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Transtornos Neurocognitivos:
TNC Vascular
Prevalência
1- Alzheimer
2- Vascular
3- Lewy
4- Frontotemporal
TNC Vascular
• Grandes Vasos: Evolução súbita
• Pequenos Vasos: Evolução insidiosa
TNC Vascular em geral
• Prejuízo heterogêneo, evolução súbita ou insidiosa
• Prejuízo não é classicamente amnéstico/memória recente embora possa
ocorrer. Obrigatoriamente prejuízo das funções executivas.
• Sintomas psiquiátricos mais precoces (del. persecut., agitação,
depressão, TAB)
• Fatores de risco cardiovasculares
• Podem estar presentes sinais neurológicos focais (perda de força,
aumento de reflexos, afasia, disartria)
• Exame de imagem compatível (História x Imagem)
TNC Vascular em geral
• Fatores de risco cardiovasculares
• (HAS, DM, DLP, Homocisteinemia, Tabagismo, Sedentarismo,
etilismo, uso de SPA)
• APOE e NOCHT3, cromossomo 17q25 (genes TRIM65 e TRIM47),
ligadas a lesões em substância branca
• Idade avançada, raça negra, homens
• Fibrilação atrial, ateromatose carotídea, DAP e DAC.
• 1- Disfunção endotelial -> reduz autoregulação -> problemas no
acoplamento neurovascular
• Mediado por estresse oxidativo e déficit de óxido nítrico
• Consequência: Hipofluxo cerebral e hipóxia
• 2- Aumento da permeabilidade da barreira -> extravasamento de
fibrinogênio, ativação de citocinas pós inflamatórias-> ativação da
micróglia
• 3- Inflamação: atinge a barreira-> Aumenta células adesivas no
endotélio, piorando adesão plaquetária e oclusão microvascular.
• Disfunção endotelial
• Atrofia cerebral sem causa neurodegenerativa
• Sem aumento de amilóide, alfasinucleína, TDP-43 ou outras
neuropatologias ou leve acúmulo
• Outra possibilidade: Sem atrofia
Atrofia cerebral similar nos 2 grupos
Atrofia medial temporal maior no grupo DA
Lesões em substância branca maior no grupo DV
Infartos somente no grupo DV
• 694 pacientes com DA x 655 com DV
• Infartos e lesões em substância branca, atrofia medial
temporal e atrofia cerebral
• Infartos associados a atrofia no grupo DV apenas
• Infartos associados a AMT no grupo DV
• Hipoperfusão “causando” atrofia
• Estudo de autópsia com 190 idosos com demência (infartos maiores,
lacunares e microangiopatia). 68% tinham lesões vasculares.
• DV foi associado com infartos vasculares maiores (RR: 4.3)
• Leucoencefalopatia associado a Demência em geral (RR: 3.5)
• Escore Vascular associado com Demência (RR: 1.6), DA (1.5) e DV (2)
Grandes Vasos
Grandes Vasos
Pós AVE
Perda de força, desvio de rima, fraqueza,
alteração súbita de linguagem, queda
Trazido ao Hospital ?
Realizou exame de imagem cerebral?
Isquêmico ou Hemorrágico ?
Tratado com Atplase (trombolítico)?
Déficit regrediu em 6 horas? (AIT)
Evidente relação temporal e de delcínio
cognitivo com o evento: degrau; evolução em
platô
Hoje: sinal focal (perda de força, alteração de
marcha, hiperreflexia ?
Imagem residual em TC/RNM atual ?
