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V CONGRESO INTERNACIONALSOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA
INDUCCIÓN ALADOCENCIA
INFORME DE INVESTIGAÇÃO
«AS PRÁTICAS EDUCATIVAS E MODELOS DE ENSINO DOS PROFESSORES
PRINCIPIANTES DAS ESCOLAS SECUNDÁRIAS LUBANGO (ANGOLA)»
Nicolau, Manuel Caluvi
Correio electrónico: maka.nico@yahoo.com.br
Universidad de Sevilla
Faculdad de Educación
Espanha
Resumo
A presente pesquisa tem como objectivo observar, descrever e compreender as práticas
educativas e curriculares dos professores principiantes das escolas secundárias de Lubango
(Angola), incluindo as actividades de aula, o uso dos materiais curriculares e as relações
com os estudantes, bem como conhecer a perspectiva de estudantes, famílias e gestores
acerca da mesma. Esta pesquisa utiliza um desenho descritivo e enfoque metodológico
de estudo de caso qualitativo apoiando-se na descrição, narração, interpretação e análise
de dados. A amostragem é não probabilística e intencional com um total de 50 sujeitos
entre professores, alunos, gestores e famílias. Para recolha de informações utilizamos as
seguintes técnicas: análise documental, observação participante (com perspectiva
etnográfica), entrevista de grupo e em profundidade e finalmente a análise de conteúdo.
Os resultados permitem constatar que as práticas educativas dos professores são fracas,
marcadas essencialmente pelo modelo tradicional transmissivo e liderança autoritária.
Não se faz o uso e exploração das tecnologias de informação e comunicação e as
escolas na sua maioria não possuem condições. A maioria dos docentes ingressa ao
sector sem formação inicial de professor e a formação contínua que lhes é dada nos
seminários não tem correspondido as reais dificuldades dos docentes principiantes que
encaram no seu trabalho. Existe pouca colaboração entre todos agentes responsáveis
pela educação. Verificasse que muitos docentes não planificam as actividades escolares
e vão a sala de aulas fazendo improviso e consequentemente não dominam o conteúdo
dificultando fazer abordagem mais aprofundada.
Palavras chave: Prática educativa, modelos de ensino, professor principiante, escolas
secundárias.
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Introdução
Angola é um país situado na África Austral com uma área de superfície de 1 246 700
Km2 com uma população estimada em 26 milhões habitantes, sendo 48% homens e 52%
mulheres. Com 40 anos de independência e 14 anos de paz, é um país plurilinguístico
em que fala-se o português outras línguas nacionais. O contexto de paz que Angola vive
desde 2002 tem contribuído para se dar sequência a nova Reforma Educativa conhecida
como a Lei nº 13/01 aprovada em 31 de Dezembro de 2001, com vista a melhorar a
qualidade do processo educativo. A reforma educativa é uma revolução importante para o
processo de ensino e aprendizagem porque visa inovar e adequar o ensino de acordo ao
desenvolvimento económico e científico.
Neste país a educação em valores não é vista como tema transversal, pois que a luz da
reforma educativa passou a existir uma disciplina obrigatória denominada «Educação
Moral e Cívica» que se encarrega em fazer a respectiva abordagem. Deste modo,
permitiu o contínuo enquadramento no plano curricular do sistema educativo desta
disciplina cuja finalidade central consiste na formação da pessoa e da cidadania como
conteúdo da educação escolar (Lei de Base do Sistema de Educação, 2001).
Neste contexto, decidimos realizar esta investigação afim de compreendermos a maneira
e o contexto em que são realizadas a prática educativa dos professores principiantes de
Educação Moral e Cívica e sua influência no comportamento dos alunos das escolas
secundárias do Lubango (Angola).
Problemática
Durante as relações interpessoais realizadas na escola não é frequente a prática de
atitudes baseadas nos valores morais e cívicos salutares para a convivência humana. Daí
a necessidade de realizarmos este estudo a fim de se diagnosticar a origem desta
problemática. Assim, pretendemos compreender como tem decorrido as práticas
pedagógicas dos professores principiantes que leccionam a disciplina de Educação Moral
e Cívica.
Este estudo pode interessar pelo facto de considerarmos que a boa prática educativa dos
docentes principiantes de Educação Moral e Cívica podem ajudar e facilitarem as
relações de convivência no contexto educativo por causa da diversidade cultural existente
nas salas de aulas em função dos diferentes interesses e motivações dos seus actores.
Nesse caso, Munoz et al. (2010) argumenta que é importante investigar sobre a prática
docente para melhorar a qualidade do processo de ensino-aprendizagem e deve ocupar
um lugar central na preocupação dos professores de continuar com a nobre tarefa de
pesquisar para ensinar bem na disciplina que lecciona, fazer bem e orientar melhor a
aprendizagem.
Pergunta de investigação
As questões orientadoras deste trabalho serão as seguintes: Que padrões caracterizam
as práticas educativas dos professores principiantes de Educação Moral e Cívica e como
podem influenciar no comportamento dos alunos das escolas secundárias do Lubango?
Ou como descrevem e compreendem as práticas educativas e curriculares dos professores
principiantes de EMC e que perspectivas têm os estudantes, directores de escolas, famílias
e outros actores sociais?
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Objectivos da investigação
a) Geral:
Compreender as práticas educativas e curriculares dos professores principiantes incluindo
as actividades de aula, o uso dos materiais curriculares e as relações com os estudantes.
b) Específicos:
- Observar e descrever as práticas pedagógicas aplicadas pelos professores desde as
experiências dos principais actores do processo educativo.
- Identificar e valorizar as boas práticas dos professores principiantes de EMC, com vista
ao melhoramento da qualidade de ensino, formação e do desenvolvimento profissional
dos docentes;
- Favorecer a reflexão e intercâmbio de ideias acerca das distintas experiências e
práticas docentes de interesse entre os professores.
Referentes teóricos
O presente marco teórico visa detalhar os vários trabalhos ou contributos dados pelos
autores acerca da prática educativa, modelos de ensino-aprendizagem, sua formação e a
maneira como organizam e orientam as actividades na aula bem como a relação com
todos integrantes do processo de ensino-aprendizagem. Assim, destacamos os seguintes
conceitos:
Professor principiante de Educação Moral e Cívica
De acordo o contexto de Angola, o professor de Educação Moral e Cívica é alguém
recrutado para trabalhar no sector educativo a fim de leccionar a disciplina de EMC
mesmo não tendo a formação inicial, pois os critérios de selecção para ser admitido como
professor não condicionam a formação inicial ou profissional que possui o candidato. O
mais importante são as habilitações literárias sendo a mínima exigida a 8ª classe e não
importa se esta formação resultou da formação geral ou se resulta da formação
profissional.
As investigações no âmbito de atitudes dos professores principiantes e não só tendo em
conta a diversidade cultural existente na escola fazem menção a existência também de
diversas formas de actuar que segundo Sanhueza et al. (2014) pode consistir no
seguinte: alguns docentes estão preocupados principalmente com o conteúdo escolar;
outros docentes estão centrados na metodologia de trabalho enquanto também há
docentes que centram o trabalho no desenvolvimento de competências dos alunos tendo
em conta o crescimento socioafectivo.
