Esta é a segunda aula de uma série de aulas organizadas para serem vistas em Power Point, sobre Quarentena vegetal, para os funcionários da FUNDAG. Esta tem o lema:“Atividades de Quarentena Vegetal”
2. “O MUNDO DA FUNDAG”
Foto:
Foto: Sebastião cuidando das uvas quarentemadas no IAC.
Foto: Laboratório de cultura in vitro da Sol Nascente.
Foto: Técnicas do Quarentenário IAC – Recebendo documentação de quarentena
Esta continua sendo uma série mensal “O MUNDO DA FUNDAG”, agora com o
segundo (2º.) Power Point do primeiro semestre de 2023.
Objetiva, principalmente, efetivar a integração dos Funcionários com o Conselho
Diretor, como consta de seu Plano Diretor, através da transmissão de conhecimentos
inerentes aos projetos cadastrados, sempre dentro de Agropecuária e Meio Ambiente,
contidos em alguns poucos slides por mês.
Como tema deste mês continuamos com a “QUARENTENA VEGETAL”, e o lema
será “Atividades de Quarentena Vegetal” lembrando que não temos a pretensão de
mostrar integralmente o assunto, e sim esclarecer a temática e algumas de suas
definições.
Relembramos você de que as aulas são programadas para seguirem a apresentação
automaticamente, após o tempo de leitura, assim, é só assistir!
Com isto desejamos, também, despertar a sua curiosidade em relação aos Projetos -
Fundag, onde o Diretor Administrativo Renato Veiga será o seu contato para tirar
dúvidas e também aprender com vocês, por isto QUESTIONE-SE, questione-me, e
leia mais sobre o assunto!
3. ATIVIDADES DE QUARENTENA VEGETAL
“O MUNDO DA FUNDAG”
“A QUARENTENA DE PLANTAS” é uma atividade essencial da agropecuária, decorrente e complementar à outras duas que fazem parte da área
de RECURSOS GENÉTICOS: 1) Expedições Científicas de Coleta de Germoplasma, e 2) Intercâmbio de Germoplasma (as quais citamos a
seguir):
Foto: A técnica Míriam Pissolatto mostra sementes que foram quarentenadas no IAC, em 2012.
O INTERCÂMBIO, como já visto, trata da importação/exportação e
introdução/remessa de germoplasma (material reprodutivo) que têm
que ser quarentenadas, pois, ao transitar pode provocar o risco de
disseminação de uma praga quarentenária ou nova estirpe nociva à
agropecuária.
As EXPEDIÇÕES CIENTÍFICAS de coleta de germoplasma visam a
coleta de material vivo (sementes, mudas, estacas, tubérculos, bulbos,
etc.), além de Rhizobium e similares, e exsicatas de herbário.
Recomenda-se que sejam quarentenados antes de serem multiplicadas
para envio aos Bancos Base ou Bancos Ativos de Germoplasma.
Foto: As botânicas Rafaela Forzza (camiseta branca) e Lúcia Lohmann (blusa azul),
auxiliadas pelo cabo Marcio Junior da Silva Garcia, em expedição de coleta.
4. COMPLEMENTANDO
O MELHORAMENTO GENÉTICO altera os recursos genéticos (RG) e os disponibiliza para a
agropecuária. Tais RG circulam através do INTERCÂMBIO, procedentes de expedições científicas de coleta
de germoplasma, dos bancos ativos de germoplasma (BAG), ou da troca de germoplasma entre cientistas,
entre agricultores e entre comunidades [D.C. GIACOMETTI, 1995].
E.B. GERMEK (1979) utilizava a figura de uma “balança” para explicar o dilema do introdutor de plantas,
pois, se de um lado você tem o peso da relevância da planta que necessita introduzir, do outro há o peso da
praga quarentenária que tem que ser impedida a qualquer custo de entrar no País.
