Lei 11.645

Lei nº 11.645
História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena no Currículo
Como Trabalhar?
I- O QUE DIZ A LEI?
Art. 1o
O art. 26-A da Lei no
9.394, da LEI Nº 11.645, DE 10/03/2008 e 20/12/1996, passa a
vigorar com a seguinte redação:
Art. 26-A
Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados,
torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.
§ 1o
O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da
história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir
desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a
luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e
o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições
nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil.
§ 2o
Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas
brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas
áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras.
II- TANTAS MENTIRAS QUE PARECEM VERDADES...
a) É índio ou são povos indígenas?
A questão desse índio “genérico” impõe a necessidade de se conhecer a diversidade
cultural, étnica, histórica, lingüística e antropológica dos povos indígenas no Brasil. Não
é “índio do Brasil”, mas são “povos indígenas no Brasil”. O Brasil é que surgiu,
enquanto nação, após a anterior existência dos índios neste território ou nestes
territórios. Há grupos étnicos que habitam mais de um país, como os Guarani, que
ocupam não só o Brasil, mas a Argentina, o Paraguai, a Bolívia e o Uruguai.
Devemos nos referir aos Terena, aos Kaingang, aos Pankararu, aos Fulniô, aos
Saterê Mawê, etc. (e não aos “índios”), que são completamente diferentes uns dos
outros: na língua, na religião, na cultura, nos modos de sobrevivência, no processo
histórico de contato com a sociedade não indígena,na cosmovisão, etc.
b) Foi descoberta ou invasão?
É necessário proceder a uma revisão histórica das “grandes navegações” (a
globalização de outrora) e a conseqüente “descoberta” do “novo” mundo. Os povos
indígenas já aqui estavam e eram os verdadeiros donos destas terras. Os portugueses,
espanhóis, holandeses, ingleses, franceses, etc. é que invadiram a África, Ásia e
América, que já tinham seus povos milenares.
Recentemente, novos estudos arqueológicos e históricos têm nos levado a re-
escrever a nossa “pré-história”.
c) Os índios são aculturados?
Do ponto de vista antropológico nenhuma cultura é “pura”, pois todas estão em
permanente contato e interação, dada a globalização, o que produz mudanças em todas
as culturas. A questão é que algumas culturas, por serem produzidas por povos
econômica, política e militarmente dominantes, subjugam as culturas produzidas por
povos em situação econômica, política e militar inferior. O que se produz então é a
hegemonia de determinadas culturas – no caso, ocidentais – em especial, as européias e
americana, sobre as culturas minoritárias.
Todas as culturas se transformam e se influenciam permanentemente num processo
que chamamos de interculturalidade. O problema é que a interculturalidade não é
neutra. Há culturas que são hegemônicas e que tendem a abafar e destruir as culturas
minoritárias, usando a língua, a religião, o mercado, a ideologia para se afirmar como a
única cultura, a mais importante, ou a mais avançada
d) São povos do passado?
Costuma-se ainda apresentar ou imaginar os índios como povos antigos, em
processo de extinção, que viviam nus, da caça e da pesca numa floresta exuberante, à
beira de um caudaloso rio.
Nada mais fantasioso e longe da realidade dos povos indígenas reais do Brasil de
hoje: eles estão em franca recuperação demográfica na sua grande maioria (fora da
extinção, portanto); têm graves problemas de saúde, urgentes problemas de demarcação
territorial; de subsistência, pois não possuem mais, na sua maioria, caça e pesca
abundante para se manterem devido à devastação ambiental que produzimos; de
educação, pois suas escolas (necessidade do contato) ainda possuem professores sem
formação ou professores não indígenas, e infra-estrutura deficiente; tais problemas são
resultado de uma ausência de políticas públicas sociais eficazes.
É destes povos “modernos” que devemos falar na escola: povos que precisam de
postos de saúde, de escolas, de transportes públicos (como camionetes e barcos), de
demarcação de terra, de expulsar de seus territórios invasores como mineradores,
grileiros, madeireiros, fazendeiros, etc.
Mas também, falar da enorme riqueza presente na diversidade cultural deles: suas
literaturas, suas artes, suas festas e cerimônias, suas línguas, seus modos de conceber o
mundo diferente de nós, etc.
e) Tem muita terra pra pouco índio?
Tal afirmativa esconde interesses econômicos nas terras indígenas e ignora as
diferentes formas de relação social com o trabalho. O trabalho indígena em alguns casos
depende da relação com a floresta, com os rios, com o cerrado, com o sertão, com o
campo, enfim, com a biodiversidade, pois há povos coletores, extrativistas, caçadores,
agricultores, etc. A sobrevivência econômica, entretanto, não é a única condição de
preservação de um povo. Está também em jogo sua reprodução cultural e simbólica, que
depende da extensão de terra, onde historicamente esse povo nasceu e se reproduziu.
Dele dependem a manutenção de seus cultos, hábitos, cerimoniais, etc.
Atualmente trabalha-se com o conceito de “territorialidades” para explicar as
relações que os povos indígenas possuem com a terra, o que é levado em conta, em
alguns casos de demarcação, como o foi em Raposa Serra do Sol. Em outros casos, o
desrespeito é visível, como é o caso dos Guarani Kaiowá do Mato Grosso do Sul.
f) Por que eles não trabalham, como nós?
Nossa relação de trabalho é cultural e economicamente capitalista, ocidental e
cosmopolita, onde somos empregados de empresas (públicas ou privadas) ou autônomos
e temos uma jornada diária de trabalho a cumprir, para assegurar uma remuneração
mensal sob a forma de salário.
Os povos indígenas possuem uma enorme variedade de relações de sobrevivência,
que vão desde a extração vegetal ou mineral, a cultura agrícola intensiva ou extensiva, a
coleta e a caça, o artesanato, etc. Alguns povos indígenas, por não possuírem ainda
condições de auto-sustentabilidade, trabalham como empregados temporários para não-
indígenas, em fazendas, mineradoras ou construtoras.
A relação de trabalho deles, portanto, é muito diversa da nossa, pois depende da
terra, dos rios, da colheita sazonal, da extração mineral ou vegetal, das chuvas, da
produção familiar de artesanato, da plantação, enfim, de uma enorme variedade de
condições sócio-cultural e econômicas que diferem da nossa.
