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MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO
ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DE SAÚDE DO NORTE
MANUAL
DE CONTROLO DA
INFEÇÃO
Grupo Regional de Controlo de Infeção
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MANUAL DE CONTROLO DA INFEÇÃO
AGRADECIMENTOS
A todos os membros das comissões de controlo de infeção dos ACES da Região Norte
À Assessoria dos Cuidados de Saúde Primários
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MANUAL DE CONTROLO DA INFEÇÃO
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO 5
2. COMO SE TRANSMITEM AS IACS 6
3. PRECAUÇÕES BÁSICAS 8
4. HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS 14
5. HIGIENIZAÇÃO DO AMBIENTE 20
6. RESÍDUOS HOSPITALARES 24
7.INDICADORES 28
8. REFERÊNCIAS 40
ANEXOS
Anexo 1: Exemplos de Planos de Higienização 41
Anexo 2: Colocar e retirar equipamento de proteção individual 49
Anexo 3: Como utilizar o Duplo Balde 51
Anexo 4: Política de antisséticos, desinfetantes e detergentes da ARS Norte (documento
aprovado em 17-03-2011 pelo C.D. da ARS Norte, IP) 52
Anexo 5: Processo de esterilização (documento aprovado em 30-08-2010 pelo C.D. da ARS
Norte, IP)
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Cadeia de Infeção
Figura 2: Zonas de risco das mãos
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Precauções Básicas (Quadro Resumo)
Quadro 2: Higienização das mãos e uso de luvas
Quadro 3: Código das cores para limpeza
Quadro 4: Etapas limpeza
Quadro 5:Triagem de resíduos
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MANUAL DE CONTROLO DA INFEÇÃO
SIGLAS E ABREVIATURAS
ACES – Agrupamento de Centros de Saúde
CCI – Comissão de Controlo de Infeção
CDC – Centers for Diseases Control and Prevention
DM – Dispositivos Médicos
ECDC – European Centre for Disease Prevention and Control
EPI – Equipamento de Proteção Individual
HICPAC – Healthcare Infection control Practices Advisory Committee
IACS – Infeção Associada aos Cuidados de Saúde
OMS – Organização Mundial de Saúde
PNCI – Programa Nacional de Controlo de Infeção
SABA – Solução Antissética de Base Alcoólica
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MANUAL DE CONTROLO DA INFEÇÃO
1. INTRODUÇÃO
No âmbito das competências do Grupo Regional de Controlo de Infeção da ARS Norte, IP e das Comissões de
Controlo de Infeção de cada ACES da Região Norte, encontra-se a elaboração de procedimentos e instruções de
trabalho. O presente documento representa a compilação dos vetores mais importantes para os Cuidados de Saúde
Primários.
O presente Manual tem como objetivos:
 Uniformizar procedimentos no domínio do Controlo de Infeção nos ACES da Região Norte
 Servir como instrumento de apoio às actividades diárias, nomeadamente aquelas que são, pela sua
importância, susceptíveis de risco para as Infeções Associadas aos Cuidados de Saúde (IACS).
Pode definir-se como “ambulatória” a prática de uma actividade de consulta ou de cuidados fora de um
internamento hospitalar.
A atividade de cuidados no ambulatório reporta-se especificamente quer às atividades nas diferentes Unidades dos
ACES, quer nos domicílios.
Para a realização das actividades inerentes aos cuidados em ambulatório, os profissionais confrontam-se
diariamente com a necessidade da aplicação de recomendações para a prevenção de infeções em cuidados de
saúde.
São domínios para a prevenção do risco de Infeção associados aos cuidados de saúde no ambulatório os seguintes:
 Regras de higiene específicas à actividade ambulatória: início do trabalho, veículo, saco de domicílios,
utilização adequada de Equipamento de Proteção Individual, eliminação de resíduos
 Regras de higiene relativas aos cuidados: higiene das mãos, escolha e utilização de antisséticos e outros
produtos para cumprimento dos planos de trabalho
 A presença de utentes colonizados ou infetados: qualidade da informação recebida
 A utilização de dispositivos médicos reutilizáveis e de uso único
 Aplicação da regulamentação para a eliminação de resíduos
 As regras de higiene e segurança no trabalho
Pretende-se ainda que este Manual sirva de apoio à formação interna de todos os profissionais e também utentes e
familiares ou cuidadores informais, já que todos eles estão, direta ou indiretamente, envolvidos na prevenção das
IACS
A atividade de prevenção das IACS é tarefa de todos!
O presente Manual está dividido em 5 capítulos de carater geral. As instruções de trabalho específicas deverão ser
realizadas a partir das CCI de cada ACES, dadas as diferenças estruturais e até mesmo regionais. Contudo, os
princípios básicos deverão ser respeitados em todos os ACES bem como os produtos aprovados na Politica de
Antisséticos, Desinfetantes e Detergentes (anexo 1) e os procedimentos a ter com os Dispositivos Médicos,
aprovados no Manual de Esterilização (Anexo 2).
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MANUAL DE CONTROLO DA INFEÇÃO
2. COMO SE TRANSMITEM AS IACS
Cadeia de infeção
Os agentes infeciosos propagam-se ao ser humano ou aos animais através duma série de passos conhecidos por
“cadeia de Infeção”.
Só poderá ocorrer infeção quando todos os seis passos da cadeia estiverem presentes.
Ao ser quebrado um dos elos da cadeia, interrompe-se o ciclo.
Figura 1 – Cadeia de Infeção
Os seis elos da cadeia de infeção
O agente infecioso, pode ser uma bactéria, um vírus, um protozoário, um fungo ou uma rickettsia. Deve ser
especialmente virulento, existir em quantidade suficiente (inoculo) e ser especialmente apto para determinados
tecidos. Ver Política de Antisséticos, Desinfetantes e Detergentes (Anexo 4) e Manual de Esterilização (Anexo 5)
O reservatório é basicamente o local onde estão alojados os microrganismos Podem ser animais, insetos, o Homem,
objetos, superfícies, equipamento ou virtualmente todo o meio envolvente incluindo os alimentos, água ou até o ar
que respiramos. Ver Antisséticos, Desinfetantes e Detergentes (Anexo 4) e Manual de Esterilização (Anexo 5)
A porta de saída é o meio através do qual os microrganismos saem do reservatório. Os agentes infeciosos podem
sair através do sangue, esperma, secreções vaginais, leite materno, lágrimas, urina, fezes, expetoração, drenagem de
feridas abertas e através barreira placentária entre outros.
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MANUAL DE CONTROLO DA INFEÇÃO
O modo ou via de transmissão é a forma como os microrganismos se propagam de pessoa a pessoa. São várias as
formas de transmissão:
1. Contacto
a. Direto ou contacto físico. É a forma mais frequente de transmissão. Acontece quando uma pessoa infetada
ou colonizada transfere o microrganismo problema, causando infeção no outro. A transferência de
microrganismos pode acontecer através da troca de fluidos orgânicos, por exemplo durante uma relação
sexual. Outra forma direta de adquirir um microrganismo patogénico é através do sangue, expetoração,
limpeza de feridas ou outros fluidos orgânicos. As mãos contaminadas são a forma mais comum de propagar
as infeções. A lavagem das mãos previne a propagação das infeções. Numa unidade de cuidados, a
transmissão de microrganismos por contacto direto pode ocorrer entre utentes/doentes e o pessoal de
saúde durante a execução de pensos, cuidados no domicílio, palpação ou outros procedimentos que
requeiram contacto direto com o utente.
b. Indireto ou através de objetos inanimados inclui a propagação da infeção através de bebidas ou alimentos
contaminados, água ou outras bebidas, tocar em materiais contaminados ou objetos que contenham
microrganismos patogénicos tais como a terra, roupa, produtos de higiene pessoal e equipamento pessoal,
utensílios vários, animais de estimação ou outros objetos inanimados. Numa unidade de cuidados o contacto
indireto ocorre sempre que haja um contato pessoal com um equipamento contaminado, instrumentos,
roupa suja ou outros objetos contaminados. Uma das formas de transmissão indireta mais comum é o
estetoscópio contaminado.
2. Veículo
Os microrganismos patogénicos podem também disseminar-se através de um veículo sendo o que acontece com a
propagação da hepatite através de sangue contaminado.
3. Via Aérea
As infeções por esta via ocorrem quando um individuo inala ou contacta com um microrganismo que está suspenso
no ar ou poeira, através de uma pessoa que tenha tossido, espirrado, rido ou falado. Os microrganismos suspensos
entram no trato respiratório quando a pessoa inala o ar contaminado. Pelo facto dos microrganismos transmitidos
por via aérea se propagarem rapidamente, podem ser os responsáveis por grandes epidemias ou até pandemias
entre pessoas suscetíveis. São situações habituais, a gripe e a tuberculose pulmonar.
4. Vetores
Insetos tais como pulgas e mosquitos transportam microrganismos patogénicos e transmitem-nos ao potencial
hospedeiro através de picadas não suspeitas.
A porta de entrada é a forma de um agente infecioso encontrar um novo hospedeiro e reservatório. Os
microrganismos podem entrar no corpo humano através de lesões na pele, através da mucosa dos olhos, boca ou
nariz, através do aparelho digestivo por ingestão de alimentos contaminados, através do trato urinário e trato
respiratório pela inalação do ar contaminado e na circulação através de lesões na pele, picadas. Ver Precauções Básicas,
Métodos Barreira
O hospedeiro susceptível é a pessoa ou pessoas que vão ficar contaminadas ou infetadas se as suas defesas forem
deficientes. Fatores tais como a idade, fatores genéticos, estado nutricional, higiene pessoal, níveis de stress, a
presença de outras doenças, a imunodepressão, as técnicas invasivas, podem contribuir significativamente para a
suscetibilidade pessoal a um dado microrganismo patogénico. Ver Precauções Básicas, Vacinação
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MANUAL DE CONTROLO DA INFEÇÃO
3. PRECAUÇÕES BÁSICAS
As precauções básicas devem ser adotadas para todos os utentes/doentes
independentemente de patologia conhecida ou não.
PRECAUÇÕES BÁSICAS – MEDIDAS
MÉTODOS BARREIRA
Os profissionais de saúde devem usar métodos barreira apropriados no sentido de se prevenir da exposição
acidental ao sangue ou outras secreções/excreções, em todos os procedimentos efetuados aos utentes.
O EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) MAIS FREQUENTEMENTE UTILIZADO É:
1. LUVAS
 O seu uso é obrigatório quando há contacto com sangue, secreções e excreções.
 Não devem usar-se como 2ª pele.
 Não devem usar-se para mais do que um procedimento.
 Não devem manter-se por mais de 30 minutos.
 Quando se rompem devem ser retiradas, as mãos lavadas e calçadas outras luvas.
 Antes e após o seu uso deve proceder-se à higienização das mãos.
2. MÁSCARAS
 Devem ser usadas quando se preveem salpicos com sangue, secreções e excreções.
3. ÓCULOS
 Devem ser usadas quando se preveem salpicos com sangue, secreções e excreções.
4. BATAS E/OU AVENTAIS
 Devem ser utilizados quando se preveem salpicos com sangue, secreções e excreções.
 Devem ser substituídos logo que se sujem.
Todas as superfícies (pele, mucosas, mãos) devem ser lavadas imediatamente após contacto acidental com os
produtos biológicos referidos.
PREVENÇÃO DE ACIDENTES, POR PICADA OU CORTE
1. AGULHAS
 Não devem ser embainhadas após utilização.
 Devem ser colocadas em contentores rígidos, destinados ao efeito e cheios apenas até 2/3 da sua
capacidade.
2. OBJETOS CORTANTES OU PERFURANTES
 Não devem passar-se de mão em mão.
 Devem ser colocados em contentores rígidos depois de utilizados.
3. OUTRAS MEDIDAS
 Evitar manobras de ressuscitação boca a boca.
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MANUAL DE CONTROLO DA INFEÇÃO
Medidas importantes
Higienização das mãos e uso de luvas
 A higienização das mãos (lavagem ou fricção alcoólica) é a medida mais importante para a redução dos riscos
de transmissão de IACS (ver Higienização das Mãos).
 As luvas desempenham um papel muito importante na prevenção, desde que bem utilizadas.
 As luvas devem ser usadas por três razões principais:
1) Como método barreira para prevenir a contaminação das mãos ao manipular-se:
 Sangue
 Secreções
 Excreções
 Mucosas
 Outros fluidos orgânicos
 Pele não íntegra
2) Como método barreira, para prevenir que os microrganismos presentes nas mãos do pessoal (flora
residente) sejam transmitidos a doentes quando se executam procedimentos invasivos ou cuidados que
tocam nas mucosas ou pele não íntegra.
3) Como método barreira, para prevenir que as mãos dos profissionais de saúde contaminadas transmitam
esses microrganismos a outro doente.
Nesta última situação, as luvas devem ser substituídas entre utentes/doentes e as mãos higienizadas (só se
visivelmente sujas devem ser lavadas com água e sabão e sempre no caso do Clostridium Difficile por ser
alcoolresistente).
Vacinação
Particularmente contra a Hepatite B, vacinação sazonal contra a Gripe e o Tétano.
Procedimento para práticas seguras de injeção
Na administração de injetáveis deve-se:
 Utilizar técnica assética
 Utilizar sempre que possível embalagens “Unidose” de medicamentos injetáveis
 Caso se utilizem frascos multidose, não deixar a agulha no frasco, de uma utilização para outra
 Para cada utilização, disponibilizar um novo conjunto de agulha e seringa estéreis.
 Rejeitar sempre seringas e agulhas com invólucros danificados ou com a data de validade de esterilização
ultrapassada
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MANUAL DE CONTROLO DA INFEÇÃO
Procedimento para práticas no tratamento dos Dispositivos Médicos
(DM)
 Os DM são tratados centralmente nas unidades de esterilização
 São transportados em caixas fechadas específicas para dispositivos contaminados e esterilizados (Manual de
Esterilização em anexo)
 Os dispositivos de uso único (símbolo ) são utilizados apenas uma vez
 Os dispositivos reutilizáveis, usados em mais do que um utente/doente devem sofrer sempre um processo
de lavagem/desinfeção ou lavagem/esterilização.
 Os dispositivos de uso único num doente podem ser reutilizados mas sempre para o mesmo doente/utente,
devendo ter um tratamento individualizado
Procedimento para o tratamento das fardas
 Na lavandaria do ACES ou em empresas externas:
 Colocar as fardas sujas em caixas ou sacos e enviar para tratamento
 Na lavandaria do ACES e caso as fardas tenham nódoas, utilizar uma ou duas pastilhas de trocloseno sódico
em substituição do hipoclorito de sódio (lixívia)
 No domicílio:
 Lavar entre 40 e 60ºC. O efeito da temperatura e dos detergentes tem efeito desinfetante, contudo, em caso
de nódoas poderá ser utilizado um produto à base de cloro ou oxigénio ativo
 Passar a ferro pois o calor tem efeito desinfetante
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MANUAL DE CONTROLO DA INFEÇÃO
ETIQUETA RESPIRATÓRIA
A necessidade de proteger a população de eventuais riscos associados à tosse e aos espirros, nomeadamente
durante a pandemia de gripe A, originou a criação da denominada “Etiqueta Respiratória”.
Muitas doenças respiratórias são disseminadas pelo ar através da tosse ou espirros.
São exemplos a constipação, a gripe, a meningite, a tosse convulsa, o sarampo, a tuberculose, a varicela.
No sentido de se interromper o elo da cadeia de infeção (transmissão), devem ser utilizadas as seguintes regras de
etiqueta respiratória:
 Cobrir a boca e o nariz com um lenço quando tossir ou espirrar.
 Colocar o lenço usado no lixo.
 Se não estiver disponível um lenço de papel, tossir ou espirrar sobre a dobra interior do cotovelo e não nas
mãos.
 Lavar as mãos com água e sabão ou fazer uma fricção alcoólica, depois de tossir ou espirrar
Se está com tosse:
 Permaneça mais distante de outras pessoas (um metro ou mais)
 Ao deslocar-se a uma unidade de saúde, poderá solicitar uma máscara cirúrgica ou poderá ser
convidado a usá-la no sentido de proteger outras pessoas de se contagiarem
 Evite frequentar locais públicos fechados e onde há grande aglomeração de pessoas
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MANUAL DE CONTROLO DA INFEÇÃO
LAVE AS MÃOS COM ÁGUA E SABÃO OU FRICCIONE COM SOLUÇÃO
ALCOÓLICA
Se está com tosse:
 Permaneça mais distante de outras pessoas (um metro ou mais)
 Ao deslocar-se a uma unidade de saúde, poderá solicitar uma máscara cirúrgica ou
poderá ser convidado a usá-la no sentido de proteger outras pessoas de se
contagiarem
 Evite frequentar locais públicos fechados e onde existe grande aglomeração de pessoas
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MANUAL DE CONTROLO DA INFEÇÃO
PRECAUÇÕES BÁSICAS
1 Higienização das mãos
- Lavagem ou fricção
alcoólica
2 Medidas de etiqueta respiratória
- Proteção da boca e nariz ao
tossir e/ou espirrar
3
Utilização racional de métodos
barreira (EPI) adequados a cada
situação
- Luvas, máscaras, batas,
aventais, óculos
4
Não embainhar agulhas após
utilização, coloca-las em contentor
adequado
- Agulhas e outros objetos
cortantes e perfurantes
(bisturis, transferes, ampolas
de vidro (não hermeticamente fechados),
outros objetos cortantes ou
perfurantes (ver Resíduos Hospitalares)
5
Evitar manobras de ressuscitação
boca a boca
- Utilizar ambu com máscara
6 Vacinação
- Contra a Tétano, Hepatite B
e a Gripe
7 Práticas seguras com injetáveis - Utilizar técnica assética
Sensibilização/Instrução ao doente/utente, família ou cuidadores
informais sobre a importância da sua colaboração na prevenção
das IACS.
Quadro 1 – Precauções Básicas (Quadro Resumo)
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MANUAL DE CONTROLO DA INFEÇÃO
4. HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
As mãos são o principal veículo de transmissão exógena da infeção associada aos cuidados de saúde (IACS)
Nunca estão livres de microrganismos, sejam eles residentes (multiplicam-se na pele e fazem parte da sua flora
habitual, são importantes no controlo da flora transitória e raramente causam doença a não ser que sejam
traumaticamente introduzidos nos tecidos) ou transitórios (são menos numerosos, contudo têm um elevado
potencial patogénico e são facilmente transmitidos por contacto).
Atualmente o conceito de higienização das mãos aplica-se quer à Lavagem quer à Fricção alcoólica das mãos.
A higienização das mãos é considerada como o procedimento mais importante na prevenção das IACS, sendo
descrita pelos CDC como uma medida de Categoria I, isto é, fortemente suportada e apoiada em trabalhos de
investigação, que mostram a sua eficácia na redução das infeções associadas aos cuidados de saúde.
LAVAGEM DAS MÃOS
É o método mais antigo, sensato, sólido, barato e eficaz para prevenir a disseminação de agentes infeciosos,
protegendo os utentes, familiares, cuidadores e os profissionais.
É uma medida universal, aplicável em todos os locais onde se prestam cuidados de saúde
É uma medida importante em saúde pública e faz parte de qualquer programa de promoção da saúde nas
populações e ensinada desde a mais tenra idade.
É, portanto, a primeira e a principal medida para evitar as infeções associadas aos cuidados de saúde.
Define-se como um esfregar vigoroso de ambas as superfícies das mãos, incluindo dedos e punhos seguida de
enxaguamento com água corrente. Os locais das mãos que mais frequentemente estão colonizados e onde os
cuidados com a lavagem devem ser maiores, são:
- Unhas;
- Zonas interdigitais;
- Punhos
- Palmas das mãos.
Para uma boa eficácia da medida, recomenda-se:
- Nada abaixo dos cotovelos, isto é, retirar todos os objetos de adorno das mãos incluindo pulseiras e usar
mangas curtas
- Não usar unhas de gel, postiças e vernizes
- Usar unhas curtas e mantê-las limpas.
FRICÇÃO ANTISSÉTICA DAS MÃOS
A utilização de soluções alcoólicas para desinfeção das mãos não é recente. Entre 1975 e 1985 era recomendada a
utilização do álcool para desinfeção das mãos exclusivamente em locais onde não estavam disponíveis torneiras.
Atualmente, a utilização de soluções alcoólicas está massificada e existem vários estudos científicos a comprovar a
sua eficácia na redução do número de microrganismos na pele.
Contudo, a utilização de soluções de base alcoólica só é eficaz quando as mãos não estão visivelmente sujas, já que a
presença de sujidade ou substâncias proteicas, limita a ação dos álcoois utilizados.
A higiene das mãos através de fricção com soluções alcoólicas é hoje uma alternativa à lavagem das mãos quando
estas não estão visivelmente sujas, sendo também um complemento à desinfeção cirúrgica das mãos.
A aplicação de soluções alcoólicas tem os mesmos princípios dos da lavagem das mãos, isto é, a fricção de ambas as
superfícies das mãos, incluindo dedos e punhos com solução alcoólica até a pele se encontrar seca. Os locais das
mãos que mais frequentemente estão colonizados e onde os cuidados com a desinfeção devem ser maiores, são os
seguintes:
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MANUAL DE CONTROLO DA INFEÇÃO
- Unhas;
- Zonas interdigitais;
- Punhos
- Palmas das mãos.
Recomenda-se fortemente, para uma boa eficácia da medida:
- Nada abaixo dos cotovelos, isto é, retirar todos os objetos de adorno das mãos incluindo pulseiras (com
especial atenção às pulseiras de tecido…);
- Não usar unhas de gel, postiças e vernizes
- Usar unhas curtas e mantê-las limpas.
Recomenda-se ainda que as mãos estejam secas antes da aplicação da solução alcoólica.
DORSAL PALMAR
Figura 2 – Áreas de risco nas mãos
QUANDO LAVAR/DESCONTAMINAR AS MÃOS
As indicações para a lavagem e desinfeção das mãos são as seguintes:
A. Lavar as mãos com água e sabão quando estão visivelmente sujas ou visivelmente contaminadas com sangue
ou outros fluidos corporais e depois de utilizar a casa de banho.
B. Lavar as mãos com água e sabão se houve suspeita ou prova de exposição a microrganismos formadores de
esporos e de suspeita ou confirmação de Clostridium difficile (alcoolresistente)
C. Se as mãos não estão visivelmente sujas, utilizar uma solução alcoólica e friccionar. Em alternativa, lavar as
mãos com um sabão neutro. Incluem-se nestas situações:
a. Antes e depois do contacto com o utente
b. Antes de procedimentos limpos ou asséticos, independentemente da utilização ou não de luvas
c. Após risco de exposição a fluidos orgânicos.
d. Após contacto com o doente/utente
e. Após contacto com o ambiente envolvente do doente/utente (incluindo o equipamento médico)
D. Sempre antes e depois das refeições
E. Sempre depois de usar o WC
F. Sempre antes e depois da preparação de alimentos
Zonas não
esquecidas
Zonas algumas
vezes esquecidas
Zonas muitas
vezes esquecidas
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MANUAL DE CONTROLO DA INFEÇÃO
RECOMENDAÇÕES DE UTILIZAÇÃO
A. Os sabões líquidos e as soluções alcoólicas devem estar em embalagens de uso único.
B. Nas situações em que não são utilizadas embalagens de uso único, os dispensadores devem ser lavados
antes de se colocar nova quantidade de produto e serem cheios apenas até dois terços da sua capacidade.
C. Os doseadores devem ser lavados antes de se substituir uma nova recarga
D. Devem ser exclusivamente utilizados toalhetes de papel, nunca toalhas de pano
TÉCNICAS
A. Na lavagem das mãos com água e sabão, molhar as mãos, aplicar sabão e esfregar pelo menos durante 15
segundos. Enxaguar e secar com toalhetes descartáveis. Utilize um toalhete para fechar a torneira. Deve-se
evitar a utilização de água muito quente pois o seu uso repetido pode aumentar o risco de dermatites. A
quantidade de sabão a utilizar depende das recomendações do fabricante, contudo, deve ser sempre
utilizado um dispositivo doseador.
B. Na desinfeção alcoólica (fricção), aplicar o produto na palma de uma das mãos e friccionar ambas as mãos
cobrindo todas as superfícies incluindo os punhos, até secar. Para que as soluções alcoólicas sejam eficazes,
as mãos deverão estar secas. A quantidade de solução a utilizar depende das recomendações do fabricante,
contudo, deve ser sempre utilizado um dispositivo doseador.
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MANUAL DE CONTROLO DA INFEÇÃO
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MANUAL DE CONTROLO DA INFEÇÃO
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MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO
Quadro 2 – Higienização das mãos e uso de luvas
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS E UTILIZAÇÃO DE LUVAS
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MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO
5. HIGIENIZAÇÃO DO AMBIENTE
A limpeza e manutenção das superfícies estruturais do ambiente são medidas fundamentais do controlo do
ambiente em cuidados de saúde. A limpeza consiste no processo de remoção da sujidade o que inclui a remoção de
microorganismos nela contidos e da matéria orgânica que favorece a sobrevivência e proliferação dos mesmos. As
funções de limpeza são várias, tendo em conta sempre duas vertentes muito importantes:
1. A vertente microbiológica já que a limpeza favorece a remoção dos microrganismos tornando o ambiente
mais seguro para utentes e profissionais
2. A vertente não microbiológica que visa manter a aparência, manter a função e assim evitar a deterioração
das superfícies
A limpeza é importante na manutenção da imagem das instituições já que a aparência de “limpo”, transmite às
pessoas um ambiente melhor, mais seguro e de maior confiança.
Princípios Gerais
 Limpeza húmida
 Limpeza de cima para baixo
 Limpeza diária de superfícies horizontais
 Limpeza do chão com duplo balde
 Limpeza com água quente ou morna
 Limpeza com água e sabão
 Limpeza do mais limpo para o mais sujo
 Limpeza das zonas mais críticas para as menos críticas
 Limpeza das zonas mais interiores para as mais exteriores
 Nunca varrer, sacudir ou limpar a seco (exceto no exterior das unidades)
 Nunca utilizar desinfetantes para limpar
 Utilização de panos de cores diferentes conforme as áreas
 Existência de planos de limpeza de acordo com a criticidade das áreas.