Transformação hemorrágica
Incidência de DV 3 meses pós AVE: 25-41%
Alteração da cognição e funcionalidade pós
AVE que permanece por 6 meses
Prejuízo cognitivo em degrau
Evolução em platô
Clínica:
Extensão
Típo de lesão
Área atingida (associativa)
Depressão pós AVE: Até 50% das vezes após o
evento
Implica na piora de recuperação dos déficits
Outros quadros psiquiátricos pós AVE
Depressão pós AVE: Tratar agressivamente
Influencia remissão e mortalidade
Quadros crônicos: pequenos vasos associado
ao AVC
Cuidados:
Nortriptilina (intervalo QT, limiar convulsivo)
Mirtazapina (sedação e ganho de peso)
Venlafaxina (colesterol e PA)
Antipsicóticos (efeitos metabólicos, aumento
de eventos vasculares e mortalidade;
Risco benefício do uso de antipsicóticos:
Psicose, TAB, depressão vascular
AVEs em diversas localizações
Síndrome de desconexão
• Estruturas límbicas e paralímbicas: áreas associativas
Fundamentais para processos cognitivos e comportamentais
Tratos de substância branca necessitam estar intactos para atenção,
função executiva, velocidade dos processos e visuoespacial.
Ocorre: Desconexão com a substância branca; córtex pré frontal se
desconecta do restante do cérebro
Influencia em outras vias: serotoninérgicas,
noradrenérgicas, dopaminérgicas,
glutamatérgicas
• Desconexão frontal e temporal
• Rede: Frontal-> Gânglios Basais -> Talamo cortical
• Objetivo: Descrever alterações associadas a casos de AVEs
em regiões associativas
• 6 pacientes, SPECT, RNM e avaliação neuropsicológica
• 4 com lesões em tálamo, 1 no núcleo caudado e 1 cápsula
anterior
Estrutura Cognição Comportamento
Tálamo anteromedial Amnésia global
Afasia de expressão
Disfunção executiva
Apatia
Depressão
Tálamo anterior Amnésia global
Desatenção
Apatia Agressividade
Tálamo dorsomedial Desatenção
Disfunção executiva
Anosognosia
Agressividade
Tálamo paramedial
central
Afasia de expressão
Disfunção executiva
Alteração visual
Transtorno de
personalidade
Infantilidade
Núcleo caudado ventral Delirium
Disfunção executiva
Alteração visual
Transtorno de
personalidade
Alucinações visuais
Cápsula interna Disfunção executiva
Alteração visual
Apatia
Depressão
Pequenos Vasos
Patogênese: Lesões em Substância branca
- Substância cinzenta: corpo celular
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suprimento sanguíneo poraterosclerose
Vascularização
Terminal
Fatores de
Risco
Vasculares
(Idade, DLP,
HAS, DM)
Vulnerabilidade
a Isquemia
Substância Branca
Fatores de Risco Vasculares para
Microangiopatia
•Idade avançada
•Hipertensão Arterial Sistêmica
•Variações na pressão arterial
•Diabetes Melitus tipo II
•Dislipidemia
•Tabagismo
•Sedentarismo
•Obesidade
Prevalência
•25-33% (subestimada?)
•Aumento da prevalência: acesso a RNM e envelhecimento
populacional
• Sinônimos: leucocaraiose, microangiopatia, lesões
subcorticais acidentais, hipersinal em substância branca/
gliose por razão vascular.
Estudo Prevalência Idade
Atherosclerosis Risk in Communitites 24.6% 55-72 anos
Cardiovascular Health Study 33% > 65 anos
Rotterdam Scan Study 27% 65-84 anos
Lacuna/Infarto x Microangiopatia
Lesões microvasculares
•Podem ser: Bilaterais, desiguais ou difusas
•Margens irregulares
•Áreas principais: Periventricular e Centro
Semioval
•Não seguem territórios vasculares específicos
•Não são benignos. Em grande número significam
disfunção cerebral
•Marcador de mau prognóstico: mortalidade, risco
de demência
•Prognóstico menos favorável AVE e ligados a
sintomas depressivos
• TC menos sensível do que RNM (menor contrastaste
entre S. branca e cinzenta).
• Microangiopatia isquêmica supratentorial
• Lacunas isquêmicas em coroas radiadas, centro semi-oval
• Alargamento de espaços perivasculares nas
profundidades cerebrais, especialmente nas regiões
nucleocapsulares
• FLAIR: Melhor visualização de lacunas e microangiopatia
• T2: Melhor visualização de aumento de espaços
perivasculares e
• T2 e FLAIR se complementam
TC X RNM
Pequenos Vasos
Multi-infarto: Diversas áreas de isquemia
envolvendo vasos sanguíneos de médio porte
(tem envolvimento cortical, lesões maiores).
