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1
Candidatura
a
Reitor
Universidade da Beira Interior
A UBI pode, nós conseguimos
Paulo Rodrigues Lima Vargas Moniz
2
Anúncio
Apresento a minha candidatura a Reitor da Universidade da Beira Interior (UBI).
Este é o ano de escolher: onde queremos ser conduzidos, a universidade que queremos
para todos os UBIanos. Para os que cá estão e os que ainda não chegaram. Em que
escolhemos quem vai liderar. E em causa, importantemente, não está apenas a liderança
da UBI. É também o nosso direito a conduzir a mudança na UBI, com a UBI e pela UBI.
Por meio desta eleição, a partir de rotas passadas, vamos edificar uma nova corrente
académica. Devemos assegurar uma eficiência intensificada contra novas crises e
dificuldades, devemos iniciar uma nova governação para podermos decidir com mais e
melhor qualidade. Devemos recolher frutos, criar novas ferramentas que contornem os
obstáculos, os quais se acentuaram. Sobressaiu uma inquietação e uma ansiedade, que
podem, se prolongadas, infligir mais fraqueza. E com a emergência de disputas
divisionárias, o que será irreversivelmente desencorajador.
As causas são variadas. Mas a pergunta que se deve colocar é se repetindo o montante de
verba de dotação orçamental, isso irá sem mais resolver, apaziguar, varrer essa ansiedade.
Mais alunos, mais docentes, mais edifícios, isso irá constituir a solução? Ou parte dela?
O sucesso estará assim garantido, bastando para isso ir tendo mais dinheiro? Mas procurar
reduzir esse sucesso a somente uma vitória orçamental numa mesa de negociações é
estabelecer que nunca o alcançaremos. Em vez disso, continuará a referida turbulência, a
inquietação, até ao próximo orçamento.
3
E o pior custo está sobre os nossos jovens, pois poderíamos empreender reforçadamente,
para os melhor habilitar. Deveríamos ser melhores atractores de investimento.
Mais pode ser feito. Podemos incluir de forma mais abrangente a sociedade em geral,
potenciando a criação conjunta como uma ambição para esta década. Podemos erguer
um lugar genuíno na vida política, por meio da liderança na rede universitária, por entre
estudantes e funcionários, financiadores e decisores políticos. Podemos concentrar e
avançar no aumento do envolvimento social e contribuindo para que o Governo da
Républica institua reformas reais. O programa que se segue não é drástico nem radical. É
um programa projetado para avançar realisticamente no futuro a partir do presente
redesenhado. Este programa é mais eficaz do que o curso atual de dependência rígida
numa dotação orçamental, sucedendo-se numa escala cada vez sempre maior. O programa
aqui apresentado é, ao invés, mais propenso a atingir os objetivos.
Por isso, aqui estou, dirigindo-me à UBI, disponibilizando uma proposta, subsequente a
uma análise. Incorpora uma maior abrangência temática, e, no entanto, prudente, para
operacionalizar com decisões de qualidade, bem temperadas com consenso e experiência.
Vamos trabalhar para mudar a nossa direção, para restaurar a UBI na liderança académica.
Não me candidato com qualquer animosidade ou desrespeito em relação aos outros
candidatos e à equipa reitoral vigente ou às anteriores. A questão não é pessoal. São
profundas diferenças sobre o que queremos realizar. Candidato-me, pois, para propor uma
forma nova de atuar. Posso contribuir, fazendo tudo o que posso. Candidato-me porque
quero defender a esperança em vez de confrontos divisivos.
4
Candidato-me porque urge que a UBI se alinhe com os vetores de desenvolvimento
definidos pela ‘área de investigação europeia’ (ERA) e pela ‘área educativa europeia’
(EEA, EHEA). A UBI tem que fortalecer a sua investigação, a sua capacidade de inovação
e em tecnologia, de forma a ser menos dependente, enquanto se entrelaça em colaboração
internacional. Assim a UBI irá ser capaz de se situar na nova fronteira e irá desenvolver
soluções para os desafios globais. Candidato-me para que a UBI porfie por entre a
necessidade de mais abertura, livre comunicação de ideias, enquanto respondendo às suas
preocupações legitimas, aos seus valores e objetivos estratégicos.
Candidato-me para que a UBI se enrede em conformidade com os novos desígnios
propostos na Comissão Europeia para esta década e vindoura. Concretamente, numa
comunhão empoderada com o envolvimento em objetivos globais, reforçando o ensino e
a investigação por via de maior flexibilidade académica, com uma análise inovadora do
risco, para o mitigar e assim, comprovadamente, construir resiliência.
Não posso, pois, deixar de participar numa fase do processo que decidirá o futuro da nossa
Universidade e o futuro dos estudantes. A escolha é sobre princípios. Acredito, repito,
que posso contribuir: sei sobre as exigências que a UBI enfrenta. Não desprezo de ânimo
leve as dificuldades. Mas estes não têm sido tempos normais e esta não é uma eleição
habitual.
5
Sumário
Este plano de ação Reitoral para 2021/22-2024/25 constitui uma proposta, assente numa
visão para a UBI, a qual disponibilizará uma educação de elevada qualidade, inclusiva e
acessível. Na UBI, consagrar-se-á uma cooperação mais forte para tornar o ensino e a
aprendizagem adequados para as décadas vindouras do século XXI.
A UBI declara assim o seu contributo na educação e formação de uma nova força laboral.
A qual será ágil, de elevada competência e adaptada aos novos desafios e ferramentas. A
UBI irá congregar a participação de diversos indivíduos, empresas e organizações em
variados projetos com o mais amplo significado social. A UBI será uma plataforma
geradora, desenvolvendo uma colaboração estreita com as empresas, para benefício
mútuo. É, pois, necessário atualizar atempadamente programas educacionais e de forma
a que a UBI seja líder na assistência às necessidades sociais, empresariais, industriais e
económicas. O diálogo sugere abertura e recetividade para a aprendizagem de novas
competências, uma parte integral da nova educação, um desenvolvimento contínuo.
Aprendizagem em grupo, investigação translacional e trabalho transgeracional como
novas estratégias que a UBI vai encorajar e promover no ensino ao longo da vida. É
necessária fluência nas novas tecnologias de forma a reduzir o esforço e desgaste quando
enfrentarmos sucessivas versões, as quais teremos de aprender. A UBI irá fomentar o
desenvolvimento cognitivo de competências sociais e que se transferem pela
aprendizagem experiencial, para quando as condições laborais se alterarem. Se os novos
desenvolvimentos tecnológicos forem abranger a todos, isso poderá ajudar na inclusão de
6
todos. E a UBI pode e vai ser líder de como a tecnologia e procedimentos associados
podem ser usados para o bem da sociedade. A UBI vai constituir-se numa ponte
colaborativa, desenvolvendo tecnologia, inovando na forma de partilhar informação,
integrante de diferentes contributos, de colaboradores e investidores. A UBI vai ser por
isso mais holística, integrativa e porosa na sua reorganização, flexibilizando fronteiras e
linhas entre quaisquer entidades participantes nos seus projetos, incentivando a
mobilidade e partilha de serviços e informação. A UBI será potenciadora, atraindo talento,
formando talento, criando oportunidades de avanço e progressão a todos.
Com mais detalhe, o plano assenta em três componentes ‘direcionais’: uma educação
integrativa, por entre a prática de investigação e inovação, tanto fundacional como
translacional e numa comunidade diversificada e inclusiva.
Visão
A UBI é uma universidade de ensino e investigação, dinâmica e em rede. Tem um alcance
global, é líder mundial em aprendizagem e a sua cultura de pensamento coloca-a como
líder também no entrelaçamento da ciência e do ensino. A UBI fomenta a excelência, a
criatividade e o empreendedorismo ao longo dos seus cursos, das suas pós-graduações e
na aprendizagem profissional. A UBI disponibiliza programas por entre, para e numa
comunidade diversificada e inclusiva.
A UBI realiza a aprendizagem e a descoberta de novos saberes, por entre metodologias
poderosas e consequentes. A UBI não é intimidada por fronteiras de lugar e circunstância
7
que limitam o que e como as pessoas podem aprender e descobrir. A UBI participa em
redes integrativas e interativas, conectando-se a estudantes, ex-alunos, investigadores,
empregadores e empreendedores, dinamicamente e organicamente em resposta às
necessidades e objetivos dos membros da rede. A aprendizagem e a descoberta na UBI
eliminam os papéis estáticos de “estudante” e “investigador”; todos aprendem; todos
podem ser inovadores. Sim, todos o podemos ser.
Esta é uma visão da UBI, que avança e para liderar no ensino superior. Porque
desencadeia o poder partilhado de aprendizagem e descoberta através de conexões, sem
fronteiras.
Objetivos
Por entre as três componentes referidas, este programa irá promover os seguintes
propósitos institucionais, aqui reunidos de uma forma mais compactada e elencada.
Designadamente,
Educação integrativa
Combinamos programas curriculares e extracurriculares com experiências profissionais
relevantes. A nossa ambição e perspetiva está projetada para desenvolver na nossa
comunidade estudantil o mais amplo conhecimento, criatividade intelectual e capacidades
analíticas.
8
Este modelo integrativo irá preparar a comunidade estudantil para ser ativa, ser
impactante e participante na nossa sociedade em rápida evolução tecnológica e acima de
tudo, por isso mesmo, na nossa economia. Iremos envolver cidadãos e líderes,
profissionais exemplificativos. Os programas educativos irão promover redes de partilha
de conhecimento, formais e informais, que atendam às necessidades de aprendizagem da
comunidade estudantil em todas as fases das suas vidas.
Investigação fundacional e translacional
O nosso compromisso é com a excelência entretecida com a vontade. Somos inflexíveis
no apoio sem reservas ao avanço do conhecimento, alicerçada na educação bem-sucedida
das gerações atuais e futuras, e na resolução dos desafios do nosso tempo. Iremos gerar a
vanguarda da pesquisa científica, estimulada pelos grandes desafios, em particular os que
se alinham com as necessidades sociais.
A nossa investigação irá basear-se nos mais fortes fundamentos disciplinares, mas
também num compromisso com a descoberta interdisciplinar. A nossa investigação irá
envolver parceiros sociais, desde a área financeira, do Governo e outras academias. A
nossa investigação irá fomentar tanto as linhas básicas como as que serão inspiradas no
uso e com o desenvolvimento de empreendedorismo e inovação. Neste âmbito concreto,
iremos capacitar uma rede de estudantes, docentes e ex-alunos que vão desenvolver
colaborações empreendedoras e profissionais, gerar empresas inovadoras que
subsequentemente avancem mais o conhecimento e contribuam significativamente para a
sociedade. De forma entrelaçada com a investigação e inovação, num âmbito quer
9
fundacional quer translacional. E iremos procurar, de forma congregadora, inovar
incansavelmente na nossa educação, investigar por entre novas pedagogias para
acompanhar a sociedade em mudança e as necessidades de todos nós.
Comunidade diversificada e inclusiva
Iremos promover, reforçar uma comunidade multicultural, situada numa dinâmica
urbana. O cenário académico será aquele em que os estudantes desenvolvem também as
suas competências culturais e a agilidade intelectual, todas necessárias para prosperar
num mundo socialmente interligado. Oportunidades de uma vasta aprendizagem
ocorrerão através e com o envolvimento da comunidade, em que se aprenderá sobre a
importância da diversidade e inclusão.
Os nossos programas educativos irão, pois, fomentar a ética, a civilidade e o respeito
mútuo, incentivando os estudantes a compreender múltiplos pontos de vista. É uma
perspetiva global alicerçada nas raízes locais. Iremos expandir a disponibilidade do
nosso ensino e pesquisa a todo o mundo. As nossas raízes, a nossa cultura, a nossa língua
e alma são ricas e profundas, as cidades e os locais guiam a inovação. Este nosso
envolvimento local e global assenta na crença de que a vivência académica deve ser
fundamentada na realidade, à medida que a UBI estende a sua presença em todo o mundo,
urbi et orbi.
10
Plano Académico:
Nesta década são vários os impactos sociais a que a UBI vai corresponder. Por um lado,
a intensidade dos mercados emergentes e urbanização irá acentuar-se. E por outro lado,
no comércio e finanças, cada vez mais dados estarão disponíveis, com maiores ligações
globais, junto com novas e inesperadas tecnologias.
De forma mais elaborada, a economia de mercados emergentes e cidades tende a
constituir-se em metade do crescimento do PIB global. Mas isso é uma oportunidade para
UBI: educação como ‘exportação,’ com a investigação. No entanto, por entre as regiões
associadas com mercados emergentes, poderá haver inversamente menos procura para
frequentar universidades fora dessas regiões. O desafio para a UBI em particular será
atrair e reter esse talento, manter a sua competitividade na sociedade do conhecimento. A
urbanização alheia e acentuada poderá não nos ser favorável. Fontes de nova indústria e
os seus empregos, podem ser perdidos ou nunca surgirem. E sendo a UBI um dos motores
da sua região, é, pois, parte da solução para reduzir qualquer tendência de ‘braindrain’,
que pode intensificar-se. A UBI é crucial.
Conexões globais induzem a quebra de barreiras geográficas para a colaboração
comercial e financeira. O potencial para a UBI reside em incrementar a sua presença em
redes conectadas de ensino e de inovação, bem como mobilidade de estudantes. Esta
dinâmica vai criar uma polarização, a qual impele cada vez mais a colaborar com um
maior número de empresas, fornecendo talento para resolver os desafios de inovação que
11
elas enfrentam. Mas a UBI também terá de se diversificar, especializar, inovar
radicalmente: há empresas que produzem ensino a distância em massa no sector do ensino
superior, como Coursera. Por isso, a UBI terá uma estratégia de diversificação bem-
sucedida, se incluir no seu foco (1) necessidades emergentes (por exemplo, aprendizagem
ao longo da vida), (2) capacidades técnicas emergentes específicas (por exemplo,
inteligência artificial) e (3) tópicos específicos (por exemplo, agricultura, ecologia,
segurança, gestão de dados, amplo empreendedorismo social). A UBI terá que mudar a
ênfase da sua educação, desde o mero conhecimento técnico para também rumar à
formação de graduados com competências em ‘T’ (https://en.wikipedia.org/wiki/T-
shaped_skills), isto é, com competências na resolução de problemas, autogestão bem
como inteligência emocional.
As novas tecnologias produzirão um efeito duplo. Em primeiro lugar, a robótica e a
inteligência artificial substituirão cada vez mais postos de trabalho. Cabe à UBI dar então
formação para satisfazer a eventual procura de novos empregos, intensivos no
conhecimento cognitivo, mas apoiados na agilidade e criatividade. Estas exigências vão
aumentar e muito, mesmo muito rapidamente, tanto como a necessidade de possuir
diplomas de ensino superior. Esta tendência continuará, especialmente com o ensino a
distância tornando-se mais competente. Se na UBI se incorporar a tecnologia de
inteligência artificial nos primeiros anos de graduação, haverá uma orientação mais
personalizada. Estes desenvolvimentos serão também acentuados à medida que a nova
mobilidade de dispositivos portáteis potencia já uma nova, diferente e melhor
colaboração: abranger mais diversidade, mais inclusão, menos barreiras.
12
Se a UBI é líder e referência em empreendedorismo social, deverá por isso assumir
reforçadamente as novas tecnologias. Por exemplo, com o envelhecimento na sociedade,
o aumento da idade da reforma, o emprego de prestação de cuidados será parcialmente
assumido pela tecnologia. E igualmente vai exigir mais cuidados de saúde, centrados no
ser humano, com mais requerimentos por entre as ciências sociais junto de profissionais
de saúde e também em ciência, tecnologia, engenharia e matemática. E haverá por isso,
mais oportunidades para a UBI.