CÓDIGO DE CORES PARA A LIMPEZA
Regra de Ouro – Limpar sempre da zona mais limpa para a mais suja. Este procedimento reduza o risco de
contaminação cruzada.
 A finalidade do sistema de cores é prevenir a contaminação cruzada.
VERMELHO VERDE
SANITAS, URINÓIS
E LAVA-PÉS
COZINHAS E COPAS
AMARELO AZUL
LAVATÓRIOS E
AZULEJOS
ÁREAS ADMINISTRATIVAS,
CONSULTÓRIOS, GABINETES,
SALAS DE TRATAMENTO E
VACINAS
Quadro 3 – Códigos de cores para limpeza
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MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO
PLANO DE HIGIENIZAÇÃO
O plano permite saber o que há para limpar, quando se deve limpar, que produtos e materiais a utilizar e como
efetuar cada tarefa, quer na limpeza, quer na desinfeção de superfícies.
As dosagens dos produtos a utilizar (detergentes e desinfetantes), assumem um papel de extrema importância.
Uma dosagem menor do que a indicada poderá não ser a suficiente para uma limpeza ou desinfeção eficazes, e uma
dosagem superior poderá ser de difícil remoção e consequente contaminação química ou deterioração dos
equipamentos. O melhor procedimento será ver o rótulo e seguir sempre as indicações do fabricante do produto.
A primeira etapa de um plano de higienização é sempre a LIMPEZA.
Este é um processo, fundamentalmente físico, cujo objetivo é a separação ou o desprendimento de todo o tipo de
sujidade agarrada às superfícies, objetos e utensílios e a posterior eliminação da solução detergente durante a fase
de enxaguamento final. Aquando do processo de limpeza, há que ter em atenção o tipo de sujidade que se pretende
remover.
Todas as superfícies horizontais, mesmo aquelas que são designadas como lisas (ex. aço inoxidável), possuem uma
determinada rugosidade. Tendo em consideração que o tamanho dos microrganismos é microscópico, compreende-
se facilmente que, mesmo nessas superfícies, uma pequena rugosidade pode ser a suficiente para permitir a fixação
de microrganismos.
A limpeza remove 80 a 90% dos microorganismos, contudo, para ser realmente eficaz não deve haver:
 Deficiências dos processos de limpeza, quer sejam de carácter técnico, quer sejam por fator humano;
Para qualquer tipo de detergente e sujidade, a eficiência da limpeza depende de vários fatores básicos:
 Tempo de contacto – é necessário assegurar o tempo adequado para que o detergente penetre na sujidade
e a solte da superfície;
 Temperatura – a eficácia da generalidade dos detergentes aumenta com o aumento da temperatura;
 Rutura física da sujidade – a intensidade de ação mecânica para uma adequada limpeza das superfícies;
 Química da água – a água possui iões dissolvidos, tais como os iões cálcio e magnésio, que podem afetar a
eficácia do agente de limpeza.
Outra etapa do Plano de Higienização é a DESINFEÇÃO.
A desinfeção nem sempre é necessária, havendo uma boa desinfeção se anteriormente as superfícies estiverem
limpas. A presença de matéria orgânica, limita a eficácia de ação dos desinfetantes
A seleção do agente desinfetante deverá ter em conta os seguintes aspetos:
 O tipo de superfície a ser desinfetada;
 O tempo disponível para a operação de desinfeção;
 O método de aplicação;
 A compatibilidade com os agentes de limpeza;
 O efeito de corrosão do produto;
 As propriedades em termos de absorção do produto;
 O tempo de reação necessário;
 O tipo de microrganismos potencialmente presentes.
De seguida esquematizam-se as principais etapas de um processo de limpeza e desinfeção:
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MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO
PREPARAÇÃO
Sempre que possível, todos os equipamentos elétricos devem ser desligados antes da limpeza.
Proceder também à desmontagem dos equipamentos para os quais é necessário realizar esta atividade de forma a
realizar uma adequada limpeza.
LIMPEZA A SECO
Devem ser retirados os resíduos maiores, que sejam passíveis de remoção manual. Esta operação permite facilitar a
limpeza e permite reduzir o consumo de água e de produtos de limpeza.
A limpeza a seco aqui referida não significa varrer ou sacudir.
A utilização de água neste passo é de evitar.
Utilização de luvas de “Menage”.
PRÉ ENXAGUAMENTO
Em algumas situações é necessário humedecer previamente as superfícies a limpar.
O pré enxaguamento facilita a remoção de resíduos mais aderentes à superfície.
LIMPEZA
A limpeza implica o humedecimento das superfícies e a penetração dos agentes de limpeza no
equipamento/superfície e na própria sujidade.
A reação dos agentes tensioativos dos detergentes com os constituintes da sujidade é que vai facilitar a eliminação
das sujidades e evitar que estas se voltem a depositar noutros pontos no decurso da limpeza.
Este passo é o mais importante para eliminar os resíduos das superfícies.
A operação de limpeza permite também eliminar grande parte dos microrganismos que possam estar presentes por
ação química e ação mecânica.
ENXAGUAMENTO
Após a limpeza deve-se proceder à remoção dos resíduos do produto de limpeza e da sujidade.
Este enxaguamento é efetuado com água.
SECAGEM
É essencial que se proceda à secagem após a lavagem para se evitar recontaminação das superfícies.
A secagem é normalmente feita “ao ar”
DESINFECÇÃO
Dependendo das necessidades, e após a limpeza, poderá ser ainda necessário proceder à desinfeção.
Quando tal for necessário, a limpeza prévia é essencial para retirar restos de detergente e toda a matéria orgânica.
A desinfeção é efetuada com solução de trocloseno sódico na diluição de 1:10 (1 pastilha de 5 gramas de trocloseno
sódico para 5 litros de água)
SECAGEM
É essencial que se proceda à secagem após a desinfeção para se evitar recontaminação das superfícies.
A secagem normalmente faz-se “ao ar”.
Quadro 4 – Etapas limpeza
A execução de um plano de limpeza e desinfeção implica:
 Assegurar a cobertura de todas as partes da unidade, de todos os equipamentos e utensílios relevantes;
 A descrição dos equipamentos, nomeadamente dos procedimentos de montagem e desmontagem e outros
requisitos técnicos, quando necessários;
 Descrever os procedimentos de limpeza e desinfeção para todos os equipamentos, utensílios e áreas,
descrevendo o modo de realização das atividades, nomeadamente no que respeita:
 Aos produtos de limpeza e desinfeção a utilizar;
 À concentração das soluções;
 Ao seu modo de aplicação, incluindo o tempo de contacto com as superfícies a higienizar;
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MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO
 A descrição exaustiva do plano de limpeza e desinfeção, que deve indicar de forma clara:
 Os elementos abrangidos no plano;
 Os produtos e as suas condições de aplicação;
 A frequência de limpeza e desinfeção;
 As responsabilidades pela realização das atividades.
 Procedimentos, de verificação, para avaliação da eficácia do plano de limpeza e desinfeção;
 Assegurar a evidência da realização das atividades de limpeza e higienização através do registo de atividades
realizadas.
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MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO
6. RESÍDUOS HOSPITALARES
São todos os produtos biológicos humanos ou materiais que foram utilizados em doentes/utentes e possa estar
contaminado com fluidos corporais.
A correta triagem dos resíduos é um fator de grande importância nos estabelecimentos de saúde pois:
1. Protege o ambiente
2. Reduz o risco de acidentes para o pessoal, doentes e visitas
3. Permite um comprometimento das instituições com a legislação atualmente em vigor
4. Reduz custos
Triagem de resíduos
Os diferentes tipos de resíduos requerem diferentes formas de acondicionamento, quer sejam produzidos nas
unidades de saúde quer nos domicílios.
Assim:
Grupo Cor de saco Tipo de resíduo
Grupos I e II
Saco preto
Resíduos equiparados a
urbanos
Grupo III
Saco branco (Unidade de saúde)
Resíduos de risco
biológico
Saco branco(Domicílios)
Grupo IV
Saco vermelho
Resíduos específicos
Contentor de corto perfurantes
Quadro 5 – Triagem de resíduos
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MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO
Recomendações gerais
1. Encher os sacos/contentores até ¾ da sua capacidade (75%) para poderem ser fechados em segurança
2. Não colocar sacos no chão
3. Não arrastar os sacos, transporta-los de preferência em carro próprio
4. Não colocar sacos vermelhos ou brancos em sacos pretos
Quando se manipulam e transportam resíduos evitar:
 Comer
 Mexer em puxadores de portas, telefones, outros carros limpos, nos cabelos
 Executar outras tarefas simultaneamente
Lavar as mãos após manipular os resíduos
Recomendações específicas:
Resíduos Grupo I e II
Colocar os sacos pretos provenientes de cada unidade nos contentores camarários
Resíduos do grupo III
Colocar os sacos identificados como de resíduos de risco biológico dentro de contentores brancos de pedal.
Colocar os sacos, depois de fechados nos contentores verdes existentes nos depósitos de resíduos. Em todos estes
contentores deverá ser colocado um saco de polipropileno transparente fornecido pela empresa de gestão de
resíduos
Nunca retirar os sacos de polipropileno dos contentores verdes.
Resíduos do grupo IV
Contentores de cortantes e perfurantes
Encher apenas até 2/3 da sua capacidade (75%).
Selar
Colocar os contentores fechados nos contentores vermelhos existentes no depósito de resíduos de cada unidade
Medicamentos fora de prazo/resíduos de citostáticos
Colocar em sacos vermelhos e depois colocados nos contentores vermelhos existentes nos depósitos de resíduos.
Podem também ser colocados nos contentores de corto perfurantes, seguindo depois as regras de eliminação para
estes dispositivos
Resíduos produzidos na assistência domiciliária
As viaturas utilizadas nos cuidados domiciliários devem possuir um contentor (mala térmica) para colocação de
resíduos do grupo III.
Deve existir no saco de domicílios, um contentor para cortantes e perfurantes (grupo IV).
 Em cada domicílio os resíduos do Grupo III, de risco biológico, deverão ser colocados em sacos próprios
dotados de fita adesiva que permite a sua selagem após cada utilização. Utilizar um saco por domicílio
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MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO
 Após cada domicílio, o saco deverá ser colocado no contentor de resíduos (Mala térmica), existente na porta
bagagens das viaturas
Após a finalização dos domicílios e à chegada ao destino final, o contentor (mala térmica), é retirada e transportada
ao depósito de resíduos dos Grupos III e IV, sendo
 Os sacos com resíduos no interior das malas retirados e colocados nos contentores verdes.
 Os resíduos do Grupo IV, constituídos essencialmente por corto perfurantes, são colocados em contentor
rígido apropriado e existente no saco de domicílios
 Quando estes contentores estiverem cheios até ¾ da sua capacidade (75%), devem ser selados e colocados
nos depósitos de resíduos dos Grupos III e IV, nos contentores vermelhos aí existentes
 A higienização das malas térmicas é efetuada após cada rota de domicílios
 A higienização dos contentores (malas térmicas) é efetuada com água e detergente seguida de desinfeção
com trocloseno sódico (2 pastilhas de 2,5g/10 litros de água). Na ausência de sujidade visível e não havendo
condições para lavagem, as malas podem ser desinfetadas com spray de amónio quaternário
 Utilizar sempre Equipamento de Proteção Individual
Manipulação dos resíduos
Usar sempre Equipamento de Proteção Individual (EPI), (luvas, avental).
Nunca colocar as mãos dentro de qualquer saco de lixo.
Nunca comprimir os sacos de lixo quando cheios.
Todos os sacos de resíduos devem ser manipulados com cuidado, nunca atirados, arrastados ou transportados junto
ao corpo.
Os sacos cheios devem ser manipulados apenas pela parte superior.
Assegurar-se que os sacos não estão furados ou rasgados, se estiverem colocar um segundo saco da mesma cor.
Derramamentos
Todos os derramamentos devem ser considerados como potencialmente perigosos e limpos imediatamente.
Quando se limpam derrames, usar sempre Equipamento de Proteção Individual (EPI).
Tratando-se de resíduos sólidos, colocar o lixo noutro saco e verificar se não há mais lixo espalhado.
Tratando-se de resíduos líquidos, especialmente sangue, inativar antes de limpar com grânulos de trocloseno sódico.
Não utilizar trocloseno sódico sobre urina.
Se estiverem presentes agulhas ou outros cortantes e perfurantes, evitar recolher com as mãos os resíduos
espalhados.
Lavar a área onde se verificou o derramamento, com água e detergente e deixar secar.
Lavar as mãos.
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MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO
Armazenamento, recolha e transporte
Todos os resíduos à espera de recolha devem:
 Estar acondicionados em sacos segundo o código de cores, identificados e colocados nos contentores de
transporte
 Ser colocados nos locais de armazenamento existentes nos serviços
 Ser transportados em carro próprio e com a tampa devidamente fechada
 Os contentores de transporte devem ser lavados diariamente.
Horários de recolha
Os horários de recolha, especialmente dos Grupos III e IV são definidos internamente por cada ACES
Para os resíduos dos grupos III e IV recomenda-se uma recolha bissemanal.
Reciclagem
Dependendo das localidades, é possível e desejável fazer-se a separação seletiva para reciclagem de:
 Papel e Cartão (saco de cor azul)
 Plásticos (saco de cor amarelo)
 Vidros (exceto os de medicamentos)
 Tonners
 Pilhas
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MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO
7. INDICADORES
LISTAS DE VERIFICAÇÃO
USO DE LUVAS
QUANDO: S N N/A
Toca em pele não intacta ou em mucosas
Realiza punções venosas ou outros procedimentos que implicam acesso vascular
Manipula fluidos corporais para análise
Realiza picadas para teste de glicemia, INR, teste do pezinho
Toca em superfícies ou objetos contaminados com sangue ou outros fluidos corporais
Realiza qualquer tipo de pensos
As mãos (dos profissionais) estão livres de lesões
COMO: S N N/A
Usa luvas ajustadas às mãos
Fricciona as mãos com solução alcoólica antes de calçar luvas
Verifica defeitos nas luvas antes de as calçar. Em caso de defeito não as calça
Tira as luvas antes de utilizar manipular objetos como telefones, manípulos de portas ou outros e antes de sair do local onde se encontra
Muda de luvas entre o contacto com utentes
REMOÇÃO: S N N/A
Segura a parte externa da luva junto ao punho com a mão oposta e retira
Segura a luva retirada com a mão que ainda tem luva
Coloca os dedos da mão sem luva por dentro da mão com luva junto ao punho e retira
Elimina as luvas em contentor apropriado
Procede à higiene das mãos logo após ter retirado as luvas
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MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO
UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTO DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS E USO DE LUVAS S N N/A
A higienização das mãos e o uso de luvas é feita de acordo com as precauções básicas
A higienização das mãos e o uso de luvas é feita quando há contacto com superfícies ou equipamento próximo do utente (ex – equipamento
médico, macas, marquesas)
BATAS E AVENTAIS S N N/A
As batas ou aventais são utilizadas sempre que se preveja que a farda possa estar em contacto direto com o utente ou em contacto direto com superfícies
contaminadas próximo do utente
As batas ou aventais são retiradas e realizada higienização das mãos antes de se sair da proximidade do utente
Depois de se retirar a bata ou avental assegura-se de que a pele ou a roupa não estão em contacto com superfícies potencialmente contaminadas
ETIQUETA RESPIRATÓRIA S N N/A
Quando tosse ou espirra, utiliza lenço ou fá-lo na dobra do braço
As áreas de espera são arejadas
As mascaras são retiradas e efetuada a higienização das mãos
O transporte e movimento de utentes de risco é apenas efetuado quando estritamente necessário
DISPOSITIVOS MÉDICOS/EQUIPAMENTO S N N/A
Os dispositivos médicos/equipamento utilizados nos cuidados ao utente são tratados de acordo com as precauções básicas
Sempre que possível são utilizados dispositivos médicos de uso único
O equipamento ou dispositivos médicos de utilização múltipla são processados de acordo com as orientações do Manual de Esterilização
DOMICÍLIOS S N N/A
O equipamento levado para os domicílios é reduzido ao indispensável para os cuidados
MEDIDAS AMBIENTAIS S N N/A
A higienização das salas de tratamento e gabinetes é feita sempre que necessário e de acordo com o risco
As superfícies mais frequentemente tocadas (manípulos de portas, telefones, teclados de computador, marquesas e carros de pensos) e o equipamento na
proximidade do utente são limpos com regularidade
São cumpridas as regras de triagem de resíduos nas unidades de saúde
São cumpridas as regras de triagem de resíduos nos cuidados ao domicílio.
É efetuada separação para reciclagem
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MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO
Os indicadores que a seguir se sugerem, foram retirados do Manual de Operacionalização do PNCI
Gabinetes de Consulta:
Quociente Multiplicador
Consumo de solução alcoólica para higiene das mãos num determinado período de tempo (1)
Numerador: Consumo de solução alcoólica, nas salas de consulta (expresso em litros) (2)
Denominador: n.º de consultas
100
2) (1) Aconselha-se a que o período de tempo seja de 6 meses
3) (2) Cada frasco tem 500ml
Consumo de sabão para higiene das mãos num determinado período de tempo (1)
Numerador: Consumo de sabão líquido utilizado nas salas de consulta
(expresso em litros) (2)
Denominador: n.º de consultas
100
4) (1) Aconselha-se a que o período de tempo seja de 6 meses
5) (2) Cada frasco tem 500ml
Salas de Tratamentos:
Quociente Multiplicador
Consumo de solução alcoólica para higiene das mãos num determinado período de tempo (1)
Numerador: Consumo de solução alcoólica nas salas de tratamento
(expresso em litros) (2)
Denominador: n.º de tratamentos/procedimentos
100
6) (1) Aconselha-se a que o período de tempo seja de 6 meses
7) (2) Cada frasco tem 500ml
Consumo de sabão para higiene das mãos num determinado período de tempo (1)
Numerador: Consumo de sabão líquido nas salas de tratamento
(expresso em litros) (2)
Denominador: n.º de tratamentos/procedimentos
100
8) (1) Aconselha-se a que o período de tempo seja de 6 meses
(2) Cada frasco tem 500ml
Prestação de Cuidados no Domicílio:
Quociente Multiplicador
Consumo de solução alcoólica para higiene das mãos num determinado período de tempo (1)
Numerador: Consumo de solução alcoólica nos cuidados domiciliários
(expresso em litros) (2)
Denominador: n.º de visitas domiciliárias realizadas
100
9) (1) Aconselha-se a que o período de tempo seja de 6 meses
10) (2) Cada frasco tem 500ml
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MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO
AUDITORIA ÀS ESTRUTURAS DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
A lista de verificação apresentada foi adaptada do original do PNCI para os Cuidados Primários.
Pretende-se fazer uma avaliação das estruturas e práticas de controlo de infeção relacionadas com a higiene das
mãos e avaliar a qualidade global das unidades de saúde da ARS Norte e determinar a partir da sua avaliação, as
intervenções necessárias para a implementação de melhorias quer a nível das estruturas quer ao nível das práticas.
A metodologia a utilizar na referida análise: amostra (serviços, profissionais etc.) e métodos (questão e/ou
observação, etc.) fica a cargo das Comissões de Controlo de Infeção de cada ACES e respetivos elos de ligação e de
acordo com os meios humanos e logísticos de que dispõem.
A lista de verificação é composta por cinco padrões. Cada padrão é composto por diversos critérios. Cada critério
tem três hipóteses de resposta: Sim (S), Não (N) ou Não se Aplica (N/A) – ver metodologia de cálculo dos índices de
qualidade, em anexo. Existe ainda um 6º.padrão que avalia apenas as Comissões de Controlo de Infeção de cada
ACES
Relembramos que a presente lista de verificação é apenas um dos componentes da auditoria. Cada CCI poderá
definir outras metodologias complementares nomeadamente a observação das práticas ou outras iniciativas que
considerarem convenientes e oportunas.
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MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO
LISTA DE VERIFICAÇÃO
Padrão 1 – Existência de lavatórios/ SABA nas áreas de prestação direta de cuidados
Os lavatórios existentes são suficientes para as necessidades da extensão/serviço:
Observações
1.1-Um lavatório em cada gabinete médico Sim  Não  N/A 
1.2-Uma SABA em cada gabinete médico Sim  Não  N/A 
1.3-Um lavatório nas salas de tratamento Sim  Não  N/A 
1.4-Uma SABA nas salas de tratamento Sim  Não  N/A 
1.5-Um lavatório nas salas de trabalho Sim  Não  N/A 
1.6-Uma SABA nas salas de trabalho Sim  Não  N/A 
1.7-Um lavatório nas copas Sim  Não  N/A 
1.8-Um lavatório no bar Sim  Não  N/A 
1.9-Um lavatório na zona suja Sim  Não  N/A 
1.10-Uma SABA na zona suja Sim  Não  N/A 
1.11 -Um lavatório na zona limpa Sim  Não  N/A 
1.12 Existe uma SABA no tabuleiro ou carro de pensos Sim  Não  N/A 
1.13 Existe uma SABA com o formato de embalagem de bolso Sim  Não  N/A 
1.14 Existe uma SABA na viatura ou mala de transporte Sim  Não  N/A 
1.15 Existe uma SABA para domicílios Sim  Não  N/A 
1.8-Um lavatório nas instalações sanitárias dos utentes Sim  Não  N/A 
1.9-Um lavatório nas instalações sanitárias dos profissionais Sim  Não  N/A 
1.10-A localização dos lavatórios é de fácil ACESso tendo em vista a higienização das mãos em tempo
oportuno, permitindo a individualização dos cuidados (sem obstáculos que limitam o ACESso)
Sim  Não  N/A 
Avaliação do Padrão n.º 1: Total de respostas Sim x 100 =(IQ) ________%
Total de respostas aplicáveis
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MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO
Padrão 2 – Características dos lavatórios existentes na extensão/serviço Observações
2.1-Os lavatórios estão em bom estado de conservação Sim  Não  N/A 
2.2-Os lavatórios são suficientemente fundos para evitar a dispersão de salpicos/aerossóis durante a
lavagem das mãos
Sim  Não  N/A 
2.3-Os lavatórios são utilizados apenas para a lavagem das mãos Sim  Não  N/A 
2.4-As torneiras são consideradas adequadas:
A - Acionadas por manípulo de mãos
B - Acionadas por pressão com temporizador
C - Acionadas por manípulo de cotovelo
D - Acionadas por pedal
E – Acionadas por célula fotelétrica
Sim  Não  N/A 
2.5- As torneiras estão funcionantes Sim  Não  N/A 
Avaliação do Padrão 2: Total de respostas Sim x 100 =(IQ) de________%
Total de respostas aplicáveis
Padrão 3 – Estruturas acessórias dos lavatórios Observações
3.1-Existem suportes para toalhetes de uso único junto a cada lavatório Sim  Não  N/A 
3.2-Os suportes para toalhetes são adequados Sim  Não  N/A 
3.3-Os suportes para toalhetes estão funcionantes Sim  Não  N/A 
3.4-Os toalhetes fornecidos são de boa qualidade (secam bem as mãos) Sim  Não  N/A 
3.5- O fornecimento de toalhetes para secagem das mãos é feito de acordo com as necessidades (não faltam) Sim  Não  N/A 
3.6-Existe suporte apropriado para o sabão líquido em uso na higiene das mãos Sim  Não  N/A 
3.7-Os frascos do sabão líquido são de uso único Sim  Não  N/A 
3.8-Se os frascos para o sabão líquido são reutilizáveis, estes são cheios até ¾ da sua capacidade Sim  Não  N/A 
3.9-No caso dos frascos para o sabão líquido serem reutilizáveis, estes são lavados antes de cada reposição Sim  Não  N/A 
3.10-As bombas doseadoras dos frascos de sabão estão funcionantes Sim  Não  N/A 
3.11-Existe junto a cada lavatório, um contentor para recolha dos toalhetes usados Sim  Não  N/A 
Avaliação do Padrão 3: Total de respostas Sim x 100 =(IQ) de________%
Total de respostas aplicáveis
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MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO
Padrão 4 – Produtos utilizados na higienização das mãos nas Unidades de Saúde Observações
4.1-O sabão líquido existente para higienização das mãos é adequado (pH da pele e com emoliente) Sim  Não  N/A 
4.2- O fornecimento do sabão líquido às Unidades de Saúde é feito de acordo com as necessidades
(não há falta)
Sim  Não  N/A 
4.3 - O SABA existente para higienização das mãos é adequado (tem boa aceitação pelos PS) Sim  Não  N/A 
4.4 - O fornecimento SABA à Unidades é feito de acordo com as necessidades (não há falta) Sim  Não  N/A 
4.5 - Existem cartazes ilustrativos sobre a técnica de higiene das mãos com água e sabão, afixados
junto aos lavatórios
Sim  Não  N/A 
4.6 – Existem cartazes ilustrativos sobre a técnica de fricção antissética das mãos, afixados Sim  Não  N/A 
4.7-Os profissionais estão informados sobre as vantagens das soluções alcoólicas na higiene das mãos
na prestação de cuidados a doentes com isolamento de estirpes multirresistentes
Sim  Não  N/A 
4.8- O fornecimento da solução antissética alcoólica às Unidades de Saúde é feito de acordo com as
necessidades (não há falta)
Sim  Não  N/A 
4.9-Existe uma política de utilização de antisséticos desinfetantes e detergentes Sim  Não  N/A 
4.10-Esta recomendação já foi discutida pelos profissionais do Serviço Sim  Não  N/A 
4.11-Os profissionais conhecem os produtos em uso e as regras de correta utilização Sim  Não  N/A 
4.12-Para cada produto utilizado existe uma ficha técnica informativa de acesso fácil aos utilizadores Sim  Não  N/A 
4.13-Existe cartaz/folheto informativo sobre a Política de utilização de antissépticos e detergentes em
locais estratégicos (salas de trabalho, de tratamento, etc.)
