SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 7
Baixar para ler offline
Ficha Informativa FREI LUÍS DE SOUSA_1/7
Ficha Informativa
FREI LUÍS DE SOUSA DE ALMEIDA GARRETT
Texto dramático (comédias e tragédias):
 texto com o objetivo de ser dramatizado, representado (visto e ouvido);
 é constituído por dois textos paralelos (um com indicações para o encenador e outro com a
ação propriamente dita);
 pressupõe um cenário (mobiliário, decoração), uma iluminação, um guarda-roupa, uma
representação e os espectadores.
No teatro clássico, as cenas dividiam-se em atos. O Frei de Luís de Sousa é constituído por três
atos e cada ato divide-se em cenas (Ato I: 12 cenas; Ato II: 15 cenas e Ato III: 12 cenas).
CONTEXTO HISTÓRICO
Existem várias referências que nos permitem localizar a obra no seu contexto histórico:
 a situação criada pela Batalha de Alcácer Quibir (ocorrida em África, no dia 4 de agosto de
1578, na qual o exército português, comandado pelo rei D. Sebastião, foi destroçado pelos
Mouros. Ficaram mortos ou prisioneiros milhares de portugueses) que assume um papel
determinante no futuro das personagens;
 a situação vivida na época de luta contra o domínio filipino. Relembre-se que Portugal esteve
sob domínio castelhano entre 1580 e 1640;
 a peça decorre em 1599.
O ESPAÇO NO FREI LUÍS DE SOUSA
ESPAÇO FÍSICO
I Ato: Palácio de D.Manuel de Sousa Coutinho
Predomina luxo, riqueza, elegância, bom gosto e
grande variedade
ESPAÇO SOCIAL
Ambiente aristocrata português tradicional
Vive-se num ambiente harmonioso, de conforto e bem-estar
(Com grandes janelas voltadas para o Rio Tejo)
ESPAÇO PSICOLÓGICO
Tal ambiente remete para a felicidade vivida pelas personagens
No ato I, a ação desenrola-se numa sala do palácio de Manuel de Sousa Coutinho, onde
predomina a elegância e o luxo. O aspeto colorido do espaço simboliza a alegria e a felicidade das
personagens.
Ficha Informativa FREI LUÍS DE SOUSA_2/7
As janelas permitem a união entre o interior e o exterior e a visualização de um plano de toda
a cidade de Lisboa. Esta amplitude está relacionada com o observar do espaço e com a liberdade das
personagens, evidenciando a sua autonomia que será progressivamente negada com a evolução dos
acontecimentos.
ESPAÇO FÍSICO
II Ato: Palácio de D. João de Portugal
(Após D. Manuel ter incendiado o seu
palácio)
Predominam retratos de família
(lembram a todo o momento o
passado que D. Madalena quer
esquecer, estando com receio que
esse passado volte a qualquer
momento)
ESPAÇO SOCIAL
Ambiente aristocrata português tradicional.
Vive-se num ambiente antigo, pesado, melancólico
ESPAÇO PSICOLÓGICO
Tal ambiente remete para a melancolia, a tristeza, a ausência de felicidade por parte das
personagens.
No ato II, as personagens encontram-se num salão do palácio de D. João de Portugal,
caracterizado por uma decoração melancólica e pesada e pela presença dos retratos de D. João,
Camões e D. Sebastião. Todos eles remetem para um passado distinto que volta a surgir no presente.
Os reposteiros cobrem as portas que dão acesso ao interior e ao exterior, significando a clausura das
personagens abandonadas à sua ansiedade e ao seu sofrimento. Este espaço já permite observar o
local onde decorrerá «a morte social» para o mundo de Manuel de Sousa Coutinho e Madalena e a
morte física de Maria: capela de Nossa Senhora da Piedade.
ESPAÇO FíSICO
III Ato: Caves do Palácio de D. João de Portugal e Igreja de S. Paulo
Não há ornamentação
Ficha Informativa FREI LUÍS DE SOUSA_3/7
Indiciando a tragédia que se avizinha, visto que D. Madalena e D. Manuel de Sousa Coutinho vão
desprender-se de todos os seus bens materiais e do mundo, vão seguir a vida religiosa. Como
alternativa ao escândalo social, o casal "morre" para o mundo, entrando na vida religiosa por força
das circunstâncias.
No ato III, as personagens encontram-se na parte baixa do palácio de D. João de Portugal, que
comunica com a capela de Nossa Senhora da Piedade. Está localizada no nível inferior, o que
simboliza uma descida, pressupõe uma passagem para outro estado da existência humana. O casal
morre para o mundo para renascer sob outra identidade.
Conclui-se que o espaço físico retrata o espaço psicológico e social em que as personagens se
movimentam. O espaço psicológico surge como tradutor dos sentimentos e pensamentos dos
personagens, é constituído essencialmente a partir dos monólogos e sonhos de Madalena. O espaço
torna-se cada vez mais sombrio e restrito à medida que os atos se vão sucedendo.
O TEMPO NO FREI DE LUÍS DE SOUSA
TEMPO CRONOLÓGICO
