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FILOSOFIA DA MENTE
Prof. Dr. Everaldo Cescon
ecescon@ucs.br
everaldocescon@hotmail.com
Filosofia da mente…
…é o estudo filosófico dos fenômenos psicológicos, incluindo
investigações sobre a natureza da mente e dos estados mentais em
geral.
…envolve estudos metafísicos sobre o modo de ser da mente, sobre a
natureza dos estados mentais e sobre a consciência.
… envolve estudos epistemológicos sobre o modo como a mente
conhece a si mesma e sobre a relação entre os estados mentais e os
estados de coisa que os mesmos representam (intencionalidade),
incluindo estudos sobre a percepção e outros modos de aquisição de
informação, como a memória, o testemunho (fundamental para a
aquisição da linguagem) e a introspecção.
… envolve ainda a investigação de questões éticas como a questão da
liberdade, normalmente considerada impossível caso a mente siga,
como tudo o mais, leis naturais.
Problemas Recorrentes
da Filosofia da Mente
qual a natureza dos estados e
processos mentais?
mente-corpo
teste de Turing
o computador pode pensar?
qualia
propriedades irredutíveis da
consciência?
sala Chinesa
o pensamento é transformação
sintática de entidades
estruturadas?
cérebro em
uma cuba
a realidade existe realmente ?
outras mentes
como determinar se alguma, outra,
criatura é capaz de pensar?
enquadramento
como conhecer um
mundo infinito e em
mudança ?
fundamentação do
símbolo
como os símbolos se
referem a coisas do
mundo ?
enquadramento de
referência
conhecimento canônico
sobre as coisas do
mundo ?
Problemas recorrentes
Existe uma possibilidade significativa de que o
interior da sua mente seja a única coisa que
existe?
Se isto é possível, há alguma maneira de provar
para você mesmo que ela não é, de fato,
verdadeira?
Se você não pode provar que existe alguma
coisa fora da sua mente, é certo continuar
acreditando no mundo externo, mesmo
assim?
O que você sabe, de fato, sobre o que se passa na mente de
outra pessoa?
A única experiência que você pode ter, na verdade, é a sua
própria.
Não há indícios de que a experiência de algo PARA MIM é
correlata à experiência desse algo PARA ALGUÉM.
Crença de que há uma correlação entre a experiência
interna e certos tipos de reações observáveis.
Como posso saber se existe alguma SEMELHANÇA entre as
minhas experiências e as de alguém?
Como você sabe que seu amigo é consciente?
Como sabe que existem OUTRAS MENTES
além da sua?
Como sabe que os seres à sua volta não são
todos robôs destituídos de mente?
Que razões temos para pensar que somente as
coisas que se comportam mais ou menos
como nos, e que têm uma estrutura física
observável mais ou menos como a nossa, são
capazes de ter ALGUM tipo de experiência?
A questão é…
O que você realmente sabe sobre a vida consciente neste
mundo, além do fato de que você tem uma mente
consciente?
É possível que haja bem menos vida consciente do que você
supõe (nenhuma a não ser a sua), ou bem mais do que
você poderia imaginar (até mesmo nas coisas que
presume serem inconscientes)?
A questão é…
Todos sabem que o que acontece na consciência depende
do que acontece ao corpo.
A mente é diferente do cérebro, embora esteja vinculada a
ele, ou ela É o cérebro?
A questão é…
Ontológica… O que é uma mente? O que é
mental? Existe um critério universal e único
para o mental? Qual o lugar da mente no
mundo?
Epistemológica… Como conhecer a mente?
Objetivamente, com as ferramentas científicas?
Subjetivamente, com a introspecção?
E ainda, a causação… Como pode um evento físico
causar um mental e vice-versa?
Referências
CHURCHLAND, P. Matéria e consciência: uma introdução contemporânea à filosofia da
mente. Trad. Maria Clara Cescato. São Paulo: Ed. Unesp, 2004.
HEIL, John. Filosofia da mente: uma introdução contemporânea. Lisboa: Instituto
Piaget, 1998.
HUMPHREY, N. Una historia de la mente: la evolución y el nacimiento de la conciencia.
Barcelona: Gedisa, 1995.
MCGINN, C. O carácter da mente: uma introdução à filosofia da mente. Trad. Fernanda
O’Brien. Lisboa: Gradiva, 2011. (Col. Filosofia Aberta).
NAGEL, T. Uma breve introdução. Trad. de Silvana Vieira. São Paulo: M. Fontes, 2001.
RACHELS, J. Problemas de filosofia. Trad. de Pedro Galvão. Lisboa: Gradiva, 2009. (Col.
Filosofia aberta).
SAGAL, P. T. Mente, homem e máquina. Trad. Desidério Murcho. Lisboa: Gradiva, 1996.
(Col. Filosofia aberta).
SEARLE, J. A redescoberta da mente. Trad. Eduardo Pereira e Ferreira. 2.ed. São Paulo: M.
Fontes, 2006.
TEIXEIRA, João de. O que é filosofia da mente? São Paulo: Brasiliense, 1994.