Sim  Não  N/A 
4.14-Está disponível um creme hidratante para proteção das mãos dos profissionais Sim  Não  N/A 
4.15-São realizadas auditorias regulares à adesão à higiene das mãos nesta unidade Sim  Não  N/A 
Avaliação do Padrão 4: Total de respostas Sim x 100 =(IQ) de________%
Total de respostas aplicáveis
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MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO
Padrão 5 – Sensibilização dos profissionais para a prática da higienização das mãos - Avaliação na Unidade auditada Observações
5.1-Existe um procedimento para a higiene das mãos em todas as áreas de prestação direta de
cuidados
Sim  Não  N/A 
5.2-O procedimento foi debatido em sessões para os diversos grupos profissionais Sim  Não  N/A 
5.3-Foram desenvolvidas ações de formação em serviço que incluam esta prática nos últimos dois
anos?
A- Os Médicos da unidade receberam formação específica sobre higiene das mãos nos últimos dois anos?
B - Os Enfermeiros da unidade receberam formação específica sobre higiene das mãos nos últimos dois anos?
C - Os Assistentes Operacionais da unidade receberam formação específica sobre higiene das mãos nos últimos dois anos?
D - Os Técnicos Superiores da unidade receberam formação específica sobre higiene das mãos nos últimos dois anos?
E - Os Assistentes Administrativos da unidade receberam formação específica sobre higiene das mãos nos últimos dois anos?
Sim  Não  N/A 
5.4-Foram desenvolvidas outras ações complementares de sensibilização para esta prática Sim  Não  N/A 
Se Sim, quais:
5.5-Se existe cartaz alusivo à técnica correta de higienização das mãos este está colocado em locais
estratégicos, áreas de prestação direta de cuidados
Sim  Não  N/A 
Avaliação do Padrão 5: Total de respostas Sim x 100 =(IQ) de________%
Total de respostas aplicáveis
Como avaliar o índice de qualidade global para uma Unidade de Saúde
Total de pontos obtidos (soma de todos os padrões) = _____% (IGQ)
Total de Padrões
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MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO
Padrão 6 – Sensibilização dos profissionais para a prática da higienização das mãos - Avaliação das atividades
dos interlocutores da CCI*Este padrão não conta para a avaliação do IGQ do Centro de Saúde. Serve apenas para os enfermeiros
interlocutores da CCI analisarem as suas intervenções e identificarem necessidades nesta área.
Observações
6.1-Existe uma recomendação para a higiene das mãos no Centro de Saúde Sim  Não  N/A 
6.2-A recomendação foi debatida em sessões alargadas a todos os profissionais do Centro de
Saúde
Sim  Não  N/A 
6.3-Foram desenvolvidas ações de formação que incluam esta prática, no Centro de Saúde, nos
últimos dois anos?
Sim  Não  N/A 
6.4-Foram desenvolvidas outras ações complementares de sensibilização para esta prática, nos
últimos dois anos?
Sim  Não  N/A 
6.5-Foi elaborado cartaz/folheto alusivo à técnica correta de higienização das mãos Sim  Não  N/A 
6.6-O cartaz/folheto tem sido divulgado por todos as áreas de prestação direta de cuidados? Sim  Não  N/A 
6.7-O cartaz/folheto tem sido renovado com periodicidade (pelo menos uma vez por ano) Sim  Não  N/A 
Avaliação do Padrão 6: Total de respostas Sim x 100 =(IQ) de________%
Total de respostas aplicáveis
MANUAL DE CONTROLO DA INFEÇÃO
FÓRMULAS DE CÁLCULO DOS ÍNDICES DE QUALIDADE POR PADRÕES E GLOBAL
CÁLCULO DO ÍNDICE DE QUALIDADE POR CADA PADRÃO:
 Cada Padrão é composto por um conjunto de critérios (cada critério corresponde a uma questão acerca do
mesmo assunto);
 Cada critério listado tem três hipóteses de resposta:
“Sim” (S)
“Não” (N)
“Não se Aplica” (NA) – questão que não é aplicável à Unidade de Saúde em avaliação;
 A resposta Sim tem uma avaliação de 1 ponto;
 A resposta Não tem uma avaliação de 0 pontos;
Nota: Considera-se sim, quando um critério atinge um índice de cumprimento igual ou superior a 75%
 As questões não aplicáveis avaliam-se, contabilizando todas as respostas “Não se Aplica”;
 Para obter o número de respostas aplicáveis, subtrai-se o número de respostas não aplicáveis pelo número de
critérios avaliados;
 Soma-se o total de respostas “Sim”;
 Divide-se o número de respostas “Sim” pelo total de respostas aplicáveis e multiplica-se por 100 para obter o
valor percentual que corresponde ao índice de qualidade obtido em cada Padrão.
FÓRMULA PARA CÁLCULO DO ÍNDICE DE QUALIDADE (IQ) DE CADA PADRÃO:
Total de respostas Sim x 100 =……%(IQ) de cada Padrão
Total de respostas aplicáveis
FÓRMULA PARA O CÁLCULO DO ÍNDICE DE QUALIDADE GLOBAL (IQG) POR UNIDADE DE SAÚDE:
Soma de todos os pontos obtidos em todos os Padrões = …...% (IGQ)
Total de Padrões
FÓRMULA PARA O CÁLCULO DO ÍNDICE DE QUALIDADE GLOBAL (IQG) POR CENTRO DE SAÚDE:
Total de pontos obtidos (soma das % obtidas em todas as áreas de Prestação de Cuidados) = _____% (IGQ)
Total de Serviços
FÓRMULA PARA O CÁLCULO DO ÍNDICE DE QUALIDADE GLOBAL (IQG) POR ACES:
Total de pontos obtidos (soma das % obtidas em todas os Centros de Saúde) * = _____% (IGQ)
Total de Centros de Saúde
FÓRMULA PARA O CÁLCULO DO ÍNDICE DE QUALIDADE GLOBAL (IQG) DA REGIÃO DE SAÚDE:
Total de pontos obtidos (soma das % obtidas em todos os ACES da ARS Norte) = _____% (IGQ)
Total de ACES da ARS Norte
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MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO
Definições
 A localização dos lavatórios é correta (tendo em vista a higienização das mãos em tempo oportuno,
permitindo a individualização dos cuidados), isto é, quando os lavatórios estão localizados em locais de fácil
Acesso ou não têm equipamento ou mobiliário que impeça ou dificulte os profissionais a executar o
procedimento.
 As torneiras são consideradas adequadas:
São consideradas torneiras adequadas quando não há manipulação com as mãos após lavagem das mesmas
ou ainda quando existe uma manipulação antes da lavagem (Torneiras de pressão com temporizador).
 Os suportes para toalhetes são adequados:
O que se considera adequado é o suporte de toalhetes que permite uma correta utilização dos mesmos sem
conspurcar os toalhetes seguintes e em bom estado de conservação.
 A bomba doseadora do frasco de sabão está funcionante:
Considerar “SIM” no caso de pelo menos 75% do total de doseadores existentes em cada Unidade estiverem
funcionantes (por exemplo se a unidade tiver 10 frascos de sabão e 8 (80%) tiverem as bombas funcionantes
a resposta é sim).
 Considera-se Unidade de Saúde, qualquer unidade pertencente ao ACES. São exemplos – USF, UCC, UCSP,
URAP
ACES _________________ Unidade de Saúde ____________________
Data: _____/_____/_____
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MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO
Lista de Verificação da limpeza
Utiliza Equipamento de Proteção Individual de
acordo com o procedimento:
S N N/A
Avental ou Bata
Luvas de “Menage”
Máscara
Óculos
Utiliza corretamente o código de cores dos panos de
limpeza
Utiliza corretamente o duplo balde
Verifica a existência de solução alcoólica e repõe
Verifica a existência de sabão para as mãos e repõe
Verifica a existência de toalhetes de papel e repõe
Faz limpeza húmida sempre
Lava todo o mobiliário com detergente aprovado
Lava todo o equipamento com detergente aprovado
Desinfeta todo o equipamento com detergente aprovado
Lava o WC com o detergente aprovado
Desinfeta o WC com o desinfetante aprovado
Lava o chão com o detergente aprovado
Utiliza sinalizadores de “Piso Escorregadio”
Recolhe os resíduos de acordo com a sua classificação
Não retira os resíduos dos contentores
Retira o Equipamento de Proteção Individual
Lava as mãos
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MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO
REFERÊNCIAS
(1) Direcção-Geral da Saúde (2007). Programa Nacional de Prevenção e Controlo da
Infeção Associada aos Cuidados de Saúde. Lisboa.
(2) Direcção-Geral da Saúde (2007). Higienização do Ambiente nas Unidades de Saúde
Recomendações de Boa Prática. Lisboa.
(3) Manual de Controlo de Infeção – Unidade Local de Saúde de Matosinhos
(4) MANUAL DE PROCEDIMENTOS (2009) A higienização das instalações dos Centros de Saúde no contexto da
prevenção e controlo da infeção, Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, I.P.
(5) Manual para Prevenção das Infeções Hospitalares (2009), Hospital Universitário da Universidade de São Paulo
(6) GUIDE TO INFECTION PREVENTION IN OUTPATIENT SETTINGS 2011: Minimum Expectations for Safe Care
(7) National Center for Emerging and Zoonotic Infectious Diseases Division of Healthcare Quality Promotion – CDC
(8) HYGIENE DES SOINS INFIRMIERS EN AMBULATOIRE Version 2002 Document validé par le Conseil Scientifique.
C.CLIN-Ouest. CHRU Pontchaillou.
(9) Housekeeping, A first guide to new modern and dependable ward housekeeping services in the NHS, 2011
(10) Plano estratégico nacional de resíduos hospitalares, Despacho conjunto 761/99 de 31 de Agosto
(11) Dec. Lei 239/97 de 9 de Setembro, 2ª série.
(12) Occupational Safety and Health Administration (OSHA)
(13) Hazard Analysis and Critical Control Points (HACCP)
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MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO
ANEXO 1 - EXEMPLO DE PLANO DE HIGIENIZAÇÂO POR ÁREA
ÁREA LOCAIS CRÍTICOS RISCO LIMPEZA MÍNIMA NUNCA ESQUECER
CRÍTICA
 Salas de pequena cirurgia
 Salas de estomatologia / higiene oral
 Salas de tratamento de feridas
 Laboratórios
 Serviços de Esterilização
 Centro de Diagnóstico Pneumológico
ELEVADO Duas a três vezes por dia. (1)
 Teclados,
 Telefones,
 Manípulos das portas e armários,
 Superfícies horizontais, Lavatórios,
 Marquesas,
 Carros de pensos,
 Lava-pés,
SEMI
CRÍTICA
GERAL
 Salas de administração de aerossóis
 Salas de vacinação
 Salas de injetáveis
 Salas de saúde infantil
 Salas de saúde materna e planeamento familiar
 Salas de podologia
 Outros gabinetes de consulta
 Instalações sanitárias
MÉDIO
Duas vezes por dia (1)
 Teclados,
 Telefones,
 Manípulos das portas e armários,
 Superfícies horizontais, Lavatórios,
 Marquesas,
 Carros de pensos,
ESPECÍFICA
 Depósito de resíduos hospitalares dos Grupos III e IV
É efetuada após a remoção dos contentores/
sacos de resíduos hospitalares
 Paredes
 Manípulos de portas
NÃO
CRÍTICA
 Salas do Serviço administrativo e similares
 Salas de reuniões
 Salas de espera
 Corredores e átrios
 Refeitórios, copas e bares
 Escadas
 Entradas exteriores dos serviços
 Elevadores (piso e paredes)
BAIXO Uma vez por dia (1)
 Superfícies horizontais,
 Casas de banho
 Mesas, cadeiras, balcões
 Teclados
 Telefones
 Puxadores e manípulos de portas
(1) O plano de limpeza e desinfeção de cada área deve referir a frequência de limpeza e quem a executa, bem como os produtos a utilizar
(2) Utilizar sempre os detergentes e os desinfetantes aprovados pela ARS Norte, IP
(3) O equipamento elétrico deve ser obrigatoriamente desligado da corrente antes de ser limpo
(4) Utilizar sempre Equipamento de Proteção Individual (EPI), adequado às funções a desempenhar
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MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO
ANEXO 1 - EXEMPLO DE PLANO DE HIGIENIZAÇÂO POR ÁREA
Tipologia / Área Área Periodicidade mínima Quem Tipo Código de cores
Áreas
Não
Críticas
Correspondem
às
zonas
onde
não
se
realizam
procedimentos
clínicos
Salas
de
serviço
administrativo
ou
similares,
Salas
de
reuniões,
Salas
de
espera,
Corredores
e
átrios,
Copas
e
bares,
escadas
internas
Superfícies horizontais (pisos, incluindo as entradas, escadas, corrimões,
tampos, etc)
1 x/dia
Técnica de Limpeza
Limpeza Azul – Tampos, corrimões
Casas de banho 2 x/dia
Técnica de Limpeza
Limpeza e
Desinfeção
Vermelho – Sanitas
Amarelo - Lavatórios e azulejos
Elevadores (paredes e chão) 1 x/dia
Técnica de Limpeza Limpeza
Azul
Mesas, cadeiras, balcões 1 x/dia
Técnica de Limpeza Limpeza
Azul
Telefones, teclados de computador, puxadores e manípulos de portas 3 x/dia Assistente Operacional
Limpeza e
Desinfeção
Azul
Vidros, totalidade das paredes, tetos, grelhas de ar condicionado,
lâmpadas, arquivos, superfícies internas de mobiliário
Trimestralmente
Técnica de Limpeza Limpeza
Equipamento apropriado
Portas, peitoris, superfícies verticais de todo o mobiliário, tetos dos
elevadores, equipamentos informáticos
Semanalmente
Técnica de Limpeza Limpeza
Azul
Notas:
 Utilizar sempre detergente de uso geral aprovado pela ARS Norte, IP.
 O desinfetante a usar nas casas de banho é Trocloseno Sódico.
 O desinfetante a usar para os telefones, puxadores, manípulos e teclados de computador é o álcool a 70%.
 O equipamento elétrico deve ser obrigatoriamente desconectado da corrente antes de ser limpo.
 Deve ser utilizado equipamento de proteção individual EPI) adequado às funções a desempenhar.
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MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO
ANEXO 1 - EXEMPLO DE PLANO DE HIGIENIZAÇÂO POR ÁREA
Tipologia / Área Área específicas Periodicidade Mínima Quem Tipo Código de cores
GERAL
Áreas
Semicríticas
ESPECÍFICA
Salas
de
vacinação
Salas
de
injetáveis
Salas
de
saúde
infantil
Salas
de
saúde
materna
e
planeamento
familiar
Salas
de
podologia
Gabinetes
de
consulta
Salas
de
administração
de
aerossóis
Computador 1x/dia
Assistente
Operacional
Limpeza Azul
Teclado, Telefone, Manípulos das portas 1x/turno
Assistente
Operacional
Limpeza e
Desinfeção
Azul
Lavatórios (1) 1x/turno
Assistente
Operacional
/Técnica de Limpeza
Limpeza e
Desinfeção
Amarelo
Arquivos, Superfícies internas de mobiliário Trimestralmente
Assistente
Operacional
Limpeza Azul
Superfícies horizontais (2)
Pisos 2 x/dia e SOS Técnica de Limpeza Limpeza
Duplo balde e
Esfregona
Tampos 2 x/dia e SOS
Assistente
Operacional
Limpeza Azul
Armazém
de
resíduos
dos
Grupos
III
e
IV
Vidros, totalidade das paredes, tetos, grelhas de ar condicionado, lâmpadas, Trimestralmente Técnica de Limpeza
Limpeza Equipamento
apropriado
Armazém de Resíduos dos Grupos III e IV Diariamente Técnica de Limpeza
Limpeza e
Desinfeção
Duplo balde e
Esfregona/Utilização
de mangueira
Notas:
 Utilizar sempre detergente de uso geral aprovado pela ARS Norte, IP.
 (1) O desinfetante a utilizar nos lavatórios é trocloseno sódico.
 O desinfetante a usar para os telefones, puxadores, manípulos e teclados de computador, carros de penso é o álcool a 70%.
 (2) O desinfetante a utilizar nas marquesas é Amónio Quaternário em spray.
 O equipamento elétrico deve ser obrigatoriamente desconectado da corrente antes de ser limpo.
 Deve ser utilizado equipamento de proteção individual EPI) adequado às funções a desempenhar.
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ANEXO 1 - EXEMPLO DE PLANO DE HIGIENIZAÇÂO POR ÁREA
Tipologia / Área Áreas Críticas Periodicidade Mínima Quem Tipo Código de cores
Áreas
Críticas
Salas
de
pequena
cirurgia
Salas
de
estomatologia
/
higiene
oral
Salas
de
penso
/
tratamentos
Centro
de
Diagnóstico
Pneumológico
(CDP)
Central
de
Esterilização Computador 1x/dia
Assistente
Operacional
Limpeza Azul
Teclado, Telefone, Manípulos das portas 1x/turno
Assistente
Operacional
Limpeza e
Desinfeção
Azul
Lavatórios (1) 1x/turno
Assistente
Operacional
Limpeza e
Desinfeção
Amarelo
Marquesa (2), Carro de pensos, Tampos de bancadas 1x/turno e SOS
Assistente
Operacional
Limpeza e
Desinfeção
Azul
Lava-pés (1) 1x/turno e SOS
Assistente
Operacional
Limpeza e
Desinfeção Vermelho
Superfícies horizontais (pisos) 2 x/dia e SOS
Técnica de
Limpeza
Limpeza
Duplo balde e Esfregona
Vidros, totalidade das paredes, tetos, grelhas de ar condicionado,
lâmpadas,
Trimestralmente
Técnica de
Limpeza
Limpeza
Equipamento específico
Arquivos, Superfícies internas de mobiliário Trimestralmente
Assistente
Operacional
Limpeza
Azul
Notas:
 Utilizar sempre detergente de uso geral aprovado pela ARS Norte, IP.
 (1) O desinfetante a utilizar nos lavatórios e lava-pés é trocloseno sódico.
 O desinfetante a usar para os telefones, puxadores, manípulos e teclados de computador, carros de penso é o álcool a 70%.
 (2) O desinfetante a utilizar nas marquesas é Amónio quaternário em spray.
 O equipamento elétrico deve ser obrigatoriamente desconectado da corrente antes de ser limpo.
 Deve ser utilizado equipamento de proteção individual EPI) adequado às funções a desempenhar.
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MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO
ANEXO 1 - EXEMPLOS DE PLANOS DE HIGIENIZAÇÃO
Equipamentos L D
Frequência
T D S M
Portas X X X
Manípulos das portas X X
Pavimento X X
Paredes
X X
Recipiente Resíduos
X X
RESÍDUOS
Equipamentos L D
Frequência
T D S M
Porta X X
Manípulos das portas X X
Pavimento X X
Paredes X X
Banca X X
Frigorifico X X
Interior dos Armários X X
Micro-ondas X X Sempre que necessário.
COPA E BAR
Equipamentos L
D
Frequência
T D S M
Portas X X
Manípulos das portas X X
Pavimento X X
Paredes X X
Recipiente Resíduos X X
Teclado e telefone X X
ÁREAS ADMINISTRATIVAS
Equipamentos L D
Frequência
T D S M
Paredes X X
Pavimento X X
Prateleiras X X
Portas X X
Manípulos das portas X
ARMAZÉNS
Equipamentos
L D Frequência
T D S M
Porta X X
Manípulos das portas X X
Pavimento X X
Paredes X X
Bancada X X
Marquesa X X
Interior dos armários X X
Cortinas e Biombos X X
Lavatórios X X
Recipientes resíduos Contaminados X X
Recipientes resíduos Comuns X X
Teclado e telefone X X
Braçadeiras X X
Frigorifico X X
Utiliza-se o pano azul para a higienização deste espaço.
GABINETE DE CONSULTA
Equipamentos
L D Frequência
T D S M
Porta X X
Manípulos das portas X X
Pavimento X X
Paredes X X
Bancada X X
Marquesa X X
Interior dos armários X X
Cortinas e Biombos X X
Lavatórios X X
Recipientes resíduos Contaminados X X
Recipientes resíduos Comuns X X
Teclado e telefone X X
Braçadeiras X X
Frigorifico X X
Utiliza-se o pano azul para a higienização deste espaço.
SALA DE VACINAS
L – Limpeza (água e detergente)
D – Desinfeção (Amónio quaternário ou Álcool 70º)
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MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO
ANEXO 1 - EXEMPLOS DE PLANOS DE HIGIENIZAÇÃO (HIGIENIZAÇÃO DAS SALAS DE TRATAMENTOS)
ÁREA EQUIPAMENTOS/SUPERFÍCIES TAREFAS A EXECUTAR FREQUÊNCIA
COR DOS
PANOS/ESFREGON
A
CRITICA
GERAL
PAVIMENTO Limpeza com água quente e detergente
 2xDia
 SOS
Duplo Balde e
Esfregona
LAVATÓRIO Limpeza com água quente e detergente
 2xDia
 SOS
Amarelo
PIA DE DESPEJO Limpeza com água quente e detergente  2xDia Vermelho
MOBILIÁRIO GERAL, EXTERIOR DOS ARMÁRIOS, TELEFONE, ESPELHO E
COMPUTADOR
Limpeza com pano humedecido em água quente e detergente  Diária Azul
SUPERFÍCIES HORIZONTAIS DE TRABALHO, MARQUESAS E SUPORTE DE
PERNAS E PÉS
Limpeza com água quente e detergente seguido de desinfeção com
álcool a 70º
ou amónio quaternário spray
 2xDia
 SOS
Azul
CONTENTORES DE RESÍDUOS Limpeza com água quente e detergente seguido de desinfeção  Semanal* Azul
MAÇANETAS E INTERRUPTORES
Limpeza com água quente e detergente seguido de desinfeção com
álcool a 70º
ou amónio quaternário spray
 Diária
 SOS
Azul
INTERIOR DOS ARMÁRIOS Limpeza com pano humedecido em água simples ou com detergente  Quinzenal Azul
PORTAS Limpeza com pano humedecido em água quente e detergente
 Semanal
 SOS
Azul
JANELAS Limpeza com água e detergente
 Semanal
 SOS
Azul
PAREDES E GRELHAS DE VENTILAÇÃO Limpeza por aspiração seguida de limpeza com água e detergente
 Mensal
 SOS
Azul
AQUECEDORES Limpeza com aspiração e pano húmido
 Mensal
 SOS
Azul
TETO Limpeza por aspiração e pano humedecido com água e detergente  Anual Azul
ANEXO 1 - EXEMPLOS DE PLANOS DE HIGIENIZAÇÃO (HIGIENIZAÇÃO DAS ÁREAS COMUNS)
ÁREA EQUIPAMENTOS/SUPERFÍCIES TAREFAS A EXECUTAR FREQUÊNCIA
COR DOS PANOS/
ESFREGONA
NÃO
CRITICA
PAVIMENTO Limpeza com água quente e detergente
 Diária
 SOS
Duplo Balde e
Esfregona
MOBILIÁRIO GERAL Limpeza com pano humedecido em água quente ou com detergente  Diária Azul
MAÇANETAS E INTERRUPTORES Limpeza com pano humedecido com água quente e detergente  Diária Azul
PORTAS, JANELAS E PLACARES Limpeza com água quente e detergente  Mensal Azul
PAREDES E GRELHAS DE VENTILAÇÃO Limpeza por aspiração seguida de limpeza com água e detergente
 Mensal
 SOS
Azul
AQUECEDORES Limpeza com aspiração e pano húmido
 Mensal
 SOS
Azul
TETO Limpeza por aspiração e pano humedecido com água e detergente  Anual Azul
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MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO
ANEXO 1 - EXEMPLOS DE PLANOS DE HIGIENIZAÇÃO (HIGIENIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES SANITÁRIAS)
ANEXO 1 - EXEMPLOS DE PLANOS DE HIGIENIZAÇÃO (HIGIENIZAÇÃO DA SALA DE VACINAÇÃO E CONSULTA DE ENFERMAGEM)
ÁREA
EQUIPAMENTOS/SUPERFÍCIES TAREFAS A EXECUTAR FREQUÊNCIA
COR DOS PANOS/
ESFREGONA
SEMICRÍTICA
GERAL
PEÇAS SANITÁRIAS Limpeza com água quente e detergente
 2 x dia
 SOS
Amarelo
(lavatórios/azulejo)
Vermelho
(sanitas/urinóis)
PAVIMENTO Limpeza com água quente e detergente
 2 x dia
 SOS
Duplo Balde e
Esfregona
ESPELHOS Limpeza com pano humedecido em água quente e detergente  Diária Amarelo
MAÇANETAS E INTERRUPTORES Limpeza com pano humedecido com água quente e detergente  Diária Amarelo
PORTAS E JANELAS Limpeza com pano humedecido com água quente e detergente  Semanal Amarelo
PAREDES E GRELHAS DE VENTILAÇÃO Limpeza por aspiração seguida de limpeza com água e detergente
 Mensal
 SOS
Amarelo
TETO Limpeza por aspiração e pano humedecido com água e detergente  Anual Amarelo
ÁREA EQUIPAMENTOS/SUPERFÍCIES TAREFAS A EXECUTAR FREQUÊNCIA
COR DOS
PANOS/ESFREGONA
SEMICRÍTICA
GERAL
PAVIMENTO Limpeza com água quente e detergente
 2 x dia
 SOS
Duplo Balde e
Esfregona
LAVATÓRIO Limpeza com água quente e detergente
 2 x dia
 SOS
Amarelo
MOBILIÁRIO GERAL, COMPUTADORES, TELEFONE E BALANÇA Limpeza com pano humedecido em água quente e detergente  Diária Azul
MARQUESA DE PLANEAMENTO FAMILIAR
Limpeza com água tépida e detergente ou desinfeção com amónio quaternário
spray
 2 x dia
 SOS
Azul
BALANÇA PARA BEBÉS Limpeza com pano humedecido com água quente e detergente
 2 x dia
 SOS
Azul
BIOMBOS E PORTAS Limpeza com pano humedecido com água quente e detergente
 Semanal
 SOS
Azul
FRIGORÍFICO DE VACINAS Limpeza húmida com água e detergente
 Trimestral
 SOS
Azul
JANELAS Limpeza com água quente e detergente  Mensal Azul
PAREDES E GRELHAS DE VENTILAÇÃO Limpeza por aspiração seguida de limpeza com água e detergente
 Mensal
 SOS
Azul
AQUECEDORES Limpeza com aspiração e pano húmido
 Diária
 SOS
Azul
TETO Limpeza por aspiração e pano humedecido com água e detergente  Anual Azul
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MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO
ANEXO 1 - EXEMPLO DE PLANO DE HIGIENIZAÇÃO (SALAS DE VACINAÇÃO)
EQUIPAMENTOS
/SUPERFÍCIES
OPERAÇÃO
FREQUÊNCIA CÓDIGO
DE
CORES
QUEM
T D S M
PORTAS L Azul
MANÍPULOS DAS
PORTAS
L+D Azul
PAVIMENTO L Duplo
balde e
Esfregona
PAREDES
L Azul
BANCADA L Azul
MARQUESA
L+D Azul
INTERIOR DOS
ARMÁRIOS
L Azul
CORTINAS E
BIOMBOS
L Azul
LAVATÓRIOS
L+D Amarelo
AZULEJOS JUNTO Á
BANCADA
L+D Amarelo
CARROS DE APOIO
SALA
L+D Azul
RECIPIENTE LIXO
CONTAMINADO
L+D Azul
RECIPIENTE LIXO
COMUM
L+D Azul
TECLADOS E
TELEFONE
L+D Azul
FRIGORIFICO
L Azul
L- Limpeza (água e sabão) D- Desinfeção (álcool 70
ANEXO 1 - EXEMPLO DE PLANO DE HIGIENIZAÇÃO (DEPÓSITO DE RESÍDUOS GRUPO III E IV)
Equipamento Operação
Frequência
Turno Dia Semana Mês
Paredes
L (1) Após a
remoção dos
contentores
Pavimento
L (1) Após a
remoção dos
contentores
Após a
remoção
dos
contentores
Portas L (1) Diário
Manípulos das portas L+D (1), (2) 2 a 3 x/dia
(1) L- Limpeza com água e detergente
(2) D- Desinfeção com Álcool 70º
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MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO
ANEXO 2 - Sequência de como COLOCAR o equipamento de proteção individual (EPI)
1º BATA
• Selecionar tipo e tamanho apropriado;
• Abertura fica virada para as costas;
• Apertar no pescoço e cinta;
• Se bata muito pequena utilize duas:
– A 1ª aperta à frente
– A 2ª aperta atrás.