6ª feira sábado domingo segunda terça quarta quinta sexta
28 de
julho
29 30 31
1 de
agosto
2 3
4 de
agosto
Começa o I Ato II Ato / III Ato
Final da tarde de tarde / alta noite (4h30)
 Simbologia do n.º 3: número associado à perfeição por exprimir a totalidade. O tempo
é triplo: passado, presente e futuro. A peça tem três atos.
 Simbologia do n.º 7: corresponde aos sete dias da semana, aos sete planetas, aos sete
graus da perfeição. A peça decorre em sete dias.
TEMPO SIMBÓLICO
 A peça inicia-se e termina à sexta-feira, dia simbólico (aziago). O dia
sexta-feira possui um valor simbólico, dado que nele coincidem vários
acontecimentos na vida dos personagens:
 casamento de Madalena com D. João de Portugal;
 Madalena vê Manuel pela primeira vez e apaixona-se por ele, apesar
de estar casada com D. João de Portugal;
 desaparecimento de D. João na Batalha de Alcácer Quibir (4 de agosto
Ficha Informativa FREI LUÍS DE SOUSA_4/7
de 1578); desaparece também o rei D. Sebastião;
 Manuel de Sousa Coutinho incendeia a sua casa, o que origina a
mudança para o palácio de D. João, que aparece na figura do Romeiro.
É de destacar também a simbologia do número sete e dos seus múltiplos:
 Madalena procura o primeiro marido durante 7 anos;
 o casamento de Madalena e Manuel dura 14 anos;
 D. João de Portugal regressa após 21 anos de cativeiro.
O número 7 corresponde ao número de dias que constituem uma semana, ligando-se
à conclusão de um ciclo e ao início de outro. Assim, sete relaciona-se com o final da vida
do casal e, consequentemente, com a sua tragédia pessoal.
TEMPO PSICOLÓGICO
À medida que o tempo passa as personagens vão-se tornando cada vez mais frágeis e
os seus receios aumentam. O seu sofrimento torna-se cada vez maior e mais intenso perante o
futuro. A coincidência entre o tempo dramático e o tempo psicológico é conseguido através das
palavras de Madalena que retém o seu terror pela sexta-feira, enfatizado pelo advérbio de
predicado com valor de tempo "hoje". Esta indicação surge como prenúncio da desgraça, da
fatalidade e da solidão.
CARACTERÍSTICAS DAS PERSONAGENS
D. MADALENA DE VILHENA:
 no início da obra, D. Madalena está a ler o episódio de Inês de Castro de Os Lusíadas.
Ela compara-se à desafortunada Inês, cujos amores por D. Pedro tiveram um desfecho
trágico;
 Madalena pressente o que lhe vai acontecer e nunca viveu em plena felicidade;
 vive um profundo conflito íntimo, visto que não tem a certeza da morte do seu
primeiro marido;
 mulher insegura, triste, angustiada, receosa do passado, vive constantemente
inquieta;
 casou por amor com D. Manuel de Sousa Coutinho, mas o regresso do primeiro
marido impossibilita a sua união e acaba por seguir a vida religiosa.
D. MANUEL DE SOUSA COUTINHO:
 homem decidido, corajoso, honrado, enérgico, patriota, bom marido, bom pai;
 um nobre cuja razão domina os sentimentos;
 num ato de coragem e de patriotismo incendeia o seu próprio palácio para impedir
que os espanhóis o ocupem;
 casou por amor com D. Madalena, mas com o regresso do Romeiro é obrigado a
tomar o hábito para salvar a honra.
Ficha Informativa FREI LUÍS DE SOUSA_5/7
D. MARIA DE NORONHA:
 precoce do ponto de vista físico e psicológico;
 revela uma estranha sensibilidade;
 possui os encantos característicos da alma infantil, pois é bondosa, pura, meiga,
imaginativa;
 manifesta atributos típicos de um adulto, uma vez que é inteligente, intuitiva, lúcida e
culta (leu Camões, leu Bernardim Ribeiro);
 é obcecada pelo rei D. Sebastião e vai ser o regresso de alguém que acompanhou D.
Sebastião na Batalha de Alcácer Quibir que vai destruir a sua vida, o que constitui uma
ironia do destino;
 é doente, tem tuberculose: de facto, ela vê e ouve a grandes distâncias, o que
constitui um terrível sinal naqueles anos e com aquela compleição física;
 a emoção leva-a à morte.
TELMO PAIS (representa a ave agoirenta do teatro clássico):
 fiel servidor de D. João de Portugal e, mais tarde, de D. Maria;
 mantinha a fidelidade a D. João e, de certa forma, criticava a precipitação de Madalena
e, no fundo, pensava que o seu amo poderia ainda estar vivo;
 tem agoiros (previsão de coisas negativas) e pressentimentos que assustavam D.
Madalena;
 é o conselheiro e o confidente de D. Maria e Madalena, dado que participa em diálogos
com estas duas personagens;
 o facto de D. João estar vivo provoca um conflito em Telmo, na medida em que fica
dividido entre o amor que tem a D. João de Portugal e o amor que sente por Maria;
 na ausência de D. João, educa e cria D. Maria como sua filha, honrando sempre a
