2. Programa Nacional de Segurança do Paciente
O Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) foi criado para contribuir
para a qualificação do cuidado em saúde em todos os estabelecimentos de saúde
do território nacional.
(ANVISA)
Infecção hospitalar (infecções relacionadas à assistência à saúde)
qualquer infecção adquirida após a admissão do paciente no hospital. As IRAS
também podem se manifestar durante a internação ou após a alta, desde que
estejam relacionadas com a internação ou com os procedimentos realizados
durante a internação. As IRAS podem também ser relacionadas com
procedimentos realizados em ambulatórios, consultórios e outras unidades de
atendimento a saúde.
3. ANVISA
Define as normas gerais, os critérios e os métodos para a prevenção e o
controle das IRAS no Brasil, coordenando as ações e estabelecendo um
sistema de avaliação e divulgação dos indicadores nacionais
avaliação de estrutura
avaliação de resultados
avaliação de processo
4.
5. INFECÇÕES RELACIONADAS À
ASSISTÊNCIA À SAÚDE
Os agentes etiológicos responsáveis pelas infecções relacionadas à assistência à
saúde podem ser de duas fontes:
■ endógena – provenientes da própria flora microbiana do indivíduo;
■ exógena – resultam da transmissão de microrganismos de outras fontes, que não o
paciente.
■ infecção do trato urinário (infecção do trato urinário); dos ossos; das articulações;
da pele e do tecido subcutâneo; do intestino; abdominais, do sistema nervoso
central; dos genitais; sistêmicas; infecção do trato respiratório.
O RISCO DE INFECÇÃO É DIRETAMENTE PROPORCIONAL À GRAVIDADE DA DOENÇA,
ÀS CONDIÇÕES NUTRICIONAIS, À NATUREZA DOS PROCEDIMENTOS DIAGNÓSTICOS
OU TERAPÊUTICOS E AO TEMPO DE INTERNAÇÃO, ENTRE OUTROS ASPECTOS.
6. INFECÇÃO DO TRATO RESPIRATÓRIO
Traqueobronquite
Pneumonia -> A pneumonia de origem hospitalar é definida como aquela
que surge após um período maior ou igual a 48 horas após a admissão e
não está incubada no momento da hospitalização
diminuição dos mecanismos de defesa do paciente;
risco elevado de ter as vias aéreas inoculadas com grande quantidade de
material contaminado;
presença de microrganismos mais agressivos e resistentes aos
antimicrobianos no ambiente, em superfícies próximas, em materiais e
colonizando o próprio paciente.
7. Fontes de contaminação
De maneira geral, os microrganismos podem alcançar o trato respiratório por
meio de:
■ aspiração de secreções da orofaringe (principal fonte), mais comumente,
microaspirações silenciosas;
■ inalação de aerossóis contendo bactérias;
■ translocação de microrganismos do trato gastrintestinal;
■ disseminação hematogênica de um foco a distância.
8. PAV (pneumonia associada à VM)
MEDIDAS DE PREVENÇÃO DAS PNEUMONIAS ASSOCIADAS À VENTILAÇÃO
MECÂNICA
Medidas gerais Medidas específicas
•■ Educação e treinamento da equipe de saúde
•■ Higienização das mãos
•■ Manutenção de uma rotina de visitas
multidisciplinares com a participação de representantes
da CCIH e de outros profissionais envolvidos
diretamente na assistência aos pacientes internados
•■ Adoção de medidas de qualidade assistencial que
tenham impacto na diminuição do tempo de internação
•■ Desenvolvimento de protocolos e processos para
medir a aderência a essas práticas
•■ Manter os pacientes com a cabeceira elevada entre
30 e 45°
•■ Avaliar diariamente a sedação e diminui-la sempre
que possível (implementação do protocolo de despertar
diário)
•■ Aspirar a secreção presente acima do balonete da
via aérea artificial (aspiração subglótica)
•■ Higiene oral com antissépticos (clorexidina por via
oral)
9. PAV (pneumonia associada à VM)
Outras medidas de prevenção:
manuseio do circuito do ventilador
Umidificadores
sistema de aspiração
evitar extubação não programada e reintubação
monitorar pressão de cuff
utilização de VNI
inaladores
nebulizadores, tendas e reservatórios
11. INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO
A ITU representa cerca de 30 a 50% das infecções adquiridas em hospitais
gerais. É caracterizada pela invasão de microrganismos em qualquer tecido da
via urinária, sendo 80% delas relacionadas ao uso do cateter vesical de demora
(principal veículo de transmissão). Entre as ITUs, são de suma importância
aquelas que acometem os pacientes em uso crônico de sonda vesical.
