Para Freud, a sexualidade vai além do fisiológico e da reprodução, sendo registrada psicologicamente desde a primeira satisfação na amamentação. A sexualidade infantil envolve prazer em zonas erógenas como a boca. Freud discorda de definir sexualidade apenas pelo ato sexual ou reprodução, incluindo masturbação e beijo.
4. • Para Freud, sexual não diz respeito ao
fisiológico, anatômico.
• Houve um antes e um depois, a partir das
construções de Freud acerca da sexualidade.
• SEXOLOGIA: apoiada na biologia, na anatomia
do corpo. A sexualidade para a sexologia tem a
finalidade da procriação da espécie, a
reprodução. Baseada no conceito de instinto.
• Pulsão: uma força que nos “cutuca” o tempo
todo.
5. • Para a psicanálise, a sexualidade não se
reduz a relação sexual.
• Sexualidade infantil: tem a ideia de prazer,
desprazer, satisfação e insatisfação.
• Imagem inicial é a do bebê na sua primeira
mamada, seja no seio ou mamadeira, que é
oferecido pelo outro.
• Necessidade fisiológica : fome
• Registro do alívio da necessidade do corpo,
mas também o registro de uma satisfação à
mais que ele recebeu do outro.
6. • Esse “à mais” que acompanha o registro da
satisfação da necessidade biológica, é
denominado por Freud de “SEXUAL”.
• Sexual: Registro psíquico de algo que marca
uma satisfação que não se reduz à
necessidade fisiológica.
Ex: satisfação no “chuchar” – bico, dedo, etc.
Precisa estimular a região da boca (zona erógena
oral), que é a primeira a interagir com o outro, com
o mundo.
7. [...] Falando sério, não é fácil delimitar aquilo que
abrange o conceito de “sexual”. Talvez a única
definição acertada fosse tudo o que se relaciona
com a distinção entre os dois “sexos”. [...] Se
tomarem o fato do ato sexual como ponto central,
talvez definissem como sexual tudo aquilo que,
com vistas a obter prazer, diz respeito ao corpo e,
em especial, aos órgãos sexuais de uma pessoa
do sexo oposto, e que, em última instância, visa à
união dos genitais e à realização do ato sexual.
8. [...] Se, por outro lado, tomarem a função de
reprodução como núcleo da sexualidade, correm o
risco de excluir toda uma série de coisas que não
visam à reprodução, mas certamente são sexuais,
como a masturbação, e até mesmo o beijo
(FREUD, 2006, p. 309)
9. REFERÊNCIAS:
- FREUD, Sigmund. Um caso de histeria. Três
ensaios sobre sexualidade e outros trabalhos
(1901/1905)
_________________. Conferências introdutórias
sobre psicanálise. XX Conferência de Viena
(1915/1916)