memória do seu amo. No entanto, quando D. João volta, constata que o seu amor por
Maria é mais forte.
Frei Jorge:
 irmão de Manuel de Sousa Coutinho;
 representa o conselheiro, o confidente (nas horas de angústia), amigo de qualquer um
dos intervenientes;
 vai ter um papel importante na identificação do Romeiro que na sua presença indicará o
quadro de D. João de Portugal.
D. JOÃO DE PORTUGAL (o Romeiro):
 apresenta-se como um peregrino, mas é o próprio D. João de Portugal;
 era um nobre valente, corajoso, honrado, patriota de grandes qualidades;
 foi para a Batalha de Alcácer Quibir lutar pela defesa da fé cristã;
 o seu nome aparece associado ao Apóstolo S. João que difundiu a vida de Cristo;
 é alguém que estando ausente, está sempre presente;
 simboliza o destino triste e melancólico;
 21 anos após a Batalha de Alcácer Quibir.;e após vinte anos em cativeiro, estava
cansado, velho, sem forças, com umas barbas brancas e completamente irreconhecível
(nem a mulher o reconheceu).
AS DUAS PERSPETIVAS DA RESPOSTA «NINGUÉM» DADA PELO ROMEIRO A FREI JORGE:
«Jorge: Romeiro, romeiro, quem és tu?
Romeiro (apontando com o bordão para o retrato de D. João de Portugal): - Ninguém!»
Ficha Informativa FREI LUÍS DE SOUSA_6/7
D. JOÃO DE PORTUGAL diz que não é ninguém, dado que perdeu:
 a família, a posição social, a riqueza e a juventude. Perdeu tudo o que tinha antes de
partir para a Batalha de Alcácer Quibir, uma vez que esteve em Jerusalém, na Palestina,
num cativeiro.
 por outro lado, é alguém que vai destruir o casamento e a vida social de D. Manuel e D.
Madalena (tornando o casamento ilegítimo), vai tornar ilegítima Maria e separar,
inevitavelmente, D. Manuel, D. Madalena e D. Maria. É alguém que aparece 21 anos
depois, quando tudo estava alterado e todos o julgavam morto.
O CONFLITO ENTRE O PASSADO E O PRESENTE
O Frei Luís de Sousa exprime o conflito entre o passado e o presente. Com efeito, o
passado parece ser de tal modo recordado que faz com que D. Madalena se sinta
constantemente insegura, receosa, amedrontada e não viva o presente tranquilamente e com
segurança. D. Madalena não consegue libertar-se do passado, sente remorsos pelo que
aconteceu há anos atrás e vive permanentemente infeliz, temendo que o passado destrua o
presente. O passado impede D. Madalena de viver o presente serenamente, sem tormentos,
sem pressentimentos. De facto, a vida passada condiciona profundamente a vida presente, de
tal modo que o passado destrói completamente a vida presente e futura de D. Madalena, D.
Manuel e D. Maria.
O TEMA DA MORTE
D. Madalena e D. Manuel de Sousa Coutinho desprendem-se dos bens materiais e
seguem a vida de clausura, seguem a vida religiosa, o que constitui a morte para a vida social.
Devido à extrema emoção que sente perante os trágicos acontecimentos D. Maria
morre (morte física). É de notar que D. Maria sofria de tuberculose, surgindo indicações de
alguns sintomas ao longo da peça.
DISCURSO E LINGUAGEM
Almeida Garrett utiliza, ao longo da obra, o monólogo, o diálogo e o aparte. Utiliza
uma linguagem culta, adaptada às situações:
 linguagem emotiva e apelativa, quando as personagens manifestam uma vontade
profunda;
 linguagem reticente e profunda na voz de D. Madalena e Telmo Pais;
 linguagem pesada e densa no final trágico da obra.
ESTILO DE ALMEIDA GARRETT
 Usa frases exclamativas, expressando sentimentos profundos;
 Uso de reticências, próprio da linguagem enigmática;
 Utiliza figuras de estilo: comparação, metáfora, hipérbole …
CLASSIFICAÇÃO DA OBRA
O tema é nacional, é o Sebastianismo e o desejo do regresso do rei D. Sebastião. O
Ficha Informativa FREI LUÍS DE SOUSA_7/7
tema e a linguagem são românticos, por conseguinte a obra pode ser considerada um drama
romântico, uma vez que está escrita em prosa e não em verso, tal como determinava a
tragédia clássica. Trata-se de uma tragédia no que diz respeito ao conteúdo e à ação. Não obedece à
estrutura formal da tragédia, dado que não respeita as unidades de tempo e lugar.
OBJETIVO DA OBRA
Segundo a opinião de alguns críticos, esta obra, na intenção do autor, pretende ser uma
purificação moral e, segundo a opinião de outros críticos, tinha uma intenção política.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Amor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo Branco
Amor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo BrancoAmor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo Branco
Amor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo BrancoLurdes Augusto
 
