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 F30-F39 Transtornos do humor [afetivos]
 Característica principal: alteração do
humor ou do afeto, no sentido de uma
depressão (com ou sem ansiedade
associada) ou de uma elação.
 Modificação do nível global de atividade
 Tendem a ser recorrentes
 A ocorrência dos episódios individuais
pode estar relacionada com situações ou
fatos estressantes.
(CID 10)
 Depressão é uma doença psiquiátrica
crônica, extremamente comum,
caracterizada por uma alteração do
humor do paciente, deixando-o triste
além do normal, desanimado, sem
energia, com baixa autoestima e
com dificuldade de lidar com sua
vida pessoal e profissional.
 No ultimo relatório da Organização Mundial
de Saúde (OMS), a depressão se situa em
quarto lugar entre as principais causas de
ônus entre todas as doenças, e as
perspectivas são ainda mais sombrias. Se
persistir a incidência da depressão, até 2020
ela estará em segundo lugar. Em todo o
mundo, somente a doença isquêmica
cardíaca a suplantará.
 Insônia ou sonolência em excesso;
 Dificuldades de concentração;
 Dores inexplicáveis pelo corpo;
 Fortes sentimentos de inutilidade ou culpa;
 Sentimento de desespero e desamparo;
 Não consegue controlar os pensamentos negativos;
 Perda de apetite ou gula;
 Perda de interesse nas atividades diárias;
 Irritação em excesso e humor diminuído do habitual;
 Constantes pensamentos em suicídio.
 Na tristeza, o indivíduo costuma apresentar
períodos de melhora ao longo do dia,
conseguindo esquecer por momentos a causa da
sua tristeza, como, por exemplo, durante a visita
de uma pessoa querida.
 Na depressão, o sentimento é contínuo e não
alivia com a ajuda de outros. A depressão
costuma também provocar um sentimento de
culpa, mas sem motivo aparente. O deprimido
sente uma pesada culpa, mas não sabe explicar
bem por quê.
 Solidão;
 Excesso de trabalho;
 Falta de apoio social;
 Stress;
 Histórico familiar;
 Problemas de relacionamento ou conjugal;
 Tensão financeira;
 Trauma ou abuso de infância;
 Uso de álcool ou drogas;
 Situação de desemprego ou o subemprego;
 Problemas de saúde ou de dor crônica.
 Diferentemente do DSM-IV, no DSM-V os
"Transtornos Depressivos" foram separados dos
"Transtornos Bipolares e Transtornos Relacionados".
 A característica comum desses transtornos é a
presença de humor triste, vazio ou irritável,
acompanhado de alterações somáticas e
cognitivas que afetam significativamente a
capacidade de funcionamento do indivíduo. O
que difere entre eles são os aspectos de duração,
momento ou etiologia presumida.
 Um dos pontos de maior polêmica, no que diz
respeito à depressão, foi a retirada do luto como
critério de exclusão do Transtorno Depressivo
Maior. No DSM-5 é possível aplicar esse
diagnóstico mesmo àqueles que passaram pela
perda de um ente querido há menos de dois anos.
 Apesar da preocupação com a possível
abordagem médica de estados não patológicos,
é importante atentar para a gravidade que estes
quadros podem alcançar.
 O luto é um forte fator estressor e, como tal, pode
desencadear transtornos mentais graves, portanto
não se pode assumir que, por tratar-se de reação
comum, não possa ser experimentado de forma
patológica.
 O objetivo desta mudança é permitir que
indivíduos que estejam passando por um
sofrimento psíquico grave recebam atenção
adequada, incluindo a farmacoterapia quando
esta se fizer necessária.
 Humor
 Prazer
 Interesse
 Energia e Fadiga
 Atividade
 Concentração e Pensamento
 Apetite e Peso
 Libido
 Autoestima
 Autoconfiança
 Sono
 Ideias de culpabilidade e ou de
indignidade
 Ideias ou atos autolesivos e de suicídio
 Humor varia pouco
 Sintomas “somáticos”
 Prejuízos ou sofrimento significativos
 Graus: leve, moderado e grave
 Risco de suicídio: muito aumentada.
Homens, solteiros, sozinhos, desesperança.
 Comorbidade: principalmente anorexia e
bulimia nervosa.
