3. TRANSTORNO BIPOLAR
• É uma alteração mental grave em que a pessoa
apresenta oscilações de humor que podem variar
desde depressão, em que há profunda tristeza, até
mania, em que há euforia extrema
• Também chamado de doença bipolar ou doença
maníaco-depressiva, afeta tanto homens
como mulheres e pode começar no final da
adolescência ou no início da idade adulta,
precisando de tratamento para toda a vida.
• É importante lembrar que o transtorno bipolar é uma
doença mental tratável.
4. Causas do
Transtorno Bipolar
Transtorno Bipolar não tem uma única causa; é mais provável que
seja o resultado de diversos fatores que atuam em conjunto.
• Genética – Pessoas com um familiar de sangue que tem transtorno
bipolar têm um maior risco de desenvolvê-lo.
• Características biológicas – os pacientes com transtorno bipolar
muitas vezes mostram mudanças físicas em seus cérebros.
• Desequilíbrio químico cerebral – desequilíbrios dos
neurotransmissores.
• Problemas hormonais – desequilíbrios hormonais podem
desencadear ou causar transtorno bipolar.
• Os fatores ambientais – abuso, estresse mental, uma “perda
significativa”, ou algum outro evento traumático pode contribuir para
o risco de transtorno bipolar.
5. SINAIS E
SINTOMAS
• Sintomas de episódio maníaco
• Agitação, euforia e irritabilidade;
• Falta de concentração;
• Crença irrealista em suas habilidades;
• Comportamento incomum;
• Tendência ao abuso de drogas;
• Fala muito rápida;
• Falta de sono;
• Negação de que algo está errado;
• Aumento do desejo sexual;
• Comportamento agressivo.
6. SINAIS E SINTOMAS
Sintomas de episódio depressivo
• Mau humor, tristeza, ansiedade e pessimismo;
• Sentimento de culpa, inutilidade e desamparo;
• Perda de interesse por coisas que se gostava;
• Sensação de fadiga constante;
• Dificuldade de concentração;
• Irritabilidade e agitação;
• Sono excessivo ou falta de sono;
• Alterações no apetite e peso;
• Dor crônica;
• Pensamentos de suicídio e morte.
• Estes sintomas podem estar presentes durante semanas, meses ou anos e
podem se manifestar durante todo o dia, todos os dias.
7. SINAIS E SINTOMAS
• Psicose – em ambos os episódios maníacos e
depressivos pode haver psicose , durante a qual
os pacientes não podem diferenciar a fantasia da
realidade.
• Os sintomas da psicose podem
incluir delírios (crenças falsas mas fortemente
sentidas) e alucinações (ouvir ou ver coisas que
não existem).
• Transtorno Depressivo Maior, com padrão
sazonal – anteriormente conhecida
como transtorno afetivo sazonal (TAS).
• Alguns pacientes com transtorno bipolar têm
humor que flutua com as estações do ano.
8. TIPOS DE TRANSTORNO BIPOLAR
1) Transtorno Bipolar I
• Houve pelo menos um episódio maníaco ou episódios mistos (com / sem episódios depressivos anteriores). A maioria
dos pacientes teve pelo menos um episódio depressivo.
2) Transtorno Bipolar II
• O doente sofreu um ou mais episódios de depressão e pelo menos um episódio hipomaníaco.
• Um estado hipomaníaco é menos grave do que um maníaco.
• Durante um episódio hipomaníaco o paciente dorme muito menos, é muito competitivo e extrovertido, e está cheio de
energia – mas eles estão em pleno funcionamento;
9. TIPOS DE TRANSTORNO BIPOLAR
3. Transtorno ciclotímico
• Este tipo é caracterizado por sintomas hipomaníacos e depressivos persistentes,
que podem ser uma forma leve de transtorno bipolar. Esses sintomas duram mais
e podem persistir por pelo menos 2 anos. Devido aos sintomas serem muito
semelhantes com depressão, muitas pessoas acabam sendo tratadas para
depressão em vez de transtorno bipolar.