Os Lusíadas - Reflexões do Poeta
Os Lusíadas - Reflexões do PoetaOs Lusíadas - Reflexões do Poeta
Os Lusíadas - Reflexões do PoetaDina Baptista
 
Os maias-resumo-e-analise
Os maias-resumo-e-analiseOs maias-resumo-e-analise
Os maias-resumo-e-analisekeve semedo
 
Resumos de Português: Camões lírico
Resumos de Português: Camões líricoResumos de Português: Camões lírico
Resumos de Português: Camões líricoRaffaella Ergün
 
Os Maias - história de Pedro da Maia
Os Maias - história de Pedro da MaiaOs Maias - história de Pedro da Maia
Os Maias - história de Pedro da MaiaAntónio Fernandes
 
Os maias: Características trágicas da intriga
Os maias: Características trágicas da intrigaOs maias: Características trágicas da intriga
Os maias: Características trágicas da intrigaMariana Silva
 
Amor de Perdição - Camilo Castelo Branco
Amor de Perdição - Camilo Castelo BrancoAmor de Perdição - Camilo Castelo Branco
Amor de Perdição - Camilo Castelo BrancoClaudia Ribeiro
 
Power point "Frei Luís de Sousa"
Power point "Frei Luís de Sousa"Power point "Frei Luís de Sousa"
Power point "Frei Luís de Sousa"gracacruz
 
Os Maias: Cap. I e II
Os Maias: Cap. I e IIOs Maias: Cap. I e II
Os Maias: Cap. I e IIsin3stesia
 
10ºano Luís de Camões - parte A
10ºano Luís de Camões - parte A10ºano Luís de Camões - parte A
10ºano Luís de Camões - parte ALurdes Augusto
 
Poesia Trovadoresca - Resumo
Poesia Trovadoresca - ResumoPoesia Trovadoresca - Resumo
Poesia Trovadoresca - ResumoGijasilvelitz 2
 
Capítulo II Sermão de Santo António aos Peixes Padre António Vieira
Capítulo II Sermão de Santo António aos Peixes Padre António VieiraCapítulo II Sermão de Santo António aos Peixes Padre António Vieira
Capítulo II Sermão de Santo António aos Peixes Padre António VieiraAlexandra Madail
 
Sebastianismo - Frei Luís de Sousa
Sebastianismo - Frei Luís de SousaSebastianismo - Frei Luís de Sousa
Sebastianismo - Frei Luís de SousaAntónio Aragão
 

Mais procurados (20)

Os Maias - análise
Os Maias - análiseOs Maias - análise
Os Maias - análise
 
Amor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo Branco
Amor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo BrancoAmor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo Branco
Amor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo Branco
 
Os Lusíadas - Reflexões do Poeta
Os Lusíadas - Reflexões do PoetaOs Lusíadas - Reflexões do Poeta
Os Lusíadas - Reflexões do Poeta
 
Os maias-resumo-e-analise
Os maias-resumo-e-analiseOs maias-resumo-e-analise
Os maias-resumo-e-analise
 
As cantigas de amigo
As cantigas de amigoAs cantigas de amigo
As cantigas de amigo
 
Resumos de Português: Camões lírico
Resumos de Português: Camões líricoResumos de Português: Camões lírico
Resumos de Português: Camões lírico
 
Os Maias - história de Pedro da Maia
Os Maias - história de Pedro da MaiaOs Maias - história de Pedro da Maia
Os Maias - história de Pedro da Maia
 
Cesário verde
Cesário verdeCesário verde
Cesário verde
 
Os maias: Características trágicas da intriga
Os maias: Características trágicas da intrigaOs maias: Características trágicas da intriga
Os maias: Características trágicas da intriga
 
Amor de Perdição - Camilo Castelo Branco
Amor de Perdição - Camilo Castelo BrancoAmor de Perdição - Camilo Castelo Branco
Amor de Perdição - Camilo Castelo Branco
 
O resumo de Os Maias
O resumo de Os MaiasO resumo de Os Maias
O resumo de Os Maias
 
Amor de perdição
Amor de perdiçãoAmor de perdição
Amor de perdição
 
Power point "Frei Luís de Sousa"
Power point "Frei Luís de Sousa"Power point "Frei Luís de Sousa"
Power point "Frei Luís de Sousa"
 
Os Maias: Cap. I e II
Os Maias: Cap. I e IIOs Maias: Cap. I e II
Os Maias: Cap. I e II
 
Frei Luís de Sousa
Frei Luís de Sousa  Frei Luís de Sousa
Frei Luís de Sousa
 
10ºano Luís de Camões - parte A
10ºano Luís de Camões - parte A10ºano Luís de Camões - parte A
10ºano Luís de Camões - parte A
 
Poesia Trovadoresca - Resumo
Poesia Trovadoresca - ResumoPoesia Trovadoresca - Resumo
Poesia Trovadoresca - Resumo
 
Capítulo II Sermão de Santo António aos Peixes Padre António Vieira
Capítulo II Sermão de Santo António aos Peixes Padre António VieiraCapítulo II Sermão de Santo António aos Peixes Padre António Vieira
Capítulo II Sermão de Santo António aos Peixes Padre António Vieira
 
Os Maias
Os MaiasOs Maias
Os Maias
 
Sebastianismo - Frei Luís de Sousa
Sebastianismo - Frei Luís de SousaSebastianismo - Frei Luís de Sousa
Sebastianismo - Frei Luís de Sousa
 

Semelhante a Ficha informativa frei luís de sousa

Frei luís de sousa
Frei luís de sousaFrei luís de sousa
Frei luís de sousaFilipe Leal
 
Frei Luis de Sousa- Resumo R.pdf
Frei Luis de Sousa- Resumo R.pdfFrei Luis de Sousa- Resumo R.pdf
Frei Luis de Sousa- Resumo R.pdfLibnioCarvalhais1
 
Frei luis de sousa
Frei luis de sousaFrei luis de sousa
Frei luis de sousaMaria da Paz
 
Resumo de-frei-luis-de-sousa
Resumo de-frei-luis-de-sousaResumo de-frei-luis-de-sousa
Resumo de-frei-luis-de-sousajomadeira
 