■ técnica de assepsia incorreta;
■ utilização indiscriminada e abusiva do cateterismo;
■ traumatismo durante e após o processo
A manutenção do sistema fechado de drenagem e a remoção precoce do
cateter urinário são recomendações para reduzir o risco de ITU
13. INFECÇÃO SISTÊMICA – INFECÇÃO DA
CORRENTE SANGUÍNEA
Bacteremia é o termo que indica a presença de microrganismos viáveis na
corrente sanguínea. É um fenômeno de grande relevância diagnóstica, pois
está frequentemente associado a aumento considerável nas taxas de
morbidade e mortalidade, além de representar uma das mais significativas
complicações do processo infeccioso
As fontes de infecção da corrente sanguínea (infecção da corrente
sanguínea) são: dispositivos intravasculares (19%); trato geniturinário
(17%); trato respiratório (12%); intestino e peritônio (5%); pele (5%); trato
biliar (4%); abscesso intra-abdominal (3%); outros sítios (8%); sítios
desconhecidos (27%).
16. CCIH (Comissão de Controle de
Infecção Hospitalar)
A CCIH, instituída nos hospitais brasileiros em 1997 pelo Ministério da Saúde (Lei 9431 de 06 de
janeiro), é uma comissão multiprofissional que tem como intuito conhecer e controlar os índices
de IH por meio de ações que objetivam prevenir e reduzir a incidência de qualquer tipo de
infecção.
detectar casos de IH, de acordo com critérios de diagnóstico estabelecidos previamente;
conhecer as principais IHs observadas no serviço e saber reconhecer as suas taxas aceitáveis de
ocorrência;
elaborar normas de padronização para que os procedimentos que forem feitos na instituição
estejam dentro de um programa asséptico;
colaborar no treinamento dos profissionais da saúde;
controlar a prescrição de antibióticos para evitar o uso descontrolado na instituição;
recomendar medidas de isolamento cabíveis à situação dos pacientes hospitalizados;
auxiliar a administração hospitalar na aquisição correta de materiais e equipamentos e no
planejamento da área física.
17. DISSEMINAÇÃO DE
MICRORGANISMOS: MÉTODOS DE
PRECAUÇÃO
Na execução de suas atividades laborais, o fisioterapeuta está em contato
direto com o paciente. Em estudo realizado por Silva e
colaboradores,28 em um hospital universitário, constatou-se que os
fisioterapeutas apresentam 4,57 vezes maior probabilidade de serem
colonizados por microrganismos durante sua atuação junto ao paciente
quando comparados com outros profissionais do mesmo setor
18. DISSEMINAÇÃO DE
MICRORGANISMOS: MÉTODOS DE
PRECAUÇÃO
As mobilizações e os posicionamentos de pacientes potencialmente
infectados ou colonizados, as manobras de hiperinsuflação manual dos
pulmões, os exercícios de tosse e as aspirações de secreções pulmonares
são alguns exemplos de exposição a materiais com risco biológico, como
secreções, sangue e fluidos corporais do paciente. Esses materiais
biológicos são vias de disseminação de bactérias e vírus, e é importante
que o fisioterapeuta lance mão de medidas para evitar sua contaminação e
não conduzir bactérias e vírus de um paciente para outro, o que caracteriza
a contaminação cruzada
20. DISSEMINAÇÃO DE MICRORGANISMOS: MÉTODOS DE
PRECAUÇÃO
PRECAUÇÃO NÍVEL 1
o profissional deve utilizar os métodos de proteção (jaleco e luvas, por exemplo)
com todos os pacientes, independentemente do seu diagnóstico.
