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A CULTURA DO MOSTEIRO
Arte Românica 
O INÍCIO DA IDADE MÉDIA
Este meu relatório tem como
principal objectivo enquadrar no
tempo e no espaço a arte dos
mosteiros e reconhecer, analisar e
identificar na arte as suas
características. Reflectir sobre as
manifestações artísticas e sua
estética. Desta forma este relatório
está dividido numa parte teórica,
demonstrando o que levou a estas
alterações sociais e políticas e por
outra parte estritamente reservada à
arte.
CONTEXTUALIZAÇÃO
O longo e poderoso
Império romano
começou a enfraquecer.
E é aí que os bárbaros-
germanicos começaram
a crescer e a tomar posse
dos diversos países. Estas
mudanças criaram
alguns pontos cruciais
na história:
Enfraquecimento da
mercadoria
mercantil;
Declínio e redução
de centros urbanos
Desorganização da
administração
pública
Profunda depressão
demográfica
Nos séculos seguintes, com o aumento de
invasões e de falta de alimentos, o barbarismo
começou a aumentar e acentuou-se ainda
mais a ruralização.
 A falta de segurança e o medo constante
tornou a população grotesca, mal educada,
com maus costumes de higiene e cavaleiresca.
Com uma Europa extremamente
enfraquecida e frágil por todas as
calamidades que a atingiram (doenças,
invasões, falta de conhecimentos agrícolas,
etc), foi a oportunidade perfeita para o
cristianismo se afirmar. Sendo a única fonte
de fé e esperança para as pessoas daquela
época, a Igreja teve um papel fundamental na
vida social e religiosa na Europa. A partir de
381, o cristianismo foi considerado a única
religião oficial do Estado Romano.
No entanto, a partir
do ano Mil, sentia-se
uma mudança.
Começou a haver
um recuo dos povos
invasores e uma
redução no número
de guerras. Com um
quadro tão positivo,
a cultura agrícula
cresce como nunca
antes. E como a
população estava
com melhores
condições
alimentares, vemos
um crescimento
demográfico
enorme e um
renascimento do
comércio. Com mais
pessoas e comércios,
houve uma geração
de movimento
inimaginável nas
cidades, e os bispos
aproveitaram para
colocarem lá as suas
dioceses.
Como foi já referido acima, a Igreja ganhou imenso poder
com os fiéis que precisavam de um sentido para a vida.
 No entanto o papel da Igreja Medieval não foi somente
religioso:
Eles ajudaram imenso no papel civilizacional, com
inovações agrículas, hábitos menos bárbaros e
conservação do conhecimento das letras. 
Por tudo isto, a Igreja era também um poço de todo o
conhecimento, cultura e arte da altura, que estava
concentrada nos mosteiros.
VIDANOMOSTEIRO
Os mosteiros eram extremamente respeitados e, por isso,
uma série de regras rondava á sua volta:
O abade era considerado o pai e mestre dos restantes
irmãos;
A comunidade tinha como princípios básicos os da
obediência, silêncio e humildade por Deus.
Nada se deveria antepor ao culto religioso 
As orações deveriam ser realizadas de hora a hora
Os mosteiros eram como pequenos mundos
individuais isolados do resto do mundo, fechados
ao resto da população com muralhas e portas,
constantemente vigiadas. Apenas era aberto ao
exterior em certos horários e parar determinadas
pessoas: Clérigos seculares ou de outras Igrejas
tinham os maiores privilégios; Os nobres também
não ficavam muito atrás enquanto os restantes
não passavam da hospedaria a eles destinada, e
que ficava junto à entrada, não tinham nem
contacto com os monges.
Mas, apesar de ser um local isolado, eles
prestavam diversos serviços para a sua
comunidade, sendo os mais importantes os
seguintes:
O serviço religioso dado à população, pois vivia-se uma
época muito religiosa, então eles acabavam por dar
esperança àqueles que lhes pediam ajuda.