Frei luis de sousa resumos 2
Frei luis de sousa resumos 2Frei luis de sousa resumos 2
Frei luis de sousa resumos 2Anabela Torres
 
Frei Luís de Sousa - sistematização
Frei Luís de Sousa - sistematizaçãoFrei Luís de Sousa - sistematização
Frei Luís de Sousa - sistematizaçãoAntónio Fernandes
 
Frei Luís de Sousa (Almeida Garrett)
Frei Luís de Sousa (Almeida Garrett) Frei Luís de Sousa (Almeida Garrett)
Frei Luís de Sousa (Almeida Garrett) BrunaDinis
 
Frei luís de sousa Contextualização
Frei luís de sousa Contextualização Frei luís de sousa Contextualização
Frei luís de sousa Contextualização Sofia Yuna
 
aecam1116_ppt_7.pptx.pdf FREI LUIS DE SOUSA
aecam1116_ppt_7.pptx.pdf FREI LUIS DE SOUSAaecam1116_ppt_7.pptx.pdf FREI LUIS DE SOUSA
aecam1116_ppt_7.pptx.pdf FREI LUIS DE SOUSAFranciscoBatalha1
 
Romantismo, Frei Luís de Sousa
Romantismo, Frei Luís de SousaRomantismo, Frei Luís de Sousa
Romantismo, Frei Luís de SousaLurdes Augusto
 
enc11_frei_luis_sousa_sintese_unidade.pptx.pdf
enc11_frei_luis_sousa_sintese_unidade.pptx.pdfenc11_frei_luis_sousa_sintese_unidade.pptx.pdf
enc11_frei_luis_sousa_sintese_unidade.pptx.pdfFranciscoBatalha1
 
frei luis_sousa_sintese_unidade
 frei luis_sousa_sintese_unidade frei luis_sousa_sintese_unidade
frei luis_sousa_sintese_unidadeRita Carvalho
 
Enc11 frei luis_sousa_sintese_unidade
Enc11 frei luis_sousa_sintese_unidadeEnc11 frei luis_sousa_sintese_unidade
Enc11 frei luis_sousa_sintese_unidadeFernanda Pereira
 
Módulo 7- Frei Luís de Sousa
Módulo 7- Frei Luís de SousaMódulo 7- Frei Luís de Sousa
Módulo 7- Frei Luís de Sousaflaviacorreia0
 
Correcção do teste de avaliação de frei luís de sousa
Correcção do teste de avaliação de frei luís de sousaCorrecção do teste de avaliação de frei luís de sousa
Correcção do teste de avaliação de frei luís de sousaPaula Rebelo
 

Semelhante a Ficha informativa frei luís de sousa (20)

Frei luís de sousa
Frei luís de sousaFrei luís de sousa
Frei luís de sousa
 
Frei luís de sousa
Frei luís de sousaFrei luís de sousa
Frei luís de sousa
 
Frei Luis de Sousa- Resumo R.pdf
Frei Luis de Sousa- Resumo R.pdfFrei Luis de Sousa- Resumo R.pdf
Frei Luis de Sousa- Resumo R.pdf
 
Frei luis de sousa
Frei luis de sousaFrei luis de sousa
Frei luis de sousa
 
Sistematizacao (1)
Sistematizacao (1)Sistematizacao (1)
Sistematizacao (1)
 
Resumo de-frei-luis-de-sousa
Resumo de-frei-luis-de-sousaResumo de-frei-luis-de-sousa
Resumo de-frei-luis-de-sousa
 
Frei luis de sousa resumos 2
Frei luis de sousa resumos 2Frei luis de sousa resumos 2
Frei luis de sousa resumos 2
 
Frei Luís de Sousa - sistematização
Frei Luís de Sousa - sistematizaçãoFrei Luís de Sousa - sistematização
Frei Luís de Sousa - sistematização
 
Frei Luís de Sousa (Almeida Garrett)
Frei Luís de Sousa (Almeida Garrett) Frei Luís de Sousa (Almeida Garrett)
Frei Luís de Sousa (Almeida Garrett)
 
Frei luís de sousa Contextualização
Frei luís de sousa Contextualização Frei luís de sousa Contextualização
Frei luís de sousa Contextualização
 
Frei Luís de Sousa - 2ª G - 2011
Frei Luís de Sousa - 2ª G - 2011Frei Luís de Sousa - 2ª G - 2011
Frei Luís de Sousa - 2ª G - 2011
 
aecam1116_ppt_7.pptx.pdf FREI LUIS DE SOUSA
aecam1116_ppt_7.pptx.pdf FREI LUIS DE SOUSAaecam1116_ppt_7.pptx.pdf FREI LUIS DE SOUSA
aecam1116_ppt_7.pptx.pdf FREI LUIS DE SOUSA
 
Romantismo, Frei Luís de Sousa
Romantismo, Frei Luís de SousaRomantismo, Frei Luís de Sousa
Romantismo, Frei Luís de Sousa
 
enc11_frei_luis_sousa_sintese_unidade.pptx.pdf
enc11_frei_luis_sousa_sintese_unidade.pptx.pdfenc11_frei_luis_sousa_sintese_unidade.pptx.pdf
enc11_frei_luis_sousa_sintese_unidade.pptx.pdf
 
frei luis_sousa_sintese_unidade
 frei luis_sousa_sintese_unidade frei luis_sousa_sintese_unidade
frei luis_sousa_sintese_unidade
 
