O documento apresenta um cronograma e informações sobre o Romantismo no Brasil, dividido em três fases. A primeira fase (1836-1852) é marcada pelo nacionalismo e exaltação da natureza, com poetas como Gonçalves Dias e José de Alencar. A segunda fase (1853-1869) é mais egocêntrica e sentimentalista, incluindo Álvares de Azevedo e Casimiro de Abreu. A terceira fase (1870-1880) tem preocupação social e denúncia, como Castro Alves.
2. Nosso Cronograma
Capítulo 09: Romantismo na Europa
Capítulo 10: Romantismo no Brasil
(Poesia Primeira Fase)
Capítulo 11: Romantismo no Brasil
(Poesia Segunda e Terceira Fase)
Capítulo 12: Prosa Indianista e Histórica
(Prosa Indianista e Histórica)
Capítulo 13: Romantismo no Brasil
(Prosa Urbana e Regional)
4. FASES DO
ROMANTISMO
PRIMEIRA GERAÇÃO
(Poesia Indianista)
Portugal - Romantismo histórico
Cavaleiros / Idade Média
Nacionalismo;
Indianismo
Gonçalves Dias
SEGUNDA GERAÇÃO
(Poesia Ultraromântica)
“mal do século”
Egocentrismo;
Sentimentalismo;
Gosto pelo macabro.
Álvares de Azevedo
Casimiro de Abreu
Fagundes Varela
Junqueira Freire
TERCEIRA GERAÇÃO
(Poesia Condoreira / Voo
condor)
Europa – Os Miseráveis
(questionamento Rev. Francesa)
Denúncia social Castro Alves
6. PRIMEIRA GERAÇÃO
CARACTERÍSTICAS
NACIONALISMO NATUREZA EXALTADA
ÍNDIO = HERÓI CENÁRIO LOCAL
1836 a 1852
GONÇALVES DE MAGALHÃES escreveu a primeira obra do
Romantismo no Brasil “Suspiros Poéticos e Saudades” (1836)
IDENTIDADE
7. PRIMEIRA GERAÇÃO
GONÇALVES DIAS
Maranhão (1823 – 1864)
1836 a 1852
Conhecido como poeta do exílio
Linguagem bastante simples
Ajudou a construir a imagem
do indígena como símbolo da
nação
Texto lírico / épico
Descendente de negro, índio e
português.;
Apaoixonado por Ana Amélia
(branca) / preconceito;
Tinha tuberculose mas morreu
afogado
8. PRIMEIRA GERAÇÃO
CANÇÃO DO EXÍLIO
1836 a 1852
"Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho, à noite —
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá."
GONÇALVES DIAS
9. PRIMEIRA GERAÇÃO
JUCA PIRAMA
1836 a 1852
Meu canto de morte
Guerreiros, ouvi:
Sou filho das selvas,
Nas selvas cresci;
Guerreiros, descendo
Da tribo tupi
Da tribo pujante,
Que agora anda errante
Por fado inconstante,
Guerreiros, nasci:
Sou bravo, sou forte,
Sou filho do Norte;
Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi.
Já vi cruas brigas,
De tribos imigas,
E as duras fadigas
Da guerra provei;
Nas ondas mendaces
Senti pelas faces
Os silvos fugaces
Dos ventos que amei.
Andei longes terras
Lidei cruas guerras,
Vaguei pelas serras
[…]
PARTE QUATRO DO POEMA
GONÇALVES DIAS
10. PRIMEIRA GERAÇÃO
JOSÉ DE ALENCAR
Fortaleza (1829-1877)
1836 a 1852
Fundador do romance de
temática nacional
Dividida em períodos: indianista,
urbano, regionalista e histórico
Patrono da cadeira fundada
por Machado de Assis na
Academia Brasileira de Letras
Multiplicidade de paisagens geográficas;
Diversidade de períodos históricos
contemplados.
Alencar estudou na Faculdade de
Direito do Largo São Francisco,
em São Paulo.
Morou no Rio de Janeiro, onde
exerceu a profissão de jornalista,
tornando-se chefe de redação
no Diário do Rio de Janeiro.
Escreveu crônicas e críticas
literárias.
12. PRIMEIRA GERAÇÃO
IRACEMA
Martim – Iracema
“Virgem dos lábios de
mel”.
Ataca Martim com sua
lança.
JOSÉ DE ALENCAR, FORTALEZA (1829 –
1865
1836 a 1852
13. SEGUNDA GERAÇÃO
SEGUNDA GERAÇÃO
(Poesia Ultraromântica)
“mal do século”
Egocentrismo;
Sentimentalismo;
Gosto pelo macabro.
Álvares de Azevedo
Casimiro de Abreu
Fagundes Varela
Junqueira Freire
1853 a 1869
14. SEGUNDA GERAÇÃO
CARACTERÍSTICAS
DOR EXAGERADA EGOCENTRISMO (EU)
SOLIDÃO / TRISTEZA /
ABANDONO / CHORAR MORBIDEZ
Cemitério da Consolação (poetas USP)
FUGIR DO REAL ÓPIO + ÁLCOOL
AMOR COM SANGUE /
MELANCOLIA EXAGERO
1853 a 1869
15. SEGUNDA GERAÇÃO
ÁLVARES DE AZEVEDO
SP (1831 – 1852)
“Poeta Maior”
Aos 12 anos traduziu
Lord Byron(Londres) para o português
Marcado por
“Lira dos 20 anos”
Faleceu aos 21 anos de
tuberculose;
Extremamente tímido
Encarou a morte como
solução para todos os
problemas
1853 a 1869
16. SEGUNDA GERAÇÃO
Dividido em 3 partes:
- Medo de amar
(idealização)
- Ironia desse medo de amar
- Retomada do medo de
amar
PUBLICADO EM 1853
ÁLVARES DE AZEVEDO, SP (1831 – 1852)
1853 a 1869
17. SEGUNDA GERAÇÃO
É uma narrativa;
Construída em 7 partes;
Simboliza a cidade de SP em
uma taverna (pub);
Orgia e prostituição;
Diferentes pessoas
conviviam nesse caldo
social misturado.