 Dois ou três dos sintomas citados, em
geral:
› Humor deprimido, perda de interesse, fadiga
› Mínimo dois meses
› Capaz de desempenhar a maior parte de
suas atividades
 Quatro ou mais dos sintomas citados
 Muita dificuldade para desempenhar as
atividades de rotina
 Vários dos sintomas são marcantes e
angustiantes
 Típico: perda da autoestima e ideias de
desvalia ou culpa
 Sintomas “somáticos”
 Ideias e os atos suicidas
 Alucinações e ideias delirantes
 Lentidão psicomotora ou estupor
 Grave
 Todas as atividades sociais normais
tornam-se impossíveis
 Risco de suicídio, desidratação ou
desnutrição
 Ocorrência repetida de episódios
depressivos
 Ausência de antecedente de mania
 Início em qualquer idade
 Início pode ser agudo ou insidioso
 Duração variável de algumas semanas a
alguns meses
 Pelo menos dois episódios devem ter
durado no mínimo duas semanas,
separados por meses
 Transtorno depressivo recorrente,
episódio atual:
› leve
› moderado
› grave sem sintomas psicóticos
› grave com sintomas psicóticos
› em remissão
 Flutuante
 Instabilidade persistente do humor
 Numerosos períodos de depressão ou de
leve elação
 Nenhum deles suficientemente grave ou
prolongado para responder aos critérios
de um transtorno afetivo bipolar ou de
um transtorno depressivo recorrente.
 Sofrimento e incapacidade
consideráveis
 Flutuante
 Rebaixamento crônico do humor
 Persistindo ao menos por vários anos
 Gravidade não é suficiente
 Sofrimento e incapacidade
consideráveis
 MINI
 SCID
 BDI (Beck)
 Exclusivamente a um episódio isolado.
 Se já apresentou um ou mais episódios
afetivos prévios  diagnóstico de
transtorno afetivo bipolar
 Presença de uma elevação ligeira, mas persistente
do humor, da energia e da atividade
 Sentimento intenso de bem-estar e de eficácia física
e psíquica (autoestima inflada)
 Aumento da sociabilidade, do desejo de falar, da
familiaridade e da energia sexual
 Redução da necessidade de sono
 Fuga ideias, pensamentos acelerados
 Distrabilidade
 Atividades com objetivos ou agitação psicomotora
 Envolvimento em atividades arriscadas
 A euforia e a sociabilidade são por
vezes substituídas por irritabilidade,
atitude pretensiosa ou comportamento
grosseiro
 Ausência de alucinações ou delírios
 Deve persistir por vários dias (4 dias)
 Não são tão graves de modo a entravar
o funcionamento profissional ou levar a
uma rejeição social (mas são percebidos)
 Não associado à substância
 Elevação do humor fora de proporção
com a situação do sujeito
 Jovialidade descuidada a uma
agitação praticamente incontrolável
 Aumento da energia, e do desejo de
falar
 Redução da necessidade de sono
 Atividade dirigida a objetivos
 Grande distração
 Aumento da autoestima (ideias de
grandeza e superestimativa de
capacidades)
 Perda das inibições sociais (condutas
imprudentes, inapropriadas)
 Duração mín. de uma semana
 Impactos consideráveis para as atividades
cotidianas
 Não associado ao consumo de substância
 Presença de ideias delirantes (grandeza)
 Ou alucinações (voz que fala
diretamente ao sujeito)
 Ou de agitação, de atividade motora
excessiva e de fuga de ideias (grave,
incompreensível)
 Dois ou mais episódios de humor e nível
de atividade perturbados.
› elevação do humor e aumento da energia
e da atividade (hipomania ou mania)
› e da atividade (depressão)
 Pacientes que sofrem somente de
episódios repetidos de hipomania ou
mania são classificados como bipolares.
 Risco de Suicídio
› Tipo I: 15 vezes maior que na população
geral
› ¼ dos suicídios
 Tipo II: 1/3 já tentou; suicidam mais que
tipo I
 Comorbidade com transtorno alimentar:
mais em tipo II – 14% (TCA
principalmente)
 O transtorno bipolar resulta de distúrbios na função
dos neurotransmissores cerebrais, e a psicoterapia
clássica não mostrou benefício no tratamento
dessa doença, nos trabalhos já publicados. No
entanto, novas abordagens têm provado sua
eficácia. Além disso, os especialistas em saúde
mental devem fornecer apoio psicológico
adequado aos pacientes, pois isso é essencial no
tratamento dos mesmos, em todas as fases da
doença.
 Fornecimento de informações ao paciente sobre a sua doença e as
opções de tratamento, ajudando-os a seguir o tratamento
adequadamente;
 Os profissionais têm papel importante em ajudar o paciente a se
ajustar à realidade da doença, entendendo as consequências de
cada fase, mania e depressão;
 Fornecem apoio aos pacientes com relação aos seus sentimentos
de culpa e remorso, que costumam se seguir aos episódios de
mania;
 É importante a monitoração do paciente, de forma a intervir mais
precocemente, no início da crise. Isso reduz a gravidade da
mesma;
 Ajudam também o paciente a lidar com sentimentos de
imperfeição e desespero, ao compreenderem melhor sua doença.
