1) O documento relata a história de Alberto, um homem que enviuva após 50 anos de casado. Ele passa a se isolar em seu quarto, contando dinheiro em um baú antigo.
2) Seus filhos só passam a dar atenção a Alberto quando descobrem sobre o baú cheio de dinheiro. Eles combinam um rodízio para cuidar dele na casa de cada um.
3) Após a morte de Alberto, o testamento é lido, revelando que todo o dinheiro do baú será igualmente dividido entre os
1. E D I Ç Ã O V E R Ã O 2 0 0 9
o
FAMÍLIa Silva
GRALHA AZUL
GRALHA AZUL
BOLETIM MENSAL - No. 22 - Mai/Jun - 2012 - SOCIEDADE BRASILEIRA DE MÉDICOS ESCRITORES - SOBRAMES - PR
CONGRAÇAR
v.r.v. De com+graça+ar. Restituir à graça, à amizade; reconciliar (tr.dir.; bitr., com prep. com): “Em vão
procurou ele congraçar os ânimos, promovendo a anistia para os comprometidos” (J.F.Lisboa). “Tratai de
congraça-lo e fugi de travar armas com armas”(Odorico Mendes). “Para o congraçar com sua avó, a
rainha viúva e com seu tio o cardeal D. Henrique” (Rebelo da Silva). “Que co’a justiça os corações
congraça”. (Filinto Elisio). 2. Fazer amizade (pr.; pr., com prep. com, em): “Dize agora que se congracem,
que alianças travem”. (Odorico Mendes). “para congraçar-se com os revolucionários instintos populares
que pedem novas formas políticas e sociais”. (Martino Coelho). “E a se congraçar com ele para fazer seus
negócios e com o Samorim, por causa do elefante.”(João de Barros). Homens de arraiais contrários
congraçaram-se no mesmo intuito , fatigados dos vanilóquios da tribuna” (Camilo). “As rivalidades
políticas emudeceram, congraçando-se em unanime homenagem ao merecimento de um trabalho
destinado a assinalar época na história filosófica do país” (Rui). 3. Fazer as pazes reatar as anteriores
relações de amizade (pr): “Congraçaram-se depois?” (Camilo).
Laudelino Freire. Grande e novíssimo Dicionário da Lingua Portuguesa. Volume II, 3a. Edição. Livraria
José Olympio Editora. 1957. pg.1524.
CURITIBA
Queridos amigos, estamos em plena atividade para tornar nosso congraçamento no mês
de Outubro o melhor possível. Preocupados com a estadia no Hotel Bourbon, pedimos aos
congressistas que se ocupem com as suas reservas. Teremos um forte concorrente em Curitiba,
um Congresso Internacional de Higiene com ocupação maciça dos hotéis. Outra preocupação de
toda a equipe é com os trabalhos que estão sendo enviados. Todos estão corretos com a opção
escolhida entre Trova/ Poesia ou Prosa, o Título e apenas o número da Inscrição. Estamos
atentos, pois são gerados dois números quando da inscrição, o número do pedido e o número da
inscrição. Não se preocupem com isso, corrigiremos antes de enviar para as comissões
julgadoras. Não percam tempo. Outubro está ai!
2. (1997, CD gravado para a coleção Poesia
Falada), Poemas do Amor Impossível
(2002), Memórias de Nhá Mariquinha
(2002).
À Helena foram feitas muitas
homenagens em vida, como por exemplo
em 1985 obteve o Diploma de Mérito
Literário da Prefeitura de Curitiba, em 1987
o de Cidadã Honorária de Curitiba, em
1988, a Secretaria da Cultura do Estado do
Paraná lançou o Concurso Nacional de
Poesia Helena Kolody que é realizado até
hoje. Em 1989 fez gravação e publicação de
seu depoimento para o Museu da Imagem e
do Som do Paraná. Em 1990, Marcelo
Marchioro foi o diretor da peça teatral
‘Helena, uma mulher' com grande
repercussão no meio artístico-literário no
Estado. Em 1991, foi eleita para a Academia
Paranaense de Letras. Em 1992, o cineasta
Sylvio Back fez o curta metragem chamado
“A Babel de Luz”, vencedor do 25o. Festival
HELENA KOLODY de Brasília. Em 1997, foi Cidadã Benemérita
do Estado do Paraná. Em 1999, Vulto
Emérito da Cidade de Curitiba. Em 2002,
Em comemoração ao centenário do realizou-se a Exposição em homenagem
nascimento da Poeta Paranaense Helena aos 90 anos da poetisa, na Biblioteca
Kolody estão sendo realizados vários Pública do Paraná. Em 2003, recebeu o
eventos durante o ano de 2012. A poeta Título de "Doutora Honoris Causa” da
paranaense Adélia Maria Woellner, da Universidade Federal do Paraná.