Nesta base, para Colomer et al. (2010), espera-se do docente que contribua para o
desenvolvimento de atitudes positivas nos alunos e deve ser reflexivo, investigador,
intelectual, crítico, transformador, capaz de dominar saberes, compreender a cultura e o
meio que o rodeia, bem como trabalhar e aprender em equipa. Ainda o docente tem de
passar de uma posição passiva para activa para que possa cumprir algumas funções:
diagnosticar necessidades, planificar as lições, eleger materiais didácticos pertinentes e
motivar os estudantes no processo de ensino-aprendizagem.
Nesta ordem de pensamento, Marcelo (2009), faz menção de que o professor influencia
toda aprendizagem dos alunos, daí que a aprendizagem depende do tipo e nível de
conhecimento e da capacidade de realizar as actividades por parte do professor, para tal
é necessário que ele seja responsável, investigador, reflexivo e comprometido em realizar
boas práticas.
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A prática educativa
Na perspectiva educacional, podemos entender a prática na visão de Álvarez (2012)
como uma praxis que implica conhecimento para se alcançar determinado objectivo, pois
a prática refere-se ao saber fazer. Deste modo, temos a teoria educativa como
conhecimento formal existente ou produzido sobre a educação e a prática educativa,
como sendo a actividade de ensinar e educar que se desenvolve nos centros educativos.
Para Hernández et al. (2013), a prática educativa consiste em um conjunto de acções
sociopedagógicas organizadas num tempo e espaço de carácter histórico que permite
ensinar e aprender a partir de experiências formativas e práticas, a função fundamental é
reconstruir e reinventar a existência humana dos homens.
Ainda no trabalho de Garcia et al. (2008), intitulado «a análise da prática educativa dos
docentes», está patente a acção que o professor desenvolve em aula, referindo-se
especificamente o processo de ensinar em contexto institucional, considerando o centro
da educação, o aluno que aprende, vai a busca do seu conhecimento pelo que supõe
transformações no processo de maneira a basear-se não só no ensino, mas também
numa educação baseada na aprendizagem.
Segundo Juan et al. (2015), a análise da prática educativa deve realizar-se através dos
acontecimentos que resultam da interacção entre professor – aluno e aluna e vice-versa.
Uma vez que o comportamento e sentimentos dos alunos dependem de factores sociais,
como a atitude do professor, o ambiente que cria na sala de aula é um elemento
essencial para motivar e desenvolver as emoções dos alunos.
Modelos de ensino
Existe vários modelos de ensino, como o tradicional que para Geijo (2008) está centrado
na transmissão - recepção de conhecimentos e as correspondentes visões de considerar
os alunos como tábua rasa e de considerar a ciência como um conjunto de
conhecimentos absolutos e inquestionáveis que o professor vai depositar na cabeça
vazia da aluna e dos educandos, que por sua vez de forma passiva internalizam e
reproduzem quando for exigido nos exercícios ou exames para medir o nível de aquisição
dos conteúdos.
O modelo construtivista é uma concepção que segundo Werneck (2006), sustenta que a
aprendizagem resultaria de um processo de construção individual do sujeito a partir de
suas representações internas e da interpretação pessoal. Este modelo visa que o aluno
seja activo na construção do seu conhecimento e compreenda cada fase do processo,
perceba os vínculos existentes entre eles e incorpore como seu aquele conteúdo.
Para Navarro et al. (2015) existe uma forma de trabalho em grupo baseado na
construção colectiva de conhecimento e desenvolvimento de habilidades que contribuem
para uma aprendizagem pessoal e social onde cada membro do grupo é responsável da
sua aprendizagem bem como dos outros membros do grupo.
Escola secundária
A educação secundária na visão de Muñoz (2009) é um nível educativo complexo que
exige uma atenção crescente devido a faixa etária que apresentam os alunos e alunas,
daí a necessidade de uma formação adequada por parte dos professores principiante a
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fim de ajudar a superar as dificuldades e problemas que existem nestas escolas em
função da história recente de Angola resultante de longos anos de guerra.
A realidade educativa dos centros de educação secundária mostra um cenário complexo
devido a heterogeneidade e diversidade cultural existente nas salas de aulas que na
óptica de Garcia et al. (2014), é resultado das deslocações das pessoas de região para
região a procura de melhores condições sociais e de segurança.
Para Rodríquez & Fernández (2015) é crucial caracterizar o contexto escolar e assinala
que os centros educativos são todas as organizações sociais que estão constituídas por
grupo de pessoas que exercem determinadas funções tendo em conta os objectivos e
propósitos que se pretende alcançar.
Neste sentido Diez (2014), argumenta que a convivência num contexto educativo de
diversidade cultural com alunos heterogéneos, com diferentes interesses e motivações
constitui um desafio para o docente porque muitos conflitos surgem da própria
organização da escola que quando não controlada afecta profundamente toda
comunidade educativa. Neste contexto, a tarefa educativa da escola exige mais
actualização dos profissionais devido as várias mudanças das condições sociais,
exigências formativas bem como a diversidade de alunos que vão aparecendo nas
escolas.
Metodologia
Esta pesquisa utiliza um desenho descritivo e enfoque metodológico de estudo de caso
qualitativo que no entender de Denzin & Lincoln (2013), se caracteriza pelo facto dos
investigadores poderem permanecerem um longo tempo no lugar do campo de acção em
contacto pessoal com as actividades, operações que realizam de maneira reflectir e
revisar as descrições e significados do que está acontecendo.
A observação participante para Flick (2015) é uma estratégia de campo que combina
simultaneamente a análise de documento, a entrevista a respondentes e informantes,
visando a participação directa na observação e introspecção. Ainda utilizamos a
entrevista para conhecermos e participarmos na reflexão de algo interagindo com o
entrevistado frente a frente ou face a face.
Os dados provenientes da observação e entrevista na opinião de Goetz & LeCompte
(2010) devem ser registados mediante a transcrição destacando as notas de campo. Em
seguida os elementos essenciais das respostas dos entrevistados serão sujeitas a uma
codificação, categorização e depois interpretar mediante a técnica de análise de
conteúdo e a análise estatística.
Para evitar a fadiga na investigação Gibbs (2012) realça o papel dos programas
informáticos para facilitar ao investigador qualitativo, o árduo trabalho de
armazenamento, recolha, análise e interpretação de dados, para tal utilizamos os
programas informáticos que se denominam Computer Assisted Qualitative Data Analysis
Software.
Trabalhamos com amostra de 50 participantes subdivididos em: 24 alunos do ensino
secundário, 11 professores, 3 directores de escolas e 3 responsáveis da direcção da
educação e 8 responsáveis da comissão de pais e 1 representante do sindicato de
professores. Depois da elaboração e aprovação dos instrumentos recolhemos os dados
mediante a observação participante e a entrevista semiestruturada. Feita esta
triangulação, para análise e tratamento dos dados usamos as técnicas de análise
descritiva e estatística e para interpretação nos baseamos na técnica de análise de
conteúdo.
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Resultados e discussão
Por questão de ética e garantir o anonimato, os nomes que aparecem são fictícios e
resultam da observação e da entrevista realizada. Tendo destacando-se os seguintes:
Gráfico 1 – Resultados da observação
É notório que os professores das escolas secundárias (70,19%) continuam a utilizarem o
método expositivo e o modelo transmissivo. Qualitativamente os participantes justificam
assim:
... hoje o professor continua a usar o método expositivo frequentemente e não há
recursos as novas tecnologias, é preciso repensarmos a sala de aulas (Tchissingui,
entrevista professor).
Precisamos repensarmos a sala de aulas, currículos, habilidades, a competência... é
necessário inovar e continuar a realizar reformas. É necessário ser honesto e repensar a
educação para melhorar e não evocar sempre a guerra (Director1).
