1. GRALHA AZUL - No. 80 - DEZEMBRO - 2018 - SOCIEDADE BRASILEIRA DE MÉDICOS ESCRITORES - SOBRAMES - PR
GRALHA AZUL
GRALHA AZUL
EDITOR: SÉRGIO AUGUSTO DE MUNHOZ PITAKI - sergiopitaki@gmail.com
Natural de Joinville (SC), o Dr. Wilson da Costa Cidral tinha
completado 85 anos em junho. Formou-se em Medicina pela
Universidade Federal do Paraná em dezembro de 1959,
registrando-se no CRM do Paraná em novembro de 1962.
Em 2009, ao completar 50 anos de formado, foi distinguido com o
Diploma de Mérito Ético-Profissional durante a solenidade do dia
do médico. Casado com D. Maria José Cidral, ele faleceu no
Hospital Nossa Senhora das Graças. Participou da 3a.
Edição do Concurso Literário Médicos do Paraná, com o título
“IMORTALIDADE”.
Não chegou a ver seu trabalho publicado.
Nesse sentido prestamos-lhe uma homenagem póstuma
publicando-o nesta edição do boletim Gralha Azul.
IMORTALIDADE
"Um amigo meu confessou-se intrigado, por que Hermann Snellen, oftalmologista
holandês inventor em 1862 da Tabela ocular que leva o seu nome, é mais conhecida no mundo,
do que a Teoria da Relatividade de Einstein, do inventor da lâmpada incandescente Thomas
Edison ou da penicilina, Alexander Fleming.
A Tabela Ocular de Snellen que é um dos meios mais comuns de testar a acuidade de
distância é conhecida de todos, até mesmo daqueles que nunca foram a um consultório
oftalmológico ou fizeram o teste na escola.
A pessoa se coloca a 6m da tabela e lê tantas letras quanto pode. Se puder ler,
corretamente, todas as letras das primeiras oito linhas, sua acuidade de distância é
considerada normal, ou 20/20. Se ler mais letras além dessas oito linhas, ela tem acuidade
excepcional; caso leia menos de oito linhas, isso pode indicar a necessidade de usar óculos
para miopia.
Meu amigo continuou perguntando: Se alguém inventar um método que além da miopia,
fornece indícios da presença de hipermetropia, de astigmatismo e de daltonismo?
De que forma faria isso?
Compactando a Tabela de Snellen, e usando apenas uma letra de cada tamanho para
fazer o teste.
E na hipermetropia?
Utilizando um texto de letras miudinhas para a leitura a 40 cm de distância ou ícones
como um telefone celular, um cachorro, um patinho ou um cavalo, para as crianças que não
sabem ler.
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E no astigmatismo?
Com o teste de identificação das cores é diferente: o não daltônico vê o número
12 da Tabela de Ishiara e o daltônico não consegue identificar o número 16.
Meu amigo não é oftalmologista e por essa razão recorre sempre ao seu colega de
turma, o mais competente profissional que ele conhece, e do qual recebeu a sugestão e
a ideia de realizar um censo visual escolar, ou seria melhor infantil (?), mais abrangente.
As professoras e professores fazem os 4 testes, enviam aos oftalmologistas
somente os casos suspeitos de deficiências visuais ou doenças dos olhos, triando e
cadastrando de 10 a 15% das crianças em idade escolar, que, segundo o Conselho
Brasileiro de Oftalmologia apresentam problemas de visão que podem influenciar o
comportamento e o desempenho escolar; ou seja, cerca de 4,5 milhões de crianças.
Se extrapolarmos esses números para o universo global de crianças com
problemas visuais, com certeza, meu amigo e seu colega de turma, se tornarão iguais a
Hermann Snellen, 156 anos depois."
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REUNIÃO DE NATAL - 2018
SOBRAMES PARANÁ
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POR ÚLTIMO MAS MUITO IMPORTANTE:
FELICITAÇÕES À DIRETORIA SOBRAMES
NACIONAL 2019-2020 - PRESIDENTE DR.
https://youtu.be/2_X8zWe4CE4