III- FUNDAMENTOS TEÓRICOS
a) Antropológicos:
• Diversidade Cultural, que aponta para a necessidade de respeito à enorme
variedade de culturas indígenas com línguas, religiões, modos de sobrevivência,
economias e cosmovisões diferentes;
• Cognição, Aprendizagem e Conhecimento, que indica a existência de formas de
construção de conhecimento específicas produzidas sócio-historicamente pelos
povos indígenas;
• Processos de constituição da pessoa, que demonstra a variedade de processos
sócio-históricos de concepção de sujeito e de sociedade existente entre os povos
indígenas;
• Antropologia das Infâncias, que deixa claro a contribuição que a etnologia
indígena e da sociologia da criança, aplicados às sociedades indígenas, podem
trazer para nossa compreensão sobre as crianças.
b) Históricos:
• A História na perspectiva das minorias étnicas e não só na perspectiva do
colonizador;
• A noção de “Temporalidades”, que inclui o tempo mitológico e não só o tempo
cronológico cartesiano;
• O futuro da Questão Indígena, que aponta para o atendimento urgente às
necessidades de auto-sustentação e autonomia destes povos, como: educação,
saúde, geração de renda, demarcação de terras, etc.
c) Pedagógicos:
• Linguística Aplicada: as línguas indígenas trazem uma rica contribuição aos
estudos lingüísticos, com sua variedade de estruturas, sintaxes, semânticas, etc.;
• Bilinguismo de Transição ou de Resistência: que indica uma opção política a ser
feita aos programas de escolarização indígena que vêm sendo implementados no
Brasil;
• Concepção de Infância: aponta para estudos de etnologia indígena, em especial,
os de natureza etnográfica, que expressam uma lacuna ainda nos nossos estudos
de Sociologia da Criança e Antropologia da Infância a ser preenchida por
antropólogos em parceria com pedagogos;
• Concepção de Aprendizagem: a etnologia indígena mais recente tem indicado a
existência de uma grande variedade de concepções de aprendizagem entre os
povos indígenas, que acompanham suas distintas formas de conceber a
construção da pessoa e assim, a constituição dos sujeitos, corentes com suas
também distintas, cosmovisões;
• Pedagogias Indígenas: recentes estudos indicam que os povos indígenas,
imersos em processos de escolarização, têm produzido pedagogias “híbridas”, o
que nos interessa conhecer melhor.
Ao se observar as aulas dos professores indígenas numa primeira e superficial
leitura tem-se a impressão que são aulas reproduzidas do modelo da pedagogia
tradicional não indígena. Entretanto, percebe-se que os professores incorporam
e recriam elementos característicos da pedagogia escolar não indígena e os re-
significam de forma criativa ao longo de suas aulas; transferem também
elementos da educação tradicional indígena para o contexto das relações
pedagógicas da sala de aula; assim como reproduzem elementos de nosso
modelo não-indígena copiando nossa pedagogia. (Nobre, 2009)
• Processos de Escolarização: segundo o Censo Escolar, em 2006 já havia mais
de 174.000 alunos indígenas, distribuídos em mais de 2.400 escolas em Aldeias,
com mais de 7.000 professores.
IV-PROJETOS PEDAGÓGICOS POSSÍVEIS:
a) História:
• Memória e História;
• Mito e História.
b) Literatura:
• Lendas e Mitos Indígenas.
c) Artes:
• Arte e Cultura Material Indígena;
• Artesanato Indígena;
• Pintura Corporal.
d) Matemática:
• Etnomatemática;
• Sistemas de numeração.
e) Geografia:
• Território e territorialidades;
• Questão fundiária.
f) Língua Portuguesa:
• Etimologia de palavras indígenas;
• Literatura Indígena;
• Línguas Indígenas.
g) Ciências:
• Biodiversidade;
• Medicina Alternativa;
• Farmacologia Indígena.
V- FONTES DE CONSULTA:
• “A Temática Indígena na Escola.” Aracy Lopes da Silva e Luís Donisete
Grupioni (Orgs.) MEC/MARI/UNESCO. 1995
• “Antropologia, História e Educação. A Questão Indígena e a Escola.” Aracy
Lopes da Silva e Mariana Kawall L. Ferreira (Orgs.) FAPESP/Global/MARI.
2001
• “Práticas Pedagógicas na Escola Indígena.” Aracy Lopes da Silva e Mariana
Kawall L. Ferreira (Orgs.)
• “Idéias Matemáticas de Povos Culturalmente Distintos.” Mariana Kawall L.
Ferreira (Orgs.) FAPESP/Global/MARI. 2002
• “Crianças Indígenas. Ensaios Antropológicos.” Aracy Lopes da Silva; Ana
Vera Lopes da Silva Macedo e Angela Nunes (Orgs.) FAPESP/Global/MARI.
2002
• “Antropologia da Criança”. Clarice Cohn. Zahar 2005
• “Educação Indígena e Alfabetização”. Bartomeu Meliá. Loyola. 1979
• “Leitura e Escrita em Sociedades Indígenas”.Wilmar D´Angelis e Juracilda
Veiga (Orgs)ALB
• “Questões de Educação Escolar Indígena: da Formação do Professor ao
Projeto de Escola.” Juracilda Veiga e Andrés Salanova (Orgs.) ALB/FUNAI.
2001
• “Desafios Atuais da Educação Escolar Indígena.” Juracilda Veiga e Mª Beatriz
R. Ferreira. (Orgs.) ALB/Min. Esportes.2005
• “Uma Pedagogia Indígena Guarani na Escola, Pra Quê?” Domingos Nobre.
Editora Curt Nimuendaju. 2009 (Ver como adquirir no site da editora)
• “Formação de Professores Indígenas: Repensando Trajetórias”. Luís Donizete
B. Grupione (Org.) SECAD/MEC 2006 (Disponível no site do MEC)
• “O Índio Brasileiro: O que Você Precisa Saber Sobre os Povos Indígenas no
Brasil de Hoje.” Gersen dos Santos Luciano Baniwa. LACED/UFRJ/MEC
2006. (Disponível no site do MEC)
• “A Presença Indígena na Formação do Brasil” João Pacheco de Oliveira &
Carlos Augusto da Rocha Freire. LACED/UFRJ/MEC 2006. (Disponível no site
do MEC)
VI-VIDEOS:
1- Série: “Índios no Brasil.” SEF/SEED/MEC
2- “Uma Aula Guarani Eté”. Domingos Nobre. Disponível no Youtube
3- Série: “Cineastas Indígenas”. Video nas Aldeias
4- Série: DOC TV Cultura: “Mbya Guarani, Guerreiros da Liberdade” e “Contos da
Terra Sagrada”
5- Série: “Xingu”. Rede Manchete
VII- SITES:
CAIK – Centro de Assessoria Intercultural Kondo
www.aldeiaguaranisapukai.org.br
GEPI – Núcleo de Estudos e Pesquisas Indigenistas
www.djweb.com.br/historia
CIMI – Conselho Indigenista Missionário
www.cimi.org.br
Museu do Índio - FUNAI
www.museudoindio.org.br
Portal Kaingang
www.portalkaingang.org
Editora Curt Nimuendajú
www.curtnimuendaju.com
ISA - Instituto SócioAmbiental
www.isa.org.br
Guarani Ñanduti Rogue
www.uni-mainz.de/~lustig/hisp/guarani.html
Associação Guarani Nhe´ê Porá
www.culturaguarani.hpg.ig.com.br
CPI-SP Comissão Pró Índio de São Paulo
www.cpisp.org.br
NEPPI – Núcleo de Estudos e Pesquisas das Populações Indígenas - UCDB – MS
www.neppi.org
CTI – Centro de Trabalho Indigenista
www.trabalhoindigenista.org.br
CCPY – Comissão Pró-Yanomami
www.proyanomami.org.br
COIAB – Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira
www.coiab.com.br
CIR – Conselho Indígena de Roraima
www.cir.org.br
Domingos Nobre
donobre@gmail.com