Há, pois, um contexto a que a UBI pode e deve, tem que integrar com urgência e com
mais eficácia: a quarta revolução (ou Indústria 4.0), onde serão os avanços tecnológicos
a fomentar as alterações, de forma direta ou indireta. Com a Indústria 4.0, a
disponibilização de recursos e processos de uso eficiente de tempo terão de melhorar, e
daí também o modo como se trabalha e a forma de executar tarefas. A Indústria 4.0
constitui já a maior transformação sobre procedimentos laborais incutida pelo progresso
tecnológico. E por isso é necessário que a UBI proceda também, como fonte e motor
nessa mudança, a uma revisão urgente, mas atempada, das suas orientações. Mais
concretamente, a UBI tem de colaborar mais e melhor com outras instituições, indústria
e setores empresariais, acerca da educação a disponibilizar. Por exemplo, mudar de
empregador ou o tipo de trabalho em uma dada idade (por exemplo, para além dos 50
anos) será mais comum. A experiência será valorizada mais do que hoje, principalmente
porque tecnologia vai possibilitar a informação, elencar factos, de forma mais
omnipresente. Por essa razão, não podemos, pois, descartar a experiência: esta será
pertinente para apoiar na seleção da informação mais útil e aplicá-la à tarefa em questão.
13
Não saber como preparar para o futuro implica abrandar. Este desafio precisa de ser
contornado educativamente na UBI. Saber preparar o futuro requer a compreensão de
como poderão ser as estruturas organizativas que o vão fomentar, saber ou antecipar sobre
a legislação que o irá suportar. Em termos educativos e pela existência da UBI, é preciso
que algumas metodologias sejam substituídas e melhoradas para proteger a força laboral,
tornando-a mais ágil e com formação académica mais robusta. O desafio na UBI (e não
só) são atitudes rígidas e estruturas corporativas, impedindo as pessoas (funcionários e
estudantes) de trabalhar, de produzir com mais flexibilidade.
Quando faltam competências por entre a força laboral, as empresas (que podem contratar)
são confrontadas por uma ausência de inovação. A falta de inovação piora as nossas vidas.
A lacuna de uma força laboral com competências implica a falta de compreensão e
agilidade no uso estratégico de informação, assim como a falta de capacidade para criar
novos modelos de empresa. Sucesso alimenta sucesso. Mas a orientação oposta também
pode ocorrer. Ao resistir à mudança, a UBI impede a si própria de participar em partes de
um circuito de inovação. Por estas razões, a UBI pode e deve participar na nova visão de
tecnologia e por meio de um serviço educativo. Mas as pessoas podem não querer
empreender os passos necessários que as afastarão das zonas de conforto, de uma cultura
homogénea e alienadora. As pessoas tendem a focar num único e apenas um, apenas
aquele, e nunca mais outro ponto de vista, ao invés de ter uma perspetiva mais ampla e
realista. Essa falta de visão depois causa a inabilidade de escolher, de investir num novo
alinhamento tecnológico, na integração de sistemas e em setores empresariais. Neste novo
século, no progredir desta década, com um arranque cambaleante, o mundo e a sociedade
esperam muito mais das universidades, da UBI incluída. O novo discurso e a nova prática
precisam de uma escolha congregada com essa realidade, com esses anseios e esperanças.
14
Há que colocar a UBI numa nova interação com a sociedade. Muitos dos temas que este
plano apresenta são ou serão muito em breve uma realidade e estão em marcha. A sua
inclusão nas universidades portuguesas, mais tarde ou mais cedo, vai ocorrer (por
exemplo, a agenda digital (União Europeia) para a educação).
Subsequente ao acima, de uma forma entretecida, mas mais detalhada, o novo Plano de
Ação para a UBI, exposto nas suas três componentes estratégicas, é o seguinte
Educação
Porque, como é esta componente necessária
No âmbito da União Europeia, planeia-se estabelecer um Certificado Europeu de
Competências Digitais (EDSC). Terá consequências mais além da geografia e implicará
uma melhoria da disponibilidade de competências digitais na educação e na formação.
Isto incluirá a utilização de ferramentas e investir no desenvolvimento profissional, a
partilha de boas práticas sobre métodos de instrução computacional de alta qualidade.
Podemos reapresentar esta situação afirmando que há que modificar o sector da educação
e formação por meio de instrumentos, novos quadros profissionais, novas orientações,
novos conhecimentos técnicos e investigação para um novo tempo. E porque junto com
EDSC, se fará a criação de um novo Centro Europeu de Educação Digital.
Ou dito de outra forma, haverá que atualizar o ensino e adaptá-lo, conforme adequado,
gradualmente, sem mais delonga, e incluir a inteligência artificial (IA), designadamente
competências relacionadas, numa ampla unidade motriz. Haverá que apoiar o
15
desenvolvimento de novos recursos de aprendizagem para a mais variada gama de
escolas, instituições de ensino e formação profissional, assim como outros prestadores na
área educativa. O trabalho com a indústria vai mudar e muito, o comércio e os serviços
estão a mudar aceleradamente, temos que identificar e atualizar as nossas necessidades e
as nossas competências, de ensino e aplicação, e à medida que irão emergir.
Apenas numa comunhão educativa que abraçar o futuro como vetor principal de
orientação, a comunidade estudantil irá afirmar-se resistente, inventiva e solucionadora
de problemas. Uma comunidade estudantil colaborativa, adepta de colocar novas ideias
em ação - todas as novas qualidades por meio de uma nova educação. E uma nova
aprendizagem, que vai ampliar o impacto, a mobilidade, e um alcance cooperativo
construindo oportunidades profissionais. Por entre a comunidade estudantil estarão os
novos especialistas, empreendedores com novas competências, literacia digital, educação
computacional, conhecimento e compreensão de tecnologias intensivas de dados.
Há que transformar a aprendizagem num processo ao longo da vida, por uma rede global,
criando um sistema diversificado e inclusivo acreditado por um Observatório Europeu,
alicerçado nas autoridades nacionais, e para incluir apropriadamente todas as novas
competências digitais. No âmbito da criação de Universidades Europeias, poderá emergir
o ‘Quality Assurance Framework’, uma entidade supranacional. O foco do novo ensino
deve assim ser, quanto antes, tornar a aprendizagem mais ampla, permitindo a opção de
uma componente híbrida eficaz, inclusiva e envolvente. Criar as infraestruturas, assegurar
as melhores conectividades e equipamentos digitais. Possuir professores, dotar a nova
educação e formação com elementos digitalmente competentes e confiantes.
16
Em suma, a UBI deve ser mais atenciosa para com a sua comunidade estudantil, de onde
surgirão os empreendedores, investigadores na acima descrita realidade social futura. A
UBI bem-sucedida no futuro irá manter-se relevante, adaptando o seu ensino e
aprendizagem às mudanças rápidas. A UBI do futuro não terá atitudes rígidas e estruturas
corporativas, funcionários e estudantes irão trabalhar e produzir com a mais ampla
comunhão de valores. Os desenvolvimentos tecnológicos estão a mudar vidas e a
perturbar os mercados de trabalho, pelo que há que produzir conhecimento entrelaçado
com as novas tecnologias e inovação social. O desenvolvimento e promoção de tal
inovação tem de ser central nas atividades fomentadas pela UBI, garantindo que o
impacto das novas tecnologias na nossa sociedade é estudado e avaliado. Estas mudanças
alterarão a forma como a UBI do futuro e os seus parceiros trabalharão. E nunca
olvidando a necessidade de integrar plataformas Europeias, no âmbito das áreas
Europeias de investigação e educação.
Operacionalmente, requer-se
As Universidades (incluindo a UBI) devem preparar melhor a comunidade estudantil para
a natureza do novo trabalho, colocando menos ênfase em diplomas, mas promovendo a
colaboração, aprendizagem ao longo da vida. Por isso:
17
Aprendizagem personalizada, intercultural e humanista
Têm que ser implementadas melhorias na aprendizagem por meio de amplificar a
capacidade de rede via a personalização. Ponderar sobre a criação de opções flexíveis
para os atuais semestres, designadamente com novas linhas temporais que permitam
contornar a rigidez de programas existentes. E propor a revisão dos sistemas vigentes de
avaliação de aprendizagem, créditos e propinas por disciplina.
Empregadores e ex-alunos assumirão a constituição e operação de um grupo de mentores,
promovendo, fomentando uma aprendizagem, partilhando responsabilidades de
avaliação. O ensino e a aprendizagem devem ser expandidos, agora de uma forma mais
cooperativa, com mais oportunidades, designadamente experienciais. Procurando ser
mais flexível e amplo. E aberto a mais setores da comunidade.
Cada vez mais a cooperação com parceiros (empregadores) internacionais serão
dominantes. É preciso, junto com eles, expandir a gama e o impacto da aprendizagem.
Incluir experiências de âmbito semestral, intercâmbios múltiplos, com programas com
instituições de ensino parceiras, com projetos em grupos, baseados em currículos no
estrangeiro. Também ter programas que incorporem um ou dois anos de estudo e trabalho
na língua da nação anfitriã. Para além da agilidade cultural, estas iniciativas vão incutir
uma mentalidade empreendedora, de autoavaliação e resiliência sobre as suas próprias
escolhas de aprendizagem e oportunidades.
18
Educação doutoral integrada com experiência
Em particular, infundir na UBI a aprendizagem experiencial e global na educação de
doutoramento. Estas vivências profissionais, alicerçadas em múltiplos mentores, ajudarão
os estudantes de doutoramento. Irão, pois, integrar de forma mais ampla o valor e
aplicação da sua pesquisa, permitindo-lhes aprender em diversos ambientes onde as suas
disciplinas e pesquisa estão em ação no mundo laboral e global.
Antecipa-se o desenvolvimento de um Quadro (Europeu) de Conteúdos para a Educação
Digital, baseado na diversidade cultural e criativa. Para isso urge que a UBI participe na
plataforma de intercâmbio, para assim partilhar recursos online certificados e conectar-se
com outras plataformas de educação. Isto é, apoiar a conectividade e incentivar a
aproveitar ao máximo o apoio no que diz respeito ao acesso à Internet, à aquisição de
equipamentos digitais, aplicações de e-learning e plataformas correspondentes. Apoiar
planos de transformação digital a todos os níveis de educação e formação através de
projetos de cooperação. Mas se a transformação digital é necessária, não é suficiente. É
importante não reduzir a perspetiva a algo meramente instrumental. Há que desenvolver
uma autonomia humanista, pensamento crítico, formar para a decisão ética.
Em suma, num âmbito educacional competitivo, socialmente responsável como é a UBI,
requerem-se competências fornecidas aos seus graduados, para executar ocupações
profissionais exigentes. É necessário assegurar competências temáticas, de base, como
ciências e engenharia, gestão e economia, ‘design’, comunicação e inovação, recensão de
ideologias e estruturação ética. E também no âmbito de formar graduados na UBI com
agilidade em ‘T’: competências de flexibilidade, translativas, agilidade para continuar a
19
aprender, uma cultura de ideias e pensamentos, literacia, postura empreendedora e com
bases digitais, gestão de projetos, capacidade de abordar diversos sistemas e conceitos de
forma resoluta e positiva, capacidade de integrar equipas e resolução de problemas.
O que a Reitoria vai fazer
O ensino e aprendizagem na UBI vão ser mais flexíveis, por projeto ou baseado em
desafios e transdisciplinar, permitindo à comunidade estudantil um papel ativo no projeto
da sua experiência educativa. Além disso, haverá uma presença mais proeminente dos
empregadores na educação, assim com papel importante da tecnologia educacional. Tudo
o referido como um meio e não um fim em si mesmo. O potencial para a UBI é o de
disponibilizar à comunidade estudantil, em diferentes momentos ao longo da vida, apoios
de aprendizagem pessoal e profissional, em contínuo crescimento e reinvenção.
E-1. Concretamente, a UBI irá disponibilizar a escolha à comunidade estudantil,
conforme a possibilidade e objetivos, de entre o ensino online eou presencial, com
melhorias de acesso, mais infraestruturas. Um ensino para trabalhadores, adequado aos
seus horários e aprendizagem ao longo da vida. A UBI vai também passar de
disponibilizar “compra” semestralanual e adotar um modelo de “subscrição” que
promove a aprendizagem ao longo da vida.
A UBI vai ser dotada dos meios por forma a que qualquer aluno, a qualquer momento,
de qualquer lugar, com o corpo docente, possa aprender o que precisar e solicitar.
20
A UBI irá assim, para fomentar essa aprendizagem ao longo da vida, criar uma plataforma
digital baseada nas assinaturas, para a partilha de conhecimento a que os membros
assinantes podem recorrer e também contribuir. Essa plataforma será a estrutura
operacional por onde uma rede para aprendizagem personalizada será implementada, com
conteúdo e recursos disponíveis, combinados com objetivos de aprendizagem individuais.
Módulos de aprendizagem vão realizar essa personalização.
E-2. Acrescerá que por meio dessa rede e metodologia, além dos percursos tradicionais
de aprendizagem, os membros da rede terão acesso a mais experiências de aprendizagem,
partilhadas através de opções. E à medida que os alunos se formam e continuam a
participar como ex-alunos, vão ligar-se a esta rede. Na sua essência, será um ecossistema
educativo multigeracional de aprendizagem ao longo da vida e apoio às suas carreiras,
com mentores para a resiliência pessoal e profissional de que vão necessitar. A UBI vai
assim constituir e integrar essas redes patronais e de ex-alunos como fontes de
aprendizagem, ensino, empreendedorismo e inovação. Entre estes papéis alargados para
ex-alunos e empregadores, os com vivências internacionais irão em particular prestar
apoio profissional e pessoal aos estudantes, aos docentes e funcionários. A rede global
UBI de empregadores vai assim oferecer conselhos, novas oportunidades para a
comunidade estudantil, para que a aprendizagem possa envolver uma seleção
personalizada. Por exemplo, os estudantes serão capazes de estruturar e priorizar por entre
um projeto de pesquisa, ou outra experiência entre vários mentores. É fundamental a
participação de empresas no projeto educativo da UBI: são estas que podem facilitar,
estimular os seus trabalhadores para a formação.
21
É uma mudança, fundada na necessidade da UBI se adaptar e mudar para acomodar
pensamento colaborativo e criatividade, bem como novas abordagens de educação,
investigação e transferência de conhecimento. A cultura institucional da UBI precisa
evoluir e ser flexível, devido à natureza de uma sociedade em necessária e urgente
mudança. Por isso a UBI vai, enfatize-se, fomentar reforçadamente a aprendizagem ao
longo da vida, por entre uma oferta de professores e ex-alunos com programas que
incutem novas habilitações. Em particular, onde a investigação irá concentrar-se em
tópicos que beneficiam a sociedade como um todo.
E-3. A UBI vai igualmente desenvolver projetos educativos onde o emprego de realidade
virtual e de inteligência artificial, assistindo e apoiando de forma personalizada
estudantes, será parte integral de elementos curriculares. Durante esta década, a
população estudantil vai exigir que uma parte do ensino nas universidades mude e com
mais ênfase no conhecimento, informação e na qualidade disponível na internet. A UBI
precisa aprender para ajustar-se com a mudança e manter-se a par com o rápido progresso
da ciência e da tecnologia, cada vez mais interdisciplinar, através da difusão de ideias,
informação e conhecimento. A UBI tem de mudar o ensino desde algo muito centralizado,
administrativo para um estilo que fomenta empreender.
E-4. A UBI vai, pois, mudar a maneira de aprender, ensinar e trabalhar com o propósito
de melhor preparar os graduados para uma nova sociedade, para um novo tempo, para
melhor usar a inovação. A UBI vai adaptar-se rapidamente, disposta a evoluir a partir do
seu modo tradicional e através da adoção de políticas que apoiam os empreendedores,
22
permitindo que por entre a comunidade estudantil e académica, colaborem uns com os
outros e partilhem os seus percursos através de novas aprendizagens, pedagogias e
tecnologias. A UBI vai conectar-se com mais qualidade e eficácia com um maior número
de redes profissionais, indústrias e em tempo real. Isto permitirá à UBI disponibilizar
educação, incluindo novos currículos, mais responsivos, com salas de aula e
aprendizagem adaptados às exigências de um mundo experiencial, em constante
evolução, um requisito para a resiliência profissional.
A UBI irá assim, fomentar o emprego da pedagogia digital e a experiência na utilização
de ferramentas digitais para professores e alunos, incluindo através das Academias
Erasmus Professores. A UBI irá assim lançar nova uma ferramenta de autoavaliação
online para docentes – PENTE: promoção eficaz de novas tecnologias educativas.