Pequenos Vasos
Doença lacunar: Infartos lacunares, em vasos de
pequeno porte. Lesão localizada, delimitada.
Pequenos Vasos
Infarto único estrategico: Oclusão de vaso de médio
porte em área funcional crítica (ex: tálamo).
Infarto estratégico em tálamo esquerdo
Pequenos Vasos
Isquemia Subcortical Crônica ou Demência de
Binswanger: Múltiplas pequenas lesões, em
maior quantidade e em menor tamanho do que a
doença multi-infarto. São somente subcorticais.
Lesões confluentes e
periventriculares em T2:
isquemia subcortical
crônica
Isquemia subcortical crônica
Aumento do espaço de virchow
robin:
isquemia subcortical crônica
Classificação
•Fazekas:
•LSB periventricular - contíguas com as margens
dos ventrículos laterais
•LSB profunda ou subcortical – localizadas
separadamente dos ventrículos laterais, na
substância branca subcortical.
Classificação de Fazekas em Lesões Profundas
“0” (ausente)
“1” (puntiformes – lesões isoladas ˂ 10 mm e/ou áreas de lesões
agrupadas ˂ 20 mm em qualquer diâmetro);
“2” (precocemente confluentes – lesões isoladas de 10 a 20 mm
ou lesões agrupadas ˃ 20 mm em qualquer diâmetro e não mais
do que pontes de ligação entre as lesões)
“3” (confluentes – lesões que se apresentam disseminadas ˃ 20
mm em qualquer diâmetro e que demonstrem confluência
evidente entre as lesões)
D.V.
Fisiopatologia:
Síndrome de desconexão/interrupção das vias
Fisiopatologia:
Síndrome do lobo frontal medial (desconexão)
/ alterações das vias dopaminérgicas
•Evidências de que ocorre uma Síndrome do
lobo frontal medial com apatia, redução da
velocidade do processamento e aquisição.
• Alteração nas vias frontolímbica e
frontoestriatal confere vulnerabilidade a
depressão e problemas de função executiva
Doença de Pequenos Vasos:
clínica
Déficit em lobo frontal
Função executiva alterada
Prejuízo atencional
Sintomas depressivos
Marcha alterada
Parkinsonismo ou tremores de intenção
Neuropatia periférica
Incontinência Urinária
Prejuízo futuante de memória
Curso subclínico
Muito confundido com DA; atenção ao perfil
neuropsicológico, fatores de risco CV,
evolução e neuroimagem para diferenciação
• 484 pacientes, Vantage study
• Comparação de BSPDs, INP > 1
• 83% pequenos vasos
• 17% grandes vasos
Resultados
• 92% tinham BPSDs
• Pontuação média 9, 3 sintomas por paciente
• Geral: Apatia 65%, s. depressivos 45%, irritabilidade
42% e agitação/agressividade 40%
• Pequenos vasos: apatia, comp. Motor aberrante e
alucinações (p < 0.05)
• Grandes vasos: agitação/agressividade e euforia (p <
0.05)
Anamnese
Demografia, história familiar, fatores cardiovasculares,
história médica, medicamentos em uso
IMC, circunferência abdominal/ Marcha, tempo para
levantar
Circunstâncias e ambiente ao redor do prejuízo clínico
e executivo
As vezes faltam dados sobre tempo e período de
declínio
Exame físico
Sinais neurológicos focais, assimetria, alteração de marcha
Laboratório
PCR, colesterol total e frações, TG, homocisteína,
glicose e Hba1C, coagulograma e hemograma completo.