Utilizamos ainda os modelos tradicionais, precisamos acompanhar a dinâmica para que
haja um bom desenvolvimento educativo (Ndala, entrevista professor).
É evidente que os docentes principiantes precisam de mais saberes metodológicos para
realizarem aprendizagens mais significativas. Para tal é necessário variar os métodos e
apoiar-se em alguns casos a tecnologias como refere Rodriguez-Izquierdo (2015) que é a
competência que permite transformar o conhecimento em conhecimento cultural através
de interacções práticas. Assim, para Maria (2015) é indispensável colocar o
conhecimento em prática para transformação ou benefício do crescimento dos alunos e
contribuírem na evolução da escola e qualidade de ensino.
Destaca-se que 35,65% dos professores planificam as aulas ao passo que outros fazem
improviso e mesmo as reuniões de coordenação servem apenas para tomada de novos
conteúdos para leccionar tal como as seguintes justificações:
0 20 40 60 80 100 120
Método expositivo/transmissivo
Não uso das tic
Relação da escola e família
Falta de ética
Pouca colaboração entre os…
Liderança autoritária
Formação inicial
Falta de planificação
Fracas práticas educativas
Percentagem
Frequência
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Não se abre momentos para troca de experiência de como abordar determinados temas
que podem oferecer mais dificuldades ou grau de complexidade (Mutango).
As reuniões de coordenação ou as planificações são mal feitas num período curto de
duas horas no máximo e não são suficiente para se planificar as aulas para duas
semanas ou para um mês (Director1).
Os programas apresentam os conteúdos e objectivos, mas não detalham como trabalhar
com os alunos estas matérias. As planificações de aulas de acordo Elliott (2010), ajudam
a estabelecer que aspectos essenciais da matéria devem compreender os alunos tendo
em conta as dificuldades particulares em perceber os fenómenos
Durante as observações de aulas 100% dos docentes não utilizaram as tic e declaram:
Para sermos sinceros nunca utilizamos as técnicas de informação e comunicação porque
não temos e nem sabemos trabalhar com o computador (Lucombo, entrevista
professora).
Não se faz sentir devido a falta de condições nas nossas escolas uma vez que não têm
internet, projector, nem computador ou energia também muitos professores não estão
preparados para tal (Makeyeye, entrevista professor).
Assim, é crucial que os professores aprendam para ensinar e orientarem aos alunos a
utilizarem as novas tecnologias de maneira correcta em benefício de todos mediante uma
actividade cooperativa e colaborativa. Para tal, é necessário segundo Fueyo et al. (2015)
aprender a usar as novas tecnologias, porque quando implementadas ajudam a
melhorarem a metodologia expositiva e transmissiva nas actividades escolares.
Relativamente as práticas educativas os dados revelam que são fracas e
qualitativamente apresentam os seguintes argumentos:
... existem alguns factores que estão na base de fracas práticas educativas, elas têm
também a ver com a atitude quer do professor quer da liderança escolar (Responsável 2);
A prática educativa de EMC constitui uma dor de cabeça …é verdade que se tem dado
alguns passos positivos que ainda assim consideramos poucos, mas na verdade temos
muitas dificuldades (Catumbo, entrevista professora).
Assim, Garcia et al. (2014), defendem que o professor principiante deve ser orientador da
aprendizagem dos alunos para que seja mais significativa, construindo saber e evitando a
passividade e não ser transmissor de conhecimentos. Esta claro que a liderança escolar
deve desempenhar o seu papel pois segundo Madureira et al. (2014) a liderança escolar
e o clima escolar são factores que geram condições favoráveis para se alcançar bons
resultados nos projectos educativos.
Durante as aulas ainda predomina o estilo autoritário 71,15% tal como se segue:
Os incomodados que se retirem....na sala quem manda sou eu... (Mutango, entrevista
professora).
Ou como diz a outra: esperem pela vossa vez para mandarem ( professora Ndinelau,
entrevista professora
... falta de criatividade de alguns professores na realização produção e publicação de
obras porque temos professores a trabalharem mais de 10 anos, mas nunca escreveram
uma linha sobre aquilo que pensam e aquilo que constitui seu trabalho (Director1).
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No trabalho de Luzón et al. (2009), defendem que para que haja boa prática educativa é
crucial que seja dinâmica e inovadora nas acções a serem empreendidas, nos métodos e
estratégias de aprendizagens que favoreçam a colaboração e melhoria na qualidade de
ensino-aprendizagem e na vida dos alunos. Ou como sustenta Day (2013) que a
qualidade da docência passa pelo nível de conhecimento, experiência e pensamentos
dos professores para realizarem boas práticas.
A maioria das famílias são monoparentais e a sua relação com a escola está avaliada em
45,19 % em função da procedência ou origem das famílias já que umas valorizam o papel
da escola ao passo que outras não e qualitativamente argumentam:
... na área rural o pai em vez de mandar o filho ir à escola prefere que vá apascentar o
gado (Família1).
Geralmente os pais só aparecem no início do ano lectivo para fazer matrícula e no fim
para reclamar se o filho reprovou, daí a relação ser fraca (entrevista, professora,
Lucombo).
A relação da escola com a família é fraca, não se nota muita presença dos pais nas
escolas (aluno 2).
Corroboramos com Gomilla & Pascual (2015), quando defende que a participação da
família só é possível quando existe um clima escolar harmonioso a nível das escolas ou
centros educativos de forma a facilitar o seu acesso e cooperação nas actividades e
sobretudo quando são escutados e respeitados na tomada de decisões.
O perfil de docente admitido na educação é pobre já que 62,50% não possuem formação
inicial de professores e qualitativamente defendem os responsáveis da educação:
Fomos buscar, aqueles que apareceram, mas que não tinham competências académicas
para poder assegurar o próprio processo de ensino ... era necessário para as escolas não
fecharem (Responsável 1).
Muitos não possuem a formação inicial de professor... não têm agregação pedagógica
(Tchissingui, entrevista professor).
Como é de esperar o processo de ensino-aprendizagem pode estar afectado e o trabalho
de Larrosa (2010) ressalta que nem toda gente serve para esta profissão, daí a
necessidade de se seleccionar docentes com perfil adequado, competentes, capazes de
dedicar-se a profissão com bom desempenho ético. Por outro lado, Díez (2014) evidencia
que quando os professores principiantes não possuírem boa preparação para
trabalharem com a diversidade pode surgir: conflitos, incapacidade e frustração por não
saberem como lidar com esta realidade heterogénea, daí a necessidade da formação
específica para o professor.
Relativamente as infra-estruturas é notório que apresentam certas carências ou falta de
condições tal como descrevem os participantes:
... as escolas do interior na sua maioria possuem salas ao ar livre e têm menos qualidade
que as escolas urbanas (Director 2).
A escola joga um papel relevante na realização de aprendizagem significativa, para tal é
aconselhável que ocorra num clima e espaço favorável a prática educativa onde cada
aluno pode interpretar, argumentar e reflectir entre pares e com ajuda do professor
principiante. Por isso, tal como sustentam Leite et al. (2015), a escola deveria ser um
lugar prioritário de formação dos alunos que dá resposta a todos agentes implicados no
processo de ensino-aprendizagem.
... os alunos não valorizam a educação moral e cívica (aluno 14).
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Ao passo que outros consideram está disciplina como perca de tempo, que é contraste
com o que se pretende (aluno 18).
