1. Centro Espírita Deus Cristo e Caridade
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Boletim n.º 5 MAIO - 2014
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EDITOR – Gildineide Marinho/REDATOR: Carlos Alves
CORAÇÃO MATERNAL
Mãe que te recolhes no lar atendendo à Divina vontade, não fujas a
renuncia que o mundo te reclama ao coração.
Recebestes no templo familiar o sublime mandato da vida.
Muitas vezes, ergueste cada manhã, com o suor do trabalho, e confiaste à
noite, lendo a página branca das lagrimas que te emanam da lama ferida.
Quase sempre, a tua voz passa desprezada, com vazio rumor o alarido das
discussões doméstica, e as tuas mãos diligentes servem com sacrifício, sem
que ninguém lhes assinale o cansaço ...
Lá fora, os homens guerreiam, entre si, disputando a posse efêmera do
ouro ou da fama, da evidência ou da autoridade. Além a mocidade, em
muitas ocasiões, grita festivamente, buscando o mentiroso prazer do
momento rápido.
Enquanto isso, medita e esperas, na solidão da prece, com que te elevas ao
Alto, rogando a felicidade daqueles de quem te fizeste o gênio guardião.
Quando o santo sobe às eminências do altar, ninguém te vê nas amarguras
da base, e quando o herói passa, na rua, coroado de louros, ninguém se
lembra de ti, na retaguarda de aflição.
Deste tudo e tudo ofereceste, entretanto, raros se recordam de que teus
olhos jazem nevoados de pranto e de que padeces angustiosa fome de
compreensão e carinho.
No entanto, continuas amando e ajudando, perdoando e servindo...
Se a ingratidão te relega à sombra na Terra, o Criador de tua milagrosa
abnegação vela por ti dos Céus, através do olhar cintilante de milhões de
estrelas.
Lembra-te de que Deus a fonte de todo o amor e de toda a sabedoria, é
também o Grande Anônimo e o Grande Esquecido entre as criaturas.
Tudo passa no mundo...
Ajuda e espera sempre.
Dia virá em que o Senhor, convertendo os braços da cruz de teus
padecimentos em grandes asas de luz, transformará tua alma em astro
divino e iluminar para sempre a rota daqueles que te propuseste socorrer.
Meimei/Chico Xavier
Em algum momento de nossas existências, todos nós já nos deparamos
com uma série de questões de cunho existencial, tais como: quem sou eu?
De onde vim? Para onde vou? Qual o sentido da vida?
Os mesmos questionamentos vêm sendo repetidos ao longo dos séculos
por todos os povos que já habitaram a Terra.
Tal capacidade de nos ocuparmos com essas questões de ordem metafísica
é, talvez, um dos grandes elementos que nos distinguem dos demais
animais.
Muitos de nós, não raro excessivamente envolvidos por questões
cotidianas, de cunho eminentemente material, acabamos por não nos
aperceber da importância de tentar compreender as razões de nossa
existência, e acabamos por nos deparar com tais questionamentos apenas
em momentos de crise, como, por exemplo, quando da perda de um ente
querido.
A Doutrina dos Espíritos, através da revelação das Leis universais que
regem o Cosmo, assim como da interpretação e contextualização da
mensagem de Jesus Cristo, tem por objetivo justamente demonstrar o quão
simples, belos e lógicos são os mecanismos da existência.
Ora, partindo do pressuposto de que não há efeito sem causa, e tendo em
vista que cada um de nós é animado por forças que não podem ser
consideradas materiais, é forçoso concluir pela existência daquilo que
convencionamos chamar de alma ou espírito.
Sabemos também que todos os espíritos foram criados por um princípio
inteligente (Deus), em um mesmo grau de ignorância e inocência, e com os
mesmos instrumentos de aperfeiçoamento, todos tendentes à
perfectibilidade.
Nesse sentido, a encarnação terrena pode ser vista como um necessário
estágio pelo qual o espírito deve passar para depurar-se, corrigindo
gradativamente suas imperfeições. A cada encarnação, o espírito tem
novas oportunidades de caminhar mais alguns passos no sentido de seu
aperfeiçoamento intelectual e moral, devendo suportar com coragem,
paciência e determinação todas as limitações impostas pela matéria.
O número de encarnações necessárias para que um dado espírito
aproxime-se ao máximo da perfeição será diretamente proporcional ao
bom uso que tenha feito de cada uma delas.
Tendo isso em mente, torna-se muito mais fácil compreendermos uma
série de questões, tais como as desigualdades sociais e as múltiplas
oportunidades experimentadas por cada um de nós durante nossa trajetória
de vida.