Recomendados

Plano de aula - Brasil Colonial. por
Plano de aula -  Brasil Colonial.Plano de aula -  Brasil Colonial.
Plano de aula - Brasil Colonial.PIBID HISTÓRIA
10.8K visualizações2 slides
Projeto contra racismo na escola por
Projeto contra racismo na escolaProjeto contra racismo na escola
Projeto contra racismo na escolanivalda
30.8K visualizações17 slides
Aula 3 A construção da identidade nacional - 1º ano de Sociologia - Prof. ... por
Aula 3    A construção da identidade nacional - 1º ano de Sociologia - Prof. ...Aula 3    A construção da identidade nacional - 1º ano de Sociologia - Prof. ...
Aula 3 A construção da identidade nacional - 1º ano de Sociologia - Prof. ...Prof. Noe Assunção
8.3K visualizações2 slides
Lei 10639 .SALA DO PROFESSOR por
Lei  10639 .SALA DO PROFESSORLei  10639 .SALA DO PROFESSOR
Lei 10639 .SALA DO PROFESSORgislainegeografiahumanas
3.6K visualizações46 slides
Influência da-cultura-africana-no-brasil por
Influência da-cultura-africana-no-brasilInfluência da-cultura-africana-no-brasil
Influência da-cultura-africana-no-brasilNancihorta
122.8K visualizações23 slides
Patrimônio Histórico e Cultural por
Patrimônio Histórico e CulturalPatrimônio Histórico e Cultural
Patrimônio Histórico e CulturalViegas Fernandes da Costa
8.9K visualizações33 slides

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Folclore Brasileiro por
Folclore BrasileiroFolclore Brasileiro
Folclore BrasileiroBiblioteca CEU Azul da Cor do Mar
50.6K visualizações47 slides
Primeiros habitantes do brasil por
Primeiros habitantes do brasilPrimeiros habitantes do brasil
Primeiros habitantes do brasilProfdaltonjunior
26.5K visualizações15 slides
Atividades mesopotâmia ii por
Atividades mesopotâmia iiAtividades mesopotâmia ii
Atividades mesopotâmia iiDoug Caesar
4.4K visualizações2 slides
Aula Folclore e Lenda power point por
Aula Folclore e Lenda   power pointAula Folclore e Lenda   power point
Aula Folclore e Lenda power pointJomari
46.3K visualizações8 slides
Diversidade cultural apresentação por
Diversidade cultural   apresentaçãoDiversidade cultural   apresentação
Diversidade cultural apresentaçãokarlyapessoa
8.1K visualizações11 slides
Aula patrimônio cultural por
Aula patrimônio culturalAula patrimônio cultural
Aula patrimônio culturalCurso Letrados
36K visualizações33 slides

Mais procurados(20)

Primeiros habitantes do brasil por Profdaltonjunior
Primeiros habitantes do brasilPrimeiros habitantes do brasil
Primeiros habitantes do brasil
Profdaltonjunior26.5K visualizações
Atividades mesopotâmia ii por Doug Caesar
Atividades mesopotâmia iiAtividades mesopotâmia ii
Atividades mesopotâmia ii
Doug Caesar4.4K visualizações
Aula Folclore e Lenda power point por Jomari
Aula Folclore e Lenda   power pointAula Folclore e Lenda   power point
Aula Folclore e Lenda power point
Jomari46.3K visualizações
Diversidade cultural apresentação por karlyapessoa
Diversidade cultural   apresentaçãoDiversidade cultural   apresentação
Diversidade cultural apresentação
karlyapessoa8.1K visualizações
Aula patrimônio cultural por Curso Letrados
Aula patrimônio culturalAula patrimônio cultural
Aula patrimônio cultural
Curso Letrados36K visualizações
História, fontes e historiadores por Ivanilton Junior
História, fontes e historiadoresHistória, fontes e historiadores
História, fontes e historiadores
Ivanilton Junior29.7K visualizações
História e cultura afro brasileira e indígena por Valeria Santos
História e cultura afro brasileira e indígenaHistória e cultura afro brasileira e indígena
História e cultura afro brasileira e indígena
Valeria Santos70.6K visualizações
Projeto CDIS- Valorização da Cultura Afro-Brasileira por Belister Paulino
Projeto CDIS-   Valorização da Cultura Afro-BrasileiraProjeto CDIS-   Valorização da Cultura Afro-Brasileira
Projeto CDIS- Valorização da Cultura Afro-Brasileira
Belister Paulino10.3K visualizações
Cultura indígena por Paula Naranjo
Cultura indígenaCultura indígena
Cultura indígena
Paula Naranjo46.7K visualizações
A diversidade cultural do Brasil por Andreia Bastos
A diversidade cultural do BrasilA diversidade cultural do Brasil
A diversidade cultural do Brasil
Andreia Bastos8K visualizações
Independência do Brasil e da Bahia por Aulas de História
Independência do Brasil e da BahiaIndependência do Brasil e da Bahia
Independência do Brasil e da Bahia
Aulas de História8.1K visualizações
Alfabetização e Letramento por Adriana Pereira
Alfabetização e Letramento Alfabetização e Letramento
Alfabetização e Letramento
Adriana Pereira7.1K visualizações
Patrimônio histórico por Rodolfo Santana
Patrimônio histórico Patrimônio histórico
Patrimônio histórico
Rodolfo Santana8.4K visualizações
A Civilização Grega - 6º Ano (2016) por Nefer19
A Civilização Grega - 6º Ano (2016)A Civilização Grega - 6º Ano (2016)
A Civilização Grega - 6º Ano (2016)
Nefer1938.5K visualizações
Dia Da Consciência Negra por Paulo Medeiros
Dia Da Consciência NegraDia Da Consciência Negra
Dia Da Consciência Negra
Paulo Medeiros61.9K visualizações
Cultura Afro nas Escolas - Lei 10.639/03 - Profs. Laura Longarai e Lúcia por Alexandre da Rosa
Cultura Afro nas Escolas - Lei 10.639/03 - Profs. Laura Longarai e LúciaCultura Afro nas Escolas - Lei 10.639/03 - Profs. Laura Longarai e Lúcia
Cultura Afro nas Escolas - Lei 10.639/03 - Profs. Laura Longarai e Lúcia
Alexandre da Rosa7.3K visualizações
História da Arte: Arte e cultura africana e afro brasileira por Raphael Lanzillotte
História da Arte: Arte e cultura africana e afro brasileiraHistória da Arte: Arte e cultura africana e afro brasileira
História da Arte: Arte e cultura africana e afro brasileira
Raphael Lanzillotte11.6K visualizações
O que é cultura? por Renata Telha
O que é cultura?O que é cultura?
O que é cultura?
Renata Telha6.2K visualizações

