1. Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)
Centro de Educação (CEDUC)
Departamento de História
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID/CAPES)
Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Solon de Lucena
Série: 2º “D” “C” C/H: 1h/a Turno: Tarde
Data: 12/04/2017
Professor Supervisor: Rafael da Silva Abreu
Bolsistas: Aline de Souza Silva
Beatriz Dos Santos Batista
Diego Emmanuel Aquino Marinheiro
Olivia Maria Paulino Belmino de Souza
Ruhama Souto Santana Figueiredo
Texto Introdutório
O termo “descoberta do Brasil” é um completo equivoco. Antes mesmo dos portugueses
chegarem ao Brasil, em 1500 (quando se inicia oficialmente a história brasileira), já haviam por aqui
dentre um e dez milhões de indígenas. Essa incompatibilidade de dados se deve ao fato de ainda
faltarem pesquisadores e documentos oficiais sobre a população indígena antes e na época do
“descobrimento”. Ao passo que os colonizadores avançavam por terras brasileiras indo do litoral para
o interior, muitas comunidades indígenas sofriam com a dizimação de seus povos não somente através
da violência e da escravidão, mas também das doenças trazidas pelos europeus, doenças essas
desconhecidas e muitas vezes fatais para os nativos brasileiros. Além disso, com as empreitadas
jesuítas que tinham como intuito catequizar esses povos, muito da própria cultura indígena se perdeu.
No contexto atual, os indígenas continuam com sua busca por direitos a território e melhores
condições de vida. Segundo dados divulgados em abril de 2013, resultantes do último Censo realizado
pelo IBGE em 2010, atualmente existem aproximadamente 900 mil índios no país. Destes,
aproximadamente 518 mil vivem em territórios indígenas, o restante divide-se entre a zona urbana
(aproximados 300 mil) e a zona rural (pouco mais de 80 mil). Por toda a extensão territorial brasileira
é possível encontrar índios, entretanto, a maior concentração de nativos se encontra no Amazonas e
Mato Grosso do Sul, acompanhados pelo resto da região norte e o nordeste. Até mesmo a cidade de
São Paulo, a grande metrópole brasileira, mantém uma reserva indígena, a única em área urbana em
todo o mundo. O IBGE também confirma a existência de mais de 305 grupos distintos e 274 línguas
diferentes. Essa diversidade cultural, no entanto, vive sob ameaça.
Os obstáculos que impedem a continuação das tradições culturais e mesmo a própria
sobrevivência desses povos são vários. A disputa territorial entre índios e fazendeiros é intensa e
acontece principalmente na região do Mato Grosso do Sul. O esgotamento dos recursos naturais, a
violência e a pobreza, comprometem a sobrevivência desses grupos. É recorrente o encontro de
nativos indígenas perdidos nas estradas, além do alcoolismo e índice de suicídio em níveis alarmantes
principalmente entre os índios mais jovens.
Em outras regiões do país, ações como o a exploração das reservas pelos madeireiros e o
garimpo ameaçam as terras que, por direito, pertencem aos indígenas. O desenvolvimento brasileiro
2. também se torna uma ameaça quando, por exemplo, as hidrelétricas atrapalham a manutenção das
aldeias além do perigo iminente de enchentes, como é o caso da Hidrelétrica de Belo Monte.
Apesar de fracos e cansados, os indígenas continuam lutando para manter sua terra e seu povo
a salvo. Muito disso se deve aos ensinamentos trazidos pelos seus ancestrais e mesmo suas crenças,
que muito prezam pela terra e pela família. A força dos indígenas vem, principalmente, da sabedoria
adquirida com séculos em contato com a natureza e os ensinamentos oferecidos por ela.
Referências Bibliográficas:
Pensamento Verde, Saiba como vivem os índios hoje no Brasil. Disponível em:
<http://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/saiba-como-vivem-os-indios-hoje-brasil/>.
Acesso em: 9 de Abril de 2017.