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Com base no conto “O Maior servidor”, do livro Jesus no Lar, pelo Espírito
Neio Lúcio. (Momentos de Paz Maria da Luz).
Nesta estória, que se passa em atividade do Evangelho, no lar de Simão Pedro,
Jesus ensina a seus discípulos o valor do serviço e do desprendimento.
Conta-nos assim o autor:
Presente à reunião familiar, Felipe, em dado instante perguntou ao Divino
Mestre:
- Senhor, qual é o maior servidor do Pai entre os homens na Terra?
Jesus refletiu alguns minutos e contou:
- Grande multidão se congregava em extenso campo, quando aí estacionou o
famoso guerreiro carregado de espadas e medalhas, que passou a dar lições de
tática militar, concitando os circunstantes ao aprendizado da defesa.
O povo começou a fazer exercícios laboriosos, dando saltos e entregando-se a
perigosas corridas, sem proveito real; todavia, continuou como dantes, sem
rumo e sem júbilo, perdendo muitos jovens nas atividades preparatórias de
guerra provável. Logo depois, apareceu na mesma região um grande político,
com pesada bagagem de códigos, e dividiu a massa em vários partidos,
declarando-se os moços contra os velhos, os lares pobres contra os ricos, os
servos contra os mordomos, e, não obstante a sementeira de benefícios
materiais, introduzidos na zona pela competição dos grupos entre si, o político
seguiu adiante, deixando escuros espinheiros de ódio, desengano e discórdia
entre os seus colaboradores. Depois dele, surgiu um filósofo, sobraçando
volumosos alfarrábios e dividiu o povo em variadas escolas de crença que, em
breve, propagavam infrutíferas discussões nos círculos de toda gente;
A multidão duvidou de tudo, até mesmo da existência de si própria. A filosofia,
sem dúvida, apresentava singulares vantagens, destacando-se a do estímulo ao
pensamento, mas as perturbações de que se fazia acompanhar eram das mais
lastimáveis, legando o filósofo muitas indagações inúteis aos cérebros menos
aptos ao esforço de elevação. Em seguida compareceu um sacerdote, munido
de roupagens e símbolos, que forneceu muitas regras de adoração ao Pai. O
povo aprendeu a dobrar os joelhos, a lavar-se e a suplicar a proteção divina, em
horas certas. Entretanto, todos os problemas fundamentais da comunidade
permaneceram sem alteração. No extenso domínio, não havia diretrizes ao
trabalho, nem ânimo consciente, nem valor, nem alegria. A doença e a morte, a
necessidade e a ignorância eram fantasmas de toda a gente.
Certo dia, porém, apareceu ali um homem simples. Não trazia armas, nem
escrituras, nem discussões e nem imagens, mas pelo sorriso espontâneo
revelava um coração cheio de boa-vontade, guiando as mãos operosas. Não
pregava doutrinas espetacularmente; todavia, nos gestos de bondade pura e
constante, rendia culto sincero ao Todo-Poderoso. Começou a evidenciar-se,
lavrando uma nesga do campo e adornando-a de flores e frutos preciosos.
Conversava com os seus companheiros de luta, aproveitando as horas no
ensinamento fraterno e edificante e transmitia suas experiências a todos os que
se propusessem ouvi-lo. Aperfeiçoou a madeira, plantou árvores benfeitoras,
construiu casas e instalou uma escola modesta. Em breve, ao redor dele,
viçavam a saúde e a paz, a fraternidade e as bênçãos do serviço, a prosperidade
e o contentamento de viver.
Com o espírito de trabalho e educação que ele difundia, a defesa era boa, a
política ajudava, a filosofia era preciosa e o sacerdócio era útil, porque todas as
ações, no campo, permaneciam agora presididas pelo santo imperativo da
execução do dever pessoal no bem de todos. Calou-se o Cristo, mas a
assistência reduzida não ousou qualquer indagação. Após contemplar o
horizonte longínquo, em longos instantes de pensamento mudo, o Mestre
terminou:
- Em verdade, há muitos trabalhadores no mundo que merecem a bênção do
Céu pelo bem que proporcionam ao corpo e à mente das criaturas, mas
aquele que educa o espírito eterno, ensinando e servindo, paira acima de
todos.