Destaque

A importância da cultura afro e indígena para slide por
A importância da cultura afro e indígena para slideA importância da cultura afro e indígena para slide
A importância da cultura afro e indígena para slidesolenespindola
5.2K visualizações14 slides
Diretrizes Curriculares Nacionais Para A EducaçãO Das Relaçõ por
Diretrizes Curriculares Nacionais Para A EducaçãO Das RelaçõDiretrizes Curriculares Nacionais Para A EducaçãO Das Relaçõ
Diretrizes Curriculares Nacionais Para A EducaçãO Das Relaçõculturaafro
3.5K visualizações21 slides
Leis 10.639 03 e 11.645-08 - retrospectiva por
Leis 10.639 03 e 11.645-08 - retrospectivaLeis 10.639 03 e 11.645-08 - retrospectiva
Leis 10.639 03 e 11.645-08 - retrospectivaAlexandre da Rosa
10.7K visualizações23 slides
Sugestões para trabalhar a cultura africana na educação por
Sugestões para trabalhar a cultura africana na educaçãoSugestões para trabalhar a cultura africana na educação
Sugestões para trabalhar a cultura africana na educaçãojaqueegervasio
129.8K visualizações12 slides
Introduzindo a Cultura Afro-Brasileira na Educação Infantil por
Introduzindo a Cultura Afro-Brasileira na Educação InfantilIntroduzindo a Cultura Afro-Brasileira na Educação Infantil
Introduzindo a Cultura Afro-Brasileira na Educação InfantilElaineCristiana
96K visualizações22 slides
Plano de aula por
Plano de aulaPlano de aula
Plano de aulaJana Bento
82.5K visualizações10 slides

Destaque(20)

A importância da cultura afro e indígena para slide por solenespindola
A importância da cultura afro e indígena para slideA importância da cultura afro e indígena para slide
A importância da cultura afro e indígena para slide
solenespindola5.2K visualizações
Diretrizes Curriculares Nacionais Para A EducaçãO Das Relaçõ por culturaafro
Diretrizes Curriculares Nacionais Para A EducaçãO Das RelaçõDiretrizes Curriculares Nacionais Para A EducaçãO Das Relaçõ
Diretrizes Curriculares Nacionais Para A EducaçãO Das Relaçõ
culturaafro3.5K visualizações
Leis 10.639 03 e 11.645-08 - retrospectiva por Alexandre da Rosa
Leis 10.639 03 e 11.645-08 - retrospectivaLeis 10.639 03 e 11.645-08 - retrospectiva
Leis 10.639 03 e 11.645-08 - retrospectiva
Alexandre da Rosa10.7K visualizações
Sugestões para trabalhar a cultura africana na educação por jaqueegervasio
Sugestões para trabalhar a cultura africana na educaçãoSugestões para trabalhar a cultura africana na educação
Sugestões para trabalhar a cultura africana na educação
jaqueegervasio129.8K visualizações
Introduzindo a Cultura Afro-Brasileira na Educação Infantil por ElaineCristiana
Introduzindo a Cultura Afro-Brasileira na Educação InfantilIntroduzindo a Cultura Afro-Brasileira na Educação Infantil
Introduzindo a Cultura Afro-Brasileira na Educação Infantil
ElaineCristiana96K visualizações
Plano de aula por Jana Bento
Plano de aulaPlano de aula
Plano de aula
Jana Bento82.5K visualizações
Projeto Cultura Afro Brasileira e africana por lucianazanetti
Projeto Cultura Afro Brasileira e africanaProjeto Cultura Afro Brasileira e africana
Projeto Cultura Afro Brasileira e africana
lucianazanetti86.2K visualizações
Apresentação Ministério do Meio Ambiente - Novo Marco Legal da Biodiversidade por Palácio do Planalto
Apresentação Ministério do Meio Ambiente - Novo Marco Legal da BiodiversidadeApresentação Ministério do Meio Ambiente - Novo Marco Legal da Biodiversidade
Apresentação Ministério do Meio Ambiente - Novo Marco Legal da Biodiversidade
Palácio do Planalto9.1K visualizações
Ressignificando a África e Beira - Profs. Maria Helena e Patrícia por Alexandre da Rosa
Ressignificando a África e Beira - Profs. Maria Helena e PatríciaRessignificando a África e Beira - Profs. Maria Helena e Patrícia
Ressignificando a África e Beira - Profs. Maria Helena e Patrícia
Alexandre da Rosa1.5K visualizações
Busca da Identidade - Prof. Mery Helena Lipsky por Alexandre da Rosa
Busca da Identidade - Prof. Mery Helena LipskyBusca da Identidade - Prof. Mery Helena Lipsky
Busca da Identidade - Prof. Mery Helena Lipsky
Alexandre da Rosa966 visualizações
Projeto Cultura Afro Brasileira - Prof. Maria Lucinda por Alexandre da Rosa
Projeto Cultura Afro Brasileira - Prof. Maria LucindaProjeto Cultura Afro Brasileira - Prof. Maria Lucinda
Projeto Cultura Afro Brasileira - Prof. Maria Lucinda
Alexandre da Rosa865 visualizações
Legislação Brasileira: História e Cultura Afro e Indígena - Prof Gasparina Paz por Alexandre da Rosa
Legislação Brasileira: História e Cultura Afro e Indígena - Prof Gasparina PazLegislação Brasileira: História e Cultura Afro e Indígena - Prof Gasparina Paz
Legislação Brasileira: História e Cultura Afro e Indígena - Prof Gasparina Paz
Alexandre da Rosa1.2K visualizações
A áfrica, desvendando um continente por Ana Pessoa
A áfrica, desvendando um continenteA áfrica, desvendando um continente
A áfrica, desvendando um continente
Ana Pessoa6.2K visualizações
POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL por culturaafro
POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL
POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL
culturaafro4K visualizações
África de A à Z - Prof. Ângela por Alexandre da Rosa
África de A à Z - Prof. ÂngelaÁfrica de A à Z - Prof. Ângela
África de A à Z - Prof. Ângela
Alexandre da Rosa541 visualizações
Racismo e Educação - A Lei 10639/03 por André Santos Luigi
Racismo e Educação - A Lei 10639/03Racismo e Educação - A Lei 10639/03
Racismo e Educação - A Lei 10639/03
André Santos Luigi3.8K visualizações
Webquest Cultura Afro - Brasileira por Denize Bisoni
Webquest Cultura Afro - BrasileiraWebquest Cultura Afro - Brasileira
Webquest Cultura Afro - Brasileira
Denize Bisoni2.8K visualizações
A Cor da Cultura - Ações interventivas por Belister
A Cor da Cultura - Ações interventivasA Cor da Cultura - Ações interventivas
A Cor da Cultura - Ações interventivas
Belister2.6K visualizações

