1. Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)
Centro de Educação (CEDUC)
Departamento de História
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID/CAPES)
Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Solon de Lucena
Série: 2º “C” “D” C/H: 1h/a Turno: Tarde
Data: 29/03/2017
Professor Supervisor: Rafael da Silva Abreu
Bolsistas: Aline de Souza Silva
Beatriz Dos Santos Batista
Diego Emmanuel Aquino Marinheiro
Olivia Maria Paulino Belmino de Souza
Ruhama Souto Santana Figueiredo
A questão do indígena no Peru e México hoje em dia.
Em um primeiro momento é necessário analisar o contexto do índio hoje em dia, a
exclusão do indígena vem desde a história que o retrata nos seus contextos apenas na
colonização portuguesa e que mostra o indígena como ingênuo, de fácil manipulação e
dominação. Os índios são considerados os primeiros habitantes do Brasil, '' descobridores '', seu
papel que desde sempre foi visto como incapaz, aliado com inferioridade por seus costumes e
etnia. A história acaba retratando e mostrando apenas esse lado e isso contribui para perpetuar
uma imagem negativa do indígena, o indígena que teve papel tão importante na nossa história,
acaba por ser esquecido pela própria história como também ignorado e tratado como indiferença
nos dias atuais.
O Brasil é o país com a maior quantidade de povos indígenas, ao somar 305 (900.000
pessoas, 0,5% de sua população), seguido por Colômbia (102), Peru (85), México (78) e Bolívia
(39). No território do Peru, se encontram os povos descendentes dos Incas, é sabido que não se
detém a mesma alegria e força que tinha antes, esse povo sofreu profundas mudanças desde a
ruína dos incas; um povo que era tão entusiasmado, hoje vive apenas para o trabalho e
suprimento das necessidades básicas, no trabalho são aproveitados nas fazendas de cultivo de
café, cacau, mandioca ou em trabalhos de mineração, uns dos únicos dos divertimentos deles
são a música e a dança , utilizam os mesmos instrumentos utilizados no tempo do império dos
incas, '' as quenas '' que tem um som agradável e os dão a sensação de recordação e saudade.
Não obstante, pesquisas da Survival estima que existam 15 tribos de índios isolados no Peru;
povos que enfrentam inúmeras ameaças as suas terras, sobrevivência e até mesmo de vida, se
nenhuma providência for tomada é possível que desapareçam totalmente. Por outro lado, essas
tribos isoladas são extremamente vulneráveis ao contato com forasteiros, tendo em vista que
não possuem imunidade contra as doenças ocidentais trazidas, mesmo com as leis internacionais
que garantem ao índio o direito a terra e direito de viverem nelas como bem desejarem, é visto
que essas leis não são respeitadas pelo governo Peruano e pelos forasteiros, pode-se afirmar que
as maiores ameaças aos índios são os madeireiros ilegais e as empresas petrolíferas, essas
ameaças são perigosas para os índios justamente pelo acesso que passam a ter sobre suas terras,
sem contar as doenças que esses invasores trazem consigo, com isso a maioria dos indígenas do
Peru preferem viver em isolamento e reagem de forma agressiva para defender seu território ou
acabam por deixar sinais de que não querem ser incomodados .
Já no México dá-se muito valor ao passado indígena. Tesouros arqueológicos das
culturas pré-hispânicas dos Mayas, Zapotecas ou Totonacas são escavados com grande
investimento. Mas lidar com o presente indígena, isto é, com os descendentes diretos dos
habitantes originais do país - os chamados índios - já é mais complicado. Após séculos de
políticas preocupadas em integrar os povos originais à sociedade, mas sem levar em conta seus
costumes, o México se encontra imerso no que vários analistas consideram como uma nova
etapa histórica, baseada no respeito às suas próprias formas de vida, que, por sua vez, não está
2. isenta de complicações. Pode-se afirmar que as comunidades indígenas do México enfrentam as
piores condições educativas e socioeconômicas, além da discriminação. Quase 50% de sua
população, o que equivale dizer cerca de 3,4 milhões de pessoas, não tem acesso aos bens e
serviços públicos que o Estado deveria lhes garantir. Sendo que os mais pobres são aqueles que
mais sofrem com a parte da pobreza, são aqueles que mais sofrem a ruptura de seus direitos
sociais e com as limitações de suas capacidades e possibilidades de alcançarem melhores níveis
de bem estar social, junto com a pobreza se soma as baixas condições de alimentação, moradia e
educação e na saúde que são tratados com discriminação nos momentos de atendimento, por
último, a discriminação que sofrem no México, a qual se reflete em uma pesquisa realizada pelo
Conselho Nacional para Prevenir a Descriminação, onde 44% dos mexicanos consideram que
não são respeitados os direitos dos povos indígenas no país. Neste contexto, aparecem as
políticas de "integração" que foram desenvolvidas no México já no século XX, as mesmas que
se tivessem ocorrido atualmente, teriam representado um "etnocídio" e um crime contra a
humanidade, já que, segundo o analista, "essas políticas forçavam os povos indígenas a adotar
os gestos e comportamentos da cultura dominante'' , no entanto, o especialista advertiu que
ainda existe uma "brecha de implementação" nessas medidas. Isso porque, apesar das leis que
defendem os interesses dos povos indígenas, em muitos casos elas "não são conhecidas,
aplicadas e nem fiscalizadas".