2º MÁSCARA
Coloque sobre o nariz, boca e queixo;
• Ajuste a banda flexível à cana do nariz;
• Prenda-a à cabeça com os atilhos ou
elásticos;
• Ajuste-a à face.
RESPIRADOR
• Selecione a classe de respirador (P1 ou P2);
• Coloque sobre o nariz, boca e queixo;
• Ajuste a banda flexível à cana do nariz;
• Prenda-o à cabeça com os elásticos;
• Ajuste-o bem à face;
• Realize o teste de ajuste:
• Inspire => o respirador deverá
colapsar
• Expire => verifique se há fugas à
volta da face.
3º ÓCULOS
• Coloque óculos e prenda-os com as hastes.
4º LUVAS
• Selecione o tipo e tamanho adequados;
• Calce as luvas de modo a que sobreponham
o punho da bata de isolamento.
NÃO SE ESQUEÇA!
• Mantenha as mãos afastadas da cara.
• Limite o contacto com superfícies.
• Troque de luvas sempre que se rompam ou estejam demasiado sujas.
• Higienize SEMPRE as mãos após remover luvas, entre doentes e procedimentos.
Adaptado de Campanha “Personal Protective Equipment in Healthcare Settings” (Center for Disease Control and Prevention).
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MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO
ANEXO 2 - Sequência de como REMOVER o equipamento de proteção individual (EPI)
1º LUVAS
Atenção: o exterior das luvas está contaminado!
• Pegue no bordo da luva, junto ao punho;
• Retire da mão virando de dentro para fora;
• Segure com a mão oposta
• Meta o dedo da mão sem luva por debaixo
da outra luva e remova-a;
• Vire a luva do avesso criando uma bolsa para
ambas as luvas;
• Descarte as luvas para contentor apropriado.
2º ÓCULOS
Atenção: o exterior dos óculos está contaminado!
• Retire os óculos e proteção facial sem luvas;
• Afaste da face;
• Coloque em local apropriado para
reprocessar ou eliminar.
3º BATA
Atenção: a frente e as mangas da bata estão
contaminadas!
• Desaperte os atilhos;
• Puxe a bata pelos ombros;
• Vire-a do avesso, enrole-a e descarte.
4º MÁSCARA
Atenção: a parte dianteira da máscara ou
respirador estão contaminados. Não toque nela!
• Desaperte o atilho debaixo e depois o de
cima;
• Retire da face e descarte.
RESPIRADOR
• Levante o elástico do fundo sobre o de cima;
• Levante o de cima;
• Retire da face e descarte.
NÃO SE ESQUEÇA: higienize as mãos imediatamente após retirar o EPI!
Adaptado de Campanha “Personal Protective Equipment in Healthcare Settings” (Center for Disease Control and Prevention
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MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO
ANEXO 3 – COMO UTILIZAR O DUPLO BALDE
Na lavagem do pavimento deve ainda ter-se em conta que:
- A esfregona deve ser agitada dentro de cada balde e bem espremida;
- Utilizar movimentos ondulantes e manter as franjas da esfregona abertas;
- Utilizar água quente e mudada frequentemente. Nas áreas críticas e semicríticas a água deve ser mudada sempre
entre salas e, dentro de cada sala, sempre que a água se encontre visivelmente suja, para evitar a redistribuição de
microrganismos;
- Nos corredores e/ou áreas a limpar devem colocar-se fitas ou outra sinalização (ex: cones de sinalização) para aviso
de piso escorregadio, nos dois extremos dessas áreas;
- Os corredores e escadas devem ser lavados no sentido longitudinal, ou seja lava-se primeiro uma metade e só
depois a restante parte, de modo a permitir a circulação segura das pessoas durante a limpeza.
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MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO
Anexo 4 e 5
Política de antisséticos, desinfetantes e detergentes da ARS Norte
(documento aprovado em 17-03-2011 pelo C.D. da ARS Norte, IP)
Processo de esterilização
(documento aprovado em 30-08-2010 pelo C.D. da ARS Norte, IP)
ANTI-SÉPTICOS,
DESINFECTANTES,
DETERGENTES
Aprovação:
ARS NORTE, IP 1/13
ANTI-SÉPTICOS,
DESINFECTANTES,
DETERGENTES
Aprovação:
ARS NORTE, IP 2/13
1 – OBJECTIVOS
 Uniformizar boas práticas de utilização de anti-sépticos, desinfectantes, detergentes e
sabões nos ACES da Região Norte.
 Definir uma política racional de utilização de anti-sépticos e desinfectantes nos ACES da
Região Norte
 Prevenir e controlar as infecções associadas aos cuidados de saúde, através da utilização
racional destes produtos.
2 – ACÇÕES PRETENDIDAS
3 – Conceitos
MATERIAL CONTAMINADO – Material que tenha sido usado, exposto a uma situação clínica e esteja
poluído com matéria orgânica, microrganismos ou outras substâncias inorgânicas indesejáveis, como pó,
resíduos químicos, entre outros.
DESCONTAMINAÇÃO – Destruição ou remoção da contaminação microbiana de modo a tornar o material
seguro para ser manipulado. Esta implica, limpeza e desinfecção ou simplesmente limpeza.
LIMPEZA – Remoção mecânica da sujidade (matéria orgânica e /ou inorgânica) usando água e sabão ou
detergente. Com uma eficácia de cerca de 80% na remoção de microrganismos.
Nota: a limpeza é um processo fundamental, que condiciona a desinfecção/anti-sepsia
DESINFECÇÃO/ANTI-SEPSIA – Processo do qual resulta a redução, eliminação ou inactivação
momentânea de microrganismos indesejáveis, com uma eficácia de 90 a 99%.
ESTERILIZAÇÃO – Processo que resulta na completa eliminação e destruição de todas as formas vivas de
microrganismo incluindo esporos bacterianos (100%). Podemos usar o calor húmido, calor seco, óxido de
etileno e agentes químicos.
DETERGENTE – São substâncias tensioactivas que desagregam a sujidade das superfícies mantendo-as em
suspensão na solução de lavagem que é a água. Esta acção elimina a sujidade e favorece a redução da
concentração de microrganismos. Não têm acção desinfectante
ANTI-SÉPTICO – Substância química que pode ser aplicado em tecidos vivos (pele ou mucosas), no sentido
de reduzir, eliminar ou inactivar agentes patogénicos antes e/ou depois de um procedimento, com o objectivo
de prevenir ou controlar uma infecção.
DESINFECTANTE – Substância química capaz de eliminar por acção directa os microrganismos. Utiliza-se na
desinfecção de superfícies inertes e equipamentos. Alguns podem ser utilizados em tecidos vivos, logo com
acção anti-séptica simultânea, (Ex. Álcool 70º)
ANTI-SÉPTICOS,
DESINFECTANTES,
DETERGENTES
Aprovação:
ARS NORTE, IP 3/13
4 – DETERGENTES E SABÕES (Acção de higiene e/ou limpeza)
PRINCÍPIO BÁSICO
A limpeza, através da lavagem, é o princípio básico para se conseguir
uma boa anti-sepsia, desinfecção ou esterilização.
Qualquer superfície viva ou inerte deve ser previamente lavada (Acção de
higiene e/ou limpeza) com água e sabão ou detergente adequado
CLASSIFICAÇÃO DOS DETERGENTES E SABÕES DE ACORDO COM O pH
pH CLASSIFICAÇÃO EXEMPLOS
0 a 3 Fortemente ácido Destartante
3 a 6 Ligeiramente ácido Desincrustante
Sabão para a pele (pH 5,5)
7 Neutro Detergente neutro
8 a 11 Ligeiramente alcalino Detergente alcalino
11 a 14 Fortemente alcalino Desengordurante ou Decapante
CRITÉRIOS GERAIS PARA A ESCOLHA DE DETERGENTES
 Eficácia máxima no domínio da limpeza
 Estável no calor, frio, humidade e ar
 Inofensivo para os utilizadores
 Biodegradável
 Facilmente diluído
 Adaptado à dureza da água
 Não agressivo para os materiais
 Fácil enxaguamento
 Boa relação preço/qualidade
 Não deixar resíduos após secagem
 Embalagem adequada ao utilizador
DETERGENTES E SABÕES ACONSELHADOS NOS ACES DA REGIÃO NORTE
DESIGNAÇÃO GENÉRICA FORMA FARMACÊUTICA FUNÇÃO
Detergente Neutro, Biodegradável, à base de
tensioactivos aniónicos
Embalagens com 5 litros de
produto concentrado
Uso Geral
Enzima protease, Tensioactivos não iónico, Agentes
sequestrantes e excipientes q.b.p.100%
Embalagens com 1 litro de
produto concentrado
Lavagem manual de
Dispositivos Médicos
Agentes tensioactivos e Alantoína Embalagens com 500 mililitros Lavagem das mãos
Tensioactivos aniónicos e não iónicos, Sabão, Zeolitas,
Branqueador, Perfume
Embalagens com 20 kg Lavagem de roupa
Detergente alcalino Embalagens com 10 kg Lavagem mecânica de
Dispositivos Médicos
ANTI-SÉPTICOS,
DESINFECTANTES,
DETERGENTES
Aprovação:
ARS NORTE, IP 4/13
5 – DESINFECTANTES (Acção de desinfecção)
CLASSIFICAÇÃO DO MATERIAL SEGUNDO O RISCO (Classificação de Spaulding)
 MATERIAL CRÍTICO OU DE ALTO RISCO – todos os artigos que penetram em tecidos sub-epiteliais,
sistema vascular ou outros órgãos isentos de flora microbiana própria (estéreis), bem como todos os que lhes estejam
directamente ligados – Devem ser submetidos a um processo de esterilização.
 MATERIAL SEMI – CRITICO OU DE MÉDIO RISCO – Todos os artigos que entram em contacto com
membranas mucosas ou pele não íntegra – Este tipo de material deve sofrer um processo de desinfecção.
 MATERIAL NÃO CRITICO OU DE BAIXO RISCO – Todos os artigos que entram em contacto apenas
com a pele íntegra ou não entram em contacto com o utente – Devem sofrer um processo de limpeza ou limpeza e
desinfecção
PRINCÍPIOS GERAIS A RETER NA DESINFECÇÃO:
 Cumprir sempre as três etapas, antes de desinfectar:
 Limpeza, (lavar antes de desinfectar, a desinfecção não substitui a limpeza). Princípio básico.
 Enxaguamento
 Secagem (deixar as superfícies bem secas após a limpeza, para evitar a recontaminação);
 Os desinfectantes químicos só devem ser utilizados quando não está indicada a desinfecção térmica e/ou a esterilização
não é possível;
 Utilizar diluições correctas e recentes (até um máximo de 12 horas). Respeitar os protocolos e as dosagens;
 Respeitar a temperatura da água se diluído e o tempo de contacto necessário à acção;
 Deve ser utilizado o produto com menor impacto ambiental;
 Utilizar sempre EPI (Equipamento de Protecção Individual) adequado a cada situação e produto;
 Respeitar as datas de validade e de abertura das embalagens;
 Etiquetar, datar e fechar as embalagens;
 Utilizar as embalagens originais;
 Armazenar os produtos ao abrigo da luz, calor e humidade;
 No armazenamento fazer sempre rotação de stocks. Utilizar sempre os produtos guardados há mais tempo, tendo o
cuidado de utilizar sempre os produtos cuja validade está mais próxima do fim
 Ler sempre as instruções do fabricante e as fichas de segurança do produto, que devem estar acessíveis para consulta
 É proibida a utilização de embalagens alimentares para diluição;
 Não misturar produtos diferentes;
 Nunca utilizar desinfectantes para “limpeza” das superfícies ou equipamentos. Basta água quente e detergente.
 Limitar o número de produtos utilizados no mesmo ACES;
CLASSIFICAÇÃO DOS DESINFECTANTES:
 Nível Elevado – destruição de todos os microrganismos incluindo algumas formas esporuladas (glutaraldeido,
ortoftaldeído, hipoclorito de sódio 1000ppm, cloro e compostos clorados, ácido peracético). O tempo de exposição depende do
produto a utilizar e de acordo com as instruções do fabricante. Pouca utilização em Cuidados de Saúde
Primários.
 Nível Médio – destruição de bactérias vegetativas, BK, maior parte dos vírus e fungos; (álcool etílico a
70%, álcool isopropílico, hipoclorito de sódio 100ppm). O tempo de exposição depende do produto e das
instruções do fabricante.
 Nível Baixo – destruição de bactérias em forma vegetativa, alguns vírus e alguns fungos – O BK, o vírus
da hepatite B e outros sobrevivem, (álcool etílico a 70% e isopropílico, hipoclorito de sódio 100ppm). O tempo de
exposição é inferior ou igual a 10 min.
ANTI-SÉPTICOS,
DESINFECTANTES,
DETERGENTES
Aprovação:
ARS NORTE, IP 5/13
A ACÇÃO DOS DESINFECTANTES DEPENDE DE:
 Espectro de actividade
 Tempo de contacto (o recomendado)
 Concentração (Muito concentrado pode ser corrosivo, mais irritante, mais dispendioso e coagular a matéria orgânica à superfície, pouco concentrado não é eficaz. A
diluição aconselhada é a que tem eficácia)
 Temperatura (a recomendada)
 Factores inibidores (Dureza da água, presença de matéria orgânica, pH, natureza e quantidade de microrganismos)
DOMÍNIOS DE UTILIZAÇÃO:
 Desinfecção de superfícies
 Desinfecção manual de instrumentos e material
 Desinfecção de sanitas
CRITÉRIOS GERAIS PARA A ESCOLHA DE DESINFECTANTES
 Possuir espectro de actividade alargado
 Ter baixa toxicidade para os profissionais
 Ter uma acção prolongada no tempo
 Ser compatível e não danificar o material
 Possuir embalagens práticas e adaptadas às
necessidades dos utilizadores
 Ser estável
 Ter uma boa relação preço/qualidade
 Ter actividade na presença de factores de inactivação
DESIGNAÇÃO GENÉRICA MARCA COMERCIAL FUNÇÃO
Álcool etílico 70º Embalagens com 250 mililitros Desinfecção de superfícies
Trocloseno Sódico (Composto
halogenado)
Embalagens com Pastilhas com 5
gramas e
Embalagens com Grânulos
Desinfecção de superfícies não
metálicas e aplicação directa
em derramamentos de sangue
Amónio quaternário Embalagens de 750 ml com
pulverizador
Desinfecção de superfícies
ANTI-SÉPTICOS,
DESINFECTANTES,
DETERGENTES
Aprovação:
ARS NORTE, IP 6/13
6 – ANTI-SÉPTICOS (Acção antissépsia)
PRINCÍPIOS GERAIS A RETER NA ANTISSÉPSIA (DESINFECÇÃO):
 Utilizar sobre tecidos vivos (pele, mucosas, cavidades naturais), interdito sobre o material;
 Utilizar em tecidos limpos, após higiene da zona a desinfectar;
 Respeitar as incompatibilidades, sobretudo com os produtos de lavagem onde é importante um bom enxaguamento;
 Respeitar as contra-indicações (idade, compatibilidade com os tecidos,..);
 Respeitar o modo de emprego, concentração e tempo de contacto do anti-séptico;
 Respeitar as datas de validade e de abertura das embalagens;
 Respeitar a duração de utilização, entre 8 a 10 dias se os frascos forem bem fechados;
 Manipular com precaução. Não tocar na abertura das embalagens com os dedos ou equipamento sujo;
 Fechar os frascos após cada utilização;
 Não misturar anti-sépticos. Se possível utilizar a mesma família de sabão/anti-séptico;
 Vigiar tolerância local;
 Utilizar sempre que possível embalagens em dose individual (Unidose);
 Etiquetar, datar e fechar as embalagens;
 Utilizar as embalagens originais. Proibida a transferência de produtos para outras embalagens;
 Armazenar os produtos ao abrigo da luz, calor e humidade;
 No armazenamento fazer sempre rotação de stocks. Utilizar sempre os produtos guardados há mais tempo, tendo o
cuidado de utilizar sempre os produtos cuja validade está mais próxima do fim
 Ler sempre as instruções do fabricante e as fichas de segurança do produto, que devem estar sempre acessíveis.
 Limitar o número de anti-sépticos utilizados;
CLASSIFICAÇÃO DOS ANTI-SÉPTICOS:
 Major – bactericidas e de largo espectro.
 Álcoois (etílico e isopropílico)
 Biguanidas (clorohexidina). Não utilizado na Região Norte.
 Halogenados (derivados do cloro e do iodo)
 Intermédios – bactericidas de espectro estreito.
 Amónios quaternários (cloreto de benzalcónio, etilsulfato de mecetrónio)
 Minor – bacteriostáticos e de espectro estreito.
 Carbamidas (triclosan) Não utilizado na Região Norte.
 Derivados metálicos (nitrato de prata)
 Anti-sépticos desaconselhados
 Derivados do mercúrio
INDICAÇÕES DE USO NA PRÁTICA (PELE E MUCOSAS):
 Reduzir a presença de microrganismos patogénicos na pele e mucosas
 Reduzir o número de microrganismos presentes no local antes do procedimento invasivo
 Remover ou destruir agentes patogénicos nas mãos do prestador de cuidados
 Evitar a proliferação de agentes patogénicos na pele lesada
 Tratar um portador ou dispersor de agente multirresistente
PRODUTOS ERRONEAMENTE CONSIDERADOS COMO ANTI-SÉPTICOS:
 Peróxido de hidrogénio (Água Oxigenada)
 Corantes (Eosina, Roxo de Genciana) – propriedades secantes
 Éter – desengordurante
ANTI-SÉPTICOS,
DESINFECTANTES,
DETERGENTES
Aprovação:
ARS NORTE, IP 7/13
NÃO UTILIZAR ANTI-SÉPTICOS:
 Feridas cirúrgicas
 Lavagem de feridas crónicas
 Úlceras de pressão
CRITÉRIOS GERAIS PARA A ESCOLHA DE ANTI-SÉPTICOS
 Espectro de actividade alargado
 Rapidez de acção com efeito residual
 Biodegradável
 Boa tolerância sobre tecidos vivos
 Boa estabilidade
 Embalagem adaptada às necessidades
Boa relação preço/qualidade
FORMAS DE APRESENTAÇÃO DOS ANTI-SÉPTICOS:
 Sabões anti-sépticos (clorohexidina sabão) Não utilizado na Região Norte.
 Soluções alcoólicas (álcool 70%)
 Soluções aquosas (iodopovidona dérmica)
 Soluções hidro-alcoólicas, associam rapidez de acção e efeito residual (propanol, isopropanol, etanol, amónio quaternário,
iodopovidona, clorohexidina)
ANTI-SÉPTICOS ACONSELHADOS NOS ACES DA REGIÃO NORTE
DESIGNAÇÃO GENÉRICA MARCA COMERCIAL FUNÇÃO
Álcool etílico 70º Embalagens com 250 mililitros Desinfecção de pele íntegra
Etanol e Clorohexidina Embalagens com 500 toalhetes
impregnados
Desinfecção de pele íntegra
Iodopovidona Embalagens de 5 mililitros Desinfecção de pele íntegra
Etanol e 2 – Propanol Embalagens com 500 e 100
mililitros
Desinfecção alcoólica das mãos
ANTI-SÉPTICOS,
DESINFECTANTES,
DETERGENTES
Aprovação:
7- ANTI-SÉPTICOS, SUAS CARACTERISTICAS E APLICAÇÕES
Designação
Genérica
Apresentação Diluições Indicações Precauções e
Características
Marca Comercial
Álcool etílico 70º Embalagem com
250 ml
Utilizar sem diluição Anti-séptico e desinfectante Irritante (não deve ser usado em
feridas abertas).
Seca a pele.
Aplicar e deixar secar.
Volátil.
Inflamável.
Só actua em superfícies limpas.
A fornecer pela
Farmácia
Etanol e
Clorohexidina
Embalagem com
500 toalhetes
impregnados
Toalhetes impregnados Anti-séptico Desinfecção da pele
A fornecer pela
Farmácia
Iodopovidona Embalagem com
5 ml UNIDOSE
Utilizar sem diluição Exclusivamente anti-séptico
Desinfecção da pele sã e mucosas
Tratamento de infecções da pele causadas
por fungos e bactérias
Úlceras da perna como anti-séptico.
Preparação do campo operatório
Evitar contacto com os olhos
Não utilizar em simultâneo sabões
e produtos derivados do mercúrio
Deixar actuar durante 2 minutos
É rapidamente neutralizado na
presença de matéria orgânica
(sangue e secreções)
Não tem actividade residual
Não utilizar no 1º trimestre de
gravidez
A aplicação em grandes superfícies
cutâneas ou em zonas da pele
lesada, pode provocar uma
excessiva absorção de iodo com
possível toxicidade ou irritação
A fornecer pela
Farmácia
Etanol e 2 –
Propanol
Embalagens com
500ml e
100ml
Utilizar sem diluição
Utilizar doseador para
garantir a quantidade
correcta
Aplicar uma só dose de
cada vez
Anti-séptico de aplicação tópica na pele
Desinfecção higiénica e cirúrgica das mãos
Irritação e secagem da pele
As mãos devem estar bem secas
antes da colocação das luvas
cirúrgicas atendendo a que o
produto pode alterar o seu efeito
protector. O etanol atravessa a
placenta e é excretado pelo leite
materno
Nota – Como complemento, ver
Tabela 10, ponto 10/1
A fornecer pela
Farmácia
ANTI-SÉPTICOS,
DESINFECTANTES,
DETERGENTES
Aprovação:
8- DESINFECTANTES, SUAS CARACTERISTICAS E APLICAÇÕES
Designação
Genérica
Apresentação Diluições Indicações Precauções e
Características
Marca Comercial
Álcool etílico 70º Embalagem com
250 ml
Utilizar sem diluição Anti-séptico e desinfectante Irritante (não deve ser usado em
feridas abertas).
Seca a pele.
Aplicar e deixar secar.
Volátil.
Inflamável.
Só actua em superfícies limpas.
A fornecer pela
Farmácia
Trocloseno Sódico
(Composto
halogenado à base
de cloro)
Embalagens com
pastilhas de 5
gramas e com
grânulos
GRÂNULOS aplicados
directamente sobre
derramamentos de
sangue
Nunca utilizar sobre
urina
PASTILHAS diluir 1
pastilha de 5g em 5
litros de água (DILUIÇÃO
DE 1:10)
(PREPARAÇÃO
EXTEMPORÂNEA ATÉ 12
HORAS)
Desinfectante de 1ª linha contra vírus,
incluindo os de Hepatite B e VIH
Utilização na área de preparação de
alimentos
Desinfecção de superfícies não metálicas
Prevenção de contaminação em grandes
derrames de sangue
É inactivado pela matéria
orgânica.
Instável, dura 12 horas depois de
preparado.
Corrosivo, utilizar EPI.
A fornecer pelo
Aprovisionamento
Amónio quaternário Embalagem de
750 ml, com
pulverizador
Utilizar sem diluição Desinfectante de Superfícies.
Permite a limpeza e desinfecção das
superfícies e dos dispositivos médicos numa
só operação. Apropriado para todas as
superfícies altas –
planos de trabalho, macas, camas,
tranferes, carrinhos de apoio, sistema de
iluminação do BO, etc., e para os
dispositivos médicos não imergíveis.
Não necessita enxaguamento.
A fornecer pela
Farmácia
ANTI-SÉPTICOS,
DESINFECTANTES,
DETERGENTES
Aprovação:
9- DETERGENTES E SABÕES, SUAS CARACTERISTICAS E APLICAÇÕES
Designação
Genérica
Apresentação Diluições Indicações Precauções e
Características
Marca Comercial
MÃOS E PELE
Sabão líquido à base
de agentes
tensioactivos e
alantoína
Embalagem de
500 ml
Não tem diluição
Utilizar uma dose de
sabão através do
doseador
Sabão líquido neutro pH 5
Lavagem higiénica da pele
Para lavagem das mãos e peles
sensíveis
Banho dos doentes
Nota – Como complemento, ver
Tabela 10, ponto 10/1
A fornecer pela
Farmácia
Sabão líquido à base
de agentes
tensioactivos
Embalagem com
5 litros
Não tem diluição
Utilizar uma dose de
sabão através do
doseador
Lavagem das mãos Lavagem das mãos
Nota – Como complemento, ver
Tabela 10, ponto 10/1
A fornecer pelo
Aprovisionamento
USO GERAL
Detergente Neutro,
Biodegradável, à
base de
tensioactivos
aniónicos
Embalagens de 5
Litros
50 ml em 10 litros de
água morna
Detergente de uso geral para superfícies Deve ser diluído
Utilização de EPI
A fornecer pelo
Aprovisionamento
DISPOSITIVOS MÉDICOS – UTILIZAÇÃO MANUAL
Enzima protease,
Tensioactivos não
iónicos, Agentes
sequestrantes e
excipientes
Solução 1000ml Diluir uma tampa num
litro de água morna
Detergente para eliminação de resíduos de
contaminação com base proteica, glucídica e
lipídica.