Similar a Lei 11.645

05 cultura e identidades indígenas por
05 cultura e identidades indígenas05 cultura e identidades indígenas
05 cultura e identidades indígenasprimeiraopcao
1.5K visualizações13 slides
Princípios que balizam a inclusão da temática indígena por
Princípios que balizam a inclusão da temática indígenaPrincípios que balizam a inclusão da temática indígena
Princípios que balizam a inclusão da temática indígenanatielemesquita
845 visualizações2 slides
8o ano cultura indigena por
8o ano cultura indigena8o ano cultura indigena
8o ano cultura indigenaJúlio César Anjos
1K visualizações14 slides
Índios. Uma análise de como estamos... 2014 por
Índios. Uma análise de como estamos... 2014Índios. Uma análise de como estamos... 2014
Índios. Uma análise de como estamos... 2014Dayse Alves
233 visualizações9 slides
Ensino de história e diversidade étnica cultural por
Ensino de história e diversidade étnica culturalEnsino de história e diversidade étnica cultural
Ensino de história e diversidade étnica culturalmontorri
15.9K visualizações19 slides
Ensino de história e diversidade étnica cultural por
Ensino de história e diversidade étnica culturalEnsino de história e diversidade étnica cultural
Ensino de história e diversidade étnica culturalmontorri
2K visualizações19 slides

Similar a Lei 11.645(20)

05 cultura e identidades indígenas por primeiraopcao
05 cultura e identidades indígenas05 cultura e identidades indígenas
05 cultura e identidades indígenas
primeiraopcao1.5K visualizações
Princípios que balizam a inclusão da temática indígena por natielemesquita
Princípios que balizam a inclusão da temática indígenaPrincípios que balizam a inclusão da temática indígena
Princípios que balizam a inclusão da temática indígena
natielemesquita845 visualizações
8o ano cultura indigena por Júlio César Anjos
8o ano cultura indigena8o ano cultura indigena
8o ano cultura indigena
Júlio César Anjos1K visualizações
Índios. Uma análise de como estamos... 2014 por Dayse Alves
Índios. Uma análise de como estamos... 2014Índios. Uma análise de como estamos... 2014
Índios. Uma análise de como estamos... 2014
Dayse Alves233 visualizações
Ensino de história e diversidade étnica cultural por montorri
Ensino de história e diversidade étnica culturalEnsino de história e diversidade étnica cultural
Ensino de história e diversidade étnica cultural
montorri15.9K visualizações
Ensino de história e diversidade étnica cultural por montorri
Ensino de história e diversidade étnica culturalEnsino de história e diversidade étnica cultural
Ensino de história e diversidade étnica cultural
montorri2K visualizações
OT Múltiplas histórias na sala de aula: história africana, afro-brasileira e ... por Claudia Elisabete Silva
OT Múltiplas histórias na sala de aula: história africana, afro-brasileira e ...OT Múltiplas histórias na sala de aula: história africana, afro-brasileira e ...
OT Múltiplas histórias na sala de aula: história africana, afro-brasileira e ...
Claudia Elisabete Silva796 visualizações
O processo de socialização dos grupos indígenas por Maira Conde
O processo de socialização dos grupos indígenasO processo de socialização dos grupos indígenas
O processo de socialização dos grupos indígenas
Maira Conde2.1K visualizações
OT Currículo e histórias indígena, africana e afro-brasileira por Claudia Elisabete Silva
OT Currículo e histórias indígena, africana e afro-brasileiraOT Currículo e histórias indígena, africana e afro-brasileira
OT Currículo e histórias indígena, africana e afro-brasileira
Claudia Elisabete Silva1.1K visualizações
HISTÓRIA, POVOS INDÍGENAS E EDUCAÇÃO: (RE) CONHECENDO E DISCUTINDO A DIVERSID... por Fábio Fernandes
HISTÓRIA, POVOS INDÍGENAS E EDUCAÇÃO: (RE) CONHECENDO E DISCUTINDO A DIVERSID...HISTÓRIA, POVOS INDÍGENAS E EDUCAÇÃO: (RE) CONHECENDO E DISCUTINDO A DIVERSID...
HISTÓRIA, POVOS INDÍGENAS E EDUCAÇÃO: (RE) CONHECENDO E DISCUTINDO A DIVERSID...
Fábio Fernandes1.9K visualizações
Monografia Cintia Pedagogia 2011 por Biblioteca Campus VII
Monografia Cintia Pedagogia 2011Monografia Cintia Pedagogia 2011
Monografia Cintia Pedagogia 2011
Biblioteca Campus VII2.2K visualizações
Artigo sobre Educação étnica por Maryanne Monteiro
Artigo sobre Educação étnicaArtigo sobre Educação étnica
Artigo sobre Educação étnica
Maryanne Monteiro840 visualizações
Educaçao multicultural por Hebert Balieiro
Educaçao multiculturalEducaçao multicultural
Educaçao multicultural
Hebert Balieiro1.9K visualizações
Henrique e Julio 603 Aula Roma por Vera Mln Silva
Henrique e Julio 603   Aula RomaHenrique e Julio 603   Aula Roma
Henrique e Julio 603 Aula Roma
Vera Mln Silva478 visualizações
Ensino de história e diversidade cultural ricardo oriá por Eduardo Dantas
Ensino de história e diversidade cultural   ricardo oriáEnsino de história e diversidade cultural   ricardo oriá
Ensino de história e diversidade cultural ricardo oriá
Eduardo Dantas4.9K visualizações
Resenha: Aprender, ensinar e relações étnico-raciais no Brasil por Waleska Medeiros de Souza
Resenha: Aprender, ensinar e relações étnico-raciais no BrasilResenha: Aprender, ensinar e relações étnico-raciais no Brasil
Resenha: Aprender, ensinar e relações étnico-raciais no Brasil
Waleska Medeiros de Souza2.9K visualizações
As identidades culturais indiginas na pós modernidade por Hérika Diniz
As identidades culturais indiginas na pós modernidadeAs identidades culturais indiginas na pós modernidade
As identidades culturais indiginas na pós modernidade
Hérika Diniz2.4K visualizações
Antropologia e Educação por Irmão Jáder
Antropologia e EducaçãoAntropologia e Educação
Antropologia e Educação
Irmão Jáder275 visualizações