Existe ainda a atividade de “Quarentena de Exportação (QE)”, cujos laboratórios são também credenciados
pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), como por exemplo o do Instituto
Biológico – IB (R.F.A.VEIGA et al., 2015).
Contrapondo-se à necessidade de se introduzir o máximo possível de variabilidade genética vegetal, vêm as
obrigatoriedades moral e profissional de se evitar a introdução simultânea de pragas exóticas (R.F.A.VEIGA
et al, 1992).
A necessidade de se preocupar com a sanidade das plantas introduzidas é clara, pois, além do risco potencial
de se introduzir uma nova espécie exótica (animal, microrganismo ou planta) que ao se espalhar se torne
uma praga para a própria cultura, ainda há o perigo de que essa mesma espécie venha a se alastrar como
praga para outras culturas agrícolas do país e região geográfica, inclusive para espécies das áreas nativas
(R.F.A. VEIGA, 2000).
FOTO: TROCA DE SEMENTES NO ACRE
“O MUNDO DA FUNDAG”
Sabe-se que a agropecuária é “a alma” da segurança alimentar e tem por aliada as “Estações Quarentenárias
(EQ)” de pós-entrada, cujos sinônimos são “Laboratórios Quarentenários (LQ)” ou simplesmente
“Quarentenários (Q)”.
5. ATIVIDADES DE QUARENTENA
Foto: Comitê de Quarentena da Syngenta Seeds, Aracati - CE.
7
Coloquei as atividades em oito etapas para vocês terem uma ideia da sequência em que ocorrem, embora eventualmente possam ser realizadas
numa ordem distinta desta que lhes apresento a seguir:
PRÉ
QUARENTENA
Importação ou
Introdução
QUARENTENA
Análises
Fitossanitárias
Análise de
Presença de
Plantas invasoras
Análise
por PCR
Conservação como
Fiel Depositário
Documentação
Final
1
2
3
4
5
7
Manejo
em Casa-de-vegetação,
in vitro ou Fitotron
6
PÓS
QUARENTENA
Exportação ou
Remessa
8
6. AMOSTRAGEM
FLUXOGRAMA DE QUARENTENA
3 meses = anuais
6 meses = perenes
1 mês
a) Deferimento do pedido de importação;
b) Termo de Fiscalização;
c) Prescrição de Quarentena e Fiel Depositário;
d) Checagem dos documentos da importação.
a) Abertura em sala especial;
b) Check list é efetivado.
c) Emitido aviso ao importador.
a) Numeração institucional por ano;
c) Cadastro Intranet em Programa Próprio.
BULK = + de 100 acessos, amostras compostas a cada 10 acessos.
a) Fitossanitária: Nematóides, Insetos, Ácaros, Patologia de
Sementes, Plantas daninhas;
b) Emissão do Boletim de Análises;
d) Expurgo do germoplasma e embalagens.
a) Preparo do solo/substrato,
b) Identificação dos vasos.
a) Folhas expandidas: Fungos, Virus, insetos, Ácaros e
Bactérias (lupa - visual);
b) Boletim de Análises:
Anotado a Metodologia empregada,
Resultado, Observações, e Recomendações.
a) Plantas incineradas;
b) Substratos tratados com Fosfina;
c) Vasos: Hipoclorito de Sódio a 2,4%;
d) Salas: Piretrinas e/ou Piretroides.
a) Laudo de Inspeção: Após liberação dada pelos
especialistas;
b) Laudo de Eliminação: Emitido, em conjunto com o LI.
c) Laudo do MAPA: Liberado pelo Fiscal
FIM
a) Recepção do pedido e emissão de aceite da quarentena;
b) Emissão do aceite pela Estação Quarentenária;
OBS: Depois disso a empresa pode efetivar o pedido.
a) Comunicação ao importador
b) Retirada da câmara fria
c) Juntada dos documentos
Foto: Equipe do Quarentenário de Cana-de-açúcar do IAC, 2012.
