Palestra trabalhadores da última hora - daura - seja - 2014
1. OS TRABALHADORES
DA ÚLTIMA HORA
S. Mateus, Cap.XX, vv.1 a 16
E.S.E. Cap. XX, de 1 a 5 e Cap. XXIV de 8 a 10
L.E. Q.558 a 584
2. SOCIEDADE ESPÍRITA JOANNA DE ÂNGELIS – TRÊS RIOS/RJ
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1. O reino dos céus é semelhante a um pai de família que saiu de
madrugada, a fim de assalariar trabalhadores para a sua vinha. — Tendo
convencionado com os trabalhadores que pagaria um denário a cada um
por dia, mandou-os para a vinha.
— Saiu de novo à terceira hora do dia e, vendo outros que se
conservavam na praça sem fazer coisa alguma, — disse-lhes: Ide
também vós outros para a minha vinha e vos pagarei o que for razoável.
Eles foram. — Saiu novamente à hora sexta e à hora nona do dia e fez o
mesmo. — Saindo mais uma vez à hora undécima, encontrou ainda
outros que estavam desocupados, aos quais disse: Por que permaneceis
aí o dia inteiro sem trabalhar? — É, disseram eles, que ninguém nos
assalariou. Ele então lhes disse: Ide vós também para a minha vinha.
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Ao cair da tarde disse o dono da vinha àquele que cuidava dos seus negócios:
Chama os trabalhadores e paga-lhes, começando pelos últimos e indo até aos
primeiros.
— Aproximando-se então os que só à undécima hora haviam chegado, receberam
um denário cada um. — Vindo a seu turno os que tinham sido encontrados em
primeiro lugar, julgaram que iam receber mais; porém, receberam apenas um
denário cada um.
— Recebendo-o, queixaram-se ao pai de família, — dizendo:
Estes últimos trabalharam apenas uma hora e lhes dás tanto quanto a nós que
suportamos o peso do dia e do calor.
Mas, respondendo, disse o dono da vinha a um deles: Meu amigo, não te causo
dano algum; não convencionaste comigo receber um denário pelo teu dia? Toma
o que te pertence e vai-te; apraz-me a mim dar a este último tanto quanto a ti. —
Não me é então lícito fazer o que quero? Tens mau olho, porque sou bom? Assim,
os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos, porque muitos são
os chamados e poucos os escolhidos.
(S. MATEUS, cap. XX, vv. 1 a 16.
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1- Quem é o Senhor da vinha?
2- O que é a vinha?
3- Quem são os trabalhadores?
4- O que é o trabalho na vinha?
5- A hora 1ª, 3ª, 6ª, 9ª e undécima, ao que se refere?
6- E o salário convencionado de um denário?
7- Jesus mostrou um Deus injusto ou o dono da vinha teve
comportamento injusto?
8- Qual a condição para o recebimento do denário?
9 - Qual a ideia central da parábola?
10 – O que Jesus procurou salientar?
11- O que significa o grupo diversos de trabalhadores na parábola?
5. 1- o pai de família – Deus
2 - a vinha – o Universo
3- os trabalhadores – os seres humanos
4- o trabalho na vinha – o trabalho no bem
5- as horas – qualquer período de tempo
6- o salário – a felicidade
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6. 7- O aparente conflito da ideia de um Deus justo com o modo pelo
qual o senhor da vinha remunerou os trabalhadores
Temos duas opções para eliminar o conflito: ou supomos que Jesus de fato
pretendeu caracterizar Deus como injusto; ou revemos nossa impressão
inicial, de que o comportamento do senhor da vinha foi injusto. Ora, como
a primeira alternativa é insustentável, face ao conjunto dos ensinamentos
cristãos, temos de desenvolver a segunda opção. Para tanto, comecemos
atentando para o seguinte:
- O pai de família pagou aos trabalhadores da primeira hora exatamente o
valor combinado, de modo que não os prejudicou, como ele mesmo
lembrou quando eles se queixaram;
- Quanto aos demais, a parábola nada diz sobre acerto de salário,
sugerindo-nos que os trabalhadores aceitaram a oferta de trabalho sem
pré-condições;
- O próprio senhor da vinha justifica sua ação, dizendo que foi um ato de
bondade: o denário que mandou dar aos que foram convocados mais
tarde seria, pois, parte remuneração pelas horas que trabalharam e parte
auxílio espontâneo.
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Assim, quando consideramos os casos separadamente vemos que
em suas relações com cada grupo de obreiros o senhor nada fez de errado.
Mas mesmo nos termos em que a questão é colocada ficamos incomodados
com o fato de que o senhor distribuiu o benefício-extra desigualmente:
quanto mais tarde chegaram, menor a parcela do denário correspondente à
remuneração, e portanto maior a que representaria o auxílio.
Talvez seja útil transpor a questão para situações de nosso dia-a-dia.
Quando saímos pela rua e damos esmolas desiguais a dois pedintes
estaremos sendo injustos? Quando contribuímos, em trabalho ou dinheiro,
com duas instituições de caridade, porém em maior medida a uma do que à
outra, é injustiça?
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INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS
Os últimos serão os primeiros
8. O obreiro da última hora tem direito ao salário, mas é preciso que
a sua boa-vontade o haja conservado à disposição daquele que o tinha de
empregar e que o seu retardamento não seja fruto da preguiça ou da má-
vontade. Tem ele direito ao salário, porque desde a alvorada esperava com
impaciência aquele que por fim o chamaria para o trabalho. Laborioso,
apenas lhe faltava o labor.