VARELA, F.; THOMPSON, E.; ROSCH, E. A mente corpórea: ciência cognitiva e
experiência humana. Trad. Joaquim Nogueira Gil e Jorge de Sousa. Lisboa: Instituto
Piaget, 2001. (Col. Epigénese e desenvolvimento).
 Como fazemos para saber que as coisas “continuam as
mesmas” apesar de mudarem no tempo?
 Com base em que afirmamos que uma coisa “não é
mais a mesma”?
OBJETOS COMO AGREGADOS/COMPOSTOS
 A coincidência espacial não é suficiente para afirmar a
identidade
Suponha uma mesa A
Suponha um retângulo desta mesa B
B = A – y
Mas A  B + y
B  A
Se subtrairmos y de A, teremos apenas B, porquanto B  A?
Pergunto: B é uma mesa? Se o é após a destruição de y, por
que não o é também antes?
 A simples observação não é suficiente para estabelecer a
identidade de dois objetos.
OBJETOS COLETIVOS/SOMA/AMONTOADOS
 Um monte de areia é a soma dos seus grãos?
 Se retirarmos um grão, continuamos tendo um monte de
areia?
 Se retirarmos uma série deles para um outro amontoado?
 Portanto, temos duas alternativas:
a) Existem dois conc. de “soma”, um dos quais admite uma
“soma” espalhada
b) Embora os compostos consistam na soma das suas partes,
não são idênticos a tais somas, visto que as condições de
persistência obedecem ao requisito aditivo com base no
qual as partes devem ter conexão entre si.
OBJETOS INTEGRAIS
 São entidades compostas e que NÃO são idênticos
nem a qualquer soma das suas partes, nem a qualquer
composição que consista na soma das suas partes.
 Sobrevivem à destruição de algumas das suas partesou
à substituição destas últimas por novas.
 Alguns podem ser decompostos e, depois, recompostos
sem deixarem de existir.
CONCLUSÃO
 O que nos permite referirmo-nos ao mesmo objeto?
Afinal, “no entity without identity” (Quine)
 Às diferentes condições de persistência, correspondem
diversos critérios de identidade.
 Caso 1 – O todo é idêntico às partes.
 Caso 2 – O todo é mais do que as partes.
 A persistência, no tempo e no espaço, gera problemas
filosóficos.
PERSISTÊNCIA NO TEMPO
 Navio de Teseu
 As carroças/bigas de Sócrates e Platão
PERSISTÊNCIA NO ESPAÇO
 Rio Guaíba = Gravataí + Caí + Sinos + Jacuí
 Onde nasce?
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A natureza da mente e os problemas filosóficos da filosofia da mente

  • 1. FILOSOFIA DA MENTE Prof. Dr. Everaldo Cescon ecescon@ucs.br everaldocescon@hotmail.com
  • 2. Filosofia da mente… …é o estudo filosófico dos fenômenos psicológicos, incluindo investigações sobre a natureza da mente e dos estados mentais em geral. …envolve estudos metafísicos sobre o modo de ser da mente, sobre a natureza dos estados mentais e sobre a consciência. … envolve estudos epistemológicos sobre o modo como a mente conhece a si mesma e sobre a relação entre os estados mentais e os estados de coisa que os mesmos representam (intencionalidade), incluindo estudos sobre a percepção e outros modos de aquisição de informação, como a memória, o testemunho (fundamental para a aquisição da linguagem) e a introspecção. … envolve ainda a investigação de questões éticas como a questão da liberdade, normalmente considerada impossível caso a mente siga, como tudo o mais, leis naturais.
  • 3. Problemas Recorrentes da Filosofia da Mente qual a natureza dos estados e processos mentais? mente-corpo teste de Turing o computador pode pensar? qualia propriedades irredutíveis da consciência? sala Chinesa o pensamento é transformação sintática de entidades estruturadas? cérebro em uma cuba a realidade existe realmente ? outras mentes como determinar se alguma, outra, criatura é capaz de pensar? enquadramento como conhecer um mundo infinito e em mudança ? fundamentação do símbolo como os símbolos se referem a coisas do mundo ? enquadramento de referência conhecimento canônico sobre as coisas do mundo ?
  • 4. Problemas recorrentes Existe uma possibilidade significativa de que o interior da sua mente seja a única coisa que existe? Se isto é possível, há alguma maneira de provar para você mesmo que ela não é, de fato, verdadeira? Se você não pode provar que existe alguma coisa fora da sua mente, é certo continuar acreditando no mundo externo, mesmo assim?
  • 5. O que você sabe, de fato, sobre o que se passa na mente de outra pessoa? A única experiência que você pode ter, na verdade, é a sua própria. Não há indícios de que a experiência de algo PARA MIM é correlata à experiência desse algo PARA ALGUÉM. Crença de que há uma correlação entre a experiência interna e certos tipos de reações observáveis. Como posso saber se existe alguma SEMELHANÇA entre as minhas experiências e as de alguém?