MMSE avalia pouco função executiva, humor e alterações
de personalidade
MOCA
Avaliação Neuropsicológica
Testes cognitivos
www.mocatest.org
Perfil Neuropsicológico do CCL Vascular
lN=217 - Somente 33% remitiu
lGrupos: Disfunção Neuropsicológica x Alto grau de lesões
de substância branca
l2 modelos
lMemória episódica, alteração de linguagem, velocidade de
processamento e função executiva
Casos leves de DA típica Casos leves de DV pequenos vasos
Curso insidioso Curso insidioso
Depressão é frequente Depressão é muito mais frequente
Alterações comportamentais tardias Alterações comportamentais precoces
Mais problemas de orientação Menos problemas de orientação
Alteração mais grave em memória
episódica, recente
Alteração menos grave em memória episódica,
recente
Memória implícita frequentemente
prejudicada (reconhecimento)
Memória implícita frequentemente mais
preservada (reconhecimento)
Funções executivas preservadas Funções executivas prejudicadas
Evocação tardia mais prejudicada (RAVLT
e figura de Rey)
Evocação tardia menos prejudicada (RAVLT e
figura de Rey)
Velocidade de processamento normal Velocidade de processamento reduzida
Atrofia hipocampal presente Atrofia sem predileção ou sem atrofia
Ausência de lesões vasculares Sinais de lesões de pequenos vasos /
microangiopatia
Evidências para todos inibidores da
colinesterase
Evidências maiores para galantamina, boas
evidências para donepezila
Ausência de tremor/parkinsonismo Tremor ou parkinsonismo vascular possível
Cuidados clínicos e individuais
Técnicas que distraiam
Pequenos trabalhos, lavar a louça, pegar toalhas
Educação do cuidador
Estabelecimento de uma rotina
Ficar atento a quadros depressivos
Tratamento
RELATO:
Trata-se de um paciente com 67 anos que apresentou
resposta parcial a tratamento com inibidores da
recaptura de serotonina e efeitos adversos autonômicos
graves com outros antidepressivos. A adição de
rivastigmina ao citalopram promoveu sucesso
terapêutico, com redução de 23 para 7 pontos, na escala
de Hamilton para depressão.
DISCUSSÃO: O resultado obtido traz novas
perspectivas para o tratamento da depressão vascular,
sendo necessários ensaios clínicos controlados que
evidenciem o benefício da adição dos inibidores das
colinesterases aos antidepressivos no tratamento destes
pacientes.
• Alterações cognitivas: memória episódica, velocidade de
processamento e função executiva.
• Melhora do quadro depressivo: pode levar a melhora parcial
Estudos com antidepressivos potentes demonstram melhora
importante de algumas funções, mas persistência da maioria dos
déficits quando grande número de lesões vasculares.
• Pródromo de Demência Vascular
• Risco benefício do uso de anticolinesterásicos é questionado.
• Vortioxetina não testada em depressão vascular.
Desinibição – Peder boas maneiras, se tonar vulgar ou
socialmente inadequado,
irritabilidade, expansividade, combatividade
Educar cuidador: Não fazem de propósito, evitar gatilhos: cortar ou retirar
da situação.
Se necessário usar medicamento por tempo
reduzido na menor dose possiível
Antipiscóticos, Antinconvulsivantes, Ácido Valpróico
Tratamento médico ou farmacológico
Prevenção Primária
Tratar HAS, DM, DLP, caminhadas
Interrupção do tabagismo e etilismo
Controle de AOS e hipotensão ortostática
Prevenção secundária
Controle mais agressivo de fatores de risco
Usar AAS ou Clopidogrel
Varfarina e novos anticoagulantes em
pacientes com Fibrilação atrial ou indicações
precisas
Atenção a risco de trombose
Intervenção para pacientes com DAC
Tratamento médico ou farmacológico
Anticolinesterásicos indicados
Galantamina 16-24mg
Donepezila 5-10mg
Rivastigmina via oral ou patch: alguns estudos,
menor benefício
Memantina está indicada
Tratar depressão de forma efetiva
Risco benefício e tempo limitado no uso de
antipsicóticos
Prognóstico
Varia conforme os critérios diagnósticos
Reduz a expectativa de vida em 50% do
normal após 4 anos do diagnóstico
30% falece de complicações da demência,
30% de novos AVEs e 8% de outras causas
CV
 Impacto na mortalidade similar ao da DA

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  • 2.
