O documento descreve o transtorno bipolar, incluindo seus principais tipos (1 e 2), sintomas nas fases maníaca e depressiva, fatores desencadeantes e o tratamento, que envolve medicamentos, psicoterapia e apoio social.
2. O que é?
• O Transtorno Bipolar, também
chamado de Doença Maníaca
Depressiva, é uma doença que leva o
indivíduo a ter alterações em seu
humor, comportamento e maneira de
se relacionar com outras pessoas.
• Essas alterações são caracterizadas
por dois quadros totalmente opostos.
Quem sofre com esse transtorno vai
da extrema tristeza, sentimento que
desencadeia períodos depressivos,
muitas vezes com condutas suicidas à
euforia incontrolável, posturas
maníacas incompatíveis com a
situação vivida.
3. Transtorno bipolar tipo 1
• O tipo 1 tem como principal característica os períodos de mania, que é quando a
pessoa passa por episódios de extrema felicidade, desproporcionais ao que está
acontecendo no momento.
• Nessa fase há intensa euforia, agitação, sensação de muita energia, delírios de
grandeza e percepção equivocada de que não há necessidade de dormir.
• Mas ainda que o indivíduo apresente esse estado de alegria exacerbada, também
pode mostrar comportamentos agressivos e irritabilidade, e até mesmo ter delírios
paranoicos, sintomas que, muitas vezes, podem ser confundidos com esquizofrenia.
• É considerado um episódio de mania quando há a manifestação de, pelo menos, 3 a
4 dos sintomas citados, com duração contínua de, no mínimo, 1 semana.
• Esses comportamentos tendem a afetar seriamente a vida da pessoa,
especialmente no que se refere à sua relação com amigos, familiares e outros
indivíduos próximos.
• No geral, os quadros de mania tendem a ser a principal causa de internação entre
pacientes com diagnóstico de Transtorno Bipolar.
4. Transtorno bipolar tipo 2
• O que caracteriza o Transtorno de Bipolaridade tipo 2 é a alteração
entre episódios de depressão e de hipomania.
• A depressão é um transtorno afetivo de tristeza intensa, em que a
pessoa passa longos períodos nessa condição. Ou seja, não se trata de
um desânimo ou de uma infelicidade temporária pela qual todos
podem passar no dia a dia.
• Já a hipomania é um quadro mais moderado da mania, condição que
leva o indivíduo a ter comportamentos compatíveis com essa
condição, porém, menos intensos e que não afetam tanto a sua rotina.
• Nesse caso, a pessoa pode apresentar maior disposição que o
habitual, mais sociabilidade, energia, iniciativa, impaciência, falar mais
que o seu normal, não ter tanta necessidade de dormir e outros
sintomas similares.
5. Transtorno Ciclotímico
• É considerado um Transtorno Ciclotímico dentro da bipolaridade a
presença de sintomas depressivos e hipomaníacos persistentes, mas
de forma mais branda.
• Esse quadro costuma persistir por, pelo menos, 2 anos. Por conta
desse tempo mais extenso, e por ter sintomas mais leves, muitas
vezes as pessoas recebem o diagnóstico de depressão, e não de
Transtorno Bipolar, o que pode comprometer os resultados do
tratamento da doença.
6. Diagnostico
• Para diagnosticar a doença, é necessário realizar uma investigação
médica através da anamnese de exame psíquico, que é usado para
tentar identificar a condição logo no início, avaliando se há realmente
no histórico dessa pessoa a presença de um evento de mania.
7. Sintomas na fase maníaca
• intensa euforia;
• pensamentos acelerados;
• fala mais rápida que a habitual;
• comportamento fora do padrão;
• aumento de energia;
• pensamentos acelerados;
• sensação de grandeza;
• gastos financeiros excessivos;
• hipersexualidade;
• abuso no consumo de substâncias
como álcool e drogas;
• diminuição da necessidade de
dormir;
• ganho de peso;
• sentimento exagerado de culpa;
• agitação psicomotora;
• irritabilidade;
• agressividade;
• ideias desconexas;
• alucinações e/ou delírios;
• perda de foco e/ou de atenção;
• sensação recorrente de inutilidade
e/ou frustração.
8. Sintomas na fase depressiva
• tristeza excessiva;
• perda de energia;
• fadiga constante;
• prostração;
• apatia;
• pensamentos pessimistas;
• falta de prazer para realizar tarefas que
antes gostava;
• alterações no sono;
• alterações no apetite;
• mau humor;
• ansiedade;
• sentimento de desamparo, culpa e/ou
inutilidade;
• dificuldade de se concentrar;
• falta de sono ou sono excessivo;
• surgimento de dores crônicas;
• pensamentos de morte e/ou suicidas;
• irritabilidade;
• impaciência;
• redução ou perda da libido;
• isolamento social;
• ideias e pensamentos descoordenados;
• queda no desempenho e na produtividade
(escolar e/ou profissional).
9. O que pode desencadear?
• O Transtorno de Bipolaridade atinge tanto homens quanto mulheres e
costuma apresentar os primeiros indícios no final da adolescência, início da
fase adulta.
• Diferentemente do que acontece em outras doenças mentais, essa não
está relacionada à falta ou diminuição de serotonina, que é uma substância
produzida pelo cérebro, que promove a sensação de bem-estar.
• No caso, o Transtorno Bipolar tem maior relação com a desregulação de
elementos cerebrais que organizam as emoções positivas e negativas de
um indivíduo.
• Além disso, é bem importante entender que esse transtorno psiquiátrico
tem causas multifatoriais, ou seja, não há um motivo específico que
desencadeia a patologia.
10. Gatilho
• uma situação de extremo estresse;
• maneira como a pessoa lida com os seus problemas;
• perdas importantes, como de alguém muito querido, do emprego,
etc;
• fatores hereditários;
• descargas hormonais fora do normal.
11. Tratamento
• O Transtorno Bipolar não tem cura, porém, pode ser controlado com o uso
de medicamentos apropriados, associados à psicoterapia.
• O diagnóstico inicial pode ser feito por um psicólogo e ratificado por um
psiquiatra, os quais terão como base o histórico do paciente e a análise dos
sintomas descritos por ele ou por alguém de sua convivência direta, como
um familiar ou cônjuge.
• Assim, o tratamento para quem sofre com esse transtorno inclui:
• uso de medicamentos;
• psicoterapia;
• formação de uma rede de apoio;
• internação.