... não basta o índice elevado de aprovação é necessário que os alunos tenham
competência para fazer algo em função do que aprendeu (Ndala, entrevista professor).
Neste contexto, é importante que haja maior engajamento dos docentes, pois segundo
De wever & Voet (2016) só assim é que seremos capaz de fornecer oportunidades ao
aluno e construir conhecimento profundo do conteúdo e os professores orientarem
actividades que permitem envolverem os alunos no pensamento e desenvolver as suas
ideias. Para tal, é crucial tal como defende Guerra (2010), que o professor se forme cada
vez mais porque mudam os tempos também mudam as responsabilidades profissionais,
daí a necessidade dos professores principiantes e não só em educação empreenderem
esforços na formação para acompanharem a dinâmica da sociedade actual.
Outro resultado faz referência que 64,42% dos professores principiantes não possuem
conhecimentos de ética do trabalho que se verifica no seio dos profissionais da educação
e justificam:
Os trabalhadores se ausentam muito das actividades da escola alegando que estudam
na cidade (Director 1).
Em certos casos os professores as vezes ficam duas ou três semanas sem trabalharem
(Director 3).
... porque temos uma cultura de corrupção que faz com que as pessoas tenham outros
expedientes e não apenas o seu próprio trabalho (Ndinelau, entrevista professora).
Perante esta situação, Jara & Dagach (2014), sustentam que os docentes e os futuros
deverão ter não só bons resultados académicos e excelentes habilidades interpessoais,
mas também conhecimentos sobre a ética do trabalho.
Existe atribuição de culpa e pouca colaboração entre os professores e outros agentes
responsáveis pela educação cifrada em 20,19 % e mesmo quando se verifica
comportamento negativo aos alunos, faz-se os seguintes comentários:
A culpa é dos professores principiantes de moral (Tchissingui, entrevista professor).
Acreditamos que é necessário a colaboração entre todos professores para se alcançar
bons resultados, independentemente de ser ou não de EMC, já que na óptica de
O'Flaherty & Gleeson (2016) deve-se aproveitar de forma implícita e não planificada
ajudar a corrigir os desvios eventuais de comportamentos menos dignos que se verificam
nos alunos.
Conclusões
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As práticas educativas dos docentes principiantes no contexto angolano estão marcadas
por características que fazem menção ao ensino tradicional, e modelo transmissivo já que
a maioria dos docentes não sabem fazerem o uso do computador. Foi visível que alguns
professores orientavam aulas sem mesmo antes planifica-las o que criou momento de
constrangimento por parte dos professores e professoras pelo facto de não terem domínio
do conteúdo dos temas dificultando fazer uma abordagem mais profunda.
Devido a falta de quadros competentes e suficientes para fazer cobertura a rede nacional
de ensino admitiu-se todos candidatos mesmo sem agregação pedagógica.
A formação contínua que se dá aos docentes principiante não tem ajudado muito pelo
facto de não se basear nas reais dificuldades ou necessidades que sentem e por serem
também muito repetitivas. Também é notório a falta de conhecimentos sobre a ética do
trabalho e comprometimento com os afazeres. Maioritariamente as famílias são
monoparentais e com baixo nível de escolaridade e uma participação fraca nas
actividades escolares. Ainda assim, existe um índice elevado de aprovação, mas é
necessário que ela corresponda com a capacidade de saber fazer e saber ser. Isto é, ser
competente de acordo os conteúdos que o programa tem a oferecer, para tal o professor
principiante deve empreender esforços na formação em função da dinâmica da
sociedade actual. No entanto, as escolas localizadas na área rural interior têm menos
qualidade que as escolas das zonas urbanas.
As tic quando bem usadas são importantes e ajudam a eliminarem barreiras e contribuem
para o acesso a diversos conteúdos. Por isso, o professor principiante deve desenvolver
a competência intercultural para poder ser impor como educador e formador neste mundo
multicultural e globalizante. É necessário que haja maior colaboração entre todos actores
do processo de ensino aprendizagem para se melhorar a qualidade de ensino.
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  • 1. V CONGRESO INTERNACIONALSOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA INDUCCIÓN ALADOCENCIA INFORME DE INVESTIGAÇÃO «AS PRÁTICAS EDUCATIVAS E MODELOS DE ENSINO DOS PROFESSORES PRINCIPIANTES DAS ESCOLAS SECUNDÁRIAS LUBANGO (ANGOLA)» Nicolau, Manuel Caluvi Correio electrónico: maka.nico@yahoo.com.br Universidad de Sevilla Faculdad de Educación Espanha Resumo A presente pesquisa tem como objectivo observar, descrever e compreender as práticas educativas e curriculares dos professores principiantes das escolas secundárias de Lubango (Angola), incluindo as actividades de aula, o uso dos materiais curriculares e as relações com os estudantes, bem como conhecer a perspectiva de estudantes, famílias e gestores acerca da mesma. Esta pesquisa utiliza um desenho descritivo e enfoque metodológico de estudo de caso qualitativo apoiando-se na descrição, narração, interpretação e análise de dados. A amostragem é não probabilística e intencional com um total de 50 sujeitos entre professores, alunos, gestores e famílias. Para recolha de informações utilizamos as seguintes técnicas: análise documental, observação participante (com perspectiva etnográfica), entrevista de grupo e em profundidade e finalmente a análise de conteúdo. Os resultados permitem constatar que as práticas educativas dos professores são fracas, marcadas essencialmente pelo modelo tradicional transmissivo e liderança autoritária. Não se faz o uso e exploração das tecnologias de informação e comunicação e as escolas na sua maioria não possuem condições. A maioria dos docentes ingressa ao sector sem formação inicial de professor e a formação contínua que lhes é dada nos seminários não tem correspondido as reais dificuldades dos docentes principiantes que encaram no seu trabalho. Existe pouca colaboração entre todos agentes responsáveis pela educação. Verificasse que muitos docentes não planificam as actividades escolares e vão a sala de aulas fazendo improviso e consequentemente não dominam o conteúdo dificultando fazer abordagem mais aprofundada. Palavras chave: Prática educativa, modelos de ensino, professor principiante, escolas secundárias.
