2. Abordagem inicial
• Três perguntas:
1. Instável ou estável
2. QRS estreito ou alargado? Se alargado é monomórfico ou
polimórfico?
3. O ritmo ventricular é regular ou irregular?
3. Taquicardias com QRS estreito
Taquicardia Sinusal
Resposta normal à demanda do organismo a um débito cardíaco
aumentado.
Características:
4. Taquicardias com QRS estreito
Taquicardia supraventricular
• Caracterizada por:
Complexo QRS estreito
Ausência de onda P* (onda P oculta no QRS, pode aparecer negativa
nas derivações inferiores [2,3 e aVF])
Intervalos RR regulares
• Reentrada ~ 75%
5. Taquicardias com QRS estreito
Tratamento:
Estável ou instável?
Estável: Acesso IV + Manobra vagal
1° antiarrítmico: Adenosina EV
Repetir Adenosina EV 12mg SN
• Verapamil e Diltiazem (20mg – 1 ampola)
• Tratamento definitivo: ablação por cateter da via lenta
Instável: Oxigênio, acesso IV e sedação se consciente + CVE
sincronizada
6. Taquicardias com QRS alargado
• Duração 0,12 segundos ou mais
• A maioria é Taquicardia ventricular (TV)
• Se paciente estável, com QRS alargado, RR regular e
complexos QRSS monomórficos, mas não há certeza do ritmo
adenosina não terá efeitos se for TV, porém se for TSV com
aberrância pode lentificação transitória ou reverter para um
ritmo sinusal
• Para reversão farmacológica de taquicardia estável c/ QRS
largo e provável TV utiliza-se:
Procainamida
Amiodarona
Sotalol
7. Taquicardias com QRS alargado
• Caso o paciente se apresente com sinais e sintomas graves
causados pela taquicardia, um diagnóstico específico da
origem é irrelevante
• O paciente requer IMEDIATA cardioversão elétrica sincronizada
CVE
8. Taquicardias com QRS alargado
• Taquicardia Ventricular (TV)
• Características - MONOMÓRFICA:
Frequência 101 a 250 bpm
Ritmo Regular
Ondas P não observadas, se presentes não tem relação com o QRS
QRS alargado
• TV monomórfica pode degenerar para TV polimórfica ou
fibrilação ventricular (FV)
• A TV sustentada nem sempre produz sinais de instabilidade
hemodinâmica
9. Taquicardias com QRS alargado
• TRATAMENTO TV:
• se TV sem pulso = RCP e desfibrilação
• Estáveis, mas sintomáticos, são tratados com
oxigênio (se indicado)
acesso IV
antiarrítmicos ventriculares p/ supressão do ritmo
• Procainamida, amiodarona, sotalol
• Instáveis (geralmente TV sustentada com FC>150)
Oxigênio
Acesso IV
Sedação (se conscientes e houver tempo suficiente)
Cardioversão elétrica sincronizada;
10. Taquicardias Irregulares
• Flutter Atrial e Fibrilação Atrial;
• Flutter atrial é um ritmo atrial ectópico -> ondas flutter, mais
bem observadas nas derivações inferiores II, III, aVF e V1
• O nó AV protege os ventrículos da alta frequência atrial
• Flutter 2:1 resulta de frequência atrial 300 e ventricular de 150,
se este for 100 é 3:1, 75bpm é 75 e assim por diante;
• FA ocorre por causa da automaticidade múltipla*;
12. Taquicardias Irregulares
• Flutter é por macrorrentrada, FA é por múltiplos focos;
• Quando o flutter atrial está presente com uma condução 2:1, é
difícil diferenciar entre o flutter e a TS, TRN ou TSV
• Manobras vagais podem auxiliar por reduzirem a condução AV
e revelar as ondas de flutter subjacentes
13. Taquicardias Irregulares
• Tratamento
• Se o ritmo FA está presente há mais de 48 é necessária
anticoagulação antes de reverter o ritmo com medicação,
cardioversão sincronizada ou ablação por cateter.
• Inicar anticoagulação 2 a 3 semanas antes e continuar a
terapia por cerca de 4 semanas após a conversão
• Caso o flutter atrial ou a FA se associem a frequência
ventricular rápida, o tratamento pode ser dirigido a controle da
FC ou conversão do ritmo para ritmo sinusal. A CVE
sincronizada ou farmacológica não deveria ser tentada, exceto
em paciente instável
• ECG de 12 derivações + especialista
14. Taquicardias Irregulares
• A CVE sincronizada deve ser feita se instabilidade
• Taquicardia Ventricular Polimórfica
• Sintomático
tratar isquemia
Correção anormalidades eletrolíticas
Suspender medicações que prolongam QT
• Estável -> Amiodarona se QT normal*, magnésio ou
betabloqueadores
• Instável ou sem pulso -> Desfibrilação (assim como FV)
15. Bradicardia Sinusal
• Tratamento é feito se paciente sintomático devido à baixa FC
Suplementação de oxigênio
Estabelecimento de acesso IV
Administração de atropina IV
17. Bloqueios Atrioventriculares
2° Grau
• Distúrbio INTERMITENTE na condução AV
• Local: Feixe de His ou, mais comumente, no ramo
• Tipo I Wenckebach ou Mobitz Tipo I: prolongamento progressivo do
intervalo PR, seguido por uma onda P sem complexo QRS
Geralmente assintomático
Sintomático? (suspender medicações causa) Se FC baixa + sinais e sintomas
graves -> Atropina
• Tipo II Mobitz Tipo II: Local é no feixe de His ou no ramo
• Mais grave que o BAV Mobitz1, podendo progredir para BAV de 3°
grau
• Intervalo PR sempre largo, com pausa.
18. Bloqueios Atrioventriculares
• Tratamento
Atropina pode aumentar disparo Nó SA, porém isso pode gerar menor
condução AV
Caso atropina ineficaz -> Marca passo transcutâneo ou infusão IV de
dopamina, adrenalina ou isoproterenol
Está indicado Marcapasso definitivo
• BAV de 2° Grau 2:1
A Frequencia atrial é o dobro da ventricular
Ritmo regular, tanto atrial como ventricular
PR cte
Ondas P normais, a cada duas segue-se 1 QRS
QRS estreito = acima do feixe de His = tipo I; largo = abaixo do feixe
de His = tipo II
19. Bloqueios Atrioventriculares
• BAV de 3° Grau:
• Ondas P normais
• Ritmo atrial regular, ventricular regular = PP e RR regulares
• FC atrial diferente da FC ventricular
• BAV baixo
• Tratamento:
Atropina e Marcapasso
• BAVT instável = Marcapasso (transcutâneo)
Notas do Editor
Para ser chamada de paroxística requer início ou término súbitos
Adenosina EV (Bolus rápido 6mg [meia vida 10s] + AD)
*Pois a amiodarona pode causar prolongamento de QT, asism como procainamida e sotalol