Academia Paranaense de Letras, lançou uma Hoje vive entre nós na imortalidade
coletânea das poesias de Helena chamado da poesia. Constitui-se numa unanimidade
“infinita Sinfonia”, a Secretaria de Cultura literária, reunindo em seus versos nossa
do Estado do Paraná lançou uma revista colonização, nossa história como imigrantes,
chamada Helena, que será mensal e trará nossa vida como amantes e como
assuntos relativos à cultura no Estado, observadores da natureza. Fez poesia longa
trazendo na primeira edição comentários e curta, foi Reika - “perfume da poesia” em
sobre a vida de Helena e vários japonês, língua na qual seus hai-kais foram
depoimentos sobre ela por personalidades reconhecidos e traduzidos, ganhando
variadas do meio cultural. notoriedade como a primeira brasileira e
Nascida em Cruz Machado, no publicar haicais.
Paraná em 12 de outubro de 1912, Helena
foi lapidada pelo interior do Paraná e pela 1o. Poema publicado em 1928
descendência e literatura ucraniana, ambos A Lágrima
bem definidos em sua poesia. Fez cursos de
piano, pintura, literatura e até de guarda Oh! Lágrima cristalina,
livros. Mas foi na carreira do magistério que
tão salgada e pequenina.
demonstrou sua paixão que foi dividida
Quanta dor tu não redimes!
somente com a poesia. Foi premiada em
1941 com sua primeira obra “Paisagem Mesmo feita de amargura,
Interior”, porém não recebeu o prêmio por és tão sublime, tão pura,
ser de origem humilde e do interior. Sua que só virtudes exprimes.
obra não é extensa porém intensa:
Paisagem Interior (1941), Música Submersa Ao coração torturado,
(1945), A Sombra no Rio (1951), Poesias pela saudade magoado
Completas (1962), Vida Breve (1965), Era pelo destino cruel.
Espacial e Trilha Sonora (1966), Antologia Tu és a pérola linda
Poética (1967), Tempo (1970), Correnteza do rosário que não finda,
(1977), Infinito Presente (1980), Poesias
feita de tortura e fel.
Escolhidas (1983, poemas para o
ucraniano), Sempre Palavra (1985), Poesia
Mínima (1986), Viagem no Espelho (1988), DOM
Ontem, Agora (1991), Reika (1993),
Sempre Poesia (1994, antologia poética), Deus dá a todos uma estrela.
Caixinha de Música (1996), Luz Infinita Alguns fazem da estrela um sol.
(1997, edição bilíngue), Sinfonia da Vida Outros nem conseguem vê-la.
(1997), Helena Kolody por Helena Kolody
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3. ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS
CONFERE O PRÊMIO MACHADO DE ASSIS
AO CONTISTA CURITIBANO DALTON TREVISAN
A comissão que indicou o nome do vencedor foi formada pelos Acadêmicos Eduardo Potella, Lygia Fagundes Telles,
Tarcísio Padilha, Sergio Paulo Rouanet e Geraldo Holanda Cavalcanti
A Academia Brasileira de Letras (ABL) conferiu hoje, dia 6 ,o Prêmio Machado de Assis de 2011, o mais importante
da Casa, ao contista curitibano Dalton Trevisan. importante da Casa. O "Machado de Assis" é conferido anualmente
pelo conjunto da obra, e o vencedor receberá a importância de R$ 100 mil. O prêmio será entregue em julho deste ano,
mês em que a ABL estará completando 115 anos de fundação.
Trevisan, de acordo com o parecer da comissão, conquistou o Prêmio por ser “um dos mais importantes narradores da
ficção brasileira contemporânea”. Ainda segundo o parecer, é “portador de uma linguagem predominantemente
interiorizante, porém sensível às movimentações sociais. Desde cedo, se afirmou, sobretudo na história curta, mais
especificamente no conto. Trata-se de um contista personalíssimo navegando contra a corrente institucional do conto.
Neste sentido, suas “Novelas nada exemplares” são exemplos desse esforço de abertura do gênero”. A comissão
destacou, também, “A faca no coração”, “A polaquinha”, “Crimes de Paixão " ; “O vampiro de Curitiba”, entre outras
obras do autor curitibano.
Em 2010 o vencedor foi o filósofo Benedito Nunes. Outros premiados foram: Ferreira Gullar; Autran Dourado; Roberto
Cavalcanti de Albuquerque; Antonio Torres; Wilson Martins. A comissão que indicou Dalton Trevisan para o prêmio de
2011 foi formada pelos Acadêmicos Eduardo Portella, Lygia Fagundes Telles, Tarcísio Padilha, Sergio Paulo Rouanet e
Geraldo Holanda Cavalcanti.
CURIOSIDADES:
Você sabe porque o cheiro dos livros antigos atraem tanta gente??
Por causa da Lignina que os livros tem aquele cheiro maravilhoso de baunilha.
Agora vocês me perguntam, mas o que é Lignina??