 Essa técnica é bastante útil para
ajudar o paciente a reconhecer uma
crise que está para começar.
Consiste na anotação em um gráfico
ou diário, dos efeitos do estado
mental do paciente em seu nível de
energia e atividade física, graduando
esses registros.
O preenchimento do gráfico requer os
seguintes passos:
 Utilizando um diário, o paciente descreve a
cada dia o seu humor e seus efeitos nas
atividades realizadas;
 De posse dessa informação, o paciente faz
uma marca na escala, que representa o
humor de cada dia e seus efeitos. Cada
marca deve ser conectada à marca
anterior, com uma linha;
 Além disso, devem ser descritos todos os eventos
emocionais ou físicos significativos, a ocorrência
de menstruações, uso de medicamentos e sua
dosagem, qualquer outro fator que possa afetar o
humor ou a realização das atividades diárias;
 Após alguns meses, o terapeuta e o paciente vão
ser capazes de detectar um padrão e identificar
possíveis fatores desencadeantes de crises de
transtorno bipolar;
 Essas informações são muito úteis, e ajudam o
paciente a fazer ajustes que permitem reduzir a
gravidade das variações do humor.
 A terapia cognitivo comportamental é um método
estruturado, que ajuda o paciente a reconhecer
seus pensamentos negativos e seus padrões de
comportamento e a modificá-los. Em muitos
pacientes, esse tipo de terapia pode ser benéfico.
 Sabe-se também que a terapia cognitivo-
comportamental é útil no tratamento de outros
transtornos do humor, como a depressão e a
ansiedade, e os estudos vêm mostrando que pode
ser benéfica também no tratamento do transtorno
bipolar.
 Nesses pacientes, os objetivos da terapia
cognitivo-comportamental são:
› 1) aprender a reconhecer os episódios de
mania, antes que eles atinjam o máximo de
intensidade e a mudar o comportamento
durante a crise;
› 2) aprender como tolerar o episódio depressivo,
desenvolvendo comportamentos e
pensamentos que ajudam a neutralizar o humor
negativo.
 Sono: A manutenção de um bom
padrão de sono é extremamente
importante nos pacientes com
transtorno bipolar. Estudos têm mostrado
que o uso de técnicas para a obtenção
de boa qualidade de sono ajuda a
reduzir as variações do humor.
 Dieta : Recomenda-se manter uma dieta
saudável, pobre em gorduras saturadas e
rica em grãos, frutas e vegetais frescos, da
mesma forma que o indicado para todas
as pessoas. No caso de uso de
medicamentos que se associam a
aumento do peso corporal, pode ser
necessário restringir a quantidade de
calorias ingeridas.
 Atividade Física: A prática regular de
atividade física é parte fundamental no
tratamento desses pacientes,
principalmente para evitar-se o ganho
excessivo de peso. Além disso, ajuda o
paciente a manter uma sensação de
bem-estar
 Episódio atual :
› maníaco sem sintomas psicóticos
› maníaco com sintomas psicóticos
› depressivo leve ou moderado
› depressivo grave sem sintomas psicóticos
› depressivo grave com sintomas psicóticos
› misto
› em remissão
 Comorbidades Psiquiátricas são frequentes
em TA
 Principalmente nos indivíduos que
procuram tratamento
 Transtorno de Humor: ocorrem em 52% a
98% dos pacientes
 Episódio depressivo maior 50%
 Distimia 75%
 Tratar comorbidade melhora prognóstico
 Diagnóstico diferencial
› Transtorno Depressivo Maior: inapetência
ingesta restrita, perda de peso  resolve
com o tratamento do humor.
› TARV: todos os critérios estabelecidos, e
tratamento específico para perturbação
alimentar.
 Diagnóstico Diferencial
› Transtorno Depressivo Maior: ocorre perda de
peso, mas não há desejo extremo por esta
perda, nem medo intenso de ganhar peso.
 Comorbidade
› Transtornos Depressivos
 Risco de Suicídio
› Elevado: 12:100.000 por ano
› Avaliar histórico, ideação, comportamentos e
fatores de risco.
 Caracterizado por uma profunda
perturbação da imagem corporal e
busca incessante da magreza ao ponta
da inanição;
 Comportamento obstinado e proposital
direcionado a perder peso,
preocupação com o peso corporal e
alimentação, medo intenso de aumento
de peso, distorções da imagem corporal
e amenorreia.