Jaleco Orienta-se para que os jalecos e uniformes sejam utilizados unicamente em
seu setor específico. O profissional de saúde não deve utilizá-lo no ambiente
externo ao hospital e/ou clínica.
luvas
O uso da luva deve ser restringido ao contato com o paciente. O profissional não
deve tocar em mesas e portas, a fim de evitar a disseminação de microrganismos.
Luvas estéreis estão indicadas para procedimentos invasivos e assépticos. O
fisioterapeuta as utiliza durante o procedimento de aspiração do tubo
endotraqueal ou traqueostomia
21. Máscaras, proteção ocular e aventais
As máscaras e a proteção ocular funcionam como uma barreira para que
gotículas geradas pela fala, tosse ou espirro não entrem em contato com o
profissional caso o paciente esteja contaminado e também para que o
profissional não dissemine microrganismos para os pacientes
22. Lavagem das mãos
Além da lavagem das mãos, recomenda-se:32
•■ o uso de anéis deve ser evitado, pois são objetos de
retenção bacteriana;
•■ as unhas deverão estar curtas e com esmalte intacto;
•■ as cutículas não devem estar lesionadas, pois
materiais como sangue e secreções contaminados por
microrganismos podem ter acesso ao organismo.
Higienização das mãos
Orienta-se executar o procedimento de lavagem das mãos
sempre antes de entrar em contato com o paciente, com
sangue, líquidos corpóreos, secreções, excreções, itens
contaminados e após a utilização de luvas, utilizando-se
sabão comum ou antimicrobiano
23. PRECAUÇÃO NÍVEL 2
■ transmissão por contato;
As doenças mais comuns transmitidas por contato são a hepatite e a
síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids)
■ transmissão por via aérea.
A transmissão de microrganismos por via aérea ou respiratória é dividida
em transmissão por gotículas ou por aerossóis
24. Precaução para transmissão por
contato
PRECAUÇÃO PARA A TRANSMISSÃO DE CONTATO
Quarto Privativo ou comum para o mesmo
microrganismo
Luvas e avental Deverão ser utilizados no contato com o
paciente ou com material infectante
Transporte do paciente Deverá ser evitado. Quando necessário, o
material infectante deverá estar contido com
curativo, avental ou lençol para evitar a
contaminação de superfícies
Artigos e equipamentos Deverão ser de uso exclusivo de cada
paciente
25. Precaução para transmissão por via
aérea
RECOMENDAÇÕES PARA A PRECAUÇÃO RESPIRATÓRIA POR GOTÍCULAS E AEROSSÓIS
Gotículas Aerossóis
Quarto Privativo ou comum para o mesmo
microrganismo, mantendo a porta fechada
Porta fechada, com sistema de ventilação
adequado
Máscara Uso de máscara cirúrgica durante o período
de transmissibilidade de cada doença
Uso de máscara tipo N95, devendo ser
colocada antes de entrar no quarto e retirada
somente após a saída
Transporte do paciente Deverá ser evitado. Quando necessário, o
paciente deverá sair do quarto de máscara
cirúrgica
Deverá ser evitado. Quando necessário, o
paciente deverá sair do quarto utilizando
máscara cirúrgica
Artigos e equipamentos Deverão ser exclusivos para o paciente ou
comum para pacientes acometidos com o
mesmo microrganismo
Deverão ser exclusivos para o paciente ou
comum para pacientes acometidos com o
mesmo microrganismo
26. HIGIENIZAÇÃO DE MATERIAIS
Os equipamentos utilizados e manipulados pelos fisioterapeutas são
grandes fontes de disseminação de bactérias e vírus. Estão inclusos nesses
materiais equipamentos, como nebulizadores, circuitos de ventiladores,
dispositivos de ressuscitação manual, aspiradores e demais dispositivos
utilizados na terapia respiratória.
materiais descartáveis
materiais de uso único