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             Universidade da Beira Interior
          Departamento de Gestão e Economia
           Licenciatura em Marketing – 3º ano
           Projecto em Marketing Empresarial
 

 


           Plano de Marketing da empresa
        Leveforma - Produção de Biodiesel, S.A




                              Docente:

                              Prof. Dr. João Ferreira

                              Discentes:

                              Christine Ferreira, nº 20365

                              Gonçalo Reis, nº 18695

                              Mª Luísa Pires, nº 20449
 

 



    Plano de Marketing da 
    empresa Leveforma – 
    Produção de biodiesel, S.A.




    Promoção da Marca Recitrans 
Universidade da Beira Interior                                                                    Projecto – Plano de Marketing




Conteúdo
Índice de tabelas ........................................................................................................................... 3
Índice de figuras ............................................................................................................................ 4
Sumário executivo ......................................................................................................................... 5
1. Identificação da Equipa de Consultores .................................................................................... 6
2.Notas sobre a Metodologia Usada .............................................................................................. 6
4. Histórico/visão global da entidade ............................................................................................ 7
   4.1.Breve história da empresa ................................................................................................... 7
   4.2.Ficha de Caracterização da Entidade Destinatária .............................................................. 8
   4.3 Missão e valores .................................................................................................................. 9
       4.4.1 Organigrama ............................................................................................................... 10
   4.5. Mercado alvo .................................................................................................................... 10
   4.6. Breve caracterização da actividade principal ................................................................... 11
5- Diagnostico ............................................................................................................................. 13
   5.1- Analise do meio envolvente contextual da empresa ........................................................ 13
       5.1.1 Contexto económico ................................................................................................... 13
       5.1.2. Contexto sociocultural............................................................................................... 19
       5.1.3. Contexto tecnológico................................................................................................. 22
       5.1.4. Contexto institucional ............................................................................................... 23
   5.2. Análise do meio envolvente transaccional....................................................................... 23
       5.2.1 Concorrentes............................................................................................................... 23
       5.1.1Concorrentes directos: ................................................................................................. 24
       5.1.1.1Fábrica Torrejana De Biocombustíveis, S.A (Torres Novas) ................................... 24
       5.1.1.2BIOLOGICAL ......................................................................................................... 25
       5.1.1.3        ECOLDiesel, Produção e Comercialização de Biodiesel, Lda............................ 26
       5.1.2Concorrentes indirectos: .............................................................................................. 28
       5.1.2.1Iberol - Sociedade Ibérica de Biocombustíveis e Oleaginosas, S.A. (dados 2006) .. 28
       5.1.2.2SUNERGY (Sintra) .................................................................................................. 30
       5.1.2.3DIESELBASE .......................................................................................................... 31
       5.1.2.4SPACE situada em Vila Nova de Famalicão, .......................................................... 31
       5.1.3Potenciais concorrentes ............................................................................................... 33
       5.1.3.1. Sociopole, S.A. ....................................................................................................... 33
       A

                                                                                                                                              1
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       5.2.2 Clientes ....................................................................................................................... 33
       5.2.3 Fornecedores .............................................................................................................. 34
6- Análise SWOT .......................................................................................................................... 37
7- Situação desejada pela empresa .............................................................................................. 38
8- Orientações Estratégicas ......................................................................................................... 39
   8.1 Segmentação, Targeting e Posicionamento ....................................................................... 39
       8.1.1 Segmentação............................................................................................................... 39
       8.1.2 Targeting .................................................................................................................... 39
       8.1.3 Posicionamento .......................................................................................................... 40
   8.2 -Vantagem competitiva ..................................................................................................... 40
   8.3- Estratégias ........................................................................................................................ 41
       8.3.1- Portefólio de Produtos e Ciclo de vida do Produto................................................... 41
       8.3.2- Matriz BCG ............................................................................................................... 42
       8.3.3- Tipos de estratégia .................................................................................................... 44
9- Marketing Mix ........................................................................................................................ 47
   9.1 Preço.................................................................................................................................. 47
   9.2 Distribuição ....................................................................................................................... 48
   9.3 Produto .............................................................................................................................. 49
   9.4 Comunicação ..................................................................................................................... 49
   9.5 Síntese do programa de acção .......................................................................................... 51
10- Orçamento ............................................................................................................................. 52
11- Implementação do plano ...................................................................................................... 53
12 – Controlo do plano ................................................................................................................ 54
Bibliografia .................................................................................................................................. 55




