativas, as nascentes d’água, e as margens dos
córregos e rios. Além disso, o nosso AGRO utiliza-se de equipamentos, técnicas e práticas modernas de condução das culturas e crias,
com a proteção ao AR, À AGUA, E AO SOLO, assim como aos RECURSOS GENÉTICOS (animais, microrganismos e plantas),
minimizando, assim, os danos causados pelos produtos químicos utilizados (adubação, bactericidas, fertirrigação, fungicidas, herbicidas,
inseticidas, nematicidas, etc.) Veiga, RFA (2023).
A FAO (2010) cita que a SEGURANÇA ALIMENTAR (SA) depende de: a) disponibilidade de novas Cv. (com
produtividade e nutrição) e, b) à facilidade de acesso aos alimentos (logística e preço).
Para a EMBRAPA (2023) o FUTURO do AGRO está pautado pela ideia de uma BIOECONOMIA
SUSTENTÁVEL baseada em um modelo de produção, utilização, conservação e regeneração dos recursos biológicos,
tendo por pilares o conhecimento, a ciência e inovação, e também a inclusão social e produtiva.
Miguel Pedro GUERRA et al. (2015), acreditam que a SA só existe quando, toda a família têm acesso físico
aos alimentos (sadios e nutritivos), que contemplem suas dietas e preferências alimentares.
Para Seraina L. CAPPELLI et al. (2022) “há evidências de que a estrutura da comunidade vegetal influencie a
diversidade microbiana do solo que, por sua vez, promove as funções desejadas para a agricultura sustentável”. Embora
saibamos desta integração dos RG (animais, microrganismos e plantas), nesta aula trataremos especialmente dos RFG.
GUERRA
Para enfrentarmos a fome no mundo, devemos distingui-la como:
1. A FOME VISÍVEL: Dos 7,8 Bilhões de habitantes, 820 milhões de pessoas carecem de
alimentos no mundo, 30 milhões só no Brasil, incrementada pelo desperdício de 1.300 milhões de
toneladas de alimentos no mundo, onde o Brasil ocupa o 10º lugar. Com a queda no crescimento
econômico, as interrupções no acesso aos alimentos, o aumento do desemprego, o aumento dos
custos dos alimentos e a pobreza exacerbada, a insegurança alimentar afetará entre 83-132 milhões
de pessoas (FAO/ONU, 2021).
3–ASEGURANÇAALIMENTAREOSRFG
Segundo Juliano G. PÁDUA (2018), a SUSTENTABILIDADE dos Programas de melhoramento
fitogenético e, consequentemente, a manutenção da segurança alimentar mundial, dependerá cada vez
mais dos RG devido às rápidas mudanças (sociedade e ambiente), nos últimos séculos.
Figura: Margiana Petersen-ROCKNEY, et al. (2021).
Segundo Sarah K. JONES (2021) se quisermos integrar a AGROBIODIVERSIDADE, nas agendas de Sustentabilidade,
precisamos entender sua contribuição e subutilização em todo o sistema alimentar.
2. A FOME INVISÍVEL: É reflexo da falha nos hábitos alimentares e no estilo de vida, causando
o sobrepeso com ausência de nutrientes essenciais (aminoácidos, proteínas, vitaminas, sais
minerais), com 2 bilhões de pessoas afetadas, causando doenças não transmissíveis como a
Diabetes tipo 2, pois, a produção de alimentos homogeneizou-se numa estreita faixa de culturas
ricas em calorias, mas pobres nutricionalmente, favorecendo a fome oculta e justificando plantios
diversos, saudáveis ​​e sustentáveis (GREBMER et al., 2014). O ENANI (2019) mostrou sinais de
melhora no País com queda na anemia em aproximados 10% nas crianças de até 5 anos.
Jyotsna PURI (2021), enaltece o peso dos pequenos agricultores, citando que “fazendas, de até 2
hectares (ha), produzem 31% dos alimentos em menos de 11% de terras”.
GENE POOL TERCIÁRIO (GP3): Quando os
cruzamentos de espécies pouco aparentadas com o
GP1 geram progênies anômalas, com graus de
letalidade ou completamente estéreis, viabilizados
somente através do uso da BIOTECNOLOGIA.
GENE POOL PRIMÁRIO (GP1): Quando os
cruzamentos são comuns e geram progênies
férteis, com segregação normal.
GENE POOL QUATERNÁRIO (GP4): Quando os
cruzamentos com GP1 são “impossíveis”, embora
possam ocorrer com técnicas de TRANSGENIA.
GENE POOL SECUNDÁRIO (GP2): Quando os
cruzamentos com GP1 são possíveis, gerando
progênies com níveis variáveis de esterilidade ou
fertilidade, pareamento cromossômico pobre ou
nulo, cujos híbridos dificilmente chegam à
maturidade e às gerações subsequentes.
4–OPOOLGÊNICODOSRFG
POOL GÊNICO: Trata-se de uma classificação da
HIBRIDIZAÇÃO DAS PLANTAS (para o pré-
melhoramento) onde os genótipos (um gene ou
grupo de genes) estão disponíveis, ou não, para
cruzabilidade entre espécies cultivadas e seus
parentes silvestres. [Jack Roland HARLAN & De
WET,1971]
Exemplo de usos de GP3 e GP4, no Pré-melhoramento
Genético, para Sustentabilidade – no enfrentamento das
Mudanças Climáticas (Ex: África, mandioca, 2022/2023)
Como os RFG têm no Melhoramento Genético o seu principal usuário, há necessidade de entendermos como se utiliza das
espécies no Pré-melhoramento, e o conceito de Pool Gênico explica bem isto: Foto: Curso De Manejo Dos Recursos Fitogenéticos (Infobibos, 2011)
Neste contexto, as spp. silvestres parentes das cultivadas
são essenciais para a Gestão dos RG e à Agro-
biodiversidade, na prática da agricultura sustentável/
regenerativa com segurança alimentar, pois seus genes
detêm a variabilidade e a diversidade necessárias ao pré-
melhoramento [Veiga, RFA (2023)].
5–DEFINIÇÃODERFG
Foto: BAG Trigo FAO/IAEA
Para entendermos o conceito e definições de Recursos Fitogenéticos temos que primeiramente
observar duas outras definições anteriores:
Finalmente, em 1970, Otto H. FRÄNKEL & Erna K. BENNETT cunharam o termo
RECURSOS GENÉTICOS, utilizando-se de duas palavras:
a) RECURSOS: São “os bens oriundos dos seres vivos (animais, microrganismos e plantas)
VALORÁVEIS para o ser humano (de valor material e/ou imaterial, presente ou futuro)”.
b) GENÉTICOS: Referindo-se aos materiais HEREDITÁRIOS dos seres vivos (Ex.: em
plantas: brotos, bulbos, estacas, frutos, rizomas, sementes, tubérculos, etc.).
VEIGA, R.F.A & SIQUEIRA, M.V.B.M. (2020), tendo em vista das definições acima,
concluíram que a definição mais suscinta para RECURSOS FITOGENÉTICOS seria:
“Germoplasma Vegetal Valorável”. Hoje, eu definiria apenas com duas palavras:
“GERMOPLASMA FITOVALORÁVEL”!
Em 1908, William BATESON cunhou o termo GENÉTICA significando: “A Ciência que
estuda a Hereditariedade”.
Em 1892, August F.L. WHEISMANN cunhou o termo GERMOPLASMA definindo como: “a
soma total dos Materiais Hereditários de uma espécie”.
Fotos: Polinizadores e Rhizobium da soja
6–DIVERSIDADES
AGROBIODIVERSIDADE: Para Walter S. BOEF
(2007) refere-se ao “modo humano de usar os
recursos biológicos, físicos e naturais, para se
alimentar, curar, construir, produzir fibras e gerar
renda”, o que o distingue fortemente do termo
Biodiversidade Natural.
DIVERSIDADE BIOLÓGICA (Raimond F. DASMANN, 1968) = BIODIVERSIDADE: Walter
G. ROSEN (1985), mas quem publicou 1º. foi Eduard Osborne WILSON (1988). Definida como:
“A diversidade mundial das plantas cultivadas e seus parentes silvestres, seus microrganismos e
animais associados, em interação com o meio ambiente”.
MEGADIVERSIDADE: Para Russel A. MITTERMEIER et al. (1988) referiam-se a um grupo seleto de países que detinham
juntos 70% de toda diversidade do planeta, com altos índices de riqueza em espécies e endemismo que, para eles, eram 12 países.
Já Jeffrey MCNEELY et al. (1997) ampliaram este número para 17 países (retângulos no mapa).
Não Centricas
Semi-endêmicas, Monocêntricas, Oligocêntricas
Instituto Vavilov
São Pitsburg -Rússia
Ásia
1916
1922
1924
1927
1929
1930
1932
1933
1919
Oriente
Médio
&
Ásia
Central
América
do
Norte
Ásia
Central,
Ásia
Central,
Extremo
Oriente
Europa
&
África
Américas
do
Norte,
Central
&
Sul
Europa
&
1931
Europa
1917 Revoluções Russas
1921-22 Seca e Fome
Américas
do
Norte
&
Central
Brasil
1908
Cáucaso
1940
Ucrânia
1939-45
II
Cáucaso
7 –OSRFGEOSCENTROSDEORIGEMEDIVERSIDADE
Mesmo que Alfonse de CANDOLLE (1882) tenha sido o primeiro a estudar a ORIGEM DAS PLANTAS
CULTIVADAS, propondo 4 centros, e que Jack Rodney HARLAN (1980) tenha proposto 6 áreas sendo: 3
centros e 3 não-centros), considera-se o russo NICOLAI IVANOVICH VAVILOV por sua teoria (1926) e
por outras teorias, como sendo o Pai dos RG, Pai da Fitoimunologia, e Pai da Agricultura Moderna, assim
como o Primeiro Guardião da Biodiversidade, e a honraria de ser chamado de Darwin do século XX.
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8 2a
8b
8a
4
Vavilov era carismático, falava 20
idiomas, era um workaholic (dormia só
3-4 horas/noite), foi criador de mais de
200 EE. Mártir ao sacrificar sua vida
por convicções científicas. Publicou:
1.300 obras em Russo e 100 em outros
idiomas.
Eden
Realizou mais de 100 expedições
científicas de coleta de germoplasma,
em cerca de 50 países, col. 50.000
acessos, com os quais criou o 1º BAG
mundial (Hoje com 118 anos e 325 mil
acessos, é o 5º em tamanho).
7.1–OSCENTROSDEORIGEMEDEDIVERSIDADENOBRASIL
Edmundo Navarro
de ANDRADE
Ex: Domesticadas: abiu, biribá, cará, coca, cubiu, jacatupé,
pimenta-malagueta, pupunha, taioba, umari,...
Ex: Semi-domesticadas: cutite, ingá, ingá-cipó, sapota,
tucumã (CLEMENT, C.R., 1999).
No NE temos um “centro de diversidade” da Melancia-comum
(Citrullus lanatus (Thunb.) Matsum. & Nakai ) e de Melancia-
forrageira (C. lanatus subsp. lanatus var. citroides (Bailey)
Mansf. ex Greb.), originárias da África (ROMÃO, R.L.,1995).
CENTRO DE ORIGEM: Área geograficamente isolada
onde ocorre a maior diversidade da espécie domesticada e de
suas parentes silvestres.
CENTRO DE DIVERSIDADE: Área geográfica com alta
diversidade genética da espécie domesticada, fora do seu Centro
de Origem. Ex. no Brasil: Melancia, Coco, Eucalipto, etc.
8–OSHOTSPOTSDOSRFG
Segundo DECLERCK. F.A.J. et al. (2021) uma maior consideração e integração desta
BIODIVERSIDADE na AGRICULTURA é chave para melhorar a saúde, eliminar a fome e alcançar
os objetivos do DESENVOLVIMENTO BIOSUSTENTÁVEL.
Como nem tudo “são flores”, Raj S. PARODA & ARORA (1991), citam que tal diversidade, além de estar
amaçada pela mudança climática, também sofre a pressão da própria AGROPECUÁRIA, e citam os principais
Processos que a AMEAÇAM:
a) EROSÃO GENÉTICA: É a primeira ameaça, onde a própria criação de novas Cv. melhoradas acaba por competir
com as Cv. tradicionais e raças locais, por substituição. Some-se a isto o avanço da agropecuária, em novas terras
virgens, afetando habitats que abrigam os progenitores silvestres. Desta forma, há necessidade urgente de se coletar e
conservar a diversidade genética vislumbrando um futuro sustentável;
b) VULNERABILIDADE GENÉTICA: A segunda ameaça é a “agricultura verde”, com alto consumo de insumos e
baixo número de espécies alimentícias, aliada às novas Cv. cuja base genética se afunila cada vez mais, representa,
para o agro, uma caminhada sobre um “gelo fino”. Nunca antes houve tantas monoculturas com monocultivares
cobrindo tanta área geográfica, significando um risco extremo de quebra de safra;
c) ELIMINAÇÃO GENÉTICA: A terceira ameaça é a destruição rápida e indiscriminada dos recursos genéticos in
situ pela sua exploração, pelo avanço da agropecuária, e pela rotineira perda do germoplasma ex situ
[“acrescentamos”, e de curadores dos BAG, por motivos diversos, como as aposentadorias sem reposição].
HOTSPOTS abrangem, mas diferem dos Centros de Origem e Diversidade e de Megadiversidade. Referem-se aos
locais onde ocorre maior endemismo de espécies com alto grau de ameaça, publicado por Norman MYERS (1988)
citando inicialmente 8 áreas, que hoje chegam a 35. O tema é relevante já que a seleção de genitores e a caracterização
da variabilidade genética, nestes locais, são decisivas ao incremento de eficiência nos programas de melhoramento
genético e, consequentemente, à AGROSUSTENTABILIDADE.
9–ADOMESTICAÇÃODE PLANTASNOBRASIL
O já saudoso Warwich Estevam KERR (INPA-1986), afirmou que os ÍNDIOS domesticaram
todas spp. nativas cultiváveis que conhecemos no Brasil, entre 9 a 12 mil anos atrás. Portanto,
séculos antes da chegada dos portugueses, e segundo CLEMENT, C.R. et al. (2010) cultivavam
espécies nativas como: açaí, babaçu, cacau, caju, castanha-do-pará, goiaba, pequi, pitanga,
pinhão, pupunha,...83 spp., além de exóticas: abacate, banana, mamão,...55 spp..