Atividades em quarentena realizadas no QUARENTENÁRIO-IAC, em azul, e os trabalhos realizados descritos nos textos ao seu lado:
7. “O MUNDO DA FUNDAG”
INSPEÇÕES NO PONTO DE ENTRADA OU BARREIRAS INTERNAS
No Brasil o MAPA estabelece barreiras de fiscalização, no trânsito de veículos, para impedir a dispersão de PRAGAS QUARENTENÁRIAS A-2.
8. A QUARENTENA DE EXPORTAÇÃO
A QUARENTENA DE EXPORTAÇÃO pode ser realizada pelo próprio quarentenário e refere-se a um período que vai desde as inspeções de
campo, passando pela limpeza no momento da embalagem, até a sua liberação no ponto de saída, pelo MAPA/DFA.
Foto: Inspeção de Insetos realizada pelo ICRISAT, em Hyderabad-Índia,
na exportação de germoplasma (radiografia).
No entanto, entende-se que a sanidade do germoplasma é de responsabilidade do exportador (pesquisador), revisada pelo Quarentenário ao
preparar a embalagem do volume a ser exportado, e depois pelo MAPA no ponto de saída (correios ou aeroportos). O pesquisador exportador deve
solicitar do importador a relação das exigências fitossanitárias do país que vai receber o material, para que o Certificado Fitossanitário contenha
todas as informações. Deve solicitar que envie o Import Permit, além de preparar o material e a embalagem adequadamente à sobrevivência do
germoplasma durante o seu transporte.
9. SOLICITA DADOS DO IMPORTADOR PARA
PREENCHER A DOCUMENTAÇÃO
COMPLETA O REQUERIMENTO DE
EXPORTAÇÃO NO SISVIGIAGRO (imagem)
ENVIA O T.T.M. PARA
ASSINATURA
REMETE O GERMOPLASMA
PREPARA VOLUME E EXPORTA
PARA O LAB.CREDENCIADO
INSPEÇÃO DO GERMOPLASMA, LACRA O
VOLUME
EMISSÃO DO CERTIFICADO
FITOSSANITÁRIO.
ENVIA OS DADOS SOLICITADOS PELO
QUARENTENÁRIO
DEVOLVE O T.T.M. ASSINADO E O
No. DO IMPORT PERMIT
INSPECIONA O GERMOPLASMA E REALIZA
“TESTES AS VEZES DESTRUTIVOS”
EMITE O LAUDO DE ISENÇÃO
DE PRAGA DO IMPORTADOR, R$
LEVA PARA O DFA/MAPA
INSPECIONA, TRATA, LIMPA E EMBALA
1) EXPORTADOR/
QUARENTENÁRIO
2) IMPORTADOR
3) EXPORTADOR/
QUARENTENÁRIO
4) LABORATÓRIO CREDENCIADO
5) EXPORTADOR/
QUARENTENÁRIO
6) DFA/MAPA
7) EXPORTADOR/
QUARENTENÁRIO
FIM (IMPORTADOR RECEBE)
O trâmite na exportação envolve logicamente a instituição que o envia (exportador) e a que o recebe (importador). Trata-se de um trabalho
especializado de um Despachante ou Estação Quarentenária, que também envolve outras instituições como o Laboratório Credenciado para
identificação de pragas quarentenárias (se necessário) e até mesmo o MAPA/DFA para inspeção fitossanitária e emissão de documentos
(Certificado Fitossanitário) com o uso do programa SISVIGIAGRO (foto), instalado no Quarentenário, o qual pode ser visto na sequência
abaixo:
10. “O MUNDO DA FUNDAG” LEIA MAIS, QUESTIONE-SE!
VOCÊ CONCORDA OU DISCORDA DO QUE LHE FOI APRESENTADO?
Foto: Inspeções em aviões, na década de trinta, nos USA.
Foto: Inspeções em carros, na década de trinta, nos USA.