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Infecção do
Trato Urinário
Departamento Científico de Nefrologia
Presidente: Nilzete Liberato Bresolin
Secretário: Lucimary de Castro Silvestre
Conselho Científico: Anelise Uhmann, Arnauld Kaufman, Clotilde Druck Garcia, Rubens Wolfe Lipinski
Documento Científico
Departamento Científico de Nefrologia
Nº 1, Dezembro de 2016
Introdução
A infecção de trato urinário (ITU) constitui
uma das infecções bacterianas mais frequentes
em Pediatria. É, provavelmente, a infecção bac-
teriana mais prevalente no lactente.
A importância do diagnóstico precoce da ITU
é prevenir e minimizar a formação e progressão
da cicatriz renal, principalmente no neonato e
lactente mais suscetíveis à formação de cica-
trizes que como consequência numa fase mais
tardia poderão levar à hipertensão e/ou insufi-
ciência renal crônica.
O melhor entendimento de sua fisiopatoge-
nia, o advento da ultrassonografia fetal (detec-
ção precoce de malformações), a investigação
por imagem, e a instituição terapêutica precoce
melhoraram em muito o prognóstico destes pe-
quenos pacientes.
Definição
A ITU consiste na multiplicação de um úni-
co germe patogênico em qualquer segmento do
trato urinário, identificado por urocultura cole-
tada por método confiável.
É uma doença que acomete principalmente
o sexo feminino podendo chegar a 20:1 casos,
embora, do período neonatal até os seis meses
de idade pode haver predominância no sexo
masculino.
O aumento da incidência ocorre entre três
e cinco anos de idade, havendo outro pico na
adolescência, muito provavelmente devido às
alterações hormonais (que favorecem a coloni-
zação bacteriana) e, em alguns casos, início pre-
coce de atividade sexual. Tende à repetição po-
dendo ocorrer novo episódio em cerca de 40%
das pacientes. A recorrência é mais rara no sexo
masculino.
Fisiopatogenia
A urina e o trato urinário são normalmente
estéreis. O períneo e a zona uretral de neonatos
e lactentes estão colonizados por: Escherichia
coli, Enterobacteriaceae e Enterococus sp além
de que o prepúcio de meninos não circuncidados
Infecção no Trato Urinário
2
é um reservatório para várias espécies de Pro-
teus. Esta colonização diminui após o primeiro
ano de vida sendo rara após os cinco anos. A ITU
ocorre quando estas bactérias ascendem à zona
periuretral. Oitenta por cento das infecções uri-
nárias adquiridas na comunidade são causadas
pela E. coli uropatogênica (UPEC). Outros agen-
tes estão listados no quadro abaixo (Quadro 1):
Quadro 1 – Bactérias causadoras de ITU na criança*
E. coli
Proteus
Klesbsiella
Staphylococcus
saprophyticus
Enterococcus
Enterobacter
Pseudomonas
Streptococcus Grupo B
Staphylococcus aureus
Staphylococcus
epidermidis
Haemophilus influenza
*Contaminantes comuns: Lactobacillus sp., Corynebacterium sp.,
Staphylococcus sp. coagulase-negativo e Streptococcus α-hemolítico
AS UPEC isoladas de pacientes com ITU
febril (pielonefrite) apresentam fatores de
virulência que aumentam sua sobrevivência
no hospedeiro. São as Pili ou fimbrias (S, P e
a tipo 1) que facilitam a sua ascensão ao tra-
to urinário por mecanismo de contra-corrente
por aderirem ao epitélio tanto da bexiga como
do trato urinário superior, e podem ficar quies-
centes não se sabendo qual o estímulo que as
reativam (Figura 1).
Figura 1 – Representação esquemática E.coli
uropatogênica10
Em relação aos fatores de resistência do
hospedeiro estão o hábito miccional normal
evitando a estase, urina de composição e osmo-
laridade adequadas apresentando efeito inibi-
tório sobre a multiplicação bacteriana e, na pre-
sença destas bactérias patogênicas, o estímulo
à reação inflamatória com consequente produ-
ção de citocinas tais como as interleucinas 6 e 8
em resposta à agressão (Figura 2).
Figura 2 – Representação esquemática da adesão
bacteriana10
Quadro Clínico
Os sinais e sintomas na criança dependem
principalmente da idade do paciente. Crianças
menores apresentam sinais e sintomas mais
inespecíficos. Febre é o sintoma mais frequen-
te no lactente. A incidência de pielonefrite é
maior em crianças menores de um ano e diminui
gradativamente quando se aproxima da idade
escolar podendo, porém, ocorrer em qualquer
idade. Outros sinais e sintomas que nesta faixa
etária devem ser levados em conta são: irritabi-
lidade, recusa alimentar, icterícia, distensão ab-
dominal e baixo ganho ponderal. O diagnóstico
e a terapêutica precoces são fatores principais
para evitar a formação da cicatriz renal. Após os
dois anos de idade aparecem sintomas mais re-
lacionados ao trato urinário inferior tais como:
disúria, polaciúria, urge-incontinência, enurese
(em crianças que já apresentavam controle es-
fincteriano prévio) e tenesmo, quadros clínicos
denominados, cistites. Importante observar
que estes quadros podem evoluir para pielone-
frite (Quadro 2).
Departamento Científico de Nefrologia • Sociedade Brasileira de Pediatria
3
Quadro 2 – Diagnóstico diferencial de cistite do trato
urinário inferior
Vaginite
Corpo estranho vaginal
Corpo estranho uretral
Oxiuríase
Irritantes locais: sabonetes líquidos – maiôs
Abuso sexual
Avaliação Laboratorial
Análise de urina
O exame de urina não substitui a urocultura
no diagnóstico de ITU, mas pode apresentar al-
terações permitindo iniciar precocemente o tra-
tamento, já que resultados da cultura demoram
24 a 72 horas para serem obtidos. Alguns cen-
tros fazem inicialmente coleta de urina através
de saco coletor e, na presença de alterações,
fazem uma nova coleta através de método ade-
quado para se realizar urocultura.
No quadro 3 são apresentados os dados de
sensibilidade e especificidade em exame de
urina que podem sugerir na ITU:
Quadro 3 – Sensibilidade e especificidade dos
componentes de exames de urina
Urocultura:
Colhida por método adequado é padrão ouro
para confirmação de ITU. Nas crianças, ainda
sem controle esfincteriano, realiza-se punção
suprapúbica (PSP) ou sondagem vesical (SV).