Sobre a DOMESTICAÇÃO pode-se dizer que pode levar milhares de anos ou apenas uma centena, como no caso do Kiwi
e do Cramberry (R.S. MEYER et al., 2013).
A DOMESTICAÇÃO é considerada um processo COEVOLUTIVO entre o HOMEM, a PLANTA ou ANIMAL,
onde o ser humano SELECIONA (Ex: no caso das PLANTAS, os caracteres desejados, como: cor, sabor,
tamanho, quantidade, etc.), e/ou a própria planta ou animal SE ADAPTAM ao homem. Distinguem-se como: 1)
Cultura primária: quando o progenitor silvestre foi coletado, cultivado ex situ, e melhorado (Ex: milho); 2)
Cultura secundária: quando a planta “invasora” evoluiu naturalmente crescendo no entorno de residências, ou
camuflando-se como se fosse a cultura agrícola (Ex; centeio, aveia, trigo,...), o chamado “Mimetismo Vaviloviano”.
Nossos primeiros habitantes iniciaram “inconscientemente” a DOMESTICAÇÃO e o MELHORAMENTO DAS
PLANTAS. Niède GUIDON (2008) lembra que o Homo sapiens já estava no PI-Brasil desde 100 mil anos atrás.
IIi – a gestão de recursos genéticos
A gestão de RG, no Brasil, é realizada através de CURADORIAS de COLEÇÕES CIENTÍFICAS e de BANCOS DE
GERMOPLASMA que é uma estrutura organizada pelas instituições conservadoras de recursos genéticos, em atividades que são
essenciais para efetivação de uma boa gestão dos acessos por elas mantidos, desde a sua coleta/introdução até o seu uso final, quer
seja no plano particular, institucional, estadual ou nacional [Veiga, RFA (2023)].
Segundo Arthur da Silva MARIANTE et al. (2009) Diversas Instituições Públicas, como universidades e empresas estaduais de
pesquisa agropecuária, desenvolveram estudos no campo dos RFG no Brasil e mantém coleções de germoplasma estratégicas para
a Agricultura brasileira e mundial. Além disso, há colecionadores particulares que ocupam os vazios (genéricos e específicos),
deixados pelas instituições públicas, e que também são Guardiões da Biodiversidade brasileira.
Ranjith PATHIRANA & Francesco CARIMI (2022) enfatizam a necessidade de fortalecer a
infraestrutura do BANCO DE GERMOPLASMA, permitindo o uso de ferramentas biotecnológicas
modernas para ajudar na genotipagem e caracterização de acessos, além de métodos avançados de
conservação ex situ, identificando lacunas nas coleções, desenvolvendo coleções principais e vinculando
dados a bancos de dados internacionais.
1- SITUANDOAGESTÃODERGNAHISTÓRIABRASILEIRA
Foi somente na década de 1920, com o início das coleções de germoplasma do Instituto Agronômico - IAC,
(criado em 1887, por D. Pedro II), que houve uma forte implementação nesta atividade.
Nos últimos 35 anos houve um salto visível de qualidade desta atividade, pela criação do I-Encontro sobre RG
(1988), o I-Curso Internacional Seed Technology For Genebanks – IBPGR/CENARGEN (1989), o I-Simpósio
Latino-Americano sobre RG de espécies hortícolas (1990), o Sistema de Curadorias de Coleções da EMBRAPA
(1993), o I-Simpósio Nacional de RG (1995), o I-Simpósio de RG Latino Americano (1997), o Curso de Pós-
graduação na UFSC (1998), a Sociedade Brasileira de RG (2002), a Rede de RGV do Nordeste (2005), o Curso
de pós-graduação Strictu sensu na UEFS (2007), o Curso de Pós-Graduação na UFRB (2008), o I-Congresso
Nacional de RG (2010), o BBG na Embrapa (2014), a Revista RG News (2015), a Política Nacional de Recursos
Genéticos da Agrobiodiversidade –MAPA (2020), as Redes Regionais de RG concretizaram-se (2022).
Logicamente que não citamos os eventos anuais e bienais decorrentes, uma enormidade [Veiga, RFA (2023)].
O impulso mais recente vem da década de 1970, com a criação da EMBRAPA Cenargen (hoje Embrapa Recursos Genéticos e
Biotecnologia), instalada pelo ministro Alysson Paulinelli, em 26 de novembro de 1976.
2 - OSISTEMADE GESTÃODOSRG
Para a GESTÃO dos RG é necessário existir um Banco Base de Germoplasma (BBG), vários Bancos Ativos de
Germoplasma (BAG) e/ou Coleções Científicas (CC), além de Curadores plenamente capacitados (VEIGA, RFA
2023). A RELEVÂNCIA dos RG está em serem a base biológica da SEGURANÇA ALIMENTAR mundial por
contribuírem para o sustento dos seres vivos da terra (PlanSAN, 2016-2019). Segundo Magaly WETZEL (2001) os
RFG são o repositório de genes adaptados ao meio ambiente. O SISTEMA institucional funciona da seguinte forma:
COMISSÃO COORDENADORA DO SISTEMA: É uma comissão indicada pelo Coordenador ou
diretoria da Instituição, para auxiliá-lo nos trabalhos de Gestão.
COORDENADOR DO SISTEMA DE CURADORIAS: É o profissional indicado pela Diretoria da Instituição
para gerir as atividades das Curadorias, e de comandar uma comissão coordenadora do sistema.
Eliane Gomes FABRI
•Responsáveis
por um ou +
BAG e CC
•Composta por
BAG e/ou CC
•Apoia o
Coordenador do
Sistema
•Realiza a Gestão
do Sistema
Institucional
COORDENADOR COMISSÃO
CURADORES
CURADORIAS
CURADOR: É o profissional responsável pelo Manejo de um ou mais
BAG/CC, oficialmente indicado pela Coordenação do Sistema ou
Diretoria da Instituição.
Foto: Reunião do Sistema de Curadorias da APTA, realizado no IAC (2010) Foto: Prêmio como Coordenador do SC-APTA.
CURADORIA: Refere-se a uma coleção ou grupo de CC e/ou de BAG institucional, sob a responsabilidade de
um Curador.
3–AGESTÃONACIONALDERG
GESTÃO NACIONAL – Contamos com uma Diretoria da SBRG
responsável por apoiar os Sistemas de Curadorias Institucionais.
Hoje o Brasil é um dos países mais organizados na área de RECURSOS GENÉTICOS, por diversos motivos, em especial pela
gestão Nacional (VEIGA, RFA. 2023), como mostramos a seguir:
Para o MAPA o Sistema Nacional de Informações sobre
Recursos Genéticos de interesse para Agropecuária e a
Alimentação objetiva promover a documentação,
informatização e disponibilização de dados e informações
científicas sobre RG de interesse para agropecuária e
alimentação, mantidos em Coleção e BAG no País.
Marcos MAZZARO (2022) ALELO
Diretoria de
Redes Regionais
e Curadorias
SBRG DIRETORA: Maria Teresa Gomes
LOPES (UFAM)
VICE DIRETORA: Ananda
Virgínia de AGUIAR (Embrapa
Florestas)
O MAPA se preocupa com a área de Recursos Genéticos, pois sabe que esta tem sido trabalhada exemplarmente pelas instituições
de pesquisa científica (estaduais e federais) e por empresas privadas, e que há germoplasma mantido por agricultores, pelas
comunidades tradicionais e pelos indígenas, com espécies agrícolas nativas e exóticas. Assim, implantou um SISTEMA
NACIONAL que atende à FAO e ao SNPA, em parceria com a EMBRAPA RGB.
No Brasil temos também a REDE
BRASILEIRA DE JARDINS
BOTÂNICOS (RBJB), que possuí
89 jardins botânicos, conservando ex
situ e preservando in situ.
Zen NUNES
M A P
A
ex situ
4- MINHAETERNAPROPOSTAPARAOBRASIL
M M
A
in situ
C O N S E P A
S N P A
SISTEMA
NACIONAL
CURADORIAS
R
B
J
B
E
M
B
R
A
P
A
R E D E S
R E G I O N A I S
PROGRAMA
NACIONAL RG
-
PODEMOS
MELHORAR!
Continuo propondo integrar Instituições ligadas às CURADORIAS, como: a SBRG e suas REDES REGIONAIS, a EMBRAPA, a
RBJB, o MAPA (coordenando o ex situ), o Ministério MMA (coordenando o in situ), o CONSEPA (como catalizador de recursos
federais e internacionais, repassando-os às unidades estaduais e municipais), e o SNPA. Enfim, no futuro, basta uni-los em um
Sistema Nacional de Curadorias seguindo um Programa Nacional de Recursos Genéticos [Veiga, RFA (2023)].
Foto: diretoria anterior da SBRG, até 2023.
Segundo BURLE, MLB & VEIGA, RFA (2015), a ideia de estabelecimento de um “Sistema Nacional de Curadorias
de Coleções” foi proposta durante o Workshop de Curadores da EMBRAPA, em Brasília, em 2009. Mesmo tendo
prosseguido com discussões nos evento seguintes, com a mudança do estatuto da SBRG incluindo a criação da
Diretoria de Redes e Curadorias, houve uma paralização na sua implantação.
S B R G
Logicamente que estratégias
complementares às estrutu-
rais que proponho aqui tam-
bém devem ser elaboradas,
como a duplicação de
coleções científicas e BAG,
e investimentos financeiros
em todas atividades de RG,
a fim de proteger o germo-
plasma e os Curadores e/ou
Guardiões da Biodiver-
sidade.
REGENERAÇÃO
VALORAÇÃ
O
IDENTIFICAÇÃO
CARACTERIZAÇÃO
CONSERVAÇÃO
MULTIPLICAÇÃO
INTERCAMBIO E QUARENTENA
PRESERVAÇÃO
COLETA
DOCUMENTAÇÃO E
INFORMATIZAÇÃO
Considero essencial compreender as atividades de RFG para poder efetivar uma boa GESTÃO dos RFG [Veiga, RFA (2023)], tais como:
Foto: BAG-Urucum - IAC Foto: BAG-Maracujá - EMBRAPA
Iv – atividades NA GESTÃO de RFG
USO
Foto: Por David Bertioli
1–ACOLETADEGERMOPLASMA
Os dados acima justificam plenamente a necessidade de se coletar, mas, Hari Deo UPADHYAYA et al. (2013) explicam bem
o do PORQUE COLETAR, pois, os RFG são finitos e vulneráveis ​​à erosão com graves ameaças à segurança alimentar
mundial. Tal ocorre pela substituição de raças locais e cultivares tradicionais pelas cultivares modernas, por catástrofes
naturais (como: secas, inundações, incêndio, urbanização e industrialização) e perda de habitat (por represas,
sobrepastoreio, mineração e mudanças climáticas).
Há 30.000 espécies potencialmente alimentícias no mundo;
Destas, 5.538 alimentaram a humanidade ao longo dos tempos;
Hoje, 170 alimentam o mundo;
Destas, somente 15 spp. constituem 90% da dieta humana mundial, são elas: frutíferas (banana e coco), cereais
(arroz, cevada, trigo, milho e sorgo); raízes e tubérculos (batata, batata-doce e mandioca); leguminosas
(amendoim, feijão e soja) plantas açucareiras (beterraba e cana-de-açúcar) (B. M.T.WALTER et al. , 2005).
“Segundo entrevista de Mário R. de MOURA (2022), há estimativas supondo haver “até 100 milhões de espécies vivas no
planeta, o que significaria que só conhecemos 1% delas”, e “as tendências de extinção sugerem existir cerca de 34 mil espécies
de plantas conhecidas em risco. Sobre a biodiversidade das plantas cultivadas cita o exemplo do milho no Brasil, onde são
encontradas 15 raças, com mais de 350 variedades diferentes.
Segundo Evaristo de MIRANDA (2023) existem milhares de espécies vegetais com alguma parte comestível, de
interesse para a culinária e a alimentação humana. Assim, TEMOS variabilidade genética à disposição, bem como
conhecimento científico avançado, FALTANDO diversificar a agricultura, pois, segundo Hakan ULUKAN (2021)
utiliza-se para o cultivo menos de 3% das spp. de plantas conhecidas existentes na natureza, ou seja:
Bruno M.T. WALTER
Impressiona, mais ainda, saber que somente 4 espécies (arroz, batata, milho e trigo) correspondam a 60% de toda dieta humana
[BIOVERSITY, 2021]. A elas se juntam a cana-de-açúcar e a soja no domínio da produção agrícola mundial (ONU/FAO, 2016) e,
para piorar, num sistema de monoculturas e monocultivares, que significa uma estreita base genética (O.H. FRANKEL, 1970).
1.2– OQUECOLETARNOBRASIL
Foto: Expedição Científica de Coleta de Germoplasma – Ipecacuanha – MT e RO
Foto: Expedição Científica de Coleta de Germoplasma - Arachis - Ilha de Marajó - PA
A Coleta e o Resgate são atividades que abastecem os BBG, os BAG e as CC, que por sua vez suprem o pré-melhoramento e a
CT de melhoramento genético. O germoplasma é composto principalmente por espécies em risco de extinção, pelas raras, por
parentes silvestres das cultivadas, pelas domesticadas (centros de origem ou de diversidade), e por cultivares em uso e em
desuso. Assim, temos disponível germoplasma para coletar no Brasil, com a variabilidade e diversidade necessárias (VEIGA,
RFA. 2023), como:
1. Nativas Domesticadas: abacaxi-comum, caju, cará, goiaba,
guaraná, jabuticaba, mamão, urucum, etc.
2. Nativas Semidomesticadas: açucena, araucária, caju-anão,
camu-camu, cupuaçú, feijoa, macaúba, mangaba, pequi,
pitanga, uvaia, umbu, etc.
3. Nativas Indomesticadas: Entre Medicinais, Ornamentais,
Forrageiras, Frutíferas (como: Myrtaceae e Sapotaceae), etc.
