2. OMELHORAMENTO GENÉTICOVEGETAL,OPRÉEOPÓS
Primeiramente temos que definir o que é o MELHORAMENTO FITOGENÉTICO, que segundo
Aluízio BORÉM et al. (2021), trata-se da “CIÊNCIA e a ARTE de modificação GENÉTICA das plantas
para torná-las mais ÚTEIS ao homem” (Exemplo abaixo: Doçura e Resistência para o Tomate).
DOCE PORÉM
SUSCETÍVEL ÀS
DOENÇAS
SEM DOÇURA MAS
RESISTENTE ÀS
DOENÇAS
DOCE E RESISTENTE
QUESTIONE-SE
3. Para a DOMESTICAÇÃO
cita-se o período de 16 a 12
mil anos atrás, como sendo o
seu princípio, sendo que a
mesma continua ocorrendo
nos tempos “modernos”,
seguindo a ciência, através
do uso de NOVAS
TECNOLOGIAS ligadas ao
pré-melhoramento. Enquanto
que o MELHORAMENTO
GENÉTICO já era praticado
tanto pelos SUMÉRIOS
quanto pelos ROMANOS, no
entanto os métodos escritos
vieram com Gabriel Alonso
de HERRERA (1513). A
seguir apresentamos as datas
dos principais eventos na
área, a partir de MENDEL
(1866). SUMÉRIOS ROMANOS
4. DA NATUREZA ATÉ O MELHORAMENTO
1. NATUREZA INTOCADA 2. NATUREZA ALTERADA
3.
PLANTA
DOMESTICADA
4.
NOVA
CULTIVAR
1
2 4
3
3 - PLANTA DOMESTICADA: Quando o homem encontra uma planta
que lhe é útil e inconsciente ou conscientemente a seleciona pela cor,
sabor, aroma, tamanho, etc.
ESTÁGIOS DA DOMESTICAÇÃO: a) Incipientemente Domesticada: O
homem pouco altera a população, ainda dentro da variabilidade
encontrada na natureza; b) Semi domesticada: O homem altera
substancialmente a população, cuja característica já não pode ser
observada na natureza; c) Domesticada: quando a planta já não consegue
sobreviver sozinha na natureza, sem os cuidados do ser humano
(Coevolução, Ex: milho).
* NICOLAI IVANVOVICH VAVILOV observou no campo espécies
silvestres se adaptarem em meio às plantas cultivadas, ficando
parecidas, enganando o agricultor e sendo cuidadas igualmente às
cultivadas.
1 – NA NATUREZA INTOCADA: É quando a planta se encontra
dentro das populações silvestres, com toda sua variabilidade
(fenotípica e genotípica) sujeita à evolução natural, e sem a
influência do ser humano [Ex: trigo (clima), tomate (tolerância a
salinidade), soja (encurtamento do ciclo), etc.].
2 – NA NATUREZA ALTERADA: O ser humano ao mudar o
habitat, possibilita a entrada de espécies invasoras, as chamadas
“incidentalmente coevoluídas” que invadem, se adaptam e
evoluem, e aquelas que seguem o chamado *Mimetismo
Vaviloviano, onde a planta nativa se adapta por semelhança com a
espécie cultivada, e quando o homem nota a sua diferença e
relevância acaba por torná-la também uma planta cultivada (Ex:
Aveia e Centeio entremeadas com Trigo e Cevada, etc.).
4 – NOVA CULTIVAR: Germoplasma alterado pelo homem.
TIPOS DE CV.: a) Primitivas: Quando o agricultor seleciona
inconscientemente, geração após geração; b) Obsoletas: Quando o
melhorista produz um novo material, mas sem encontrar um interesse pelo
agricultor no momento do lançamento, acaba por mantê-la apenas no
*BAG, descartando-a de sua *CT; c) Modernas: São aquelas que ao serem
desenvolvidas pelo melhorista já caem no gosto do agricultor.
ESTREITA
BASE
GENÉTICA
AMPLA
BASE GENÉTICA
* BAG = banco ativo de germoplasma, onde conserva germoplasma a longo
prazo, sem descartes.
* CT = coleção de trabalho do melhorista, onde conserva a curto prazo, com
descartes.
5. COLABORAÇÃODOIACAOMELHORAMENTOGENÉTICONOBRASIL
A instituição foi fundada, por D. PEDRO II, para se dedicar inicialmente ao café, tendo completado 135 anos em 28 de julho de 2022!
Nas décadas de 1920/30, por necessidade dos programas de melhoramento, se iniciaram no IAC a implantação de BANCOS ATIVOS DE
GERMOPLASMA (BAG), de espécies diversas, como o Algodão, Hortícolas, etc. . Exemplo notório vem do BAG-Citros, que em 1928, por ação
do grande introdutor de plantas, Edmundo Navarro de ANDRADE (chamado de “pai do Eucalipto brasileiro”) iniciou sua coleção de cítricos que
hoje faz parte do BAG-Citros, a qual possui mais de 1.700 acessos (considerado o maior do mundo), mantidos pelo IAC, em Cordeirópolis-SP.