Sendo a bexiga estéril, o crescimento de qual-
quer patógeno, independentemente do número
de colônias, confirma o diagnóstico quando a
coleta é realizada por PSP. A obtenção de urina
por cateterização vesical é uma opção segura e
simples, e a presença de crescimento bacteria-
no maior ou igual a 1000ufc/ml, caracteriza a
presença de ITU.
Em relação à coleta de urina por saco cole-
tor, vários estudos mostram resultados falsos
positivos em até 80% dos casos e, portanto, os
resultados só devem ser valorizados quando a
cultura resultar negativa.
Na criança que já apresenta controle es-
fincteriano deve-se coletar urina de jato mé-
dio, após assepsia prévia, sendo considerada
positiva a contagem bacteriana maior ou igual
a 100.000ufc/ml ou mais de 50.000ufc/ml as-
sociada com a análise de urina demonstrando
evidência de piúria.
Tratamento
O tratamento inicial com antibióticos é em-
pírico observando-se a idade e o estado geral
do paciente. O tratamento parenteral deve ser
reservado principalmente aos lactentes muito
jovens e àqueles com acometimento do estado
geral e com vômitos (Quadro 4). O fármaco deve
ter sempre propriedades bactericidas e o trata-
mento nunca deve ser inferior a sete dias, e pre-
ferentemente por 10 dias contínuos. Quando a
opção inicial é de tratamento parenteral não
há obrigatoriedade em manter-se esta via por
10 dias. Sugere-se reavaliar o paciente em
48 a 72 horas e, havendo melhora, pode-se
optar por completar o tratamento por via oral
com antibiótico de espectro semelhante ao pa-
renteral e/ou sabidamente sensível ao teste de
sensibilidade antimicrobiana (Quadro 5).
Naquelas crianças que, concomitantemen-
te, apresentem sintomas de disfunção das eli-
minações (vide tabela abaixo) deve-se fazer as
orientações quanto ao hábito urinário adequa-
do (urinar ao acordar, urinar a cada três horas,
urinar com pés apoiados), importância da inges-
ta hídrica e correção da obstipação (Quadro 6).
Sensibilidade Especificidade
Esterase
leucocitária 83% 78%
Nitritos
positivos 50% 92%
Contagem
leucocitária 73% 81%
Bactereoscopia 81% 83%
Gram 93% 95%
Infecção no Trato Urinário
4
Estas medidas são fundamentais e devem ser
estimuladas porque estão diretamente relacio-
nadas ao sucesso terapêutico e à prevenção de
infecções de repetição.
Quadro 4 – Agentes antimicrobianos para o tratamento parenteral da ITU2
Quadro 5 – Agentes antimicrobianos para tratamento oral da ITU2
Quadro 6 – Sinais sintomas sugestivos de disfunção das eliminações11
Profilaxia
É tema bastante controverso ainda hoje, à
luz do que existe, e alguns aspectos serão cita-
dos podendo ainda haver divergências quanto
à conduta a ser seguida. Em crianças com trato
urinário normal, a profilaxia deve ser avaliada
com cautela devido à possibilidade de apareci-
mento de cepas mais resistentes aumentando o
risco de infecção. No entanto, as crianças que
têm infecção urinária de repetição com trato
urinário normal e disfunção miccional são can-
didatas à quimioprofilaxia, por período de 3 a
6 meses, até que estas disfunções sejam corri-
gidas.
Diversos trabalhos mostram a presença de
refluxo vesicoureteral (RVU) em até 30% dos
pacientes com infecção urinária. É sabido que
90% dos RUVs desaparecem espontaneamente
(mesmo os de maiores graus) entre os segundo
e terceiro anos de vida. A profilaxia deverá ficar
reservada para pacientes portadores de refluxos
maiores ou igual ao de terceiro grau e para aque-
las crianças que já apresentam cicatriz renal.
Agente antimicrobiano Dosagem
Ceftriaxone 75 mg/kg – 150mg/kg / 24hs
Cefotaxime 75 mg/kg – 150mg/kg / 24hs
Ceftazidime 100 mg/kg – 150mg/kg/d/8hs
Gentamicina 7,5mg/kg/24hs
Tobramicina 6mg/kg/24hs (dividida cada 6 a 8hs)
Amicacina 15mg/kg/24hs
Piperaciclina 300mg/kg/24hs (dividida cada 6-8hs)
Agente antimicrobiano Dosagem
Amoxacilina-Clavulanato 20-40mg/kg/dia/8hs
Sulfametoxazol-Trimetropim 30-60mg/kg/dia/12hs
Cefalexina 50-100mg/kg/dia/6hs
Axetil-Cefuroxime 20-30mg/kg/dia/12hs
Cefprozil 30mg/kg/dia/12hs
Sistema Urinário Sistema gastrintestinal Sistema nervoso
Incontinência Constipação Alterações da coluna
Retenção urinária Encoprese Disrafismo sacral
Reter até o último minuto Massa abdominal palpável Hemagioma sacral
Não urinar ao acordar Fissura anal Assimetria pregas glúteas
Trançar ou sentar sob os pés Palpação de fecalomas Assimetria das extremidades inferiores
Enurese Alterações sensitivas e motoras entre L1 S3 e S4
Departamento Científico de Nefrologia • Sociedade Brasileira de Pediatria
5
Figura 3 – Representação esquemática dos graus de refluxo vésico-ureteral segundo International
Reflux Study in Children9
Pacientes com processos obstrutivos tais
como: estenose de junção uretero pélvica e ure-
tero vesical, devem ser colocados em profilaxia
até que uma conduta para correção cirúrgica
seja adotada.
Quadro 7 – Drogas utilizadas em profilaxia da ITU5
*Não usar em crianças menores de dois meses de idade
**Neonatos e crianças menores de dois meses de idade
Investigação por Imagem
Toda criança, independentemente de ida-
de e sexo, que tenha diagnóstico de certeza
de ITU merece uma investigação por imagem.
No entanto, não há definição de quais proce-
dimentos diagnósticos devem ser realizados
e também não há definição de qual seria o
melhor momento para sua realização. O con-
senso vigente é de que deve-se administrar
a menor quantidade de radiação possível de-
vido aos possíveis efeitos deletérios os quais
podem persistir por muitos anos. Alergia e/ou
nefrotoxicidade aos meios de contraste po-
dem ocorrer e, portanto, medidas preventivas
devem ser empregadas paralelamente à ava-
liação da função renal (anterior e, em alguns
casos, posterior ao exame).
Ultrassonografia (USG) do aparelho urinário
e bexiga
Por ser exame não invasivo e não expor o
paciente à radiação deve ser realizado em to-
dos os que apresentaram ITU com o intuito de
confirmar e/ou detectar má formações. No en-
tanto, USG normal não exclui a existência de al-
terações e é necessário lembrar que este é um
exame operador dependente, cujos resultados
podem ser afetados pelo grau de expertise do
profissional.