 Diagnostico Diferencial
› Transtorno Depressivo Maior: pode ocorrer
hiperfagia, mas sem comportamentos
compensatórios e preocupação excessiva com
a forma e peso. Para comorbidade, critérios de
ambos devem ser estabelecidos.
 Comorbidades
› Sintomas depressivos, TA, Transtornos Depressivos
 Risco de Suicídio
› Alto, deve ser avaliado
 Caracterizado pela ingestão compulsiva
e rápida de grandes quantidades de
alimentos, com pouco ou nenhum
prazer, alternada com comportamento
purgativo, períodos de restrição
alimentar e medo mórbido de engordar.
 Denominado também de “Transtorno do
Comer Compulsivo”;
 Caracterizada por episódios recorrentes de
compulsão alimentar na ausência de
comportamentos compensatórios
inapropriados;
 Não há foco na forma e peso corporais;
 Ingestão de uma quantidade de alimentos
maior do que a maioria das pessoas
consumiria em igual período de 2h, por
exemplo;
 Sentimento de falta de controle sobre a
ingestão alimentar durante episódio.
 Excesso de adiposidade corporal;
 Adiposidade:
 Mulheres: 25% do peso corporal
 Homens: 18% do peso corporal
 IMC: ver padrão internacional praticado
 Peso (Kg) x Altura (m)2
CATEGORIA IMC
Abaixo do Peso Abaixo de 18,5
Peso Normal 18,5 – 24,9
Sobrepeso 25,0 – 29,9
Obesidade Grau I 30,0 – 34,9
Obesidade Grau II 35,0 – 39,9
Obesidade Grau III
(Mórbida)
A partir de 40,0
 Diagnóstico Diferencial
› TA: pode haver compulsão e outros
sintomas, mas os critérios de ambos deves
estar estabelecidos para diagnóstico de
comorbidade.
› T Depressivos: pode haver aumento da
ingesta e ganho de peso, mas os critérios de
ambos deves estar estabelecidos para
diagnóstico de comorbidade
 Comorbidade
› TA, T depressivos
 Pica
› Diagnóstico Diferencial:
 Autolesão e comportamento suicida: ingestão
de itens nocivos (agulhas, facas)
 Ruminação
› Comorbidade
 Pode ocorrer concomitante a outro transtorno
mental se justificar atenção específica.
 Aspectos psicológicos: causadores,
consequências ou mantenedores da
condição
 Aumento dos sintomas comorbidos durante o
tratamento (ex: diante da dieta aumentar
sintomas depressivos)
 Adesão ao tratamento (todos as modalidades-
colaboração dos profissionais)
 Motivação para a mudança
 Qualidade de vida
 Consumo de Substâncias Psicoativas
 Gravidade (internação)
 Ser biopsicossocial
 Comorbidades Psiquiátricas devem ser
tratadas concomitantemente
 Manejo Multidisciplinar
› Psicoterapia (TCC)
› Intervenção Psiquiátrica
› Atividades Físicas
› Alimentação
 Precisa avaliar cada caso, não tem como
fazer um “pacotão”.
 Estabelecer um programa de emagrecimento
para os casos de obesidade;
 Incentivar a estabelecer objetivos modestos
de emagrecimento (10% do peso);
 Entender o comportamento alimentar (registro
da alimentação);
 Usar o controle de estímulos (lanches de baixa
caloria);
 Treinamento da assertividade para comunicar
à família e amigos da necessidade de
colaboração;
 Identificação de Crenças e
Comportamentos Disfuncionais;
 Seta Descente;
 Desafio de PAN’s
 Evento: Ir na faculdade retirar o diploma
de formatura após 3 anos de formada
 Pensamento: Vou encontrar professores
e colegas
 Se seu pensamento fosse verdadeiro,
porque isso incomodaria?
 Crença: Que sou incapaz...que sou uma
profissional incompetente.
 Isso me incomodaria porque me faria pensar que...
 Vou me expor e ser criticada...vão dizer que estou
gorda
 Se isso acontecer, o que pode ocorrer a seguir?
 Vou me sentir mal...constrangida e triste
 Se isso for verdadeiro, o que acontecerá?
 Não vou suportar... Vou sair correndo...
 Se isso de fato ocorrer, o que significa para mim?
 Crença: Que sou incapaz... Que sou uma profissional
incompetente.
 PAN: Vou me expor e ser criticada...vão
dizer que estou gorda
 T: Quando você pensa que vai se expor e
vai ser criticada, vão dizer que está gorda,
quanto você acredita neste pensamento?
