Heterogeneidade nos anos iniciais

Rosinara Azeredo
Rosinara Azeredoprofessora alfabetizadora

A prática docente II nos anos iniciais teve como objetivos, aprimorar a prática em sala de aula, propiciar a aproximação concreta da realidade profissional, através de situações reais de trabalho, envolvendo supervisores, estudantes e campo de estágio.

Universidade Federal de Pelotas 
Universidade Aberta do Brasil 
Centro de Educação Aberta e a Distância 
Licenciatura em Pedagogia- Ead 
Heterogeneidade nos anos iniciais. 
Renata Leite Guterres 
Encruzilhada do Sul, 19 de julho de 2014.
Sumário 
1- Introdução: .............................................................................................................................. 3 
2- Desenvolvimento: ................................................................................................................. 4 
3- Considerações finais: .......................................................................................................... 8 
4- Referências Bibliográficas: ................................................................................................ 9
1- Introdução: 
O presente artigo tem a intenção de documentar as temáticas utilizadas no estágio em Anos Iniciais, onde vivenciei na prática, tudo que tenho aprendido na teoria. 
Em termos de organização o trabalho ficou constituído da seguinte maneira: introdução, desenvolvimento, considerações finais e referências bibliográficas. 
A prática docente II nos anos iniciais teve como objetivos, aprimorar a prática em sala de aula, propiciar a aproximação concreta da realidade profissional, através de situações reais de trabalho, envolvendo supervisores, estudantes e campo de estágio. 
No estágio, é onde temos a oportunidade de vivenciar, tudo o que aprendemos no curso de pedagogia, como planejar conforme a realidade dos alunos, refletir sobre nossas práticas (métodos), e também aprender as formas de agir, em todo contexto escolar.
2- Desenvolvimento: 
A prática docente II foi realizada na Escola Estadual de Ensino Médio Carlos Corrêa da Silveira, situado na Rua Felipe Noronha, 261, no Centro de Encruzilhada do Sul. 
Apesar de localizada em uma região de classe média alta, recebe estudantes com perfil sócio econômico de baixa renda, sendo a maioria pertencente à comunidade do Bairro Lava Pés. Atualmente conta com aproximadamente 743 alunos distribuídos nos turnos manhã, tarde e noite. 
A escola possui ensino fundamental (séries iniciais e finais) ensino médio e também EJA (ensino fundamental e médio). 
De acordo com os dados do Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola, muitos são os problemas sociais e econômicos destas localidades, sendo o poder aquisitivo muito baixo de grande parte da clientela. 
Quanto ao prédio da escola, possui salas de aulas grandes, refeitório, auditório, laboratório de informática, laboratório de ciências, banheiros, sala de recursos, porém o prédio necessita de uma reforma, pois é uma construção muito antiga. 
A prática docente II teve seu início com as observações da turma parceira, no dia 31 de março até o dia 04 de abril de 2014. 
Durante o período de observação, foi possível perceber como ocorre a relação professor-aluno e aluno-aluno e a rotina do grupo. Também foi observada a dinâmica das aulas, como eram desenvolvidas as atividades didáticas pela professora, o comportamento dos alunos em sala de aula, sua postura, a saída para o recreio, a avaliação e as atividades para casa. 
O tema central a ser desenvolvido, com a turma foi escolhido a partir da constatação do interesse dos alunos pela leitura, bem como a oportunidade de oferecer a esses educandos outras formas de aprendizagens. 
Inserindo diversos gêneros de textos (histórias infantis, textos, fábulas e receitas). 
O estágio de docência foi desenvolvido no 2º ano do ensino fundamental turma 22, período da tarde. O grupo é composto por 12 alunos, sendo 7 meninas e 5 meninos.
Na faixa etária dos 07 anos. Importante ressaltar que no início do estágio a turma era composta por 11 alunos, sendo que uma menina foi transferida de outra escola, entrando na turma na segunda semana de estágio. 
A sala de aula é pequena, possui um armário, classes, cadeiras e uma mesa com cadeira de professora. 
Na parede está disposto os cartazes, alfabeto, numerais, famílias silábicas, ajudante do dia e calendário. 