E-5. Conjuntamente, a UBI irá promover e associar-se a iniciativas e intervenientes
nacionais e regionais no âmbito da educação com apoio digital. Vamos apoiar a
colaboração intersectorial e os novos modelos de intercâmbio de conteúdos de
aprendizagem incluindo o digital, abordando questões como normas comuns,
interoperabilidade, acessibilidade e garantia de qualidade. Assim como desenvolver
orientações éticas sobre inteligência artificial (IA) e utilização de dados no ensino e
aprendizagem, apoiar e participando na investigação e inovação nesta área da Horizon
Europe. Em particular, criar-se-á um Hub, que terá as funções de ‘think-tank’, apoiando
o desenvolvimento de políticas e práticas, acompanhará o desenvolvimento da educação
digital na UBI, incluindo a implementação de um novo Plano de Ação para a Educação
23
com recursos digitais. Esse Hub também apoiará a inovação e o envolvimento orientados
para o utilizador.
Em mais detalhe, elaboremos que a UBI vai continuar a fornecer o conhecimento
fundamental, mas, juntamente com um ambiente para estudantes abraçarem o que é ser
colaborativo, criativo e flexível. A UBI irá formar os novos ‘fabricantes de mudança’,
através de novas abordagens pedagógicas lideradas pela nova tecnologia, os avanços
tecnológicos em inteligência artificial, robótica e realidade virtual. A UBI vai contribuir,
liderar dramaticamente e mudar a forma como vivemos e trabalhamos dentro das
próximas décadas. A UBI terá de adaptar os seus currículos, bem como a forma como se
ensinam. Embora este ritmo de mudança seja um desafio para a maioria das
universidades, com as novas tecnologias a UBI vai conseguir chegar a mais estudantes e
profissionais em todo o mundo, com um ensino personalizado de alta qualidade, no
material e em novos métodos. A UBI pode.
O modo de funcionamento da UBI não se tornará, no entanto, mais virtual, com um
aumento da importância dos módulos online para estudantes e profissionais. O ensino
será uma parte central da prática académica, sempre intimamente ligada às atividades de
investigação e proporcionando um contexto de aprendizagem através da integração,
promovendo-se ativamente a aprendizagem. O relevante a salientar é que enquanto a
digitalização continuará a expandir-se, também o será integrada no ensino da UBI, onde
a presença física no campus permanecerá uma característica central. Assim, a UBI vai
continuar a dar à comunidade estudantil oportunidades para desenvolver competências
sociais, colaborativas próximas, designadamente, por exemplo, as empresariais. Com a
24
inteligência artificial, o papel dos especialistas incluindo graduados, vai mudar para a
compreensão e ligando vários domínios, de forma interdisciplinar e translacional.
Os objetivos e necessidades dos estudantes são e serão cada vez mais diversificados.
Alguns vão procurar desenvolvimento pessoal e um grau depois de terminado o ensino
secundário, enquanto outros entrarão no ensino superior em diferentes fases da sua vida
e para diferentes propósitos. Por isso, acentuemos que na UBI terão acesso a uma
variedade de metodologias de aprendizagem, multidisciplinares e interdisciplinares,
flexíveis, por caminhos que garantem que com a sua aprendizagem estarão no centro do
processo, devidamente enquadrados pelo apoio dos serviços sociais nas diferentes
vertentes: saúde, habitação, desporto.
E-6. A UBI, ao fornecer uma nova educação interdisciplinar, vai disponibilizar mais
modalidades de apoio à aprendizagem e sobretudo ao longo da vida. Nesse sentido, a UBI
vai fomentar que a educação seja parte integral do percurso laboral. A UBI irá assim
associar-se com parceiros nos setores públicos e privados, na indústria e outros setores,
para disponibilizar recursos de reskilling e upskilling. Estudar será mais conectado com
a formação e os alunos terão, conforme já referido, mais oportunidades de participar em
muitos mais programas de estágio durante a sua estadia na UBI. A comunidade estudantil
vai formar-se com o conhecimento das disciplinas, mas também, e importantemente, na
exposição a desafios e resolução de problemas, para melhor impactarem, positivamente
a sociedade. A aprendizagem na UBI será cada vez mais centrada na pessoa - estudante.
Será um processo colegial e colaborativo que envolve toda a comunidade universitária,
25
bem como parceiros externos. Em particular, a UBI irá incluir empresas como convidados
para apresentar seminários e várias séries de aulas temáticas.
E-7. Enquanto as disciplinas devem permanecer importantes para organizar e expandir o
conhecimento, o ensino e aprendizagem na UBI deve ser conduzido com os novos
propósitos de (1) resgatar o envolvimento interdisciplinar em regimes de avaliação
académica e de reconhecimento; (2) fomentar a aprendizagem interdisciplinar; (3) fazer
com que o ensino interdisciplinar seja uma maior parte do desenvolvimento profissional
do pessoal académico e apoiando o pessoal académico de diferentes disciplinas no
trabalho em conjunto.
E-8. Novas parcerias industriais em áreas de investigação irão atrair e envolver
estudantes, docentes e parceiros em percursos de aprendizagem que incutirão os valores
da inovação e empreendedorismo. Muito especificamente, essa aprendizagem irá incluir
e proporcionará aos alunos de doutoramento mais oportunidades, mais amplas de
sintetizar o conhecimento. Esses futuros graduados irão criar soluções, adquirindo uma
poderosa vantagem no mercado de trabalho e prepará-los para posições profissionais.
E-9. Todas as experiências de vida de estudante, incluindo desporto praticado, atividades
organizacionais, designadamente programas e eventos multiculturais, estarão abertos para
aprendizagem consciente e guiada, assim como para avaliação. Acresça referir-se que na
UBI se buscará por entre diversos grupos disciplinares ponderar sobre a criação de novos
ciclos de cursos em agricultura, arqueologia e história, direito, relações Europeias,
segurança informática, saúde e ambiente. Igualmente a inserção desde Inglês técnico ou
26
ética em cursos de âmbito tecnológico diverso, tal como a frequência de módulos
laboratoriais e formativos de natureza tecnológica em áreas humanistas.
E-10. Não irá ser descurado o mecenato por objetivos na aquisição de recursos e
configuração de infraestruturas, edifícios e equipamento. E igualmente num desejável
reforço de meios humanos para apoiar processos de garantia de qualidade, assim como
harmonização de cursos no âmbito de novos requisitos pela União Europeia, para
aumentar a mobilidade, em particular na comunidade estudantil.
Investigação
Porque, como é esta componente necessária
O desígnio da UBI é o de realizar a liderança académica que merece. E a qual é
globalmente reconhecida, pela forma como gera novas ideias e descobertas. Mas, no
futuro, depende da sua capacidade de vir a ser capaz de integrar mais diversidade e
complexidade em áreas de conhecimento, tópicos de investigação, perspetivas
fundacionais, em amplas partilhas translacionais: a interdisciplinaridade é uma
abordagem importante, baseada num comando proficiente de investigação disciplinar.
Muitas novas descobertas vão acontecer na interface entre disciplinas e serão cruciais
para ultrapassar os desafios. Cabe-nos, pois, congregar numa direção científica comum.
Arregimentar uma visão clara para e pela UBI, como a queremos desenvolver, moldar e
responder aos novos desafios ao longo desta década. A UBI está ansiosa para refletir e
daí fazer ainda melhor o que já faz bem e aceitar o desafio de fazer bem novas coisas.
27
A UBI será, por isso, academicamente, um ecossistema global, também em rede, para a
investigação, inovação e empreendedorismo: uma rede diversificada com inovadores e
em todo o mundo, de forma conectada em tempo real. Para colaborar, amplificando-se e
para gerar soluções. A UBI congregará uma forma de conduzir investigação e inovação,
alavancada numa rede de empreendedores, sem restrições de geografia, de disciplinas,
culturais e organizacionais. E isso irá reforçar na UBI a resiliência para a descoberta: a
rede de aprendizagem e a rede de investigação serão semente de uma capacidade de
explorar, em que se poderá mudar o foco rapidamente, em resposta às variáveis que
compõem a paisagem social em contínua mudança, exigindo criatividade e inovação.
A UBI vai eliminar barreiras à compreensão transcultural na investigação. Fomentar
bolsas de estudo. Garantir que as soluções necessárias para manter comunidades
pesquisadoras sustentáveis são baseadas numa compreensão cultural profunda dessas
comunidades. A chave para o sucesso na investigação e inovação será uma UBI sem
barreiras ou desconfianças, sem receios, envolvendo-se profundamente com outras partes
da sociedade, enquanto firmemente enraizada nos seus valores.
Operacionalmente, requer-se
Descoberta e inovação sem limitações tradicionais
Continuar a desenvolver investigação em temas fundamentais e também na saúde,
segurança e sustentabilidade — os desafios globais que definem o caminho para
comunidades em equilíbrio. Implica fazer investimentos arrojados, os necessários para
28
criar ou reforçar os pilares distintos de excelência, em áreas de investigação e no uso
social. Quebrar as barreiras tradicionais da investigação académica – entre disciplinas,
entre faculdades e entre a academia e a indústria. E promover o livre fluxo de ideias,
vindas e enviadas por todo o mundo, assim de forma aberta, provocadora, resiliente e
criativa buscando, alimentando o empreendedorismo e a inovação.
Alargamento da rede de inovação e nos temas de investigação
Um plano estratégico bem coordenado para a investigação, global e que incentiva
parcerias. Com a colaboração estendendo-se a equipas que abrangem o país e o mundo,
apoiado nas novas tecnologias de comunicação, a pesquisar sem quaisquer fronteiras. E
em concreto, possuir novos programas de doutoramento alinhados com campos
emergentes. Os programas de doutoramento bem-sucedidos proporcionarão uma
compreensão profunda de problemas da indústria, questões sociais e conhecimentos
transdisciplinares. Esta abordagem vai preparar estudantes de doutoramento para
sintetizar através de diversos temas, de forma translacional e desenvolver as competências
necessárias para realizar investigação impactante, a qual avançará a missão da UBI,
criando novos conhecimentos.
O que a Reitoria vai fazer
A UBI será um modelo de colaboração interdisciplinar, com apoio para projetos
multidisciplinares de equipas e centros de investigação. Haverá incentivos para evitar
‘casulos’ disciplinares.
A UBI vai acelerar a descoberta por meio de redes colaborativas e de exploração.
29
I-1. Será fomentado um sistema de integração de investigadores externos nas nossas
redes. A UBI também promoverá o fluxo de ideias e informação, temas de investigação,
e assim elevar a sua capacidade de competir, constituir-se líder para o exterior, para
financiadores e corpos de funcionários e estudantes em faculdades.
I-2. Na UBI temos consciência de que a sociedade e a região enfrentam ameaças sérias
advindas de implicações climáticas. A desertificação, empobrecimento dos solos, o
flagelo dos incêndios. A UBI, por isso, vai investir na investigação e inovação ambiental,
desde áreas de engenharia até comunicação, sobre a temática da desarborização, o
turismo, maximizar a retençãoprodução de água potável e seus custos. O uso de
inteligência artificial e de tratamento de dados para identificar, monitorizar arborização,
combate a incêndios, por meio de tecnologia inovadora, patenteável e exportável.
I-3. A ciência de materiais é uma área de investigação e inovação, desde a saúde até ao
design, onde se irá investir. A UBI vai, pois, também investir na investigação e inovação
de retenção de CO2 e eventual produção de materiais à base de carbono (por exemplo
grafeno) como materiais do futuro.
I-4. A UBI vai investir e participar no desenvolvimento de computação quântica, onde
haverá conexões à inteligência artificial. É também uma oportunidade. A UBI irá apoiar
a investigação e inovação em inteligência artificial e realidade virtual, no seu emprego
em educação, mas também na nova Indústria 4.0, para tarefas perigosas ou rotineiras.
30
I-5. A UBI vai criar o serviço de apoio a bolsas de estudo e à investigação (SABEI).
Mais do que apenas um centro de apoio, será um elo para apoiar o corpo docente e outros
inovadores, incluindo estudantes e empregadores, construindo redes diversificadas e
globais. O SABEI será uma componente chave da investigação, centrada na execução do
novo Programa estratégico da UBI para 2022-2030, o digno sucessor que nos cabe tomar,
iniciar e redigir, do prévio Plano UBI 2020 (Plano de Desenvolvimento Estratégico para
a UBI 2012-2020). O SABEI também fornecerá formação e informação para
conhecimentos especializados (por exemplo, análise estatística, visualização de dados,
monitorização de edição científica, impacto das publicações de investigação).
No âmbito da implementação do SABEI, a UBI irá igualmente abraçar a metodologia e
participação em Ciência Aberta, tornando a investigação acessível a todos. Será a nossa
forma padrão de integrar conhecimento. Mais ainda, será criado um sistema editorial
diversificado, promovendo e apoiando a publicação não comercial. Os dados e outros
frutos resultantes da investigação e inovação serão tornados localizável, integrativos,
reutilizáveis, acessíveis - LIRA. Os investigadores serão devidamente recompensados
pelas publicações. Acresce indicar que em cada faculdade ou laboratório, centro de
investigação se irá identificar pelo menos duas ou três áreas científicas que possam ser
apoiadas para divulgação e promoção da investigação e inovação na UBI.
I-6. A UBI vai expandir a sua capacidade para inovar através da inclusão reforçada, por
linhas flexíveis e não tradicionais, de funcionários (docentes e não-docentes), divididos
entre a academia e a indústria, por instituições académicas, para ajudar a acelerar o
31
impacto da sua investigação e inovação no mundo real. A UBI vai assim alavancar talento
em pesquisa, pedagogia, serviço e envolvimento da comunidade o mais amplamente
possível.
I-7. A UBI vai elevar a excelência e impacto dos doutoramentos que disponibiliza, com
um maior apoio para novos programas, que tirarão partido da nossa investigação cada vez
mais ampla, das novas capacitações digitais, de uma nova abordagem colaborativa à
inovação e descoberta, com, pela e no nosso modelo educativo distinto e único. Na UBI,
a investigação fundamental será orientada pela curiosidade, a condição para soluções
baseadas no conhecimento, um fim em si mesmo. E mais ainda, a UBI será uma ponte
entre diferentes culturas, desde a academia, comércio e finanças, start-ups, à sociedade
civil e comunidades sociais e culturais.
A investigação e a educação na UBI serão a base fundamental para a inovação. E tanto
funcionários como estudantes, serão plenos colaboradores, equiparados e ativos para a
inovação, trabalhando em equipas multidisciplinares.
Por um lado, a UBI também vai atribuir reconhecimento aos pensadores ‘laterais’, que
testam e desenvolvem novas ideias que ainda não são reconhecidas por colegas
investigadores ou pela sociedade em geral. E por isso mesmo, a UBI facilitará o diálogo
entre disciplinas e promoverá a investigação transdisciplinar. Por outro lado, equipas
entre empresas e a UBI vão trabalhar, em conjunto, para enriquecer a educação, contribuir
para comunidades e a sociedade em geral. Assim sendo, a UBI para congregar
investigação pura e aplicada entre vários domínios e saberes, irá constituir um conselho
32
consultivo ao Reitor, incluindo também empresários. Para auxiliar e estimular o diálogo,
vamos reforçar os meios humanos do gabinete de qualidade. Porque é preciso pensar
qualidade de forma bem mais abrangente e incisiva, mais proativa e em âmbito UBIano.
Vamos acelerar procedimentos relativos a aquisições, realizar ‘benchmarking’ para aferir
da eficiência. Vamos verificar as durações por cada serviço em procedimentos e compras.
E também para a investigação e inovação, vamos intensificar o mecenato por objetivos
na aquisição de equipamento e infraestruturas. A UBI pode.
Comunidade
Porque, como é esta componente necessária
A sociedade enfrenta desafios, acentuados e numa ansiedade de reequilibrar expectativas.
Há a necessidade interdisciplinar de os abordar. Encontrar uma zona sustentável entre
preocupações ecológicas, económicas e sociais, a transição digital, os quais poderão ser
condicionadores dos principais desenvolvimentos políticos e impulsionadores da
mudança para a nova década. Por exemplo,
Por um lado, a crise climática em particular e a sustentabilidade de uma forma mais
ampla, são questões urgentes. Isto levou muitas universidades, incluindo a UBI, a colocar
nas suas missões de educação, investigação, inovação e cultura, o propósito de alcançar
os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.
33
Por outro lado, a democracia e os sistemas políticos, estão sob pressão a diferentes graus
de intensidade. Isto deve-se à radicalização de partes da sociedade que questionam os
valores democráticos, incluindo a liberdade de expressão. Isto também ameaça a
liberdade académica e a autonomia, que são a base para o esforço científico, o
desenvolvimento inovador e tecnológico, que contribuem para impulsionar o progresso e
o bem-estar social.