REFLEXÃO:
Em diversas ocasiões, temos ouvido e repetido a necessidade de
desprendimento em direção daquele que precisa de ajuda. Os discípulos não
indagaram uma só palavra ao final da narrativa de Jesus. Nós também, ao
lermos, ficamos sem perguntas a fazer. Ficou tudo muito claro! Quando formos
capazes de dar o que faz parte do nosso Espírito, o que faz parte do nosso ser,
aquilo que já conseguimos amealhar e adquirir ao longo dos milênios de
experiências em reencarnações sucessivas, aí sim, estaremos sendo
reconhecidos por Deus. Teremos, então, a oportunidade de participar e
colaborar com Sua Criação, como instrumentos vivos, vencendo a ignorância e
trazendo para o mundo a harmonia e a paz do conhecimento edificante.
O maior dentre os homens é aquele que mais serve e que exemplifica o
caminho por meio de ações construtivas. Jesus foi um Servidor! Em seu
Evangelho, apontou-nos o caminho dizendo “que seja vosso servidor aquele
que quiser tornar-se o maior”, e “aquele que se humilhar será exalçado e aquele
que se elevar será rebaixado”. Humilhar-se não significa colocar-se, de maneira
submissa, à disposição das outras pessoas. O humilde não é um fraco ou uma
pessoa sem firmeza de caráter. Humilde é aquele que, naturalmente, se
identifica como pequeno diante de tudo aquilo que ainda pode receber de Deus
e do mundo em que vive. Humilde é aquele que se reconhece impuro e que age
por força desse sentimento, buscando a melhoria do próximo e de si próprio,
sem procurar receber nada em troca.
Podemos ser humildes sem deixarmos de ter firmeza em nossos propósitos de
serviço, sem deixarmos de ser misericordiosos, indulgentes e pacientes com
nossos semelhantes. Exercitamos a humildade quando nos predispomos a
dividir com eles nossas experiências e nossa vivência. A verdadeira caridade
não é apenas suprir o pão aos semelhantes, mas ensiná-los, instruí-los, elevá-
los, para que possam, através de seu próprio esforço, de suas próprias mãos, de
suas próprias pernas, buscar seus alimentos, e encontrar os caminhos da
elevação espiritual. Caridade é induzi-los a não permanecerem à beira da
jornada, em discussões estéreis de política, de filosofia ou de religião. É
mostrar, através do exemplo, que a religião verdadeira é a ação que praticamos,
não importando nossa crença, nossa concepção política ou filosófica.
A verdadeira religião ou religação com o Criador está nas atitudes, nas ações
do dia a dia e na capacidade de sermos úteis, buscando modificar o mundo em
que vivemos, pelo exemplo, pela doação e pelo serviço. Ainda temos
dificuldades para entender o que isso significa. Encontramos em toda parte
companheiros dotados de conhecimento, de inteligência, de competência e
capacidade de trabalho, mas que não se predispõem a estabelecer nem a firmar
seus talentos de alguma forma. Não usam os dons e as habilidades adquiridos
no serviço ao mundo em que vivem. Meditemos um pouco mais no que fazer,
no dia a dia, para compartilhar, através do serviço, aquilo que recebemos de
Deus; nosso conhecimento; nossas habilidades no trabalho; nossa inteligência;
nossos dons e talentos.
Meditemos no que temos feito para que a pouca competência que já temos se
estabeleça, ajudando a construção de um mundo melhor. Meditemos sobre qual
tem sido nosso grau de utilidade. Por isso, Maria Dolores (Espírito) nos
recomenda em seu poema “Convite”: Ama, ensina, trabalha, / Sofre, ajuda,
perdoa... / La fora, um mundo novo nos espera / Por nossa fé sincera /
Traduzida em serviço... / Olvida a própria dor... Lembra-te disso; / Temos nós
com Jesus a obrigação / De esquecer-nos e agir / Para que a paz do bem seja a
paz do porvir. / Não te percas em lágrimas vazias. / Pensa na força que irradias
/ Pela fé que Jesus já te consente. / Deixa as tribulações e os pesadelos / Que te
fazem chorar, / Reflitamos no amor sinceramente. / Anota as provações de tanta
gente, / Sai de ti mesmo e vamos trabalhar!