4. Nativas Parentes das Domesticadas: amendoim (62 Arachis
spp.); arroz: (Oryza latifólia, O. glumaepatula, O.
grandiglumis e O. alta); Cana: Saccharum (S. angustifolium,
S. asperum e S. villosum); cevada: Hordeum (H. euclaston e
H. stenostachys); tremoço: Lupinus crotalária, etc.
5. Exóticas com Diversidade Local: abóboras, melancia,
melão, milho, feijão-fava, etc.
6. Plantas Alimentícias Não Convencionais: Com 350
espécies, entre nativas e exóticas como: Ex.: cambuci,
caruru, jatobá, ora-pro-nobis, pixirica, pajurá, taioba, etc.
(Wanderly Ferreira KINUPPI).
NATIVAS DOMESTICADAS
NATIVAS SEMI-DOMESTICADAS
NATIVAS INDOMESTICADAS
NATIVAS PARENTES-DOMESTICADAS
EXÓTICAS DIV.
LOCAL
PANC
2 –OINTERCÂMBIODEGERMOPLASMA
IMPORTAÇÃO
1. Requerimento para Importação de Material para Pesquisa;
2. Requerimento de Fiscalização de Produtos Agropecuários;
3. Certificado Fitossanitário do país de origem.
EXPORTAÇÃO
1. Certificado Fitossanitário do Brasil e Laudo de Isenção de Pragas;
2. Import Permit, do país importador;
3. Pedido de Autorização de Exportação;
4. Certificado Fitossanitário de Origem;
5. Requerimento de Fiscalização de Produtos Agropecuários.
TRÂNSITO INTERNO
1. Certificado de Origem;
2. Certificado de Origem Consolidado (spp. nativas em risco de
extinção).
Foto: Pacotes com sementes exportadas pelo IAC
O INTERCÂMBIO refere-se à troca de germoplasma, englobando a internacional com a Importação e Exportação e/ou
aquela efetivada dentro do País com a Introdução e Remessa [Veiga, RFA (2023)]. NASS, LL & REIFSCHNEIDER
FJB (2015) afirmam que não existe país autossuficiente em RFG para a alimentação e agricultura.
Imagem: Marta A. S. MENDES et al., 2016.
Qual é o maior desafio futuro da agricultura? - Para a equipe do Climate Field View (2020) seria tornar
a AGRICULTURA SUSTENTÁVEL, e os obstáculos que o setor tem pela frente são muitos, como questões tipo: manejo
de pragas, plantas daninhas e doenças, ou excelência operacional. Aqui, as legislações de Intercâmbio e Quarentena são
preponderantes.
O INTERCÂMBIO e a QUARENTENA são atividades interdependentes, extremamente ligadas entre si, já que a quarentena é
suprida pelo germoplasma oriundo do intercâmbio, a qual, por sua vez, o protege fitossanitariamente (VEIGA, RFA., 2023).
3–AQUARENTENADERFG
A QUARENTENA refere-se a um período de tempo durante o qual o germoplasma introduzido do exterior, ou de
regiões restritas do próprio País, permanece em observação fitossanitária para evitar a entrada de pragas (A1) ou
dispersão de pragas (A2) (VEIGA, RFA. et al., 1992; MARINHO, V.L.A. et al., 2003).
“Somente introduzir já é muito importante” dizia GERMEK, E.B. (1992) que lembrou que as cultivares de algodão norte-americanas
(Express, TexasBigball, Stoneville, Alburn, Acala, Delfos e Delta Pineland) foram inicialmente utilizadas diretamente na agricultura
brasileira e, posteriormente, tiveram grande participação no desenvolvimento da cultura através do melhoramento com novas Cv.
DILEMA DO
PESQUISADOR
Assim, a QUARENTENA minimiza os riscos aos RFG (nativos e
exóticos introduzidos) e à Agropecuária, protegendo-os das pragas A1 e
A2 (VEIGA, RFA., 2023). Exemplos com culturas, letra “C”:
a) CAFÉ: Surgiu, em 1970, a Ferrugem-do-cafeeiro (Hemileia vastatrix), na
Bahia. Tendo sido superada pelas cultivares resistentes melhoradas em
Portugal pelo Dr. Alcides Carvalho – IAC;
b) CACAU: Espalhada criminosamente, em 1989, a Vassoura-de-bruxa
(Crinipellis pernicosa) arrasou plantações na Bahia, numa ação terrorista de
um membro do PDT (o político Luiz Henrique Franco Timóteo).
c) CITROS: Detectado em 2004 o Greening-dos-citros (Candidatus liberibacter
spp.) ainda é ameaça para o cultivo da laranja, com prejuízos anuais de R$ 50
milhões, minando sua exportação.
SERVIÇOS PARA A SOCIEDADE
Foto: Quarentenário IAC “Emílio Bruno Germek”
3.1–ATIVIDADESDEQUARENTENA
3 meses = anuais
6 meses = perenes
11. ENTREGA
AO IMPORTADOR
2. RECEPÇÃO
DO MATERIAL
4.
INTRODUÇÃO
5.
INSPEÇÃO PRÉ-
PLANTIO
8
INSPEÇÃO
PÓS-PLANTIO
9.
EXPURGO
DESCARTE
10.
EMISSÃO DE
LAUDOS
Como que para resumir o trabalho de quarentena, apresentamos as atividades que permitem a inspeção, tratamento ou exclusão fitossanitária, de
pragas quarentenárias A1 e A2, pelos Comitês de Quarentena e de OGM do quarentenário, e a liberação final pelo MAPA/SDA. Segue um
fluxograma da EQ IAC, desde o aceite da EQ até a entrega do material importado ou introduzido, para fins de pesquisa, ao interessado (Agricultor,
Empresa, Institutos, etc.) (VEIGA, RFA., 2023): 1.
ACEITE
3.
CONFERÊNCIA
Fim
Início
Foto: Quarentenário IAC “Emílio Bruno Germek”
6.
AMOSTRAGEM
7.
PLANTIO
Para Elisabeth S. DENNIS et al. (2007), a proteção contra patógenos e pragas geralmente permite que uma cultura continue a ser
produzida em uma área onde a entrada de um patógeno virulento, ou a evolução de uma nova cepa de um patógeno endêmico,
tornaria a produção antieconômica.
4–IDENTIFICAÇÃODASPLANTAS
A IDENTIFICAÇÃO é a atividade desenvolvida, durante e/ou posteriormente à ação de coleta, com a
TAXONOMIA encaixando-a nos níveis de Família, Gênero, Espécie, Subespécie e Variedade Botânica,
seguindo as normas do CÓDIGO INTERNACIONAL DE NOMENCLATURA para ALGAS,
FUNGOS e PLANTAS (VEIGA, RFA., 2023).
Foto: Dr. Antonio Krapovickas coletando exsicatas no INTA-Manfredi, - Argentina.
Para as Plantas Agrícolas deve ser utilizado outro código, o
CÓDIGO INTERNACIONAL DE NOMENCLATURA para
PLANTAS CULTIVADAS visando batizar as Cultivares,
inclusive para fins de Registro e Proteção, ocasião em que o
melhorista genético lhes dá um nome comercial original (VEIGA,
RFA., 2023).
Ex: Cultivar ou Cv. ou ‘´’, cultivar Tatu, ou cv. Tatu, ou ‘Tatu’.
No exemplo seguinte: Amendoim comum = Arachis hypogaea L., onde:
1. EPÍTETO GENÉRICO
Substantivo, maiúscula, itálico (Arachis);
2. EPÍTETO ESPECÍFICO
Adj., minúscula, itálico (hypogaea) [ou maiúscula em homenagem a uma pessoa].
3. CLASSIFICADOR
Sigla do(s) nome(s) dos autor(es) da espécie, sem itálico [Ex: Carolus Linnaeus = L. ] .
5–ACARACTERIZAÇÃOEAAVALIAÇÃODOSRFG
Quando se avalia e caracteriza o germoplasma utiliza-se de DESCRITORES diversos como:
1. AGRONÔMICO: Ciclo de maturação, época da produção, produção por planta, dados do pólen,
autofertilidade, teor de óleo das sementes, produtividade, resistência a fatores adversos;
2. BOTÂNICO: Organografia e Anatomia (raiz, caule, ramos, folhas, flores, pólens, frutos e
sementes).
3. GENÉTICO: Citologia, Isoenzimas, DNA, ...;
4. QUÍMICO: Metabólitos secundários;
5. TECNOLÓGICO: Aroma, sabor, açúcares, acidez, grau de conservação.
DESCRITORES são regras
quantitativas (ex.: dimensões)
e/ou qualitativas (ex.: coloração)
que distinguem os acessos. São
aplicadas no campo utilizando-se
de sequência numérica de 3 a 9,
como:
Foto: Variabilidade do BAG-Citros do IAC.
A avaliação agronômica, assim como a caracterização dos acessos, de um BAG, são reconhecidas como atividades
essenciais ao Sistema de Gestão de Curadorias, inclusive pelo Bioversity e pela FAO (John Gregory HAWKES et
al., 2000).
1. DESCRITORES MÍNIMOS
Utilizados para distinção entre cultivares (SNPC), requerendo menos
dados por representarem uma base genética estreita.
2. DESCRITORES COMPLETOS
Utilizados para distinção entre acessos de uma mesma espécie de um BAG
(nacionais e internacionais), cuja diversidade é extrema, contendo assim muito
mais descritores.
Após a obtenção dos dados, resultantes da Caracterização e da Aplicação de Descritores,
estes são estudados através da aplicação de métodos estatísticos, como:
1 = muito curto
2 = dúvida
3 = curto
4 = dúvida
5 = médio
6 = dúvida
7= grande
8 = dúvida
9 = muito grande
6–AMANUTENÇÃO
CONSERVAÇÃO
IN SITU
PRESERVAÇÃO
EX SITU
A MANUTENÇÃO é um termo genérico para se referir à preservação das plantas no seu hábitat (in situ), e à conservação fora do
seu hábitat (ex situ), objetivando minimizar a erosão genética nas populações. O homem, através de suas interferências na
natureza (cidades, estradas, represas, etc.) acaba por provocar o desaparecimento dos hábitats de animais, microrganismos e
plantas nativas, vitais até mesmo ao ser humano, enfim, “o feitiço volta-se contra o feiticeiro”, isto é: o homem destrói parte de
sua própria cadeia alimentar [Veiga, RFA (2023)].
Segundo o MAPA (2020), a conservação de RECURSOS GENÉTICOS é uma atividade estratégica para a sustentabilidade da agricultura e da
cultura alimentar. Apresenta grande relevância ao Brasil, por ser o País número -1 em megadiversidade e um dos sustentáculos do agronegócio
mundial.
6.1–APRESERVAÇÃOINSITU
PROTEÇÃO
INTEGRAL
USO
SUSTENTÁVEL
1. Estação
Ecológica
(EE)
2. Monumento
Natural
(MN)
4. Refúgio de
Vida Silvestre
(REVIS)
3. Reserva
Biológica (ReBio)
5. Parque
Nacional
(PN)
1. Área de Pro-
teção Ambiental
(APA)
2. Reserva
Extrativista
(RESSEX)
4. Reserva de
Fauna
(REFAU)
6. Reserva de
Desen. Susten.
(RDS)
7.Res.Partic.Patrim.
Natural. (RPPN)
3. Floresta
Nacional
(FLONA)
5. Área de Rele-
vante Interesse
(ARIE)
570 Áreas de Uso Indireto,
desocupadas e inexploradas
727 Áreas de Uso Direto, ocupadas e
exploradas racionalmente
32.696 spp. Angiospermas
1.584 spp. Briófitas
1.380 spp. Samambaias
23 spp. Gimnospermas
2.113 spp. Ameaçadas Ext.
A PRESERVAÇÃO visa manter 55.000 espécies de plantas superiores nos seus espaços territoriais
representativos de seus ecossistemas, previstos no SNUC. Segundo Claudio V. PADUA & Cláudio C.
MARETTI (2012), o Brasil possui um dos maiores conjuntos de áreas protegidas do mundo, e as espécies
vivendo, sob estas condições, estão em contínua evolução e adaptação ao ambiente.
Foto: Pantanal –Proteção Integral – Parque Nacional
Foto: RPPN Serra da Catedral no Jalapão RPPN – Uso Sustentável
6.1.1–OTERRITÓRIOBRASILEIROPRESERVADO
Agropecuária
25,6%
MIRANDA, E.E. (2018) cita que vivemos no país que mais destina territórios à proteção da vegetação nativa (gráfico abaixo) e
consequentemente à BIODIVERSIDADE, utilizando para a PRESERVAÇÃO 66,3% do nosso território. MIRANDA, E.E.
(2021) cita também que o BRASIL possui 220 milhões de ha. PRESERVADOS com MATAS NATIVAS.
SNUC + Indígenas
24,2%
Evaristo de MIRANDA
Embrapa Territorial
REFLORESTAR O BRASIL É URGENTE
“Quem, HOJE EM DIA, percorre o nosso território imenso, há poucos séculos densamente coberto de
magníficas florestas e campos férteis, sulcado aqui e ali por castos cursos d’água e semeado de miríades
de borbulhantes nascentes, verá que disto tudo, que constituía outrora o paraíso dos naturalistas e o
notável característico de nossa paisagem, POUCA COISA RESTA!”
Revista CHÁCARAS E QUINTAIS - M. LEVY, 1952
6.2 -ACONSERVAÇÃOEXSITU
2.
IN VITRO
3.
CRIOCONSERVAÇÃO
4.
IN VIVO
4.1
PESQUISA
4.2
ON FARM
4.b
CASA DE
VEGETAÇÃO
1.
REFRIGERAÇÃO
1.1 (-20OC)
B. BASE
1.2
B. ATIVO
1.3
COLEÇÃO DE
TRABALHO
4.a
CAMPO
1.4
COLEÇÃO
NÚCLEO
2.1 (20/25oC)
TROPICAIS
2.2 (10/15 oC)
TEMPERADAS
3.1 (-196 oC)
LÍQUIDO
3.2 (-150 oC)
VAPOR
CELSO
MORETTI
TEREZA
CRISTINA
JULIANO
PÁDUA
1.5
COLEÇÃO
GENÔMICA Júlio César MISTRO
4.c
TELADO
4.d
RIPADO
Exemplos conservados em BBG: Ervilha (140 anos), quiabo (135 anos), tomate (134 anos);
Exemplos conservados na natureza: Lotus indiano – solo (1.000 anos); Tremoço – ártico (10.000 anos).