Considerando-se que cada um de nós encontra-se em um diverso grau de
evolução e tem distintos pontos a serem aprimorados, é perfeitamente
lógico que tenhamos que passar por diferentes situações durante uma dada
encarnação.
Evidente, pois, que o grande objetivo que devemos perseguir durante
nossa encarnação Terrena é o aperfeiçoamento por meio do trabalho, do
estudo e do cumprimento dos deveres inerentes ao espírito, e não o
simples deleite de gozos e venturas.
Sabemos que a vida na terra é permeada por inúmeros percalços e que
estamos expostos quase que diariamente a uma série de difíceis provações.
Sabemos também que a própria vida em sociedade traz consigo diversas
situações conflituosas, sendo, por vezes, bastante difícil conviver com esse
materialismo exacerbado que permeia todas as relações sociais.
O que se percebe quase que diariamente é uma lamentável substituição do
SER pelo TER. Muitos de nós buscamos incessantemente auferir bens
materiais, não importa a que custo, apenas para que possamos gozar de
mais prazeres materiais. Esses sentimentos de cobiça, inveja e avareza por
certo não trazem qualquer benefício em nossa trajetória espiritual. Pelo
contrário!
Contudo, devemos ter em mente que o fato de termos consciência da
importância que deve ser dada às questões de ordem espiritual, não quer
2. dizer que devamos nos afastar do convívio em sociedade e renunciar a
todos os bens materiais, como o fez, por exemplo, Diógenes de Sínope na
Grécia antiga. Não devemos também passar a nos dedicar exclusivamente
à preces e exortações mentais – como fazem os chamados ascetas –
deixando de lado o convívio diário com os nossos semelhantes.
A mensagem trazida pela Doutrina dos Espíritos não deve fazer com que
nenhum de nós passe a viver uma vida mística, afastando-se de suas
responsabilidades terrenas. Na verdade, cada um de nós deve saber viver
como os homens de nosso tempo buscando sempre desempenhar nosso
papel social da melhor forma.
Não há, portanto, mau nenhum em se perseguir certos bens materiais ou
determinadas posições sociais.
Tudo isso é perfeitamente possível desde que se tenha em mente sempre
um objetivo maior, de crescimento moral e voltado à caridade e ao bem do
próximo.
Seria, aliás, um enorme contrassenso querer crer que Deus nos permitiu
encarnar em um dado meio social para que nos afastássemos dele e
passássemos a viver reclusos.
Aquele que se esquiva das provas que lhe foram postas, está
desperdiçando uma enorme oportunidade de aprender e evoluir, o que por
certo servirá apenas para retardar sua trajetória evolutiva.
Artigo escrito por Rodrigo Fontana França
França é advogado, coordenador de grupos de estudos espírita em Curitiba e
colunista da Revista SER Espírita.
“E vós, irmãos, não vos canseis de fazer o bem.” - Paulo. (II Tessalonicenses,
3:13).
O BEM INCANSÁVEL
É muito comum encontrarmos pessoas que se declaram cansadas de
praticar o bem. Estejamos, contudo, convictos de que semelhantes
alegações não procedem de fonte pura.
Somente aqueles que visam determinadas vantagens aos interesses
particularistas, na zona do imediatismo, adquirem o tédio vizinho da
desesperação, quando não podem atender a propósitos egoísticos.
É indispensável muita prudência quando essa ou aquela circunstância nos
induz a refletir nos males que nos assaltam, depois do bem que julgamos
haver semeado ou nutrido.
O aprendiz sincero não ignora que Jesus exerce o seu ministério de amor
sem exaurir-se, desde o princípio da organização planetária. Relativamente
aos nossos casos pessoais, muita vez terá o Mestre sentido o espinho de
nossa ingratidão, identificando-nos o recuo aos trabalhos da nossa própria
iluminação; todavia, nem mesmo verificando-nos os desvios voluntários e
criminosos, jamais se esgotou a paciência do Cristo que nos corrige,
amando, e tolera, edificando, abrindo-nos misericordiosos braços para a
atividade renovadora.
Se Ele nos tem suportado e esperado através de tantos séculos, por que
não poderemos experimentar de ânimo firme algumas pequenas decepções
durante alguns dias?
A observação de Paulo aos tessalonicenses, portanto, é muito justa. Se nos
entediarmos na prática do bem, semelhante desastre expressará em verdade
que ainda nos não foi possível a emersão do mal de nós mesmos.
Extraído do livro: Pão Nosso – Psicografia de Francisco C. Xavier – pág. 33/34
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