O planejamento é essencial, para uma boa prática educativa. No ato do planejamento, estamos refletindo sobre a turma, a sua realidade e necessidades de aprendizagens. 
O planejamento de sala de aula segundo Vasconcellos (2000, pg79) é: 
“Planejar é antecipar mentalmente uma ação ou um conjunto de ações a ser realizadas e agir de acordo com o previsto. Planejar não é, pois, apenas algo que se faz antes de agir, mas é também agir em função daquilo que se pensa.” 
O planejamento é muito discutido hoje em dia, o professor deve ter em mente qual método irá inserir em sala de aula, quais recursos serão utilizados, e também ter claro que tipo de avaliação será realizada com seus alunos. 
Não podemos esquecer que ele pode ser flexível, pois ao longo da prática, alguns ajustes vão sendo necessários. O professor deve sempre estar refletindo e moldando seu método pedagógico. 
Segundo Menegella e Sant’ Anna (2001): 
Planejar o processo educativo é planejar o indefinido, porque educação não é o processo, cujos resultados podem ser totalmente pré-definidos, determinados ou pré-escolhidos, como se fossem produtos de correntes de uma ação puramente mecânica e impensável. 
Devemos, pois, planejar a ação educativa para o homem não impondo diretrizes que o alheiem. Permitindo, com isso, que a educação, ajude o homem a ser criador de sua história. 
O planejamento não pode ser visto como uma forma de aprisionar os sujeitos que dele participam. O ato de planejar não é uma receita pronta e nem milagrosa para os problemas de ensino e aprendizagens, mas também sem ele a prática educativa deixa de ser democrática e transformadora. 
A escola é um espaço sociocultural, na qual os diferentes sujeitos se encontram. 
É preciso fazer uma reflexão sobre a heterogeneidade e a diversidade cultural que encontramos.
O educador deve compreender mediar e avaliar as diferentes fontes culturais presentes na sala de aula, pois os alunos trazem suas experiências diariamente enriquecendo o ambiente escolar nas trocas de saberes. 
Quando o professor possui uma grande diversidade cultural, é necessário reestruturar e inovar sua prática pedagógica, sem perder o objetivo principal que deve ser trabalhar a heterogeneidade, pluralidade de maneira abrangente, focando em ser um sujeito ativo e transformador. 
É importante, que o professor não formule ideias preconceituosas, é preciso criar oportunidades iguais, dialogar com os colegas da educação e, trazer as famílias e sua cultura de origem para o cotidiano para que possam construir os saberes através de sua própria história. 
Portanto, devemos ensinar os alunos, aplicando o que aprendemos, trazendo para a sala de aula um currículo adaptado às necessidades de todos, não esquecendo a ética, respeito, dignidade para si e para os outros. 
Levando em conta, que o ensino está sempre em movimento, e o profissional da educação sempre deve estar aberto a aprender com todos os sujeitos, principalmente com os alunos que nos trazem algo de diferente todos os dias. 
Para desenvolver a turma toda e levar os alunos ao conhecimento, é necessário respeitar o ritmo de aprendizagem de cada um, e acima de tudo reconhecer as diferenças. Ao criar este contexto educacional, em que todos aprendam é preciso levar em conta a reorganização de todo o trabalho escolar. 
As palavras de Zacharias (2006) exemplificam esta questão: 
‘’A possibilidade de ensinar a turma toda, sem discriminações e sem adaptações pré- definidas de métodos práticos especializados de ensino advém, portanto, de uma reestruturação do projeto pedagógico escolar como um todo e das reformulações que esse novo projeto exige a prática de ensino, para que esta se ajuste a novos parâmetros de ação educativa. ’’ 
Outro ponto relevante nas turmas que encontramos, é questão da dificuldade de aprendizagem, que pode ser caracterizada por vários aspectos, como: condições familiares, sócio econômicas, falta de acesso a recursos pedagógicos e também dificuldades de interação. 
A turma pode ser caracterizada como heterogênea, pois cada aluno é um ser único, que possui seu ritmo próprio de aprendizagens. Segundo Cavalcante (2006, pág. 27). 