10. TRATAMENTO
• O objetivo do tratamento para o
transtorno bipolar é minimizar a
frequência de episódios maníacos /
depressivos e reduzir a gravidade dos
sintomas para que o doente possa levar
uma vida relativamente normal e produtiva.
• Pode ser controlado com vários tipos de
tratamento, como psicoterapia, uso de
remédios prescritos pelo psiquiatra, ou
ainda complementado com alguns métodos
naturais.
11. TRATAMENTO
• 1 MEDICAMENTOSO
• Estabilizadores do humor: controlam episódios maníacos, como lítio,
ácido valpróico ou carbamazepina;
• Antipsicóticos, como olanzapina, risperidona, quetiapina ou
aripiprazol: são usados se os sintomas de depressão e mania
persistirem;
• Antidepressivos: ajudam a controlar a depressão, como a fluoxetina,
que deve ser associada a um antipsicótico para evitar episódios de
mania;
• Ansiolíticos: ajudam a reduzir a ansiedade e a melhorar o sono, como
os benzodiazepínicos.
O uso de medicamentos pode ser associado a sessões de
psicoterapia, tornando o tratamento mais eficaz.
12. TRATAMENTO
2. Sessões de psicoterapia
A psicoterapia é muito importante no tratamento da bipolaridade e pode ser feita
individualmente, em família ou em grupos como:
a terapia rítmica interpessoal e social, que consiste em estabelecer uma rotina diária de
sono, alimentação e exercícios, com o objetivo de reduzir as oscilações de humor,
a terapia psicodinâmica, que busca significado e função simbólica de comportamentos
característicos da doença, para que tomem consciência e possam ser prevenidos.
13. TRATAMENTO
a terapia cognitivo-comportamental, que ajuda a identificar e substituir sentimentos
e comportamentos prejudiciais à saúde por outros positivos, além de desenvolver
estratégias que ajudam a reduzir o estresse e lidar com situações desagradáveis.
Encorajar a família a aprender sobre o transtorno bipolar pode ajudá-la a lidar melhor
com a situação, bem como identificar problemas ou prevenir novas crises.
15. MEDICAÇÃO MAIS INDICADA
• LÍTIO
O Carbonato de Lítio é indicado no tratamento de episódios maníacos
nos transtornos afetivos bipolares; no tratamento de manutenção de
indivíduos com transtorno afetivo bipolar, diminuindo a frequência dos
episódios maníacos e a intensidade destes quadros; na profilaxia da
mania recorrente; prevenção da fase depressiva e tratamento de
hiperatividade psicomotora.
• EFEITOS COLATERAIS
Acne; Gosto metálico na boca; Aumento de peso ; Erupção cutânea;
Náusea; Diarreia; Redução dos hormônios da tireoide; Aumento do
tamanho da tireoide; Aumento dos glóbulos brancos no sangue; Urina
excessiva; Perda urinária involuntária; Confusão Problemas de
memória; Tremor Delírio Coma Convulsão (raro); Palpitações.
16. CID- F31
Pacientes com CID F31 tendem a apresentar humor e energia elevados (hipomania ou mania) e
um rebaixamento do humor e redução da energia e da atividade (depressão), inclui doença, psicose e
reação maníaco-depressiva, e exclui:
• Ciclotimia (F34.0)
• Transtorno bipolar, episódio maníaco isolado (F30.-).
Esta CID possui 10 subcategorias:
• F31.0: Transtorno afetivo bipolar, episódio atual hipomaníaco
• F31.1: Transtorno afetivo bipolar, episódio atual maníaco sem sintomas psicóticos
• F31.2: Transtorno afetivo bipolar, episódio atual maníaco com sintomas psicóticos
• F31.3: Transtorno afetivo bipolar, episódio atual depressivo leve ou moderado
• F31.4: Transtorno afetivo bipolar, episódio atual depressivo grave sem sintomas psicóticos
• F31.5: Transtorno afetivo bipolar, episódio atual depressivo grave com sintomas psicóticos
• F31.6: Transtorno afetivo bipolar, episódio atual misto
• F31.7: Transtorno afetivo bipolar, atualmente em remissão
• F31.8: Outros transtornos afetivos bipolares
• F31.9: Transtorno afetivo bipolar não especificado.
17. CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• Apoie o paciente em momentos difíceis, mantenham os medicamentos na dose certa e no horário certo prescrito;
• Seja firme e tenha paciência, isso porque o relacionamento com o paciente em euforia pode ser desgastante;
• Detecte com o paciente os primeiros sinais de uma recaída, se ele considerara como intromissão, afirme que seu papel é
auxiliá-lo;
• Fale com o médico em caso de suspeita de ideias de suicídio e desesperança;
• Estabeleça regras de proteção durante fases de normalidade de humor;
• Auxilie a manter boa higiene de sono e programe atividades antecipadamente;
• Não exija demais do paciente e não superproteja, auxilie- o a fazer algumas atividades, quando necessário;
• Evite demonstrar sinais de preconceito que favoreçam ao abandono do tratamento;
• Aproveite períodos de equilíbrio para diferencia depressão e euforia de sentimentos normais de tristeza e alegria;
• Participe de terapias em grupo, e orientações psico educacionais.
18. CUIDADOS DE ENFERMAGEM
NA FASE DEPRESSIVA
Assumir responsabilidades pela segurança do paciente;
Deve estimulá-lo a falar, para que possa verbalizar seus sentimentos e ideias de autodepreciação;
Avaliar seu nível de esperança;
Deve usar frases curtas e claras;
Usar o silêncio;
Ocupar e socializar o paciente são formas de elevar a autoestima;
Comentar positivamente suas conquistas;
Observar sono e verificar problemas somáticos;
Observar a alimentação e autocuidado.
19. CUIDADOS DE
ENFERMAGEM
NA FASE MANÍACA
• Deve-se ter uma observação constante e relato das
manifestações de comportamento do paciente;
• O maníaco deve permanecer em local com poucos pacientes e o
ambiente deve ser o mais tranquilo possível, com o mínimo de
estímulos;
• Ouvir reflexivamente;
• Deve-se usar tom baixo de voz, frases curtas e linguagem clara;
• Tentar manter seu discurso coerente;
• Impor limites;
• Ajudá-lo em sua higiene;
• Evitar que seja alvo de zombaria;
• Orientações à família.
20. CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• ORIENTAÇÕES À FAMÍLIA
• Evite discutir, pois esse debate pode desencadear uma crise na pessoa. Assim, evite dizer coisas que podem gerar irritação.
• Tenha calma ao falar e use um tom de voz adequado. Dessa forma, você evita que a pessoa bipolar aja com impulsividade e tome
atitudes exageradas.
• Procure ser positivo ao conversar com o paciente, principalmente nos episódios depressivos.
• Evite embates, pois será prejudicial para ambos. Lembre-se de que a pessoa já sofre com a variação de emoções.
• Não torne a pessoa bipolar uma vítima da situação e evite facilitar as coisas para ela. A atitude correta é se mostrar disponível,
incentivá-la a realizar suas tarefas e seguir em frente.
• Não julgue a condição de quem sofre com o transtorno, evite preconceitos ou suposições inadequadas sobre o quadro dele.
• Esteja atento ao que é dito pela pessoa bipolar. Normalmente, eles costumam fazer o que dizem. Então, se ouvi-lo comentar
qualquer coisa relacionada a suicídio, por exemplo, procure ajuda.
21. REFERÊNCIAS
• Transtorno Bipolar (slideshare.net)
• Transtorno bipolar: o que é, sintomas e tratamentos - Minha Vida
• Transtorno bipolar | Drauzio Varella - Drauzio Varella (uol.com.br)
• Tratamento medicamentoso dos transtornos bipolares - Transtornos psiquiátricos - Manuais MSD edição para profissionais (msdmanuals.com)
• Transtorno Bipolar: o que é, sinais e tratamento | MD.Saúde (mdsaude.com)
• Lítio: o que é, como funciona, para que serve e efeitos colaterais (uol.com.br)
• https://enfermagemilustrada.com/transtorno-bipolar/
• https://apsiquiatra.com.br/transtorno-bipolar-como-lidar/