Enc11 frei luis_sousa_sintese_unidade
Enc11 frei luis_sousa_sintese_unidadeEnc11 frei luis_sousa_sintese_unidade
Enc11 frei luis_sousa_sintese_unidade
 
Frei Luís de Souza - 2ª A - 2011
Frei Luís de Souza  -  2ª A - 2011Frei Luís de Souza  -  2ª A - 2011
Frei Luís de Souza - 2ª A - 2011
 
Módulo 7- Frei Luís de Sousa
Módulo 7- Frei Luís de SousaMódulo 7- Frei Luís de Sousa
Módulo 7- Frei Luís de Sousa
 
Frei luís de sousa
Frei luís de sousaFrei luís de sousa
Frei luís de sousa
 
Correcção do teste de avaliação de frei luís de sousa
Correcção do teste de avaliação de frei luís de sousaCorrecção do teste de avaliação de frei luís de sousa
Correcção do teste de avaliação de frei luís de sousa
 

Último

activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMVanessaCavalcante37
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxLaurindo6
 
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptxLinoReisLino
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasNova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasraveccavp
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila RibeiroMarcele Ravasio
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 

Último (20)

activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasNova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 

Ficha informativa frei luís de sousa

  • 1. Ficha Informativa FREI LUÍS DE SOUSA_1/7 Ficha Informativa FREI LUÍS DE SOUSA DE ALMEIDA GARRETT Texto dramático (comédias e tragédias):  texto com o objetivo de ser dramatizado, representado (visto e ouvido);  é constituído por dois textos paralelos (um com indicações para o encenador e outro com a ação propriamente dita);  pressupõe um cenário (mobiliário, decoração), uma iluminação, um guarda-roupa, uma representação e os espectadores. No teatro clássico, as cenas dividiam-se em atos. O Frei de Luís de Sousa é constituído por três atos e cada ato divide-se em cenas (Ato I: 12 cenas; Ato II: 15 cenas e Ato III: 12 cenas). CONTEXTO HISTÓRICO Existem várias referências que nos permitem localizar a obra no seu contexto histórico:  a situação criada pela Batalha de Alcácer Quibir (ocorrida em África, no dia 4 de agosto de 1578, na qual o exército português, comandado pelo rei D. Sebastião, foi destroçado pelos Mouros. Ficaram mortos ou prisioneiros milhares de portugueses) que assume um papel determinante no futuro das personagens;  a situação vivida na época de luta contra o domínio filipino. Relembre-se que Portugal esteve sob domínio castelhano entre 1580 e 1640;  a peça decorre em 1599. O ESPAÇO NO FREI LUÍS DE SOUSA ESPAÇO FÍSICO I Ato: Palácio de D.Manuel de Sousa Coutinho Predomina luxo, riqueza, elegância, bom gosto e grande variedade ESPAÇO SOCIAL Ambiente aristocrata português tradicional Vive-se num ambiente harmonioso, de conforto e bem-estar (Com grandes janelas voltadas para o Rio Tejo) ESPAÇO PSICOLÓGICO Tal ambiente remete para a felicidade vivida pelas personagens No ato I, a ação desenrola-se numa sala do palácio de Manuel de Sousa Coutinho, onde predomina a elegância e o luxo. O aspeto colorido do espaço simboliza a alegria e a felicidade das personagens.
  • 2. Ficha Informativa FREI LUÍS DE SOUSA_2/7 As janelas permitem a união entre o interior e o exterior e a visualização de um plano de toda a cidade de Lisboa. Esta amplitude está relacionada com o observar do espaço e com a liberdade das personagens, evidenciando a sua autonomia que será progressivamente negada com a evolução dos acontecimentos. ESPAÇO FÍSICO II Ato: Palácio de D. João de Portugal (Após D. Manuel ter incendiado o seu palácio) Predominam retratos de família (lembram a todo o momento o passado que D. Madalena quer esquecer, estando com receio que esse passado volte a qualquer momento) ESPAÇO SOCIAL Ambiente aristocrata português tradicional. Vive-se num ambiente antigo, pesado, melancólico ESPAÇO PSICOLÓGICO Tal ambiente remete para a melancolia, a tristeza, a ausência de felicidade por parte das personagens. No ato II, as personagens encontram-se num salão do palácio de D. João de Portugal, caracterizado por uma decoração melancólica e pesada e pela presença dos retratos de D. João, Camões e D. Sebastião. Todos eles remetem para um passado distinto que volta a surgir no presente. Os reposteiros cobrem as portas que dão acesso ao interior e ao exterior, significando a clausura das personagens abandonadas à sua ansiedade e ao seu sofrimento. Este espaço já permite observar o local onde decorrerá «a morte social» para o mundo de Manuel de Sousa Coutinho e Madalena e a morte física de Maria: capela de Nossa Senhora da Piedade. ESPAÇO FíSICO III Ato: Caves do Palácio de D. João de Portugal e Igreja de S. Paulo Não há ornamentação