Esse chamamento fica em nossos ouvidos e força a reflexão quanto ao
significado do “sair de nós mesmos” em direção ao trabalho. O trabalho
reconhecido por Deus consiste no serviço prestado e na doação e
desprendimento praticados. Não consiste simplesmente na caridade através do
dinheiro doado, da esmola entregue, do supérfluo ou do usado cedidos ao irmão
necessitado. Vai além disso. Consiste em dar aquilo que realmente é nosso, que
realmente possuímos e podemos dividir e compartilhar. Para saber o que
realmente possuímos e o que podemos definitivamente compartilhar, sem
perder uma única gota sequer, basta observarmos o que temos condições de
levar para o mundo espiritual ao desencarnarmos. Não poderemos levar
dinheiro! Não conseguiremos levar bens materiais!
Levaremos apenas o conhecimento que formos capazes de adquirir, a sabedoria
que formos capazes de aprender e toda a melhoria que pudermos fazer em
nossos sentimentos e em nossa capacidade de amar. Doamos usando nossa
inteligência para o trabalho útil, criando oportunidades de crescimento para
outras pessoas, orientando com palavras amigas, dividindo experiências,
vivendo e compartilhando o que nos é próprio. Doamos quando cedemos o
nosso tempo, o resultado do nosso esforço, o fruto do nosso sacrifício, para
aquele que necessita e nos cerca, da mesma maneira que gostaríamos de
receber do mundo em que vivemos.
Muita Paz!
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Sai de ti mesmo e vamos trabalhar

  • 1.
  • 2. Com base no conto “O Maior servidor”, do livro Jesus no Lar, pelo Espírito Neio Lúcio. (Momentos de Paz Maria da Luz). Nesta estória, que se passa em atividade do Evangelho, no lar de Simão Pedro, Jesus ensina a seus discípulos o valor do serviço e do desprendimento. Conta-nos assim o autor: Presente à reunião familiar, Felipe, em dado instante perguntou ao Divino Mestre: - Senhor, qual é o maior servidor do Pai entre os homens na Terra? Jesus refletiu alguns minutos e contou: - Grande multidão se congregava em extenso campo, quando aí estacionou o famoso guerreiro carregado de espadas e medalhas, que passou a dar lições de tática militar, concitando os circunstantes ao aprendizado da defesa.
  • 3. O povo começou a fazer exercícios laboriosos, dando saltos e entregando-se a perigosas corridas, sem proveito real; todavia, continuou como dantes, sem rumo e sem júbilo, perdendo muitos jovens nas atividades preparatórias de guerra provável. Logo depois, apareceu na mesma região um grande político, com pesada bagagem de códigos, e dividiu a massa em vários partidos, declarando-se os moços contra os velhos, os lares pobres contra os ricos, os servos contra os mordomos, e, não obstante a sementeira de benefícios materiais, introduzidos na zona pela competição dos grupos entre si, o político seguiu adiante, deixando escuros espinheiros de ódio, desengano e discórdia entre os seus colaboradores. Depois dele, surgiu um filósofo, sobraçando volumosos alfarrábios e dividiu o povo em variadas escolas de crença que, em breve, propagavam infrutíferas discussões nos círculos de toda gente;
  • 4. A multidão duvidou de tudo, até mesmo da existência de si própria. A filosofia, sem dúvida, apresentava singulares vantagens, destacando-se a do estímulo ao pensamento, mas as perturbações de que se fazia acompanhar eram das mais lastimáveis, legando o filósofo muitas indagações inúteis aos cérebros menos aptos ao esforço de elevação. Em seguida compareceu um sacerdote, munido de roupagens e símbolos, que forneceu muitas regras de adoração ao Pai. O povo aprendeu a dobrar os joelhos, a lavar-se e a suplicar a proteção divina, em horas certas. Entretanto, todos os problemas fundamentais da comunidade permaneceram sem alteração. No extenso domínio, não havia diretrizes ao trabalho, nem ânimo consciente, nem valor, nem alegria. A doença e a morte, a necessidade e a ignorância eram fantasmas de toda a gente.