Eles eram o grupo social mais instruído. Sabiam ler,
escrever e contar.
Ajudavam, em termos médicos, aos mais desfavorecidos.
Eles acolhiam principalmente doentes, peregrinos e
mendigos.
Por causa de estarem muito tempo isolados, o seu
principal trabalho era a cópia de importantes livros.
Eram por isso copistas. Além disso, decoravam estas
mesmas cópias com cores e ouro: iluminuras.
Não menos importante, contribuíram para o
desbravamento dos terrenos desaproveitados, sendo
tardiamente usados para a agricultura.
Estes
regulamentos
definiam e
traziam ordem
à vida dos
padres e dos
monges.
Quando estas
não eram
respeitadas,
havia punições
como:
Flagelamento,
isolamento, jejum,
abstinência e meditação. 
Com as invasões bárbaras, muito conhecimento e
panorama cultural desapareceram. A população era
mais rude e não tinha o mesmo grau de sabedoria dos
romanos. O analbabetismo tornou-se o maior inimigo
à inteligência humana daquele tempo, sendo que
apenas padres e monges possuíam riqueza cultural, nos
seus mosteiros isolados.
Carlos Magno é um
grande nome pois a
partir do séc. IX ele
fez o chamado
“renascimento
carolíngio”, pois ele
precisava de um
grupo de pessoas
que o ajudassem no
gerenciamento da
sua chancelaria. 
 Tendo isso em
conta, ele criou
uma escola
chamada “Aula
Palatina” e uma
biblioteca, para
ajudar na
divulgação do
conhecimento.
O maior número de alfabetos estavam na classe
eclesiástica pois eles precisavam de fazer cópias à mão
de importantes escrituras antigas. Embora fosse um
trabalho repetitivo e monótono, é de extremo valor
uma vez que é graças a eles que temos tanta
informação do passado.
ARTE
Mesmo sendo uma sociedade inculta e com pouco
conhecimento de escrita e sem acesso à arte, temos
bastante obras daquele tempo, especialmente
arquitetónicas.
O estilo Românico, que se situou entre os séculos IX e
XI, teve inúmeras fontes de inspiração, a herança
clássica. Foi um estilo que combinou influênicas
Romanas, Orientais e Germânicas. Compilando tudo
e trazendo-nos o melhor de cada época, foi um
período riquíssimo para a arquitetura.
ARQUITETURA
São Bento é
o
responsável
pela
estrutura
dos
mosteiros:
Equilíbrio
geométrico;
Módulo
com a
largura da
nave central
da igreja.
Arquitetura dos
Mosteiros
Ele
também
foi o
arquiteto
da “Abadia
de Saint-
Gall”, e
essa foi o
seu modelo
original
para as
construçõe
s de todos
os outros
mosteiros.
Esta Arquitetura é denominada dessa forma pois são as primeiras manifestações artísticas dos cristãos, quando a religião estava em expansão.
Este estilo situa-se entre o ano 200 e o séc. VI.
Igrejas- As igrejas paleocristãs tiveram dois modelos base:
Planta
centrada-
formas
circulares,
octogonais ou
em cruz grega
e coberturas
em cúpula e
meia cúpula.
Um exemplo
é a Igreja de
São Vital de
Ravena. 
Planta basilical-
cruz latina, com
3 ou 5 naves
separadas por
arcadas,
colunatas
cobertas por
tetos em
madeira. Um
exemplo é a
Basílica de São
Pedro do
Vaticano.
Arte Paleocristã
Batistérios e Mausoléus preferiram
usar a planta centrada com cúpulas
sobre a sala central
Arte Bizantina
Esta Arte provém do Ex-Império Romano do Oriente. É designada desta maneira devido à sua capital, e juntou influências helenísticas, judaicas e
cristãs.
O grande protagonista da
arquitetura bizantino é a cúpula.