Cintilografia renal com DMSA
É exame padrão ouro na detecção da cicatriz
renal e deve ser realizado em todos os lacten-
tes com ITU febril, crianças que apresentaram
quadro clínico de pielonefrite (mesmo naquelas
crianças com USG normal de rins e vias urinárias)
e pacientes com RVU. Deverá ser realizado após
quatro a seis meses do episódio inicial de ITU.
Uretrocistografia miccional (UCM)
Exame radiológico realizado com adminis-
tração de contraste iodado intravesical, por-
tanto, sem possibilidade de alergia e ou nefro-
toxidade. Nele procura-se observar alterações
Droga Dose
Nitrofurantoína* 1-2mg/kg/d
Sulfametoxazol-Trimetoprim 20mg/kg/d
Cefalexina** 20-30mg/kg/d
Infecção no Trato Urinário
6
da coluna, visualização da uretra, alteração da
bexiga como, por exemplo, a presença de di-
vertículo e a demonstração de RVU. A princípio,
a UCM está reservada àqueles pacientes que
apresentam USG de rins e vias urinárias e/ou
cintilografia com DMSA alterada e/ou quadros
repetitivos de infecção urinária associados à
disfunção miccional.
Prognóstico
O prognóstico está relacionado a uma série
de fatores como: idade de apresentação, pre-
sença ou não de cicatrizes renais, malformações
e atraso no diagnóstico e na instituição de tera-
pêutica (Quadro 8).
ITU
NORMAL
DMSA
NORMAL
UCM
ALTERADO
UCM
US
ALTERADO
DMSA
ALGORITIMO DA INVESTIGAÇÃO POR IMAGEM DA ITU1
Quadro 8 – Fatores de risco para cicatriz renal
Crianças menores de um ano de idade
Atraso no tratamento maior que 72hs
Crianças com altos graus de refluxo
Malformações com caráter obstrutivo
ITU recorrentes
O diagnóstico e a instituição precoce da te-
rapêutica além de correção de malformações
associadas melhoraram em muito o prognóstico
destas crianças.
Departamento Científico de Nefrologia • Sociedade Brasileira de Pediatria
7
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
6. Schlager TA, Hendley JO, Dudley SM, et al.
Explanation for false-positive urine cultures
obtained by bag technique. Arch Pediatr
Adolesc Med 1995;149:170-173.
7. Morello W, La Scola C, Alberici I, et al. Acute
pyelonephritis in children; Pediatr Nephrol
2016;31:1253-1265.
8. Toporovski J. Nefrologia Pediátrica; Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan 2006; ISBN 85-277-
1205-9.
9. Lebowitz RL, Olbing H, Parkkulainen KV, et al.
International system of radiographic grading
of vesicoureteric reflux. International Reflux
Study in Children. Pediatr Radiol. 1985;15:105-
109.
10. Roberts JA. Factors predisposing to urinary
tract infections in children. Pediatr Nephrol.
1996;10(4):517-22.
11. Nardielo AN, Baquedano PD, Cavagnaro FSM.
Dysfunctional Elimination Syndrome. Rev Chil
Pediatr 2007;78(2):128-134
1. Neuvas recomendaciones frente a lãs actuales
contraversias em infeccion urinaria Comité de
Nefrologia (2011-2013), Sociedade Argentina
de Pediatria;
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Infection: Clinical Practice Guideline For the
Diagnosis and Management of the Initial UTI
Febrile Infants and Children 2 to 24 Months.
Pediatrics 2011;128(3): 595-610.
3. Smellie JM, Rigdem, SPA, Prescod ND. Urinary
tract infection: a comparison of four methods of
investigation. Arch Dis Child 1995;72:247-250.
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Excellence. Urinary Tract Infection in
Children: Diagnosis, Tratament, and Long-
term Management: Nice Clinical Guideline
54. London, England: National Institute
for Health and Clinical Excellence; 2007.
Available at: www.nice.org.uk/nicemedia/
live/11819/36032/36032.pdf.
5. Pediatric nephrology and urology: the requisites
in pediatrics. Kaplan BS (ed), Kevin Meyers – 1st
ed. ISBN 0-323-01841-6 ;2004
8
Diretoria
Triênio 2016/2018
PRESIDENTE:
Luciana Rodrigues Silva (BA)
1º VICE-PRESIDENTE:
Clóvis Francisco Constantino (SP)
2º VICE-PRESIDENTE:
Edson Ferreira Liberal (RJ)
SECRETÁRIO GERAL:
Sidnei Ferreira (RJ)
1º SECRETÁRIO:
Cláudio Hoineff (RJ)
2º SECRETÁRIO:
Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS)
3º SECRETÁRIO:
Virgínia Resende Silva Weffort (MG)
DIRETORIA FINANCEIRA:
Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ)
2ª DIRETORIA FINANCEIRA:
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP)
3ª DIRETORIA FINANCEIRA:
Fátima Maria Lindoso da Silva Lima (GO)
DIRETORIA DE INTEGRAÇÃO REGIONAL:
Fernando Antônio Castro Barreiro (BA)
Membros:
Hans Walter Ferreira Greve (BA)
Eveline Campos Monteiro de Castro (CE)
Alberto Jorge Félix Costa (MS)
Analíria Moraes Pimentel (PE)
Corina Maria Nina Viana Batista (AM)
Adelma Alves de Figueiredo (RR)
COORDENADORES REGIONAIS:
Norte:
Bruno Acatauassu Paes Barreto (PA)
Nordeste:
Anamaria Cavalcante e Silva (CE)
Sudeste:
Luciano Amedée Péret Filho (MG)
Sul:
Darci Vieira Silva Bonetto (PR)
Centro-oeste:
Regina Maria Santos Marques (GO)
ASSESSORES DA PRESIDÊNCIA:
Assessoria para Assuntos Parlamentares:
Marun David Cury (SP)
Assessoria de Relações Institucionais:
Clóvis Francisco Constantino (SP)
Assessoria de Políticas Públicas:
Mário Roberto Hirschheimer (SP)
Rubens Feferbaum (SP)
Maria Albertina Santiago Rego (MG)
Sérgio Tadeu Martins Marba (SP)
Assessoria de Políticas Públicas – Crianças e
Adolescentes com Deficiência:
Alda Elizabeth Boehler Iglesias Azevedo (MT)
Eduardo Jorge Custódio da Silva (RJ)
Assessoria de Acompanhamento da Licença
Maternidade e Paternidade:
João Coriolano Rego Barros (SP)
Alexandre Lopes Miralha (AM)
Ana Luiza Velloso da Paz Matos (BA)
Assessoria para Campanhas:
Conceição Aparecida de Mattos Segre (SP)
GRUPOS DE TRABALHO:
Drogas e Violência na Adolescência:
Evelyn Eisenstein (RJ)
Doenças Raras:
Magda Maria Sales Carneiro Sampaio (SP)
Metodologia Científica:
Gisélia Alves Pontes da Silva (PE)
Cláudio Leone (SP)
Pediatria e Humanidade:
Álvaro Jorge Madeiro Leite (CE)
Luciana Rodrigues Silva (BA)
Christian Muller (DF)
João de Melo Régis Filho (PE)
Transplante em Pediatria:
Themis Reverbel da Silveira (RS)
Irene Kazue Miura (SP)
Carmen Lúcia Bonnet (PR)
Adriana Seber (SP)
Paulo Cesar Koch Nogueira (SP)
Fabiana Carlese (SP)
DIRETORIA E COORDENAÇÕES:
DIRETORIA DE QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO
PROFISSIONAL
Maria Marluce dos Santos Vilela (SP)
COORDENAÇÃO DO CEXTEP:
Hélcio Villaça Simões (RJ)
COORDENAÇÃO DE ÁREA DE ATUAÇÃO
Mauro Batista de Morais (SP)
COORDENAÇÃO DE CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL
José Hugo de Lins Pessoa (SP)
DIRETORIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Nelson Augusto Rosário Filho (PR)
REPRESENTANTE NO GPEC (Global Pediatric Education
Consortium)
Ricardo do Rego Barros (RJ)
REPRESENTANTE NA ACADEMIA AMERICANA DE PEDIATRIA (AAP)
Sérgio Augusto Cabral (RJ)
REPRESENTANTE NA AMÉRICA LATINA
Francisco José Penna (MG)
DIRETORIA DE DEFESA PROFISSIONAL, BENEFÍCIOS E PREVIDÊNCIA
Marun David Cury (SP)
DIRETORIA-ADJUNTA DE DEFESA PROFISSIONAL
Sidnei Ferreira (RJ)
Cláudio Barsanti (SP)
Paulo Tadeu Falanghe (SP)
Cláudio Orestes Britto Filho (PB)
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COORDENAÇÃO VIGILASUS
Anamaria Cavalcante e Silva (CE)
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COORDENAÇÃO DO CENTRO DE INFORMAÇÃO CIENTÍFICA
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DOCUMENTOS CIENTÍFICOS
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Dirceu Solé (SP)
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DIRETORIA DE PUBLICAÇÕES
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EDITORES DA REVISTA SBP CIÊNCIA
Joel Alves Lamounier (SP)
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EDITOR DO JORNAL DE PEDIATRIA
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EDITOR REVISTA RESIDÊNCIA PEDIÁTRICA
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EDITOR ADJUNTO REVISTA RESIDÊNCIA PEDIÁTRICA
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CONSELHO EDITORIAL EXECUTIVO
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Sidnei Ferreira (RJ)
Isabel Rey Madeira (RJ)
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Fernanda Luísa Ceragioli Oliveira (SP)
COORDENAÇÃO DO TRATADO DE PEDIATRIA
Luciana Rodrigues Silva (BA)
Fábio Ancona Lopez (SP)
DIRETORIA DE ENSINO E PESQUISA
Joel Alves Lamounier (MG)
COORDENAÇÃO DE PESQUISA
Cláudio Leone (SP)
COORDENAÇÃO DE PESQUISA-ADJUNTA
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COORDENAÇÃO DE GRADUAÇÃO
Rosana Fiorini Puccini (SP)
COORDENAÇÃO ADJUNTA DE GRADUAÇÃO
Rosana Alves (ES)
Suzy Santana Cavalcante (BA)
Angélica Maria Bicudo-Zeferino (SP)
Silvia Wanick Sarinho (PE)
COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO
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Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE)
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Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP)
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Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP)
Victor Horácio da Costa Junior (PR)
Clóvis Francisco Constantino (SP)
Silvio da Rocha Carvalho (RJ)
Tânia Denise Resener (RS)
Delia Maria de Moura Lima Herrmann (AL)
Helita Regina F. Cardoso de Azevedo (BA)
Jefferson Pedro Piva (RS)
Sérgio Luís Amantéa (RS)
Gil Simões Batista (RJ)
Susana Maciel Wuillaume (RJ)
Aurimery Gomes Chermont (PA)
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Luciana Rodrigues Silva (BA)
Hélcio Maranhão (RN)
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Luciano Abreu de Miranda Pinto (RJ)
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Susana Maciel Wuillaume (RJ)
COORDENAÇÃO DE INTERCÂMBIO EM RESIDÊNCIA INTERNACIONAL
Herberto José Chong Neto (PR)
DIRETOR DE PATRIMÔNIO
Cláudio Barsanti (SP)
COMISSÃO DE SINDICÂNCIA
Gilberto Pascolat (PR)
Aníbal Augusto Gaudêncio de Melo (PE)
Isabel Rey Madeira (RJ)
Joaquim João Caetano Menezes (SP)
Valmin Ramos da Silva (ES)
Paulo Tadeu Falanghe (SP)
Tânia Denise Resener (RS)
João Coriolano Rego Barros (SP)
Maria Sidneuma de Melo Ventura (CE)
Marisa Lopes Miranda (SP)
CONSELHO FISCAL
Titulares:
Núbia Mendonça (SE)
Nélson Grisard (SC)
Antônio Márcio Junqueira Lisboa (DF)
Suplentes:
Adelma Alves de Figueiredo (RR)
João de Melo Régis Filho (PE)
Darci Vieira da Silva Bonetto (PR)
ACADEMIA BRASILEIRA DE PEDIATRIA
Presidente:
José Martins Filho (SP)
Vice-presidente:
Álvaro de Lima Machado (ES)
Secretário Geral:
Reinaldo de Menezes Martins (RJ)

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  • 1. 1 Infecção do Trato Urinário Departamento Científico de Nefrologia Presidente: Nilzete Liberato Bresolin Secretário: Lucimary de Castro Silvestre Conselho Científico: Anelise Uhmann, Arnauld Kaufman, Clotilde Druck Garcia, Rubens Wolfe Lipinski Documento Científico Departamento Científico de Nefrologia Nº 1, Dezembro de 2016 Introdução A infecção de trato urinário (ITU) constitui uma das infecções bacterianas mais frequentes em Pediatria. É, provavelmente, a infecção bac- teriana mais prevalente no lactente. A importância do diagnóstico precoce da ITU é prevenir e minimizar a formação e progressão da cicatriz renal, principalmente no neonato e lactente mais suscetíveis à formação de cica- trizes que como consequência numa fase mais tardia poderão levar à hipertensão e/ou insufi- ciência renal crônica. O melhor entendimento de sua fisiopatoge- nia, o advento da ultrassonografia fetal (detec- ção precoce de malformações), a investigação por imagem, e a instituição terapêutica precoce melhoraram em muito o prognóstico destes pe- quenos pacientes. Definição A ITU consiste na multiplicação de um úni- co germe patogênico em qualquer segmento do trato urinário, identificado por urocultura cole- tada por método confiável. É uma doença que acomete principalmente o sexo feminino podendo chegar a 20:1 casos, embora, do período neonatal até os seis meses de idade pode haver predominância no sexo masculino. O aumento da incidência ocorre entre três e cinco anos de idade, havendo outro pico na adolescência, muito provavelmente devido às alterações hormonais (que favorecem a coloni- zação bacteriana) e, em alguns casos, início pre- coce de atividade sexual. Tende à repetição po- dendo ocorrer novo episódio em cerca de 40% das pacientes. A recorrência é mais rara no sexo masculino. Fisiopatogenia A urina e o trato urinário são normalmente estéreis. O períneo e a zona uretral de neonatos e lactentes estão colonizados por: Escherichia coli, Enterobacteriaceae e Enterococus sp além de que o prepúcio de meninos não circuncidados