A lignina, é uma substância que impede que todas as árvores se curvem, é um polímero
feito de unidades que são proximamente relacionadas à vanilina. Quando transformada em
papel e conservada por anos, ela cheira bem. E essa é a maneira como a Divina Providência
organizou as coisas para que os donos de sebos possam ter cheiro de baunilha,
subliminarmente dando uma fome de conhecimento em todos nós.
Agora se alguém te chamar de louco por cheirar seus livros, explica que a culpa é da
Lignina.
Curioso não?
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4. AMOR DE FAMÍLIA
Josemar Alvarenga - Sobrames MG
Depois das Bodas de Ouro, Alberto enviuvara-se. Não exemplar casal! Tocou a vida; agora, só; sentiu ausente companhia:
- Hoje, seria diferente; pensou. Pouco adianta; águas passadas...
Notou; a casa esvaziou dos filhos; antes assíduos, tolerantes, além dos netos, noras e genros. Sovina, de burras cheias;
sempre falava em dinheiro, como se a nota da vida. Nenhum filho o queria, pela chatice de ser, fazendo conta de tudo. Só
uma o tolerava. Mesmo assim, com restrições, por sistemático, de difícil trato.
Então, desmotivado, se trancava no quarto. Abria o Baú antigo, de carregar consigo desde que se casara. Passava noites
contando, enquanto os estalidos excitavam imaginação ouvinte e desperta.
- Um; dois... Noventa mil... Centos; milhares de mil... Milhão. Se Deus quiser, amanhã serão mais. Deixarei aos meus. Pois,
da terra, nada se leva. Tratarei disso, no inventário.
De fato, chamou o notário, amigo, no quarto em conversa longa. Escrivão saiu em maços de papel:
- Seu inventário em mãos seguras; minhas!
História de alastrar entre filhos, genros, noras e netos. Filha simplória contou o velho Alberto em noites naquele ritual com
Silvio Escrivão. Ouriçaram:
- Papai precisa de mais assistência. Sozinha você não consegue. Ao rodízio; Somos oito, ele fica na casa de cada um, por
semana. Será mais bem assistido, não nos cansará; apaixonados por ele.
- O deixa aqui. Vocês não o queriam!... Porque o querem, agora?
Acertaram na combina; medo de perder ou dividir desproporcional, o Baú. Aonde Alberto, seu mistério, no interesse de quem
buscá-lo; carregar o peso descomunal sob o olhar astuto do dono. No novo aposento, repetia ritual de estalos a contar
milhares de mil, trancado e só. Terminava:
- Passarei aos meus. Pois, da vida, nada se leva – assim perdurou, no resto de sua existência.
Alberto despediu-se. Enterro cerimonioso; melhor caixão; melhores flores; convite à maior autoridade religiosa ao réquiem -
talvez sobrassem donativos às obras sociais; enterro pomposo; notícia de jornal.
O Testamento?
- Consta, depois da Missa de Trinta Dias - impôs Sílvio Escrivão.
Missa de Sete Dias; Festa. Roupas novas; Enfeitada igreja; Convidado meio mundo; Mídia. Trocado o carro ao melhor estilo.
Chá aos de comparecer. Alberto, queridíssimo!...
Missa de Trinta Dias em mais alegria e gastos; Afinal, o Testamento. Sílvio em pesado Baú, aos tropeços. Emocionado
ambiente. Sobre a mesa, forro de veludo vermelho; nele, o Baú entalhado de cabiúna preta, da Bahia; ornada peça brilhava,
qual Bezerro de Ouro, das Escrituras. Sílvio leu os termos. Afirmativo:
- Toda minha fortuna, no Baú, dividida igual entre meus filhos, filhas, noras, genros, netos, merecedores da minha gratidão
pelo empenho, carinho e caridade comigo. Deus os proteja.
Emocionados se abraçaram com olhos lagrimejantes, em exclamações:
- Obrigado, papai!...
- Grande homem, o meu pai!...
- Papai era muito bom!...
- Só meu pai para um fim como este!...
- Grande alma; Boníssima!...
- Só queria o nosso bem!...
- Desculpe papai, se algum dia eu o magoei!...
- Deus o tenha!...
Destampado o Baú; milhares de pedras sem nenhum valor nem serventia. Seguiu-se uníssono:
- Filho de uma puta!... Trapíncola na vida; Trapaceiro na morte; Velhaco na pós-morte. Descanse em paz, miserável!
Ou melhor; Vá pros infernos.
EXPEDIENTE: Editor Responsável e Presidente Sobrames Paraná: Sérgio Pitaki ;Vice-Presidentes: Fahed Daher e
Sonia Braga; Secretários: Paulo Maurício Piá de Adrade e Maurício Norberto Friedrich; Tesoureiros: Maria Fernanda
Caboclo Ribeiro e Edival Perrini. contacto: sergiopitaki@gmail.com , fones:41-30131133; 41-99691233
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