A CONSERVAÇÃO é a manutenção do germoplasma, fora do seu hábitat natural, a curto, médio, ou longo prazos, com poder germinativo e
vigor, sob o controle de TEMPERATURA (ToC) e UMIDADE (U%). As infraestruturas de conservação ex situ dos RFG, fora do seu habitat
original, podem ser distinguidas em quatro (4) CATEGORIAS:
6.2.1–ACONSERVAÇÃOMUNDIAL
ANO DE CRIAÇÃO - BAG
1. RÚSSIA 1917
2. EUA 1958
3. GHANA 1964
10. BRASIL 1974
NÚMERO DE ACESSOS - BAG
1. CHINA 300.000
2. EUA 268.000
3. ALEMANHA 160.000
4. BRASIL 150.000
O complexo CGIAR mantém 770 mil acessos, de 5.832 spp. :
Vânia RENNÓ Rosa Lia BARBIERI
É o maior banco da América Latina, o quinto maior do mundo
“para vegetais” e o 15o para animais, podendo abrigar pelo
menos um milhão de amostras.
Atualmente, estão depositadas no local, em baixas
temperaturas, cerca de 119 mil acessos vegetais (1.117
espécies), 28 mil animais (35 espécies) e sete mil linhagens de
microrganismos (327 espécies)
ALIANCE CIAT & BIOVERSITY -
Banana, Mandioca, Feijão,
Forrageiras;
CIMMYT - Milho e Trigo;
CIP - Batata, Batata Doce;
ICARDA - cevada, lentilha, feijão-
fava, trigo-duro, grão-de-bico,
gramínias e leguminosas
forrageiras;
ICRAF - Agroflorestais;
ICRISAT - Amendoim, Grão-
de-bico, Guandu, Milheto,
Sorgo;
IITA - Raízes e Tubérculos,
Banana, Milho, Grãos,
Legumes e Cereais de
sequeiro;
ILRI - Forrageiras Tropicais;
IRRI e AFR. CENT. – Arroz.
BANCO DE GERMOPLASMA (BAG): É o conjunto de acessos, geneticamente representativos da família, gênero ou
espécie, conservados, manejados, intercambiados, e utilizados sem descartes de acessos (VEIGA, R.F.A. et al., 2015). Hoje temos
aproximadas 50 mil spp. conservadas, em mais de 700 BAG (FAO, 2020). O mais famoso é o Svalbard Global Seed Vault, de
2008, com a coleção mais diversa do mundo e mais de 1 milhão de acessos (site do SGSV, 2023).
Grupo Consultivo de Pesquisa Agrícola Internacional
(CGIAR)
7 –DOCUMENTAÇÃOEINFORMATIZAÇÃO
TRIBO KARÃO
“Necrotério Genético”
Para José Tomás ESQUINAS-ALCAZAR (1993) um bom SISTEMA DE DOCUMENTAÇÃO
é a chave para o USO EFETIVO dos acessos mantidos no BAG (Exemplo da foto com entrega
de sementes originais dos índios Karão, pela Embrapa-Cenargen). Outro exemplo, de 2023, a
REPATRIAÇÃO de variedades crioulas de batata, pelo CIP, para os agricultores peruanos, com
benefícios culturais e nutricionais, aumentando a SEGURANÇA ALIMENTAR, diversidades
de sabores e textura.
A INFORMATIZAÇÃO objetiva o USO RACIONAL DOS DADOS de Manejo dos RFG, onde através de
PROGRAMAS DE COMPUTAÇÃO, abastecidos com dados dos BBG, BAG e CC, se faz a Gestão dos Dados de
Registro, Classificação, Organização e Interpretação.
(Foto: BAG-Feijão Embrapa).
A organização dos dados é essencial para uma efetiva Gestão e Uso dos RFG. A DOCUMENTAÇÃO é a ação básica de REGISTRO DOS
DADOS (oriundos das Atividades de Manejo das Curadorias com os BAG, BBG e CT), organizados como fichários, livros ata, e/ou programas de
computação, disponibilizando-os aos usuários com acesso fácil e informações claras.
Para Sílvia M.F.S. MASSRUHÁ et al. (2017) os MÉTODOS COMPUTACIONAIS de alto desempenho e seus PROGRAMAS
devem ser: a) intercambiáveis; b) dados protegidos/disponibilizáveis; c) maleáveis para aceitar novas inserções; d) que
possibilitem cruzar os dados, rápidos, de fácil uso e, e) fáceis de publicar. (Ex.: a) SINGER (CGIAR); b) pcGRIN (IPGRI); c) BG-
Recorder (BGCI); d) GENIS (alemão); e) EPGRIS e EUFGIS (RG florestais-Europa); f) WIEWS (ONU); g) ALELO (Embrapa)...].
8-VALORAÇÃOEUSOS
Foto: BAG Hortaliças, Embrapa.
Foto: BAG Café, IAC. Foto: BAG Abacaxi, Embrapa.
Foto: BAG Paspalum, Embrapa
Fábio G. FALEIRO et al. (2015) destacam o grande potencial de USO dos RFG na ampliação da base da cadeia alimentar e de,
inclusive, atender à demanda da indústria, bioenergia, vestuário, medicamentos, ornamentação, habitação, etc.
Miguel GUERRA et al. (2015) distinguem os RFG pelo seu VALOR de USO: a) Direto - recreação, turismo,
educação, ciência, etc.; b) Indireto - regulação do clima, fertilidade do solo, ciclagem de nutrientes, etc.
Define-se o valor do que pode ser usado, no nosso caso os RFG na crise hídrica e na segurança alimentar. Mohammad
E. DULLOO (2021) diz que VALORAR significa por VALOR, atual ou potencial, em um determinado RFG (ex.:
gênero, espécie, variedade, acesso ou cv.), para motivar financiadores ou a sociedade, o que é obtido através do preparo
e uso de fórmulas estatísticas.
9-MULTIPLICAÇÃOEREGENERAÇÃO
MULTIPLICAÇÃO: é o ato de REPRODUZIR os acessos,
de um BAG, em ambiente protegido, a campo, ou in vitro, a
fim de se obter GERMOPLASMA em QUANTIDADE
suficiente para conservar, intercambiar, melhorar e usar.
REGENERAÇÃO: é a atividade de renovar as sementes
conservadas, cuja GERMINAÇÃO e VIGOR reduziu-se, com
o passar dos tempos, durante a conservação no BBG. Objetiva
replantar e devolvê-las para a conservação (acima de 80%).
A Multiplicação e a Regeneração são atividades essenciais ao trabalho de sustentabilidade agrícola, tanto para solucionar a crise
hídrica como para incrementar a segurança alimentar, em especial quando se pretende obter germoplasma, na quantidade
necessária, para ser utilizado ou testado como solução aos problemas da agricultura [Veiga, RFA (2023)]. Onde:
A chamada AGRICULTURA REGENERATIVA se baseia na sustentabilidade do meio ambiente agrícola e natural,
assim como na saúde humana. Enfim, nela a agropecuária faz parte da preservação do solo e de sua fertilidade, do
meio ambiente e consequentemente da biodiversidade e seus RECURSOS GENÉTICOS locais. Para a natureza,
além da sua preservação, contribui também através da aplicação das técnicas da Agricultura Ecológica e de
Reflorestamento (Natália IVANCHUK, 2021).
10-USOS
LOPES
Foto: Área de Polinização do Centro de Cana-de-açúcar – IAC, Uruçuca na Bahia, propriedade da FUNDAG.
José Francisco
Montenegro
VALLS
Para V. Ramanatha RAO (2003) existe a necessidade de se UTILIZAR eficazmente da DIVERSIDADE
GENÉTICA, mantida nos BAG, para REDUZIR a vulnerabilidade genética e AUMENTAR a sustentabilidade nos
sistemas de produção modernos. A seguir cito exemplos de usos de RFG:
 ACLIMATAÇÃO: acessos de novas espécies introduzidas, são aclimatados e utilizados diretamente na
agricultura;
 BIOTECNOLOGIA: Utilizado nas áreas farmacêutica, tecnologia agrícola e biotecnologia industrial,
e suas técnicas utilizadas no melhoramento genético;
 DIVERSIFICAÇÃO: a agricultura de conservação através culturas diversas, cultivares variados,
cultivo mínimo, cobertura do solo e rotação de culturas;
 DOMESTICAÇÃO, PRÉ-MELHORAMENTO, MELHORAMENTO GENÉTICO: Os acessos de
espécies, parentes da cultivada, são cruzados entre si e com cultivares da espécies cultivada, e incluídos
na CT. Acessos do BAG com características de interesse (após serem caracterizados e avaliados)
também são incluídos na CT do melhorista genético. VALLS, J.F.M. (2004) cita como uso: a) escolha
e domesticação de novas spp.; b) seleção de novas linhagens e de raças de uso tradicional; c) seleção
em progênies após manipulação reprodutiva; d) incorporação de modificações genéticas pela
introgressão de genes de spp. próximas por via reprodutiva; e) incorporação de modificações genéticas
por transgenia. [Ex: potencial de uso: Segundo Silvio LOPES et al.(2021) a FUNDECITRUS ao
confirmar a resistência nos gêneros Microcitrus Swingle e Eremocitrus Swingle (Rutaceae), vislumbra
o controle futuro do Greening)];
 PELA SOCIEDADE: Lazer e ecoturismo em conexão com a natureza (saúde física e mental),
educação agrícola, alimentação (nutrição e segurança alimentar), emprego, …;
 OUTROS: paisagismo, bioprospecção, extrativismo, energia renovável, etc…
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v – fim
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MEU CONTATO:
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Gestão dos Recursos Fitogenéticos para a Sustentabilidade Agrícola - 2023.pptx

  • 1. DISCIPLINA:BASESGENÉTICASVISANDOASUSTENTABILIDADEEGESTÃOAGRÍCOLA PqC VI Prof. Dr. Rodrigo Marcelli BOARETTO AULA: GESTÃODOSRECURSOSFITOGENÉTICOSPARAA AGROSUSTENTABILIDADE I – apresentação Foto: Centro de Cana-de-açúcar, Ribeirão Preto –SP. CURSO:PÓS-GRADUAÇÃO EMGESTÃO ESUSTENTABILIDADE –16/05/2023 PqC VI Marcos Guimarães de Andrade LANDELL A AGROSUSTENTABILIDADE possibilita uma agropecuária presente e futura, sem danos ao Meio Ambiente. Para tanto contamos com excelentes ferramentas, como as inerentes às atividades dos RFG que, com uma boa GESTÃO, mantêm, incrementam, pesquisam e disponibilizam a variabilidade e a diversidade genética inerente às novas Cv., as quais, por sua vez, reforçam a SEGURANÇA ALIMENTAR ao atender aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da FAO nesta década, até 2030, especialmente em relação ao “Fome Zero e Agricultura Sustentável” (VEIGA, RFA., 2023). PqC VI Profa. Dra. Isabella Clerici DE MARIA
  • 2. 1 – APRESENTAÇÃO DO PROFESSOR CONCLUÍ o Me. (1990) E Dr. (1994) EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - BOTÂNICA pela UNESP/BOTUCATU - SP. • Fui o COORDENADOR do SISTEMA DE INTRODUÇÃO E QUARENTENA DE PLANTAS - IAC, por 32 anos, e CRIEI o CENTRO DE RECURSOS GENÉTICOS E JARDIM BOTÂNICO - IAC. • Fui o COORDENADOR NACIONAL DE RFG (IICA/PROCISUR) indicado pela EMBRAPA (1996-2000), e CONSULTOR no ICRISAT-ÍNDIA, para ARACHIS spp. (1997). • MINISTREI a matéria de INTRODUÇÃO AO MANEJO DE RFG, no CURSO DE GENÉTICA, MELHORAMENTO VEGETAL E BIOTECNOLOGIA, do IAC (1999-2001, com 2 Orientados de Me.). E ministrei aulas introdutórias do TEMA RFG pelo mesmo curso do IAC, na matéria de MELHORAMENTO DE PLANTAS ANUAIS (2002-2012). • MINISTREI o CURSO DE INTRODUÇÃO AO MANEJO DE RFG on line, pelo INFOBIBOS (2013-2019). • TRABALHEI até a aposentadoria no IAC, efetivando a prestação de serviços em INTERCÂMBIO E QUARENTENA de plantas, e realizei pesquisas científicas na área de CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA de RFG (1980-2015). • OCUPEI vários cargos na SBRG (onde EDITOREI o livro de RECURSOS FITOGENÉTICOS e CRIEI a Revista virtual RG NEWS), e também na RBJB e na REDE SUDESTE DE RG, até início de 2023. • CRIEI EVENTOS como: SIMPÓSIO NACIONAL DE RG, o SIMPÓSIO LATINO-AMERICANO DE RG, ENCONTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA AGRICULTURA, ENCONTRO DE ESPECIALISTAS DO GÊNERO ARACHIS E O WORKSHOP NACIONAL DE CURADORES DE GERMOPLASMA. • Atualmente MINISTRO aulas introdutórias do TEMA RFG pelo CURSO DE GENÉTICA, MELHORAMENTO VEGETAL E BIOTECNOLOGIA, DO IAC, nas MATÉRIAS: a) MELHORAMENTO DE PLANTAS PERENES, desde o início; e b) DOMESTICAÇÃO E PRÉ-MELHORAMENTO (no ano passado), (e na de hoje, pela primeira vez), e sou o DIRETOR ADMINISTRATIVO, desde 2014, da FUNDAÇÃO DE APOIO À PESQUISA AGRÍCOLA (FUNDAG), com mandato até julho de 2025.