  • 3. Ficha Informativa FREI LUÍS DE SOUSA_3/7 Indiciando a tragédia que se avizinha, visto que D. Madalena e D. Manuel de Sousa Coutinho vão desprender-se de todos os seus bens materiais e do mundo, vão seguir a vida religiosa. Como alternativa ao escândalo social, o casal "morre" para o mundo, entrando na vida religiosa por força das circunstâncias. No ato III, as personagens encontram-se na parte baixa do palácio de D. João de Portugal, que comunica com a capela de Nossa Senhora da Piedade. Está localizada no nível inferior, o que simboliza uma descida, pressupõe uma passagem para outro estado da existência humana. O casal morre para o mundo para renascer sob outra identidade. Conclui-se que o espaço físico retrata o espaço psicológico e social em que as personagens se movimentam. O espaço psicológico surge como tradutor dos sentimentos e pensamentos dos personagens, é constituído essencialmente a partir dos monólogos e sonhos de Madalena. O espaço torna-se cada vez mais sombrio e restrito à medida que os atos se vão sucedendo. O TEMPO NO FREI DE LUÍS DE SOUSA TEMPO CRONOLÓGICO 6ª feira sábado domingo segunda terça quarta quinta sexta 28 de julho 29 30 31 1 de agosto 2 3 4 de agosto Começa o I Ato II Ato / III Ato Final da tarde de tarde / alta noite (4h30)  Simbologia do n.º 3: número associado à perfeição por exprimir a totalidade. O tempo é triplo: passado, presente e futuro. A peça tem três atos.  Simbologia do n.º 7: corresponde aos sete dias da semana, aos sete planetas, aos sete graus da perfeição. A peça decorre em sete dias. TEMPO SIMBÓLICO  A peça inicia-se e termina à sexta-feira, dia simbólico (aziago). O dia sexta-feira possui um valor simbólico, dado que nele coincidem vários acontecimentos na vida dos personagens:  casamento de Madalena com D. João de Portugal;  Madalena vê Manuel pela primeira vez e apaixona-se por ele, apesar de estar casada com D. João de Portugal;  desaparecimento de D. João na Batalha de Alcácer Quibir (4 de agosto
  • 4. Ficha Informativa FREI LUÍS DE SOUSA_4/7 de 1578); desaparece também o rei D. Sebastião;  Manuel de Sousa Coutinho incendeia a sua casa, o que origina a mudança para o palácio de D. João, que aparece na figura do Romeiro. É de destacar também a simbologia do número sete e dos seus múltiplos:  Madalena procura o primeiro marido durante 7 anos;  o casamento de Madalena e Manuel dura 14 anos;  D. João de Portugal regressa após 21 anos de cativeiro. O número 7 corresponde ao número de dias que constituem uma semana, ligando-se à conclusão de um ciclo e ao início de outro. Assim, sete relaciona-se com o final da vida do casal e, consequentemente, com a sua tragédia pessoal. TEMPO PSICOLÓGICO À medida que o tempo passa as personagens vão-se tornando cada vez mais frágeis e os seus receios aumentam. O seu sofrimento torna-se cada vez maior e mais intenso perante o futuro. A coincidência entre o tempo dramático e o tempo psicológico é conseguido através das palavras de Madalena que retém o seu terror pela sexta-feira, enfatizado pelo advérbio de predicado com valor de tempo "hoje". Esta indicação surge como prenúncio da desgraça, da fatalidade e da solidão. CARACTERÍSTICAS DAS PERSONAGENS D. MADALENA DE VILHENA:  no início da obra, D. Madalena está a ler o episódio de Inês de Castro de Os Lusíadas. Ela compara-se à desafortunada Inês, cujos amores por D. Pedro tiveram um desfecho trágico;  Madalena pressente o que lhe vai acontecer e nunca viveu em plena felicidade;  vive um profundo conflito íntimo, visto que não tem a certeza da morte do seu primeiro marido;  mulher insegura, triste, angustiada, receosa do passado, vive constantemente inquieta;  casou por amor com D. Manuel de Sousa Coutinho, mas o regresso do primeiro marido impossibilita a sua união e acaba por seguir a vida religiosa. D. MANUEL DE SOUSA COUTINHO:  homem decidido, corajoso, honrado, enérgico, patriota, bom marido, bom pai;  um nobre cuja razão domina os sentimentos;  num ato de coragem e de patriotismo incendeia o seu próprio palácio para impedir que os espanhóis o ocupem;  casou por amor com D. Madalena, mas com o regresso do Romeiro é obrigado a tomar o hábito para salvar a honra.
  • 5. Ficha Informativa FREI LUÍS DE SOUSA_5/7 D. MARIA DE NORONHA:  precoce do ponto de vista físico e psicológico;  revela uma estranha sensibilidade;  possui os encantos característicos da alma infantil, pois é bondosa, pura, meiga, imaginativa;  manifesta atributos típicos de um adulto, uma vez que é inteligente, intuitiva, lúcida e culta (leu Camões, leu Bernardim Ribeiro);  é obcecada pelo rei D. Sebastião e vai ser o regresso de alguém que acompanhou D. Sebastião na Batalha de Alcácer Quibir que vai destruir a sua vida, o que constitui uma ironia do destino;  é doente, tem tuberculose: de facto, ela vê e ouve a grandes distâncias, o que constitui um terrível sinal naqueles anos e com aquela compleição física;  a emoção leva-a à morte. TELMO PAIS (representa a ave agoirenta do teatro clássico):  