Não há nada melhor em uma turma que a heterogeneidade. Como os níveis de conhecimentos são variados, existe aí uma riqueza para ser
trabalhada em sala. Organizar os alunos em grupos ou duplas durante as atividades é fundamental para que eles troquem conhecimentos. 
A diversidade deve ser vista pelo professor, como uma fonte de enriquecimento na ação pedagógica, é preciso buscar estratégias para desenvolver a aprendizagem de todos, propondo atividades diversificadas, como atividades coletivas, onde os alunos possam interagir e trocar experiências uns com os outros. 
Segundo Colello (2005, pág. 14), nos mostra que a dinâmica de grupo favorece aprendizagem. ‘’Considera as diferenças no processo de aprendizagem e admite a interação entre alunos em estágios diferenciados como possibilidade favorável ao avanço cognitivo’’. 
No estágio, é o momento de colocar em prática o aprendizado teórico que tivemos ao longo do curso. 
Para Vygotsky a aprendizagem se dá através da interação com os outros indivíduos. 
Segundo Oliveira (1993), ‘’Vygotsky afirma que a relação do homem com o mundo não é uma relação direta, mas fundamentada mediada, que vai sendo construída ao longo do tempo e que se utiliza o auxilio de ferramentas para participar da atividade humana. ‘’ 
O professor é um mediador que proporciona os alunos oportunidades de manifestar através de trocas de experiências e brincadeiras, sentimentos emoções vividas no cotidiano. Para isso, é preciso entender e escutar os alunos, respeitando-os como seres únicos e capazes de criar e produzir ações estabelecendo relações com o meio em que vivem, ou seja, não podemos esquecer que estamos ajudando a construir o conhecimento dos nossos alunos, e que devemos sempre proporcionar aprendizagens para que sejam significativas, pois os alunos levarão para toda sua vida.
3- Considerações finais: 
O estágio nos anos iniciais foi maravilhoso. A turma é excelente, com alunos carinhosos, dedicados e interessados. Acredito que eu os conquistei assim como eles me conquistaram. 
A realização do estágio, foi muito significativa para o meu processo de formação docente, foram momentos ricos e importantes, onde pude evidenciar o contexto de sala de aula, fazendo uma relação dialética entre a teoria e a prática. 
O período de contato direto com o ambiente educativo, e as relações estabelecidas, possibilitou refletir como se dá a atuação do pedagogo nos diferentes contextos. 
Durante o estágio, procurei desenvolver atividades dinâmicas e prazerosas, estimulando o envolvimento dos alunos no processo de ensino e aprendizagem, para que sentissem capazes de aprenderem coisas novas, através de atividades diferenciadas. 
Foram proporcionadas, diversas estratégias educativas, algumas vezes até desafiadoras, mas que os levaram a compreender melhor as atividades propostas, respeitando o ritmo de cada aluno. 
Foi uma experiência, na qual me fez crescer como educadora, pois acredito que contribui de alguma maneira, na formação dos alunos, para que sejam cidadãos críticos e reflexivos, pois a partir das experiências vivenciadas, nas trocas de saberes, e a aproximação com os diferentes sujeitos envolvidos no processo escolar, é possível desenvolver um trabalho de parceria, onde a educação possa ser mais significativa e contextualizada.
4- Referências Bibliográficas: 
CAVALCANTE, Meire. Alfabetização: todos podem aprender. 
Disponível em www.novaescola.org.br. Acesso em 25/06/14. 
COLELLO, Silvia Mattos Gasparian. Repensando as dinâmicas nas Classes de Alfabetização. Disponível em www.hottopos.com. Acesso em 10/07/14. 
MENEGOLLA e SANT’ANA, Maximiliano e Ilza Martins. Porque Planejar? Como 
Planejar? Currículo e Área-Aula. 11º Ed. Editora Vozes. Petrópolis. 2001. Disponivel em www.discursividade.cepad.net.br/EDICOES/04/Arquivos04/05.pdf. 
Acesso em 18/07/14. 
OLIVEIRA, M.K. de. A mediação simbólica. In: Vygotsky. Aprendizado e desenvolvimento. Um processo sócio histórico. São Paulo: Editora Scipione. 
1993. p. 25-41. 