  • 5. Certo dia, porém, apareceu ali um homem simples. Não trazia armas, nem escrituras, nem discussões e nem imagens, mas pelo sorriso espontâneo revelava um coração cheio de boa-vontade, guiando as mãos operosas. Não pregava doutrinas espetacularmente; todavia, nos gestos de bondade pura e constante, rendia culto sincero ao Todo-Poderoso. Começou a evidenciar-se, lavrando uma nesga do campo e adornando-a de flores e frutos preciosos. Conversava com os seus companheiros de luta, aproveitando as horas no ensinamento fraterno e edificante e transmitia suas experiências a todos os que se propusessem ouvi-lo. Aperfeiçoou a madeira, plantou árvores benfeitoras, construiu casas e instalou uma escola modesta. Em breve, ao redor dele, viçavam a saúde e a paz, a fraternidade e as bênçãos do serviço, a prosperidade e o contentamento de viver.
  • 6. Com o espírito de trabalho e educação que ele difundia, a defesa era boa, a política ajudava, a filosofia era preciosa e o sacerdócio era útil, porque todas as ações, no campo, permaneciam agora presididas pelo santo imperativo da execução do dever pessoal no bem de todos. Calou-se o Cristo, mas a assistência reduzida não ousou qualquer indagação. Após contemplar o horizonte longínquo, em longos instantes de pensamento mudo, o Mestre terminou: - Em verdade, há muitos trabalhadores no mundo que merecem a bênção do Céu pelo bem que proporcionam ao corpo e à mente das criaturas, mas aquele que educa o espírito eterno, ensinando e servindo, paira acima de todos.
  • 7. REFLEXÃO: Em diversas ocasiões, temos ouvido e repetido a necessidade de desprendimento em direção daquele que precisa de ajuda. Os discípulos não indagaram uma só palavra ao final da narrativa de Jesus. Nós também, ao lermos, ficamos sem perguntas a fazer. Ficou tudo muito claro! Quando formos capazes de dar o que faz parte do nosso Espírito, o que faz parte do nosso ser, aquilo que já conseguimos amealhar e adquirir ao longo dos milênios de experiências em reencarnações sucessivas, aí sim, estaremos sendo reconhecidos por Deus. Teremos, então, a oportunidade de participar e colaborar com Sua Criação, como instrumentos vivos, vencendo a ignorância e trazendo para o mundo a harmonia e a paz do conhecimento edificante.
  • 8. O maior dentre os homens é aquele que mais serve e que exemplifica o caminho por meio de ações construtivas. Jesus foi um Servidor! Em seu Evangelho, apontou-nos o caminho dizendo “que seja vosso servidor aquele que quiser tornar-se o maior”, e “aquele que se humilhar será exalçado e aquele que se elevar será rebaixado”. Humilhar-se não significa colocar-se, de maneira submissa, à disposição das outras pessoas. O humilde não é um fraco ou uma pessoa sem firmeza de caráter. Humilde é aquele que, naturalmente, se identifica como pequeno diante de tudo aquilo que ainda pode receber de Deus e do mundo em que vive. Humilde é aquele que se reconhece impuro e que age por força desse sentimento, buscando a melhoria do próximo e de si próprio, sem procurar receber nada em troca.