Caberá às universidades, à UBI especificamente, por entre a sua variedade, os seus
contextos locais, regionais e nacionais específicos, reverter algumas dessas tendências
extremas e muito perigosas.
Diversidade e inclusão são características de comunidades académicas fortes e dinâmicas.
Igualmente, agilidade cultural, que respeite e beneficie dos pontos de vista e das
qualidades individuais de cada membro. Por meio da UBI, a criatividade humana e
aprendizagem têm sido cruciais para se sobreviver e prosperar. Mas a UBI também tem
crescido aceleradamente e em complexidade. E nela se depositam mais expectativas sobre
a inclusão e a diversidade, com uma digitalização extensa no horizonte. Tudo a ter que
ser integrado no seu novo planeamento estratégico institucional de 2022-2030, que urge
redigir e implementar, para suceder condignamente ao anterior de 2012-2020.
Este é, pois, um ponto de viragem, um novo tempo de transformação e impulsionada por
múltiplas pressões económicas, políticas e ambientais. Idem de desenvolvimentos nas
34
condições do Espaço Europeu de Educação, o qual será revitalizado e acentuado com
exigência no seu programa central da pesquisa e aplicações de inteligência artificial.
Por tudo isto, urge também na UBI um ajuste, com o propósito de se trabalhar
conjuntamente.
Operacionalmente, requer-se
Redes ágeis, apoiadas na diversidade
Comunidades com aprendizagens indutoras de resiliência e inovação, especificamente
que criam mudanças através de fronteiras de todos os tipos, que as eliminam. E pela
partilha generosa de conhecimentos, competências, recursos e ideias, trabalhando-se com
qualquer participante, em qualquer lugar, em qualquer momento. Serão redes de
aprendizagem (de diversas ideias, experiências e perspetivas) ativadas pela inclusão:
fortalecendo a agilidade profissional, intelectual e cultural. A UBI será uma comunidade
(incluindo estudantes e empregadores, inovadores, inclusivos, adaptáveis) resiliente na
amplitude das mudanças sociais.
Construir comunidades através de experiências imersivas
Incutir essas características através de experiências que evoluam com uma avaliação e
reflexão contínuas. Vai potenciar que se aprenda e trabalhe melhor e em conjunto,
esbatendo todas as barreiras, designadamente as sociais. Ir-se-ão forjar redes
35
culturalmente ágeis. Isto implicará ambientes de aprendizagem e investigação, física e
digital, projetados de forma holística, para acomodar as diferentes necessidades de uma
comunidade universitária diversificada e permitir a flexibilidade.
A UBI constituirá uma realização de cooperação construtiva, uma identidade para o
futuro. O campus físico continuará a ser crucial como lugar de interação social e diálogo:
vai fomentar desafios que inspiram, também oferecerá espaços para aprendizagem e
investigação focadas. O campus virtual tornará a universidade omnipresente e poderá
ajudar a UBI a crescer fisicamente, tornando-a mais conhecida, também potenciando o
crescimento físico da própria cidade. É questão de serem desenvolvidos para melhorar o
acesso de todos, a fim de se participar na investigação e aprendizagem, reforçar a
cooperação, e explorar novas e inovadoras formas de prosseguir a missão UBIana. O
futuro será transnacional. A UBI assentará, pois, na cooperação internacional.
Afirmar o papel cívico da UBI será uma parte cada vez mais importante do seu
envolvimento social. Por isso continuará a ser defensora de uma sociedade pluralista e
democrática, subscritora do debate público baseado em argumentos e factos.
O que a Reitoria vai fazer
C-1. A UBI vai criar uma cultura diversificada e inclusiva, com responsabilidade em
vários níveis para o desenvolvimento de soluções, que avancem objetivos de diversidade
Qualquer um de nós pode e deve participar. A UBI também: contribuindo e construindo.
36
e inclusão. A UBI será um modelo nacional e internacional para o envolvimento da
comunidade académica nos bairros e cidade que rodeia o nosso campus, proporcionando
à nossa comunidade educativa oportunidades para desenvolverem a sua cultura e
agilidade em ambientes do mundo real.
Este modelo em rede na UBI (em particular para a aprendizagem experiencial ao longo
da vida) significa que papéis e trajetórias tradicionais serão cada vez mais recetivos a
novas experiências na aprendizagem e na investigação, por isso sendo mais acessíveis e
flexíveis. A UBI vai incentivar atividades com diferentes formas de impacto, incluindo
inovação social ou ciência cidadã, divulgação, mantendo em simultâneo o objetivo das
suas atividades de investigação.
C-2. A UBI irá também alargar a forma como serve (incluindo os estudantes,
internacionais, mas também locais, os de pós-graduação), disponibilizando horários
alargados: sextas feiras à tarde e noite, sábados inclusive noites e idem para pós-laboral
em dias da semana.
C-3. A UBI irá, pois, criar novos serviços e modelos de educação. A UBI vai fomentar
também a candidatura de estudantes e funcionários por entre grupos sub-representados.
Um foco muito concreto será, pois, empregue para incluir minorias e grupos sociais
menos presentes, pretendendo uma maior e melhor distribuição, dando uma maior
diversidade ao corpo de membros participantes no ensino na UBI.
37
C-4. A UBI vai trabalhar de forma bem mais próxima com Escolas Básicas e Secundárias,
Profissionais, também Institutos Politécnicos e tentar que 50% de cursos tenham
aprendizagem, percurso social e cooperação nesses organismos. A UBI é também uma
empresa social na comunidade, pela comunidade, para a comunidade.
A UBI abraça com empenho esta pressão para prover maior impacto social. Oferece-nos
uma imensa oportunidade. Inclui a criação de novas parcerias e métodos para a melhoria
de trocas e transferência, de mobilidade por objetivos também de investigação, em
parcerias de universidade, indústria e tecnologia para abordar questões e desafios sociais.
No âmbito dos objetivos de desenvolvimento sustentável apontados pelas Nações Unidas,
a UBI será bem-sucedida se assumir a facilitação de colaboração intersectorial com
parceiros da indústria. E isso determina a necessidade de adotar uma abordagem holística
para o empreendedorismo, como uma forma de envolvimento da UBI e integrando o meio
académico e o não académico, cooperando entrelaçadamente com as comunidades.
Apenas o envolvimento mais sistemático de todas as partes interessadas e relevantes
tornará a criação conjunta de valor social mais ampla. E assim contribuirá para as
comunidades e a sociedade em geral. Mas a UBI irá além da mera cooperação
universidade-empresa ou de empregador e comunidade. A UBI terá um papel
transformador do futuro, agindo e contribuindo para a sociedade através do
empreendedorismo ligado à comunidade, à educação e orientados para problemas
investigação transdisciplinar.
38
C-5. A UBI defenderá a liberdade académica, que é a liberdade de pensamento e
exploração para avançar o conhecimento. A liberdade de comunicar baseada sobre
padrões aceites de ética académica e integridade. Por isso a UBI será ativa em debates
culturais, alicerçados na argumentação e apresentação de provas. Assim a UBI apoiará a
mudança, contribuindo para debates públicos, incentivando discussões abertas e baseadas
em evidências, contrariando desinformação, explicando direções científicas. A UBI irá
igualmente promover oportunidades para os alunos se envolverem ativamente em
projetos e debates sociais que construam pontes e fomentem a compreensão em toda a
sociedade. A UBI pretende promover o envolvimento cívico na sua missão universitária,
incentivando a participação, o respeito pela diversidade e debate aberto como um valor
comum em toda a UBI.
C-6. O contributo para a cultura será primordial. A UBI será um lugar onde a cultura é
criada, realizada, exposta, espalhada e discutida. As atividades artísticas e culturais
continuarão a ser um elemento-chave no envolvimento da UBI com a sociedade. A UBI
abraça o dever de ser guardiã do conhecimento e tradições, no envolvimento com o
património cultural, continuando a promover a herança do legado do têxtil, incluindo o
apoio a novas formas envolvendo tecnologias digitais.
C-7. Num contexto igualmente de comunidade académica, a UBI vai lutar, procurando
assumir uma liderança, na reivindicação para que uma componente do financiamento por
Orçamento de Estado seja meritosa. Designadamente, em função de satisfazer critérios
graduais de aquisição de competências por estudantes, qualidade aferida dos graduados e
quantos estágios e empregos permitem e induzem: um orçamento sensato e alicerçado na
39
produção e no rendimento dos resultados obtidos. Mais autonomia financeira para
permitir que a UBI tome as decisões estratégicas adequadas e promover o seu perfil
institucional. Isto deve incluir também a possibilidade de diversificar as fontes de
rendimento.
C-8. A UBI vai fomentar uma nova e adicional abordagem de atrair potenciais estudantes.
Serão divulgados desafios para resolver, imensas oportunidades de desenvolvimento e
aprendizagem num âmbito do tipo “UBI needs you”. O ensino, como já aqui apresentado,
irá ser reconsiderado, gradualmente, de forma a prosseguir da simples transmissão de
conhecimentos para um novo paradigma, personalizado, onde se aprende participando na
resolução de problemas e desafios (‘project based learning’). Incutindo uma causa e um
projeto que poderá eventualmente inovar e levar à fixação na região, reequilibrar a
demografia. Haverá maior enfoque no contacto com os media regionais e locais,
publicidade para promover marca da UBI. Newsletters mensais das unidades
investigação, áreas temáticas e faculdades, com sessões de formação sobre como
comunicar com e para a imprensa.
C-9. O pessoal administrativo profissional continuará a desempenhar um papel
fundamental no desenvolvimento da UBI. O investimento, tanto no pessoal académico
como nos outros profissionais, no seu desenvolvimento, será essencial para alavancar a
transformação da UBI e enfrentar desafios. Irá garantir a qualidade de várias tarefas,
desde a gestão da diversidade até à monitorização de dados e manutenção de
infraestruturas. A UBI vai garantir que todos os funcionários tenham acesso a formação
40
contínua e desenvolvimento profissional. A UBI irá ser um local de trabalho atraente para
todos. A UBI vai incutir a mais alta qualidade ao serviço da sociedade.
A garantia interna da qualidade continuará a ser uma tarefa-chave para UBI. A garantia
externa da qualidade apoiará a UBI nesta tarefa. A profissionalização do pessoal em todas
as áreas de gestão da UBI é essencial e será gradualmente implementada, como estratégia
institucional. Será apoiada como parte dos planos de desenvolvimento institucional, em
particular com o já aqui citado (e nunca será demais) reforço de meios humanos e recursos
materiais, designadamente de raiz informática, para um amplo e mais diverso gabinete de
qualidade. É crucial reforçar um gabinete, um serviço que diagnostique as dificuldades
em dar respostas atempadas e eficientes. Sobretudo nesta fase de adequação da UBI aos
exigentes requisitos do novo panorama Europeu, cada vez mais competitivo, em redes de
pessoas devidamente congregadas nos novos avanços da tecnologia.
C-10. A UBI vai facilitar a mobilidade de docentes e funcionários administrativos entre
1º e 2º semestre ou a realização de acumulações de serviço letivo. A UBI vai estudar a
reforma das carreiras académicas. Deve ser utilizando um conjunto mais alargado de
práticas de avaliação para as carreiras académicas, que incluam uma ampla definição do
impacto, para além dos indicadores métricos tradicionais.
A UBI irá valorizar ainda mais a capacitação e valorização da Ciência Aberta na avaliação
de carreira e investigação. A UBI ambiciona tornar as carreiras académicas menos
precárias e mais atrativas como escolhas de vida para se desenvolver e assim reter talento.
E a UBI irá pesquisar como proporcionar mais flexibilidade para as carreiras académicas:
41
deverá ser mais fácil permutar entre a academia e outros sectores, como as start-ups, a
indústria ou a administração pública. A UBI irá explorar percursos de carreira mais
permeáveis, para permitir relações mais fluidas entre a UBI e indústria, com maior
aceitação por ambas as partes.
C-11. A UBI vai reforçar a proteção do património, através da sua responsabilidade por
edifícios históricos, e ser também lugar de experimentação com nova arquitetura. A UBI
trabalhará com as comunidades à sua volta, participará em debates públicos e abordará
grandes desafios sociais da cultura, dando novas interpretações ao património cultural e
assim atuando como uma janela para diferentes tipos de cultura. Serão criadas parcerias
e colaborações com empresas, apoio de e com outras organizações públicas, câmaras
municipais e a parques de ciência e tecnologia. Por outras palavras, a UBI irá abraçar e
incentivar o mecenato para a aquisição e manutenção de património, concretamente
edifícios históricos.
C-12. Na UBI a informação será clara e atempada, com diferentes serviços a dialogarem
entre si em tarefas que os envolvam. O serviço onde se inicia o processo deve ser o
responsável pelo acompanhamento até ao fim. A UBI possui burocracia interna que por
vezes impede e pode dificultar a colaboração interna eou com as empresas. Mas a UBI
vai ser proativa na procura direta de soluções em diálogo construtivo, recetivo e
respeitador.
Na comunidade UBIana, a governação garantirá a representação adequada de todos os
grupos, assegurando simultaneamente processos de tomada de decisão eficientes e de
42
qualidade. A UBI será responsável perante as partes interessadas e a sociedade em geral.
A responsabilidade será realizada através de uma governação em intercâmbio contínuo e
uma latitude discricionária, junto de decisores políticos, sociedade civil, cidadãos,
empresas e indústria e outros grupos sociais. A UBI pode.
43
Prólogo
Exmo. Sr. Presidente do Conselho Geral da UBI e demais UBIanos,
Saúdo a UBI, saúdo este Conselho Geral, saúdo toda a comunidade académica. Em
particular, saúdo quem mais se candidatou a Reitor da UBI.
Alguns dos elementos aqui apresentados poderão ser encontrados em documentação
nacional ou internacional. Proponho para a UBI entrelaçá-los. Por isso, partilho este
plano. Em democracia requer-se uma presença cívica, junto com a oportunidade de
participar. É o procedimento para combater qualquer declínio e marginalização, para se
prevenir o entrincheiramento social, as desigualdades corporativas decorrentes e
deteriorar a democracia. Participo, pois, civicamente, contribuindo.
Vivemos um tempo de mudança, também num tempo com algo de revolucionário. Há o
que pode ser bom e deve ser aproveitado. Há o que pode representar incerteza, requer
prudência. Mas a UBI sempre soube minerar por entre o seu passado e daí construir o seu
futuro, na consistência das pontes do presente.
A essência deste plano para a UBI assenta em três componentes: o Ensino, a Investigação
e a Comunidade. E neste âmbito a comunidade UBIana está ciente das suas
44
responsabilidades. A comunidade UBIana usa o seu talento para subsequentemente
desenvolver, disponibilizar um benefício abrangente, inclusivo, maior e mais prolongado.
Na UBI temos o dever de providenciar aprendizagem, o dever de conduzir investigação
com inovação, o dever de apoiar socialmente a comunidade. A UBI incentiva o ensino,
promove a aprendizagem. A UBI acarinha a investigação, entusiasma a exploração,
divulga a sua aplicação prática. A UBI serve socialmente a Républica.
Pelo acima exposto, quem está na comunidade UBIana deve participar, esteja onde
estiver, independentemente das funções que exercer. Todos temos talento. O importante
é contribuir, agir, promover.
Entre a incerteza do presente, mas com o respaldo de sucessos ocorridos, há que aporfiar
a UBI com os desafios do futuro. É crucial unir a UBI. Não vamos desanimar, não vamos
recear. Vamos crer que o que fizemos, o que fazemos e o que fizermos é acertado e por
isso estamos fortalecidos. Por isso, para isso apresento este plano de ação.
A UBI pode, nós conseguimos.