 P: Acredito 80%
 T: E qual a intensidade da tristeza que você
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 P: Acredito 100%

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Aulas 10 e 11 Guanambi.pdf

  • 1.
  • 2.  F30-F39 Transtornos do humor [afetivos]  Característica principal: alteração do humor ou do afeto, no sentido de uma depressão (com ou sem ansiedade associada) ou de uma elação.  Modificação do nível global de atividade  Tendem a ser recorrentes  A ocorrência dos episódios individuais pode estar relacionada com situações ou fatos estressantes. (CID 10)
  • 3.  Depressão é uma doença psiquiátrica crônica, extremamente comum, caracterizada por uma alteração do humor do paciente, deixando-o triste além do normal, desanimado, sem energia, com baixa autoestima e com dificuldade de lidar com sua vida pessoal e profissional.
  • 4.  No ultimo relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão se situa em quarto lugar entre as principais causas de ônus entre todas as doenças, e as perspectivas são ainda mais sombrias. Se persistir a incidência da depressão, até 2020 ela estará em segundo lugar. Em todo o mundo, somente a doença isquêmica cardíaca a suplantará.
  • 5.  Insônia ou sonolência em excesso;  Dificuldades de concentração;  Dores inexplicáveis pelo corpo;  Fortes sentimentos de inutilidade ou culpa;  Sentimento de desespero e desamparo;  Não consegue controlar os pensamentos negativos;  Perda de apetite ou gula;  Perda de interesse nas atividades diárias;  Irritação em excesso e humor diminuído do habitual;  Constantes pensamentos em suicídio.
  • 6.  Na tristeza, o indivíduo costuma apresentar períodos de melhora ao longo do dia, conseguindo esquecer por momentos a causa da sua tristeza, como, por exemplo, durante a visita de uma pessoa querida.  Na depressão, o sentimento é contínuo e não alivia com a ajuda de outros. A depressão costuma também provocar um sentimento de culpa, mas sem motivo aparente. O deprimido sente uma pesada culpa, mas não sabe explicar bem por quê.
  • 7.  Solidão;  Excesso de trabalho;  Falta de apoio social;  Stress;  Histórico familiar;  Problemas de relacionamento ou conjugal;  Tensão financeira;  Trauma ou abuso de infância;  Uso de álcool ou drogas;  Situação de desemprego ou o subemprego;  Problemas de saúde ou de dor crônica.
  • 8.  Diferentemente do DSM-IV, no DSM-V os "Transtornos Depressivos" foram separados dos "Transtornos Bipolares e Transtornos Relacionados".  A característica comum desses transtornos é a presença de humor triste, vazio ou irritável, acompanhado de alterações somáticas e cognitivas que afetam significativamente a capacidade de funcionamento do indivíduo. O que difere entre eles são os aspectos de duração, momento ou etiologia presumida.
  • 9.  Um dos pontos de maior polêmica, no que diz respeito à depressão, foi a retirada do luto como critério de exclusão do Transtorno Depressivo Maior. No DSM-5 é possível aplicar esse diagnóstico mesmo àqueles que passaram pela perda de um ente querido há menos de dois anos.  Apesar da preocupação com a possível abordagem médica de estados não patológicos, é importante atentar para a gravidade que estes quadros podem alcançar.
  • 10.  O luto é um forte fator estressor e, como tal, pode desencadear transtornos mentais graves, portanto não se pode assumir que, por tratar-se de reação comum, não possa ser experimentado de forma patológica.  O objetivo desta mudança é permitir que indivíduos que estejam passando por um sofrimento psíquico grave recebam atenção adequada, incluindo a farmacoterapia quando esta se fizer necessária.
  • 11.  Humor  Prazer  Interesse  Energia e Fadiga  Atividade  Concentração e Pensamento  Apetite e Peso  Libido  Autoestima  Autoconfiança  Sono
  • 12.  Ideias de culpabilidade e ou de indignidade  Ideias ou atos autolesivos e de suicídio  Humor varia pouco  Sintomas “somáticos”  Prejuízos ou sofrimento significativos  Graus: leve, moderado e grave  Risco de suicídio: muito aumentada. Homens, solteiros, sozinhos, desesperança.  Comorbidade: principalmente anorexia e bulimia nervosa.