Mais de natielemesquita

Plano nacional edu e direitos humanos por
Plano nacional edu e direitos humanosPlano nacional edu e direitos humanos
Plano nacional edu e direitos humanosnatielemesquita
3.3K visualizações70 slides
Bibliografia temática indigena por
Bibliografia temática indigenaBibliografia temática indigena
Bibliografia temática indigenanatielemesquita
2.4K visualizações5 slides
Col et12 vias01web por
Col et12 vias01webCol et12 vias01web
Col et12 vias01webnatielemesquita
5.2K visualizações236 slides
Lugar da-historia-na-sociedade-africana1 por
Lugar da-historia-na-sociedade-africana1Lugar da-historia-na-sociedade-africana1
Lugar da-historia-na-sociedade-africana1natielemesquita
986 visualizações11 slides
Bibliografia de história da áfrica por
Bibliografia de história da áfricaBibliografia de história da áfrica
Bibliografia de história da áfricanatielemesquita
6.9K visualizações8 slides
A evolucao-da-historiografia-da-africa por
A evolucao-da-historiografia-da-africaA evolucao-da-historiografia-da-africa
A evolucao-da-historiografia-da-africanatielemesquita
1.7K visualizações18 slides

Mais de natielemesquita(20)

Plano nacional edu e direitos humanos por natielemesquita
Plano nacional edu e direitos humanosPlano nacional edu e direitos humanos
Plano nacional edu e direitos humanos
natielemesquita3.3K visualizações
Bibliografia temática indigena por natielemesquita
Bibliografia temática indigenaBibliografia temática indigena
Bibliografia temática indigena
natielemesquita2.4K visualizações
Col et12 vias01web por natielemesquita
Col et12 vias01webCol et12 vias01web
Col et12 vias01web
natielemesquita5.2K visualizações
Lugar da-historia-na-sociedade-africana1 por natielemesquita
Lugar da-historia-na-sociedade-africana1Lugar da-historia-na-sociedade-africana1
Lugar da-historia-na-sociedade-africana1
natielemesquita986 visualizações
Bibliografia de história da áfrica por natielemesquita
Bibliografia de história da áfricaBibliografia de história da áfrica
Bibliografia de história da áfrica
natielemesquita6.9K visualizações
A evolucao-da-historiografia-da-africa por natielemesquita
A evolucao-da-historiografia-da-africaA evolucao-da-historiografia-da-africa
A evolucao-da-historiografia-da-africa
natielemesquita1.7K visualizações
Uma historia do negro no brasil por natielemesquita
Uma historia do negro no brasilUma historia do negro no brasil
Uma historia do negro no brasil
natielemesquita24.4K visualizações
Mulheres negras na primeira pessoa site por natielemesquita
Mulheres negras na primeira pessoa siteMulheres negras na primeira pessoa site
Mulheres negras na primeira pessoa site
natielemesquita3.4K visualizações
22397 95364-1-pb por natielemesquita
22397 95364-1-pb22397 95364-1-pb
22397 95364-1-pb
natielemesquita933 visualizações
Oficina 06 por natielemesquita
Oficina 06Oficina 06
Oficina 06
natielemesquita3.5K visualizações
Terminologia1pra imprensa por natielemesquita
Terminologia1pra imprensaTerminologia1pra imprensa
Terminologia1pra imprensa
natielemesquita795 visualizações
Proposta edital nova por natielemesquita
Proposta edital novaProposta edital nova
Proposta edital nova
natielemesquita715 visualizações
Slides oficina por natielemesquita
Slides oficinaSlides oficina
Slides oficina
natielemesquita991 visualizações
Curso formacao-conti-oficina por natielemesquita
Curso formacao-conti-oficinaCurso formacao-conti-oficina
Curso formacao-conti-oficina
natielemesquita881 visualizações
Curso de formação_continuada_-_cartilha_oficina por natielemesquita
Curso de formação_continuada_-_cartilha_oficinaCurso de formação_continuada_-_cartilha_oficina
Curso de formação_continuada_-_cartilha_oficina
natielemesquita707 visualizações
Oficina comite por natielemesquita
Oficina comiteOficina comite
Oficina comite
natielemesquita707 visualizações
Inclusão escolar por natielemesquita
Inclusão escolarInclusão escolar
Inclusão escolar
natielemesquita1.7K visualizações
Orientação e ações para a educação das relações étnico raciais por natielemesquita
Orientação e ações para a educação das relações étnico raciaisOrientação e ações para a educação das relações étnico raciais
Orientação e ações para a educação das relações étnico raciais
natielemesquita21.3K visualizações
Edital monitores curso por natielemesquita
Edital monitores cursoEdital monitores curso
Edital monitores curso
natielemesquita978 visualizações
Rhhj n1 v1a-ens-hist-cult-afro por natielemesquita
Rhhj n1 v1a-ens-hist-cult-afroRhhj n1 v1a-ens-hist-cult-afro
Rhhj n1 v1a-ens-hist-cult-afro
natielemesquita1.3K visualizações