  • 2. Infecção no Trato Urinário 2 é um reservatório para várias espécies de Pro- teus. Esta colonização diminui após o primeiro ano de vida sendo rara após os cinco anos. A ITU ocorre quando estas bactérias ascendem à zona periuretral. Oitenta por cento das infecções uri- nárias adquiridas na comunidade são causadas pela E. coli uropatogênica (UPEC). Outros agen- tes estão listados no quadro abaixo (Quadro 1): Quadro 1 – Bactérias causadoras de ITU na criança* E. coli Proteus Klesbsiella Staphylococcus saprophyticus Enterococcus Enterobacter Pseudomonas Streptococcus Grupo B Staphylococcus aureus Staphylococcus epidermidis Haemophilus influenza *Contaminantes comuns: Lactobacillus sp., Corynebacterium sp., Staphylococcus sp. coagulase-negativo e Streptococcus α-hemolítico AS UPEC isoladas de pacientes com ITU febril (pielonefrite) apresentam fatores de virulência que aumentam sua sobrevivência no hospedeiro. São as Pili ou fimbrias (S, P e a tipo 1) que facilitam a sua ascensão ao tra- to urinário por mecanismo de contra-corrente por aderirem ao epitélio tanto da bexiga como do trato urinário superior, e podem ficar quies- centes não se sabendo qual o estímulo que as reativam (Figura 1). Figura 1 – Representação esquemática E.coli uropatogênica10 Em relação aos fatores de resistência do hospedeiro estão o hábito miccional normal evitando a estase, urina de composição e osmo- laridade adequadas apresentando efeito inibi- tório sobre a multiplicação bacteriana e, na pre- sença destas bactérias patogênicas, o estímulo à reação inflamatória com consequente produ- ção de citocinas tais como as interleucinas 6 e 8 em resposta à agressão (Figura 2). Figura 2 – Representação esquemática da adesão bacteriana10 Quadro Clínico Os sinais e sintomas na criança dependem principalmente da idade do paciente. Crianças menores apresentam sinais e sintomas mais inespecíficos. Febre é o sintoma mais frequen- te no lactente. A incidência de pielonefrite é maior em crianças menores de um ano e diminui gradativamente quando se aproxima da idade escolar podendo, porém, ocorrer em qualquer idade. Outros sinais e sintomas que nesta faixa etária devem ser levados em conta são: irritabi- lidade, recusa alimentar, icterícia, distensão ab- dominal e baixo ganho ponderal. O diagnóstico e a terapêutica precoces são fatores principais para evitar a formação da cicatriz renal. Após os dois anos de idade aparecem sintomas mais re- lacionados ao trato urinário inferior tais como: disúria, polaciúria, urge-incontinência, enurese (em crianças que já apresentavam controle es- fincteriano prévio) e tenesmo, quadros clínicos denominados, cistites. Importante observar que estes quadros podem evoluir para pielone- frite (Quadro 2).
  • 3. Departamento Científico de Nefrologia • Sociedade Brasileira de Pediatria 3 Quadro 2 – Diagnóstico diferencial de cistite do trato urinário inferior Vaginite Corpo estranho vaginal Corpo estranho uretral Oxiuríase Irritantes locais: sabonetes líquidos – maiôs Abuso sexual Avaliação Laboratorial Análise de urina O exame de urina não substitui a urocultura no diagnóstico de ITU, mas pode apresentar al- terações permitindo iniciar precocemente o tra- tamento, já que resultados da cultura demoram 24 a 72 horas para serem obtidos. Alguns cen- tros fazem inicialmente coleta de urina através de saco coletor e, na presença de alterações, fazem uma nova coleta através de método ade- quado para se realizar urocultura. No quadro 3 são apresentados os dados de sensibilidade e especificidade em exame de urina que podem sugerir na ITU: Quadro 3 – Sensibilidade e especificidade dos componentes de exames de urina Urocultura: Colhida por método adequado é padrão ouro para confirmação de ITU. Nas crianças, ainda sem controle esfincteriano, realiza-se punção suprapúbica (PSP) ou sondagem vesical (SV). Sendo a bexiga estéril, o crescimento de qual- quer patógeno, independentemente do número de colônias, confirma o diagnóstico quando a coleta é realizada por PSP. A obtenção de urina por cateterização vesical é uma opção segura e simples, e a presença de crescimento bacteria- no maior ou igual a 1000ufc/ml, caracteriza a presença de ITU. Em relação à coleta de urina por saco cole- tor, vários estudos mostram resultados falsos positivos em até 80% dos casos e, portanto, os resultados só devem ser valorizados quando a cultura resultar negativa. Na criança que já apresenta controle es- fincteriano deve-se coletar urina de jato mé- dio, após assepsia prévia, sendo considerada positiva a contagem bacteriana maior ou igual a 100.000ufc/ml ou mais de 50.000ufc/ml as- sociada com a análise de urina demonstrando evidência de piúria. Tratamento O tratamento inicial com antibióticos é em- pírico observando-se a idade e o estado geral do paciente. O tratamento parenteral deve ser reservado principalmente aos lactentes muito jovens e àqueles com acometimento do estado geral e com vômitos (Quadro 4). O fármaco deve ter sempre propriedades bactericidas e o trata- mento nunca deve ser inferior a sete dias, e pre- ferentemente por 10 dias contínuos. Quando a opção inicial é de tratamento parenteral não há obrigatoriedade em manter-se esta via por 10 dias. Sugere-se reavaliar o paciente em 48 a 72 horas e, havendo melhora, pode-se optar por completar o tratamento por via oral com antibiótico de espectro semelhante ao pa- renteral e/ou sabidamente sensível ao teste de sensibilidade antimicrobiana (Quadro 5). Naquelas crianças que, concomitantemen- te, apresentem sintomas de disfunção das eli- minações (vide tabela abaixo) deve-se fazer as orientações quanto ao hábito urinário adequa- do (urinar ao acordar, urinar a cada três horas, urinar com pés apoiados), importância da inges- ta hídrica e correção da obstipação (Quadro 6). Sensibilidade Especificidade Esterase leucocitária 83% 78% Nitritos positivos 50% 92% Contagem leucocitária 73% 81% Bactereoscopia 81% 83% Gram 93% 95%