  • 9. Podemos ser humildes sem deixarmos de ter firmeza em nossos propósitos de serviço, sem deixarmos de ser misericordiosos, indulgentes e pacientes com nossos semelhantes. Exercitamos a humildade quando nos predispomos a dividir com eles nossas experiências e nossa vivência. A verdadeira caridade não é apenas suprir o pão aos semelhantes, mas ensiná-los, instruí-los, elevá- los, para que possam, através de seu próprio esforço, de suas próprias mãos, de suas próprias pernas, buscar seus alimentos, e encontrar os caminhos da elevação espiritual. Caridade é induzi-los a não permanecerem à beira da jornada, em discussões estéreis de política, de filosofia ou de religião. É mostrar, através do exemplo, que a religião verdadeira é a ação que praticamos, não importando nossa crença, nossa concepção política ou filosófica.
  • 10. A verdadeira religião ou religação com o Criador está nas atitudes, nas ações do dia a dia e na capacidade de sermos úteis, buscando modificar o mundo em que vivemos, pelo exemplo, pela doação e pelo serviço. Ainda temos dificuldades para entender o que isso significa. Encontramos em toda parte companheiros dotados de conhecimento, de inteligência, de competência e capacidade de trabalho, mas que não se predispõem a estabelecer nem a firmar seus talentos de alguma forma. Não usam os dons e as habilidades adquiridos no serviço ao mundo em que vivem. Meditemos um pouco mais no que fazer, no dia a dia, para compartilhar, através do serviço, aquilo que recebemos de Deus; nosso conhecimento; nossas habilidades no trabalho; nossa inteligência; nossos dons e talentos.
  • 11. Meditemos no que temos feito para que a pouca competência que já temos se estabeleça, ajudando a construção de um mundo melhor. Meditemos sobre qual tem sido nosso grau de utilidade. Por isso, Maria Dolores (Espírito) nos recomenda em seu poema “Convite”: Ama, ensina, trabalha, / Sofre, ajuda, perdoa... / La fora, um mundo novo nos espera / Por nossa fé sincera / Traduzida em serviço... / Olvida a própria dor... Lembra-te disso; / Temos nós com Jesus a obrigação / De esquecer-nos e agir / Para que a paz do bem seja a paz do porvir. / Não te percas em lágrimas vazias. / Pensa na força que irradias / Pela fé que Jesus já te consente. / Deixa as tribulações e os pesadelos / Que te fazem chorar, / Reflitamos no amor sinceramente. / Anota as provações de tanta gente, / Sai de ti mesmo e vamos trabalhar!
  • 12. Esse chamamento fica em nossos ouvidos e força a reflexão quanto ao significado do “sair de nós mesmos” em direção ao trabalho. O trabalho reconhecido por Deus consiste no serviço prestado e na doação e desprendimento praticados. Não consiste simplesmente na caridade através do dinheiro doado, da esmola entregue, do supérfluo ou do usado cedidos ao irmão necessitado. Vai além disso. Consiste em dar aquilo que realmente é nosso, que realmente possuímos e podemos dividir e compartilhar. Para saber o que realmente possuímos e o que podemos definitivamente compartilhar, sem perder uma única gota sequer, basta observarmos o que temos condições de levar para o mundo espiritual ao desencarnarmos. Não poderemos levar dinheiro! Não conseguiremos levar bens materiais!
  • 13. Levaremos apenas o conhecimento que formos capazes de adquirir, a sabedoria que formos capazes de aprender e toda a melhoria que pudermos fazer em nossos sentimentos e em nossa capacidade de amar. Doamos usando nossa inteligência para o trabalho útil, criando oportunidades de crescimento para outras pessoas, orientando com palavras amigas, dividindo experiências, vivendo e compartilhando o que nos é próprio. Doamos quando cedemos o nosso tempo, o resultado do nosso esforço, o fruto do nosso sacrifício, para aquele que necessita e nos cerca, da mesma maneira que gostaríamos de receber do mundo em que vivemos.
  • 14. Muita Paz! Visite o meu Blog: http://espiritual-espiritual.blogspot.com.br A serviço da Doutrina Espírita; com estudos comentados. Leia Kardec! Estude Kardec! Pratique Kardec! Divulgue Kardec!