VASCONCELLOS, Celso S. Planejamento: Projeto de Ensino- Aprendizagem e 
projeto Politico Pedagógico. 9 ed. São Paulo: Libertad. 2000. Zacharias, Vera Lúcia Camara. Diversidade na sala de aula. Disponível em www.educacao.salvador.ba.gov.br.Acesso em 10/07/14.

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Heterogeneidade nos anos iniciais

  • 1. Universidade Federal de Pelotas Universidade Aberta do Brasil Centro de Educação Aberta e a Distância Licenciatura em Pedagogia- Ead Heterogeneidade nos anos iniciais. Renata Leite Guterres Encruzilhada do Sul, 19 de julho de 2014.
  • 2. Sumário 1- Introdução: .............................................................................................................................. 3 2- Desenvolvimento: ................................................................................................................. 4 3- Considerações finais: .......................................................................................................... 8 4- Referências Bibliográficas: ................................................................................................ 9
  • 3. 1- Introdução: O presente artigo tem a intenção de documentar as temáticas utilizadas no estágio em Anos Iniciais, onde vivenciei na prática, tudo que tenho aprendido na teoria. Em termos de organização o trabalho ficou constituído da seguinte maneira: introdução, desenvolvimento, considerações finais e referências bibliográficas. A prática docente II nos anos iniciais teve como objetivos, aprimorar a prática em sala de aula, propiciar a aproximação concreta da realidade profissional, através de situações reais de trabalho, envolvendo supervisores, estudantes e campo de estágio. No estágio, é onde temos a oportunidade de vivenciar, tudo o que aprendemos no curso de pedagogia, como planejar conforme a realidade dos alunos, refletir sobre nossas práticas (métodos), e também aprender as formas de agir, em todo contexto escolar.
  • 4. 2- Desenvolvimento: A prática docente II foi realizada na Escola Estadual de Ensino Médio Carlos Corrêa da Silveira, situado na Rua Felipe Noronha, 261, no Centro de Encruzilhada do Sul. Apesar de localizada em uma região de classe média alta, recebe estudantes com perfil sócio econômico de baixa renda, sendo a maioria pertencente à comunidade do Bairro Lava Pés. Atualmente conta com aproximadamente 743 alunos distribuídos nos turnos manhã, tarde e noite. A escola possui ensino fundamental (séries iniciais e finais) ensino médio e também EJA (ensino fundamental e médio). De acordo com os dados do Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola, muitos são os problemas sociais e econômicos destas localidades, sendo o poder aquisitivo muito baixo de grande parte da clientela. Quanto ao prédio da escola, possui salas de aulas grandes, refeitório, auditório, laboratório de informática, laboratório de ciências, banheiros, sala de recursos, porém o prédio necessita de uma reforma, pois é uma construção muito antiga. A prática docente II teve seu início com as observações da turma parceira, no dia 31 de março até o dia 04 de abril de 2014. Durante o período de observação, foi possível perceber como ocorre a relação professor-aluno e aluno-aluno e a rotina do grupo. Também foi observada a dinâmica das aulas, como eram desenvolvidas as atividades didáticas pela professora, o comportamento dos alunos em sala de aula, sua postura, a saída para o recreio, a avaliação e as atividades para casa. O tema central a ser desenvolvido, com a turma foi escolhido a partir da constatação do interesse dos alunos pela leitura, bem como a oportunidade de oferecer a esses educandos outras formas de aprendizagens. Inserindo diversos gêneros de textos (histórias infantis, textos, fábulas e receitas). O estágio de docência foi desenvolvido no 2º ano do ensino fundamental turma 22, período da tarde. O grupo é composto por 12 alunos, sendo 7 meninas e 5 meninos.