Lavagem manual de instrumentos clínicos
sujos com sangue, expectoração, muco,
fezes, entre outros
Irritante para pele e olhos.
Requer uso de EPI
A fornecer pela
Farmácia
ROUPA
Tensioactivos
aniónicos e não
iónicos, Sabão,
Zeolitas,
Branqueador,
Perfume
Embalagens com
20 Kg
Utilizar uma dose de
detergente com o copo
medidor fornecido
Detergente para lavagem de roupa Não necessita de branqueadores
Nota – Como complemento, ver
Tabela 10, ponto 10/2
A fornecer pelo
Aprovisionamento
DISPOSITIVOS MÉDICOS – UTILIZAÇÃO MECÂNICA
Detergente alcalino Balde com 10 kg
de pó com copo
doseador
Utilizar uma dose de
detergente com a colher
doseadora fornecida
Detergente para lavagem mecânica de
dispositivos médicos
Utilizar EPI
Nota – Como complemento, ver
Tabela 10, ponto 10/3
A fornecer pelo
Aprovisionamento
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  • 1. MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO
  • 2. ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DE SAÚDE DO NORTE MANUAL DE CONTROLO DA INFEÇÃO Grupo Regional de Controlo de Infeção
  • 3. 2/52 MANUAL DE CONTROLO DA INFEÇÃO AGRADECIMENTOS A todos os membros das comissões de controlo de infeção dos ACES da Região Norte À Assessoria dos Cuidados de Saúde Primários
  • 4. 3/52 MANUAL DE CONTROLO DA INFEÇÃO ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO 5 2. COMO SE TRANSMITEM AS IACS 6 3. PRECAUÇÕES BÁSICAS 8 4. HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS 14 5. HIGIENIZAÇÃO DO AMBIENTE 20 6. RESÍDUOS HOSPITALARES 24 7.INDICADORES 28 8. REFERÊNCIAS 40 ANEXOS Anexo 1: Exemplos de Planos de Higienização 41 Anexo 2: Colocar e retirar equipamento de proteção individual 49 Anexo 3: Como utilizar o Duplo Balde 51 Anexo 4: Política de antisséticos, desinfetantes e detergentes da ARS Norte (documento aprovado em 17-03-2011 pelo C.D. da ARS Norte, IP) 52 Anexo 5: Processo de esterilização (documento aprovado em 30-08-2010 pelo C.D. da ARS Norte, IP) LISTA DE FIGURAS Figura 1: Cadeia de Infeção Figura 2: Zonas de risco das mãos LISTA DE QUADROS Quadro 1: Precauções Básicas (Quadro Resumo) Quadro 2: Higienização das mãos e uso de luvas Quadro 3: Código das cores para limpeza Quadro 4: Etapas limpeza Quadro 5:Triagem de resíduos
  • 5. 4/52 MANUAL DE CONTROLO DA INFEÇÃO SIGLAS E ABREVIATURAS ACES – Agrupamento de Centros de Saúde CCI – Comissão de Controlo de Infeção CDC – Centers for Diseases Control and Prevention DM – Dispositivos Médicos ECDC – European Centre for Disease Prevention and Control EPI – Equipamento de Proteção Individual HICPAC – Healthcare Infection control Practices Advisory Committee IACS – Infeção Associada aos Cuidados de Saúde OMS – Organização Mundial de Saúde PNCI – Programa Nacional de Controlo de Infeção SABA – Solução Antissética de Base Alcoólica
  • 6. 5/52 MANUAL DE CONTROLO DA INFEÇÃO 1. INTRODUÇÃO No âmbito das competências do Grupo Regional de Controlo de Infeção da ARS Norte, IP e das Comissões de Controlo de Infeção de cada ACES da Região Norte, encontra-se a elaboração de procedimentos e instruções de trabalho. O presente documento representa a compilação dos vetores mais importantes para os Cuidados de Saúde Primários. O presente Manual tem como objetivos:  Uniformizar procedimentos no domínio do Controlo de Infeção nos ACES da Região Norte  Servir como instrumento de apoio às actividades diárias, nomeadamente aquelas que são, pela sua importância, susceptíveis de risco para as Infeções Associadas aos Cuidados de Saúde (IACS). Pode definir-se como “ambulatória” a prática de uma actividade de consulta ou de cuidados fora de um internamento hospitalar. A atividade de cuidados no ambulatório reporta-se especificamente quer às atividades nas diferentes Unidades dos ACES, quer nos domicílios. Para a realização das actividades inerentes aos cuidados em ambulatório, os profissionais confrontam-se diariamente com a necessidade da aplicação de recomendações para a prevenção de infeções em cuidados de saúde. São domínios para a prevenção do risco de Infeção associados aos cuidados de saúde no ambulatório os seguintes:  Regras de higiene específicas à actividade ambulatória: início do trabalho, veículo, saco de domicílios, utilização adequada de Equipamento de Proteção Individual, eliminação de resíduos  Regras de higiene relativas aos cuidados: higiene das mãos, escolha e utilização de antisséticos e outros produtos para cumprimento dos planos de trabalho  A presença de utentes colonizados ou infetados: qualidade da informação recebida  A utilização de dispositivos médicos reutilizáveis e de uso único  Aplicação da regulamentação para a eliminação de resíduos  As regras de higiene e segurança no trabalho Pretende-se ainda que este Manual sirva de apoio à formação interna de todos os profissionais e também utentes e familiares ou cuidadores informais, já que todos eles estão, direta ou indiretamente, envolvidos na prevenção das IACS A atividade de prevenção das IACS é tarefa de todos! O presente Manual está dividido em 5 capítulos de carater geral. As instruções de trabalho específicas deverão ser realizadas a partir das CCI de cada ACES, dadas as diferenças estruturais e até mesmo regionais. Contudo, os princípios básicos deverão ser respeitados em todos os ACES bem como os produtos aprovados na Politica de Antisséticos, Desinfetantes e Detergentes (anexo 1) e os procedimentos a ter com os Dispositivos Médicos, aprovados no Manual de Esterilização (Anexo 2).
  • 7. 6/52 MANUAL DE CONTROLO DA INFEÇÃO 2. COMO SE TRANSMITEM AS IACS Cadeia de infeção Os agentes infeciosos propagam-se ao ser humano ou aos animais através duma série de passos conhecidos por “cadeia de Infeção”. Só poderá ocorrer infeção quando todos os seis passos da cadeia estiverem presentes. Ao ser quebrado um dos elos da cadeia, interrompe-se o ciclo. Figura 1 – Cadeia de Infeção Os seis elos da cadeia de infeção O agente infecioso, pode ser uma bactéria, um vírus, um protozoário, um fungo ou uma rickettsia. Deve ser especialmente virulento, existir em quantidade suficiente (inoculo) e ser especialmente apto para determinados tecidos. Ver Política de Antisséticos, Desinfetantes e Detergentes (Anexo 4) e Manual de Esterilização (Anexo 5) O reservatório é basicamente o local onde estão alojados os microrganismos Podem ser animais, insetos, o Homem, objetos, superfícies, equipamento ou virtualmente todo o meio envolvente incluindo os alimentos, água ou até o ar que respiramos. Ver Antisséticos, Desinfetantes e Detergentes (Anexo 4) e Manual de Esterilização (Anexo 5) A porta de saída é o meio através do qual os microrganismos saem do reservatório. Os agentes infeciosos podem sair através do sangue, esperma, secreções vaginais, leite materno, lágrimas, urina, fezes, expetoração, drenagem de feridas abertas e através barreira placentária entre outros.
  • 8. 7/52 MANUAL DE CONTROLO DA INFEÇÃO O modo ou via de transmissão é a forma como os microrganismos se propagam de pessoa a pessoa. São várias as formas de transmissão: 1. Contacto a. Direto ou contacto físico. É a forma mais frequente de transmissão. Acontece quando uma pessoa infetada ou colonizada transfere o microrganismo problema, causando infeção no outro. A transferência de microrganismos pode acontecer através da troca de fluidos orgânicos, por exemplo durante uma relação sexual. Outra forma direta de adquirir um microrganismo patogénico é através do sangue, expetoração, limpeza de feridas ou outros fluidos orgânicos. As mãos contaminadas são a forma mais comum de propagar as infeções. A lavagem das mãos previne a propagação das infeções. Numa unidade de cuidados, a transmissão de microrganismos por contacto direto pode ocorrer entre utentes/doentes e o pessoal de saúde durante a execução de pensos, cuidados no domicílio, palpação ou outros procedimentos que requeiram contacto direto com o utente. b. Indireto ou através de objetos inanimados inclui a propagação da infeção através de bebidas ou alimentos contaminados, água ou outras bebidas, tocar em materiais contaminados ou objetos que contenham microrganismos patogénicos tais como a terra, roupa, produtos de higiene pessoal e equipamento pessoal, utensílios vários, animais de estimação ou outros objetos inanimados. Numa unidade de cuidados o contacto indireto ocorre sempre que haja um contato pessoal com um equipamento contaminado, instrumentos, roupa suja ou outros objetos contaminados. Uma das formas de transmissão indireta mais comum é o estetoscópio contaminado. 2. Veículo Os microrganismos patogénicos podem também disseminar-se através de um veículo sendo o que acontece com a propagação da hepatite através de sangue contaminado. 3. Via Aérea As infeções por esta via ocorrem quando um individuo inala ou contacta com um microrganismo que está suspenso no ar ou poeira, através de uma pessoa que tenha tossido, espirrado, rido ou falado. Os microrganismos suspensos entram no trato respiratório quando a pessoa inala o ar contaminado. Pelo facto dos microrganismos transmitidos por via aérea se propagarem rapidamente, podem ser os responsáveis por grandes epidemias ou até pandemias entre pessoas suscetíveis. São situações habituais, a gripe e a tuberculose pulmonar. 4. Vetores Insetos tais como pulgas e mosquitos transportam microrganismos patogénicos e transmitem-nos ao potencial hospedeiro através de picadas não suspeitas. A porta de entrada é a forma de um agente infecioso encontrar um novo hospedeiro e reservatório. Os microrganismos podem entrar no corpo humano através de lesões na pele, através da mucosa dos olhos, boca ou nariz, através do aparelho digestivo por ingestão de alimentos contaminados, através do trato urinário e trato respiratório pela inalação do ar contaminado e na circulação através de lesões na pele, picadas. Ver Precauções Básicas, Métodos Barreira O hospedeiro susceptível é a pessoa ou pessoas que vão ficar contaminadas ou infetadas se as suas defesas forem deficientes. Fatores tais como a idade, fatores genéticos, estado nutricional, higiene pessoal, níveis de stress, a presença de outras doenças, a imunodepressão, as técnicas invasivas, podem contribuir significativamente para a suscetibilidade pessoal a um dado microrganismo patogénico. Ver Precauções Básicas, Vacinação
  • 9. 8/52 MANUAL DE CONTROLO DA INFEÇÃO 3. PRECAUÇÕES BÁSICAS As precauções básicas devem ser adotadas para todos os utentes/doentes independentemente de patologia conhecida ou não. PRECAUÇÕES BÁSICAS – MEDIDAS MÉTODOS BARREIRA Os profissionais de saúde devem usar métodos barreira apropriados no sentido de se prevenir da exposição acidental ao sangue ou outras secreções/excreções, em todos os procedimentos efetuados aos utentes. O EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) MAIS FREQUENTEMENTE UTILIZADO É: 1. LUVAS  O seu uso é obrigatório quando há contacto com sangue, secreções e excreções.  Não devem usar-se como 2ª pele.  Não devem usar-se para mais do que um procedimento.  Não devem manter-se por mais de 30 minutos.  Quando se rompem devem ser retiradas, as mãos lavadas e calçadas outras luvas.  Antes e após o seu uso deve proceder-se à higienização das mãos. 2. MÁSCARAS  Devem ser usadas quando se preveem salpicos com sangue, secreções e excreções. 3. ÓCULOS  Devem ser usadas quando se preveem salpicos com sangue, secreções e excreções. 4. BATAS E/OU AVENTAIS  Devem ser utilizados quando se preveem salpicos com sangue, secreções e excreções.  Devem ser substituídos logo que se sujem. Todas as superfícies (pele, mucosas, mãos) devem ser lavadas imediatamente após contacto acidental com os produtos biológicos referidos. PREVENÇÃO DE ACIDENTES, POR PICADA OU CORTE 1. AGULHAS  Não devem ser embainhadas após utilização.  Devem ser colocadas em contentores rígidos, destinados ao efeito e cheios apenas até 2/3 da sua capacidade. 2. OBJETOS CORTANTES OU PERFURANTES  Não devem passar-se de mão em mão.  Devem ser colocados em contentores rígidos depois de utilizados. 3. OUTRAS MEDIDAS  Evitar manobras de ressuscitação boca a boca.
  • 10. 9/52 MANUAL DE CONTROLO DA INFEÇÃO Medidas importantes Higienização das mãos e uso de luvas  A higienização das mãos (lavagem ou fricção alcoólica) é a medida mais importante para a redução dos riscos de transmissão de IACS (ver Higienização das Mãos).  As luvas desempenham um papel muito importante na prevenção, desde que bem utilizadas.  As luvas devem ser usadas por três razões principais: 1) Como método barreira para prevenir a contaminação das mãos ao manipular-se:  Sangue  Secreções  Excreções  Mucosas  Outros fluidos orgânicos  Pele não íntegra 2) Como método barreira, para prevenir que os microrganismos presentes nas mãos do pessoal (flora residente) sejam transmitidos a doentes quando se executam procedimentos invasivos ou cuidados que tocam nas mucosas ou pele não íntegra. 3) Como método barreira, para prevenir que as mãos dos profissionais de saúde contaminadas transmitam esses microrganismos a outro doente. Nesta última situação, as luvas devem ser substituídas entre utentes/doentes e as mãos higienizadas (só se visivelmente sujas devem ser lavadas com água e sabão e sempre no caso do Clostridium Difficile por ser alcoolresistente). Vacinação Particularmente contra a Hepatite B, vacinação sazonal contra a Gripe e o Tétano. Procedimento para práticas seguras de injeção Na administração de injetáveis deve-se:  Utilizar técnica assética  Utilizar sempre que possível embalagens “Unidose” de medicamentos injetáveis  Caso se utilizem frascos multidose, não deixar a agulha no frasco, de uma utilização para outra  Para cada utilização, disponibilizar um novo conjunto de agulha e seringa estéreis.  Rejeitar sempre seringas e agulhas com invólucros danificados ou com a data de validade de esterilização ultrapassada
  • 11. 10/52 MANUAL DE CONTROLO DA INFEÇÃO Procedimento para práticas no tratamento dos Dispositivos Médicos (DM)  Os DM são tratados centralmente nas unidades de esterilização  São transportados em caixas fechadas específicas para dispositivos contaminados e esterilizados (Manual de Esterilização em anexo)  Os dispositivos de uso único (símbolo ) são utilizados apenas uma vez  Os dispositivos reutilizáveis, usados em mais do que um utente/doente devem sofrer sempre um processo de lavagem/desinfeção ou lavagem/esterilização.  Os dispositivos de uso único num doente podem ser reutilizados mas sempre para o mesmo doente/utente, devendo ter um tratamento individualizado Procedimento para o tratamento das fardas  Na lavandaria do ACES ou em empresas externas:  Colocar as fardas sujas em caixas ou sacos e enviar para tratamento  Na lavandaria do ACES e caso as fardas tenham nódoas, utilizar uma ou duas pastilhas de trocloseno sódico em substituição do hipoclorito de sódio (lixívia)  No domicílio:  Lavar entre 40 e 60ºC. O efeito da temperatura e dos detergentes tem efeito desinfetante, contudo, em caso de nódoas poderá ser utilizado um produto à base de cloro ou oxigénio ativo  Passar a ferro pois o calor tem efeito desinfetante
  • 12. 11/52 MANUAL DE CONTROLO DA INFEÇÃO ETIQUETA RESPIRATÓRIA A necessidade de proteger a população de eventuais riscos associados à tosse e aos espirros, nomeadamente durante a pandemia de gripe A, originou a criação da denominada “Etiqueta Respiratória”. Muitas doenças respiratórias são disseminadas pelo ar através da tosse ou espirros. São exemplos a constipação, a gripe, a meningite, a tosse convulsa, o sarampo, a tuberculose, a varicela. No sentido de se interromper o elo da cadeia de infeção (transmissão), devem ser utilizadas as seguintes regras de etiqueta respiratória:  Cobrir a boca e o nariz com um lenço quando tossir ou espirrar.  Colocar o lenço usado no lixo.  Se não estiver disponível um lenço de papel, tossir ou espirrar sobre a dobra interior do cotovelo e não nas mãos.  Lavar as mãos com água e sabão ou fazer uma fricção alcoólica, depois de tossir ou espirrar Se está com tosse:  Permaneça mais distante de outras pessoas (um metro ou mais)  Ao deslocar-se a uma unidade de saúde, poderá solicitar uma máscara cirúrgica ou poderá ser convidado a usá-la no sentido de proteger outras pessoas de se contagiarem  Evite frequentar locais públicos fechados e onde há grande aglomeração de pessoas
  • 13. 12/52 MANUAL DE CONTROLO DA INFEÇÃO LAVE AS MÃOS COM ÁGUA E SABÃO OU FRICCIONE COM SOLUÇÃO ALCOÓLICA Se está com tosse:  Permaneça mais distante de outras pessoas (um metro ou mais)  Ao deslocar-se a uma unidade de saúde, poderá solicitar uma máscara cirúrgica ou poderá ser convidado a usá-la no sentido de proteger outras pessoas de se contagiarem  Evite frequentar locais públicos fechados e onde existe grande aglomeração de pessoas
  • 14. 13/52 MANUAL DE CONTROLO DA INFEÇÃO PRECAUÇÕES BÁSICAS 1 Higienização das mãos - Lavagem ou fricção alcoólica 2 Medidas de etiqueta respiratória - Proteção da boca e nariz ao tossir e/ou espirrar 3 Utilização racional de métodos barreira (EPI) adequados a cada situação - Luvas, máscaras, batas, aventais, óculos 4 Não embainhar agulhas após utilização, coloca-las em contentor adequado - Agulhas e outros objetos cortantes e perfurantes (bisturis, transferes, ampolas de vidro (não hermeticamente fechados), outros objetos cortantes ou perfurantes (ver Resíduos Hospitalares) 5 Evitar manobras de ressuscitação boca a boca - Utilizar ambu com máscara 6 Vacinação - Contra a Tétano, Hepatite B e a Gripe 7 Práticas seguras com injetáveis - Utilizar técnica assética Sensibilização/Instrução ao doente/utente, família ou cuidadores informais sobre a importância da sua colaboração na prevenção das IACS. Quadro 1 – Precauções Básicas (Quadro Resumo)
  • 15. 14/52 MANUAL DE CONTROLO DA INFEÇÃO 4. HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS As mãos são o principal veículo de transmissão exógena da infeção associada aos cuidados de saúde (IACS) Nunca estão livres de microrganismos, sejam eles residentes (multiplicam-se na pele e fazem parte da sua flora habitual, são importantes no controlo da flora transitória e raramente causam doença a não ser que sejam traumaticamente introduzidos nos tecidos) ou transitórios (são menos numerosos, contudo têm um elevado potencial patogénico e são facilmente transmitidos por contacto). Atualmente o conceito de higienização das mãos aplica-se quer à Lavagem quer à Fricção alcoólica das mãos. A higienização das mãos é considerada como o procedimento mais importante na prevenção das IACS, sendo descrita pelos CDC como uma medida de Categoria I, isto é, fortemente suportada e apoiada em trabalhos de investigação, que mostram a sua eficácia na redução das infeções associadas aos cuidados de saúde. LAVAGEM DAS MÃOS É o método mais antigo, sensato, sólido, barato e eficaz para prevenir a disseminação de agentes infeciosos, protegendo os utentes, familiares, cuidadores e os profissionais. É uma medida universal, aplicável em todos os locais onde se prestam cuidados de saúde É uma medida importante em saúde pública e faz parte de qualquer programa de promoção da saúde nas populações e ensinada desde a mais tenra idade. É, portanto, a primeira e a principal medida para evitar as infeções associadas aos cuidados de saúde. Define-se como um esfregar vigoroso de ambas as superfícies das mãos, incluindo dedos e punhos seguida de enxaguamento com água corrente. Os locais das mãos que mais frequentemente estão colonizados e onde os cuidados com a lavagem devem ser maiores, são: - Unhas; - Zonas interdigitais; - Punhos - Palmas das mãos. Para uma boa eficácia da medida, recomenda-se: - Nada abaixo dos cotovelos, isto é, retirar todos os objetos de adorno das mãos incluindo pulseiras e usar mangas curtas - Não usar unhas de gel, postiças e vernizes - Usar unhas curtas e mantê-las limpas. FRICÇÃO ANTISSÉTICA DAS MÃOS A utilização de soluções alcoólicas para desinfeção das mãos não é recente. Entre 1975 e 1985 era recomendada a utilização do álcool para desinfeção das mãos exclusivamente em locais onde não estavam disponíveis torneiras. Atualmente, a utilização de soluções alcoólicas está massificada e existem vários estudos científicos a comprovar a sua eficácia na redução do número de microrganismos na pele. Contudo, a utilização de soluções de base alcoólica só é eficaz quando as mãos não estão visivelmente sujas, já que a presença de sujidade ou substâncias proteicas, limita a ação dos álcoois utilizados. A higiene das mãos através de fricção com soluções alcoólicas é hoje uma alternativa à lavagem das mãos quando estas não estão visivelmente sujas, sendo também um complemento à desinfeção cirúrgica das mãos. A aplicação de soluções alcoólicas tem os mesmos princípios dos da lavagem das mãos, isto é, a fricção de ambas as superfícies das mãos, incluindo dedos e punhos com solução alcoólica até a pele se encontrar seca. Os locais das mãos que mais frequentemente estão colonizados e onde os cuidados com a desinfeção devem ser maiores, são os seguintes:
  • 16. 15/52 MANUAL DE CONTROLO DA INFEÇÃO - Unhas; - Zonas interdigitais; - Punhos - Palmas das mãos. Recomenda-se fortemente, para uma boa eficácia da medida: - Nada abaixo dos cotovelos, isto é, retirar todos os objetos de adorno das mãos incluindo pulseiras (com especial atenção às pulseiras de tecido…); - Não usar unhas de gel, postiças e vernizes - Usar unhas curtas e mantê-las limpas. Recomenda-se ainda que as mãos estejam secas antes da aplicação da solução alcoólica. DORSAL PALMAR Figura 2 – Áreas de risco nas mãos QUANDO LAVAR/DESCONTAMINAR AS MÃOS As indicações para a lavagem e desinfeção das mãos são as seguintes: A. Lavar as mãos com água e sabão quando estão visivelmente sujas ou visivelmente contaminadas com sangue ou outros fluidos corporais e depois de utilizar a casa de banho. B. Lavar as mãos com água e sabão se houve suspeita ou prova de exposição a microrganismos formadores de esporos e de suspeita ou confirmação de Clostridium difficile (alcoolresistente) C. Se as mãos não estão visivelmente sujas, utilizar uma solução alcoólica e friccionar. Em alternativa, lavar as mãos com um sabão neutro. Incluem-se nestas situações: a. Antes e depois do contacto com o utente b. Antes de procedimentos limpos ou asséticos, independentemente da utilização ou não de luvas c. Após risco de exposição a fluidos orgânicos. d. Após contacto com o doente/utente e. Após contacto com o ambiente envolvente do doente/utente (incluindo o equipamento médico) D. Sempre antes e depois das refeições E. Sempre depois de usar o WC F. Sempre antes e depois da preparação de alimentos Zonas não esquecidas Zonas algumas vezes esquecidas Zonas muitas vezes esquecidas
  • 17. 16/52 MANUAL DE CONTROLO DA INFEÇÃO RECOMENDAÇÕES DE UTILIZAÇÃO A. Os sabões líquidos e as soluções alcoólicas devem estar em embalagens de uso único. B. Nas situações em que não são utilizadas embalagens de uso único, os dispensadores devem ser lavados antes de se colocar nova quantidade de produto e serem cheios apenas até dois terços da sua capacidade. C. Os doseadores devem ser lavados antes de se substituir uma nova recarga D. Devem ser exclusivamente utilizados toalhetes de papel, nunca toalhas de pano TÉCNICAS A. Na lavagem das mãos com água e sabão, molhar as mãos, aplicar sabão e esfregar pelo menos durante 15 segundos. Enxaguar e secar com toalhetes descartáveis. Utilize um toalhete para fechar a torneira. Deve-se evitar a utilização de água muito quente pois o seu uso repetido pode aumentar o risco de dermatites. A quantidade de sabão a utilizar depende das recomendações do fabricante, contudo, deve ser sempre utilizado um dispositivo doseador. B. Na desinfeção alcoólica (fricção), aplicar o produto na palma de uma das mãos e friccionar ambas as mãos cobrindo todas as superfícies incluindo os punhos, até secar. Para que as soluções alcoólicas sejam eficazes, as mãos deverão estar secas. A quantidade de solução a utilizar depende das recomendações do fabricante, contudo, deve ser sempre utilizado um dispositivo doseador.