  • 6. Como você sabe que seu amigo é consciente? Como sabe que existem OUTRAS MENTES além da sua? Como sabe que os seres à sua volta não são todos robôs destituídos de mente? Que razões temos para pensar que somente as coisas que se comportam mais ou menos como nos, e que têm uma estrutura física observável mais ou menos como a nossa, são capazes de ter ALGUM tipo de experiência?
  • 7. A questão é… O que você realmente sabe sobre a vida consciente neste mundo, além do fato de que você tem uma mente consciente? É possível que haja bem menos vida consciente do que você supõe (nenhuma a não ser a sua), ou bem mais do que você poderia imaginar (até mesmo nas coisas que presume serem inconscientes)?
  • 8. A questão é… Todos sabem que o que acontece na consciência depende do que acontece ao corpo. A mente é diferente do cérebro, embora esteja vinculada a ele, ou ela É o cérebro?
  • 9. A questão é… Ontológica… O que é uma mente? O que é mental? Existe um critério universal e único para o mental? Qual o lugar da mente no mundo? Epistemológica… Como conhecer a mente? Objetivamente, com as ferramentas científicas? Subjetivamente, com a introspecção? E ainda, a causação… Como pode um evento físico causar um mental e vice-versa?
  • 10. Referências CHURCHLAND, P. Matéria e consciência: uma introdução contemporânea à filosofia da mente. Trad. Maria Clara Cescato. São Paulo: Ed. Unesp, 2004. HEIL, John. Filosofia da mente: uma introdução contemporânea. Lisboa: Instituto Piaget, 1998. HUMPHREY, N. Una historia de la mente: la evolución y el nacimiento de la conciencia. Barcelona: Gedisa, 1995. MCGINN, C. O carácter da mente: uma introdução à filosofia da mente. Trad. Fernanda O’Brien. Lisboa: Gradiva, 2011. (Col. Filosofia Aberta). NAGEL, T. Uma breve introdução. Trad. de Silvana Vieira. São Paulo: M. Fontes, 2001. RACHELS, J. Problemas de filosofia. Trad. de Pedro Galvão. Lisboa: Gradiva, 2009. (Col. Filosofia aberta). SAGAL, P. T. Mente, homem e máquina. Trad. Desidério Murcho. Lisboa: Gradiva, 1996. (Col. Filosofia aberta). SEARLE, J. A redescoberta da mente. Trad. Eduardo Pereira e Ferreira. 2.ed. São Paulo: M. Fontes, 2006. TEIXEIRA, João de. O que é filosofia da mente? São Paulo: Brasiliense, 1994. VARELA, F.; THOMPSON, E.; ROSCH, E. A mente corpórea: ciência cognitiva e experiência humana. Trad. Joaquim Nogueira Gil e Jorge de Sousa. Lisboa: Instituto Piaget, 2001. (Col. Epigénese e desenvolvimento).
  • 11.
  • 12.  Como fazemos para saber que as coisas “continuam as mesmas” apesar de mudarem no tempo?  Com base em que afirmamos que uma coisa “não é mais a mesma”?
  • 13. OBJETOS COMO AGREGADOS/COMPOSTOS  A coincidência espacial não é suficiente para afirmar a identidade Suponha uma mesa A Suponha um retângulo desta mesa B B = A – y Mas A  B + y B  A Se subtrairmos y de A, teremos apenas B, porquanto B  A? Pergunto: B é uma mesa? Se o é após a destruição de y, por que não o é também antes?  A simples observação não é suficiente para estabelecer a identidade de dois objetos.
  • 14. OBJETOS COLETIVOS/SOMA/AMONTOADOS  Um monte de areia é a soma dos seus grãos?  Se retirarmos um grão, continuamos tendo um monte de areia?  Se retirarmos uma série deles para um outro amontoado?  Portanto, temos duas alternativas: a) Existem dois conc. de “soma”, um dos quais admite uma “soma” espalhada b) Embora os compostos consistam na soma das suas partes, não são idênticos a tais somas, visto que as condições de persistência obedecem ao requisito aditivo com base no qual as partes devem ter conexão entre si.
  • 15. OBJETOS INTEGRAIS  São entidades compostas e que NÃO são idênticos nem a qualquer soma das suas partes, nem a qualquer composição que consista na soma das suas partes.  Sobrevivem à destruição de algumas das suas partesou à substituição destas últimas por novas.  Alguns podem ser decompostos e, depois, recompostos sem deixarem de existir.
  • 16. CONCLUSÃO  O que nos permite referirmo-nos ao mesmo objeto? Afinal, “no entity without identity” (Quine)  Às diferentes condições de persistência, correspondem diversos critérios de identidade.  Caso 1 – O todo é idêntico às partes.  Caso 2 – O todo é mais do que as partes.  A persistência, no tempo e no espaço, gera problemas filosóficos.
  • 17. PERSISTÊNCIA NO TEMPO  Navio de Teseu  As carroças/bigas de Sócrates e Platão
  • 18. PERSISTÊNCIA NO ESPAÇO  Rio Guaíba = Gravataí + Caí + Sinos + Jacuí  Onde nasce?  Banhado Grande?  São Francisco de Paula?  Caraá?  Passo Fundo?