  • 4. TNC Vascular • Grandes Vasos: Evolução súbita • Pequenos Vasos: Evolução insidiosa
  • 5. TNC Vascular em geral • Prejuízo heterogêneo, evolução súbita ou insidiosa • Prejuízo não é classicamente amnéstico/memória recente embora possa ocorrer. Obrigatoriamente prejuízo das funções executivas. • Sintomas psiquiátricos mais precoces (del. persecut., agitação, depressão, TAB) • Fatores de risco cardiovasculares • Podem estar presentes sinais neurológicos focais (perda de força, aumento de reflexos, afasia, disartria) • Exame de imagem compatível (História x Imagem)
  • 6. TNC Vascular em geral • Fatores de risco cardiovasculares • (HAS, DM, DLP, Homocisteinemia, Tabagismo, Sedentarismo, etilismo, uso de SPA) • APOE e NOCHT3, cromossomo 17q25 (genes TRIM65 e TRIM47), ligadas a lesões em substância branca • Idade avançada, raça negra, homens • Fibrilação atrial, ateromatose carotídea, DAP e DAC.
  • 7. • 1- Disfunção endotelial -> reduz autoregulação -> problemas no acoplamento neurovascular • Mediado por estresse oxidativo e déficit de óxido nítrico • Consequência: Hipofluxo cerebral e hipóxia • 2- Aumento da permeabilidade da barreira -> extravasamento de fibrinogênio, ativação de citocinas pós inflamatórias-> ativação da micróglia • 3- Inflamação: atinge a barreira-> Aumenta células adesivas no endotélio, piorando adesão plaquetária e oclusão microvascular.
  • 8. • Disfunção endotelial • Atrofia cerebral sem causa neurodegenerativa • Sem aumento de amilóide, alfasinucleína, TDP-43 ou outras neuropatologias ou leve acúmulo • Outra possibilidade: Sem atrofia
  • 9.
  • 10. Atrofia cerebral similar nos 2 grupos Atrofia medial temporal maior no grupo DA Lesões em substância branca maior no grupo DV Infartos somente no grupo DV
  • 11. • 694 pacientes com DA x 655 com DV • Infartos e lesões em substância branca, atrofia medial temporal e atrofia cerebral • Infartos associados a atrofia no grupo DV apenas • Infartos associados a AMT no grupo DV • Hipoperfusão “causando” atrofia
  • 12. • Estudo de autópsia com 190 idosos com demência (infartos maiores, lacunares e microangiopatia). 68% tinham lesões vasculares. • DV foi associado com infartos vasculares maiores (RR: 4.3) • Leucoencefalopatia associado a Demência em geral (RR: 3.5) • Escore Vascular associado com Demência (RR: 1.6), DA (1.5) e DV (2)
  • 14. Grandes Vasos Pós AVE Perda de força, desvio de rima, fraqueza, alteração súbita de linguagem, queda Trazido ao Hospital ? Realizou exame de imagem cerebral? Isquêmico ou Hemorrágico ? Tratado com Atplase (trombolítico)? Déficit regrediu em 6 horas? (AIT) Evidente relação temporal e de delcínio cognitivo com o evento: degrau; evolução em platô Hoje: sinal focal (perda de força, alteração de marcha, hiperreflexia ? Imagem residual em TC/RNM atual ?