  • 18. 17/52 MANUAL DE CONTROLO DA INFEÇÃO
  • 19. 18/52 MANUAL DE CONTROLO DA INFEÇÃO 
  • 20. 19/52 MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO Quadro 2 – Higienização das mãos e uso de luvas HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS E UTILIZAÇÃO DE LUVAS
  • 21. 20/52 MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO 5. HIGIENIZAÇÃO DO AMBIENTE A limpeza e manutenção das superfícies estruturais do ambiente são medidas fundamentais do controlo do ambiente em cuidados de saúde. A limpeza consiste no processo de remoção da sujidade o que inclui a remoção de microorganismos nela contidos e da matéria orgânica que favorece a sobrevivência e proliferação dos mesmos. As funções de limpeza são várias, tendo em conta sempre duas vertentes muito importantes: 1. A vertente microbiológica já que a limpeza favorece a remoção dos microrganismos tornando o ambiente mais seguro para utentes e profissionais 2. A vertente não microbiológica que visa manter a aparência, manter a função e assim evitar a deterioração das superfícies A limpeza é importante na manutenção da imagem das instituições já que a aparência de “limpo”, transmite às pessoas um ambiente melhor, mais seguro e de maior confiança. Princípios Gerais  Limpeza húmida  Limpeza de cima para baixo  Limpeza diária de superfícies horizontais  Limpeza do chão com duplo balde  Limpeza com água quente ou morna  Limpeza com água e sabão  Limpeza do mais limpo para o mais sujo  Limpeza das zonas mais críticas para as menos críticas  Limpeza das zonas mais interiores para as mais exteriores  Nunca varrer, sacudir ou limpar a seco (exceto no exterior das unidades)  Nunca utilizar desinfetantes para limpar  Utilização de panos de cores diferentes conforme as áreas  Existência de planos de limpeza de acordo com a criticidade das áreas. CÓDIGO DE CORES PARA A LIMPEZA Regra de Ouro – Limpar sempre da zona mais limpa para a mais suja. Este procedimento reduza o risco de contaminação cruzada.  A finalidade do sistema de cores é prevenir a contaminação cruzada. VERMELHO VERDE SANITAS, URINÓIS E LAVA-PÉS COZINHAS E COPAS AMARELO AZUL LAVATÓRIOS E AZULEJOS ÁREAS ADMINISTRATIVAS, CONSULTÓRIOS, GABINETES, SALAS DE TRATAMENTO E VACINAS Quadro 3 – Códigos de cores para limpeza
  • 22. 21/52 MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO PLANO DE HIGIENIZAÇÃO O plano permite saber o que há para limpar, quando se deve limpar, que produtos e materiais a utilizar e como efetuar cada tarefa, quer na limpeza, quer na desinfeção de superfícies. As dosagens dos produtos a utilizar (detergentes e desinfetantes), assumem um papel de extrema importância. Uma dosagem menor do que a indicada poderá não ser a suficiente para uma limpeza ou desinfeção eficazes, e uma dosagem superior poderá ser de difícil remoção e consequente contaminação química ou deterioração dos equipamentos. O melhor procedimento será ver o rótulo e seguir sempre as indicações do fabricante do produto. A primeira etapa de um plano de higienização é sempre a LIMPEZA. Este é um processo, fundamentalmente físico, cujo objetivo é a separação ou o desprendimento de todo o tipo de sujidade agarrada às superfícies, objetos e utensílios e a posterior eliminação da solução detergente durante a fase de enxaguamento final. Aquando do processo de limpeza, há que ter em atenção o tipo de sujidade que se pretende remover. Todas as superfícies horizontais, mesmo aquelas que são designadas como lisas (ex. aço inoxidável), possuem uma determinada rugosidade. Tendo em consideração que o tamanho dos microrganismos é microscópico, compreende- se facilmente que, mesmo nessas superfícies, uma pequena rugosidade pode ser a suficiente para permitir a fixação de microrganismos. A limpeza remove 80 a 90% dos microorganismos, contudo, para ser realmente eficaz não deve haver:  Deficiências dos processos de limpeza, quer sejam de carácter técnico, quer sejam por fator humano; Para qualquer tipo de detergente e sujidade, a eficiência da limpeza depende de vários fatores básicos:  Tempo de contacto – é necessário assegurar o tempo adequado para que o detergente penetre na sujidade e a solte da superfície;  Temperatura – a eficácia da generalidade dos detergentes aumenta com o aumento da temperatura;  Rutura física da sujidade – a intensidade de ação mecânica para uma adequada limpeza das superfícies;  Química da água – a água possui iões dissolvidos, tais como os iões cálcio e magnésio, que podem afetar a eficácia do agente de limpeza. Outra etapa do Plano de Higienização é a DESINFEÇÃO. A desinfeção nem sempre é necessária, havendo uma boa desinfeção se anteriormente as superfícies estiverem limpas. A presença de matéria orgânica, limita a eficácia de ação dos desinfetantes A seleção do agente desinfetante deverá ter em conta os seguintes aspetos:  O tipo de superfície a ser desinfetada;  O tempo disponível para a operação de desinfeção;  O método de aplicação;  A compatibilidade com os agentes de limpeza;  O efeito de corrosão do produto;  As propriedades em termos de absorção do produto;  O tempo de reação necessário;  O tipo de microrganismos potencialmente presentes. De seguida esquematizam-se as principais etapas de um processo de limpeza e desinfeção:
  • 23. 22/52 MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO PREPARAÇÃO Sempre que possível, todos os equipamentos elétricos devem ser desligados antes da limpeza. Proceder também à desmontagem dos equipamentos para os quais é necessário realizar esta atividade de forma a realizar uma adequada limpeza. LIMPEZA A SECO Devem ser retirados os resíduos maiores, que sejam passíveis de remoção manual. Esta operação permite facilitar a limpeza e permite reduzir o consumo de água e de produtos de limpeza. A limpeza a seco aqui referida não significa varrer ou sacudir. A utilização de água neste passo é de evitar. Utilização de luvas de “Menage”. PRÉ ENXAGUAMENTO Em algumas situações é necessário humedecer previamente as superfícies a limpar. O pré enxaguamento facilita a remoção de resíduos mais aderentes à superfície. LIMPEZA A limpeza implica o humedecimento das superfícies e a penetração dos agentes de limpeza no equipamento/superfície e na própria sujidade. A reação dos agentes tensioativos dos detergentes com os constituintes da sujidade é que vai facilitar a eliminação das sujidades e evitar que estas se voltem a depositar noutros pontos no decurso da limpeza. Este passo é o mais importante para eliminar os resíduos das superfícies. A operação de limpeza permite também eliminar grande parte dos microrganismos que possam estar presentes por ação química e ação mecânica. ENXAGUAMENTO Após a limpeza deve-se proceder à remoção dos resíduos do produto de limpeza e da sujidade. Este enxaguamento é efetuado com água. SECAGEM É essencial que se proceda à secagem após a lavagem para se evitar recontaminação das superfícies. A secagem é normalmente feita “ao ar” DESINFECÇÃO Dependendo das necessidades, e após a limpeza, poderá ser ainda necessário proceder à desinfeção. Quando tal for necessário, a limpeza prévia é essencial para retirar restos de detergente e toda a matéria orgânica. A desinfeção é efetuada com solução de trocloseno sódico na diluição de 1:10 (1 pastilha de 5 gramas de trocloseno sódico para 5 litros de água) SECAGEM É essencial que se proceda à secagem após a desinfeção para se evitar recontaminação das superfícies. A secagem normalmente faz-se “ao ar”. Quadro 4 – Etapas limpeza A execução de um plano de limpeza e desinfeção implica:  Assegurar a cobertura de todas as partes da unidade, de todos os equipamentos e utensílios relevantes;  A descrição dos equipamentos, nomeadamente dos procedimentos de montagem e desmontagem e outros requisitos técnicos, quando necessários;  Descrever os procedimentos de limpeza e desinfeção para todos os equipamentos, utensílios e áreas, descrevendo o modo de realização das atividades, nomeadamente no que respeita:  Aos produtos de limpeza e desinfeção a utilizar;  À concentração das soluções;  Ao seu modo de aplicação, incluindo o tempo de contacto com as superfícies a higienizar;
  • 24. 23/52 MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO  A descrição exaustiva do plano de limpeza e desinfeção, que deve indicar de forma clara:  Os elementos abrangidos no plano;  Os produtos e as suas condições de aplicação;  A frequência de limpeza e desinfeção;  As responsabilidades pela realização das atividades.  Procedimentos, de verificação, para avaliação da eficácia do plano de limpeza e desinfeção;  Assegurar a evidência da realização das atividades de limpeza e higienização através do registo de atividades realizadas.
  • 25. 24/52 MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO 6. RESÍDUOS HOSPITALARES São todos os produtos biológicos humanos ou materiais que foram utilizados em doentes/utentes e possa estar contaminado com fluidos corporais. A correta triagem dos resíduos é um fator de grande importância nos estabelecimentos de saúde pois: 1. Protege o ambiente 2. Reduz o risco de acidentes para o pessoal, doentes e visitas 3. Permite um comprometimento das instituições com a legislação atualmente em vigor 4. Reduz custos Triagem de resíduos Os diferentes tipos de resíduos requerem diferentes formas de acondicionamento, quer sejam produzidos nas unidades de saúde quer nos domicílios. Assim: Grupo Cor de saco Tipo de resíduo Grupos I e II Saco preto Resíduos equiparados a urbanos Grupo III Saco branco (Unidade de saúde) Resíduos de risco biológico Saco branco(Domicílios) Grupo IV Saco vermelho Resíduos específicos Contentor de corto perfurantes Quadro 5 – Triagem de resíduos
  • 26. 25/52 MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO Recomendações gerais 1. Encher os sacos/contentores até ¾ da sua capacidade (75%) para poderem ser fechados em segurança 2. Não colocar sacos no chão 3. Não arrastar os sacos, transporta-los de preferência em carro próprio 4. Não colocar sacos vermelhos ou brancos em sacos pretos Quando se manipulam e transportam resíduos evitar:  Comer  Mexer em puxadores de portas, telefones, outros carros limpos, nos cabelos  Executar outras tarefas simultaneamente Lavar as mãos após manipular os resíduos Recomendações específicas: Resíduos Grupo I e II Colocar os sacos pretos provenientes de cada unidade nos contentores camarários Resíduos do grupo III Colocar os sacos identificados como de resíduos de risco biológico dentro de contentores brancos de pedal. Colocar os sacos, depois de fechados nos contentores verdes existentes nos depósitos de resíduos. Em todos estes contentores deverá ser colocado um saco de polipropileno transparente fornecido pela empresa de gestão de resíduos Nunca retirar os sacos de polipropileno dos contentores verdes. Resíduos do grupo IV Contentores de cortantes e perfurantes Encher apenas até 2/3 da sua capacidade (75%). Selar Colocar os contentores fechados nos contentores vermelhos existentes no depósito de resíduos de cada unidade Medicamentos fora de prazo/resíduos de citostáticos Colocar em sacos vermelhos e depois colocados nos contentores vermelhos existentes nos depósitos de resíduos. Podem também ser colocados nos contentores de corto perfurantes, seguindo depois as regras de eliminação para estes dispositivos Resíduos produzidos na assistência domiciliária As viaturas utilizadas nos cuidados domiciliários devem possuir um contentor (mala térmica) para colocação de resíduos do grupo III. Deve existir no saco de domicílios, um contentor para cortantes e perfurantes (grupo IV).  Em cada domicílio os resíduos do Grupo III, de risco biológico, deverão ser colocados em sacos próprios dotados de fita adesiva que permite a sua selagem após cada utilização. Utilizar um saco por domicílio
  • 27. 26/52 MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO  Após cada domicílio, o saco deverá ser colocado no contentor de resíduos (Mala térmica), existente na porta bagagens das viaturas Após a finalização dos domicílios e à chegada ao destino final, o contentor (mala térmica), é retirada e transportada ao depósito de resíduos dos Grupos III e IV, sendo  Os sacos com resíduos no interior das malas retirados e colocados nos contentores verdes.  Os resíduos do Grupo IV, constituídos essencialmente por corto perfurantes, são colocados em contentor rígido apropriado e existente no saco de domicílios  Quando estes contentores estiverem cheios até ¾ da sua capacidade (75%), devem ser selados e colocados nos depósitos de resíduos dos Grupos III e IV, nos contentores vermelhos aí existentes  A higienização das malas térmicas é efetuada após cada rota de domicílios  A higienização dos contentores (malas térmicas) é efetuada com água e detergente seguida de desinfeção com trocloseno sódico (2 pastilhas de 2,5g/10 litros de água). Na ausência de sujidade visível e não havendo condições para lavagem, as malas podem ser desinfetadas com spray de amónio quaternário  Utilizar sempre Equipamento de Proteção Individual Manipulação dos resíduos Usar sempre Equipamento de Proteção Individual (EPI), (luvas, avental). Nunca colocar as mãos dentro de qualquer saco de lixo. Nunca comprimir os sacos de lixo quando cheios. Todos os sacos de resíduos devem ser manipulados com cuidado, nunca atirados, arrastados ou transportados junto ao corpo. Os sacos cheios devem ser manipulados apenas pela parte superior. Assegurar-se que os sacos não estão furados ou rasgados, se estiverem colocar um segundo saco da mesma cor. Derramamentos Todos os derramamentos devem ser considerados como potencialmente perigosos e limpos imediatamente. Quando se limpam derrames, usar sempre Equipamento de Proteção Individual (EPI). Tratando-se de resíduos sólidos, colocar o lixo noutro saco e verificar se não há mais lixo espalhado. Tratando-se de resíduos líquidos, especialmente sangue, inativar antes de limpar com grânulos de trocloseno sódico. Não utilizar trocloseno sódico sobre urina. Se estiverem presentes agulhas ou outros cortantes e perfurantes, evitar recolher com as mãos os resíduos espalhados. Lavar a área onde se verificou o derramamento, com água e detergente e deixar secar. Lavar as mãos.
  • 28. 27/52 MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO Armazenamento, recolha e transporte Todos os resíduos à espera de recolha devem:  Estar acondicionados em sacos segundo o código de cores, identificados e colocados nos contentores de transporte  Ser colocados nos locais de armazenamento existentes nos serviços  Ser transportados em carro próprio e com a tampa devidamente fechada  Os contentores de transporte devem ser lavados diariamente. Horários de recolha Os horários de recolha, especialmente dos Grupos III e IV são definidos internamente por cada ACES Para os resíduos dos grupos III e IV recomenda-se uma recolha bissemanal. Reciclagem Dependendo das localidades, é possível e desejável fazer-se a separação seletiva para reciclagem de:  Papel e Cartão (saco de cor azul)  Plásticos (saco de cor amarelo)  Vidros (exceto os de medicamentos)  Tonners  Pilhas
  • 29. 28/52 MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO 7. INDICADORES LISTAS DE VERIFICAÇÃO USO DE LUVAS QUANDO: S N N/A Toca em pele não intacta ou em mucosas Realiza punções venosas ou outros procedimentos que implicam acesso vascular Manipula fluidos corporais para análise Realiza picadas para teste de glicemia, INR, teste do pezinho Toca em superfícies ou objetos contaminados com sangue ou outros fluidos corporais Realiza qualquer tipo de pensos As mãos (dos profissionais) estão livres de lesões COMO: S N N/A Usa luvas ajustadas às mãos Fricciona as mãos com solução alcoólica antes de calçar luvas Verifica defeitos nas luvas antes de as calçar. Em caso de defeito não as calça Tira as luvas antes de utilizar manipular objetos como telefones, manípulos de portas ou outros e antes de sair do local onde se encontra Muda de luvas entre o contacto com utentes REMOÇÃO: S N N/A Segura a parte externa da luva junto ao punho com a mão oposta e retira Segura a luva retirada com a mão que ainda tem luva Coloca os dedos da mão sem luva por dentro da mão com luva junto ao punho e retira Elimina as luvas em contentor apropriado Procede à higiene das mãos logo após ter retirado as luvas
  • 30. 29/52 MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTO DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS E USO DE LUVAS S N N/A A higienização das mãos e o uso de luvas é feita de acordo com as precauções básicas A higienização das mãos e o uso de luvas é feita quando há contacto com superfícies ou equipamento próximo do utente (ex – equipamento médico, macas, marquesas) BATAS E AVENTAIS S N N/A As batas ou aventais são utilizadas sempre que se preveja que a farda possa estar em contacto direto com o utente ou em contacto direto com superfícies contaminadas próximo do utente As batas ou aventais são retiradas e realizada higienização das mãos antes de se sair da proximidade do utente Depois de se retirar a bata ou avental assegura-se de que a pele ou a roupa não estão em contacto com superfícies potencialmente contaminadas ETIQUETA RESPIRATÓRIA S N N/A Quando tosse ou espirra, utiliza lenço ou fá-lo na dobra do braço As áreas de espera são arejadas As mascaras são retiradas e efetuada a higienização das mãos O transporte e movimento de utentes de risco é apenas efetuado quando estritamente necessário DISPOSITIVOS MÉDICOS/EQUIPAMENTO S N N/A Os dispositivos médicos/equipamento utilizados nos cuidados ao utente são tratados de acordo com as precauções básicas Sempre que possível são utilizados dispositivos médicos de uso único O equipamento ou dispositivos médicos de utilização múltipla são processados de acordo com as orientações do Manual de Esterilização DOMICÍLIOS S N N/A O equipamento levado para os domicílios é reduzido ao indispensável para os cuidados MEDIDAS AMBIENTAIS S N N/A A higienização das salas de tratamento e gabinetes é feita sempre que necessário e de acordo com o risco As superfícies mais frequentemente tocadas (manípulos de portas, telefones, teclados de computador, marquesas e carros de pensos) e o equipamento na proximidade do utente são limpos com regularidade São cumpridas as regras de triagem de resíduos nas unidades de saúde São cumpridas as regras de triagem de resíduos nos cuidados ao domicílio. É efetuada separação para reciclagem
  • 31. 30/52 MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO Os indicadores que a seguir se sugerem, foram retirados do Manual de Operacionalização do PNCI Gabinetes de Consulta: Quociente Multiplicador Consumo de solução alcoólica para higiene das mãos num determinado período de tempo (1) Numerador: Consumo de solução alcoólica, nas salas de consulta (expresso em litros) (2) Denominador: n.º de consultas 100 2) (1) Aconselha-se a que o período de tempo seja de 6 meses 3) (2) Cada frasco tem 500ml Consumo de sabão para higiene das mãos num determinado período de tempo (1) Numerador: Consumo de sabão líquido utilizado nas salas de consulta (expresso em litros) (2) Denominador: n.º de consultas 100 4) (1) Aconselha-se a que o período de tempo seja de 6 meses 5) (2) Cada frasco tem 500ml Salas de Tratamentos: Quociente Multiplicador Consumo de solução alcoólica para higiene das mãos num determinado período de tempo (1) Numerador: Consumo de solução alcoólica nas salas de tratamento (expresso em litros) (2) Denominador: n.º de tratamentos/procedimentos 100 6) (1) Aconselha-se a que o período de tempo seja de 6 meses 7) (2) Cada frasco tem 500ml Consumo de sabão para higiene das mãos num determinado período de tempo (1) Numerador: Consumo de sabão líquido nas salas de tratamento (expresso em litros) (2) Denominador: n.º de tratamentos/procedimentos 100 8) (1) Aconselha-se a que o período de tempo seja de 6 meses (2) Cada frasco tem 500ml Prestação de Cuidados no Domicílio: Quociente Multiplicador Consumo de solução alcoólica para higiene das mãos num determinado período de tempo (1) Numerador: Consumo de solução alcoólica nos cuidados domiciliários (expresso em litros) (2) Denominador: n.º de visitas domiciliárias realizadas 100 9) (1) Aconselha-se a que o período de tempo seja de 6 meses 10) (2) Cada frasco tem 500ml
  • 32. 31/52 MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO AUDITORIA ÀS ESTRUTURAS DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS A lista de verificação apresentada foi adaptada do original do PNCI para os Cuidados Primários. Pretende-se fazer uma avaliação das estruturas e práticas de controlo de infeção relacionadas com a higiene das mãos e avaliar a qualidade global das unidades de saúde da ARS Norte e determinar a partir da sua avaliação, as intervenções necessárias para a implementação de melhorias quer a nível das estruturas quer ao nível das práticas. A metodologia a utilizar na referida análise: amostra (serviços, profissionais etc.) e métodos (questão e/ou observação, etc.) fica a cargo das Comissões de Controlo de Infeção de cada ACES e respetivos elos de ligação e de acordo com os meios humanos e logísticos de que dispõem. A lista de verificação é composta por cinco padrões. Cada padrão é composto por diversos critérios. Cada critério tem três hipóteses de resposta: Sim (S), Não (N) ou Não se Aplica (N/A) – ver metodologia de cálculo dos índices de qualidade, em anexo. Existe ainda um 6º.padrão que avalia apenas as Comissões de Controlo de Infeção de cada ACES Relembramos que a presente lista de verificação é apenas um dos componentes da auditoria. Cada CCI poderá definir outras metodologias complementares nomeadamente a observação das práticas ou outras iniciativas que considerarem convenientes e oportunas.