Como podemos constatar, não é
apenas um elemento arquitetônico
decorativo, pois corresponde à
concepções estéticas fundamentadas
em um simbolismo preciso. A
cúpula não possui seu sentido em si
mesma, mas sim naquilo que
representa: a abóbada celeste.
A cúpula representa o céu e sua base a terra, assim, o edifício completo representa uma
imagem do cosmos.
Santo apolinário, o Novo
Igreja de santa sofia de constantinopla
Igreja São vital
Exemplos
ARQUITETURA
ROMÂNICA
Tendo como principal
tema a religiosidade,
representou uma Época
em que a Igreja estava a
ganhar força, sendo por
isso um dos grandes
símbolos do que se
viveu nos séculos XI e
XII. O estilo é visto
principalmente nas
igrejas católicas
construídas após a
expansão do
cristianismo pela
Europa e foi o primeiro
depois da queda do
Império Romano a
apresentar
características comuns
em várias regiões. Até
então a arte tinha se
fragmentado em vários
estilos, sendo o
românico o primeiro a
trazer uma unidade
nesse panorama.
Este estilo espalhou-se tanto pois
era um reflexo do que se passava
na Cristandade:
Um tempo de estabilidade devido
ao fim das grandes invasões E
pela reorganização administrativa
levada a cabo pelas primeiras
monarquias.
Um renascimento da economia
através da agricultura e do
comércio
Crescimento urbano  
IGREJAS "DESDE AS SIMPLES CAPELAS
RURAIS ÀS OSTENTADORAS
IGREJAS DOS CENTROS DE
PEREGRINAÇÃO."
Embora houvesse uma grande
variedade regional e cada zona se
identificassse com diferentes
elementos na sua igreja, havia 2 tipos
principais de plantas.
Tipos de Plantas
De Planta Centrada, que tinha a forma de
uma cruz grega, podia ser hexagonal,
octogonal ou circular.
Este tipo de planta tinha influência oriental, mas era
muito pouco usada.
Planta Centrada
Planta de tipo Basilical, em forma de cruz latina, com 3, 5
ou 7 naves.
Sempre com a orientação este-oeste
A nave principal é mais alta e mais larga que as laterais 
O comprimento da igreja é um múltiplo da largura da
nave central
A basilical era muito mais usada, compratativamente ao
modelo anterior.
Planta do tipo Basilical
As diferentes áreas O transepto, é a parte que atravessa
perpendicularmente o corpo principal perto do
coro e dá à Igreja a sua planta em cruz.
No centro do transepto temos o cruzeiro que
constitui um elemento muito importante do
sistema de iluminação e arejamento da Igreja.
Temos também a ábside principal. É o local onde
toda a decoração se une numa profusão iconográfica
de mosaicos, esculturas e pintura e para onde o olhar
do fiel é direcionado.
A circundar a capela-mor está o deambulatório, que
serve para a procissão dos fiéis em torno do altar-
mor e dá acesso às capelas que radiam em torno da
abside
O coro, que se situava na capela-mor, e permitia aos
aderentes da comunidade clerical cantar os seus
cânticos
Outra parte fundamental das Igrejas de
peregrinação era a cripta. Que continha os restos
mortais de santos ou suas relíquias. 
Por último, o nártex, era o local destinado a abrigar
todos os não batizados, pessoas possuídas pelo
demónio, e penitentes.
A nave é o local referente à ala central da igreja onde
se reúnem os fiéis, de modo a assistirem ao serviço
religioso.
A nave lateral é outro local disponibilizado aos fiéis,
para assistirem às missas e a outros tipos de
celebrações.
As torres servem tanto como elemento de decoração
exterior, mas também são o grande suporte do
edifício, sendo que todo o peso se concentra nelas. 
Alpendre é o primeiro local da igreja, que permite
acesso ao interior do edifício religioso.
Capela radiante é onde se encontra grande parte dos
elementos decorativos do interior da igreja, assim
como se armazena alguns dos materiais religiosos.
O deambulatório é o "corredor" que permite aos
elementos da Igreja circularem entre as diferentes
zonas.