Lei 11.645

  • 1. Lei nº 11.645 História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena no Currículo Como Trabalhar? I- O QUE DIZ A LEI? Art. 1o O art. 26-A da Lei no 9.394, da LEI Nº 11.645, DE 10/03/2008 e 20/12/1996, passa a vigorar com a seguinte redação: Art. 26-A Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena. § 1o O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil. § 2o Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras. II- TANTAS MENTIRAS QUE PARECEM VERDADES... a) É índio ou são povos indígenas? A questão desse índio “genérico” impõe a necessidade de se conhecer a diversidade cultural, étnica, histórica, lingüística e antropológica dos povos indígenas no Brasil. Não é “índio do Brasil”, mas são “povos indígenas no Brasil”. O Brasil é que surgiu, enquanto nação, após a anterior existência dos índios neste território ou nestes territórios. Há grupos étnicos que habitam mais de um país, como os Guarani, que ocupam não só o Brasil, mas a Argentina, o Paraguai, a Bolívia e o Uruguai. Devemos nos referir aos Terena, aos Kaingang, aos Pankararu, aos Fulniô, aos Saterê Mawê, etc. (e não aos “índios”), que são completamente diferentes uns dos outros: na língua, na religião, na cultura, nos modos de sobrevivência, no processo histórico de contato com a sociedade não indígena,na cosmovisão, etc. b) Foi descoberta ou invasão? É necessário proceder a uma revisão histórica das “grandes navegações” (a globalização de outrora) e a conseqüente “descoberta” do “novo” mundo. Os povos indígenas já aqui estavam e eram os verdadeiros donos destas terras. Os portugueses, espanhóis, holandeses, ingleses, franceses, etc. é que invadiram a África, Ásia e América, que já tinham seus povos milenares. Recentemente, novos estudos arqueológicos e históricos têm nos levado a re-
  • 2. escrever a nossa “pré-história”. c) Os índios são aculturados? Do ponto de vista antropológico nenhuma cultura é “pura”, pois todas estão em permanente contato e interação, dada a globalização, o que produz mudanças em todas as culturas. A questão é que algumas culturas, por serem produzidas por povos econômica, política e militarmente dominantes, subjugam as culturas produzidas por povos em situação econômica, política e militar inferior. O que se produz então é a hegemonia de determinadas culturas – no caso, ocidentais – em especial, as européias e americana, sobre as culturas minoritárias. Todas as culturas se transformam e se influenciam permanentemente num processo que chamamos de interculturalidade. O problema é que a interculturalidade não é neutra. Há culturas que são hegemônicas e que tendem a abafar e destruir as culturas minoritárias, usando a língua, a religião, o mercado, a ideologia para se afirmar como a única cultura, a mais importante, ou a mais avançada d) São povos do passado? Costuma-se ainda apresentar ou imaginar os índios como povos antigos, em processo de extinção, que viviam nus, da caça e da pesca numa floresta exuberante, à beira de um caudaloso rio. Nada mais fantasioso e longe da realidade dos povos indígenas reais do Brasil de hoje: eles estão em franca recuperação demográfica na sua grande maioria (fora da extinção, portanto); têm graves problemas de saúde, urgentes problemas de demarcação territorial; de subsistência, pois não possuem mais, na sua maioria, caça e pesca abundante para se manterem devido à devastação ambiental que produzimos; de educação, pois suas escolas (necessidade do contato) ainda possuem professores sem formação ou professores não indígenas, e infra-estrutura deficiente; tais problemas são resultado de uma ausência de políticas públicas sociais eficazes. É destes povos “modernos” que devemos falar na escola: povos que precisam de postos de saúde, de escolas, de transportes públicos (como camionetes e barcos), de demarcação de terra, de expulsar de seus territórios invasores como mineradores, grileiros, madeireiros, fazendeiros, etc. Mas também, falar da enorme riqueza presente na diversidade cultural deles: suas literaturas, suas artes, suas festas e cerimônias, suas línguas, seus modos de conceber o mundo diferente de nós, etc. e) Tem muita terra pra pouco índio? Tal afirmativa esconde interesses econômicos nas terras indígenas e ignora as diferentes formas de relação social com o trabalho. O trabalho indígena em alguns casos depende da relação com a floresta, com os rios, com o cerrado, com o sertão, com o campo, enfim, com a biodiversidade, pois há povos coletores, extrativistas, caçadores, agricultores, etc. A sobrevivência econômica, entretanto, não é a única condição de preservação de um povo. Está também em jogo sua reprodução cultural e simbólica, que depende da extensão de terra, onde historicamente esse povo nasceu e se reproduziu. Dele dependem a manutenção de seus cultos, hábitos, cerimoniais, etc. Atualmente trabalha-se com o conceito de “territorialidades” para explicar as relações que os povos indígenas possuem com a terra, o que é levado em conta, em
  • 3. alguns casos de demarcação, como o foi em Raposa Serra do Sol. Em outros casos, o desrespeito é visível, como é o caso dos Guarani Kaiowá do Mato Grosso do Sul. f) Por que eles não trabalham, como nós? Nossa relação de trabalho é cultural e economicamente capitalista, ocidental e cosmopolita, onde somos empregados de empresas (públicas ou privadas) ou autônomos e temos uma jornada diária de trabalho a cumprir, para assegurar uma remuneração mensal sob a forma de salário. Os povos indígenas possuem uma enorme variedade de relações de sobrevivência, que vão desde a extração vegetal ou mineral, a cultura agrícola intensiva ou extensiva, a coleta e a caça, o artesanato, etc. Alguns povos indígenas, por não possuírem ainda condições de auto-sustentabilidade, trabalham como empregados temporários para não- indígenas, em fazendas, mineradoras ou construtoras. A relação de trabalho deles, portanto, é muito diversa da nossa, pois depende da terra, dos rios, da colheita sazonal, da extração mineral ou vegetal, das chuvas, da produção familiar de artesanato, da plantação, enfim, de uma enorme variedade de condições sócio-cultural e econômicas que diferem da nossa. III- FUNDAMENTOS TEÓRICOS a) Antropológicos: • Diversidade Cultural, que aponta para a necessidade de respeito à enorme variedade de culturas indígenas com línguas, religiões, modos de sobrevivência, economias e cosmovisões