  • 33. 32/52 MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO LISTA DE VERIFICAÇÃO Padrão 1 – Existência de lavatórios/ SABA nas áreas de prestação direta de cuidados Os lavatórios existentes são suficientes para as necessidades da extensão/serviço: Observações 1.1-Um lavatório em cada gabinete médico Sim  Não  N/A  1.2-Uma SABA em cada gabinete médico Sim  Não  N/A  1.3-Um lavatório nas salas de tratamento Sim  Não  N/A  1.4-Uma SABA nas salas de tratamento Sim  Não  N/A  1.5-Um lavatório nas salas de trabalho Sim  Não  N/A  1.6-Uma SABA nas salas de trabalho Sim  Não  N/A  1.7-Um lavatório nas copas Sim  Não  N/A  1.8-Um lavatório no bar Sim  Não  N/A  1.9-Um lavatório na zona suja Sim  Não  N/A  1.10-Uma SABA na zona suja Sim  Não  N/A  1.11 -Um lavatório na zona limpa Sim  Não  N/A  1.12 Existe uma SABA no tabuleiro ou carro de pensos Sim  Não  N/A  1.13 Existe uma SABA com o formato de embalagem de bolso Sim  Não  N/A  1.14 Existe uma SABA na viatura ou mala de transporte Sim  Não  N/A  1.15 Existe uma SABA para domicílios Sim  Não  N/A  1.8-Um lavatório nas instalações sanitárias dos utentes Sim  Não  N/A  1.9-Um lavatório nas instalações sanitárias dos profissionais Sim  Não  N/A  1.10-A localização dos lavatórios é de fácil ACESso tendo em vista a higienização das mãos em tempo oportuno, permitindo a individualização dos cuidados (sem obstáculos que limitam o ACESso) Sim  Não  N/A  Avaliação do Padrão n.º 1: Total de respostas Sim x 100 =(IQ) ________% Total de respostas aplicáveis
  • 34. 33/52 MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO Padrão 2 – Características dos lavatórios existentes na extensão/serviço Observações 2.1-Os lavatórios estão em bom estado de conservação Sim  Não  N/A  2.2-Os lavatórios são suficientemente fundos para evitar a dispersão de salpicos/aerossóis durante a lavagem das mãos Sim  Não  N/A  2.3-Os lavatórios são utilizados apenas para a lavagem das mãos Sim  Não  N/A  2.4-As torneiras são consideradas adequadas: A - Acionadas por manípulo de mãos B - Acionadas por pressão com temporizador C - Acionadas por manípulo de cotovelo D - Acionadas por pedal E – Acionadas por célula fotelétrica Sim  Não  N/A  2.5- As torneiras estão funcionantes Sim  Não  N/A  Avaliação do Padrão 2: Total de respostas Sim x 100 =(IQ) de________% Total de respostas aplicáveis Padrão 3 – Estruturas acessórias dos lavatórios Observações 3.1-Existem suportes para toalhetes de uso único junto a cada lavatório Sim  Não  N/A  3.2-Os suportes para toalhetes são adequados Sim  Não  N/A  3.3-Os suportes para toalhetes estão funcionantes Sim  Não  N/A  3.4-Os toalhetes fornecidos são de boa qualidade (secam bem as mãos) Sim  Não  N/A  3.5- O fornecimento de toalhetes para secagem das mãos é feito de acordo com as necessidades (não faltam) Sim  Não  N/A  3.6-Existe suporte apropriado para o sabão líquido em uso na higiene das mãos Sim  Não  N/A  3.7-Os frascos do sabão líquido são de uso único Sim  Não  N/A  3.8-Se os frascos para o sabão líquido são reutilizáveis, estes são cheios até ¾ da sua capacidade Sim  Não  N/A  3.9-No caso dos frascos para o sabão líquido serem reutilizáveis, estes são lavados antes de cada reposição Sim  Não  N/A  3.10-As bombas doseadoras dos frascos de sabão estão funcionantes Sim  Não  N/A  3.11-Existe junto a cada lavatório, um contentor para recolha dos toalhetes usados Sim  Não  N/A  Avaliação do Padrão 3: Total de respostas Sim x 100 =(IQ) de________% Total de respostas aplicáveis
  • 35. 34/52 MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO Padrão 4 – Produtos utilizados na higienização das mãos nas Unidades de Saúde Observações 4.1-O sabão líquido existente para higienização das mãos é adequado (pH da pele e com emoliente) Sim  Não  N/A  4.2- O fornecimento do sabão líquido às Unidades de Saúde é feito de acordo com as necessidades (não há falta) Sim  Não  N/A  4.3 - O SABA existente para higienização das mãos é adequado (tem boa aceitação pelos PS) Sim  Não  N/A  4.4 - O fornecimento SABA à Unidades é feito de acordo com as necessidades (não há falta) Sim  Não  N/A  4.5 - Existem cartazes ilustrativos sobre a técnica de higiene das mãos com água e sabão, afixados junto aos lavatórios Sim  Não  N/A  4.6 – Existem cartazes ilustrativos sobre a técnica de fricção antissética das mãos, afixados Sim  Não  N/A  4.7-Os profissionais estão informados sobre as vantagens das soluções alcoólicas na higiene das mãos na prestação de cuidados a doentes com isolamento de estirpes multirresistentes Sim  Não  N/A  4.8- O fornecimento da solução antissética alcoólica às Unidades de Saúde é feito de acordo com as necessidades (não há falta) Sim  Não  N/A  4.9-Existe uma política de utilização de antisséticos desinfetantes e detergentes Sim  Não  N/A  4.10-Esta recomendação já foi discutida pelos profissionais do Serviço Sim  Não  N/A  4.11-Os profissionais conhecem os produtos em uso e as regras de correta utilização Sim  Não  N/A  4.12-Para cada produto utilizado existe uma ficha técnica informativa de acesso fácil aos utilizadores Sim  Não  N/A  4.13-Existe cartaz/folheto informativo sobre a Política de utilização de antissépticos e detergentes em locais estratégicos (salas de trabalho, de tratamento, etc.) Sim  Não  N/A  4.14-Está disponível um creme hidratante para proteção das mãos dos profissionais Sim  Não  N/A  4.15-São realizadas auditorias regulares à adesão à higiene das mãos nesta unidade Sim  Não  N/A  Avaliação do Padrão 4: Total de respostas Sim x 100 =(IQ) de________% Total de respostas aplicáveis
  • 36. 35/52 MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO Padrão 5 – Sensibilização dos profissionais para a prática da higienização das mãos - Avaliação na Unidade auditada Observações 5.1-Existe um procedimento para a higiene das mãos em todas as áreas de prestação direta de cuidados Sim  Não  N/A  5.2-O procedimento foi debatido em sessões para os diversos grupos profissionais Sim  Não  N/A  5.3-Foram desenvolvidas ações de formação em serviço que incluam esta prática nos últimos dois anos? A- Os Médicos da unidade receberam formação específica sobre higiene das mãos nos últimos dois anos? B - Os Enfermeiros da unidade receberam formação específica sobre higiene das mãos nos últimos dois anos? C - Os Assistentes Operacionais da unidade receberam formação específica sobre higiene das mãos nos últimos dois anos? D - Os Técnicos Superiores da unidade receberam formação específica sobre higiene das mãos nos últimos dois anos? E - Os Assistentes Administrativos da unidade receberam formação específica sobre higiene das mãos nos últimos dois anos? Sim  Não  N/A  5.4-Foram desenvolvidas outras ações complementares de sensibilização para esta prática Sim  Não  N/A  Se Sim, quais: 5.5-Se existe cartaz alusivo à técnica correta de higienização das mãos este está colocado em locais estratégicos, áreas de prestação direta de cuidados Sim  Não  N/A  Avaliação do Padrão 5: Total de respostas Sim x 100 =(IQ) de________% Total de respostas aplicáveis Como avaliar o índice de qualidade global para uma Unidade de Saúde Total de pontos obtidos (soma de todos os padrões) = _____% (IGQ) Total de Padrões
  • 37. 36/52 MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO Padrão 6 – Sensibilização dos profissionais para a prática da higienização das mãos - Avaliação das atividades dos interlocutores da CCI*Este padrão não conta para a avaliação do IGQ do Centro de Saúde. Serve apenas para os enfermeiros interlocutores da CCI analisarem as suas intervenções e identificarem necessidades nesta área. Observações 6.1-Existe uma recomendação para a higiene das mãos no Centro de Saúde Sim  Não  N/A  6.2-A recomendação foi debatida em sessões alargadas a todos os profissionais do Centro de Saúde Sim  Não  N/A  6.3-Foram desenvolvidas ações de formação que incluam esta prática, no Centro de Saúde, nos últimos dois anos? Sim  Não  N/A  6.4-Foram desenvolvidas outras ações complementares de sensibilização para esta prática, nos últimos dois anos? Sim  Não  N/A  6.5-Foi elaborado cartaz/folheto alusivo à técnica correta de higienização das mãos Sim  Não  N/A  6.6-O cartaz/folheto tem sido divulgado por todos as áreas de prestação direta de cuidados? Sim  Não  N/A  6.7-O cartaz/folheto tem sido renovado com periodicidade (pelo menos uma vez por ano) Sim  Não  N/A  Avaliação do Padrão 6: Total de respostas Sim x 100 =(IQ) de________% Total de respostas aplicáveis
  • 38. MANUAL DE CONTROLO DA INFEÇÃO FÓRMULAS DE CÁLCULO DOS ÍNDICES DE QUALIDADE POR PADRÕES E GLOBAL CÁLCULO DO ÍNDICE DE QUALIDADE POR CADA PADRÃO:  Cada Padrão é composto por um conjunto de critérios (cada critério corresponde a uma questão acerca do mesmo assunto);  Cada critério listado tem três hipóteses de resposta: “Sim” (S) “Não” (N) “Não se Aplica” (NA) – questão que não é aplicável à Unidade de Saúde em avaliação;  A resposta Sim tem uma avaliação de 1 ponto;  A resposta Não tem uma avaliação de 0 pontos; Nota: Considera-se sim, quando um critério atinge um índice de cumprimento igual ou superior a 75%  As questões não aplicáveis avaliam-se, contabilizando todas as respostas “Não se Aplica”;  Para obter o número de respostas aplicáveis, subtrai-se o número de respostas não aplicáveis pelo número de critérios avaliados;  Soma-se o total de respostas “Sim”;  Divide-se o número de respostas “Sim” pelo total de respostas aplicáveis e multiplica-se por 100 para obter o valor percentual que corresponde ao índice de qualidade obtido em cada Padrão. FÓRMULA PARA CÁLCULO DO ÍNDICE DE QUALIDADE (IQ) DE CADA PADRÃO: Total de respostas Sim x 100 =……%(IQ) de cada Padrão Total de respostas aplicáveis FÓRMULA PARA O CÁLCULO DO ÍNDICE DE QUALIDADE GLOBAL (IQG) POR UNIDADE DE SAÚDE: Soma de todos os pontos obtidos em todos os Padrões = …...% (IGQ) Total de Padrões FÓRMULA PARA O CÁLCULO DO ÍNDICE DE QUALIDADE GLOBAL (IQG) POR CENTRO DE SAÚDE: Total de pontos obtidos (soma das % obtidas em todas as áreas de Prestação de Cuidados) = _____% (IGQ) Total de Serviços FÓRMULA PARA O CÁLCULO DO ÍNDICE DE QUALIDADE GLOBAL (IQG) POR ACES: Total de pontos obtidos (soma das % obtidas em todas os Centros de Saúde) * = _____% (IGQ) Total de Centros de Saúde FÓRMULA PARA O CÁLCULO DO ÍNDICE DE QUALIDADE GLOBAL (IQG) DA REGIÃO DE SAÚDE: Total de pontos obtidos (soma das % obtidas em todos os ACES da ARS Norte) = _____% (IGQ) Total de ACES da ARS Norte
  • 39. 38/52 MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO Definições  A localização dos lavatórios é correta (tendo em vista a higienização das mãos em tempo oportuno, permitindo a individualização dos cuidados), isto é, quando os lavatórios estão localizados em locais de fácil Acesso ou não têm equipamento ou mobiliário que impeça ou dificulte os profissionais a executar o procedimento.  As torneiras são consideradas adequadas: São consideradas torneiras adequadas quando não há manipulação com as mãos após lavagem das mesmas ou ainda quando existe uma manipulação antes da lavagem (Torneiras de pressão com temporizador).  Os suportes para toalhetes são adequados: O que se considera adequado é o suporte de toalhetes que permite uma correta utilização dos mesmos sem conspurcar os toalhetes seguintes e em bom estado de conservação.  A bomba doseadora do frasco de sabão está funcionante: Considerar “SIM” no caso de pelo menos 75% do total de doseadores existentes em cada Unidade estiverem funcionantes (por exemplo se a unidade tiver 10 frascos de sabão e 8 (80%) tiverem as bombas funcionantes a resposta é sim).  Considera-se Unidade de Saúde, qualquer unidade pertencente ao ACES. São exemplos – USF, UCC, UCSP, URAP ACES _________________ Unidade de Saúde ____________________ Data: _____/_____/_____
  • 40. 39/52 MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO Lista de Verificação da limpeza Utiliza Equipamento de Proteção Individual de acordo com o procedimento: S N N/A Avental ou Bata Luvas de “Menage” Máscara Óculos Utiliza corretamente o código de cores dos panos de limpeza Utiliza corretamente o duplo balde Verifica a existência de solução alcoólica e repõe Verifica a existência de sabão para as mãos e repõe Verifica a existência de toalhetes de papel e repõe Faz limpeza húmida sempre Lava todo o mobiliário com detergente aprovado Lava todo o equipamento com detergente aprovado Desinfeta todo o equipamento com detergente aprovado Lava o WC com o detergente aprovado Desinfeta o WC com o desinfetante aprovado Lava o chão com o detergente aprovado Utiliza sinalizadores de “Piso Escorregadio” Recolhe os resíduos de acordo com a sua classificação Não retira os resíduos dos contentores Retira o Equipamento de Proteção Individual Lava as mãos
  • 41. 40/52 MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO REFERÊNCIAS (1) Direcção-Geral da Saúde (2007). Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Infeção Associada aos Cuidados de Saúde. Lisboa. (2) Direcção-Geral da Saúde (2007). Higienização do Ambiente nas Unidades de Saúde Recomendações de Boa Prática. Lisboa. (3) Manual de Controlo de Infeção – Unidade Local de Saúde de Matosinhos (4) MANUAL DE PROCEDIMENTOS (2009) A higienização das instalações dos Centros de Saúde no contexto da prevenção e controlo da infeção, Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, I.P. (5) Manual para Prevenção das Infeções Hospitalares (2009), Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (6) GUIDE TO INFECTION PREVENTION IN OUTPATIENT SETTINGS 2011: Minimum Expectations for Safe Care (7) National Center for Emerging and Zoonotic Infectious Diseases Division of Healthcare Quality Promotion – CDC (8) HYGIENE DES SOINS INFIRMIERS EN AMBULATOIRE Version 2002 Document validé par le Conseil Scientifique. C.CLIN-Ouest. CHRU Pontchaillou. (9) Housekeeping, A first guide to new modern and dependable ward housekeeping services in the NHS, 2011 (10) Plano estratégico nacional de resíduos hospitalares, Despacho conjunto 761/99 de 31 de Agosto (11) Dec. Lei 239/97 de 9 de Setembro, 2ª série. (12) Occupational Safety and Health Administration (OSHA) (13) Hazard Analysis and Critical Control Points (HACCP)
  • 42. 41/52 MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO ANEXO 1 - EXEMPLO DE PLANO DE HIGIENIZAÇÂO POR ÁREA ÁREA LOCAIS CRÍTICOS RISCO LIMPEZA MÍNIMA NUNCA ESQUECER CRÍTICA  Salas de pequena cirurgia  Salas de estomatologia / higiene oral  Salas de tratamento de feridas  Laboratórios  Serviços de Esterilização  Centro de Diagnóstico Pneumológico ELEVADO Duas a três vezes por dia. (1)  Teclados,  Telefones,  Manípulos das portas e armários,  Superfícies horizontais, Lavatórios,  Marquesas,  Carros de pensos,  Lava-pés, SEMI CRÍTICA GERAL  Salas de administração de aerossóis  Salas de vacinação  Salas de injetáveis  Salas de saúde infantil  Salas de saúde materna e planeamento familiar  Salas de podologia  Outros gabinetes de consulta  Instalações sanitárias MÉDIO Duas vezes por dia (1)  Teclados,  Telefones,  Manípulos das portas e armários,  Superfícies horizontais, Lavatórios,  Marquesas,  Carros de pensos, ESPECÍFICA  Depósito de resíduos hospitalares dos Grupos III e IV É efetuada após a remoção dos contentores/ sacos de resíduos hospitalares  Paredes  Manípulos de portas NÃO CRÍTICA  Salas do Serviço administrativo e similares  Salas de reuniões  Salas de espera  Corredores e átrios  Refeitórios, copas e bares  Escadas  Entradas exteriores dos serviços  Elevadores (piso e paredes) BAIXO Uma vez por dia (1)  Superfícies horizontais,  Casas de banho  Mesas, cadeiras, balcões  Teclados  Telefones  Puxadores e manípulos de portas (1) O plano de limpeza e desinfeção de cada área deve referir a frequência de limpeza e quem a executa, bem como os produtos a utilizar (2) Utilizar sempre os detergentes e os desinfetantes aprovados pela ARS Norte, IP (3) O equipamento elétrico deve ser obrigatoriamente desligado da corrente antes de ser limpo (4) Utilizar sempre Equipamento de Proteção Individual (EPI), adequado às funções a desempenhar
  • 43. 42/52 MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO ANEXO 1 - EXEMPLO DE PLANO DE HIGIENIZAÇÂO POR ÁREA Tipologia / Área Área Periodicidade mínima Quem Tipo Código de cores Áreas Não Críticas Correspondem às zonas onde não se realizam procedimentos clínicos Salas de serviço administrativo ou similares, Salas de reuniões, Salas de espera, Corredores e átrios, Copas e bares, escadas internas Superfícies horizontais (pisos, incluindo as entradas, escadas, corrimões, tampos, etc) 1 x/dia Técnica de Limpeza Limpeza Azul – Tampos, corrimões Casas de banho 2 x/dia Técnica de Limpeza Limpeza e Desinfeção Vermelho – Sanitas Amarelo - Lavatórios e azulejos Elevadores (paredes e chão) 1 x/dia Técnica de Limpeza Limpeza Azul Mesas, cadeiras, balcões 1 x/dia Técnica de Limpeza Limpeza Azul Telefones, teclados de computador, puxadores e manípulos de portas 3 x/dia Assistente Operacional Limpeza e Desinfeção Azul Vidros, totalidade das paredes, tetos, grelhas de ar condicionado, lâmpadas, arquivos, superfícies internas de mobiliário Trimestralmente Técnica de Limpeza Limpeza Equipamento apropriado Portas, peitoris, superfícies verticais de todo o mobiliário, tetos dos elevadores, equipamentos informáticos Semanalmente Técnica de Limpeza Limpeza Azul Notas:  Utilizar sempre detergente de uso geral aprovado pela ARS Norte, IP.  O desinfetante a usar nas casas de banho é Trocloseno Sódico.  O desinfetante a usar para os telefones, puxadores, manípulos e teclados de computador é o álcool a 70%.  O equipamento elétrico deve ser obrigatoriamente desconectado da corrente antes de ser limpo.  Deve ser utilizado equipamento de proteção individual EPI) adequado às funções a desempenhar.
  • 44. 43/52 MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO ANEXO 1 - EXEMPLO DE PLANO DE HIGIENIZAÇÂO POR ÁREA Tipologia / Área Área específicas Periodicidade Mínima Quem Tipo Código de cores GERAL Áreas Semicríticas ESPECÍFICA Salas de vacinação Salas de injetáveis Salas de saúde infantil Salas de saúde materna e planeamento familiar Salas de podologia Gabinetes de consulta Salas de administração de aerossóis Computador 1x/dia Assistente Operacional Limpeza Azul Teclado, Telefone, Manípulos das portas 1x/turno Assistente Operacional Limpeza e Desinfeção Azul Lavatórios (1) 1x/turno Assistente Operacional /Técnica de Limpeza Limpeza e Desinfeção Amarelo Arquivos, Superfícies internas de mobiliário Trimestralmente Assistente Operacional Limpeza Azul Superfícies horizontais (2) Pisos 2 x/dia e SOS Técnica de Limpeza Limpeza Duplo balde e Esfregona Tampos 2 x/dia e SOS Assistente Operacional Limpeza Azul Armazém de resíduos dos Grupos III e IV Vidros, totalidade das paredes, tetos, grelhas de ar condicionado, lâmpadas, Trimestralmente Técnica de Limpeza Limpeza Equipamento apropriado Armazém de Resíduos dos Grupos III e IV Diariamente Técnica de Limpeza Limpeza e Desinfeção Duplo balde e Esfregona/Utilização de mangueira Notas:  Utilizar sempre detergente de uso geral aprovado pela ARS Norte, IP.  (1) O desinfetante a utilizar nos lavatórios é trocloseno sódico.  O desinfetante a usar para os telefones, puxadores, manípulos e teclados de computador, carros de penso é o álcool a 70%.  (2) O desinfetante a utilizar nas marquesas é Amónio Quaternário em spray.  O equipamento elétrico deve ser obrigatoriamente desconectado da corrente antes de ser limpo.  Deve ser utilizado equipamento de proteção individual EPI) adequado às funções a desempenhar.
  • 45. 44/52 MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO ANEXO 1 - EXEMPLO DE PLANO DE HIGIENIZAÇÂO POR ÁREA Tipologia / Área Áreas Críticas Periodicidade Mínima Quem Tipo Código de cores Áreas Críticas Salas de pequena cirurgia Salas de estomatologia / higiene oral Salas de penso / tratamentos Centro de Diagnóstico Pneumológico (CDP) Central de Esterilização Computador 1x/dia Assistente Operacional Limpeza Azul Teclado, Telefone, Manípulos das portas 1x/turno Assistente Operacional Limpeza e Desinfeção Azul Lavatórios (1) 1x/turno Assistente Operacional Limpeza e Desinfeção Amarelo Marquesa (2), Carro de pensos, Tampos de bancadas 1x/turno e SOS Assistente Operacional Limpeza e Desinfeção Azul Lava-pés (1) 1x/turno e SOS Assistente Operacional Limpeza e Desinfeção Vermelho Superfícies horizontais (pisos) 2 x/dia e SOS Técnica de Limpeza Limpeza Duplo balde e Esfregona Vidros, totalidade das paredes, tetos, grelhas de ar condicionado, lâmpadas, Trimestralmente Técnica de Limpeza Limpeza Equipamento específico Arquivos, Superfícies internas de mobiliário Trimestralmente Assistente Operacional Limpeza Azul Notas:  Utilizar sempre detergente de uso geral aprovado pela ARS Norte, IP.  (1) O desinfetante a utilizar nos lavatórios e lava-pés é trocloseno sódico.  O desinfetante a usar para os telefones, puxadores, manípulos e teclados de computador, carros de penso é o álcool a 70%.  (2) O desinfetante a utilizar nas marquesas é Amónio quaternário em spray.  O equipamento elétrico deve ser obrigatoriamente desconectado da corrente antes de ser limpo.  Deve ser utilizado equipamento de proteção individual EPI) adequado às funções a desempenhar.
  • 46. 45/52 MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO ANEXO 1 - EXEMPLOS DE PLANOS DE HIGIENIZAÇÃO Equipamentos L D Frequência T D S M Portas X X X Manípulos das portas X X Pavimento X X Paredes X X Recipiente Resíduos X X RESÍDUOS Equipamentos L D Frequência T D S M Porta X X Manípulos das portas X X Pavimento X X Paredes X X Banca X X Frigorifico X X Interior dos Armários X X Micro-ondas X X Sempre que necessário. COPA E BAR Equipamentos L D Frequência T D S M Portas X X Manípulos das portas X X Pavimento X X Paredes X X Recipiente Resíduos X X Teclado e telefone X X ÁREAS ADMINISTRATIVAS Equipamentos L D Frequência T D S M Paredes X X Pavimento X X Prateleiras X X Portas X X Manípulos das portas X ARMAZÉNS Equipamentos L D Frequência T D S M Porta X X Manípulos das portas X X Pavimento X X Paredes X X Bancada X X Marquesa X X Interior dos armários X X Cortinas e Biombos X X Lavatórios X X Recipientes resíduos Contaminados X X Recipientes resíduos Comuns X X Teclado e telefone X X Braçadeiras X X Frigorifico X X Utiliza-se o pano azul para a higienização deste espaço. GABINETE DE CONSULTA Equipamentos L D Frequência T D S M Porta X X Manípulos das portas X X Pavimento X X Paredes X X Bancada X X Marquesa X X Interior dos armários X X Cortinas e Biombos X X Lavatórios X X Recipientes resíduos Contaminados X X Recipientes resíduos Comuns X X Teclado e telefone X X Braçadeiras X X Frigorifico X X Utiliza-se o pano azul para a higienização deste espaço. SALA DE VACINAS L – Limpeza (água e detergente) D – Desinfeção (Amónio quaternário ou Álcool 70º)
  • 47. 46/52 MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO ANEXO 1 - EXEMPLOS DE PLANOS DE HIGIENIZAÇÃO (HIGIENIZAÇÃO DAS SALAS DE TRATAMENTOS) ÁREA EQUIPAMENTOS/SUPERFÍCIES TAREFAS A EXECUTAR FREQUÊNCIA COR DOS PANOS/ESFREGON A CRITICA GERAL PAVIMENTO Limpeza com água quente e detergente  2xDia  SOS Duplo Balde e Esfregona LAVATÓRIO Limpeza com água quente e detergente  2xDia  SOS Amarelo PIA DE DESPEJO Limpeza com água quente e detergente  2xDia Vermelho MOBILIÁRIO GERAL, EXTERIOR DOS ARMÁRIOS, TELEFONE, ESPELHO E COMPUTADOR Limpeza com pano humedecido em água quente e detergente  Diária Azul SUPERFÍCIES HORIZONTAIS DE TRABALHO, MARQUESAS E SUPORTE DE PERNAS E PÉS Limpeza com água quente e detergente seguido de desinfeção com álcool a 70º ou amónio quaternário spray  2xDia  SOS Azul CONTENTORES DE RESÍDUOS Limpeza com água quente e detergente seguido de desinfeção  Semanal* Azul MAÇANETAS E INTERRUPTORES Limpeza com água quente e detergente seguido de desinfeção com álcool a 70º ou amónio quaternário spray  Diária  SOS Azul INTERIOR DOS ARMÁRIOS Limpeza com pano humedecido em água simples ou com detergente  Quinzenal Azul PORTAS Limpeza com pano humedecido em água quente e detergente  Semanal  SOS Azul JANELAS Limpeza com água e detergente  Semanal  SOS Azul PAREDES E GRELHAS DE VENTILAÇÃO Limpeza por aspiração seguida de limpeza com água e detergente  Mensal  SOS Azul AQUECEDORES Limpeza com aspiração e pano húmido  Mensal  SOS Azul TETO Limpeza por aspiração e pano humedecido com água e detergente  Anual Azul ANEXO 1 - EXEMPLOS DE PLANOS DE HIGIENIZAÇÃO (HIGIENIZAÇÃO DAS ÁREAS COMUNS) ÁREA EQUIPAMENTOS/SUPERFÍCIES TAREFAS A EXECUTAR FREQUÊNCIA COR DOS PANOS/ ESFREGONA NÃO CRITICA PAVIMENTO Limpeza com água quente e detergente  Diária  SOS Duplo Balde e Esfregona MOBILIÁRIO GERAL Limpeza com pano humedecido em água quente ou com detergente  Diária Azul MAÇANETAS E INTERRUPTORES Limpeza com pano humedecido com água quente e detergente  Diária Azul PORTAS, JANELAS E PLACARES Limpeza com água quente e detergente  Mensal Azul PAREDES E GRELHAS DE VENTILAÇÃO Limpeza por aspiração seguida de limpeza com água e detergente  Mensal  SOS Azul AQUECEDORES Limpeza com aspiração e pano húmido  Mensal  SOS Azul TETO Limpeza por aspiração e pano humedecido com água e detergente  Anual Azul
  • 48. 47/52 MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO ANEXO 1 - EXEMPLOS DE PLANOS DE HIGIENIZAÇÃO (HIGIENIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES SANITÁRIAS) ANEXO 1 - EXEMPLOS DE PLANOS DE HIGIENIZAÇÃO (HIGIENIZAÇÃO DA SALA DE VACINAÇÃO E CONSULTA DE ENFERMAGEM) ÁREA EQUIPAMENTOS/SUPERFÍCIES TAREFAS A EXECUTAR FREQUÊNCIA COR DOS PANOS/ ESFREGONA SEMICRÍTICA GERAL PEÇAS SANITÁRIAS Limpeza com água quente e detergente  2 x dia  SOS Amarelo (lavatórios/azulejo) Vermelho (sanitas/urinóis) PAVIMENTO Limpeza com água quente e detergente  2 x dia  SOS Duplo Balde e Esfregona ESPELHOS Limpeza com pano humedecido em água quente e detergente  Diária Amarelo MAÇANETAS E INTERRUPTORES Limpeza com pano humedecido com água quente e detergente  Diária Amarelo PORTAS E JANELAS Limpeza com pano humedecido com água quente e detergente  Semanal Amarelo PAREDES E GRELHAS DE VENTILAÇÃO Limpeza por aspiração seguida de limpeza com água e detergente  Mensal  SOS Amarelo TETO Limpeza por aspiração e pano humedecido com água e detergente  Anual Amarelo ÁREA EQUIPAMENTOS/SUPERFÍCIES TAREFAS A EXECUTAR FREQUÊNCIA COR DOS PANOS/ESFREGONA SEMICRÍTICA GERAL PAVIMENTO Limpeza com água quente e detergente  2 x dia  SOS Duplo Balde e Esfregona LAVATÓRIO Limpeza com água quente e detergente  2 x dia  SOS Amarelo MOBILIÁRIO GERAL, COMPUTADORES, TELEFONE E BALANÇA Limpeza com pano humedecido em água quente e detergente  Diária Azul MARQUESA DE PLANEAMENTO FAMILIAR Limpeza com água tépida e detergente ou desinfeção com amónio quaternário spray  2 x dia  SOS Azul BALANÇA PARA BEBÉS Limpeza com pano humedecido com água quente e detergente  2 x dia  SOS Azul BIOMBOS E PORTAS Limpeza com pano humedecido com água quente e detergente  Semanal  SOS Azul FRIGORÍFICO DE VACINAS Limpeza húmida com água e detergente  Trimestral  SOS Azul JANELAS Limpeza com água quente e detergente  Mensal Azul PAREDES E GRELHAS DE VENTILAÇÃO Limpeza por aspiração seguida de limpeza com água e detergente  Mensal  SOS Azul AQUECEDORES Limpeza com aspiração e pano húmido  Diária  SOS Azul TETO Limpeza por aspiração e pano humedecido com água e detergente  Anual Azul
  • 49. 48/52 MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO ANEXO 1 - EXEMPLO DE PLANO DE HIGIENIZAÇÃO (SALAS DE VACINAÇÃO) EQUIPAMENTOS /SUPERFÍCIES OPERAÇÃO FREQUÊNCIA CÓDIGO DE CORES QUEM T D S M PORTAS L Azul MANÍPULOS DAS PORTAS L+D Azul PAVIMENTO L Duplo balde e Esfregona PAREDES L Azul BANCADA L Azul MARQUESA L+D Azul INTERIOR DOS ARMÁRIOS L Azul CORTINAS E BIOMBOS L Azul LAVATÓRIOS L+D Amarelo AZULEJOS JUNTO Á BANCADA L+D Amarelo CARROS DE APOIO SALA L+D Azul RECIPIENTE LIXO CONTAMINADO L+D Azul RECIPIENTE LIXO COMUM L+D Azul TECLADOS E TELEFONE L+D Azul FRIGORIFICO L Azul L- Limpeza (água e sabão) D- Desinfeção (álcool 70 ANEXO 1 - EXEMPLO DE PLANO DE HIGIENIZAÇÃO (DEPÓSITO DE RESÍDUOS GRUPO III E IV) Equipamento Operação Frequência Turno Dia Semana Mês Paredes L (1) Após a remoção dos contentores Pavimento L (1) Após a remoção dos contentores Após a remoção dos contentores Portas L (1) Diário Manípulos das portas L+D (1), (2) 2 a 3 x/dia (1) L- Limpeza com água e detergente (2) D- Desinfeção com Álcool 70º
  • 50. 49/52 MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO ANEXO 2 - Sequência de como COLOCAR o equipamento de proteção individual (EPI) 1º BATA • Selecionar tipo e tamanho apropriado; • Abertura fica virada para as costas; • Apertar no pescoço e cinta; • Se bata muito pequena utilize duas: – A 1ª aperta à frente – A 2ª aperta atrás. 2º MÁSCARA Coloque sobre o nariz, boca e queixo; • Ajuste a banda flexível à cana do nariz; • Prenda-a à cabeça com os atilhos ou elásticos; • Ajuste-a à face. RESPIRADOR • Selecione a classe de respirador (P1 ou P2); • Coloque sobre o nariz, boca e queixo; • Ajuste a banda flexível à cana do nariz; • Prenda-o à cabeça com os elásticos; • Ajuste-o bem à face; • Realize o teste de ajuste: • Inspire => o respirador deverá colapsar • Expire => verifique se há fugas à volta da face. 3º ÓCULOS • Coloque óculos e prenda-os com as hastes. 4º LUVAS • Selecione o tipo e tamanho adequados; • Calce as luvas de modo a que sobreponham o punho da bata de isolamento. NÃO SE ESQUEÇA! • Mantenha as mãos afastadas da cara. • Limite o contacto com superfícies. • Troque de luvas sempre que se rompam ou estejam demasiado sujas. • Higienize SEMPRE as mãos após remover luvas, entre doentes e procedimentos. Adaptado de Campanha “Personal Protective Equipment in Healthcare Settings” (Center for Disease Control and Prevention).