  • 5. Na faixa etária dos 07 anos. Importante ressaltar que no início do estágio a turma era composta por 11 alunos, sendo que uma menina foi transferida de outra escola, entrando na turma na segunda semana de estágio. A sala de aula é pequena, possui um armário, classes, cadeiras e uma mesa com cadeira de professora. Na parede está disposto os cartazes, alfabeto, numerais, famílias silábicas, ajudante do dia e calendário. O planejamento é essencial, para uma boa prática educativa. No ato do planejamento, estamos refletindo sobre a turma, a sua realidade e necessidades de aprendizagens. O planejamento de sala de aula segundo Vasconcellos (2000, pg79) é: “Planejar é antecipar mentalmente uma ação ou um conjunto de ações a ser realizadas e agir de acordo com o previsto. Planejar não é, pois, apenas algo que se faz antes de agir, mas é também agir em função daquilo que se pensa.” O planejamento é muito discutido hoje em dia, o professor deve ter em mente qual método irá inserir em sala de aula, quais recursos serão utilizados, e também ter claro que tipo de avaliação será realizada com seus alunos. Não podemos esquecer que ele pode ser flexível, pois ao longo da prática, alguns ajustes vão sendo necessários. O professor deve sempre estar refletindo e moldando seu método pedagógico. Segundo Menegella e Sant’ Anna (2001): Planejar o processo educativo é planejar o indefinido, porque educação não é o processo, cujos resultados podem ser totalmente pré-definidos, determinados ou pré-escolhidos, como se fossem produtos de correntes de uma ação puramente mecânica e impensável. Devemos, pois, planejar a ação educativa para o homem não impondo diretrizes que o alheiem. Permitindo, com isso, que a educação, ajude o homem a ser criador de sua história. O planejamento não pode ser visto como uma forma de aprisionar os sujeitos que dele participam. O ato de planejar não é uma receita pronta e nem milagrosa para os problemas de ensino e aprendizagens, mas também sem ele a prática educativa deixa de ser democrática e transformadora. A escola é um espaço sociocultural, na qual os diferentes sujeitos se encontram. É preciso fazer uma reflexão sobre a heterogeneidade e a diversidade cultural que encontramos.
  • 6. O educador deve compreender mediar e avaliar as diferentes fontes culturais presentes na sala de aula, pois os alunos trazem suas experiências diariamente enriquecendo o ambiente escolar nas trocas de saberes. Quando o professor possui uma grande diversidade cultural, é necessário reestruturar e inovar sua prática pedagógica, sem perder o objetivo principal que deve ser trabalhar a heterogeneidade, pluralidade de maneira abrangente, focando em ser um sujeito ativo e transformador. É importante, que o professor não formule ideias preconceituosas, é preciso criar oportunidades iguais, dialogar com os colegas da educação e, trazer as famílias e sua cultura de origem para o cotidiano para que possam construir os saberes através de sua própria história. Portanto, devemos ensinar os alunos, aplicando o que aprendemos, trazendo para a sala de aula um currículo adaptado às necessidades de todos, não esquecendo a ética, respeito, dignidade para si e para os outros. Levando em conta, que o ensino está sempre em movimento, e o profissional da educação sempre deve estar aberto a aprender com todos os sujeitos, principalmente com os alunos que nos trazem algo de diferente todos os dias. Para desenvolver a turma toda e levar os alunos ao conhecimento, é necessário respeitar o ritmo de aprendizagem de cada um, e acima de tudo reconhecer as diferenças. Ao criar este contexto educacional, em que todos aprendam é preciso levar em conta a reorganização de todo o trabalho escolar. As palavras de Zacharias (2006) exemplificam esta questão: ‘’A possibilidade de ensinar a turma toda, sem discriminações e sem adaptações pré- definidas de métodos práticos especializados de ensino advém, portanto, de uma reestruturação do projeto pedagógico escolar como um todo e das reformulações que esse novo projeto exige a prática de ensino, para que esta se ajuste a novos parâmetros de ação educativa. ’’ Outro ponto relevante nas turmas que encontramos, é questão da dificuldade de aprendizagem, que pode ser caracterizada por vários aspectos, como: condições familiares, sócio econômicas, falta de acesso a recursos pedagógicos e também dificuldades de interação. A turma pode ser caracterizada como heterogênea, pois cada aluno é um ser único, que possui seu ritmo próprio de aprendizagens. Segundo Cavalcante (2006, pág. 27). Não há nada melhor em uma turma que a heterogeneidade. Como os níveis de conhecimentos são variados, existe aí uma riqueza para ser
