O documento discute a teoria e desenvolvimento curricular em três níveis: macro (administração central), meso (escola) e micro (sala de aula). Explica que o currículo é decidido no contexto escolar levando em conta as necessidades locais. Também descreve os componentes-chave do projeto educativo da escola, incluindo o projeto didático realizado no nível da turma.
2. Depois da administração central o currículo é decidido
no contexto de gestão quer a nível regional bem como
escolar.
Segundo Grundy(1987:5), o currículo é uma prática e
uma construção onde todos são considerados activos e
interdependentes.
Construção essa que se situa ao nível da mesoestrutura
curricular (estabelecimento de ensino) e entre a
macroestrutura (administração central) e a
microestrutura (professores e alunos).
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3. Segundo Elmore, o desenvolvimento curricular centrado
na escola é uma prática que faz parte de um amplo
movimento de descentralização administrativa e
aprofundamento democratico em que a escola se torna
na unidade estrategica de qualquer reforma do sistema
educativo.
Sendo uma prática activa é necessário que se fale na
autonomia curricular da escola que passa pela
elaboração de um projecto de escola.
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4. Níveis de
Competências Aspectos que se planificam
planificação
Ministério Fins Planos curriculares Princípios e modelos de
Macro
Regiões educativos Programas organização
Escola
Projecto Projecto da escola
Meso Território Projecto Organizativo
educativo Projecto curricular
educativo
Projecto didáctico
Micro Professores Actuação dos professores, integrados em equipas inter e
pluridisciplinares
O projecto de escola corresponde a uma fase de
planificação intermédia ou de decisão curricular que se
expressa em 3 projectos interdependentes:
-Projecto Educativo;
-Projecto Curricular;
-Projecto Organizativo. 4
5. Instrumento de concretização e de gestão da
autonomia da escola. Formaliza as intenções e as
acções da política educativa e curricular de uma
escola. Só faz sentido se concebido e desenvolvido
na base do cruzamento das perspectivas dos
diferentes actores.
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6. Implica os seguintes aspectos :
- Formulação das finalidades educativas;
- Consideração das necessidades educativas especiais;
- Selecção de orientações globais;
- Clarificação e distribuição de responsabilidades;
- Critérios de desenvolvimento profissional (professores,
equipas de gestão);
- Critérios de inter-relação Escola-Comunidade;
- Critérios de vertebração comuns a várias escolas.
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7. A ideia de um projecto educativo para cada escola
ficou consagrada na lei em 1989 ( Decreto-lei nº
43/89 de 3 de Fevereiro). Desde então, essa ideia
enraizou-se nas escolas que a encararam, primeiro,
como sugestão estimulante e, depois como
necessidade própria, uma vez que várias instâncias
do Ministério da Educação pressupõem a
existência de um projecto educativo como
condição essencial para as escolas verem atendidas
as suas pretensões.
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8. O projecto educativo pode ser definido como um
conjunto coerente de objectivos, métodos e meios
específicos que o estabelecimento define, a fim de
participar nos objectivos nacionais.
Ele integra os dados da sua história e do seu meio
envolvente, os constrangimentos a que está
submetido e os trunfos de que dispõe.
É elaborado, executado e avaliado, num processo
participativo do pessoal, associando os utentes e
parceiros exteriores. (Obin, 1988 )
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9. É a adaptação do currículo pelos professores tendo em
atenção a prescrição existente e o contexto escolar em
que se desenvolve.
É a articulação das decisões da administração central
com as decisões dos professores.
É o elo de ligação intermédio entre o curriculo-base, o
projecto educativo da escola e a planificação das
actividades pelo professor.
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10. Projecto que define, em função do Currículo
Nacional e do Projecto Educativo, o nível de
prioridades da escola, as competências essenciais e
transversais em torno das quais se organizará o
projecto e os conteúdos que serão trabalhados em
cada área curricular.
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11. Tem por referência o Projecto Curricular da Escola e
é feito para responder às especificidades da turma
e para permitir um nível de articulação entre as
áreas disciplinares e conteúdos.
É ao nível do Projecto Curricular de Turma que é
possível respeitar os alunos reais e articular a acção
dos professores da turma, cabendo ao Conselho de
Turma construir essa articulação.
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12. - Integrar todos os membros da comunidade educativa;
- Estimular a sua participação na tomada de decisões;
- Proporcionar contactos entre professores;
- Implementar mecanismos de avaliação das acções;
- Fomentar a observação da prática profissional;
- Estimular desenvolvimento de funções relacionadas com o
desenvolvimento do currículo;
Proporcionar meios ao desenvolvimento do currículo;
-
Realizar experiências de inovação;
-
Estimular coordenação entre vários órgãos de gestão;
-
Mudar as condições quotidianas de ensino-aprendizagem
-
dos alunos. 12
13. Identificação de necessidades curriculares, compaginando
1.
as necessidades nacionais com as locais e regionais.
Agrupamento de professores e alunos: constituição de
2.
equipas didácticas de trabalho em função do projecto
organizativo.
Integração curricular (interdisciplinaridade).
3.
Contextualização do projecto educativo.
4.
Elaboração do P.C. : construção de uma visão de conjunto.
5.
Realização do P.C. : projecto didáctico no âmbito da
6.
turma.
Avaliação : ponto de partida para a identificação de
7.
necessidades curriculares. 13
14. Melhorar a eficácia da resposta educativa aos problemas
surgidos da diversidade de contextos escolares,
assegurando que todos os alunos aprendam mais e de um
modo mais significativo.
No contexto da gestão as decisões são tomadas a dois níveis:
- Administração regional e local (gestão de recursos
humanos, financeiros e materiais, bem como actividades de
complemento curricular);
- Escolas (organização de actividades lectivas e não lectivas,
proporcionar condições de aprendizagem e de sucesso
educativo).
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15. Trabalho realizado por :
Marco Matias
Nuno Mota
Paula Gonçalves
Raquel Castro
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