Sistemas de cobertura
Tal como qualquer casa, as Igrejas também precisavam de
teto, afinal de contas, era um local de extrema
importância. Mas não bastava colocar um pouco de pedra
sobre a cabeça dos fiéis para dar por terminada a obra.
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beleza das Igrejas.  

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A Arte dos Mosteiros Românicos

  • 1. A CULTURA DO MOSTEIRO Arte Românica 
  • 2. O INÍCIO DA IDADE MÉDIA Este meu relatório tem como principal objectivo enquadrar no tempo e no espaço a arte dos mosteiros e reconhecer, analisar e identificar na arte as suas características. Reflectir sobre as manifestações artísticas e sua estética. Desta forma este relatório está dividido numa parte teórica, demonstrando o que levou a estas alterações sociais e políticas e por outra parte estritamente reservada à arte.
  • 4. O longo e poderoso Império romano começou a enfraquecer. E é aí que os bárbaros- germanicos começaram a crescer e a tomar posse dos diversos países. Estas mudanças criaram alguns pontos cruciais na história: Enfraquecimento da mercadoria mercantil; Declínio e redução de centros urbanos Desorganização da administração pública Profunda depressão demográfica Nos séculos seguintes, com o aumento de invasões e de falta de alimentos, o barbarismo começou a aumentar e acentuou-se ainda mais a ruralização.  A falta de segurança e o medo constante tornou a população grotesca, mal educada, com maus costumes de higiene e cavaleiresca.
  • 5. Com uma Europa extremamente enfraquecida e frágil por todas as calamidades que a atingiram (doenças, invasões, falta de conhecimentos agrícolas, etc), foi a oportunidade perfeita para o cristianismo se afirmar. Sendo a única fonte de fé e esperança para as pessoas daquela época, a Igreja teve um papel fundamental na vida social e religiosa na Europa. A partir de 381, o cristianismo foi considerado a única religião oficial do Estado Romano. No entanto, a partir do ano Mil, sentia-se uma mudança. Começou a haver um recuo dos povos invasores e uma redução no número de guerras. Com um quadro tão positivo, a cultura agrícula cresce como nunca antes. E como a população estava com melhores condições alimentares, vemos um crescimento demográfico enorme e um renascimento do comércio. Com mais pessoas e comércios, houve uma geração de movimento inimaginável nas cidades, e os bispos aproveitaram para colocarem lá as suas dioceses.
  • 6. Como foi já referido acima, a Igreja ganhou imenso poder com os fiéis que precisavam de um sentido para a vida.  No entanto o papel da Igreja Medieval não foi somente religioso: Eles ajudaram imenso no papel civilizacional, com inovações agrículas, hábitos menos bárbaros e conservação do conhecimento das letras.  Por tudo isto, a Igreja era também um poço de todo o conhecimento, cultura e arte da altura, que estava concentrada nos mosteiros.
  • 8. Os mosteiros eram extremamente respeitados e, por isso, uma série de regras rondava á sua volta: O abade era considerado o pai e mestre dos restantes irmãos; A comunidade tinha como princípios básicos os da obediência, silêncio e humildade por Deus. Nada se deveria antepor ao culto religioso  As orações deveriam ser realizadas de hora a hora Os mosteiros eram como pequenos mundos individuais isolados do resto do mundo, fechados ao resto da população com muralhas e portas, constantemente vigiadas. Apenas era aberto ao exterior em certos horários e parar determinadas pessoas: Clérigos seculares ou de outras Igrejas tinham os maiores privilégios; Os nobres também não ficavam muito atrás enquanto os restantes não passavam da hospedaria a eles destinada, e que ficava junto à entrada, não tinham nem contacto com os monges.