45
Conteúdo
Anúncio ........................................................................................................................................ 2
Sumário........................................................................................................................................ 5
Visão ......................................................................................................................................... 6
Objetivos .................................................................................................................................. 7
Educação integrativa ........................................................................................................... 7
Investigação fundacional e translacional........................................................................... 8
Comunidade diversificada e inclusiva ................................................................................ 9
Plano Académico:...................................................................................................................... 10
Educação................................................................................................................................ 14
Porque, como é esta componente necessária....................................................................... 14
Operacionalmente, requer-se............................................................................................... 16
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O que a Reitoria vai fazer................................................................................................... 19
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Porque, como é esta componente necessária....................................................................... 26
Operacionalmente, requer-se............................................................................................... 27
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Porque, como é esta componente necessária....................................................................... 32
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Candidatura a Reitor da UBI

  • 1. 1 Candidatura a Reitor Universidade da Beira Interior A UBI pode, nós conseguimos Paulo Rodrigues Lima Vargas Moniz
  • 2. 2 Anúncio Apresento a minha candidatura a Reitor da Universidade da Beira Interior (UBI). Este é o ano de escolher: onde queremos ser conduzidos, a universidade que queremos para todos os UBIanos. Para os que cá estão e os que ainda não chegaram. Em que escolhemos quem vai liderar. E em causa, importantemente, não está apenas a liderança da UBI. É também o nosso direito a conduzir a mudança na UBI, com a UBI e pela UBI. Por meio desta eleição, a partir de rotas passadas, vamos edificar uma nova corrente académica. Devemos assegurar uma eficiência intensificada contra novas crises e dificuldades, devemos iniciar uma nova governação para podermos decidir com mais e melhor qualidade. Devemos recolher frutos, criar novas ferramentas que contornem os obstáculos, os quais se acentuaram. Sobressaiu uma inquietação e uma ansiedade, que podem, se prolongadas, infligir mais fraqueza. E com a emergência de disputas divisionárias, o que será irreversivelmente desencorajador. As causas são variadas. Mas a pergunta que se deve colocar é se repetindo o montante de verba de dotação orçamental, isso irá sem mais resolver, apaziguar, varrer essa ansiedade. Mais alunos, mais docentes, mais edifícios, isso irá constituir a solução? Ou parte dela? O sucesso estará assim garantido, bastando para isso ir tendo mais dinheiro? Mas procurar reduzir esse sucesso a somente uma vitória orçamental numa mesa de negociações é estabelecer que nunca o alcançaremos. Em vez disso, continuará a referida turbulência, a inquietação, até ao próximo orçamento.
  • 3. 3 E o pior custo está sobre os nossos jovens, pois poderíamos empreender reforçadamente, para os melhor habilitar. Deveríamos ser melhores atractores de investimento. Mais pode ser feito. Podemos incluir de forma mais abrangente a sociedade em geral, potenciando a criação conjunta como uma ambição para esta década. Podemos erguer um lugar genuíno na vida política, por meio da liderança na rede universitária, por entre estudantes e funcionários, financiadores e decisores políticos. Podemos concentrar e avançar no aumento do envolvimento social e contribuindo para que o Governo da Républica institua reformas reais. O programa que se segue não é drástico nem radical. É um programa projetado para avançar realisticamente no futuro a partir do presente redesenhado. Este programa é mais eficaz do que o curso atual de dependência rígida numa dotação orçamental, sucedendo-se numa escala cada vez sempre maior. O programa aqui apresentado é, ao invés, mais propenso a atingir os objetivos. Por isso, aqui estou, dirigindo-me à UBI, disponibilizando uma proposta, subsequente a uma análise. Incorpora uma maior abrangência temática, e, no entanto, prudente, para operacionalizar com decisões de qualidade, bem temperadas com consenso e experiência. Vamos trabalhar para mudar a nossa direção, para restaurar a UBI na liderança académica. Não me candidato com qualquer animosidade ou desrespeito em relação aos outros candidatos e à equipa reitoral vigente ou às anteriores. A questão não é pessoal. São profundas diferenças sobre o que queremos realizar. Candidato-me, pois, para propor uma forma nova de atuar. Posso contribuir, fazendo tudo o que posso. Candidato-me porque quero defender a esperança em vez de confrontos divisivos.
  • 4. 4 Candidato-me porque urge que a UBI se alinhe com os vetores de desenvolvimento definidos pela ‘área de investigação europeia’ (ERA) e pela ‘área educativa europeia’ (EEA, EHEA). A UBI tem que fortalecer a sua investigação, a sua capacidade de inovação e em tecnologia, de forma a ser menos dependente, enquanto se entrelaça em colaboração internacional. Assim a UBI irá ser capaz de se situar na nova fronteira e irá desenvolver soluções para os desafios globais. Candidato-me para que a UBI porfie por entre a necessidade de mais abertura, livre comunicação de ideias, enquanto respondendo às suas preocupações legitimas, aos seus valores e objetivos estratégicos. Candidato-me para que a UBI se enrede em conformidade com os novos desígnios propostos na Comissão Europeia para esta década e vindoura. Concretamente, numa comunhão empoderada com o envolvimento em objetivos globais, reforçando o ensino e a investigação por via de maior flexibilidade académica, com uma análise inovadora do risco, para o mitigar e assim, comprovadamente, construir resiliência. Não posso, pois, deixar de participar numa fase do processo que decidirá o futuro da nossa Universidade e o futuro dos estudantes. A escolha é sobre princípios. Acredito, repito, que posso contribuir: sei sobre as exigências que a UBI enfrenta. Não desprezo de ânimo leve as dificuldades. Mas estes não têm sido tempos normais e esta não é uma eleição habitual.
  • 5. 5 Sumário Este plano de ação Reitoral para 2021/22-2024/25 constitui uma proposta, assente numa visão para a UBI, a qual disponibilizará uma educação de elevada qualidade, inclusiva e acessível. Na UBI, consagrar-se-á uma cooperação mais forte para tornar o ensino e a aprendizagem adequados para as décadas vindouras do século XXI. A UBI declara assim o seu contributo na educação e formação de uma nova força laboral. A qual será ágil, de elevada competência e adaptada aos novos desafios e ferramentas. A UBI irá congregar a participação de diversos indivíduos, empresas e organizações em variados projetos com o mais amplo significado social. A UBI será uma plataforma geradora, desenvolvendo uma colaboração estreita com as empresas, para benefício mútuo. É, pois, necessário atualizar atempadamente programas educacionais e de forma a que a UBI seja líder na assistência às necessidades sociais, empresariais, industriais e económicas. O diálogo sugere abertura e recetividade para a aprendizagem de novas competências, uma parte integral da nova educação, um desenvolvimento contínuo. Aprendizagem em grupo, investigação translacional e trabalho transgeracional como novas estratégias que a UBI vai encorajar e promover no ensino ao longo da vida. É necessária fluência nas novas tecnologias de forma a reduzir o esforço e desgaste quando enfrentarmos sucessivas versões, as quais teremos de aprender. A UBI irá fomentar o desenvolvimento cognitivo de competências sociais e que se transferem pela aprendizagem experiencial, para quando as condições laborais se alterarem. Se os novos desenvolvimentos tecnológicos forem abranger a todos, isso poderá ajudar na inclusão de
  • 6. 6 todos. E a UBI pode e vai ser líder de como a tecnologia e procedimentos associados podem ser usados para o bem da sociedade. A UBI vai constituir-se numa ponte colaborativa, desenvolvendo tecnologia, inovando na forma de partilhar informação, integrante de diferentes contributos, de colaboradores e investidores. A UBI vai ser por isso mais holística, integrativa e porosa na sua reorganização, flexibilizando fronteiras e linhas entre quaisquer entidades participantes nos seus projetos, incentivando a mobilidade e partilha de serviços e informação. A UBI será potenciadora, atraindo talento, formando talento, criando oportunidades de avanço e progressão a todos. Com mais detalhe, o plano assenta em três componentes ‘direcionais’: uma educação integrativa, por entre a prática de investigação e inovação, tanto fundacional como translacional e numa comunidade diversificada e inclusiva. Visão A UBI é uma universidade de ensino e investigação, dinâmica e em rede. Tem um alcance global, é líder mundial em aprendizagem e a sua cultura de pensamento coloca-a como líder também no entrelaçamento da ciência e do ensino. A UBI fomenta a excelência, a criatividade e o empreendedorismo ao longo dos seus cursos, das suas pós-graduações e na aprendizagem profissional. A UBI disponibiliza programas por entre, para e numa comunidade diversificada e inclusiva. A UBI realiza a aprendizagem e a descoberta de novos saberes, por entre metodologias poderosas e consequentes. A UBI não é intimidada por fronteiras de lugar e circunstância
  • 7. 7 que limitam o que e como as pessoas podem aprender e descobrir. A UBI participa em redes integrativas e interativas, conectando-se a estudantes, ex-alunos, investigadores, empregadores e empreendedores, dinamicamente e organicamente em resposta às necessidades e objetivos dos membros da rede. A aprendizagem e a descoberta na UBI eliminam os papéis estáticos de “estudante” e “investigador”; todos aprendem; todos podem ser inovadores. Sim, todos o podemos ser. Esta é uma visão da UBI, que avança e para liderar no ensino superior. Porque desencadeia o poder partilhado de aprendizagem e descoberta através de conexões, sem fronteiras. Objetivos Por entre as três componentes referidas, este programa irá promover os seguintes propósitos institucionais, aqui reunidos de uma forma mais compactada e elencada. Designadamente, Educação integrativa Combinamos programas curriculares e extracurriculares com experiências profissionais relevantes. A nossa ambição e perspetiva está projetada para desenvolver na nossa comunidade estudantil o mais amplo conhecimento, criatividade intelectual e capacidades analíticas.
  • 8. 8 Este modelo integrativo irá preparar a comunidade estudantil para ser ativa, ser impactante e participante na nossa sociedade em rápida evolução tecnológica e acima de tudo, por isso mesmo, na nossa economia. Iremos envolver cidadãos e líderes, profissionais exemplificativos. Os programas educativos irão promover redes de partilha de conhecimento, formais e informais, que atendam às necessidades de aprendizagem da comunidade estudantil em todas as fases das suas vidas. Investigação fundacional e translacional O nosso compromisso é com a excelência entretecida com a vontade. Somos inflexíveis no apoio sem reservas ao avanço do conhecimento, alicerçada na educação bem-sucedida das gerações atuais e futuras, e na resolução dos desafios do nosso tempo. Iremos gerar a vanguarda da pesquisa científica, estimulada pelos grandes desafios, em particular os que se alinham com as necessidades sociais. A nossa investigação irá basear-se nos mais fortes fundamentos disciplinares, mas também num compromisso com a descoberta interdisciplinar. A nossa investigação irá envolver parceiros sociais, desde a área financeira, do Governo e outras academias. A nossa investigação irá fomentar tanto as linhas básicas como as que serão inspiradas no uso e com o desenvolvimento de empreendedorismo e inovação. Neste âmbito concreto, iremos capacitar uma rede de estudantes, docentes e ex-alunos que vão desenvolver colaborações empreendedoras e profissionais, gerar empresas inovadoras que subsequentemente avancem mais o conhecimento e contribuam significativamente para a sociedade. De forma entrelaçada com a investigação e inovação, num âmbito quer
  • 9. 9 fundacional quer translacional. E iremos procurar, de forma congregadora, inovar incansavelmente na nossa educação, investigar por entre novas pedagogias para acompanhar a sociedade em mudança e as necessidades de todos nós. Comunidade diversificada e inclusiva Iremos promover, reforçar uma comunidade multicultural, situada numa dinâmica urbana. O cenário académico será aquele em que os estudantes desenvolvem também as suas competências culturais e a agilidade intelectual, todas necessárias para prosperar num mundo socialmente interligado. Oportunidades de uma vasta aprendizagem ocorrerão através e com o envolvimento da comunidade, em que se aprenderá sobre a importância da diversidade e inclusão. Os nossos programas educativos irão, pois, fomentar a ética, a civilidade e o respeito mútuo, incentivando os estudantes a compreender múltiplos pontos de vista. É uma perspetiva global alicerçada nas raízes locais. Iremos expandir a disponibilidade do nosso ensino e pesquisa a todo o mundo. As nossas raízes, a nossa cultura, a nossa língua e alma são ricas e profundas, as cidades e os locais guiam a inovação. Este nosso envolvimento local e global assenta na crença de que a vivência académica deve ser fundamentada na realidade, à medida que a UBI estende a sua presença em todo o mundo, urbi et orbi.
  • 10. 10 Plano Académico: Nesta década são vários os impactos sociais a que a UBI vai corresponder. Por um lado, a intensidade dos mercados emergentes e urbanização irá acentuar-se. E por outro lado, no comércio e finanças, cada vez mais dados estarão disponíveis, com maiores ligações globais, junto com novas e inesperadas tecnologias. De forma mais elaborada, a economia de mercados emergentes e cidades tende a constituir-se em metade do crescimento do PIB global. Mas isso é uma oportunidade para UBI: educação como ‘exportação,’ com a investigação. No entanto, por entre as regiões associadas com mercados emergentes, poderá haver inversamente menos procura para frequentar universidades fora dessas regiões. O desafio para a UBI em particular será atrair e reter esse talento, manter a sua competitividade na sociedade do conhecimento. A urbanização alheia e acentuada poderá não nos ser favorável. Fontes de nova indústria e os seus empregos, podem ser perdidos ou nunca surgirem. E sendo a UBI um dos motores da sua região, é, pois, parte da solução para reduzir qualquer tendência de ‘braindrain’, que pode intensificar-se. A UBI é crucial. Conexões globais induzem a quebra de barreiras geográficas para a colaboração comercial e financeira. O potencial para a UBI reside em incrementar a sua presença em redes conectadas de ensino e de inovação, bem como mobilidade de estudantes. Esta dinâmica vai criar uma polarização, a qual impele cada vez mais a colaborar com um maior número de empresas, fornecendo talento para resolver os desafios de inovação que
  • 11. 11 elas enfrentam. Mas a UBI também terá de se diversificar, especializar, inovar radicalmente: há empresas que produzem ensino a distância em massa no sector do ensino superior, como Coursera. Por isso, a UBI terá uma estratégia de diversificação bem- sucedida, se incluir no seu foco (1) necessidades emergentes (por exemplo, aprendizagem ao longo da vida), (2) capacidades técnicas emergentes específicas (por exemplo, inteligência artificial) e (3) tópicos específicos (por exemplo, agricultura, ecologia, segurança, gestão de dados, amplo empreendedorismo social). A UBI terá que mudar a ênfase da sua educação, desde o mero conhecimento técnico para também rumar à formação de graduados com competências em ‘T’ (https://en.wikipedia.org/wiki/T- shaped_skills), isto é, com competências na resolução de problemas, autogestão bem como inteligência emocional. As novas tecnologias produzirão um efeito duplo. Em primeiro lugar, a robótica e a inteligência artificial substituirão cada vez mais postos de trabalho. Cabe à UBI dar então formação para satisfazer a eventual procura de novos empregos, intensivos no conhecimento cognitivo, mas apoiados na agilidade e criatividade. Estas exigências vão aumentar e muito, mesmo muito rapidamente, tanto como a necessidade de possuir diplomas de ensino superior. Esta tendência continuará, especialmente com o ensino a distância tornando-se mais competente. Se na UBI se incorporar a tecnologia de inteligência artificial nos primeiros anos de graduação, haverá uma orientação mais personalizada. Estes desenvolvimentos serão também acentuados à medida que a nova mobilidade de dispositivos portáteis potencia já uma nova, diferente e melhor colaboração: abranger mais diversidade, mais inclusão, menos barreiras.
  • 12. 12 Se a UBI é líder e referência em empreendedorismo social, deverá por isso assumir reforçadamente as novas tecnologias. Por exemplo, com o envelhecimento na sociedade, o aumento da idade da reforma, o emprego de prestação de cuidados será parcialmente assumido pela tecnologia. E igualmente vai exigir mais cuidados de saúde, centrados no ser humano, com mais requerimentos por entre as ciências sociais junto de profissionais de saúde e também em ciência, tecnologia, engenharia e matemática. E haverá por isso, mais oportunidades para a UBI. Há, pois, um contexto a que a UBI pode e deve, tem que integrar com urgência e com mais eficácia: a quarta revolução (ou Indústria 4.0), onde serão os avanços tecnológicos a fomentar as alterações, de forma direta ou indireta. Com a Indústria 4.0, a disponibilização de recursos e processos de uso eficiente de tempo terão de melhorar, e daí também o modo como se trabalha e a forma de executar tarefas. A Indústria 4.0 constitui já a maior transformação sobre procedimentos laborais incutida pelo progresso tecnológico. E por isso é necessário que a UBI proceda também, como fonte e motor nessa mudança, a uma revisão urgente, mas atempada, das suas orientações. Mais concretamente, a UBI tem de colaborar mais e melhor com outras instituições, indústria e setores empresariais, acerca da educação a disponibilizar. Por exemplo, mudar de empregador ou o tipo de trabalho em uma dada idade (por exemplo, para além dos 50 anos) será mais comum. A experiência será valorizada mais do que hoje, principalmente porque tecnologia vai possibilitar a informação, elencar factos, de forma mais omnipresente. Por essa razão, não podemos, pois, descartar a experiência: esta será pertinente para apoiar na seleção da informação mais útil e aplicá-la à tarefa em questão.