  • 16. Incidência de DV 3 meses pós AVE: 25-41% Alteração da cognição e funcionalidade pós AVE que permanece por 6 meses Prejuízo cognitivo em degrau Evolução em platô Clínica: Extensão Típo de lesão Área atingida (associativa) Depressão pós AVE: Até 50% das vezes após o evento Implica na piora de recuperação dos déficits Outros quadros psiquiátricos pós AVE
  • 17. Depressão pós AVE: Tratar agressivamente Influencia remissão e mortalidade Quadros crônicos: pequenos vasos associado ao AVC Cuidados: Nortriptilina (intervalo QT, limiar convulsivo) Mirtazapina (sedação e ganho de peso) Venlafaxina (colesterol e PA) Antipsicóticos (efeitos metabólicos, aumento de eventos vasculares e mortalidade; Risco benefício do uso de antipsicóticos: Psicose, TAB, depressão vascular
  • 18. AVEs em diversas localizações
  • 19. Síndrome de desconexão • Estruturas límbicas e paralímbicas: áreas associativas Fundamentais para processos cognitivos e comportamentais Tratos de substância branca necessitam estar intactos para atenção, função executiva, velocidade dos processos e visuoespacial. Ocorre: Desconexão com a substância branca; córtex pré frontal se desconecta do restante do cérebro Influencia em outras vias: serotoninérgicas, noradrenérgicas, dopaminérgicas, glutamatérgicas
  • 20. • Desconexão frontal e temporal • Rede: Frontal-> Gânglios Basais -> Talamo cortical • Objetivo: Descrever alterações associadas a casos de AVEs em regiões associativas • 6 pacientes, SPECT, RNM e avaliação neuropsicológica • 4 com lesões em tálamo, 1 no núcleo caudado e 1 cápsula anterior
  • 21. Estrutura Cognição Comportamento Tálamo anteromedial Amnésia global Afasia de expressão Disfunção executiva Apatia Depressão Tálamo anterior Amnésia global Desatenção Apatia Agressividade Tálamo dorsomedial Desatenção Disfunção executiva Anosognosia Agressividade Tálamo paramedial central Afasia de expressão Disfunção executiva Alteração visual Transtorno de personalidade Infantilidade Núcleo caudado ventral Delirium Disfunção executiva Alteração visual Transtorno de personalidade Alucinações visuais Cápsula interna Disfunção executiva Alteração visual Apatia Depressão
  • 23. Patogênese: Lesões em Substância branca - Substância cinzenta: corpo celular - Substância branca: Axônios, área fronteiriça - Maior vulnerabilidade quando alterações do suprimento sanguíneo poraterosclerose Vascularização Terminal Fatores de Risco Vasculares (Idade, DLP, HAS, DM) Vulnerabilidade a Isquemia Substância Branca
  • 24. Fatores de Risco Vasculares para Microangiopatia •Idade avançada •Hipertensão Arterial Sistêmica •Variações na pressão arterial •Diabetes Melitus tipo II •Dislipidemia •Tabagismo •Sedentarismo •Obesidade
  • 25. Prevalência •25-33% (subestimada?) •Aumento da prevalência: acesso a RNM e envelhecimento populacional • Sinônimos: leucocaraiose, microangiopatia, lesões subcorticais acidentais, hipersinal em substância branca/ gliose por razão vascular. Estudo Prevalência Idade Atherosclerosis Risk in Communitites 24.6% 55-72 anos Cardiovascular Health Study 33% > 65 anos Rotterdam Scan Study 27% 65-84 anos
  • 27. Lesões microvasculares •Podem ser: Bilaterais, desiguais ou difusas •Margens irregulares •Áreas principais: Periventricular e Centro Semioval •Não seguem territórios vasculares específicos •Não são benignos. Em grande número significam disfunção cerebral •Marcador de mau prognóstico: mortalidade, risco de demência •Prognóstico menos favorável AVE e ligados a sintomas depressivos
  • 28. • TC menos sensível do que RNM (menor contrastaste entre S. branca e cinzenta). • Microangiopatia isquêmica supratentorial • Lacunas isquêmicas em coroas radiadas, centro semi-oval • Alargamento de espaços perivasculares nas profundidades cerebrais, especialmente nas regiões nucleocapsulares • FLAIR: Melhor visualização de lacunas e microangiopatia • T2: Melhor visualização de aumento de espaços perivasculares e • T2 e FLAIR se complementam TC X RNM
  • 29. Pequenos Vasos Multi-infarto: Diversas áreas de isquemia envolvendo vasos sanguíneos de médio porte (tem envolvimento cortical, lesões maiores).