  • 9. Mas, apesar de ser um local isolado, eles prestavam diversos serviços para a sua comunidade, sendo os mais importantes os seguintes: O serviço religioso dado à população, pois vivia-se uma época muito religiosa, então eles acabavam por dar esperança àqueles que lhes pediam ajuda. Eles eram o grupo social mais instruído. Sabiam ler, escrever e contar. Ajudavam, em termos médicos, aos mais desfavorecidos. Eles acolhiam principalmente doentes, peregrinos e mendigos. Por causa de estarem muito tempo isolados, o seu principal trabalho era a cópia de importantes livros. Eram por isso copistas. Além disso, decoravam estas mesmas cópias com cores e ouro: iluminuras. Não menos importante, contribuíram para o desbravamento dos terrenos desaproveitados, sendo tardiamente usados para a agricultura. Estes regulamentos definiam e traziam ordem à vida dos padres e dos monges. Quando estas não eram respeitadas, havia punições como: Flagelamento, isolamento, jejum, abstinência e meditação. 
  • 10. Com as invasões bárbaras, muito conhecimento e panorama cultural desapareceram. A população era mais rude e não tinha o mesmo grau de sabedoria dos romanos. O analbabetismo tornou-se o maior inimigo à inteligência humana daquele tempo, sendo que apenas padres e monges possuíam riqueza cultural, nos seus mosteiros isolados. Carlos Magno é um grande nome pois a partir do séc. IX ele fez o chamado “renascimento carolíngio”, pois ele precisava de um grupo de pessoas que o ajudassem no gerenciamento da sua chancelaria.   Tendo isso em conta, ele criou uma escola chamada “Aula Palatina” e uma biblioteca, para ajudar na divulgação do conhecimento. O maior número de alfabetos estavam na classe eclesiástica pois eles precisavam de fazer cópias à mão de importantes escrituras antigas. Embora fosse um trabalho repetitivo e monótono, é de extremo valor uma vez que é graças a eles que temos tanta informação do passado.
  • 11. ARTE
  • 12. Mesmo sendo uma sociedade inculta e com pouco conhecimento de escrita e sem acesso à arte, temos bastante obras daquele tempo, especialmente arquitetónicas. O estilo Românico, que se situou entre os séculos IX e XI, teve inúmeras fontes de inspiração, a herança clássica. Foi um estilo que combinou influênicas Romanas, Orientais e Germânicas. Compilando tudo e trazendo-nos o melhor de cada época, foi um período riquíssimo para a arquitetura.
  • 14. São Bento é o responsável pela estrutura dos mosteiros: Equilíbrio geométrico; Módulo com a largura da nave central da igreja. Arquitetura dos Mosteiros Ele também foi o arquiteto da “Abadia de Saint- Gall”, e essa foi o seu modelo original para as construçõe s de todos os outros mosteiros.
  • 15. Esta Arquitetura é denominada dessa forma pois são as primeiras manifestações artísticas dos cristãos, quando a religião estava em expansão. Este estilo situa-se entre o ano 200 e o séc. VI. Igrejas- As igrejas paleocristãs tiveram dois modelos base: Planta centrada- formas circulares, octogonais ou em cruz grega e coberturas em cúpula e meia cúpula. Um exemplo é a Igreja de São Vital de Ravena.  Planta basilical- cruz latina, com 3 ou 5 naves separadas por arcadas, colunatas cobertas por tetos em madeira. Um exemplo é a Basílica de São Pedro do Vaticano. Arte Paleocristã
  • 16. Batistérios e Mausoléus preferiram usar a planta centrada com cúpulas sobre a sala central
  • 17. Arte Bizantina Esta Arte provém do Ex-Império Romano do Oriente. É designada desta maneira devido à sua capital, e juntou influências helenísticas, judaicas e cristãs. O grande protagonista da arquitetura bizantino é a cúpula. Como podemos constatar, não é apenas um elemento arquitetônico decorativo, pois corresponde à concepções estéticas fundamentadas em um simbolismo preciso. A cúpula não possui seu sentido em si mesma, mas sim naquilo que representa: a abóbada celeste.