fiel servidor de D. João de Portugal e, mais tarde, de D. Maria;  mantinha a fidelidade a D. João e, de certa forma, criticava a precipitação de Madalena e, no fundo, pensava que o seu amo poderia ainda estar vivo;  tem agoiros (previsão de coisas negativas) e pressentimentos que assustavam D. Madalena;  é o conselheiro e o confidente de D. Maria e Madalena, dado que participa em diálogos com estas duas personagens;  o facto de D. João estar vivo provoca um conflito em Telmo, na medida em que fica dividido entre o amor que tem a D. João de Portugal e o amor que sente por Maria;  na ausência de D. João, educa e cria D. Maria como sua filha, honrando sempre a memória do seu amo. No entanto, quando D. João volta, constata que o seu amor por Maria é mais forte. Frei Jorge:  irmão de Manuel de Sousa Coutinho;  representa o conselheiro, o confidente (nas horas de angústia), amigo de qualquer um dos intervenientes;  vai ter um papel importante na identificação do Romeiro que na sua presença indicará o quadro de D. João de Portugal. D. JOÃO DE PORTUGAL (o Romeiro):  apresenta-se como um peregrino, mas é o próprio D. João de Portugal;  era um nobre valente, corajoso, honrado, patriota de grandes qualidades;  foi para a Batalha de Alcácer Quibir lutar pela defesa da fé cristã;  o seu nome aparece associado ao Apóstolo S. João que difundiu a vida de Cristo;  é alguém que estando ausente, está sempre presente;  simboliza o destino triste e melancólico;  21 anos após a Batalha de Alcácer Quibir.;e após vinte anos em cativeiro, estava cansado, velho, sem forças, com umas barbas brancas e completamente irreconhecível (nem a mulher o reconheceu). AS DUAS PERSPETIVAS DA RESPOSTA «NINGUÉM» DADA PELO ROMEIRO A FREI JORGE: «Jorge: Romeiro, romeiro, quem és tu? Romeiro (apontando com o bordão para o retrato de D. João de Portugal): - Ninguém!»
  • 6. Ficha Informativa FREI LUÍS DE SOUSA_6/7 D. JOÃO DE PORTUGAL diz que não é ninguém, dado que perdeu:  a família, a posição social, a riqueza e a juventude. Perdeu tudo o que tinha antes de partir para a Batalha de Alcácer Quibir, uma vez que esteve em Jerusalém, na Palestina, num cativeiro.  por outro lado, é alguém que vai destruir o casamento e a vida social de D. Manuel e D. Madalena (tornando o casamento ilegítimo), vai tornar ilegítima Maria e separar, inevitavelmente, D. Manuel, D. Madalena e D. Maria. É alguém que aparece 21 anos depois, quando tudo estava alterado e todos o julgavam morto. O CONFLITO ENTRE O PASSADO E O PRESENTE O Frei Luís de Sousa exprime o conflito entre o passado e o presente. Com efeito, o passado parece ser de tal modo recordado que faz com que D. Madalena se sinta constantemente insegura, receosa, amedrontada e não viva o presente tranquilamente e com segurança. D. Madalena não consegue libertar-se do passado, sente remorsos pelo que aconteceu há anos atrás e vive permanentemente infeliz, temendo que o passado destrua o presente. O passado impede D. Madalena de viver o presente serenamente, sem tormentos, sem pressentimentos. De facto, a vida passada condiciona profundamente a vida presente, de tal modo que o passado destrói completamente a vida presente e futura de D. Madalena, D. Manuel e D. Maria. O TEMA DA MORTE D. Madalena e D. Manuel de Sousa Coutinho desprendem-se dos bens materiais e seguem a vida de clausura, seguem a vida religiosa, o que constitui a morte para a vida social. Devido à extrema emoção que sente perante os trágicos acontecimentos D. Maria morre (morte física). É de notar que D. Maria sofria de tuberculose, surgindo indicações de alguns sintomas ao longo da peça. DISCURSO E LINGUAGEM Almeida Garrett utiliza, ao longo da obra, o monólogo, o diálogo e o aparte. Utiliza uma linguagem culta, adaptada às situações:  linguagem emotiva e apelativa, quando as personagens manifestam uma vontade profunda;  linguagem reticente e profunda na voz de D. Madalena e Telmo Pais;  linguagem pesada e densa no final trágico da obra. ESTILO DE ALMEIDA GARRETT  Usa frases exclamativas, expressando sentimentos profundos;  Uso de reticências, próprio da linguagem enigmática;  Utiliza figuras de estilo: comparação, metáfora, hipérbole … CLASSIFICAÇÃO DA OBRA O tema é nacional, é o Sebastianismo e o desejo do regresso do rei D. Sebastião. O
  • 7. Ficha Informativa FREI LUÍS DE SOUSA_7/7 tema e a linguagem são românticos, por conseguinte a obra pode ser considerada um drama romântico, uma vez que está escrita em prosa e não em verso, tal como determinava a tragédia clássica. Trata-se de uma tragédia no que diz respeito ao conteúdo e à ação. Não obedece à estrutura formal da tragédia, dado que não respeita as unidades de tempo e lugar. OBJETIVO DA OBRA Segundo a opinião de alguns críticos, esta obra, na intenção do autor, pretende ser uma purificação moral e, segundo a opinião de outros críticos, tinha uma intenção política.