  • 2. V CONGRESO INTERNACIONALSOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA INDUCCIÓN ALADOCENCIA Introdução Angola é um país situado na África Austral com uma área de superfície de 1 246 700 Km2 com uma população estimada em 26 milhões habitantes, sendo 48% homens e 52% mulheres. Com 40 anos de independência e 14 anos de paz, é um país plurilinguístico em que fala-se o português outras línguas nacionais. O contexto de paz que Angola vive desde 2002 tem contribuído para se dar sequência a nova Reforma Educativa conhecida como a Lei nº 13/01 aprovada em 31 de Dezembro de 2001, com vista a melhorar a qualidade do processo educativo. A reforma educativa é uma revolução importante para o processo de ensino e aprendizagem porque visa inovar e adequar o ensino de acordo ao desenvolvimento económico e científico. Neste país a educação em valores não é vista como tema transversal, pois que a luz da reforma educativa passou a existir uma disciplina obrigatória denominada «Educação Moral e Cívica» que se encarrega em fazer a respectiva abordagem. Deste modo, permitiu o contínuo enquadramento no plano curricular do sistema educativo desta disciplina cuja finalidade central consiste na formação da pessoa e da cidadania como conteúdo da educação escolar (Lei de Base do Sistema de Educação, 2001). Neste contexto, decidimos realizar esta investigação afim de compreendermos a maneira e o contexto em que são realizadas a prática educativa dos professores principiantes de Educação Moral e Cívica e sua influência no comportamento dos alunos das escolas secundárias do Lubango (Angola). Problemática Durante as relações interpessoais realizadas na escola não é frequente a prática de atitudes baseadas nos valores morais e cívicos salutares para a convivência humana. Daí a necessidade de realizarmos este estudo a fim de se diagnosticar a origem desta problemática. Assim, pretendemos compreender como tem decorrido as práticas pedagógicas dos professores principiantes que leccionam a disciplina de Educação Moral e Cívica. Este estudo pode interessar pelo facto de considerarmos que a boa prática educativa dos docentes principiantes de Educação Moral e Cívica podem ajudar e facilitarem as relações de convivência no contexto educativo por causa da diversidade cultural existente nas salas de aulas em função dos diferentes interesses e motivações dos seus actores. Nesse caso, Munoz et al. (2010) argumenta que é importante investigar sobre a prática docente para melhorar a qualidade do processo de ensino-aprendizagem e deve ocupar um lugar central na preocupação dos professores de continuar com a nobre tarefa de pesquisar para ensinar bem na disciplina que lecciona, fazer bem e orientar melhor a aprendizagem. Pergunta de investigação As questões orientadoras deste trabalho serão as seguintes: Que padrões caracterizam as práticas educativas dos professores principiantes de Educação Moral e Cívica e como podem influenciar no comportamento dos alunos das escolas secundárias do Lubango? Ou como descrevem e compreendem as práticas educativas e curriculares dos professores principiantes de EMC e que perspectivas têm os estudantes, directores de escolas, famílias e outros actores sociais?
  • 3. V CONGRESO INTERNACIONALSOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA INDUCCIÓN ALADOCENCIA Objectivos da investigação a) Geral: Compreender as práticas educativas e curriculares dos professores principiantes incluindo as actividades de aula, o uso dos materiais curriculares e as relações com os estudantes. b) Específicos: - Observar e descrever as práticas pedagógicas aplicadas pelos professores desde as experiências dos principais actores do processo educativo. - Identificar e valorizar as boas práticas dos professores principiantes de EMC, com vista ao melhoramento da qualidade de ensino, formação e do desenvolvimento profissional dos docentes; - Favorecer a reflexão e intercâmbio de ideias acerca das distintas experiências e práticas docentes de interesse entre os professores. Referentes teóricos O presente marco teórico visa detalhar os vários trabalhos ou contributos dados pelos autores acerca da prática educativa, modelos de ensino-aprendizagem, sua formação e a maneira como organizam e orientam as actividades na aula bem como a relação com todos integrantes do processo de ensino-aprendizagem. Assim, destacamos os seguintes conceitos: Professor principiante de Educação Moral e Cívica De acordo o contexto de Angola, o professor de Educação Moral e Cívica é alguém recrutado para trabalhar no sector educativo a fim de leccionar a disciplina de EMC mesmo não tendo a formação inicial, pois os critérios de selecção para ser admitido como professor não condicionam a formação inicial ou profissional que possui o candidato. O mais importante são as habilitações literárias sendo a mínima exigida a 8ª classe e não importa se esta formação resultou da formação geral ou se resulta da formação profissional. As investigações no âmbito de atitudes dos professores principiantes e não só tendo em conta a diversidade cultural existente na escola fazem menção a existência também de diversas formas de actuar que segundo Sanhueza et al. (2014) pode consistir no seguinte: alguns docentes estão preocupados principalmente com o conteúdo escolar; outros docentes estão centrados na metodologia de trabalho enquanto também há docentes que centram o trabalho no desenvolvimento de competências dos alunos tendo em conta o crescimento socioafectivo. Nesta base, para Colomer et al. (2010), espera-se do docente que contribua para o desenvolvimento de atitudes positivas nos alunos e deve ser reflexivo, investigador, intelectual, crítico, transformador, capaz de dominar saberes, compreender a cultura e o meio que o rodeia, bem como trabalhar e aprender em equipa. Ainda o docente tem de passar de uma posição passiva para activa para que possa cumprir algumas funções: diagnosticar necessidades, planificar as lições, eleger materiais didácticos pertinentes e motivar os estudantes no processo de ensino-aprendizagem. Nesta ordem de pensamento, Marcelo (2009), faz menção de que o professor influencia toda aprendizagem dos alunos, daí que a aprendizagem depende do tipo e nível de conhecimento e da capacidade de realizar as actividades por parte do professor, para tal é necessário que ele seja responsável, investigador, reflexivo e comprometido em realizar boas práticas.
  • 4. V CONGRESO INTERNACIONALSOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA INDUCCIÓN ALADOCENCIA A prática educativa Na perspectiva educacional, podemos entender a prática na visão de Álvarez (2012) como uma praxis que implica conhecimento para se alcançar determinado objectivo, pois a prática refere-se ao saber fazer. Deste modo, temos a teoria educativa como conhecimento formal existente ou produzido sobre a educação e a prática educativa, como sendo a actividade de ensinar e educar que se desenvolve nos centros educativos. Para Hernández et al. (2013), a prática educativa consiste em um conjunto de acções sociopedagógicas organizadas num tempo e espaço de carácter histórico que permite ensinar e aprender a partir de experiências formativas e práticas, a função fundamental é reconstruir e reinventar a existência humana dos homens. Ainda no trabalho de Garcia et al. (2008), intitulado «a análise da prática educativa dos docentes», está patente a acção que o professor desenvolve em aula, referindo-se especificamente o processo de ensinar em contexto institucional, considerando o centro da educação, o aluno que aprende, vai a busca do seu conhecimento pelo que supõe transformações no processo de maneira a basear-se não só no ensino, mas também numa educação baseada na aprendizagem. Segundo Juan et al. (2015), a análise da prática educativa deve realizar-se através dos acontecimentos que resultam da interacção entre professor – aluno e aluna e vice-versa. Uma vez que o comportamento e sentimentos dos alunos dependem de factores sociais, como a atitude do professor, o ambiente que cria na sala de aula é um elemento essencial para motivar e desenvolver as emoções dos alunos. Modelos de ensino Existe vários modelos de ensino, como o tradicional que para Geijo (2008) está centrado na transmissão - recepção de conhecimentos e as correspondentes visões de considerar os alunos como tábua rasa e de considerar a ciência como um conjunto de conhecimentos absolutos e inquestionáveis que o professor vai depositar na cabeça vazia da aluna e dos educandos, que por sua vez de forma passiva internalizam e reproduzem quando for exigido nos exercícios ou exames para medir o nível de aquisição dos conteúdos. O modelo construtivista é uma concepção que segundo Werneck (2006), sustenta que a aprendizagem resultaria de um processo de construção individual do sujeito a partir de suas representações internas e da interpretação pessoal. Este modelo visa que o aluno seja activo na construção do seu conhecimento e compreenda cada fase do processo, perceba os vínculos existentes entre eles e incorpore como seu aquele conteúdo. Para Navarro et al. (2015) existe uma forma de trabalho em grupo baseado na construção colectiva de conhecimento e desenvolvimento de habilidades que contribuem para uma aprendizagem pessoal e social onde cada membro do grupo é responsável da sua aprendizagem bem como dos outros membros do grupo. Escola secundária A educação secundária na visão de Muñoz (2009) é um nível educativo complexo que exige uma atenção crescente devido a faixa etária que apresentam os alunos e alunas, daí a necessidade de uma formação adequada por parte dos professores principiante a