Se, porém, se houvesse negado ao trabalho a qualquer hora do dia; se
houvesse dito: “tenhamos paciência, o repouso me é agradável; quando
soar a última hora é que será tempo de pensar no salário do dia; que
necessidade tenho de me incomodar por um patrão a quem não conheço
e não estimo! quanto mais tarde, melhor”; esse tal, meus amigos, não
teria tido o salário do obreiro, mas o da preguiça.
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As disposições positivas dos trabalhadores da última hora podem, assim, ser
entendidas como fatores que sensibilizaram o pai de família, induzindo-o ao
gesto de generosidade.
Ademais, vale lembra que ao perguntar, no item 930 de O Livro dos
Espíritos,acerca da situação das pessoas que se vêm impossibilitadas de
trabalhar por causas independentes de sua vontade, Kardec obtém a
observação de que “Numa sociedade organizada segundo a lei do Cristo
ninguém deve morrer de fome”. E, explicando o ponto, os Espíritos
acrescentam: “Com uma organização social criteriosa e previdente, ao homem
só por culpa sua pode faltar o necessário.” É, pois, uma clara alusão à
solidariedade que os homens devem se esforçar por implantar no mundo.
Felizmente, notamos que esse pensamento, de vanguarda para a época, já vem
se difundindo entre as lideranças mais lúcidas de nossa sociedade, tanto assim
que em muitos países já existe o seguro-desemprego, para acudir aos
trabalhadores que contingencialmente se encontrem sem oportunidade de
emprego. Nenhuma pessoa sensata classificaria de injusto esse dispositivo,
muito pelo contrário.
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A parábola Jesus procurou salientar a virtude da boa-vontade
e da disposição para o trabalho. Num plano mais amplo, o
trabalho não deve, é claro, ser entendido unicamente como o
trabalho ordinariamente assim considerado, as atividades
braçais e intelectuais passíveis de remuneração. “Toda
ocupação útil é trabalho”, conforme a resposta à questão 675
de O Livro dos Espíritos. Tudo o que concorra para o
desenvolvimento próprio, do semelhante e, em geral, da
criação, é trabalho, nessa conceituação estendida.
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A mensagem mais evidente da parábola é, pois, a importância de nosso
engajamento nas atividades da “vinha” universal. Ele traz para nós o “salário”
da felicidade: o bem-estar físico, a satisfação intelectual, o prazer do cultivo do
Belo, a tranqüilidade moral.
A diversidade dos grupos de trabalhadores da parábola indica a diversidade
dos seres criados e das tarefas a desempenhar em cada estágio de sua
evolução. Deus reconhece essa diversidade, convocando cada um a seu tempo
para as tarefas adequadas ao momento. E contanto que haja disposição para o
trabalho, todos recebem o fruto de seus labores, por mais modestos que
sejam. Não espera o Senhor que, num dado “dia” todos desempenhem as
mesmas tarefas. A meta de todos deve ser a de colaborar cada vez mais na
obra divina, mas a convocação divina leva em conta a capacidade presente de
cada um. A nós cabe estar permanentemente dispostos ao labor, para que não
sejamos como os servos imaginados por Constantino, que receberam somente
o “salário da preguiça”, ou seja, a estagnação evolutiva.
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Por falta de bom-senso, arriscamo-nos freqüentemente em
tarefas para as quais não estamos, presentemente,
preparados. Pior ainda: movidos pelo orgulho lançamo-nos
em empreendimentos que se nos afiguram “grandes”, não
pelo bem que deles decorra, mas pela evidência em que nos
coloquem. O malogro parcial ou total, e a dura decepção de
nossa vaidade é o resultado inevitável de tais iniciativas.
A igualdade dos “pagamentos” que cada trabalhador de boa-
vontade recebe reflete a bondade divina, que valoriza tudo
aquilo que venhamos a fazer na obra do bem.
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Outra virtude veladamente evocada pela parábola é o desinteresse.
Conforme já notamos, os trabalhadores da última hora e todos os demais
que foram convocados depois do início do dia aceitaram a oferta de
trabalho sem perguntar quanto ganhariam. Do mesmo modo, nossa meta
é fazer o bem pelo bem, tão logo a ocasião apareça, e não “por cálculo”,
contabilizando os benefícios que dele nos advenham. Kardec sabiamente
inseriu um estudo sobre esse ponto logo após o referente ao óbolo da
viúva, nos itens 7 e 8 do capítulo 13 de O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Todo esse capítulo, aliás, contém reflexões valiosas sobre o assunto,
complementando as fundamentais elucidações contidas na seção inicial do
capítulo “Da perfeição moral” de O Livro dos Espíritos.
14. Por fim, além da indolência e do interesse, mais um vício parece ser
exprobrado na parábola: a inveja (“Tens mau olho, porque sou
bom?”). Vendo o gesto de generosidade do pai de família, os
trabalhadores da primeira hora queixaram-se, muito embora no que
lhes dissesse respeito ele houvesse agido com correção.
Aproveitando uma sugestão interpretativa feita anteriormente, seria
mais ou menos como se nos queixássemos do governo por conceder
auxílio-desemprego a um colega provisoriamente desempregado.
Além de injustificável inveja, faltaríamos com a solidariedade, que
deve reinar entre os homens em geral. (Questão deixada para o
leitor: Quem os trabalhadores da primeira hora poderiam
simbolizar?)
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VOCÊ RECLAMA DO SEU TRABALHO?
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