  • 13. 13 Não saber como preparar para o futuro implica abrandar. Este desafio precisa de ser contornado educativamente na UBI. Saber preparar o futuro requer a compreensão de como poderão ser as estruturas organizativas que o vão fomentar, saber ou antecipar sobre a legislação que o irá suportar. Em termos educativos e pela existência da UBI, é preciso que algumas metodologias sejam substituídas e melhoradas para proteger a força laboral, tornando-a mais ágil e com formação académica mais robusta. O desafio na UBI (e não só) são atitudes rígidas e estruturas corporativas, impedindo as pessoas (funcionários e estudantes) de trabalhar, de produzir com mais flexibilidade. Quando faltam competências por entre a força laboral, as empresas (que podem contratar) são confrontadas por uma ausência de inovação. A falta de inovação piora as nossas vidas. A lacuna de uma força laboral com competências implica a falta de compreensão e agilidade no uso estratégico de informação, assim como a falta de capacidade para criar novos modelos de empresa. Sucesso alimenta sucesso. Mas a orientação oposta também pode ocorrer. Ao resistir à mudança, a UBI impede a si própria de participar em partes de um circuito de inovação. Por estas razões, a UBI pode e deve participar na nova visão de tecnologia e por meio de um serviço educativo. Mas as pessoas podem não querer empreender os passos necessários que as afastarão das zonas de conforto, de uma cultura homogénea e alienadora. As pessoas tendem a focar num único e apenas um, apenas aquele, e nunca mais outro ponto de vista, ao invés de ter uma perspetiva mais ampla e realista. Essa falta de visão depois causa a inabilidade de escolher, de investir num novo alinhamento tecnológico, na integração de sistemas e em setores empresariais. Neste novo século, no progredir desta década, com um arranque cambaleante, o mundo e a sociedade esperam muito mais das universidades, da UBI incluída. O novo discurso e a nova prática precisam de uma escolha congregada com essa realidade, com esses anseios e esperanças.
  • 14. 14 Há que colocar a UBI numa nova interação com a sociedade. Muitos dos temas que este plano apresenta são ou serão muito em breve uma realidade e estão em marcha. A sua inclusão nas universidades portuguesas, mais tarde ou mais cedo, vai ocorrer (por exemplo, a agenda digital (União Europeia) para a educação). Subsequente ao acima, de uma forma entretecida, mas mais detalhada, o novo Plano de Ação para a UBI, exposto nas suas três componentes estratégicas, é o seguinte Educação Porque, como é esta componente necessária No âmbito da União Europeia, planeia-se estabelecer um Certificado Europeu de Competências Digitais (EDSC). Terá consequências mais além da geografia e implicará uma melhoria da disponibilidade de competências digitais na educação e na formação. Isto incluirá a utilização de ferramentas e investir no desenvolvimento profissional, a partilha de boas práticas sobre métodos de instrução computacional de alta qualidade. Podemos reapresentar esta situação afirmando que há que modificar o sector da educação e formação por meio de instrumentos, novos quadros profissionais, novas orientações, novos conhecimentos técnicos e investigação para um novo tempo. E porque junto com EDSC, se fará a criação de um novo Centro Europeu de Educação Digital. Ou dito de outra forma, haverá que atualizar o ensino e adaptá-lo, conforme adequado, gradualmente, sem mais delonga, e incluir a inteligência artificial (IA), designadamente competências relacionadas, numa ampla unidade motriz. Haverá que apoiar o
  • 15. 15 desenvolvimento de novos recursos de aprendizagem para a mais variada gama de escolas, instituições de ensino e formação profissional, assim como outros prestadores na área educativa. O trabalho com a indústria vai mudar e muito, o comércio e os serviços estão a mudar aceleradamente, temos que identificar e atualizar as nossas necessidades e as nossas competências, de ensino e aplicação, e à medida que irão emergir. Apenas numa comunhão educativa que abraçar o futuro como vetor principal de orientação, a comunidade estudantil irá afirmar-se resistente, inventiva e solucionadora de problemas. Uma comunidade estudantil colaborativa, adepta de colocar novas ideias em ação - todas as novas qualidades por meio de uma nova educação. E uma nova aprendizagem, que vai ampliar o impacto, a mobilidade, e um alcance cooperativo construindo oportunidades profissionais. Por entre a comunidade estudantil estarão os novos especialistas, empreendedores com novas competências, literacia digital, educação computacional, conhecimento e compreensão de tecnologias intensivas de dados. Há que transformar a aprendizagem num processo ao longo da vida, por uma rede global, criando um sistema diversificado e inclusivo acreditado por um Observatório Europeu, alicerçado nas autoridades nacionais, e para incluir apropriadamente todas as novas competências digitais. No âmbito da criação de Universidades Europeias, poderá emergir o ‘Quality Assurance Framework’, uma entidade supranacional. O foco do novo ensino deve assim ser, quanto antes, tornar a aprendizagem mais ampla, permitindo a opção de uma componente híbrida eficaz, inclusiva e envolvente. Criar as infraestruturas, assegurar as melhores conectividades e equipamentos digitais. Possuir professores, dotar a nova educação e formação com elementos digitalmente competentes e confiantes.
  • 16. 16 Em suma, a UBI deve ser mais atenciosa para com a sua comunidade estudantil, de onde surgirão os empreendedores, investigadores na acima descrita realidade social futura. A UBI bem-sucedida no futuro irá manter-se relevante, adaptando o seu ensino e aprendizagem às mudanças rápidas. A UBI do futuro não terá atitudes rígidas e estruturas corporativas, funcionários e estudantes irão trabalhar e produzir com a mais ampla comunhão de valores. Os desenvolvimentos tecnológicos estão a mudar vidas e a perturbar os mercados de trabalho, pelo que há que produzir conhecimento entrelaçado com as novas tecnologias e inovação social. O desenvolvimento e promoção de tal inovação tem de ser central nas atividades fomentadas pela UBI, garantindo que o impacto das novas tecnologias na nossa sociedade é estudado e avaliado. Estas mudanças alterarão a forma como a UBI do futuro e os seus parceiros trabalharão. E nunca olvidando a necessidade de integrar plataformas Europeias, no âmbito das áreas Europeias de investigação e educação. Operacionalmente, requer-se As Universidades (incluindo a UBI) devem preparar melhor a comunidade estudantil para a natureza do novo trabalho, colocando menos ênfase em diplomas, mas promovendo a colaboração, aprendizagem ao longo da vida. Por isso:
  • 17. 17 Aprendizagem personalizada, intercultural e humanista Têm que ser implementadas melhorias na aprendizagem por meio de amplificar a capacidade de rede via a personalização. Ponderar sobre a criação de opções flexíveis para os atuais semestres, designadamente com novas linhas temporais que permitam contornar a rigidez de programas existentes. E propor a revisão dos sistemas vigentes de avaliação de aprendizagem, créditos e propinas por disciplina. Empregadores e ex-alunos assumirão a constituição e operação de um grupo de mentores, promovendo, fomentando uma aprendizagem, partilhando responsabilidades de avaliação. O ensino e a aprendizagem devem ser expandidos, agora de uma forma mais cooperativa, com mais oportunidades, designadamente experienciais. Procurando ser mais flexível e amplo. E aberto a mais setores da comunidade. Cada vez mais a cooperação com parceiros (empregadores) internacionais serão dominantes. É preciso, junto com eles, expandir a gama e o impacto da aprendizagem. Incluir experiências de âmbito semestral, intercâmbios múltiplos, com programas com instituições de ensino parceiras, com projetos em grupos, baseados em currículos no estrangeiro. Também ter programas que incorporem um ou dois anos de estudo e trabalho na língua da nação anfitriã. Para além da agilidade cultural, estas iniciativas vão incutir uma mentalidade empreendedora, de autoavaliação e resiliência sobre as suas próprias escolhas de aprendizagem e oportunidades.
  • 18. 18 Educação doutoral integrada com experiência Em particular, infundir na UBI a aprendizagem experiencial e global na educação de doutoramento. Estas vivências profissionais, alicerçadas em múltiplos mentores, ajudarão os estudantes de doutoramento. Irão, pois, integrar de forma mais ampla o valor e aplicação da sua pesquisa, permitindo-lhes aprender em diversos ambientes onde as suas disciplinas e pesquisa estão em ação no mundo laboral e global. Antecipa-se o desenvolvimento de um Quadro (Europeu) de Conteúdos para a Educação Digital, baseado na diversidade cultural e criativa. Para isso urge que a UBI participe na plataforma de intercâmbio, para assim partilhar recursos online certificados e conectar-se com outras plataformas de educação. Isto é, apoiar a conectividade e incentivar a aproveitar ao máximo o apoio no que diz respeito ao acesso à Internet, à aquisição de equipamentos digitais, aplicações de e-learning e plataformas correspondentes. Apoiar planos de transformação digital a todos os níveis de educação e formação através de projetos de cooperação. Mas se a transformação digital é necessária, não é suficiente. É importante não reduzir a perspetiva a algo meramente instrumental. Há que desenvolver uma autonomia humanista, pensamento crítico, formar para a decisão ética. Em suma, num âmbito educacional competitivo, socialmente responsável como é a UBI, requerem-se competências fornecidas aos seus graduados, para executar ocupações profissionais exigentes. É necessário assegurar competências temáticas, de base, como ciências e engenharia, gestão e economia, ‘design’, comunicação e inovação, recensão de ideologias e estruturação ética. E também no âmbito de formar graduados na UBI com agilidade em ‘T’: competências de flexibilidade, translativas, agilidade para continuar a
  • 19. 19 aprender, uma cultura de ideias e pensamentos, literacia, postura empreendedora e com bases digitais, gestão de projetos, capacidade de abordar diversos sistemas e conceitos de forma resoluta e positiva, capacidade de integrar equipas e resolução de problemas. O que a Reitoria vai fazer O ensino e aprendizagem na UBI vão ser mais flexíveis, por projeto ou baseado em desafios e transdisciplinar, permitindo à comunidade estudantil um papel ativo no projeto da sua experiência educativa. Além disso, haverá uma presença mais proeminente dos empregadores na educação, assim com papel importante da tecnologia educacional. Tudo o referido como um meio e não um fim em si mesmo. O potencial para a UBI é o de disponibilizar à comunidade estudantil, em diferentes momentos ao longo da vida, apoios de aprendizagem pessoal e profissional, em contínuo crescimento e reinvenção. E-1. Concretamente, a UBI irá disponibilizar a escolha à comunidade estudantil, conforme a possibilidade e objetivos, de entre o ensino online eou presencial, com melhorias de acesso, mais infraestruturas. Um ensino para trabalhadores, adequado aos seus horários e aprendizagem ao longo da vida. A UBI vai também passar de disponibilizar “compra” semestralanual e adotar um modelo de “subscrição” que promove a aprendizagem ao longo da vida. A UBI vai ser dotada dos meios por forma a que qualquer aluno, a qualquer momento, de qualquer lugar, com o corpo docente, possa aprender o que precisar e solicitar.
  • 20. 20 A UBI irá assim, para fomentar essa aprendizagem ao longo da vida, criar uma plataforma digital baseada nas assinaturas, para a partilha de conhecimento a que os membros assinantes podem recorrer e também contribuir. Essa plataforma será a estrutura operacional por onde uma rede para aprendizagem personalizada será implementada, com conteúdo e recursos disponíveis, combinados com objetivos de aprendizagem individuais. Módulos de aprendizagem vão realizar essa personalização. E-2. Acrescerá que por meio dessa rede e metodologia, além dos percursos tradicionais de aprendizagem, os membros da rede terão acesso a mais experiências de aprendizagem, partilhadas através de opções. E à medida que os alunos se formam e continuam a participar como ex-alunos, vão ligar-se a esta rede. Na sua essência, será um ecossistema educativo multigeracional de aprendizagem ao longo da vida e apoio às suas carreiras, com mentores para a resiliência pessoal e profissional de que vão necessitar. A UBI vai assim constituir e integrar essas redes patronais e de ex-alunos como fontes de aprendizagem, ensino, empreendedorismo e inovação. Entre estes papéis alargados para ex-alunos e empregadores, os com vivências internacionais irão em particular prestar apoio profissional e pessoal aos estudantes, aos docentes e funcionários. A rede global UBI de empregadores vai assim oferecer conselhos, novas oportunidades para a comunidade estudantil, para que a aprendizagem possa envolver uma seleção personalizada. Por exemplo, os estudantes serão capazes de estruturar e priorizar por entre um projeto de pesquisa, ou outra experiência entre vários mentores. É fundamental a participação de empresas no projeto educativo da UBI: são estas que podem facilitar, estimular os seus trabalhadores para a formação.