ÁLVARES DE AZEVEDO, SP (1831 – 1852)
PUBLICADO EM 1853
1853 a 1869
18. CASIMIRO DE ABREU
RJ (1839 – 1860)
“Poeta Menor”
Poeta do dilema
“amor e medo”
Admira grandes poetas
como Gonçalves Dias
SEGUNDA GERAÇÃO
Trabalhou no comércio a partir
dos 13 anos de idade
1853 a 1869
Poeta da saudade
“Viveu preso a saudade da
infância”
19. SEGUNDA GERAÇÃO
Livro em poesia;
Poesia da sua inspiração;
Poesia em homenagem
aos poetas de seu
momento.
CASIMIRO DE ABREU, RJ (1839 – 1860)
1853 a 1869
20. SEGUNDA GERAÇÃO
FAGUNDES VARELA
RJ (1841 – 1875)
Alcoólatra com 14 anos de
idade
Escreve Cântico do Calvário para seu filho
Emiliano
Matou seu filho Emiliano
sem intencionalidade e
perdeu a sanidade
Marca a transição da
segunda para a terceira fase
do romantismo
1853 a 1869
21. SEGUNDA GERAÇÃO
FAGUNDES VARELA, RJ (1841 – 1875)
Eras na vida a pomba predileta
Que sobre um mar de angústias conduzia
O ramo da esperança. - Eras a estrela
Que entre as névoas cintilava
Apontando o caminho ao pegureiro
(guardador de gado, pastor)
[…]
Cântico do Calvário (1865)
1853 a 1869
22. SEGUNDA GERAÇÃO
JUNQUEIRA FREIRE
BAHIA (1832 – 1855)
Último poeta da segunda
geração romântica
Ingressou na religião por conta
de sua família (decepção
religiosa)
Amor pela morte
1853 a 1869
Mistura religião e satanismo
Muitos confundem a poesia de
Junqueira Freire com a de
ÁLVARES DE AZEVEDO
23. SEGUNDA GERAÇÃO
JUNQUEIRA FREIRE
BAHIA (1832 – 1855)
1853 a 1869
DELÍRIO DA MORTE
"Amei-te sempre: – e pertencer-te quero
Para sempre também, amiga morte.
Quero o chão, quero a terra - esse
elemento
que não se sente dos vaivéns da sorte."
ABREU, Casimiro de. Delírio da morte. In: Grandes poetas românticos do
Brasil. São Paulo: Lep, 1949.
JUNQUEIRA FREIRE, bAHIA (1832 – 1855)
24. TERCEIRA GERAÇÃO
(Poesia Condoreira / Voo
condor)
Europa – Os Miseráveis
(questionamento Rev. Francesa)
Denúncia social Castro Alves
CONDOR
Ave que vive nos Andes
(voo livre do Condor)
1870 a 1880
TERCEIRA GERAÇÃO
25. TERCEIRA GERAÇÃO
CARACTERÍSTICAS
PREOCUPAÇÃO
SOCIAL
PROBLEMA CONJUNTURAL (ABOLIÇÃO DA
ESCRAVATURA)
IMPÉRIO DE DOM PEDRO II, DEPENDIA DA MÃO-DE-
OBRA ESCRAVA;
SEM A ESCRAVATURA SAIRIA O IMPÉRIO E VIGORARIA
A REPÚBLICA.
ANÁLISE VOLTADA PARA UM
COMPORTAMENTO
DENÚNCIA SOCIAL
1870 a 1880
POETA DO AMOR VIVIDO
(REAL)
TRANSIÇÃO PARA O REALISMO
26. CASTRO ALVES
BAHIA (1847 – 1871)
“Poeta dos
Escravos”
Sintetizou a abolição da
escravatura
Apesar do Romantismo afastar-se da Idéia Clássica, a obra
Navio Negreiro aproxima-se dos valores épicos de Camões
(versos decassílabos).
1870 a 1880
Fazia discursos em forma
de poesia
EUGÊNIA
CÂMARA
Lírismo erótico (poeta imoral)
TERCEIRA GERAÇÃO
27. Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus,
Se eu deliro... ou se é verdade
Tanto horror perante os céus?!...
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
Do teu manto este borrão?
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão! ...
CASTRO ALVES, BAHIA (1847 – 1871)
TERCEIRA GERAÇÃO
28.
29. ROMANCE URBANO
ROMANCE URBANO = Mais lido no século XIX;
Retrata costumes e o dia a dia do público leitor da
época.
TRANSIÇÃO PARA O REALISMO
30. ROMANCE GÓTICO
ROMANCE GÓTICO = Se assemelha a escritores
como Lord Byron e Edgar Allan Poe;
Oposição aos valores da sociedade burguesa;
Satanismo / Mistério / Sonho / Loucura.
TRANSIÇÃO PARA O REALISMO