diferentes; • Cognição, Aprendizagem e Conhecimento, que indica a existência de formas de construção de conhecimento específicas produzidas sócio-historicamente pelos povos indígenas; • Processos de constituição da pessoa, que demonstra a variedade de processos sócio-históricos de concepção de sujeito e de sociedade existente entre os povos indígenas; • Antropologia das Infâncias, que deixa claro a contribuição que a etnologia indígena e da sociologia da criança, aplicados às sociedades indígenas, podem trazer para nossa compreensão sobre as crianças. b) Históricos: • A História na perspectiva das minorias étnicas e não só na perspectiva do colonizador; • A noção de “Temporalidades”, que inclui o tempo mitológico e não só o tempo cronológico cartesiano; • O futuro da Questão Indígena, que aponta para o atendimento urgente às necessidades de auto-sustentação e autonomia destes povos, como: educação, saúde, geração de renda, demarcação de terras, etc. c) Pedagógicos: • Linguística Aplicada: as línguas indígenas trazem uma rica contribuição aos
  • 4. estudos lingüísticos, com sua variedade de estruturas, sintaxes, semânticas, etc.; • Bilinguismo de Transição ou de Resistência: que indica uma opção política a ser feita aos programas de escolarização indígena que vêm sendo implementados no Brasil; • Concepção de Infância: aponta para estudos de etnologia indígena, em especial, os de natureza etnográfica, que expressam uma lacuna ainda nos nossos estudos de Sociologia da Criança e Antropologia da Infância a ser preenchida por antropólogos em parceria com pedagogos; • Concepção de Aprendizagem: a etnologia indígena mais recente tem indicado a existência de uma grande variedade de concepções de aprendizagem entre os povos indígenas, que acompanham suas distintas formas de conceber a construção da pessoa e assim, a constituição dos sujeitos, corentes com suas também distintas, cosmovisões; • Pedagogias Indígenas: recentes estudos indicam que os povos indígenas, imersos em processos de escolarização, têm produzido pedagogias “híbridas”, o que nos interessa conhecer melhor. Ao se observar as aulas dos professores indígenas numa primeira e superficial leitura tem-se a impressão que são aulas reproduzidas do modelo da pedagogia tradicional não indígena. Entretanto, percebe-se que os professores incorporam e recriam elementos característicos da pedagogia escolar não indígena e os re- significam de forma criativa ao longo de suas aulas; transferem também elementos da educação tradicional indígena para o contexto das relações pedagógicas da sala de aula; assim como reproduzem elementos de nosso modelo não-indígena copiando nossa pedagogia. (Nobre, 2009) • Processos de Escolarização: segundo o Censo Escolar, em 2006 já havia mais de 174.000 alunos indígenas, distribuídos em mais de 2.400 escolas em Aldeias, com mais de 7.000 professores. IV-PROJETOS PEDAGÓGICOS POSSÍVEIS: a) História: • Memória e História; • Mito e História. b) Literatura: • Lendas e Mitos Indígenas. c) Artes: • Arte e Cultura Material Indígena; • Artesanato Indígena; • Pintura Corporal. d) Matemática:
  • 5. • Etnomatemática; • Sistemas de numeração. e) Geografia: • Território e territorialidades; • Questão fundiária. f) Língua Portuguesa: • Etimologia de palavras indígenas; • Literatura Indígena; • Línguas Indígenas. g) Ciências: • Biodiversidade; • Medicina Alternativa; • Farmacologia Indígena. V- FONTES DE CONSULTA: • “A Temática Indígena na Escola.” Aracy Lopes da Silva e Luís Donisete Grupioni (Orgs.) MEC/MARI/UNESCO. 1995 • “Antropologia, História e Educação. A Questão Indígena e a Escola.” Aracy Lopes da Silva e Mariana Kawall L. Ferreira (Orgs.) FAPESP/Global/MARI. 2001 • “Práticas Pedagógicas na Escola Indígena.” Aracy Lopes da Silva e Mariana Kawall L. Ferreira (Orgs.) • “Idéias Matemáticas de Povos Culturalmente Distintos.” Mariana Kawall L. Ferreira (Orgs.) FAPESP/Global/MARI. 2002 • “Crianças Indígenas. Ensaios Antropológicos.” Aracy Lopes da Silva; Ana Vera Lopes da Silva Macedo e Angela Nunes (Orgs.) FAPESP/Global/MARI. 2002 • “Antropologia da Criança”. Clarice Cohn. Zahar 2005 • “Educação Indígena e Alfabetização”. Bartomeu Meliá. Loyola. 1979 • “Leitura e Escrita em Sociedades Indígenas”.Wilmar D´Angelis e Juracilda Veiga (Orgs)ALB • “Questões de Educação Escolar Indígena: da Formação do Professor ao Projeto de Escola.” Juracilda Veiga e Andrés Salanova (Orgs.) ALB/FUNAI.
  • 6. 2001 • “Desafios Atuais da Educação Escolar Indígena.” Juracilda Veiga e Mª Beatriz R. Ferreira. (Orgs.) ALB/Min. Esportes.2005 • “Uma Pedagogia Indígena Guarani na Escola, Pra Quê?” Domingos Nobre. Editora Curt Nimuendaju. 2009 (Ver como adquirir no site da editora) • “Formação de Professores Indígenas: Repensando Trajetórias”. Luís Donizete B. Grupione (Org.) SECAD/MEC 2006 (Disponível no site do MEC) • “O Índio Brasileiro: O que Você Precisa Saber Sobre os Povos Indígenas no Brasil de Hoje.” Gersen dos Santos Luciano Baniwa. LACED/UFRJ/MEC 2006. (Disponível no site do MEC) • “A Presença Indígena na Formação do Brasil” João Pacheco de Oliveira & Carlos Augusto da Rocha Freire. LACED/UFRJ/MEC 2006. (Disponível no site do MEC) VI-VIDEOS: 1- Série: “Índios no Brasil.” SEF/SEED/MEC 2- “Uma Aula Guarani Eté”. Domingos Nobre. Disponível no Youtube 3- Série: “Cineastas Indígenas”. Video nas Aldeias 4- Série: DOC TV Cultura: “Mbya Guarani, Guerreiros da Liberdade” e “Contos da Terra Sagrada” 5- Série: “Xingu”. Rede Manchete VII- SITES: CAIK – Centro de Assessoria Intercultural Kondo www.aldeiaguaranisapukai.org.br GEPI – Núcleo de Estudos e Pesquisas Indigenistas www.djweb.com.br/historia CIMI – Conselho Indigenista Missionário www.cimi.org.br Museu do Índio - FUNAI www.museudoindio.org.br Portal Kaingang www.portalkaingang.org Editora Curt Nimuendajú
  • 7. www.curtnimuendaju.com ISA - Instituto SócioAmbiental www.isa.org.br Guarani Ñanduti Rogue www.uni-mainz.de/~lustig/hisp/guarani.html Associação Guarani Nhe´ê Porá www.culturaguarani.hpg.ig.com.br CPI-SP Comissão Pró Índio de São Paulo www.cpisp.org.br NEPPI – Núcleo de Estudos e Pesquisas das Populações Indígenas - UCDB – MS www.neppi.org CTI – Centro de Trabalho Indigenista www.trabalhoindigenista.org.br CCPY – Comissão Pró-Yanomami www.proyanomami.org.br COIAB – Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira www.coiab.com.br CIR – Conselho Indígena de Roraima www.cir.org.br Domingos Nobre donobre@gmail.com