  • 3. LUCA 4,2 Bi GIMNOSPERMAS 365 Mi ALGAS 500 Mi ANGIOSPERMAS 140 Mi Homo 2,5 Mi TERRA 4,6 Bi 33,9 55,8 359,2 488,3 23 416 542 Mi (milhões) ANTROPOCENO CONTINENTES PANGEIA 65,5 199,6 145,5 252,2 PUM 2,5 Bi (bilhões) 400 Mil 10 Mil 35 Mil 5,3 H. sapiens 400 Mil 1.900 ano I II III IV V V - EXTINÇÕES EM MASSA 98% Mil H. sapiens sapiens Para Céline BELLARD et al. (2012) a maioria dos modelos de MUDANÇA CLIMÁTICA indica consequências alarmantes à BIODIVERSIDADE, no Antropoceno, com os piores cenários levando a taxas de EXTINÇÃO que se “qualificariam” como a SEXTA EXTINÇÃO em massa na história da Terra. Última era glacial 570 Mi 1ª. Era Glacial (de 5 citadas) PTERIDÓFITAS 410 Mi CONÍFERAS 360 Mi CICAS 286 Mi
  • 4. 1– OSISTEMAINTEGRADODERFG O conceito de AGROSUSTENTABILIDADE considera diferentes dimensões, mas, tem como base a valorização dos recursos internos dos sistemas agrícolas produtivos, que se traduz pela manutenção desses sistemas de produção e, consequentemente, de sua produtividade, ao longo do tempo (Eliane Gonçalves GOMES et al., 2009). Acessos do BAG EX SITU Linhagens da COLEÇÃO DE TRABALHO Germo. DOMESTICADO E PRÉ-MELHORADO Cv. do MELHORAMENTO GENÉTICO CULTIVARES ESQUECIDAS VARIEDADES TRADICIONAIS RAÇAS LOCAIS SELEÇÃO DO AGRICULTOR Ações do PÓS MELHORAMENTO SPP. NATIVAS DOMESTICADAS PESQUISA AGRICULTOR Acessos do BAG IN SITU HIBRIDIZAÇÃO NATURAL ESCAPE DE CULTIVO DOMESTICADO ESCAPE DE CULTIVO SEMI DOMESTICADO NÃO DOMESTICADO POTENCIAL NATUREZA A abordagem de SISTEMAS EM RFG requer esforços integrados dos MANTENEDORES DO GERMOPLASMA, na PESQUISA CIENTÍFICA, na NATUREZA e na AGRICULTURA. Para entendermos o SISTEMA INTEGRADO temos que compreender também que a AGROBIODIVERSIDADE é composta pelos ESTADOS FÍSICOS DA MATÉRIA (ar, água e solo) e pelos RG (animais, microrganismos e vegetais), todos interdependentes na BIOSFERA que, segundo Eduard SUESS (1875), é o espaço dos seres vivos na GEOSFERA (litosfera, hidrosfera e atmosfera).
  • 5. Foto (Gabriel Faria): Integração Lavoura X Pecuária X Floresta, na Embrapa Agrosilvapastoril – MT. 2 –AAGROSUSTENTABILIDADEEOSRFG A AGROSUSTENTABILIDADE contempla a Cadeia Agroalimentar (agricultores, consumidores e varejistas), com uma AGROPECUÁRIA protetora do meio ambiente e consequentemente do ser humano (segurança alimentar). No Brasil tal proteção vem com de uma LEGISLAÇÃO eficiente para a agropecuária que a obriga a proteger as matas nativas, as nascentes d’água, e as margens dos córregos e rios. Além disso, o nosso AGRO utiliza-se de equipamentos, técnicas e práticas modernas de condução das culturas e crias, com a proteção ao AR, À AGUA, E AO SOLO, assim como aos RECURSOS GENÉTICOS (animais, microrganismos e plantas), minimizando, assim, os danos causados pelos produtos químicos utilizados (adubação, bactericidas, fertirrigação, fungicidas, herbicidas, inseticidas, nematicidas, etc.) Veiga, RFA (2023). A FAO (2010) cita que a SEGURANÇA ALIMENTAR (SA) depende de: a) disponibilidade de novas Cv. (com produtividade e nutrição) e, b) à facilidade de acesso aos alimentos (logística e preço). Para a EMBRAPA (2023) o FUTURO do AGRO está pautado pela ideia de uma BIOECONOMIA SUSTENTÁVEL baseada em um modelo de produção, utilização, conservação e regeneração dos recursos biológicos, tendo por pilares o conhecimento, a ciência e inovação, e também a inclusão social e produtiva. Miguel Pedro GUERRA et al. (2015), acreditam que a SA só existe quando, toda a família têm acesso físico aos alimentos (sadios e nutritivos), que contemplem suas dietas e preferências alimentares. Para Seraina L. CAPPELLI et al. (2022) “há evidências de que a estrutura da comunidade vegetal influencie a diversidade microbiana do solo que, por sua vez, promove as funções desejadas para a agricultura sustentável”. Embora saibamos desta integração dos RG (animais, microrganismos e plantas), nesta aula trataremos especialmente dos RFG. GUERRA
  • 6. Para enfrentarmos a fome no mundo, devemos distingui-la como: 1. A FOME VISÍVEL: Dos 7,8 Bilhões de habitantes, 820 milhões de pessoas carecem de alimentos no mundo, 30 milhões só no Brasil, incrementada pelo desperdício de 1.300 milhões de toneladas de alimentos no mundo, onde o Brasil ocupa o 10º lugar. Com a queda no crescimento econômico, as interrupções no acesso aos alimentos, o aumento do desemprego, o aumento dos custos dos alimentos e a pobreza exacerbada, a insegurança alimentar afetará entre 83-132 milhões de pessoas (FAO/ONU, 2021). 3–ASEGURANÇAALIMENTAREOSRFG Segundo Juliano G. PÁDUA (2018), a SUSTENTABILIDADE dos Programas de melhoramento fitogenético e, consequentemente, a manutenção da segurança alimentar mundial, dependerá cada vez mais dos RG devido às rápidas mudanças (sociedade e ambiente), nos últimos séculos. Figura: Margiana Petersen-ROCKNEY, et al. (2021). Segundo Sarah K. JONES (2021) se quisermos integrar a AGROBIODIVERSIDADE, nas agendas de Sustentabilidade, precisamos entender sua contribuição e subutilização em todo o sistema alimentar. 2. A FOME INVISÍVEL: É reflexo da falha nos hábitos alimentares e no estilo de vida, causando o sobrepeso com ausência de nutrientes essenciais (aminoácidos, proteínas, vitaminas, sais minerais), com 2 bilhões de pessoas afetadas, causando doenças não transmissíveis como a Diabetes tipo 2, pois, a produção de alimentos homogeneizou-se numa estreita faixa de culturas ricas em calorias, mas pobres nutricionalmente, favorecendo a fome oculta e justificando plantios diversos, saudáveis ​​e sustentáveis (GREBMER et al., 2014). O ENANI (2019) mostrou sinais de melhora no País com queda na anemia em aproximados 10% nas crianças de até 5 anos. Jyotsna PURI (2021), enaltece o peso dos pequenos agricultores, citando que “fazendas, de até 2 hectares (ha), produzem 31% dos alimentos em menos de 11% de terras”.
  • 7. GENE POOL TERCIÁRIO (GP3): Quando os cruzamentos de espécies pouco aparentadas com o GP1 geram progênies anômalas, com graus de letalidade ou completamente estéreis, viabilizados somente através do uso da BIOTECNOLOGIA. GENE POOL PRIMÁRIO (GP1): Quando os cruzamentos são comuns e geram progênies férteis, com segregação normal. GENE POOL QUATERNÁRIO (GP4): Quando os cruzamentos com GP1 são “impossíveis”, embora possam ocorrer com técnicas de TRANSGENIA. GENE POOL SECUNDÁRIO (GP2): Quando os cruzamentos com GP1 são possíveis, gerando progênies com níveis variáveis de esterilidade ou fertilidade, pareamento cromossômico pobre ou nulo, cujos híbridos dificilmente chegam à maturidade e às gerações subsequentes. 4–OPOOLGÊNICODOSRFG POOL GÊNICO: Trata-se de uma classificação da HIBRIDIZAÇÃO DAS PLANTAS (para o pré- melhoramento) onde os genótipos (um gene ou grupo de genes) estão disponíveis, ou não, para cruzabilidade entre espécies cultivadas e seus parentes silvestres. [Jack Roland HARLAN & De WET,1971] Exemplo de usos de GP3 e GP4, no Pré-melhoramento Genético, para Sustentabilidade – no enfrentamento das Mudanças Climáticas (Ex: África, mandioca, 2022/2023) Como os RFG têm no Melhoramento Genético o seu principal usuário, há necessidade de entendermos como se utiliza das espécies no Pré-melhoramento, e o conceito de Pool Gênico explica bem isto: Foto: Curso De Manejo Dos Recursos Fitogenéticos (Infobibos, 2011) Neste contexto, as spp. silvestres parentes das cultivadas são essenciais para a Gestão dos RG e à Agro- biodiversidade, na prática da agricultura sustentável/ regenerativa com segurança alimentar, pois seus genes detêm a variabilidade e a diversidade necessárias ao pré- melhoramento [Veiga, RFA (2023)].
  • 8. 5–DEFINIÇÃODERFG Foto: BAG Trigo FAO/IAEA Para entendermos o conceito e definições de Recursos Fitogenéticos temos que primeiramente observar duas outras definições anteriores: Finalmente, em 1970, Otto H. FRÄNKEL & Erna K. BENNETT cunharam o termo RECURSOS GENÉTICOS, utilizando-se de duas palavras: a) RECURSOS: São “os bens oriundos dos seres vivos (animais, microrganismos e plantas) VALORÁVEIS para o ser humano (de valor material e/ou imaterial, presente ou futuro)”. b) GENÉTICOS: Referindo-se aos materiais HEREDITÁRIOS dos seres vivos (Ex.: em plantas: brotos, bulbos, estacas, frutos, rizomas, sementes, tubérculos, etc.). VEIGA, R.F.A & SIQUEIRA, M.V.B.M. (2020), tendo em vista das definições acima, concluíram que a definição mais suscinta para RECURSOS FITOGENÉTICOS seria: “Germoplasma Vegetal Valorável”. Hoje, eu definiria apenas com duas palavras: “GERMOPLASMA FITOVALORÁVEL”! Em 1908, William BATESON cunhou o termo GENÉTICA significando: “A Ciência que estuda a Hereditariedade”. Em 1892, August F.L. WHEISMANN cunhou o termo GERMOPLASMA definindo como: “a soma total dos Materiais Hereditários de uma espécie”.
  • 9. Fotos: Polinizadores e Rhizobium da soja 6–DIVERSIDADES AGROBIODIVERSIDADE: Para Walter S. BOEF (2007) refere-se ao “modo humano de usar os recursos biológicos, físicos e naturais, para se alimentar, curar, construir, produzir fibras e gerar renda”, o que o distingue fortemente do termo Biodiversidade Natural. DIVERSIDADE BIOLÓGICA (Raimond F. DASMANN, 1968) = BIODIVERSIDADE: Walter G. ROSEN (1985), mas quem publicou 1º. foi Eduard Osborne WILSON (1988). Definida como: “A diversidade mundial das plantas cultivadas e seus parentes silvestres, seus microrganismos e animais associados, em interação com o meio ambiente”. MEGADIVERSIDADE: Para Russel A. MITTERMEIER et al. (1988) referiam-se a um grupo seleto de países que detinham juntos 70% de toda diversidade do planeta, com altos índices de riqueza em espécies e endemismo que, para eles, eram 12 países. Já Jeffrey MCNEELY et al. (1997) ampliaram este número para 17 países (retângulos no mapa).
  • 10. Não Centricas Semi-endêmicas, Monocêntricas, Oligocêntricas Instituto Vavilov São Pitsburg -Rússia Ásia 1916 1922 1924 1927 1929 1930 1932 1933 1919 Oriente Médio & Ásia Central América do Norte Ásia Central, Ásia Central, Extremo Oriente Europa & África Américas do Norte, Central & Sul Europa & 1931 Europa 1917 Revoluções Russas 1921-22 Seca e Fome Américas do Norte & Central Brasil 1908 Cáucaso 1940 Ucrânia 1939-45 II Cáucaso 7 –OSRFGEOSCENTROSDEORIGEMEDIVERSIDADE Mesmo que Alfonse de CANDOLLE (1882) tenha sido o primeiro a estudar a ORIGEM DAS PLANTAS CULTIVADAS, propondo 4 centros, e que Jack Rodney HARLAN (1980) tenha proposto 6 áreas sendo: 3 centros e 3 não-centros), considera-se o russo NICOLAI IVANOVICH VAVILOV por sua teoria (1926) e por outras teorias, como sendo o Pai dos RG, Pai da Fitoimunologia, e Pai da Agricultura Moderna, assim como o Primeiro Guardião da Biodiversidade, e a honraria de ser chamado de Darwin do século XX. 8a 1 2 3 5 6 7 8 2a 8b 8a 4 Vavilov era carismático, falava 20 idiomas, era um workaholic (dormia só 3-4 horas/noite), foi criador de mais de 200 EE. Mártir ao sacrificar sua vida por convicções científicas. Publicou: 1.300 obras em Russo e 100 em outros idiomas. Eden Realizou mais de 100 expedições científicas de coleta de germoplasma, em cerca de 50 países, col. 50.000 acessos, com os quais criou o 1º BAG mundial (Hoje com 118 anos e 325 mil acessos, é o 5º em tamanho).
  • 11. 7.1–OSCENTROSDEORIGEMEDEDIVERSIDADENOBRASIL Edmundo Navarro de ANDRADE Ex: Domesticadas: abiu, biribá, cará, coca, cubiu, jacatupé, pimenta-malagueta, pupunha, taioba, umari,... Ex: Semi-domesticadas: cutite, ingá, ingá-cipó, sapota, tucumã (CLEMENT, C.R., 1999). No NE temos um “centro de diversidade” da Melancia-comum (Citrullus lanatus (Thunb.) Matsum. & Nakai ) e de Melancia- forrageira (C. lanatus subsp. lanatus var. citroides (Bailey) Mansf. ex Greb.), originárias da África (ROMÃO, R.L.,1995). CENTRO DE ORIGEM: Área geograficamente isolada onde ocorre a maior diversidade da espécie domesticada e de suas parentes silvestres. CENTRO DE DIVERSIDADE: Área geográfica com alta diversidade genética da espécie domesticada, fora do seu Centro de Origem. Ex. no Brasil: Melancia, Coco, Eucalipto, etc.