  • 5. V CONGRESO INTERNACIONALSOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA INDUCCIÓN ALADOCENCIA fim de ajudar a superar as dificuldades e problemas que existem nestas escolas em função da história recente de Angola resultante de longos anos de guerra. A realidade educativa dos centros de educação secundária mostra um cenário complexo devido a heterogeneidade e diversidade cultural existente nas salas de aulas que na óptica de Garcia et al. (2014), é resultado das deslocações das pessoas de região para região a procura de melhores condições sociais e de segurança. Para Rodríquez & Fernández (2015) é crucial caracterizar o contexto escolar e assinala que os centros educativos são todas as organizações sociais que estão constituídas por grupo de pessoas que exercem determinadas funções tendo em conta os objectivos e propósitos que se pretende alcançar. Neste sentido Diez (2014), argumenta que a convivência num contexto educativo de diversidade cultural com alunos heterogéneos, com diferentes interesses e motivações constitui um desafio para o docente porque muitos conflitos surgem da própria organização da escola que quando não controlada afecta profundamente toda comunidade educativa. Neste contexto, a tarefa educativa da escola exige mais actualização dos profissionais devido as várias mudanças das condições sociais, exigências formativas bem como a diversidade de alunos que vão aparecendo nas escolas. Metodologia Esta pesquisa utiliza um desenho descritivo e enfoque metodológico de estudo de caso qualitativo que no entender de Denzin & Lincoln (2013), se caracteriza pelo facto dos investigadores poderem permanecerem um longo tempo no lugar do campo de acção em contacto pessoal com as actividades, operações que realizam de maneira reflectir e revisar as descrições e significados do que está acontecendo. A observação participante para Flick (2015) é uma estratégia de campo que combina simultaneamente a análise de documento, a entrevista a respondentes e informantes, visando a participação directa na observação e introspecção. Ainda utilizamos a entrevista para conhecermos e participarmos na reflexão de algo interagindo com o entrevistado frente a frente ou face a face. Os dados provenientes da observação e entrevista na opinião de Goetz & LeCompte (2010) devem ser registados mediante a transcrição destacando as notas de campo. Em seguida os elementos essenciais das respostas dos entrevistados serão sujeitas a uma codificação, categorização e depois interpretar mediante a técnica de análise de conteúdo e a análise estatística. Para evitar a fadiga na investigação Gibbs (2012) realça o papel dos programas informáticos para facilitar ao investigador qualitativo, o árduo trabalho de armazenamento, recolha, análise e interpretação de dados, para tal utilizamos os programas informáticos que se denominam Computer Assisted Qualitative Data Analysis Software. Trabalhamos com amostra de 50 participantes subdivididos em: 24 alunos do ensino secundário, 11 professores, 3 directores de escolas e 3 responsáveis da direcção da educação e 8 responsáveis da comissão de pais e 1 representante do sindicato de professores. Depois da elaboração e aprovação dos instrumentos recolhemos os dados mediante a observação participante e a entrevista semiestruturada. Feita esta triangulação, para análise e tratamento dos dados usamos as técnicas de análise descritiva e estatística e para interpretação nos baseamos na técnica de análise de conteúdo.
  • 6. V CONGRESO INTERNACIONALSOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA INDUCCIÓN ALADOCENCIA Resultados e discussão Por questão de ética e garantir o anonimato, os nomes que aparecem são fictícios e resultam da observação e da entrevista realizada. Tendo destacando-se os seguintes: Gráfico 1 – Resultados da observação É notório que os professores das escolas secundárias (70,19%) continuam a utilizarem o método expositivo e o modelo transmissivo. Qualitativamente os participantes justificam assim: ... hoje o professor continua a usar o método expositivo frequentemente e não há recursos as novas tecnologias, é preciso repensarmos a sala de aulas (Tchissingui, entrevista professor). Precisamos repensarmos a sala de aulas, currículos, habilidades, a competência... é necessário inovar e continuar a realizar reformas. É necessário ser honesto e repensar a educação para melhorar e não evocar sempre a guerra (Director1). Utilizamos ainda os modelos tradicionais, precisamos acompanhar a dinâmica para que haja um bom desenvolvimento educativo (Ndala, entrevista professor). É evidente que os docentes principiantes precisam de mais saberes metodológicos para realizarem aprendizagens mais significativas. Para tal é necessário variar os métodos e apoiar-se em alguns casos a tecnologias como refere Rodriguez-Izquierdo (2015) que é a competência que permite transformar o conhecimento em conhecimento cultural através de interacções práticas. Assim, para Maria (2015) é indispensável colocar o conhecimento em prática para transformação ou benefício do crescimento dos alunos e contribuírem na evolução da escola e qualidade de ensino. Destaca-se que 35,65% dos professores planificam as aulas ao passo que outros fazem improviso e mesmo as reuniões de coordenação servem apenas para tomada de novos conteúdos para leccionar tal como as seguintes justificações: 0 20 40 60 80 100 120 Método expositivo/transmissivo Não uso das tic Relação da escola e família Falta de ética Pouca colaboração entre os… Liderança autoritária Formação inicial Falta de planificação Fracas práticas educativas Percentagem Frequência
  • 7. V CONGRESO INTERNACIONALSOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA INDUCCIÓN ALADOCENCIA Não se abre momentos para troca de experiência de como abordar determinados temas que podem oferecer mais dificuldades ou grau de complexidade (Mutango). As reuniões de coordenação ou as planificações são mal feitas num período curto de duas horas no máximo e não são suficiente para se planificar as aulas para duas semanas ou para um mês (Director1). Os programas apresentam os conteúdos e objectivos, mas não detalham como trabalhar com os alunos estas matérias. As planificações de aulas de acordo Elliott (2010), ajudam a estabelecer que aspectos essenciais da matéria devem compreender os alunos tendo em conta as dificuldades particulares em perceber os fenómenos Durante as observações de aulas 100% dos docentes não utilizaram as tic e declaram: Para sermos sinceros nunca utilizamos as técnicas de informação e comunicação porque não temos e nem sabemos trabalhar com o computador (Lucombo, entrevista professora). Não se faz sentir devido a falta de condições nas nossas escolas uma vez que não têm internet, projector, nem computador ou energia também muitos professores não estão preparados para tal (Makeyeye, entrevista professor). Assim, é crucial que os professores aprendam para ensinar e orientarem aos alunos a utilizarem as novas tecnologias de maneira correcta em benefício de todos mediante uma actividade cooperativa e colaborativa. Para tal, é necessário segundo Fueyo et al. (2015) aprender a usar as novas tecnologias, porque quando implementadas ajudam a melhorarem a metodologia expositiva e transmissiva nas actividades escolares. Relativamente as práticas educativas os dados revelam que são fracas e qualitativamente apresentam os seguintes argumentos: ... existem alguns factores que estão na base de fracas práticas educativas, elas têm também a ver com a atitude quer do professor quer da liderança escolar (Responsável 2); A prática educativa de EMC constitui uma dor de cabeça …é verdade que se tem dado alguns passos positivos que ainda assim consideramos poucos, mas na verdade temos muitas dificuldades (Catumbo, entrevista professora). Assim, Garcia et al. (2014), defendem que o professor principiante deve ser orientador da aprendizagem dos alunos para que seja mais significativa, construindo saber e evitando a passividade e não ser transmissor de conhecimentos. Esta claro que a liderança escolar deve desempenhar o seu papel pois segundo Madureira et al. (2014) a liderança escolar e o clima escolar são factores que geram condições favoráveis para se alcançar bons resultados nos projectos educativos. Durante as aulas ainda predomina o estilo autoritário 71,15% tal como se segue: Os incomodados que se retirem....na sala quem manda sou eu... (Mutango, entrevista professora). Ou como diz a outra: esperem pela vossa vez para mandarem ( professora Ndinelau, entrevista professora ... falta de criatividade de alguns professores na realização produção e publicação de obras porque temos professores a trabalharem mais de 10 anos, mas nunca escreveram uma linha sobre aquilo que pensam e aquilo que constitui seu trabalho (Director1).