  • 4. Infecção no Trato Urinário 4 Estas medidas são fundamentais e devem ser estimuladas porque estão diretamente relacio- nadas ao sucesso terapêutico e à prevenção de infecções de repetição. Quadro 4 – Agentes antimicrobianos para o tratamento parenteral da ITU2 Quadro 5 – Agentes antimicrobianos para tratamento oral da ITU2 Quadro 6 – Sinais sintomas sugestivos de disfunção das eliminações11 Profilaxia É tema bastante controverso ainda hoje, à luz do que existe, e alguns aspectos serão cita- dos podendo ainda haver divergências quanto à conduta a ser seguida. Em crianças com trato urinário normal, a profilaxia deve ser avaliada com cautela devido à possibilidade de apareci- mento de cepas mais resistentes aumentando o risco de infecção. No entanto, as crianças que têm infecção urinária de repetição com trato urinário normal e disfunção miccional são can- didatas à quimioprofilaxia, por período de 3 a 6 meses, até que estas disfunções sejam corri- gidas. Diversos trabalhos mostram a presença de refluxo vesicoureteral (RVU) em até 30% dos pacientes com infecção urinária. É sabido que 90% dos RUVs desaparecem espontaneamente (mesmo os de maiores graus) entre os segundo e terceiro anos de vida. A profilaxia deverá ficar reservada para pacientes portadores de refluxos maiores ou igual ao de terceiro grau e para aque- las crianças que já apresentam cicatriz renal. Agente antimicrobiano Dosagem Ceftriaxone 75 mg/kg – 150mg/kg / 24hs Cefotaxime 75 mg/kg – 150mg/kg / 24hs Ceftazidime 100 mg/kg – 150mg/kg/d/8hs Gentamicina 7,5mg/kg/24hs Tobramicina 6mg/kg/24hs (dividida cada 6 a 8hs) Amicacina 15mg/kg/24hs Piperaciclina 300mg/kg/24hs (dividida cada 6-8hs) Agente antimicrobiano Dosagem Amoxacilina-Clavulanato 20-40mg/kg/dia/8hs Sulfametoxazol-Trimetropim 30-60mg/kg/dia/12hs Cefalexina 50-100mg/kg/dia/6hs Axetil-Cefuroxime 20-30mg/kg/dia/12hs Cefprozil 30mg/kg/dia/12hs Sistema Urinário Sistema gastrintestinal Sistema nervoso Incontinência Constipação Alterações da coluna Retenção urinária Encoprese Disrafismo sacral Reter até o último minuto Massa abdominal palpável Hemagioma sacral Não urinar ao acordar Fissura anal Assimetria pregas glúteas Trançar ou sentar sob os pés Palpação de fecalomas Assimetria das extremidades inferiores Enurese Alterações sensitivas e motoras entre L1 S3 e S4
  • 5. Departamento Científico de Nefrologia • Sociedade Brasileira de Pediatria 5 Figura 3 – Representação esquemática dos graus de refluxo vésico-ureteral segundo International Reflux Study in Children9 Pacientes com processos obstrutivos tais como: estenose de junção uretero pélvica e ure- tero vesical, devem ser colocados em profilaxia até que uma conduta para correção cirúrgica seja adotada. Quadro 7 – Drogas utilizadas em profilaxia da ITU5 *Não usar em crianças menores de dois meses de idade **Neonatos e crianças menores de dois meses de idade Investigação por Imagem Toda criança, independentemente de ida- de e sexo, que tenha diagnóstico de certeza de ITU merece uma investigação por imagem. No entanto, não há definição de quais proce- dimentos diagnósticos devem ser realizados e também não há definição de qual seria o melhor momento para sua realização. O con- senso vigente é de que deve-se administrar a menor quantidade de radiação possível de- vido aos possíveis efeitos deletérios os quais podem persistir por muitos anos. Alergia e/ou nefrotoxicidade aos meios de contraste po- dem ocorrer e, portanto, medidas preventivas devem ser empregadas paralelamente à ava- liação da função renal (anterior e, em alguns casos, posterior ao exame). Ultrassonografia (USG) do aparelho urinário e bexiga Por ser exame não invasivo e não expor o paciente à radiação deve ser realizado em to- dos os que apresentaram ITU com o intuito de confirmar e/ou detectar má formações. No en- tanto, USG normal não exclui a existência de al- terações e é necessário lembrar que este é um exame operador dependente, cujos resultados podem ser afetados pelo grau de expertise do profissional. Cintilografia renal com DMSA É exame padrão ouro na detecção da cicatriz renal e deve ser realizado em todos os lacten- tes com ITU febril, crianças que apresentaram quadro clínico de pielonefrite (mesmo naquelas crianças com USG normal de rins e vias urinárias) e pacientes com RVU. Deverá ser realizado após quatro a seis meses do episódio inicial de ITU. Uretrocistografia miccional (UCM) Exame radiológico realizado com adminis- tração de contraste iodado intravesical, por- tanto, sem possibilidade de alergia e ou nefro- toxidade. Nele procura-se observar alterações Droga Dose Nitrofurantoína* 1-2mg/kg/d Sulfametoxazol-Trimetoprim 20mg/kg/d Cefalexina** 20-30mg/kg/d
  • 6. Infecção no Trato Urinário 6 da coluna, visualização da uretra, alteração da bexiga como, por exemplo, a presença de di- vertículo e a demonstração de RVU. A princípio, a UCM está reservada àqueles pacientes que apresentam USG de rins e vias urinárias e/ou cintilografia com DMSA alterada e/ou quadros repetitivos de infecção urinária associados à disfunção miccional. Prognóstico O prognóstico está relacionado a uma série de fatores como: idade de apresentação, pre- sença ou não de cicatrizes renais, malformações e atraso no diagnóstico e na instituição de tera- pêutica (Quadro 8). ITU NORMAL DMSA NORMAL UCM ALTERADO UCM US ALTERADO DMSA ALGORITIMO DA INVESTIGAÇÃO POR IMAGEM DA ITU1 Quadro 8 – Fatores de risco para cicatriz renal Crianças menores de um ano de idade Atraso no tratamento maior que 72hs Crianças com altos graus de refluxo Malformações com caráter obstrutivo ITU recorrentes O diagnóstico e a instituição precoce da te- rapêutica além de correção de malformações associadas melhoraram em muito o prognóstico destas crianças.