  • 13.  Dois ou três dos sintomas citados, em geral: › Humor deprimido, perda de interesse, fadiga › Mínimo dois meses › Capaz de desempenhar a maior parte de suas atividades
  • 14.  Quatro ou mais dos sintomas citados  Muita dificuldade para desempenhar as atividades de rotina
  • 15.  Vários dos sintomas são marcantes e angustiantes  Típico: perda da autoestima e ideias de desvalia ou culpa  Sintomas “somáticos”  Ideias e os atos suicidas
  • 16.  Alucinações e ideias delirantes  Lentidão psicomotora ou estupor  Grave  Todas as atividades sociais normais tornam-se impossíveis  Risco de suicídio, desidratação ou desnutrição
  • 17.  Ocorrência repetida de episódios depressivos  Ausência de antecedente de mania  Início em qualquer idade  Início pode ser agudo ou insidioso  Duração variável de algumas semanas a alguns meses  Pelo menos dois episódios devem ter durado no mínimo duas semanas, separados por meses
  • 18.  Transtorno depressivo recorrente, episódio atual: › leve › moderado › grave sem sintomas psicóticos › grave com sintomas psicóticos › em remissão
  • 19.  Flutuante  Instabilidade persistente do humor  Numerosos períodos de depressão ou de leve elação  Nenhum deles suficientemente grave ou prolongado para responder aos critérios de um transtorno afetivo bipolar ou de um transtorno depressivo recorrente.  Sofrimento e incapacidade consideráveis
  • 20.  Flutuante  Rebaixamento crônico do humor  Persistindo ao menos por vários anos  Gravidade não é suficiente  Sofrimento e incapacidade consideráveis
  • 21.  MINI  SCID  BDI (Beck)
  • 22.  Exclusivamente a um episódio isolado.  Se já apresentou um ou mais episódios afetivos prévios  diagnóstico de transtorno afetivo bipolar
  • 23.  Presença de uma elevação ligeira, mas persistente do humor, da energia e da atividade  Sentimento intenso de bem-estar e de eficácia física e psíquica (autoestima inflada)  Aumento da sociabilidade, do desejo de falar, da familiaridade e da energia sexual  Redução da necessidade de sono  Fuga ideias, pensamentos acelerados  Distrabilidade  Atividades com objetivos ou agitação psicomotora  Envolvimento em atividades arriscadas
  • 24.  A euforia e a sociabilidade são por vezes substituídas por irritabilidade, atitude pretensiosa ou comportamento grosseiro  Ausência de alucinações ou delírios  Deve persistir por vários dias (4 dias)  Não são tão graves de modo a entravar o funcionamento profissional ou levar a uma rejeição social (mas são percebidos)  Não associado à substância
  • 25.  Elevação do humor fora de proporção com a situação do sujeito  Jovialidade descuidada a uma agitação praticamente incontrolável  Aumento da energia, e do desejo de falar  Redução da necessidade de sono  Atividade dirigida a objetivos
  • 26.  Grande distração  Aumento da autoestima (ideias de grandeza e superestimativa de capacidades)  Perda das inibições sociais (condutas imprudentes, inapropriadas)  Duração mín. de uma semana  Impactos consideráveis para as atividades cotidianas  Não associado ao consumo de substância
  • 27.  Presença de ideias delirantes (grandeza)  Ou alucinações (voz que fala diretamente ao sujeito)  Ou de agitação, de atividade motora excessiva e de fuga de ideias (grave, incompreensível)
  • 28.  Dois ou mais episódios de humor e nível de atividade perturbados. › elevação do humor e aumento da energia e da atividade (hipomania ou mania) › e da atividade (depressão)  Pacientes que sofrem somente de episódios repetidos de hipomania ou mania são classificados como bipolares.
  • 29.  Risco de Suicídio › Tipo I: 15 vezes maior que na população geral › ¼ dos suicídios  Tipo II: 1/3 já tentou; suicidam mais que tipo I  Comorbidade com transtorno alimentar: mais em tipo II – 14% (TCA principalmente)
  • 30.  O transtorno bipolar resulta de distúrbios na função dos neurotransmissores cerebrais, e a psicoterapia clássica não mostrou benefício no tratamento dessa doença, nos trabalhos já publicados. No entanto, novas abordagens têm provado sua eficácia. Além disso, os especialistas em saúde mental devem fornecer apoio psicológico adequado aos pacientes, pois isso é essencial no tratamento dos mesmos, em todas as fases da doença.
  • 31.  Fornecimento de informações ao paciente sobre a sua doença e as opções de tratamento, ajudando-os a seguir o tratamento adequadamente;  Os profissionais têm papel importante em ajudar o paciente a se ajustar à realidade da doença, entendendo as consequências de cada fase, mania e depressão;  Fornecem apoio aos pacientes com relação aos seus sentimentos de culpa e remorso, que costumam se seguir aos episódios de mania;  É importante a monitoração do paciente, de forma a intervir mais precocemente, no início da crise. Isso reduz a gravidade da mesma;  Ajudam também o paciente a lidar com sentimentos de imperfeição e desespero, ao compreenderem melhor sua doença.