  • 8. V CONGRESO INTERNACIONALSOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA INDUCCIÓN ALADOCENCIA No trabalho de Luzón et al. (2009), defendem que para que haja boa prática educativa é crucial que seja dinâmica e inovadora nas acções a serem empreendidas, nos métodos e estratégias de aprendizagens que favoreçam a colaboração e melhoria na qualidade de ensino-aprendizagem e na vida dos alunos. Ou como sustenta Day (2013) que a qualidade da docência passa pelo nível de conhecimento, experiência e pensamentos dos professores para realizarem boas práticas. A maioria das famílias são monoparentais e a sua relação com a escola está avaliada em 45,19 % em função da procedência ou origem das famílias já que umas valorizam o papel da escola ao passo que outras não e qualitativamente argumentam: ... na área rural o pai em vez de mandar o filho ir à escola prefere que vá apascentar o gado (Família1). Geralmente os pais só aparecem no início do ano lectivo para fazer matrícula e no fim para reclamar se o filho reprovou, daí a relação ser fraca (entrevista, professora, Lucombo). A relação da escola com a família é fraca, não se nota muita presença dos pais nas escolas (aluno 2). Corroboramos com Gomilla & Pascual (2015), quando defende que a participação da família só é possível quando existe um clima escolar harmonioso a nível das escolas ou centros educativos de forma a facilitar o seu acesso e cooperação nas actividades e sobretudo quando são escutados e respeitados na tomada de decisões. O perfil de docente admitido na educação é pobre já que 62,50% não possuem formação inicial de professores e qualitativamente defendem os responsáveis da educação: Fomos buscar, aqueles que apareceram, mas que não tinham competências académicas para poder assegurar o próprio processo de ensino ... era necessário para as escolas não fecharem (Responsável 1). Muitos não possuem a formação inicial de professor... não têm agregação pedagógica (Tchissingui, entrevista professor). Como é de esperar o processo de ensino-aprendizagem pode estar afectado e o trabalho de Larrosa (2010) ressalta que nem toda gente serve para esta profissão, daí a necessidade de se seleccionar docentes com perfil adequado, competentes, capazes de dedicar-se a profissão com bom desempenho ético. Por outro lado, Díez (2014) evidencia que quando os professores principiantes não possuírem boa preparação para trabalharem com a diversidade pode surgir: conflitos, incapacidade e frustração por não saberem como lidar com esta realidade heterogénea, daí a necessidade da formação específica para o professor. Relativamente as infra-estruturas é notório que apresentam certas carências ou falta de condições tal como descrevem os participantes: ... as escolas do interior na sua maioria possuem salas ao ar livre e têm menos qualidade que as escolas urbanas (Director 2). A escola joga um papel relevante na realização de aprendizagem significativa, para tal é aconselhável que ocorra num clima e espaço favorável a prática educativa onde cada aluno pode interpretar, argumentar e reflectir entre pares e com ajuda do professor principiante. Por isso, tal como sustentam Leite et al. (2015), a escola deveria ser um lugar prioritário de formação dos alunos que dá resposta a todos agentes implicados no processo de ensino-aprendizagem. ... os alunos não valorizam a educação moral e cívica (aluno 14).
  • 9. V CONGRESO INTERNACIONALSOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA INDUCCIÓN ALADOCENCIA Ao passo que outros consideram está disciplina como perca de tempo, que é contraste com o que se pretende (aluno 18). ... não basta o índice elevado de aprovação é necessário que os alunos tenham competência para fazer algo em função do que aprendeu (Ndala, entrevista professor). Neste contexto, é importante que haja maior engajamento dos docentes, pois segundo De wever & Voet (2016) só assim é que seremos capaz de fornecer oportunidades ao aluno e construir conhecimento profundo do conteúdo e os professores orientarem actividades que permitem envolverem os alunos no pensamento e desenvolver as suas ideias. Para tal, é crucial tal como defende Guerra (2010), que o professor se forme cada vez mais porque mudam os tempos também mudam as responsabilidades profissionais, daí a necessidade dos professores principiantes e não só em educação empreenderem esforços na formação para acompanharem a dinâmica da sociedade actual. Outro resultado faz referência que 64,42% dos professores principiantes não possuem conhecimentos de ética do trabalho que se verifica no seio dos profissionais da educação e justificam: Os trabalhadores se ausentam muito das actividades da escola alegando que estudam na cidade (Director 1). Em certos casos os professores as vezes ficam duas ou três semanas sem trabalharem (Director 3). ... porque temos uma cultura de corrupção que faz com que as pessoas tenham outros expedientes e não apenas o seu próprio trabalho (Ndinelau, entrevista professora). Perante esta situação, Jara & Dagach (2014), sustentam que os docentes e os futuros deverão ter não só bons resultados académicos e excelentes habilidades interpessoais, mas também conhecimentos sobre a ética do trabalho. Existe atribuição de culpa e pouca colaboração entre os professores e outros agentes responsáveis pela educação cifrada em 20,19 % e mesmo quando se verifica comportamento negativo aos alunos, faz-se os seguintes comentários: A culpa é dos professores principiantes de moral (Tchissingui, entrevista professor). Acreditamos que é necessário a colaboração entre todos professores para se alcançar bons resultados, independentemente de ser ou não de EMC, já que na óptica de O'Flaherty & Gleeson (2016) deve-se aproveitar de forma implícita e não planificada ajudar a corrigir os desvios eventuais de comportamentos menos dignos que se verificam nos alunos. Conclusões
  • 10. V CONGRESO INTERNACIONALSOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA INDUCCIÓN ALADOCENCIA As práticas educativas dos docentes principiantes no contexto angolano estão marcadas por características que fazem menção ao ensino tradicional, e modelo transmissivo já que a maioria dos docentes não sabem fazerem o uso do computador. Foi visível que alguns professores orientavam aulas sem mesmo antes planifica-las o que criou momento de constrangimento por parte dos professores e professoras pelo facto de não terem domínio do conteúdo dos temas dificultando fazer uma abordagem mais profunda. Devido a falta de quadros competentes e suficientes para fazer cobertura a rede nacional de ensino admitiu-se todos candidatos mesmo sem agregação pedagógica. A formação contínua que se dá aos docentes principiante não tem ajudado muito pelo facto de não se basear nas reais dificuldades ou necessidades que sentem e por serem também muito repetitivas. Também é notório a falta de conhecimentos sobre a ética do trabalho e comprometimento com os afazeres. Maioritariamente as famílias são monoparentais e com baixo nível de escolaridade e uma participação fraca nas actividades escolares. Ainda assim, existe um índice elevado de aprovação, mas é necessário que ela corresponda com a capacidade de saber fazer e saber ser. Isto é, ser competente de acordo os conteúdos que o programa tem a oferecer, para tal o professor principiante deve empreender esforços na formação em função da dinâmica da sociedade actual. No entanto, as escolas localizadas na área rural interior têm menos qualidade que as escolas das zonas urbanas. As tic quando bem usadas são importantes e ajudam a eliminarem barreiras e contribuem para o acesso a diversos conteúdos. Por isso, o professor principiante deve desenvolver a competência intercultural para poder ser impor como educador e formador neste mundo multicultural e globalizante. É necessário que haja maior colaboração entre todos actores do processo de ensino aprendizagem para se melhorar a qualidade de ensino. Referências Bibliográficas Álvarez, C. (2012). La relación teoría-práctica en los procesos de enseñanza-aprendizaje. Educativo Silo XXI, Voo. 30 nº 2 · 2012, pp. 383-402. Colomer,A. et al. (2010). Elementary teacher`s opinion about professional development activities and its influence in their classroom practice. Revista electrónica “actualidades investigativas en educación”. Vol.10, número 3, pp. 1-15. Day, R. (2013). Peer observation and reflection in the elt practicum. Journal of Language and Literature Education, 8, pp. 1-8. De wever, B. & Voet, M (2016). History teachers' conceptions of inquiry-based learning, beliefs about the nature of history, and their relation to the classroom context. Teaching and Teacher Education (55), pp. 57-67. Denzin, N. & Lincoln, Y. (2013). Las estratégias de Investigación Cualitativa. Barcelona. Editorial: Gedisa. Díez Gutiérrez, J. (2014). La práctica educativa intercultural en secundaria. Revista de Educación, 363. Enero-Abril 2014, pp. 12-34 Flick, U. (2015). El diseño de Investigación Cualitativa. Madrid. Edições: Morata. Fueyo, A.; Mª Braga, G. & Fano, S. (2015). Redes sociales y educación: el análisis socio- político como asignatura pendiente. Revista Interuniversitaria de Formación del Profesorado, 82, pp. 119-129.