  • 7. Departamento Científico de Nefrologia • Sociedade Brasileira de Pediatria 7 BIBLIOGRAFIA SUGERIDA 6. Schlager TA, Hendley JO, Dudley SM, et al. Explanation for false-positive urine cultures obtained by bag technique. Arch Pediatr Adolesc Med 1995;149:170-173. 7. Morello W, La Scola C, Alberici I, et al. Acute pyelonephritis in children; Pediatr Nephrol 2016;31:1253-1265. 8. Toporovski J. Nefrologia Pediátrica; Rio de Janeiro: Guanabara Koogan 2006; ISBN 85-277- 1205-9. 9. Lebowitz RL, Olbing H, Parkkulainen KV, et al. International system of radiographic grading of vesicoureteric reflux. International Reflux Study in Children. Pediatr Radiol. 1985;15:105- 109. 10. Roberts JA. Factors predisposing to urinary tract infections in children. Pediatr Nephrol. 1996;10(4):517-22. 11. Nardielo AN, Baquedano PD, Cavagnaro FSM. Dysfunctional Elimination Syndrome. Rev Chil Pediatr 2007;78(2):128-134 1. Neuvas recomendaciones frente a lãs actuales contraversias em infeccion urinaria Comité de Nefrologia (2011-2013), Sociedade Argentina de Pediatria; 2. American Academy Of Pediatrics: Urinary Tract Infection: Clinical Practice Guideline For the Diagnosis and Management of the Initial UTI Febrile Infants and Children 2 to 24 Months. Pediatrics 2011;128(3): 595-610. 3. Smellie JM, Rigdem, SPA, Prescod ND. Urinary tract infection: a comparison of four methods of investigation. Arch Dis Child 1995;72:247-250. 4. National Institute for Health and Clinical Excellence. Urinary Tract Infection in Children: Diagnosis, Tratament, and Long- term Management: Nice Clinical Guideline 54. London, England: National Institute for Health and Clinical Excellence; 2007. Available at: www.nice.org.uk/nicemedia/ live/11819/36032/36032.pdf. 5. Pediatric nephrology and urology: the requisites in pediatrics. Kaplan BS (ed), Kevin Meyers – 1st ed. ISBN 0-323-01841-6 ;2004
  • 8. 8 Diretoria Triênio 2016/2018 PRESIDENTE: Luciana Rodrigues Silva (BA) 1º VICE-PRESIDENTE: Clóvis Francisco Constantino (SP) 2º VICE-PRESIDENTE: Edson Ferreira Liberal (RJ) SECRETÁRIO GERAL: Sidnei Ferreira (RJ) 1º SECRETÁRIO: Cláudio Hoineff (RJ) 2º SECRETÁRIO: Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS) 3º SECRETÁRIO: Virgínia Resende Silva Weffort (MG) DIRETORIA FINANCEIRA: Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) 2ª DIRETORIA FINANCEIRA: Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) 3ª DIRETORIA FINANCEIRA: Fátima Maria Lindoso da Silva Lima (GO) DIRETORIA DE INTEGRAÇÃO REGIONAL: Fernando Antônio Castro Barreiro (BA) Membros: Hans Walter Ferreira Greve (BA) Eveline Campos Monteiro de Castro (CE) Alberto Jorge Félix Costa (MS) Analíria Moraes Pimentel (PE) Corina Maria Nina Viana Batista (AM) Adelma Alves de Figueiredo (RR) COORDENADORES REGIONAIS: Norte: Bruno Acatauassu Paes Barreto (PA) Nordeste: Anamaria Cavalcante e Silva (CE) Sudeste: Luciano Amedée Péret Filho (MG) Sul: Darci Vieira Silva Bonetto (PR) Centro-oeste: Regina Maria Santos Marques (GO) ASSESSORES DA PRESIDÊNCIA: Assessoria para Assuntos Parlamentares: Marun David Cury (SP) Assessoria de Relações Institucionais: Clóvis Francisco Constantino (SP) Assessoria de Políticas Públicas: Mário Roberto Hirschheimer (SP) Rubens Feferbaum (SP) Maria Albertina Santiago Rego (MG) Sérgio Tadeu Martins Marba (SP) Assessoria de Políticas Públicas – Crianças e Adolescentes com Deficiência: Alda Elizabeth Boehler Iglesias Azevedo (MT) Eduardo Jorge Custódio da Silva (RJ) Assessoria de Acompanhamento da Licença Maternidade e Paternidade: João Coriolano Rego Barros (SP) Alexandre Lopes Miralha (AM) Ana Luiza Velloso da Paz Matos (BA) Assessoria para Campanhas: Conceição Aparecida de Mattos Segre (SP) GRUPOS DE TRABALHO: Drogas e Violência na Adolescência: Evelyn Eisenstein (RJ) Doenças Raras: Magda Maria Sales Carneiro Sampaio (SP) Metodologia Científica: Gisélia Alves Pontes da Silva (PE) Cláudio Leone (SP) Pediatria e Humanidade: Álvaro Jorge Madeiro Leite (CE) Luciana Rodrigues Silva (BA) Christian Muller (DF) João de Melo Régis Filho (PE) Transplante em Pediatria: Themis Reverbel da Silveira (RS) Irene Kazue Miura (SP) Carmen Lúcia Bonnet (PR) Adriana Seber (SP) Paulo Cesar Koch Nogueira (SP) Fabiana Carlese (SP) DIRETORIA E COORDENAÇÕES: DIRETORIA DE QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL Maria Marluce dos Santos Vilela (SP) COORDENAÇÃO DO CEXTEP: Hélcio Villaça Simões (RJ) COORDENAÇÃO DE ÁREA DE ATUAÇÃO Mauro Batista de Morais (SP) COORDENAÇÃO DE CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL José Hugo de Lins Pessoa (SP) DIRETORIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS Nelson Augusto Rosário Filho (PR) REPRESENTANTE NO GPEC (Global Pediatric Education Consortium) Ricardo do Rego Barros (RJ) REPRESENTANTE NA ACADEMIA AMERICANA DE PEDIATRIA (AAP) Sérgio Augusto Cabral (RJ) REPRESENTANTE NA AMÉRICA LATINA Francisco José Penna (MG) DIRETORIA DE DEFESA PROFISSIONAL, BENEFÍCIOS E PREVIDÊNCIA Marun David Cury (SP) DIRETORIA-ADJUNTA DE DEFESA PROFISSIONAL Sidnei Ferreira (RJ) Cláudio Barsanti (SP) Paulo Tadeu Falanghe (SP) Cláudio Orestes Britto Filho (PB) Mário Roberto Hirschheimer (SP) João Cândido de Souza Borges (CE) COORDENAÇÃO VIGILASUS Anamaria Cavalcante e Silva (CE) Fábio Elíseo Fernandes Álvares Leite (SP) Jussara Melo de Cerqueira Maia (RN) Edson Ferreira Liberal (RJ) Célia Maria Stolze Silvany ((BA) Kátia Galeão Brandt (PE) Elizete Aparecida Lomazi (SP) Maria Albertina Santiago Rego (MG) Isabel Rey Madeira (RJ) Jocileide Sales Campos (CE) COORDENAÇÃO DE SAÚDE SUPLEMENTAR Maria Nazareth Ramos Silva (RJ) Corina Maria Nina Viana Batista (AM) Álvaro Machado Neto (AL) Joana Angélica Paiva Maciel (CE) Cecim El Achkar (SC) Maria Helena Simões Freitas e Silva (MA) COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE GESTÃO DE CONSULTÓRIO Normeide Pedreira dos Santos (BA) DIRETORIA DOS DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS E COORDENAÇÃO DE DOCUMENTOS CIENTÍFICOS Dirceu Solé (SP) DIRETORIA-ADJUNTA DOS DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS Lícia Maria Oliveira Moreira (BA) DIRETORIA DE CURSOS, EVENTOS E PROMOÇÕES Lilian dos Santos Rodrigues Sadeck (SP) COORDENAÇÃO DE CONGRESSOS E SIMPÓSIOS Ricardo Queiroz Gurgel (SE) Paulo César Guimarães (RJ) Cléa Rodrigues Leone (SP) COORDENAÇÃO GERAL DOS PROGRAMAS DE ATUALIZAÇÃO Ricardo Queiroz Gurgel (SE) COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE REANIMAÇÃO NEONATAL: Maria Fernanda Branco de Almeida (SP) Ruth Guinsburg (SP) COORDENAÇÃO PALS – REANIMAÇÃO PEDIÁTRICA Alexandre Rodrigues Ferreira (MG) Kátia Laureano dos Santos (PB) COORDENAÇÃO BLS – SUPORTE BÁSICO DE VIDA Valéria Maria Bezerra Silva (PE) COORDENAÇÃO DO CURSO DE APRIMORAMENTO EM NUTROLOGIA PEDIÁTRICA (CANP) Virgínia Resende S. Weffort (MG) CONVERSANDO COM O PEDIATRA Victor Horácio da Costa Júnior (PR) PORTAL SBP Flávio Diniz Capanema (MG) COORDENAÇÃO DO CENTRO DE INFORMAÇÃO CIENTÍFICA José Maria Lopes (RJ) PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO CONTINUADA À DISTÂNCIA Altacílio Aparecido Nunes (SP) João Joaquim Freitas do Amaral (CE) DOCUMENTOS CIENTÍFICOS Luciana Rodrigues Silva (BA) Dirceu Solé (SP) Emanuel Sávio Cavalcanti Sarinho (PE) Joel Alves Lamounier (MG) DIRETORIA DE PUBLICAÇÕES Fábio Ancona Lopez (SP) EDITORES DA REVISTA SBP CIÊNCIA Joel Alves Lamounier (SP) Altacílio Aparecido Nunes (SP) Paulo Cesar Pinho Pinheiro (MG) Flávio Diniz Capanema (MG) EDITOR DO JORNAL DE PEDIATRIA Renato Procianoy (RS) EDITOR REVISTA RESIDÊNCIA PEDIÁTRICA Clémax Couto Sant’Anna (RJ) EDITOR ADJUNTO REVISTA RESIDÊNCIA PEDIÁTRICA Marilene Augusta Rocha Crispino Santos (RJ) CONSELHO EDITORIAL EXECUTIVO Gil Simões Batista (RJ) Sidnei Ferreira (RJ) Isabel Rey Madeira (RJ) Sandra Mara Amaral (RJ) Bianca Carareto Alves Verardino (RJ) Maria de Fátima B. 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Cardoso de Azevedo (BA) Jefferson Pedro Piva (RS) Sérgio Luís Amantéa (RS) Gil Simões Batista (RJ) Susana Maciel Wuillaume (RJ) Aurimery Gomes Chermont (PA) COORDENAÇÃO DE DOUTRINA PEDIÁTRICA Luciana Rodrigues Silva (BA) Hélcio Maranhão (RN) COORDENAÇÃO DAS LIGAS DOS ESTUDANTES Edson Ferreira Liberal (RJ) Luciano Abreu de Miranda Pinto (RJ) COORDENAÇÃO DE INTERCÂMBIO EM RESIDÊNCIA NACIONAL Susana Maciel Wuillaume (RJ) COORDENAÇÃO DE INTERCÂMBIO EM RESIDÊNCIA INTERNACIONAL Herberto José Chong Neto (PR) DIRETOR DE PATRIMÔNIO Cláudio Barsanti (SP) COMISSÃO DE SINDICÂNCIA Gilberto Pascolat (PR) Aníbal Augusto Gaudêncio de Melo (PE) Isabel Rey Madeira (RJ) Joaquim João Caetano Menezes (SP) Valmin Ramos da Silva (ES) Paulo Tadeu Falanghe (SP) Tânia Denise Resener (RS) João Coriolano Rego Barros (SP) Maria Sidneuma de Melo Ventura (CE) Marisa Lopes Miranda (SP) CONSELHO FISCAL Titulares: Núbia Mendonça (SE) Nélson Grisard (SC) Antônio Márcio Junqueira Lisboa (DF) Suplentes: Adelma Alves de Figueiredo (RR) João de Melo Régis Filho (PE) Darci Vieira da Silva Bonetto (PR) ACADEMIA BRASILEIRA DE PEDIATRIA Presidente: José Martins Filho (SP) Vice-presidente: Álvaro de Lima Machado (ES) Secretário Geral: Reinaldo de Menezes Martins (RJ)