  • 32.  Essa técnica é bastante útil para ajudar o paciente a reconhecer uma crise que está para começar. Consiste na anotação em um gráfico ou diário, dos efeitos do estado mental do paciente em seu nível de energia e atividade física, graduando esses registros.
  • 33. O preenchimento do gráfico requer os seguintes passos:  Utilizando um diário, o paciente descreve a cada dia o seu humor e seus efeitos nas atividades realizadas;  De posse dessa informação, o paciente faz uma marca na escala, que representa o humor de cada dia e seus efeitos. Cada marca deve ser conectada à marca anterior, com uma linha;
  • 34.  Além disso, devem ser descritos todos os eventos emocionais ou físicos significativos, a ocorrência de menstruações, uso de medicamentos e sua dosagem, qualquer outro fator que possa afetar o humor ou a realização das atividades diárias;  Após alguns meses, o terapeuta e o paciente vão ser capazes de detectar um padrão e identificar possíveis fatores desencadeantes de crises de transtorno bipolar;  Essas informações são muito úteis, e ajudam o paciente a fazer ajustes que permitem reduzir a gravidade das variações do humor.
  • 35.  A terapia cognitivo comportamental é um método estruturado, que ajuda o paciente a reconhecer seus pensamentos negativos e seus padrões de comportamento e a modificá-los. Em muitos pacientes, esse tipo de terapia pode ser benéfico.  Sabe-se também que a terapia cognitivo- comportamental é útil no tratamento de outros transtornos do humor, como a depressão e a ansiedade, e os estudos vêm mostrando que pode ser benéfica também no tratamento do transtorno bipolar.
  • 36.  Nesses pacientes, os objetivos da terapia cognitivo-comportamental são: › 1) aprender a reconhecer os episódios de mania, antes que eles atinjam o máximo de intensidade e a mudar o comportamento durante a crise; › 2) aprender como tolerar o episódio depressivo, desenvolvendo comportamentos e pensamentos que ajudam a neutralizar o humor negativo.
  • 37.  Sono: A manutenção de um bom padrão de sono é extremamente importante nos pacientes com transtorno bipolar. Estudos têm mostrado que o uso de técnicas para a obtenção de boa qualidade de sono ajuda a reduzir as variações do humor.
  • 38.  Dieta : Recomenda-se manter uma dieta saudável, pobre em gorduras saturadas e rica em grãos, frutas e vegetais frescos, da mesma forma que o indicado para todas as pessoas. No caso de uso de medicamentos que se associam a aumento do peso corporal, pode ser necessário restringir a quantidade de calorias ingeridas.
  • 39.  Atividade Física: A prática regular de atividade física é parte fundamental no tratamento desses pacientes, principalmente para evitar-se o ganho excessivo de peso. Além disso, ajuda o paciente a manter uma sensação de bem-estar
  • 40.  Episódio atual : › maníaco sem sintomas psicóticos › maníaco com sintomas psicóticos › depressivo leve ou moderado › depressivo grave sem sintomas psicóticos › depressivo grave com sintomas psicóticos › misto › em remissão
  • 41.  Comorbidades Psiquiátricas são frequentes em TA  Principalmente nos indivíduos que procuram tratamento  Transtorno de Humor: ocorrem em 52% a 98% dos pacientes  Episódio depressivo maior 50%  Distimia 75%  Tratar comorbidade melhora prognóstico
  • 42.  Diagnóstico diferencial › Transtorno Depressivo Maior: inapetência ingesta restrita, perda de peso  resolve com o tratamento do humor. › TARV: todos os critérios estabelecidos, e tratamento específico para perturbação alimentar.
  • 43.  Diagnóstico Diferencial › Transtorno Depressivo Maior: ocorre perda de peso, mas não há desejo extremo por esta perda, nem medo intenso de ganhar peso.  Comorbidade › Transtornos Depressivos  Risco de Suicídio › Elevado: 12:100.000 por ano › Avaliar histórico, ideação, comportamentos e fatores de risco.
  • 44.  Caracterizado por uma profunda perturbação da imagem corporal e busca incessante da magreza ao ponta da inanição;  Comportamento obstinado e proposital direcionado a perder peso, preocupação com o peso corporal e alimentação, medo intenso de aumento de peso, distorções da imagem corporal e amenorreia.