  • 21. 21 É uma mudança, fundada na necessidade da UBI se adaptar e mudar para acomodar pensamento colaborativo e criatividade, bem como novas abordagens de educação, investigação e transferência de conhecimento. A cultura institucional da UBI precisa evoluir e ser flexível, devido à natureza de uma sociedade em necessária e urgente mudança. Por isso a UBI vai, enfatize-se, fomentar reforçadamente a aprendizagem ao longo da vida, por entre uma oferta de professores e ex-alunos com programas que incutem novas habilitações. Em particular, onde a investigação irá concentrar-se em tópicos que beneficiam a sociedade como um todo. E-3. A UBI vai igualmente desenvolver projetos educativos onde o emprego de realidade virtual e de inteligência artificial, assistindo e apoiando de forma personalizada estudantes, será parte integral de elementos curriculares. Durante esta década, a população estudantil vai exigir que uma parte do ensino nas universidades mude e com mais ênfase no conhecimento, informação e na qualidade disponível na internet. A UBI precisa aprender para ajustar-se com a mudança e manter-se a par com o rápido progresso da ciência e da tecnologia, cada vez mais interdisciplinar, através da difusão de ideias, informação e conhecimento. A UBI tem de mudar o ensino desde algo muito centralizado, administrativo para um estilo que fomenta empreender. E-4. A UBI vai, pois, mudar a maneira de aprender, ensinar e trabalhar com o propósito de melhor preparar os graduados para uma nova sociedade, para um novo tempo, para melhor usar a inovação. A UBI vai adaptar-se rapidamente, disposta a evoluir a partir do seu modo tradicional e através da adoção de políticas que apoiam os empreendedores,
  • 22. 22 permitindo que por entre a comunidade estudantil e académica, colaborem uns com os outros e partilhem os seus percursos através de novas aprendizagens, pedagogias e tecnologias. A UBI vai conectar-se com mais qualidade e eficácia com um maior número de redes profissionais, indústrias e em tempo real. Isto permitirá à UBI disponibilizar educação, incluindo novos currículos, mais responsivos, com salas de aula e aprendizagem adaptados às exigências de um mundo experiencial, em constante evolução, um requisito para a resiliência profissional. A UBI irá assim, fomentar o emprego da pedagogia digital e a experiência na utilização de ferramentas digitais para professores e alunos, incluindo através das Academias Erasmus Professores. A UBI irá assim lançar nova uma ferramenta de autoavaliação online para docentes – PENTE: promoção eficaz de novas tecnologias educativas. E-5. Conjuntamente, a UBI irá promover e associar-se a iniciativas e intervenientes nacionais e regionais no âmbito da educação com apoio digital. Vamos apoiar a colaboração intersectorial e os novos modelos de intercâmbio de conteúdos de aprendizagem incluindo o digital, abordando questões como normas comuns, interoperabilidade, acessibilidade e garantia de qualidade. Assim como desenvolver orientações éticas sobre inteligência artificial (IA) e utilização de dados no ensino e aprendizagem, apoiar e participando na investigação e inovação nesta área da Horizon Europe. Em particular, criar-se-á um Hub, que terá as funções de ‘think-tank’, apoiando o desenvolvimento de políticas e práticas, acompanhará o desenvolvimento da educação digital na UBI, incluindo a implementação de um novo Plano de Ação para a Educação
  • 23. 23 com recursos digitais. Esse Hub também apoiará a inovação e o envolvimento orientados para o utilizador. Em mais detalhe, elaboremos que a UBI vai continuar a fornecer o conhecimento fundamental, mas, juntamente com um ambiente para estudantes abraçarem o que é ser colaborativo, criativo e flexível. A UBI irá formar os novos ‘fabricantes de mudança’, através de novas abordagens pedagógicas lideradas pela nova tecnologia, os avanços tecnológicos em inteligência artificial, robótica e realidade virtual. A UBI vai contribuir, liderar dramaticamente e mudar a forma como vivemos e trabalhamos dentro das próximas décadas. A UBI terá de adaptar os seus currículos, bem como a forma como se ensinam. Embora este ritmo de mudança seja um desafio para a maioria das universidades, com as novas tecnologias a UBI vai conseguir chegar a mais estudantes e profissionais em todo o mundo, com um ensino personalizado de alta qualidade, no material e em novos métodos. A UBI pode. O modo de funcionamento da UBI não se tornará, no entanto, mais virtual, com um aumento da importância dos módulos online para estudantes e profissionais. O ensino será uma parte central da prática académica, sempre intimamente ligada às atividades de investigação e proporcionando um contexto de aprendizagem através da integração, promovendo-se ativamente a aprendizagem. O relevante a salientar é que enquanto a digitalização continuará a expandir-se, também o será integrada no ensino da UBI, onde a presença física no campus permanecerá uma característica central. Assim, a UBI vai continuar a dar à comunidade estudantil oportunidades para desenvolver competências sociais, colaborativas próximas, designadamente, por exemplo, as empresariais. Com a
  • 24. 24 inteligência artificial, o papel dos especialistas incluindo graduados, vai mudar para a compreensão e ligando vários domínios, de forma interdisciplinar e translacional. Os objetivos e necessidades dos estudantes são e serão cada vez mais diversificados. Alguns vão procurar desenvolvimento pessoal e um grau depois de terminado o ensino secundário, enquanto outros entrarão no ensino superior em diferentes fases da sua vida e para diferentes propósitos. Por isso, acentuemos que na UBI terão acesso a uma variedade de metodologias de aprendizagem, multidisciplinares e interdisciplinares, flexíveis, por caminhos que garantem que com a sua aprendizagem estarão no centro do processo, devidamente enquadrados pelo apoio dos serviços sociais nas diferentes vertentes: saúde, habitação, desporto. E-6. A UBI, ao fornecer uma nova educação interdisciplinar, vai disponibilizar mais modalidades de apoio à aprendizagem e sobretudo ao longo da vida. Nesse sentido, a UBI vai fomentar que a educação seja parte integral do percurso laboral. A UBI irá assim associar-se com parceiros nos setores públicos e privados, na indústria e outros setores, para disponibilizar recursos de reskilling e upskilling. Estudar será mais conectado com a formação e os alunos terão, conforme já referido, mais oportunidades de participar em muitos mais programas de estágio durante a sua estadia na UBI. A comunidade estudantil vai formar-se com o conhecimento das disciplinas, mas também, e importantemente, na exposição a desafios e resolução de problemas, para melhor impactarem, positivamente a sociedade. A aprendizagem na UBI será cada vez mais centrada na pessoa - estudante. Será um processo colegial e colaborativo que envolve toda a comunidade universitária,
  • 25. 25 bem como parceiros externos. Em particular, a UBI irá incluir empresas como convidados para apresentar seminários e várias séries de aulas temáticas. E-7. Enquanto as disciplinas devem permanecer importantes para organizar e expandir o conhecimento, o ensino e aprendizagem na UBI deve ser conduzido com os novos propósitos de (1) resgatar o envolvimento interdisciplinar em regimes de avaliação académica e de reconhecimento; (2) fomentar a aprendizagem interdisciplinar; (3) fazer com que o ensino interdisciplinar seja uma maior parte do desenvolvimento profissional do pessoal académico e apoiando o pessoal académico de diferentes disciplinas no trabalho em conjunto. E-8. Novas parcerias industriais em áreas de investigação irão atrair e envolver estudantes, docentes e parceiros em percursos de aprendizagem que incutirão os valores da inovação e empreendedorismo. Muito especificamente, essa aprendizagem irá incluir e proporcionará aos alunos de doutoramento mais oportunidades, mais amplas de sintetizar o conhecimento. Esses futuros graduados irão criar soluções, adquirindo uma poderosa vantagem no mercado de trabalho e prepará-los para posições profissionais. E-9. Todas as experiências de vida de estudante, incluindo desporto praticado, atividades organizacionais, designadamente programas e eventos multiculturais, estarão abertos para aprendizagem consciente e guiada, assim como para avaliação. Acresça referir-se que na UBI se buscará por entre diversos grupos disciplinares ponderar sobre a criação de novos ciclos de cursos em agricultura, arqueologia e história, direito, relações Europeias, segurança informática, saúde e ambiente. Igualmente a inserção desde Inglês técnico ou
  • 26. 26 ética em cursos de âmbito tecnológico diverso, tal como a frequência de módulos laboratoriais e formativos de natureza tecnológica em áreas humanistas. E-10. Não irá ser descurado o mecenato por objetivos na aquisição de recursos e configuração de infraestruturas, edifícios e equipamento. E igualmente num desejável reforço de meios humanos para apoiar processos de garantia de qualidade, assim como harmonização de cursos no âmbito de novos requisitos pela União Europeia, para aumentar a mobilidade, em particular na comunidade estudantil. Investigação Porque, como é esta componente necessária O desígnio da UBI é o de realizar a liderança académica que merece. E a qual é globalmente reconhecida, pela forma como gera novas ideias e descobertas. Mas, no futuro, depende da sua capacidade de vir a ser capaz de integrar mais diversidade e complexidade em áreas de conhecimento, tópicos de investigação, perspetivas fundacionais, em amplas partilhas translacionais: a interdisciplinaridade é uma abordagem importante, baseada num comando proficiente de investigação disciplinar. Muitas novas descobertas vão acontecer na interface entre disciplinas e serão cruciais para ultrapassar os desafios. Cabe-nos, pois, congregar numa direção científica comum. Arregimentar uma visão clara para e pela UBI, como a queremos desenvolver, moldar e responder aos novos desafios ao longo desta década. A UBI está ansiosa para refletir e daí fazer ainda melhor o que já faz bem e aceitar o desafio de fazer bem novas coisas.
  • 27. 27 A UBI será, por isso, academicamente, um ecossistema global, também em rede, para a investigação, inovação e empreendedorismo: uma rede diversificada com inovadores e em todo o mundo, de forma conectada em tempo real. Para colaborar, amplificando-se e para gerar soluções. A UBI congregará uma forma de conduzir investigação e inovação, alavancada numa rede de empreendedores, sem restrições de geografia, de disciplinas, culturais e organizacionais. E isso irá reforçar na UBI a resiliência para a descoberta: a rede de aprendizagem e a rede de investigação serão semente de uma capacidade de explorar, em que se poderá mudar o foco rapidamente, em resposta às variáveis que compõem a paisagem social em contínua mudança, exigindo criatividade e inovação. A UBI vai eliminar barreiras à compreensão transcultural na investigação. Fomentar bolsas de estudo. Garantir que as soluções necessárias para manter comunidades pesquisadoras sustentáveis são baseadas numa compreensão cultural profunda dessas comunidades. A chave para o sucesso na investigação e inovação será uma UBI sem barreiras ou desconfianças, sem receios, envolvendo-se profundamente com outras partes da sociedade, enquanto firmemente enraizada nos seus valores. Operacionalmente, requer-se Descoberta e inovação sem limitações tradicionais Continuar a desenvolver investigação em temas fundamentais e também na saúde, segurança e sustentabilidade — os desafios globais que definem o caminho para comunidades em equilíbrio. Implica fazer investimentos arrojados, os necessários para
  • 28. 28 criar ou reforçar os pilares distintos de excelência, em áreas de investigação e no uso social. Quebrar as barreiras tradicionais da investigação académica – entre disciplinas, entre faculdades e entre a academia e a indústria. E promover o livre fluxo de ideias, vindas e enviadas por todo o mundo, assim de forma aberta, provocadora, resiliente e criativa buscando, alimentando o empreendedorismo e a inovação. Alargamento da rede de inovação e nos temas de investigação Um plano estratégico bem coordenado para a investigação, global e que incentiva parcerias. Com a colaboração estendendo-se a equipas que abrangem o país e o mundo, apoiado nas novas tecnologias de comunicação, a pesquisar sem quaisquer fronteiras. E em concreto, possuir novos programas de doutoramento alinhados com campos emergentes. Os programas de doutoramento bem-sucedidos proporcionarão uma compreensão profunda de problemas da indústria, questões sociais e conhecimentos transdisciplinares. Esta abordagem vai preparar estudantes de doutoramento para sintetizar através de diversos temas, de forma translacional e desenvolver as competências necessárias para realizar investigação impactante, a qual avançará a missão da UBI, criando novos conhecimentos. O que a Reitoria vai fazer A UBI será um modelo de colaboração interdisciplinar, com apoio para projetos multidisciplinares de equipas e centros de investigação. Haverá incentivos para evitar ‘casulos’ disciplinares. A UBI vai acelerar a descoberta por meio de redes colaborativas e de exploração.
  • 29. 29 I-1. Será fomentado um sistema de integração de investigadores externos nas nossas redes. A UBI também promoverá o fluxo de ideias e informação, temas de investigação, e assim elevar a sua capacidade de competir, constituir-se líder para o exterior, para financiadores e corpos de funcionários e estudantes em faculdades. I-2. Na UBI temos consciência de que a sociedade e a região enfrentam ameaças sérias advindas de implicações climáticas. A desertificação, empobrecimento dos solos, o flagelo dos incêndios. A UBI, por isso, vai investir na investigação e inovação ambiental, desde áreas de engenharia até comunicação, sobre a temática da desarborização, o turismo, maximizar a retençãoprodução de água potável e seus custos. O uso de inteligência artificial e de tratamento de dados para identificar, monitorizar arborização, combate a incêndios, por meio de tecnologia inovadora, patenteável e exportável. I-3. A ciência de materiais é uma área de investigação e inovação, desde a saúde até ao design, onde se irá investir. A UBI vai, pois, também investir na investigação e inovação de retenção de CO2 e eventual produção de materiais à base de carbono (por exemplo grafeno) como materiais do futuro. I-4. A UBI vai investir e participar no desenvolvimento de computação quântica, onde haverá conexões à inteligência artificial. É também uma oportunidade. A UBI irá apoiar a investigação e inovação em inteligência artificial e realidade virtual, no seu emprego em educação, mas também na nova Indústria 4.0, para tarefas perigosas ou rotineiras.
  • 30. 30 I-5. A UBI vai criar o serviço de apoio a bolsas de estudo e à investigação (SABEI). Mais do que apenas um centro de apoio, será um elo para apoiar o corpo docente e outros inovadores, incluindo estudantes e empregadores, construindo redes diversificadas e globais. O SABEI será uma componente chave da investigação, centrada na execução do novo Programa estratégico da UBI para 2022-2030, o digno sucessor que nos cabe tomar, iniciar e redigir, do prévio Plano UBI 2020 (Plano de Desenvolvimento Estratégico para a UBI 2012-2020). O SABEI também fornecerá formação e informação para conhecimentos especializados (por exemplo, análise estatística, visualização de dados, monitorização de edição científica, impacto das publicações de investigação). No âmbito da implementação do SABEI, a UBI irá igualmente abraçar a metodologia e participação em Ciência Aberta, tornando a investigação acessível a todos. Será a nossa forma padrão de integrar conhecimento. Mais ainda, será criado um sistema editorial diversificado, promovendo e apoiando a publicação não comercial. Os dados e outros frutos resultantes da investigação e inovação serão tornados localizável, integrativos, reutilizáveis, acessíveis - LIRA. Os investigadores serão devidamente recompensados pelas publicações. Acresce indicar que em cada faculdade ou laboratório, centro de investigação se irá identificar pelo menos duas ou três áreas científicas que possam ser apoiadas para divulgação e promoção da investigação e inovação na UBI. I-6. A UBI vai expandir a sua capacidade para inovar através da inclusão reforçada, por linhas flexíveis e não tradicionais, de funcionários (docentes e não-docentes), divididos entre a academia e a indústria, por instituições académicas, para ajudar a acelerar o
  • 31. 31 impacto da sua investigação e inovação no mundo real. A UBI vai assim alavancar talento em pesquisa, pedagogia, serviço e envolvimento da comunidade o mais amplamente possível. I-7. A UBI vai elevar a excelência e impacto dos doutoramentos que disponibiliza, com um maior apoio para novos programas, que tirarão partido da nossa investigação cada vez mais ampla, das novas capacitações digitais, de uma nova abordagem colaborativa à inovação e descoberta, com, pela e no nosso modelo educativo distinto e único. Na UBI, a investigação fundamental será orientada pela curiosidade, a condição para soluções baseadas no conhecimento, um fim em si mesmo. E mais ainda, a UBI será uma ponte entre diferentes culturas, desde a academia, comércio e finanças, start-ups, à sociedade civil e comunidades sociais e culturais. A investigação e a educação na UBI serão a base fundamental para a inovação. E tanto funcionários como estudantes, serão plenos colaboradores, equiparados e ativos para a inovação, trabalhando em equipas multidisciplinares. Por um lado, a UBI também vai atribuir reconhecimento aos pensadores ‘laterais’, que testam e desenvolvem novas ideias que ainda não são reconhecidas por colegas investigadores ou pela sociedade em geral. E por isso mesmo, a UBI facilitará o diálogo entre disciplinas e promoverá a investigação transdisciplinar. Por outro lado, equipas entre empresas e a UBI vão trabalhar, em conjunto, para enriquecer a educação, contribuir para comunidades e a sociedade em geral. Assim sendo, a UBI para congregar investigação pura e aplicada entre vários domínios e saberes, irá constituir um conselho
  • 32. 32 consultivo ao Reitor, incluindo também empresários. Para auxiliar e estimular o diálogo, vamos reforçar os meios humanos do gabinete de qualidade. Porque é preciso pensar qualidade de forma bem mais abrangente e incisiva, mais proativa e em âmbito UBIano. Vamos acelerar procedimentos relativos a aquisições, realizar ‘benchmarking’ para aferir da eficiência. Vamos verificar as durações por cada serviço em procedimentos e compras. E também para a investigação e inovação, vamos intensificar o mecenato por objetivos na aquisição de equipamento e infraestruturas. A UBI pode. Comunidade Porque, como é esta componente necessária A sociedade enfrenta desafios, acentuados e numa ansiedade de reequilibrar expectativas. Há a necessidade interdisciplinar de os abordar. Encontrar uma zona sustentável entre preocupações ecológicas, económicas e sociais, a transição digital, os quais poderão ser condicionadores dos principais desenvolvimentos políticos e impulsionadores da mudança para a nova década. Por exemplo, Por um lado, a crise climática em particular e a sustentabilidade de uma forma mais ampla, são questões urgentes. Isto levou muitas universidades, incluindo a UBI, a colocar nas suas missões de educação, investigação, inovação e cultura, o propósito de alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.