  • 51. 50/52 MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO ANEXO 2 - Sequência de como REMOVER o equipamento de proteção individual (EPI) 1º LUVAS Atenção: o exterior das luvas está contaminado! • Pegue no bordo da luva, junto ao punho; • Retire da mão virando de dentro para fora; • Segure com a mão oposta • Meta o dedo da mão sem luva por debaixo da outra luva e remova-a; • Vire a luva do avesso criando uma bolsa para ambas as luvas; • Descarte as luvas para contentor apropriado. 2º ÓCULOS Atenção: o exterior dos óculos está contaminado! • Retire os óculos e proteção facial sem luvas; • Afaste da face; • Coloque em local apropriado para reprocessar ou eliminar. 3º BATA Atenção: a frente e as mangas da bata estão contaminadas! • Desaperte os atilhos; • Puxe a bata pelos ombros; • Vire-a do avesso, enrole-a e descarte. 4º MÁSCARA Atenção: a parte dianteira da máscara ou respirador estão contaminados. Não toque nela! • Desaperte o atilho debaixo e depois o de cima; • Retire da face e descarte. RESPIRADOR • Levante o elástico do fundo sobre o de cima; • Levante o de cima; • Retire da face e descarte. NÃO SE ESQUEÇA: higienize as mãos imediatamente após retirar o EPI! Adaptado de Campanha “Personal Protective Equipment in Healthcare Settings” (Center for Disease Control and Prevention
  • 52. 51/52 MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO ANEXO 3 – COMO UTILIZAR O DUPLO BALDE Na lavagem do pavimento deve ainda ter-se em conta que: - A esfregona deve ser agitada dentro de cada balde e bem espremida; - Utilizar movimentos ondulantes e manter as franjas da esfregona abertas; - Utilizar água quente e mudada frequentemente. Nas áreas críticas e semicríticas a água deve ser mudada sempre entre salas e, dentro de cada sala, sempre que a água se encontre visivelmente suja, para evitar a redistribuição de microrganismos; - Nos corredores e/ou áreas a limpar devem colocar-se fitas ou outra sinalização (ex: cones de sinalização) para aviso de piso escorregadio, nos dois extremos dessas áreas; - Os corredores e escadas devem ser lavados no sentido longitudinal, ou seja lava-se primeiro uma metade e só depois a restante parte, de modo a permitir a circulação segura das pessoas durante a limpeza.
  • 53. 52/52 MANUAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO Anexo 4 e 5 Política de antisséticos, desinfetantes e detergentes da ARS Norte (documento aprovado em 17-03-2011 pelo C.D. da ARS Norte, IP) Processo de esterilização (documento aprovado em 30-08-2010 pelo C.D. da ARS Norte, IP)
  • 55. ANTI-SÉPTICOS, DESINFECTANTES, DETERGENTES Aprovação: ARS NORTE, IP 2/13 1 – OBJECTIVOS  Uniformizar boas práticas de utilização de anti-sépticos, desinfectantes, detergentes e sabões nos ACES da Região Norte.  Definir uma política racional de utilização de anti-sépticos e desinfectantes nos ACES da Região Norte  Prevenir e controlar as infecções associadas aos cuidados de saúde, através da utilização racional destes produtos. 2 – ACÇÕES PRETENDIDAS 3 – Conceitos MATERIAL CONTAMINADO – Material que tenha sido usado, exposto a uma situação clínica e esteja poluído com matéria orgânica, microrganismos ou outras substâncias inorgânicas indesejáveis, como pó, resíduos químicos, entre outros. DESCONTAMINAÇÃO – Destruição ou remoção da contaminação microbiana de modo a tornar o material seguro para ser manipulado. Esta implica, limpeza e desinfecção ou simplesmente limpeza. LIMPEZA – Remoção mecânica da sujidade (matéria orgânica e /ou inorgânica) usando água e sabão ou detergente. Com uma eficácia de cerca de 80% na remoção de microrganismos. Nota: a limpeza é um processo fundamental, que condiciona a desinfecção/anti-sepsia DESINFECÇÃO/ANTI-SEPSIA – Processo do qual resulta a redução, eliminação ou inactivação momentânea de microrganismos indesejáveis, com uma eficácia de 90 a 99%. ESTERILIZAÇÃO – Processo que resulta na completa eliminação e destruição de todas as formas vivas de microrganismo incluindo esporos bacterianos (100%). Podemos usar o calor húmido, calor seco, óxido de etileno e agentes químicos. DETERGENTE – São substâncias tensioactivas que desagregam a sujidade das superfícies mantendo-as em suspensão na solução de lavagem que é a água. Esta acção elimina a sujidade e favorece a redução da concentração de microrganismos. Não têm acção desinfectante ANTI-SÉPTICO – Substância química que pode ser aplicado em tecidos vivos (pele ou mucosas), no sentido de reduzir, eliminar ou inactivar agentes patogénicos antes e/ou depois de um procedimento, com o objectivo de prevenir ou controlar uma infecção. DESINFECTANTE – Substância química capaz de eliminar por acção directa os microrganismos. Utiliza-se na desinfecção de superfícies inertes e equipamentos. Alguns podem ser utilizados em tecidos vivos, logo com acção anti-séptica simultânea, (Ex. Álcool 70º)
  • 56. ANTI-SÉPTICOS, DESINFECTANTES, DETERGENTES Aprovação: ARS NORTE, IP 3/13 4 – DETERGENTES E SABÕES (Acção de higiene e/ou limpeza) PRINCÍPIO BÁSICO A limpeza, através da lavagem, é o princípio básico para se conseguir uma boa anti-sepsia, desinfecção ou esterilização. Qualquer superfície viva ou inerte deve ser previamente lavada (Acção de higiene e/ou limpeza) com água e sabão ou detergente adequado CLASSIFICAÇÃO DOS DETERGENTES E SABÕES DE ACORDO COM O pH pH CLASSIFICAÇÃO EXEMPLOS 0 a 3 Fortemente ácido Destartante 3 a 6 Ligeiramente ácido Desincrustante Sabão para a pele (pH 5,5) 7 Neutro Detergente neutro 8 a 11 Ligeiramente alcalino Detergente alcalino 11 a 14 Fortemente alcalino Desengordurante ou Decapante CRITÉRIOS GERAIS PARA A ESCOLHA DE DETERGENTES  Eficácia máxima no domínio da limpeza  Estável no calor, frio, humidade e ar  Inofensivo para os utilizadores  Biodegradável  Facilmente diluído  Adaptado à dureza da água  Não agressivo para os materiais  Fácil enxaguamento  Boa relação preço/qualidade  Não deixar resíduos após secagem  Embalagem adequada ao utilizador DETERGENTES E SABÕES ACONSELHADOS NOS ACES DA REGIÃO NORTE DESIGNAÇÃO GENÉRICA FORMA FARMACÊUTICA FUNÇÃO Detergente Neutro, Biodegradável, à base de tensioactivos aniónicos Embalagens com 5 litros de produto concentrado Uso Geral Enzima protease, Tensioactivos não iónico, Agentes sequestrantes e excipientes q.b.p.100% Embalagens com 1 litro de produto concentrado Lavagem manual de Dispositivos Médicos Agentes tensioactivos e Alantoína Embalagens com 500 mililitros Lavagem das mãos Tensioactivos aniónicos e não iónicos, Sabão, Zeolitas, Branqueador, Perfume Embalagens com 20 kg Lavagem de roupa Detergente alcalino Embalagens com 10 kg Lavagem mecânica de Dispositivos Médicos
  • 57. ANTI-SÉPTICOS, DESINFECTANTES, DETERGENTES Aprovação: ARS NORTE, IP 4/13 5 – DESINFECTANTES (Acção de desinfecção) CLASSIFICAÇÃO DO MATERIAL SEGUNDO O RISCO (Classificação de Spaulding)  MATERIAL CRÍTICO OU DE ALTO RISCO – todos os artigos que penetram em tecidos sub-epiteliais, sistema vascular ou outros órgãos isentos de flora microbiana própria (estéreis), bem como todos os que lhes estejam directamente ligados – Devem ser submetidos a um processo de esterilização.  MATERIAL SEMI – CRITICO OU DE MÉDIO RISCO – Todos os artigos que entram em contacto com membranas mucosas ou pele não íntegra – Este tipo de material deve sofrer um processo de desinfecção.  MATERIAL NÃO CRITICO OU DE BAIXO RISCO – Todos os artigos que entram em contacto apenas com a pele íntegra ou não entram em contacto com o utente – Devem sofrer um processo de limpeza ou limpeza e desinfecção PRINCÍPIOS GERAIS A RETER NA DESINFECÇÃO:  Cumprir sempre as três etapas, antes de desinfectar:  Limpeza, (lavar antes de desinfectar, a desinfecção não substitui a limpeza). Princípio básico.  Enxaguamento  Secagem (deixar as superfícies bem secas após a limpeza, para evitar a recontaminação);  Os desinfectantes químicos só devem ser utilizados quando não está indicada a desinfecção térmica e/ou a esterilização não é possível;  Utilizar diluições correctas e recentes (até um máximo de 12 horas). Respeitar os protocolos e as dosagens;  Respeitar a temperatura da água se diluído e o tempo de contacto necessário à acção;  Deve ser utilizado o produto com menor impacto ambiental;  Utilizar sempre EPI (Equipamento de Protecção Individual) adequado a cada situação e produto;  Respeitar as datas de validade e de abertura das embalagens;  Etiquetar, datar e fechar as embalagens;  Utilizar as embalagens originais;  Armazenar os produtos ao abrigo da luz, calor e humidade;  No armazenamento fazer sempre rotação de stocks. Utilizar sempre os produtos guardados há mais tempo, tendo o cuidado de utilizar sempre os produtos cuja validade está mais próxima do fim  Ler sempre as instruções do fabricante e as fichas de segurança do produto, que devem estar acessíveis para consulta  É proibida a utilização de embalagens alimentares para diluição;  Não misturar produtos diferentes;  Nunca utilizar desinfectantes para “limpeza” das superfícies ou equipamentos. Basta água quente e detergente.  Limitar o número de produtos utilizados no mesmo ACES; CLASSIFICAÇÃO DOS DESINFECTANTES:  Nível Elevado – destruição de todos os microrganismos incluindo algumas formas esporuladas (glutaraldeido, ortoftaldeído, hipoclorito de sódio 1000ppm, cloro e compostos clorados, ácido peracético). O tempo de exposição depende do produto a utilizar e de acordo com as instruções do fabricante. Pouca utilização em Cuidados de Saúde Primários.  Nível Médio – destruição de bactérias vegetativas, BK, maior parte dos vírus e fungos; (álcool etílico a 70%, álcool isopropílico, hipoclorito de sódio 100ppm). O tempo de exposição depende do produto e das instruções do fabricante.  Nível Baixo – destruição de bactérias em forma vegetativa, alguns vírus e alguns fungos – O BK, o vírus da hepatite B e outros sobrevivem, (álcool etílico a 70% e isopropílico, hipoclorito de sódio 100ppm). O tempo de exposição é inferior ou igual a 10 min.
  • 58. ANTI-SÉPTICOS, DESINFECTANTES, DETERGENTES Aprovação: ARS NORTE, IP 5/13 A ACÇÃO DOS DESINFECTANTES DEPENDE DE:  Espectro de actividade  Tempo de contacto (o recomendado)  Concentração (Muito concentrado pode ser corrosivo, mais irritante, mais dispendioso e coagular a matéria orgânica à superfície, pouco concentrado não é eficaz. A diluição aconselhada é a que tem eficácia)  Temperatura (a recomendada)  Factores inibidores (Dureza da água, presença de matéria orgânica, pH, natureza e quantidade de microrganismos) DOMÍNIOS DE UTILIZAÇÃO:  Desinfecção de superfícies  Desinfecção manual de instrumentos e material  Desinfecção de sanitas CRITÉRIOS GERAIS PARA A ESCOLHA DE DESINFECTANTES  Possuir espectro de actividade alargado  Ter baixa toxicidade para os profissionais  Ter uma acção prolongada no tempo  Ser compatível e não danificar o material  Possuir embalagens práticas e adaptadas às necessidades dos utilizadores  Ser estável  Ter uma boa relação preço/qualidade  Ter actividade na presença de factores de inactivação DESIGNAÇÃO GENÉRICA MARCA COMERCIAL FUNÇÃO Álcool etílico 70º Embalagens com 250 mililitros Desinfecção de superfícies Trocloseno Sódico (Composto halogenado) Embalagens com Pastilhas com 5 gramas e Embalagens com Grânulos Desinfecção de superfícies não metálicas e aplicação directa em derramamentos de sangue Amónio quaternário Embalagens de 750 ml com pulverizador Desinfecção de superfícies
  • 59. ANTI-SÉPTICOS, DESINFECTANTES, DETERGENTES Aprovação: ARS NORTE, IP 6/13 6 – ANTI-SÉPTICOS (Acção antissépsia) PRINCÍPIOS GERAIS A RETER NA ANTISSÉPSIA (DESINFECÇÃO):  Utilizar sobre tecidos vivos (pele, mucosas, cavidades naturais), interdito sobre o material;  Utilizar em tecidos limpos, após higiene da zona a desinfectar;  Respeitar as incompatibilidades, sobretudo com os produtos de lavagem onde é importante um bom enxaguamento;  Respeitar as contra-indicações (idade, compatibilidade com os tecidos,..);  Respeitar o modo de emprego, concentração e tempo de contacto do anti-séptico;  Respeitar as datas de validade e de abertura das embalagens;  Respeitar a duração de utilização, entre 8 a 10 dias se os frascos forem bem fechados;  Manipular com precaução. Não tocar na abertura das embalagens com os dedos ou equipamento sujo;  Fechar os frascos após cada utilização;  Não misturar anti-sépticos. Se possível utilizar a mesma família de sabão/anti-séptico;  Vigiar tolerância local;  Utilizar sempre que possível embalagens em dose individual (Unidose);  Etiquetar, datar e fechar as embalagens;  Utilizar as embalagens originais. Proibida a transferência de produtos para outras embalagens;  Armazenar os produtos ao abrigo da luz, calor e humidade;  No armazenamento fazer sempre rotação de stocks. Utilizar sempre os produtos guardados há mais tempo, tendo o cuidado de utilizar sempre os produtos cuja validade está mais próxima do fim  Ler sempre as instruções do fabricante e as fichas de segurança do produto, que devem estar sempre acessíveis.  Limitar o número de anti-sépticos utilizados; CLASSIFICAÇÃO DOS ANTI-SÉPTICOS:  Major – bactericidas e de largo espectro.  Álcoois (etílico e isopropílico)  Biguanidas (clorohexidina). Não utilizado na Região Norte.  Halogenados (derivados do cloro e do iodo)  Intermédios – bactericidas de espectro estreito.  Amónios quaternários (cloreto de benzalcónio, etilsulfato de mecetrónio)  Minor – bacteriostáticos e de espectro estreito.  Carbamidas (triclosan) Não utilizado na Região Norte.  Derivados metálicos (nitrato de prata)  Anti-sépticos desaconselhados  Derivados do mercúrio INDICAÇÕES DE USO NA PRÁTICA (PELE E MUCOSAS):  Reduzir a presença de microrganismos patogénicos na pele e mucosas  Reduzir o número de microrganismos presentes no local antes do procedimento invasivo  Remover ou destruir agentes patogénicos nas mãos do prestador de cuidados  Evitar a proliferação de agentes patogénicos na pele lesada  Tratar um portador ou dispersor de agente multirresistente PRODUTOS ERRONEAMENTE CONSIDERADOS COMO ANTI-SÉPTICOS:  Peróxido de hidrogénio (Água Oxigenada)  Corantes (Eosina, Roxo de Genciana) – propriedades secantes  Éter – desengordurante
  • 60. ANTI-SÉPTICOS, DESINFECTANTES, DETERGENTES Aprovação: ARS NORTE, IP 7/13 NÃO UTILIZAR ANTI-SÉPTICOS:  Feridas cirúrgicas  Lavagem de feridas crónicas  Úlceras de pressão CRITÉRIOS GERAIS PARA A ESCOLHA DE ANTI-SÉPTICOS  Espectro de actividade alargado  Rapidez de acção com efeito residual  Biodegradável  Boa tolerância sobre tecidos vivos  Boa estabilidade  Embalagem adaptada às necessidades Boa relação preço/qualidade FORMAS DE APRESENTAÇÃO DOS ANTI-SÉPTICOS:  Sabões anti-sépticos (clorohexidina sabão) Não utilizado na Região Norte.  Soluções alcoólicas (álcool 70%)  Soluções aquosas (iodopovidona dérmica)  Soluções hidro-alcoólicas, associam rapidez de acção e efeito residual (propanol, isopropanol, etanol, amónio quaternário, iodopovidona, clorohexidina) ANTI-SÉPTICOS ACONSELHADOS NOS ACES DA REGIÃO NORTE DESIGNAÇÃO GENÉRICA MARCA COMERCIAL FUNÇÃO Álcool etílico 70º Embalagens com 250 mililitros Desinfecção de pele íntegra Etanol e Clorohexidina Embalagens com 500 toalhetes impregnados Desinfecção de pele íntegra Iodopovidona Embalagens de 5 mililitros Desinfecção de pele íntegra Etanol e 2 – Propanol Embalagens com 500 e 100 mililitros Desinfecção alcoólica das mãos
  • 61. ANTI-SÉPTICOS, DESINFECTANTES, DETERGENTES Aprovação: 7- ANTI-SÉPTICOS, SUAS CARACTERISTICAS E APLICAÇÕES Designação Genérica Apresentação Diluições Indicações Precauções e Características Marca Comercial Álcool etílico 70º Embalagem com 250 ml Utilizar sem diluição Anti-séptico e desinfectante Irritante (não deve ser usado em feridas abertas). Seca a pele. Aplicar e deixar secar. Volátil. Inflamável. Só actua em superfícies limpas. A fornecer pela Farmácia Etanol e Clorohexidina Embalagem com 500 toalhetes impregnados Toalhetes impregnados Anti-séptico Desinfecção da pele A fornecer pela Farmácia Iodopovidona Embalagem com 5 ml UNIDOSE Utilizar sem diluição Exclusivamente anti-séptico Desinfecção da pele sã e mucosas Tratamento de infecções da pele causadas por fungos e bactérias Úlceras da perna como anti-séptico. Preparação do campo operatório Evitar contacto com os olhos Não utilizar em simultâneo sabões e produtos derivados do mercúrio Deixar actuar durante 2 minutos É rapidamente neutralizado na presença de matéria orgânica (sangue e secreções) Não tem actividade residual Não utilizar no 1º trimestre de gravidez A aplicação em grandes superfícies cutâneas ou em zonas da pele lesada, pode provocar uma excessiva absorção de iodo com possível toxicidade ou irritação A fornecer pela Farmácia Etanol e 2 – Propanol Embalagens com 500ml e 100ml Utilizar sem diluição Utilizar doseador para garantir a quantidade correcta Aplicar uma só dose de cada vez Anti-séptico de aplicação tópica na pele Desinfecção higiénica e cirúrgica das mãos Irritação e secagem da pele As mãos devem estar bem secas antes da colocação das luvas cirúrgicas atendendo a que o produto pode alterar o seu efeito protector. O etanol atravessa a placenta e é excretado pelo leite materno Nota – Como complemento, ver Tabela 10, ponto 10/1 A fornecer pela Farmácia
  • 62. ANTI-SÉPTICOS, DESINFECTANTES, DETERGENTES Aprovação: 8- DESINFECTANTES, SUAS CARACTERISTICAS E APLICAÇÕES Designação Genérica Apresentação Diluições Indicações Precauções e Características Marca Comercial Álcool etílico 70º Embalagem com 250 ml Utilizar sem diluição Anti-séptico e desinfectante Irritante (não deve ser usado em feridas abertas). Seca a pele. Aplicar e deixar secar. Volátil. Inflamável. Só actua em superfícies limpas. A fornecer pela Farmácia Trocloseno Sódico (Composto halogenado à base de cloro) Embalagens com pastilhas de 5 gramas e com grânulos GRÂNULOS aplicados directamente sobre derramamentos de sangue Nunca utilizar sobre urina PASTILHAS diluir 1 pastilha de 5g em 5 litros de água (DILUIÇÃO DE 1:10) (PREPARAÇÃO EXTEMPORÂNEA ATÉ 12 HORAS) Desinfectante de 1ª linha contra vírus, incluindo os de Hepatite B e VIH Utilização na área de preparação de alimentos Desinfecção de superfícies não metálicas Prevenção de contaminação em grandes derrames de sangue É inactivado pela matéria orgânica. Instável, dura 12 horas depois de preparado. Corrosivo, utilizar EPI. A fornecer pelo Aprovisionamento Amónio quaternário Embalagem de 750 ml, com pulverizador Utilizar sem diluição Desinfectante de Superfícies. Permite a limpeza e desinfecção das superfícies e dos dispositivos médicos numa só operação. Apropriado para todas as superfícies altas – planos de trabalho, macas, camas, tranferes, carrinhos de apoio, sistema de iluminação do BO, etc., e para os dispositivos médicos não imergíveis. Não necessita enxaguamento. A fornecer pela Farmácia
  • 63. ANTI-SÉPTICOS, DESINFECTANTES, DETERGENTES Aprovação: 9- DETERGENTES E SABÕES, SUAS CARACTERISTICAS E APLICAÇÕES Designação Genérica Apresentação Diluições Indicações Precauções e Características Marca Comercial MÃOS E PELE Sabão líquido à base de agentes tensioactivos e alantoína Embalagem de 500 ml Não tem diluição Utilizar uma dose de sabão através do doseador Sabão líquido neutro pH 5 Lavagem higiénica da pele Para lavagem das mãos e peles sensíveis Banho dos doentes Nota – Como complemento, ver Tabela 10, ponto 10/1 A fornecer pela Farmácia Sabão líquido à base de agentes tensioactivos Embalagem com 5 litros Não tem diluição Utilizar uma dose de sabão através do doseador Lavagem das mãos Lavagem das mãos Nota – Como complemento, ver Tabela 10, ponto 10/1 A fornecer pelo Aprovisionamento USO GERAL Detergente Neutro, Biodegradável, à base de tensioactivos aniónicos Embalagens de 5 Litros 50 ml em 10 litros de água morna Detergente de uso geral para superfícies Deve ser diluído Utilização de EPI A fornecer pelo Aprovisionamento DISPOSITIVOS MÉDICOS – UTILIZAÇÃO MANUAL Enzima protease, Tensioactivos não iónicos, Agentes sequestrantes e excipientes Solução 1000ml Diluir uma tampa num litro de água morna Detergente para eliminação de resíduos de contaminação com base proteica, glucídica e lipídica. Lavagem manual de instrumentos clínicos sujos com sangue, expectoração, muco, fezes, entre outros Irritante para pele e olhos. Requer uso de EPI A fornecer pela Farmácia ROUPA Tensioactivos aniónicos e não iónicos, Sabão, Zeolitas, Branqueador, Perfume Embalagens com 20 Kg Utilizar uma dose de detergente com o copo medidor fornecido Detergente para lavagem de roupa Não necessita de branqueadores Nota – Como complemento, ver Tabela 10, ponto 10/2 A fornecer pelo Aprovisionamento DISPOSITIVOS MÉDICOS – UTILIZAÇÃO MECÂNICA Detergente alcalino Balde com 10 kg de pó com copo doseador Utilizar uma dose de detergente com a colher doseadora fornecida Detergente para lavagem mecânica de dispositivos médicos Utilizar EPI Nota – Como complemento, ver Tabela 10, ponto 10/3 A fornecer pelo Aprovisionamento