  • 30. Pequenos Vasos Doença lacunar: Infartos lacunares, em vasos de pequeno porte. Lesão localizada, delimitada.
  • 31. Pequenos Vasos Infarto único estrategico: Oclusão de vaso de médio porte em área funcional crítica (ex: tálamo). Infarto estratégico em tálamo esquerdo
  • 32. Pequenos Vasos Isquemia Subcortical Crônica ou Demência de Binswanger: Múltiplas pequenas lesões, em maior quantidade e em menor tamanho do que a doença multi-infarto. São somente subcorticais.
  • 33. Lesões confluentes e periventriculares em T2: isquemia subcortical crônica Isquemia subcortical crônica
  • 34. Aumento do espaço de virchow robin: isquemia subcortical crônica
  • 35. Classificação •Fazekas: •LSB periventricular - contíguas com as margens dos ventrículos laterais •LSB profunda ou subcortical – localizadas separadamente dos ventrículos laterais, na substância branca subcortical.
  • 36.
  • 37. Classificação de Fazekas em Lesões Profundas “0” (ausente) “1” (puntiformes – lesões isoladas ˂ 10 mm e/ou áreas de lesões agrupadas ˂ 20 mm em qualquer diâmetro); “2” (precocemente confluentes – lesões isoladas de 10 a 20 mm ou lesões agrupadas ˃ 20 mm em qualquer diâmetro e não mais do que pontes de ligação entre as lesões) “3” (confluentes – lesões que se apresentam disseminadas ˃ 20 mm em qualquer diâmetro e que demonstrem confluência evidente entre as lesões)
  • 38.
  • 39. D.V.
  • 41. Fisiopatologia: Síndrome do lobo frontal medial (desconexão) / alterações das vias dopaminérgicas •Evidências de que ocorre uma Síndrome do lobo frontal medial com apatia, redução da velocidade do processamento e aquisição. • Alteração nas vias frontolímbica e frontoestriatal confere vulnerabilidade a depressão e problemas de função executiva
  • 42. Doença de Pequenos Vasos: clínica Déficit em lobo frontal Função executiva alterada Prejuízo atencional Sintomas depressivos Marcha alterada Parkinsonismo ou tremores de intenção Neuropatia periférica Incontinência Urinária Prejuízo futuante de memória Curso subclínico Muito confundido com DA; atenção ao perfil neuropsicológico, fatores de risco CV, evolução e neuroimagem para diferenciação
  • 43. • 484 pacientes, Vantage study • Comparação de BSPDs, INP > 1 • 83% pequenos vasos • 17% grandes vasos
  • 44. Resultados • 92% tinham BPSDs • Pontuação média 9, 3 sintomas por paciente • Geral: Apatia 65%, s. depressivos 45%, irritabilidade 42% e agitação/agressividade 40% • Pequenos vasos: apatia, comp. Motor aberrante e alucinações (p < 0.05) • Grandes vasos: agitação/agressividade e euforia (p < 0.05)
  • 45. Anamnese Demografia, história familiar, fatores cardiovasculares, história médica, medicamentos em uso IMC, circunferência abdominal/ Marcha, tempo para levantar Circunstâncias e ambiente ao redor do prejuízo clínico e executivo As vezes faltam dados sobre tempo e período de declínio
  • 46. Exame físico Sinais neurológicos focais, assimetria, alteração de marcha Laboratório PCR, colesterol total e frações, TG, homocisteína, glicose e Hba1C, coagulograma e hemograma completo.
  • 47. MMSE avalia pouco função executiva, humor e alterações de personalidade MOCA Avaliação Neuropsicológica Testes cognitivos
  • 48.
  • 49.
  • 51. Perfil Neuropsicológico do CCL Vascular lN=217 - Somente 33% remitiu lGrupos: Disfunção Neuropsicológica x Alto grau de lesões de substância branca l2 modelos lMemória episódica, alteração de linguagem, velocidade de processamento e função executiva
  • 52.