  • 7. trabalhada em sala. Organizar os alunos em grupos ou duplas durante as atividades é fundamental para que eles troquem conhecimentos. A diversidade deve ser vista pelo professor, como uma fonte de enriquecimento na ação pedagógica, é preciso buscar estratégias para desenvolver a aprendizagem de todos, propondo atividades diversificadas, como atividades coletivas, onde os alunos possam interagir e trocar experiências uns com os outros. Segundo Colello (2005, pág. 14), nos mostra que a dinâmica de grupo favorece aprendizagem. ‘’Considera as diferenças no processo de aprendizagem e admite a interação entre alunos em estágios diferenciados como possibilidade favorável ao avanço cognitivo’’. No estágio, é o momento de colocar em prática o aprendizado teórico que tivemos ao longo do curso. Para Vygotsky a aprendizagem se dá através da interação com os outros indivíduos. Segundo Oliveira (1993), ‘’Vygotsky afirma que a relação do homem com o mundo não é uma relação direta, mas fundamentada mediada, que vai sendo construída ao longo do tempo e que se utiliza o auxilio de ferramentas para participar da atividade humana. ‘’ O professor é um mediador que proporciona os alunos oportunidades de manifestar através de trocas de experiências e brincadeiras, sentimentos emoções vividas no cotidiano. Para isso, é preciso entender e escutar os alunos, respeitando-os como seres únicos e capazes de criar e produzir ações estabelecendo relações com o meio em que vivem, ou seja, não podemos esquecer que estamos ajudando a construir o conhecimento dos nossos alunos, e que devemos sempre proporcionar aprendizagens para que sejam significativas, pois os alunos levarão para toda sua vida.
  • 8. 3- Considerações finais: O estágio nos anos iniciais foi maravilhoso. A turma é excelente, com alunos carinhosos, dedicados e interessados. Acredito que eu os conquistei assim como eles me conquistaram. A realização do estágio, foi muito significativa para o meu processo de formação docente, foram momentos ricos e importantes, onde pude evidenciar o contexto de sala de aula, fazendo uma relação dialética entre a teoria e a prática. O período de contato direto com o ambiente educativo, e as relações estabelecidas, possibilitou refletir como se dá a atuação do pedagogo nos diferentes contextos. Durante o estágio, procurei desenvolver atividades dinâmicas e prazerosas, estimulando o envolvimento dos alunos no processo de ensino e aprendizagem, para que sentissem capazes de aprenderem coisas novas, através de atividades diferenciadas. Foram proporcionadas, diversas estratégias educativas, algumas vezes até desafiadoras, mas que os levaram a compreender melhor as atividades propostas, respeitando o ritmo de cada aluno. Foi uma experiência, na qual me fez crescer como educadora, pois acredito que contribui de alguma maneira, na formação dos alunos, para que sejam cidadãos críticos e reflexivos, pois a partir das experiências vivenciadas, nas trocas de saberes, e a aproximação com os diferentes sujeitos envolvidos no processo escolar, é possível desenvolver um trabalho de parceria, onde a educação possa ser mais significativa e contextualizada.
  • 9. 4- Referências Bibliográficas: CAVALCANTE, Meire. Alfabetização: todos podem aprender. Disponível em www.novaescola.org.br. Acesso em 25/06/14. COLELLO, Silvia Mattos Gasparian. Repensando as dinâmicas nas Classes de Alfabetização. Disponível em www.hottopos.com. Acesso em 10/07/14. MENEGOLLA e SANT’ANA, Maximiliano e Ilza Martins. Porque Planejar? Como Planejar? Currículo e Área-Aula. 11º Ed. Editora Vozes. Petrópolis. 2001. Disponivel em www.discursividade.cepad.net.br/EDICOES/04/Arquivos04/05.pdf. Acesso em 18/07/14. OLIVEIRA, M.K. de. A mediação simbólica. In: Vygotsky. Aprendizado e desenvolvimento. Um processo sócio histórico. São Paulo: Editora Scipione. 1993. p. 25-41. VASCONCELLOS, Celso S. Planejamento: Projeto de Ensino- Aprendizagem e projeto Politico Pedagógico. 9 ed. São Paulo: Libertad. 2000. Zacharias, Vera Lúcia Camara. Diversidade na sala de aula. Disponível em www.educacao.salvador.ba.gov.br.Acesso em 10/07/14.