  • 45.  Diagnostico Diferencial › Transtorno Depressivo Maior: pode ocorrer hiperfagia, mas sem comportamentos compensatórios e preocupação excessiva com a forma e peso. Para comorbidade, critérios de ambos devem ser estabelecidos.  Comorbidades › Sintomas depressivos, TA, Transtornos Depressivos  Risco de Suicídio › Alto, deve ser avaliado
  • 46.  Caracterizado pela ingestão compulsiva e rápida de grandes quantidades de alimentos, com pouco ou nenhum prazer, alternada com comportamento purgativo, períodos de restrição alimentar e medo mórbido de engordar.
  • 47.  Denominado também de “Transtorno do Comer Compulsivo”;  Caracterizada por episódios recorrentes de compulsão alimentar na ausência de comportamentos compensatórios inapropriados;  Não há foco na forma e peso corporais;  Ingestão de uma quantidade de alimentos maior do que a maioria das pessoas consumiria em igual período de 2h, por exemplo;  Sentimento de falta de controle sobre a ingestão alimentar durante episódio.
  • 48.  Excesso de adiposidade corporal;  Adiposidade:  Mulheres: 25% do peso corporal  Homens: 18% do peso corporal  IMC: ver padrão internacional praticado  Peso (Kg) x Altura (m)2
  • 49. CATEGORIA IMC Abaixo do Peso Abaixo de 18,5 Peso Normal 18,5 – 24,9 Sobrepeso 25,0 – 29,9 Obesidade Grau I 30,0 – 34,9 Obesidade Grau II 35,0 – 39,9 Obesidade Grau III (Mórbida) A partir de 40,0
  • 50.  Diagnóstico Diferencial › TA: pode haver compulsão e outros sintomas, mas os critérios de ambos deves estar estabelecidos para diagnóstico de comorbidade. › T Depressivos: pode haver aumento da ingesta e ganho de peso, mas os critérios de ambos deves estar estabelecidos para diagnóstico de comorbidade  Comorbidade › TA, T depressivos
  • 51.  Pica › Diagnóstico Diferencial:  Autolesão e comportamento suicida: ingestão de itens nocivos (agulhas, facas)  Ruminação › Comorbidade  Pode ocorrer concomitante a outro transtorno mental se justificar atenção específica.
  • 52.  Aspectos psicológicos: causadores, consequências ou mantenedores da condição  Aumento dos sintomas comorbidos durante o tratamento (ex: diante da dieta aumentar sintomas depressivos)  Adesão ao tratamento (todos as modalidades- colaboração dos profissionais)  Motivação para a mudança  Qualidade de vida  Consumo de Substâncias Psicoativas  Gravidade (internação)
  • 53.  Ser biopsicossocial  Comorbidades Psiquiátricas devem ser tratadas concomitantemente  Manejo Multidisciplinar › Psicoterapia (TCC) › Intervenção Psiquiátrica › Atividades Físicas › Alimentação  Precisa avaliar cada caso, não tem como fazer um “pacotão”.
  • 54.  Estabelecer um programa de emagrecimento para os casos de obesidade;  Incentivar a estabelecer objetivos modestos de emagrecimento (10% do peso);  Entender o comportamento alimentar (registro da alimentação);  Usar o controle de estímulos (lanches de baixa caloria);  Treinamento da assertividade para comunicar à família e amigos da necessidade de colaboração;
  • 55.  Identificação de Crenças e Comportamentos Disfuncionais;  Seta Descente;  Desafio de PAN’s
  • 56.  Evento: Ir na faculdade retirar o diploma de formatura após 3 anos de formada  Pensamento: Vou encontrar professores e colegas  Se seu pensamento fosse verdadeiro, porque isso incomodaria?  Crença: Que sou incapaz...que sou uma profissional incompetente.
  • 57.  Isso me incomodaria porque me faria pensar que...  Vou me expor e ser criticada...vão dizer que estou gorda  Se isso acontecer, o que pode ocorrer a seguir?  Vou me sentir mal...constrangida e triste  Se isso for verdadeiro, o que acontecerá?  Não vou suportar... Vou sair correndo...  Se isso de fato ocorrer, o que significa para mim?  Crença: Que sou incapaz... Que sou uma profissional incompetente.
  • 58.  PAN: Vou me expor e ser criticada...vão dizer que estou gorda  T: Quando você pensa que vai se expor e vai ser criticada, vão dizer que está gorda, quanto você acredita neste pensamento?  P: Acredito 80%  T: E qual a intensidade da tristeza que você acredita que vai sentir de 0 a 100%?  P: Acredito 100%