  • 53. Casos leves de DA típica Casos leves de DV pequenos vasos Curso insidioso Curso insidioso Depressão é frequente Depressão é muito mais frequente Alterações comportamentais tardias Alterações comportamentais precoces Mais problemas de orientação Menos problemas de orientação Alteração mais grave em memória episódica, recente Alteração menos grave em memória episódica, recente Memória implícita frequentemente prejudicada (reconhecimento) Memória implícita frequentemente mais preservada (reconhecimento) Funções executivas preservadas Funções executivas prejudicadas Evocação tardia mais prejudicada (RAVLT e figura de Rey) Evocação tardia menos prejudicada (RAVLT e figura de Rey) Velocidade de processamento normal Velocidade de processamento reduzida Atrofia hipocampal presente Atrofia sem predileção ou sem atrofia Ausência de lesões vasculares Sinais de lesões de pequenos vasos / microangiopatia Evidências para todos inibidores da colinesterase Evidências maiores para galantamina, boas evidências para donepezila Ausência de tremor/parkinsonismo Tremor ou parkinsonismo vascular possível
  • 54. Cuidados clínicos e individuais Técnicas que distraiam Pequenos trabalhos, lavar a louça, pegar toalhas Educação do cuidador Estabelecimento de uma rotina Ficar atento a quadros depressivos Tratamento
  • 55.
  • 56. RELATO: Trata-se de um paciente com 67 anos que apresentou resposta parcial a tratamento com inibidores da recaptura de serotonina e efeitos adversos autonômicos graves com outros antidepressivos. A adição de rivastigmina ao citalopram promoveu sucesso terapêutico, com redução de 23 para 7 pontos, na escala de Hamilton para depressão. DISCUSSÃO: O resultado obtido traz novas perspectivas para o tratamento da depressão vascular, sendo necessários ensaios clínicos controlados que evidenciem o benefício da adição dos inibidores das colinesterases aos antidepressivos no tratamento destes pacientes.
  • 57. • Alterações cognitivas: memória episódica, velocidade de processamento e função executiva. • Melhora do quadro depressivo: pode levar a melhora parcial Estudos com antidepressivos potentes demonstram melhora importante de algumas funções, mas persistência da maioria dos déficits quando grande número de lesões vasculares. • Pródromo de Demência Vascular • Risco benefício do uso de anticolinesterásicos é questionado. • Vortioxetina não testada em depressão vascular.
  • 58. Desinibição – Peder boas maneiras, se tonar vulgar ou socialmente inadequado, irritabilidade, expansividade, combatividade Educar cuidador: Não fazem de propósito, evitar gatilhos: cortar ou retirar da situação. Se necessário usar medicamento por tempo reduzido na menor dose possiível Antipiscóticos, Antinconvulsivantes, Ácido Valpróico
  • 59. Tratamento médico ou farmacológico Prevenção Primária Tratar HAS, DM, DLP, caminhadas Interrupção do tabagismo e etilismo Controle de AOS e hipotensão ortostática Prevenção secundária Controle mais agressivo de fatores de risco Usar AAS ou Clopidogrel Varfarina e novos anticoagulantes em pacientes com Fibrilação atrial ou indicações precisas Atenção a risco de trombose Intervenção para pacientes com DAC
  • 60. Tratamento médico ou farmacológico Anticolinesterásicos indicados Galantamina 16-24mg Donepezila 5-10mg Rivastigmina via oral ou patch: alguns estudos, menor benefício Memantina está indicada Tratar depressão de forma efetiva Risco benefício e tempo limitado no uso de antipsicóticos
  • 61.
  • 62.
  • 63. Prognóstico Varia conforme os critérios diagnósticos Reduz a expectativa de vida em 50% do normal após 4 anos do diagnóstico 30% falece de complicações da demência, 30% de novos AVEs e 8% de outras causas CV  Impacto na mortalidade similar ao da DA