  • 12. 8–OSHOTSPOTSDOSRFG Segundo DECLERCK. F.A.J. et al. (2021) uma maior consideração e integração desta BIODIVERSIDADE na AGRICULTURA é chave para melhorar a saúde, eliminar a fome e alcançar os objetivos do DESENVOLVIMENTO BIOSUSTENTÁVEL. Como nem tudo “são flores”, Raj S. PARODA & ARORA (1991), citam que tal diversidade, além de estar amaçada pela mudança climática, também sofre a pressão da própria AGROPECUÁRIA, e citam os principais Processos que a AMEAÇAM: a) EROSÃO GENÉTICA: É a primeira ameaça, onde a própria criação de novas Cv. melhoradas acaba por competir com as Cv. tradicionais e raças locais, por substituição. Some-se a isto o avanço da agropecuária, em novas terras virgens, afetando habitats que abrigam os progenitores silvestres. Desta forma, há necessidade urgente de se coletar e conservar a diversidade genética vislumbrando um futuro sustentável; b) VULNERABILIDADE GENÉTICA: A segunda ameaça é a “agricultura verde”, com alto consumo de insumos e baixo número de espécies alimentícias, aliada às novas Cv. cuja base genética se afunila cada vez mais, representa, para o agro, uma caminhada sobre um “gelo fino”. Nunca antes houve tantas monoculturas com monocultivares cobrindo tanta área geográfica, significando um risco extremo de quebra de safra; c) ELIMINAÇÃO GENÉTICA: A terceira ameaça é a destruição rápida e indiscriminada dos recursos genéticos in situ pela sua exploração, pelo avanço da agropecuária, e pela rotineira perda do germoplasma ex situ [“acrescentamos”, e de curadores dos BAG, por motivos diversos, como as aposentadorias sem reposição]. HOTSPOTS abrangem, mas diferem dos Centros de Origem e Diversidade e de Megadiversidade. Referem-se aos locais onde ocorre maior endemismo de espécies com alto grau de ameaça, publicado por Norman MYERS (1988) citando inicialmente 8 áreas, que hoje chegam a 35. O tema é relevante já que a seleção de genitores e a caracterização da variabilidade genética, nestes locais, são decisivas ao incremento de eficiência nos programas de melhoramento genético e, consequentemente, à AGROSUSTENTABILIDADE.
  • 13. 9–ADOMESTICAÇÃODE PLANTASNOBRASIL O já saudoso Warwich Estevam KERR (INPA-1986), afirmou que os ÍNDIOS domesticaram todas spp. nativas cultiváveis que conhecemos no Brasil, entre 9 a 12 mil anos atrás. Portanto, séculos antes da chegada dos portugueses, e segundo CLEMENT, C.R. et al. (2010) cultivavam espécies nativas como: açaí, babaçu, cacau, caju, castanha-do-pará, goiaba, pequi, pitanga, pinhão, pupunha,...83 spp., além de exóticas: abacate, banana, mamão,...55 spp.. Sobre a DOMESTICAÇÃO pode-se dizer que pode levar milhares de anos ou apenas uma centena, como no caso do Kiwi e do Cramberry (R.S. MEYER et al., 2013). A DOMESTICAÇÃO é considerada um processo COEVOLUTIVO entre o HOMEM, a PLANTA ou ANIMAL, onde o ser humano SELECIONA (Ex: no caso das PLANTAS, os caracteres desejados, como: cor, sabor, tamanho, quantidade, etc.), e/ou a própria planta ou animal SE ADAPTAM ao homem. Distinguem-se como: 1) Cultura primária: quando o progenitor silvestre foi coletado, cultivado ex situ, e melhorado (Ex: milho); 2) Cultura secundária: quando a planta “invasora” evoluiu naturalmente crescendo no entorno de residências, ou camuflando-se como se fosse a cultura agrícola (Ex; centeio, aveia, trigo,...), o chamado “Mimetismo Vaviloviano”. Nossos primeiros habitantes iniciaram “inconscientemente” a DOMESTICAÇÃO e o MELHORAMENTO DAS PLANTAS. Niède GUIDON (2008) lembra que o Homo sapiens já estava no PI-Brasil desde 100 mil anos atrás.
  • 14. IIi – a gestão de recursos genéticos A gestão de RG, no Brasil, é realizada através de CURADORIAS de COLEÇÕES CIENTÍFICAS e de BANCOS DE GERMOPLASMA que é uma estrutura organizada pelas instituições conservadoras de recursos genéticos, em atividades que são essenciais para efetivação de uma boa gestão dos acessos por elas mantidos, desde a sua coleta/introdução até o seu uso final, quer seja no plano particular, institucional, estadual ou nacional [Veiga, RFA (2023)]. Segundo Arthur da Silva MARIANTE et al. (2009) Diversas Instituições Públicas, como universidades e empresas estaduais de pesquisa agropecuária, desenvolveram estudos no campo dos RFG no Brasil e mantém coleções de germoplasma estratégicas para a Agricultura brasileira e mundial. Além disso, há colecionadores particulares que ocupam os vazios (genéricos e específicos), deixados pelas instituições públicas, e que também são Guardiões da Biodiversidade brasileira. Ranjith PATHIRANA & Francesco CARIMI (2022) enfatizam a necessidade de fortalecer a infraestrutura do BANCO DE GERMOPLASMA, permitindo o uso de ferramentas biotecnológicas modernas para ajudar na genotipagem e caracterização de acessos, além de métodos avançados de conservação ex situ, identificando lacunas nas coleções, desenvolvendo coleções principais e vinculando dados a bancos de dados internacionais.
  • 15. 1- SITUANDOAGESTÃODERGNAHISTÓRIABRASILEIRA Foi somente na década de 1920, com o início das coleções de germoplasma do Instituto Agronômico - IAC, (criado em 1887, por D. Pedro II), que houve uma forte implementação nesta atividade. Nos últimos 35 anos houve um salto visível de qualidade desta atividade, pela criação do I-Encontro sobre RG (1988), o I-Curso Internacional Seed Technology For Genebanks – IBPGR/CENARGEN (1989), o I-Simpósio Latino-Americano sobre RG de espécies hortícolas (1990), o Sistema de Curadorias de Coleções da EMBRAPA (1993), o I-Simpósio Nacional de RG (1995), o I-Simpósio de RG Latino Americano (1997), o Curso de Pós- graduação na UFSC (1998), a Sociedade Brasileira de RG (2002), a Rede de RGV do Nordeste (2005), o Curso de pós-graduação Strictu sensu na UEFS (2007), o Curso de Pós-Graduação na UFRB (2008), o I-Congresso Nacional de RG (2010), o BBG na Embrapa (2014), a Revista RG News (2015), a Política Nacional de Recursos Genéticos da Agrobiodiversidade –MAPA (2020), as Redes Regionais de RG concretizaram-se (2022). Logicamente que não citamos os eventos anuais e bienais decorrentes, uma enormidade [Veiga, RFA (2023)]. O impulso mais recente vem da década de 1970, com a criação da EMBRAPA Cenargen (hoje Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia), instalada pelo ministro Alysson Paulinelli, em 26 de novembro de 1976.
  • 16. 2 - OSISTEMADE GESTÃODOSRG Para a GESTÃO dos RG é necessário existir um Banco Base de Germoplasma (BBG), vários Bancos Ativos de Germoplasma (BAG) e/ou Coleções Científicas (CC), além de Curadores plenamente capacitados (VEIGA, RFA 2023). A RELEVÂNCIA dos RG está em serem a base biológica da SEGURANÇA ALIMENTAR mundial por contribuírem para o sustento dos seres vivos da terra (PlanSAN, 2016-2019). Segundo Magaly WETZEL (2001) os RFG são o repositório de genes adaptados ao meio ambiente. O SISTEMA institucional funciona da seguinte forma: COMISSÃO COORDENADORA DO SISTEMA: É uma comissão indicada pelo Coordenador ou diretoria da Instituição, para auxiliá-lo nos trabalhos de Gestão. COORDENADOR DO SISTEMA DE CURADORIAS: É o profissional indicado pela Diretoria da Instituição para gerir as atividades das Curadorias, e de comandar uma comissão coordenadora do sistema. Eliane Gomes FABRI •Responsáveis por um ou + BAG e CC •Composta por BAG e/ou CC •Apoia o Coordenador do Sistema •Realiza a Gestão do Sistema Institucional COORDENADOR COMISSÃO CURADORES CURADORIAS CURADOR: É o profissional responsável pelo Manejo de um ou mais BAG/CC, oficialmente indicado pela Coordenação do Sistema ou Diretoria da Instituição. Foto: Reunião do Sistema de Curadorias da APTA, realizado no IAC (2010) Foto: Prêmio como Coordenador do SC-APTA. CURADORIA: Refere-se a uma coleção ou grupo de CC e/ou de BAG institucional, sob a responsabilidade de um Curador.
  • 17. 3–AGESTÃONACIONALDERG GESTÃO NACIONAL – Contamos com uma Diretoria da SBRG responsável por apoiar os Sistemas de Curadorias Institucionais. Hoje o Brasil é um dos países mais organizados na área de RECURSOS GENÉTICOS, por diversos motivos, em especial pela gestão Nacional (VEIGA, RFA. 2023), como mostramos a seguir: Para o MAPA o Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Genéticos de interesse para Agropecuária e a Alimentação objetiva promover a documentação, informatização e disponibilização de dados e informações científicas sobre RG de interesse para agropecuária e alimentação, mantidos em Coleção e BAG no País. Marcos MAZZARO (2022) ALELO Diretoria de Redes Regionais e Curadorias SBRG DIRETORA: Maria Teresa Gomes LOPES (UFAM) VICE DIRETORA: Ananda Virgínia de AGUIAR (Embrapa Florestas) O MAPA se preocupa com a área de Recursos Genéticos, pois sabe que esta tem sido trabalhada exemplarmente pelas instituições de pesquisa científica (estaduais e federais) e por empresas privadas, e que há germoplasma mantido por agricultores, pelas comunidades tradicionais e pelos indígenas, com espécies agrícolas nativas e exóticas. Assim, implantou um SISTEMA NACIONAL que atende à FAO e ao SNPA, em parceria com a EMBRAPA RGB. No Brasil temos também a REDE BRASILEIRA DE JARDINS BOTÂNICOS (RBJB), que possuí 89 jardins botânicos, conservando ex situ e preservando in situ. Zen NUNES
  • 18. M A P A ex situ 4- MINHAETERNAPROPOSTAPARAOBRASIL M M A in situ C O N S E P A S N P A SISTEMA NACIONAL CURADORIAS R B J B E M B R A P A R E D E S R E G I O N A I S PROGRAMA NACIONAL RG - PODEMOS MELHORAR! Continuo propondo integrar Instituições ligadas às CURADORIAS, como: a SBRG e suas REDES REGIONAIS, a EMBRAPA, a RBJB, o MAPA (coordenando o ex situ), o Ministério MMA (coordenando o in situ), o CONSEPA (como catalizador de recursos federais e internacionais, repassando-os às unidades estaduais e municipais), e o SNPA. Enfim, no futuro, basta uni-los em um Sistema Nacional de Curadorias seguindo um Programa Nacional de Recursos Genéticos [Veiga, RFA (2023)]. Foto: diretoria anterior da SBRG, até 2023. Segundo BURLE, MLB & VEIGA, RFA (2015), a ideia de estabelecimento de um “Sistema Nacional de Curadorias de Coleções” foi proposta durante o Workshop de Curadores da EMBRAPA, em Brasília, em 2009. Mesmo tendo prosseguido com discussões nos evento seguintes, com a mudança do estatuto da SBRG incluindo a criação da Diretoria de Redes e Curadorias, houve uma paralização na sua implantação. S B R G Logicamente que estratégias complementares às estrutu- rais que proponho aqui tam- bém devem ser elaboradas, como a duplicação de coleções científicas e BAG, e investimentos financeiros em todas atividades de RG, a fim de proteger o germo- plasma e os Curadores e/ou Guardiões da Biodiver- sidade.
  • 19. REGENERAÇÃO VALORAÇÃ O IDENTIFICAÇÃO CARACTERIZAÇÃO CONSERVAÇÃO MULTIPLICAÇÃO INTERCAMBIO E QUARENTENA PRESERVAÇÃO COLETA DOCUMENTAÇÃO E INFORMATIZAÇÃO Considero essencial compreender as atividades de RFG para poder efetivar uma boa GESTÃO dos RFG [Veiga, RFA (2023)], tais como: Foto: BAG-Urucum - IAC Foto: BAG-Maracujá - EMBRAPA Iv – atividades NA GESTÃO de RFG USO
  • 20. Foto: Por David Bertioli 1–ACOLETADEGERMOPLASMA Os dados acima justificam plenamente a necessidade de se coletar, mas, Hari Deo UPADHYAYA et al. (2013) explicam bem o do PORQUE COLETAR, pois, os RFG são finitos e vulneráveis ​​à erosão com graves ameaças à segurança alimentar mundial. Tal ocorre pela substituição de raças locais e cultivares tradicionais pelas cultivares modernas, por catástrofes naturais (como: secas, inundações, incêndio, urbanização e industrialização) e perda de habitat (por represas, sobrepastoreio, mineração e mudanças climáticas). Há 30.000 espécies potencialmente alimentícias no mundo; Destas, 5.538 alimentaram a humanidade ao longo dos tempos; Hoje, 170 alimentam o mundo; Destas, somente 15 spp. constituem 90% da dieta humana mundial, são elas: frutíferas (banana e coco), cereais (arroz, cevada, trigo, milho e sorgo); raízes e tubérculos (batata, batata-doce e mandioca); leguminosas (amendoim, feijão e soja) plantas açucareiras (beterraba e cana-de-açúcar) (B. M.T.WALTER et al. , 2005). “Segundo entrevista de Mário R. de MOURA (2022), há estimativas supondo haver “até 100 milhões de espécies vivas no planeta, o que significaria que só conhecemos 1% delas”, e “as tendências de extinção sugerem existir cerca de 34 mil espécies de plantas conhecidas em risco. Sobre a biodiversidade das plantas cultivadas cita o exemplo do milho no Brasil, onde são encontradas 15 raças, com mais de 350 variedades diferentes. Segundo Evaristo de MIRANDA (2023) existem milhares de espécies vegetais com alguma parte comestível, de interesse para a culinária e a alimentação humana. Assim, TEMOS variabilidade genética à disposição, bem como conhecimento científico avançado, FALTANDO diversificar a agricultura, pois, segundo Hakan ULUKAN (2021) utiliza-se para o cultivo menos de 3% das spp. de plantas conhecidas existentes na natureza, ou seja: Bruno M.T. WALTER Impressiona, mais ainda, saber que somente 4 espécies (arroz, batata, milho e trigo) correspondam a 60% de toda dieta humana [BIOVERSITY, 2021]. A elas se juntam a cana-de-açúcar e a soja no domínio da produção agrícola mundial (ONU/FAO, 2016) e, para piorar, num sistema de monoculturas e monocultivares, que significa uma estreita base genética (O.H. FRANKEL, 1970).