Outro fato a salientar, é sobre o Café que atingiu o maior número de cultivares lançadas pelo IAC, com mais de 70 Cv., até 2021.
No BRASIL, os primeiros passos com MELHORAMENTO GENÉTICO APLICADO EM PLANTAS surgem no Instituto
Agronômico de Campinas – IAC, com Carlos Arnaldo KRUG, na década de 1920.
A primeira cultivar do IAC foi lançada em 1932 com o algodão IA-7387, porém, como visto na sigla da primeira cv.,
somente posteriormente a sigla IAC foi incorporada ao nome das cv., através da inspiração do Dr. Emílio Bruno GERMEK.
Neste mesmo ano Nicolai Ivanovich VAVILOV visitou o IAC e, posteriormente, conseguiu impulsionar mundialmente o
melhoramento genético com sua teoria dos Centros de Origem das Plantas Cultivadas. Como resultado da prática desta
ciência o IAC já efetuou a distribuição de mais de 1.100 Cv. oriundas de 100 espécies agrícolas distintas, até 2022.
6. Ações do PRÉ-MELHORAMENTO, [livro: Maurício Antônio LOPES et al. (2011)]:
a) O cruzamento de acessos das espécies domesticadas, com suas parentes silvestres, e entre estas,
disponibilizando germoplasma com larga base genética para inclusão nas coleções de trabalho (CT);
b) E também se considera que qualquer atividade, com os BAG e BBG, seja definida como sendo do pré-
melhoramento genético (ex: coleta, identificação, caracterização, conservação, etc.). O sucesso é
conhecido para espécies exóticas como: Café, Citrus, Milho, etc. e nativas como: Cacau, Mandioca,
Guaraná, etc.
O PÓS-MELHORAMENTO, segundo Aline ZACHARIAS (2018), é composto por ações que viabilizam a transferência
das tecnologias geradas e/ou cultivares melhoradas aos agricultores, às empresas agrícolas e ao consumidor final, inclusive
os Ensaios de Avaliação das Cultivares para registro e proteção, e junto ao mercado produtivo o trabalho de Produção
(sementes básicas, certificadas e genéticas), regulamentação, lançamento e pós-venda.
Definição de PRÉ-MELHORAMENTO, segundo Luciano L. NASS & PATERNIANI (2000): É o conjunto
de atividades que visam à IDENTIFICAÇÃO de caracteres e/ou genes de interesse, e sua posterior
incorporação nos materiais elite (Ex.: maracujá).
OPRÉE OPÓS-MELHORAMENTO
Atividades dos Bancos ativos de germoplasma (BAG) nos Programas de PRÉ-
MELHORAMENTO, segundo NASS & NISHIKAWA (2001):
a) Síntese de novas populações base;
b) Identificação de genes potencialmente úteis;
c) Identificação de novos padrões de híbridos vigorosos;
d) Melhor conhecimento dos acessos per se e em cruzamentos;
e) Maior quantidade de informações sobre os acessos;
f) Auxílio no estabelecimento de coleções nucleares (resistência
às intempéries, produção, porte, etc.)
Luciano
Maurício
Nishikawa
Paterniani
Aline
7. FUTUROGARANTIDOAOMELHORAMENTOGENÉTICOMUNDIAL
Segundo Rosa Lia BARBIERI (2022), independentemente do objetivo do MELHORAMENTO GENÉTICO, é inegável seu reflexo positivo no
MEIO AMBIENTE. A AGRICULTURA conjuntamente com a BIOTECNOLOGIA são fundamentais para permitir que o Brasil cumpra seu
compromisso de REDUÇÃO em 43% na emissão de gases de efeito estufa (GEE) até 2030. Além de fornecer plantas resistentes às intempéries, o
uso da biotecnologia também pode levar ao desenvolvimento de Cultivares (Cv.) com maior valor nutritivo e adaptadas à mudança climática.
A Rosa também diz que no contexto mundial, o futuro do melhoramento está garantido pela conservação
dos RFG a longos prazos, pelo depósito de cópias genéticas dos BAG de plantas agrícolas mundiais,
como: amendoim, arroz, feijão, etc., no cofre-forte “alimentar”, um Banco Mundial de Sementes,
construído em Svalbard, na Noruega, instalado no interior de uma montanha gelada e planejado para
resistir a catástrofes climáticas e até explosões nucleares, o qual tem motivado sua aparição em filmes de
ficção científica e aventura.
8. “O MUNDO DA FUNDAG” LEIA MAIS
QUESTIONE-SE
VOCÊ CONCORDA OU DISCORDA DO QUE LHE FOI APRESENTADO?