  • 11. V CONGRESO INTERNACIONALSOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA INDUCCIÓN ALADOCENCIA García, M.; Núñez, M.; C. Biencinto & E. Carpintero (2014). Enfoques de atención a la diversidad, estrategias de aprendizaje y motivación en educación secundaria. Perfiles Educativos, vol. XXXVI, núm. 145, pp. 1-16. García, C.; B., Loredo, J. & Carranza, G. (2008). Análisis de la práctica educativa de los docentes: pensamiento, interacción y reflexión. Revista Electrónica de Investigación Educativa, Especial. http://redie.uabc.mx/NumEsp1/contenido-garcialoredocarranza.html Garcia, J.; Rius, M. & Malo, A. (2014). Cómo cambiar las conductas pasivas en el aula. TESI, 15 (3), pp. 1-25. Geijo, P. (2008). Estilos de aprendizaje: pautas metodológicas para trabajar en el aula. Revista Complutense de Educación 85 Vol. 19 Núm. 1, pp. 77 - 94. Gibbs, G. (2012). El análisis de datos cualitaivos en Investigación Cualitativa. Madrid. Editorial: Morata. Goetz, P. & Lecompte. D. (2010). Etnografía y diseño cualitativo en investigación educativa. Madrid. Ed. Morata. Gomilla, M. & Pascual, B. (2015). La participación de las famílias en el sistema educativo: la percepción del profesorado en formación. Revista Electrónica Interuniversitaria de Formación del Profesorado, 18 (3), pp. 99-112. Guerra, M. (2010). Una pretensión problemática: educar para los valores y preparar para la vida. Revista de Educación, 351, pp. 23-47. Hernández, C. ,Nista, M.,Ibarra, R. & Bertran, A. (2013). Prácticas educativas y creencias de profesores de secundaria pertenecientes a escuelas de diferentes contextos socioeconómicos Perfiles Educativos, vol. XXXV, núm. 139, pp. 1-20. http://google.redalyc.org/articulo.oa?id=56712871010> ISSN 1138-414X. [Date of reference: 18 / enero / 2016] Jara, R. & Dagach, P. (2014). Compromiso docente, una interpelación al sentido de la profesionalidad en tiempos de cambio. Estudios Pedagógicos, vol. XL, Número Especial 1, pp. 257-273. Juan, N., Celia, F., Jaime, L. & Fernando, G. (2015). The relationship between teacher’s autonomy support and students’ autonomy and vitality. Teachers and Teaching: theory and practice, 21:2, pp. 191-202. Larrosa, F. (2010). Vocación docente versus profesión docente en las organizaciones educativas. Revista Electrónica Interuniversitaria de Formación del Profesorado, 13 (4), pp. 43-51. http://www.aufop.com – Consultada en fecha (16–01– 2016). Leite, A., Cortes, P. & Rivas, J. (2015). La escuela como contexto de la formación inicial del profesorado: aprendiendo desde la colaboración. Profesorado: Revista de Currículum y Formación de Profesorado, vol. 19, núm. 1, pp. 228-242. Luzón, A.; Porto, M.; Torres, M. & Ritacco, M. (2009). Buenas prácticas en los programas extraordinarios de atención a la diversidad en centros de educación secundaria. Una mirada desde la experiencia. Revista de Currículum y Formación de Profesorado, vol. 13, núm. 3, pp. 217-238. Madureira, O., Moforte, C. & González, G. (2014). Más liderazgo distribuido y menos liderazgo directivo Nuevas perspectivas para caracterizar procesos de influencia en los centros escolares. Perfiles Educativos | vol. XXXVI, núm. 146, pp. 1-20. Marcelo, C. (2009). Formalidad e informalidad en el proceso de aprender a enseñar. Maria, F. (2015). Teacher learning and learning from teaching, Teachers and Teaching: theory and practice, 21:1, pp. 1-3. Muñoz, C. Sanchez, M.& Calvo, S. (2010). La investigacion sobre la practica docente innovadora como merito esencial en la carrera docente. VII Foro sobre Evaluacion de la
  • 12. V CONGRESO INTERNACIONALSOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA INDUCCIÓN ALADOCENCIA Calidad de la Investigacion y de la Educacion Superior: Libro de capitulos. ISBN: 978-84- 693-5316-5, pp. 315-319. Muñoz, J. (2009). La formación del profesorado de Educación Secundaria: contenidos y aprendizajes docentes. Revista de Educación, 350, pp. 79-103. Navarro, I.; González, C.; López, B. & Botella, P.(2015). Aprendizaje de contenidos académicos y desarrollo de competencias profesionales mediante prácticas didácticas centradas en el trabajo cooperativo y relaciones multidisciplinares. Revista de Investigación Educativa, 33 (1), 99-117. O'Flaherty, J. & Gleeson, J. (2016). The teacher as moral educator: comparative study of secondary teachers in Catholic schools in Australia and Ireland. Teaching and Teacher Education, 55, pp. 45-56. Rodríguez, M. & Fernández, J. (2015). Design and validation of a climate measurement instrument in Secondary Schools. Educación XX1, 18(1), pp. 71-98. Rodríguez, M. & Fernández, J. (2015). Design and validation of a climate measurement instrument in Secondary Schools. Educación XX1, 18(1), pp. 71-98. Sanhueza, S. V., Friz, M. C. & Quintriqueo, S. (2014). Estudio exploratorio sobre las actitudes y comportamiento del profesorado de Chile en contextos de escolarización de alumnado inmigrante. Revista Electrónica de Investigación Educativa, 16 (3), 148 - 162. Werneck, V. (2006). Sobre o processo de construção do conhecimento: O papel do ensino e da pesquisa. Ensaio: aval. pol. públ. Educ., v.14, n.51, pp. 173-196.