  • 21. 1.2– OQUECOLETARNOBRASIL Foto: Expedição Científica de Coleta de Germoplasma – Ipecacuanha – MT e RO Foto: Expedição Científica de Coleta de Germoplasma - Arachis - Ilha de Marajó - PA A Coleta e o Resgate são atividades que abastecem os BBG, os BAG e as CC, que por sua vez suprem o pré-melhoramento e a CT de melhoramento genético. O germoplasma é composto principalmente por espécies em risco de extinção, pelas raras, por parentes silvestres das cultivadas, pelas domesticadas (centros de origem ou de diversidade), e por cultivares em uso e em desuso. Assim, temos disponível germoplasma para coletar no Brasil, com a variabilidade e diversidade necessárias (VEIGA, RFA. 2023), como: 1. Nativas Domesticadas: abacaxi-comum, caju, cará, goiaba, guaraná, jabuticaba, mamão, urucum, etc. 2. Nativas Semidomesticadas: açucena, araucária, caju-anão, camu-camu, cupuaçú, feijoa, macaúba, mangaba, pequi, pitanga, uvaia, umbu, etc. 3. Nativas Indomesticadas: Entre Medicinais, Ornamentais, Forrageiras, Frutíferas (como: Myrtaceae e Sapotaceae), etc. 4. Nativas Parentes das Domesticadas: amendoim (62 Arachis spp.); arroz: (Oryza latifólia, O. glumaepatula, O. grandiglumis e O. alta); Cana: Saccharum (S. angustifolium, S. asperum e S. villosum); cevada: Hordeum (H. euclaston e H. stenostachys); tremoço: Lupinus crotalária, etc. 5. Exóticas com Diversidade Local: abóboras, melancia, melão, milho, feijão-fava, etc. 6. Plantas Alimentícias Não Convencionais: Com 350 espécies, entre nativas e exóticas como: Ex.: cambuci, caruru, jatobá, ora-pro-nobis, pixirica, pajurá, taioba, etc. (Wanderly Ferreira KINUPPI). NATIVAS DOMESTICADAS NATIVAS SEMI-DOMESTICADAS NATIVAS INDOMESTICADAS NATIVAS PARENTES-DOMESTICADAS EXÓTICAS DIV. LOCAL PANC
  • 22. 2 –OINTERCÂMBIODEGERMOPLASMA IMPORTAÇÃO 1. Requerimento para Importação de Material para Pesquisa; 2. Requerimento de Fiscalização de Produtos Agropecuários; 3. Certificado Fitossanitário do país de origem. EXPORTAÇÃO 1. Certificado Fitossanitário do Brasil e Laudo de Isenção de Pragas; 2. Import Permit, do país importador; 3. Pedido de Autorização de Exportação; 4. Certificado Fitossanitário de Origem; 5. Requerimento de Fiscalização de Produtos Agropecuários. TRÂNSITO INTERNO 1. Certificado de Origem; 2. Certificado de Origem Consolidado (spp. nativas em risco de extinção). Foto: Pacotes com sementes exportadas pelo IAC O INTERCÂMBIO refere-se à troca de germoplasma, englobando a internacional com a Importação e Exportação e/ou aquela efetivada dentro do País com a Introdução e Remessa [Veiga, RFA (2023)]. NASS, LL & REIFSCHNEIDER FJB (2015) afirmam que não existe país autossuficiente em RFG para a alimentação e agricultura. Imagem: Marta A. S. MENDES et al., 2016. Qual é o maior desafio futuro da agricultura? - Para a equipe do Climate Field View (2020) seria tornar a AGRICULTURA SUSTENTÁVEL, e os obstáculos que o setor tem pela frente são muitos, como questões tipo: manejo de pragas, plantas daninhas e doenças, ou excelência operacional. Aqui, as legislações de Intercâmbio e Quarentena são preponderantes.
  • 23. O INTERCÂMBIO e a QUARENTENA são atividades interdependentes, extremamente ligadas entre si, já que a quarentena é suprida pelo germoplasma oriundo do intercâmbio, a qual, por sua vez, o protege fitossanitariamente (VEIGA, RFA., 2023). 3–AQUARENTENADERFG A QUARENTENA refere-se a um período de tempo durante o qual o germoplasma introduzido do exterior, ou de regiões restritas do próprio País, permanece em observação fitossanitária para evitar a entrada de pragas (A1) ou dispersão de pragas (A2) (VEIGA, RFA. et al., 1992; MARINHO, V.L.A. et al., 2003). “Somente introduzir já é muito importante” dizia GERMEK, E.B. (1992) que lembrou que as cultivares de algodão norte-americanas (Express, TexasBigball, Stoneville, Alburn, Acala, Delfos e Delta Pineland) foram inicialmente utilizadas diretamente na agricultura brasileira e, posteriormente, tiveram grande participação no desenvolvimento da cultura através do melhoramento com novas Cv. DILEMA DO PESQUISADOR Assim, a QUARENTENA minimiza os riscos aos RFG (nativos e exóticos introduzidos) e à Agropecuária, protegendo-os das pragas A1 e A2 (VEIGA, RFA., 2023). Exemplos com culturas, letra “C”: a) CAFÉ: Surgiu, em 1970, a Ferrugem-do-cafeeiro (Hemileia vastatrix), na Bahia. Tendo sido superada pelas cultivares resistentes melhoradas em Portugal pelo Dr. Alcides Carvalho – IAC; b) CACAU: Espalhada criminosamente, em 1989, a Vassoura-de-bruxa (Crinipellis pernicosa) arrasou plantações na Bahia, numa ação terrorista de um membro do PDT (o político Luiz Henrique Franco Timóteo). c) CITROS: Detectado em 2004 o Greening-dos-citros (Candidatus liberibacter spp.) ainda é ameaça para o cultivo da laranja, com prejuízos anuais de R$ 50 milhões, minando sua exportação. SERVIÇOS PARA A SOCIEDADE Foto: Quarentenário IAC “Emílio Bruno Germek”
  • 24. 3.1–ATIVIDADESDEQUARENTENA 3 meses = anuais 6 meses = perenes 11. ENTREGA AO IMPORTADOR 2. RECEPÇÃO DO MATERIAL 4. INTRODUÇÃO 5. INSPEÇÃO PRÉ- PLANTIO 8 INSPEÇÃO PÓS-PLANTIO 9. EXPURGO DESCARTE 10. EMISSÃO DE LAUDOS Como que para resumir o trabalho de quarentena, apresentamos as atividades que permitem a inspeção, tratamento ou exclusão fitossanitária, de pragas quarentenárias A1 e A2, pelos Comitês de Quarentena e de OGM do quarentenário, e a liberação final pelo MAPA/SDA. Segue um fluxograma da EQ IAC, desde o aceite da EQ até a entrega do material importado ou introduzido, para fins de pesquisa, ao interessado (Agricultor, Empresa, Institutos, etc.) (VEIGA, RFA., 2023): 1. ACEITE 3. CONFERÊNCIA Fim Início Foto: Quarentenário IAC “Emílio Bruno Germek” 6. AMOSTRAGEM 7. PLANTIO Para Elisabeth S. DENNIS et al. (2007), a proteção contra patógenos e pragas geralmente permite que uma cultura continue a ser produzida em uma área onde a entrada de um patógeno virulento, ou a evolução de uma nova cepa de um patógeno endêmico, tornaria a produção antieconômica.
  • 25. 4–IDENTIFICAÇÃODASPLANTAS A IDENTIFICAÇÃO é a atividade desenvolvida, durante e/ou posteriormente à ação de coleta, com a TAXONOMIA encaixando-a nos níveis de Família, Gênero, Espécie, Subespécie e Variedade Botânica, seguindo as normas do CÓDIGO INTERNACIONAL DE NOMENCLATURA para ALGAS, FUNGOS e PLANTAS (VEIGA, RFA., 2023). Foto: Dr. Antonio Krapovickas coletando exsicatas no INTA-Manfredi, - Argentina. Para as Plantas Agrícolas deve ser utilizado outro código, o CÓDIGO INTERNACIONAL DE NOMENCLATURA para PLANTAS CULTIVADAS visando batizar as Cultivares, inclusive para fins de Registro e Proteção, ocasião em que o melhorista genético lhes dá um nome comercial original (VEIGA, RFA., 2023). Ex: Cultivar ou Cv. ou ‘´’, cultivar Tatu, ou cv. Tatu, ou ‘Tatu’. No exemplo seguinte: Amendoim comum = Arachis hypogaea L., onde: 1. EPÍTETO GENÉRICO Substantivo, maiúscula, itálico (Arachis); 2. EPÍTETO ESPECÍFICO Adj., minúscula, itálico (hypogaea) [ou maiúscula em homenagem a uma pessoa]. 3. CLASSIFICADOR Sigla do(s) nome(s) dos autor(es) da espécie, sem itálico [Ex: Carolus Linnaeus = L. ] .
  • 26. 5–ACARACTERIZAÇÃOEAAVALIAÇÃODOSRFG Quando se avalia e caracteriza o germoplasma utiliza-se de DESCRITORES diversos como: 1. AGRONÔMICO: Ciclo de maturação, época da produção, produção por planta, dados do pólen, autofertilidade, teor de óleo das sementes, produtividade, resistência a fatores adversos; 2. BOTÂNICO: Organografia e Anatomia (raiz, caule, ramos, folhas, flores, pólens, frutos e sementes). 3. GENÉTICO: Citologia, Isoenzimas, DNA, ...; 4. QUÍMICO: Metabólitos secundários; 5. TECNOLÓGICO: Aroma, sabor, açúcares, acidez, grau de conservação. DESCRITORES são regras quantitativas (ex.: dimensões) e/ou qualitativas (ex.: coloração) que distinguem os acessos. São aplicadas no campo utilizando-se de sequência numérica de 3 a 9, como: Foto: Variabilidade do BAG-Citros do IAC. A avaliação agronômica, assim como a caracterização dos acessos, de um BAG, são reconhecidas como atividades essenciais ao Sistema de Gestão de Curadorias, inclusive pelo Bioversity e pela FAO (John Gregory HAWKES et al., 2000). 1. DESCRITORES MÍNIMOS Utilizados para distinção entre cultivares (SNPC), requerendo menos dados por representarem uma base genética estreita. 2. DESCRITORES COMPLETOS Utilizados para distinção entre acessos de uma mesma espécie de um BAG (nacionais e internacionais), cuja diversidade é extrema, contendo assim muito mais descritores. Após a obtenção dos dados, resultantes da Caracterização e da Aplicação de Descritores, estes são estudados através da aplicação de métodos estatísticos, como: 1 = muito curto 2 = dúvida 3 = curto 4 = dúvida 5 = médio 6 = dúvida 7= grande 8 = dúvida 9 = muito grande
  • 27. 6–AMANUTENÇÃO CONSERVAÇÃO IN SITU PRESERVAÇÃO EX SITU A MANUTENÇÃO é um termo genérico para se referir à preservação das plantas no seu hábitat (in situ), e à conservação fora do seu hábitat (ex situ), objetivando minimizar a erosão genética nas populações. O homem, através de suas interferências na natureza (cidades, estradas, represas, etc.) acaba por provocar o desaparecimento dos hábitats de animais, microrganismos e plantas nativas, vitais até mesmo ao ser humano, enfim, “o feitiço volta-se contra o feiticeiro”, isto é: o homem destrói parte de sua própria cadeia alimentar [Veiga, RFA (2023)]. Segundo o MAPA (2020), a conservação de RECURSOS GENÉTICOS é uma atividade estratégica para a sustentabilidade da agricultura e da cultura alimentar. Apresenta grande relevância ao Brasil, por ser o País número -1 em megadiversidade e um dos sustentáculos do agronegócio mundial.