  • 18. A cúpula representa o céu e sua base a terra, assim, o edifício completo representa uma imagem do cosmos.
  • 19. Santo apolinário, o Novo Igreja de santa sofia de constantinopla Igreja São vital Exemplos
  • 21. Tendo como principal tema a religiosidade, representou uma Época em que a Igreja estava a ganhar força, sendo por isso um dos grandes símbolos do que se viveu nos séculos XI e XII. O estilo é visto principalmente nas igrejas católicas construídas após a expansão do cristianismo pela Europa e foi o primeiro depois da queda do Império Romano a apresentar características comuns em várias regiões. Até então a arte tinha se fragmentado em vários estilos, sendo o românico o primeiro a trazer uma unidade nesse panorama. Este estilo espalhou-se tanto pois era um reflexo do que se passava na Cristandade: Um tempo de estabilidade devido ao fim das grandes invasões E pela reorganização administrativa levada a cabo pelas primeiras monarquias. Um renascimento da economia através da agricultura e do comércio Crescimento urbano  
  • 22. IGREJAS "DESDE AS SIMPLES CAPELAS RURAIS ÀS OSTENTADORAS IGREJAS DOS CENTROS DE PEREGRINAÇÃO."
  • 23. Embora houvesse uma grande variedade regional e cada zona se identificassse com diferentes elementos na sua igreja, havia 2 tipos principais de plantas. Tipos de Plantas
  • 24. De Planta Centrada, que tinha a forma de uma cruz grega, podia ser hexagonal, octogonal ou circular. Este tipo de planta tinha influência oriental, mas era muito pouco usada. Planta Centrada
  • 25. Planta de tipo Basilical, em forma de cruz latina, com 3, 5 ou 7 naves. Sempre com a orientação este-oeste A nave principal é mais alta e mais larga que as laterais  O comprimento da igreja é um múltiplo da largura da nave central A basilical era muito mais usada, compratativamente ao modelo anterior. Planta do tipo Basilical
  • 26. As diferentes áreas O transepto, é a parte que atravessa perpendicularmente o corpo principal perto do coro e dá à Igreja a sua planta em cruz. No centro do transepto temos o cruzeiro que constitui um elemento muito importante do sistema de iluminação e arejamento da Igreja. Temos também a ábside principal. É o local onde toda a decoração se une numa profusão iconográfica de mosaicos, esculturas e pintura e para onde o olhar do fiel é direcionado. A circundar a capela-mor está o deambulatório, que serve para a procissão dos fiéis em torno do altar- mor e dá acesso às capelas que radiam em torno da abside
  • 27. O coro, que se situava na capela-mor, e permitia aos aderentes da comunidade clerical cantar os seus cânticos Outra parte fundamental das Igrejas de peregrinação era a cripta. Que continha os restos mortais de santos ou suas relíquias.  Por último, o nártex, era o local destinado a abrigar todos os não batizados, pessoas possuídas pelo demónio, e penitentes. A nave é o local referente à ala central da igreja onde se reúnem os fiéis, de modo a assistirem ao serviço religioso.
  • 28. A nave lateral é outro local disponibilizado aos fiéis, para assistirem às missas e a outros tipos de celebrações. As torres servem tanto como elemento de decoração exterior, mas também são o grande suporte do edifício, sendo que todo o peso se concentra nelas.  Alpendre é o primeiro local da igreja, que permite acesso ao interior do edifício religioso. Capela radiante é onde se encontra grande parte dos elementos decorativos do interior da igreja, assim como se armazena alguns dos materiais religiosos. O deambulatório é o "corredor" que permite aos elementos da Igreja circularem entre as diferentes zonas.
  • 29. Sistemas de cobertura Tal como qualquer casa, as Igrejas também precisavam de teto, afinal de contas, era um local de extrema importância. Mas não bastava colocar um pouco de pedra sobre a cabeça dos fiéis para dar por terminada a obra. Eles usaram diferentes técnicas para explorar e realçar a beleza das Igrejas.