  • 33. 33 Por outro lado, a democracia e os sistemas políticos, estão sob pressão a diferentes graus de intensidade. Isto deve-se à radicalização de partes da sociedade que questionam os valores democráticos, incluindo a liberdade de expressão. Isto também ameaça a liberdade académica e a autonomia, que são a base para o esforço científico, o desenvolvimento inovador e tecnológico, que contribuem para impulsionar o progresso e o bem-estar social. Caberá às universidades, à UBI especificamente, por entre a sua variedade, os seus contextos locais, regionais e nacionais específicos, reverter algumas dessas tendências extremas e muito perigosas. Diversidade e inclusão são características de comunidades académicas fortes e dinâmicas. Igualmente, agilidade cultural, que respeite e beneficie dos pontos de vista e das qualidades individuais de cada membro. Por meio da UBI, a criatividade humana e aprendizagem têm sido cruciais para se sobreviver e prosperar. Mas a UBI também tem crescido aceleradamente e em complexidade. E nela se depositam mais expectativas sobre a inclusão e a diversidade, com uma digitalização extensa no horizonte. Tudo a ter que ser integrado no seu novo planeamento estratégico institucional de 2022-2030, que urge redigir e implementar, para suceder condignamente ao anterior de 2012-2020. Este é, pois, um ponto de viragem, um novo tempo de transformação e impulsionada por múltiplas pressões económicas, políticas e ambientais. Idem de desenvolvimentos nas
  • 34. 34 condições do Espaço Europeu de Educação, o qual será revitalizado e acentuado com exigência no seu programa central da pesquisa e aplicações de inteligência artificial. Por tudo isto, urge também na UBI um ajuste, com o propósito de se trabalhar conjuntamente. Operacionalmente, requer-se Redes ágeis, apoiadas na diversidade Comunidades com aprendizagens indutoras de resiliência e inovação, especificamente que criam mudanças através de fronteiras de todos os tipos, que as eliminam. E pela partilha generosa de conhecimentos, competências, recursos e ideias, trabalhando-se com qualquer participante, em qualquer lugar, em qualquer momento. Serão redes de aprendizagem (de diversas ideias, experiências e perspetivas) ativadas pela inclusão: fortalecendo a agilidade profissional, intelectual e cultural. A UBI será uma comunidade (incluindo estudantes e empregadores, inovadores, inclusivos, adaptáveis) resiliente na amplitude das mudanças sociais. Construir comunidades através de experiências imersivas Incutir essas características através de experiências que evoluam com uma avaliação e reflexão contínuas. Vai potenciar que se aprenda e trabalhe melhor e em conjunto, esbatendo todas as barreiras, designadamente as sociais. Ir-se-ão forjar redes
  • 35. 35 culturalmente ágeis. Isto implicará ambientes de aprendizagem e investigação, física e digital, projetados de forma holística, para acomodar as diferentes necessidades de uma comunidade universitária diversificada e permitir a flexibilidade. A UBI constituirá uma realização de cooperação construtiva, uma identidade para o futuro. O campus físico continuará a ser crucial como lugar de interação social e diálogo: vai fomentar desafios que inspiram, também oferecerá espaços para aprendizagem e investigação focadas. O campus virtual tornará a universidade omnipresente e poderá ajudar a UBI a crescer fisicamente, tornando-a mais conhecida, também potenciando o crescimento físico da própria cidade. É questão de serem desenvolvidos para melhorar o acesso de todos, a fim de se participar na investigação e aprendizagem, reforçar a cooperação, e explorar novas e inovadoras formas de prosseguir a missão UBIana. O futuro será transnacional. A UBI assentará, pois, na cooperação internacional. Afirmar o papel cívico da UBI será uma parte cada vez mais importante do seu envolvimento social. Por isso continuará a ser defensora de uma sociedade pluralista e democrática, subscritora do debate público baseado em argumentos e factos. O que a Reitoria vai fazer C-1. A UBI vai criar uma cultura diversificada e inclusiva, com responsabilidade em vários níveis para o desenvolvimento de soluções, que avancem objetivos de diversidade Qualquer um de nós pode e deve participar. A UBI também: contribuindo e construindo.
  • 36. 36 e inclusão. A UBI será um modelo nacional e internacional para o envolvimento da comunidade académica nos bairros e cidade que rodeia o nosso campus, proporcionando à nossa comunidade educativa oportunidades para desenvolverem a sua cultura e agilidade em ambientes do mundo real. Este modelo em rede na UBI (em particular para a aprendizagem experiencial ao longo da vida) significa que papéis e trajetórias tradicionais serão cada vez mais recetivos a novas experiências na aprendizagem e na investigação, por isso sendo mais acessíveis e flexíveis. A UBI vai incentivar atividades com diferentes formas de impacto, incluindo inovação social ou ciência cidadã, divulgação, mantendo em simultâneo o objetivo das suas atividades de investigação. C-2. A UBI irá também alargar a forma como serve (incluindo os estudantes, internacionais, mas também locais, os de pós-graduação), disponibilizando horários alargados: sextas feiras à tarde e noite, sábados inclusive noites e idem para pós-laboral em dias da semana. C-3. A UBI irá, pois, criar novos serviços e modelos de educação. A UBI vai fomentar também a candidatura de estudantes e funcionários por entre grupos sub-representados. Um foco muito concreto será, pois, empregue para incluir minorias e grupos sociais menos presentes, pretendendo uma maior e melhor distribuição, dando uma maior diversidade ao corpo de membros participantes no ensino na UBI.
  • 37. 37 C-4. A UBI vai trabalhar de forma bem mais próxima com Escolas Básicas e Secundárias, Profissionais, também Institutos Politécnicos e tentar que 50% de cursos tenham aprendizagem, percurso social e cooperação nesses organismos. A UBI é também uma empresa social na comunidade, pela comunidade, para a comunidade. A UBI abraça com empenho esta pressão para prover maior impacto social. Oferece-nos uma imensa oportunidade. Inclui a criação de novas parcerias e métodos para a melhoria de trocas e transferência, de mobilidade por objetivos também de investigação, em parcerias de universidade, indústria e tecnologia para abordar questões e desafios sociais. No âmbito dos objetivos de desenvolvimento sustentável apontados pelas Nações Unidas, a UBI será bem-sucedida se assumir a facilitação de colaboração intersectorial com parceiros da indústria. E isso determina a necessidade de adotar uma abordagem holística para o empreendedorismo, como uma forma de envolvimento da UBI e integrando o meio académico e o não académico, cooperando entrelaçadamente com as comunidades. Apenas o envolvimento mais sistemático de todas as partes interessadas e relevantes tornará a criação conjunta de valor social mais ampla. E assim contribuirá para as comunidades e a sociedade em geral. Mas a UBI irá além da mera cooperação universidade-empresa ou de empregador e comunidade. A UBI terá um papel transformador do futuro, agindo e contribuindo para a sociedade através do empreendedorismo ligado à comunidade, à educação e orientados para problemas investigação transdisciplinar.
  • 38. 38 C-5. A UBI defenderá a liberdade académica, que é a liberdade de pensamento e exploração para avançar o conhecimento. A liberdade de comunicar baseada sobre padrões aceites de ética académica e integridade. Por isso a UBI será ativa em debates culturais, alicerçados na argumentação e apresentação de provas. Assim a UBI apoiará a mudança, contribuindo para debates públicos, incentivando discussões abertas e baseadas em evidências, contrariando desinformação, explicando direções científicas. A UBI irá igualmente promover oportunidades para os alunos se envolverem ativamente em projetos e debates sociais que construam pontes e fomentem a compreensão em toda a sociedade. A UBI pretende promover o envolvimento cívico na sua missão universitária, incentivando a participação, o respeito pela diversidade e debate aberto como um valor comum em toda a UBI. C-6. O contributo para a cultura será primordial. A UBI será um lugar onde a cultura é criada, realizada, exposta, espalhada e discutida. As atividades artísticas e culturais continuarão a ser um elemento-chave no envolvimento da UBI com a sociedade. A UBI abraça o dever de ser guardiã do conhecimento e tradições, no envolvimento com o património cultural, continuando a promover a herança do legado do têxtil, incluindo o apoio a novas formas envolvendo tecnologias digitais. C-7. Num contexto igualmente de comunidade académica, a UBI vai lutar, procurando assumir uma liderança, na reivindicação para que uma componente do financiamento por Orçamento de Estado seja meritosa. Designadamente, em função de satisfazer critérios graduais de aquisição de competências por estudantes, qualidade aferida dos graduados e quantos estágios e empregos permitem e induzem: um orçamento sensato e alicerçado na
  • 39. 39 produção e no rendimento dos resultados obtidos. Mais autonomia financeira para permitir que a UBI tome as decisões estratégicas adequadas e promover o seu perfil institucional. Isto deve incluir também a possibilidade de diversificar as fontes de rendimento. C-8. A UBI vai fomentar uma nova e adicional abordagem de atrair potenciais estudantes. Serão divulgados desafios para resolver, imensas oportunidades de desenvolvimento e aprendizagem num âmbito do tipo “UBI needs you”. O ensino, como já aqui apresentado, irá ser reconsiderado, gradualmente, de forma a prosseguir da simples transmissão de conhecimentos para um novo paradigma, personalizado, onde se aprende participando na resolução de problemas e desafios (‘project based learning’). Incutindo uma causa e um projeto que poderá eventualmente inovar e levar à fixação na região, reequilibrar a demografia. Haverá maior enfoque no contacto com os media regionais e locais, publicidade para promover marca da UBI. Newsletters mensais das unidades investigação, áreas temáticas e faculdades, com sessões de formação sobre como comunicar com e para a imprensa. C-9. O pessoal administrativo profissional continuará a desempenhar um papel fundamental no desenvolvimento da UBI. O investimento, tanto no pessoal académico como nos outros profissionais, no seu desenvolvimento, será essencial para alavancar a transformação da UBI e enfrentar desafios. Irá garantir a qualidade de várias tarefas, desde a gestão da diversidade até à monitorização de dados e manutenção de infraestruturas. A UBI vai garantir que todos os funcionários tenham acesso a formação
  • 40. 40 contínua e desenvolvimento profissional. A UBI irá ser um local de trabalho atraente para todos. A UBI vai incutir a mais alta qualidade ao serviço da sociedade. A garantia interna da qualidade continuará a ser uma tarefa-chave para UBI. A garantia externa da qualidade apoiará a UBI nesta tarefa. A profissionalização do pessoal em todas as áreas de gestão da UBI é essencial e será gradualmente implementada, como estratégia institucional. Será apoiada como parte dos planos de desenvolvimento institucional, em particular com o já aqui citado (e nunca será demais) reforço de meios humanos e recursos materiais, designadamente de raiz informática, para um amplo e mais diverso gabinete de qualidade. É crucial reforçar um gabinete, um serviço que diagnostique as dificuldades em dar respostas atempadas e eficientes. Sobretudo nesta fase de adequação da UBI aos exigentes requisitos do novo panorama Europeu, cada vez mais competitivo, em redes de pessoas devidamente congregadas nos novos avanços da tecnologia. C-10. A UBI vai facilitar a mobilidade de docentes e funcionários administrativos entre 1º e 2º semestre ou a realização de acumulações de serviço letivo. A UBI vai estudar a reforma das carreiras académicas. Deve ser utilizando um conjunto mais alargado de práticas de avaliação para as carreiras académicas, que incluam uma ampla definição do impacto, para além dos indicadores métricos tradicionais. A UBI irá valorizar ainda mais a capacitação e valorização da Ciência Aberta na avaliação de carreira e investigação. A UBI ambiciona tornar as carreiras académicas menos precárias e mais atrativas como escolhas de vida para se desenvolver e assim reter talento. E a UBI irá pesquisar como proporcionar mais flexibilidade para as carreiras académicas:
  • 41. 41 deverá ser mais fácil permutar entre a academia e outros sectores, como as start-ups, a indústria ou a administração pública. A UBI irá explorar percursos de carreira mais permeáveis, para permitir relações mais fluidas entre a UBI e indústria, com maior aceitação por ambas as partes. C-11. A UBI vai reforçar a proteção do património, através da sua responsabilidade por edifícios históricos, e ser também lugar de experimentação com nova arquitetura. A UBI trabalhará com as comunidades à sua volta, participará em debates públicos e abordará grandes desafios sociais da cultura, dando novas interpretações ao património cultural e assim atuando como uma janela para diferentes tipos de cultura. Serão criadas parcerias e colaborações com empresas, apoio de e com outras organizações públicas, câmaras municipais e a parques de ciência e tecnologia. Por outras palavras, a UBI irá abraçar e incentivar o mecenato para a aquisição e manutenção de património, concretamente edifícios históricos. C-12. Na UBI a informação será clara e atempada, com diferentes serviços a dialogarem entre si em tarefas que os envolvam. O serviço onde se inicia o processo deve ser o responsável pelo acompanhamento até ao fim. A UBI possui burocracia interna que por vezes impede e pode dificultar a colaboração interna eou com as empresas. Mas a UBI vai ser proativa na procura direta de soluções em diálogo construtivo, recetivo e respeitador. Na comunidade UBIana, a governação garantirá a representação adequada de todos os grupos, assegurando simultaneamente processos de tomada de decisão eficientes e de
  • 42. 42 qualidade. A UBI será responsável perante as partes interessadas e a sociedade em geral. A responsabilidade será realizada através de uma governação em intercâmbio contínuo e uma latitude discricionária, junto de decisores políticos, sociedade civil, cidadãos, empresas e indústria e outros grupos sociais. A UBI pode.
  • 43. 43 Prólogo Exmo. Sr. Presidente do Conselho Geral da UBI e demais UBIanos, Saúdo a UBI, saúdo este Conselho Geral, saúdo toda a comunidade académica. Em particular, saúdo quem mais se candidatou a Reitor da UBI. Alguns dos elementos aqui apresentados poderão ser encontrados em documentação nacional ou internacional. Proponho para a UBI entrelaçá-los. Por isso, partilho este plano. Em democracia requer-se uma presença cívica, junto com a oportunidade de participar. É o procedimento para combater qualquer declínio e marginalização, para se prevenir o entrincheiramento social, as desigualdades corporativas decorrentes e deteriorar a democracia. Participo, pois, civicamente, contribuindo. Vivemos um tempo de mudança, também num tempo com algo de revolucionário. Há o que pode ser bom e deve ser aproveitado. Há o que pode representar incerteza, requer prudência. Mas a UBI sempre soube minerar por entre o seu passado e daí construir o seu futuro, na consistência das pontes do presente. A essência deste plano para a UBI assenta em três componentes: o Ensino, a Investigação e a Comunidade. E neste âmbito a comunidade UBIana está ciente das suas
  • 44. 44 responsabilidades. A comunidade UBIana usa o seu talento para subsequentemente desenvolver, disponibilizar um benefício abrangente, inclusivo, maior e mais prolongado. Na UBI temos o dever de providenciar aprendizagem, o dever de conduzir investigação com inovação, o dever de apoiar socialmente a comunidade. A UBI incentiva o ensino, promove a aprendizagem. A UBI acarinha a investigação, entusiasma a exploração, divulga a sua aplicação prática. A UBI serve socialmente a Républica. Pelo acima exposto, quem está na comunidade UBIana deve participar, esteja onde estiver, independentemente das funções que exercer. Todos temos talento. O importante é contribuir, agir, promover. Entre a incerteza do presente, mas com o respaldo de sucessos ocorridos, há que aporfiar a UBI com os desafios do futuro. É crucial unir a UBI. Não vamos desanimar, não vamos recear. Vamos crer que o que fizemos, o que fazemos e o que fizermos é acertado e por isso estamos fortalecidos. Por isso, para isso apresento este plano de ação. A UBI pode, nós conseguimos.
  • 45. 45 Conteúdo Anúncio ........................................................................................................................................ 2 Sumário........................................................................................................................................ 5 Visão ......................................................................................................................................... 6 Objetivos .................................................................................................................................. 7 Educação integrativa ........................................................................................................... 7 Investigação fundacional e translacional........................................................................... 8 Comunidade diversificada e inclusiva ................................................................................ 9 Plano Académico:...................................................................................................................... 10 Educação................................................................................................................................ 14 Porque, como é esta componente necessária....................................................................... 14 Operacionalmente, requer-se............................................................................................... 16 Aprendizagem personalizada, intercultural e humanista.................................................... 17 Educação doutoral integrada com experiência .................................................................. 18 O que a Reitoria vai fazer................................................................................................... 19 Investigação ........................................................................................................................... 26 Porque, como é esta componente necessária....................................................................... 26 Operacionalmente, requer-se............................................................................................... 27 Descoberta e inovação sem limitações tradicionais ........................................................... 27 Alargamento da rede de inovação e nos temas de investigação......................................... 28 O que a Reitoria vai fazer................................................................................................... 28 Comunidade........................................................................................................................... 32 Porque, como é esta componente necessária....................................................................... 32 Operacionalmente, requer-se............................................................................................... 34 Redes ágeis, apoiadas na diversidade................................................................................. 34 Construir comunidades através de experiências imersivas ................................................ 34 O que a Reitoria vai fazer................................................................................................... 35 Prólogo ....................................................................................................................................... 43