  • 28. 6.1–APRESERVAÇÃOINSITU PROTEÇÃO INTEGRAL USO SUSTENTÁVEL 1. Estação Ecológica (EE) 2. Monumento Natural (MN) 4. Refúgio de Vida Silvestre (REVIS) 3. Reserva Biológica (ReBio) 5. Parque Nacional (PN) 1. Área de Pro- teção Ambiental (APA) 2. Reserva Extrativista (RESSEX) 4. Reserva de Fauna (REFAU) 6. Reserva de Desen. Susten. (RDS) 7.Res.Partic.Patrim. Natural. (RPPN) 3. Floresta Nacional (FLONA) 5. Área de Rele- vante Interesse (ARIE) 570 Áreas de Uso Indireto, desocupadas e inexploradas 727 Áreas de Uso Direto, ocupadas e exploradas racionalmente 32.696 spp. Angiospermas 1.584 spp. Briófitas 1.380 spp. Samambaias 23 spp. Gimnospermas 2.113 spp. Ameaçadas Ext. A PRESERVAÇÃO visa manter 55.000 espécies de plantas superiores nos seus espaços territoriais representativos de seus ecossistemas, previstos no SNUC. Segundo Claudio V. PADUA & Cláudio C. MARETTI (2012), o Brasil possui um dos maiores conjuntos de áreas protegidas do mundo, e as espécies vivendo, sob estas condições, estão em contínua evolução e adaptação ao ambiente. Foto: Pantanal –Proteção Integral – Parque Nacional Foto: RPPN Serra da Catedral no Jalapão RPPN – Uso Sustentável
  • 29. 6.1.1–OTERRITÓRIOBRASILEIROPRESERVADO Agropecuária 25,6% MIRANDA, E.E. (2018) cita que vivemos no país que mais destina territórios à proteção da vegetação nativa (gráfico abaixo) e consequentemente à BIODIVERSIDADE, utilizando para a PRESERVAÇÃO 66,3% do nosso território. MIRANDA, E.E. (2021) cita também que o BRASIL possui 220 milhões de ha. PRESERVADOS com MATAS NATIVAS. SNUC + Indígenas 24,2% Evaristo de MIRANDA Embrapa Territorial REFLORESTAR O BRASIL É URGENTE “Quem, HOJE EM DIA, percorre o nosso território imenso, há poucos séculos densamente coberto de magníficas florestas e campos férteis, sulcado aqui e ali por castos cursos d’água e semeado de miríades de borbulhantes nascentes, verá que disto tudo, que constituía outrora o paraíso dos naturalistas e o notável característico de nossa paisagem, POUCA COISA RESTA!” Revista CHÁCARAS E QUINTAIS - M. LEVY, 1952
  • 30. 6.2 -ACONSERVAÇÃOEXSITU 2. IN VITRO 3. CRIOCONSERVAÇÃO 4. IN VIVO 4.1 PESQUISA 4.2 ON FARM 4.b CASA DE VEGETAÇÃO 1. REFRIGERAÇÃO 1.1 (-20OC) B. BASE 1.2 B. ATIVO 1.3 COLEÇÃO DE TRABALHO 4.a CAMPO 1.4 COLEÇÃO NÚCLEO 2.1 (20/25oC) TROPICAIS 2.2 (10/15 oC) TEMPERADAS 3.1 (-196 oC) LÍQUIDO 3.2 (-150 oC) VAPOR CELSO MORETTI TEREZA CRISTINA JULIANO PÁDUA 1.5 COLEÇÃO GENÔMICA Júlio César MISTRO 4.c TELADO 4.d RIPADO Exemplos conservados em BBG: Ervilha (140 anos), quiabo (135 anos), tomate (134 anos); Exemplos conservados na natureza: Lotus indiano – solo (1.000 anos); Tremoço – ártico (10.000 anos). A CONSERVAÇÃO é a manutenção do germoplasma, fora do seu hábitat natural, a curto, médio, ou longo prazos, com poder germinativo e vigor, sob o controle de TEMPERATURA (ToC) e UMIDADE (U%). As infraestruturas de conservação ex situ dos RFG, fora do seu habitat original, podem ser distinguidas em quatro (4) CATEGORIAS:
  • 31. 6.2.1–ACONSERVAÇÃOMUNDIAL ANO DE CRIAÇÃO - BAG 1. RÚSSIA 1917 2. EUA 1958 3. GHANA 1964 10. BRASIL 1974 NÚMERO DE ACESSOS - BAG 1. CHINA 300.000 2. EUA 268.000 3. ALEMANHA 160.000 4. BRASIL 150.000 O complexo CGIAR mantém 770 mil acessos, de 5.832 spp. : Vânia RENNÓ Rosa Lia BARBIERI É o maior banco da América Latina, o quinto maior do mundo “para vegetais” e o 15o para animais, podendo abrigar pelo menos um milhão de amostras. Atualmente, estão depositadas no local, em baixas temperaturas, cerca de 119 mil acessos vegetais (1.117 espécies), 28 mil animais (35 espécies) e sete mil linhagens de microrganismos (327 espécies) ALIANCE CIAT & BIOVERSITY - Banana, Mandioca, Feijão, Forrageiras; CIMMYT - Milho e Trigo; CIP - Batata, Batata Doce; ICARDA - cevada, lentilha, feijão- fava, trigo-duro, grão-de-bico, gramínias e leguminosas forrageiras; ICRAF - Agroflorestais; ICRISAT - Amendoim, Grão- de-bico, Guandu, Milheto, Sorgo; IITA - Raízes e Tubérculos, Banana, Milho, Grãos, Legumes e Cereais de sequeiro; ILRI - Forrageiras Tropicais; IRRI e AFR. CENT. – Arroz. BANCO DE GERMOPLASMA (BAG): É o conjunto de acessos, geneticamente representativos da família, gênero ou espécie, conservados, manejados, intercambiados, e utilizados sem descartes de acessos (VEIGA, R.F.A. et al., 2015). Hoje temos aproximadas 50 mil spp. conservadas, em mais de 700 BAG (FAO, 2020). O mais famoso é o Svalbard Global Seed Vault, de 2008, com a coleção mais diversa do mundo e mais de 1 milhão de acessos (site do SGSV, 2023). Grupo Consultivo de Pesquisa Agrícola Internacional (CGIAR)
  • 32. 7 –DOCUMENTAÇÃOEINFORMATIZAÇÃO TRIBO KARÃO “Necrotério Genético” Para José Tomás ESQUINAS-ALCAZAR (1993) um bom SISTEMA DE DOCUMENTAÇÃO é a chave para o USO EFETIVO dos acessos mantidos no BAG (Exemplo da foto com entrega de sementes originais dos índios Karão, pela Embrapa-Cenargen). Outro exemplo, de 2023, a REPATRIAÇÃO de variedades crioulas de batata, pelo CIP, para os agricultores peruanos, com benefícios culturais e nutricionais, aumentando a SEGURANÇA ALIMENTAR, diversidades de sabores e textura. A INFORMATIZAÇÃO objetiva o USO RACIONAL DOS DADOS de Manejo dos RFG, onde através de PROGRAMAS DE COMPUTAÇÃO, abastecidos com dados dos BBG, BAG e CC, se faz a Gestão dos Dados de Registro, Classificação, Organização e Interpretação. (Foto: BAG-Feijão Embrapa). A organização dos dados é essencial para uma efetiva Gestão e Uso dos RFG. A DOCUMENTAÇÃO é a ação básica de REGISTRO DOS DADOS (oriundos das Atividades de Manejo das Curadorias com os BAG, BBG e CT), organizados como fichários, livros ata, e/ou programas de computação, disponibilizando-os aos usuários com acesso fácil e informações claras. Para Sílvia M.F.S. MASSRUHÁ et al. (2017) os MÉTODOS COMPUTACIONAIS de alto desempenho e seus PROGRAMAS devem ser: a) intercambiáveis; b) dados protegidos/disponibilizáveis; c) maleáveis para aceitar novas inserções; d) que possibilitem cruzar os dados, rápidos, de fácil uso e, e) fáceis de publicar. (Ex.: a) SINGER (CGIAR); b) pcGRIN (IPGRI); c) BG- Recorder (BGCI); d) GENIS (alemão); e) EPGRIS e EUFGIS (RG florestais-Europa); f) WIEWS (ONU); g) ALELO (Embrapa)...].
  • 33. 8-VALORAÇÃOEUSOS Foto: BAG Hortaliças, Embrapa. Foto: BAG Café, IAC. Foto: BAG Abacaxi, Embrapa. Foto: BAG Paspalum, Embrapa Fábio G. FALEIRO et al. (2015) destacam o grande potencial de USO dos RFG na ampliação da base da cadeia alimentar e de, inclusive, atender à demanda da indústria, bioenergia, vestuário, medicamentos, ornamentação, habitação, etc. Miguel GUERRA et al. (2015) distinguem os RFG pelo seu VALOR de USO: a) Direto - recreação, turismo, educação, ciência, etc.; b) Indireto - regulação do clima, fertilidade do solo, ciclagem de nutrientes, etc. Define-se o valor do que pode ser usado, no nosso caso os RFG na crise hídrica e na segurança alimentar. Mohammad E. DULLOO (2021) diz que VALORAR significa por VALOR, atual ou potencial, em um determinado RFG (ex.: gênero, espécie, variedade, acesso ou cv.), para motivar financiadores ou a sociedade, o que é obtido através do preparo e uso de fórmulas estatísticas.
  • 34. 9-MULTIPLICAÇÃOEREGENERAÇÃO MULTIPLICAÇÃO: é o ato de REPRODUZIR os acessos, de um BAG, em ambiente protegido, a campo, ou in vitro, a fim de se obter GERMOPLASMA em QUANTIDADE suficiente para conservar, intercambiar, melhorar e usar. REGENERAÇÃO: é a atividade de renovar as sementes conservadas, cuja GERMINAÇÃO e VIGOR reduziu-se, com o passar dos tempos, durante a conservação no BBG. Objetiva replantar e devolvê-las para a conservação (acima de 80%). A Multiplicação e a Regeneração são atividades essenciais ao trabalho de sustentabilidade agrícola, tanto para solucionar a crise hídrica como para incrementar a segurança alimentar, em especial quando se pretende obter germoplasma, na quantidade necessária, para ser utilizado ou testado como solução aos problemas da agricultura [Veiga, RFA (2023)]. Onde: A chamada AGRICULTURA REGENERATIVA se baseia na sustentabilidade do meio ambiente agrícola e natural, assim como na saúde humana. Enfim, nela a agropecuária faz parte da preservação do solo e de sua fertilidade, do meio ambiente e consequentemente da biodiversidade e seus RECURSOS GENÉTICOS locais. Para a natureza, além da sua preservação, contribui também através da aplicação das técnicas da Agricultura Ecológica e de Reflorestamento (Natália IVANCHUK, 2021).
  • 35. 10-USOS LOPES Foto: Área de Polinização do Centro de Cana-de-açúcar – IAC, Uruçuca na Bahia, propriedade da FUNDAG. José Francisco Montenegro VALLS Para V. Ramanatha RAO (2003) existe a necessidade de se UTILIZAR eficazmente da DIVERSIDADE GENÉTICA, mantida nos BAG, para REDUZIR a vulnerabilidade genética e AUMENTAR a sustentabilidade nos sistemas de produção modernos. A seguir cito exemplos de usos de RFG:  ACLIMATAÇÃO: acessos de novas espécies introduzidas, são aclimatados e utilizados diretamente na agricultura;  BIOTECNOLOGIA: Utilizado nas áreas farmacêutica, tecnologia agrícola e biotecnologia industrial, e suas técnicas utilizadas no melhoramento genético;  DIVERSIFICAÇÃO: a agricultura de conservação através culturas diversas, cultivares variados, cultivo mínimo, cobertura do solo e rotação de culturas;  DOMESTICAÇÃO, PRÉ-MELHORAMENTO, MELHORAMENTO GENÉTICO: Os acessos de espécies, parentes da cultivada, são cruzados entre si e com cultivares da espécies cultivada, e incluídos na CT. Acessos do BAG com características de interesse (após serem caracterizados e avaliados) também são incluídos na CT do melhorista genético. VALLS, J.F.M. (2004) cita como uso: a) escolha e domesticação de novas spp.; b) seleção de novas linhagens e de raças de uso tradicional; c) seleção em progênies após manipulação reprodutiva; d) incorporação de modificações genéticas pela introgressão de genes de spp. próximas por via reprodutiva; e) incorporação de modificações genéticas por transgenia. [Ex: potencial de uso: Segundo Silvio LOPES et al.(2021) a FUNDECITRUS ao confirmar a resistência nos gêneros Microcitrus Swingle e Eremocitrus Swingle (Rutaceae), vislumbra o controle futuro do Greening)];  PELA SOCIEDADE: Lazer e ecoturismo em conexão com a natureza (saúde física e mental), educação agrícola, alimentação (nutrição e segurança alimentar), emprego, …;  OUTROS: paisagismo, bioprospecção, extrativismo, energia renovável, etc…
  • 36. TRAGAM SEUS PROJETOS QUE NÓS CUIDAMOS PARA VOCÊS! ASSOCIEM-SE E PUBLIQUEM CONOSCO! v – fim FOTO: BAG CITROS – CENTRO DE CITRICULTURA DO IAC - CORDEIRÓPOLIS – SP. MUITO OBRIGADO! VISITEM OS JB E AJUDEM A CONSERVAR NOSSOS RFG! MEU CONTATO: E-MAILS: renatofav53@gmail.com ; diretoria.administrativa@fundag.br MEUS TRABALHOS: https://www.researchgate.net/profile/Renato_Veiga MINHAS PALESTRAS: https://pt.slideshare.net/RENATOFERRAZDEARRUDAVEIGA

Notas do Editor

  1. Como os alunos gostam de saber quem lhes ministra as aulas, resumo minha vida profissional aqui!
  2. Todo começo tem os seus pioneiros que não pedem ser esquecidos!
  3. Cada país tem a sua história e o Brasil não é diferente em recursos genéticos!
  4. Cada cientista tem suas preferências para desenvolver o seu trabalho, o meu sempre foi baseado nas curadorias!
  5. Graças a Deus no Brasil temos a SOCIEDADE BRASILEIRA DE RECURSOS GENÉTICOS, da qual orgulhosamente sou membro fundador!
  6. Um bom exemplo do uso dos recursos genéticos é o caso da repatriação do germoplasma coletado e conservado pela Embrapa, para os índios da tribo Karão. Os índios passaram a utilizar cultivares do homem civilizado, deixando de plantar os seu germoplasma tradicional adaptado à cultura indígena. Desta forma, as cv. Coevoluídas com o homem necessitam de cuidados especiais (preparo do solo, adubação, inseticidas, etc.), ao que o índio não estava acostumado, perderam tudo e começaram a passar fome. O germoplasma estava conservado nas câmaras frias, assim foi possível multiplica-los e devolver o material para que os índios retornassem ao trabalho com aquele material tradicional, mais adaptado aos seus costumes.
  7. Novamente agradeço ao convite dos professores, colocando-me à disposição para futuras aulas. Os alunos fiquem à vontade para me questionar sobre RFG a qualquer momento que necessitem durante a sua pós-graduação.