                                                                                                                                                2
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Índice de tabelas
Tabela 1- cronograma das actividade de diagnóstico do plano                           7
Tabela 2- Ficha de caracterização da entidade destinatária                            8
Tabela 3- recursos humanos                                                            9
Tabela 4- PIB português                                                              15
Tabela 5- taxa de dependência energética                                             15
Tabela 6:intensidade energética da economia (kg equivalente de petróleo necessário
para obter 1000 euros de PIB)                                                        16
Tabela 7- consumo de petróleo por sector de actividade - 2002                        17
Tabela 8- importância do transporte rodoviário de mercadorias                        18
Tabela 9- vantagens e desvantagens competitivas dos concorrentes directos            27
Tabela 10- números de actividade da Iberol                                           28
Tabela 12- vantagens e desvantagens competitivas dos concorrentes indirectos         32
Tabela 13 - Consumo e Capitação do total de óleos e gorduras vegetais, nos países da
União Europeia em 2005:                                                              35
Tabela 14 - Consumo total de óleos e gorduras vegetais pelas empresas de restauração e
similares em Portugal em 2005:                                                       35
Tabela 15 - Estimativa do consumo médio de óleos alimentares novos em Portugal por
região em 2005:                                                                      35
Tabela 16 - Consumo de óleos alimentares por sector e Capitaçao, em POrtugal em
2005:                                                                                36
Tabela 17 - Estimativa das quantidades de óleos e gorduras alimentares usadas geradas
no ano de 2005 no sector da indústria Agro- Alimentar:                               36
Tabela 18 - Quantidade de óleos e gorduras alimentares usados geradas por região no
ano de 2005, considerando que 70% do total de óleos novos consumido gera resíduo
(sector da restauração):                                                             36
Tabela 19 - Quantidades de óleo alimentar usado mínimas e máximas estimadas por
sector para Portugal em 2005:                                                        36
Tabela 20- síntese dos programas de acção                                            51




                                                                                      3
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Índice de figuras

Figura 1- organigrama da empresa ................................................................................. 10
Figura 2- processo de produção da empresa ................................................................... 12
Figura 3- evolução do preço do petróleo em dólares...................................................... 14
Figura 4- evolução da repartição do volume de negócio da Iberol ................................ 29
Figura 5- Ciclo de vida do produto................................................................................. 41
Figura 6- Matriz BCG .................................................................................................... 43
Figura 7- Matriz Produto/Mercado ................................................................................. 45
Figura 8- esquema da estratégia de desenvolvimento .................................................... 45
Figura 9- esquema da estratégia concorrencial …………………………...……………37
Figura 10- exemplo de oleão....………………………………………………………...49




                                                                                                                          4
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Sumário executivo


No plano de marketing que se segue, iremos estudar e avaliar a empresa Leveforma –
Produção de Biodiesel, Lda. De modo a traçar um plano de acção para angariar novos
fornecedores de biodiesel.

Sendo assim, o plano encontra-se dividido em 4 partes fundamentais que são:

               Diagnóstico da situação,
               Decisões estratégicas de Marketing,
                Planos de Acção,
               Orçamento de Marketing.

Na primeira parte será feito uma análise da situação da empresa em relação ao seu
mercado e à sua concorrência, de modo a perceber toda a envolvente da empresa..

Na parte número dois desenvolveu-se objectivos de Marketing bem como as respectivas
estratégias. Relativamente aos objectivos estes são de carácter financeiro e não
financeiro, contudo, será a partir dos objectivos não financeiro que se irá traçar as
estratégias para elaborar o plano de acção, nomeadamente sensibilizar as pessoas para a
reciclagem de óleos usados. Para esse fim, aconselha-se que a empresa em estudo
adopte uma estratégia de desenvolvimento, visto que o principal objectivo é modificar
comportamentos

No que diz respeito à terceira parte, tendo como base os 4P´s do marketing (produto,
preço, promoção e distribuição) irão ser apresentado as acções necessárias para atingir o
objectivo principal da empresa.

Por fim, na última parte elaborou-se um orçamento com todos os cálculos e previsões
necessárias e específicas, para a execução de todas as acções e estratégias propostas no
plano.




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1. Identificação da Equipa de Consultores


Este plano de marketing vai ser realizado por:

    Christine dos santos Ferreira, 21 anos, natural de Clermont Ferrand, a residir
    actualmente em Nagosa – Bairro Novo 3620-400 Moimenta da Beira, portadora do
    B.I. nº 13338875 do arquivo de identificação de Viseu.


    Gonçalo Alexandre Estrela Reis, 23 anos, natural de Ervidel, a residir actualmente
    em Ervidel – rua dos moinhos nº 2 Ervidel 7600-240, portador do B.I nº 12457399
    do arquivo de identificação de Beja



    Maria Luísa Henriques Pires, 24 anos, natural da Vidigueira, a residir actualmente
    em Charneca da Caparica – rua Gama Barros nº29 Vale Rosal 2820-275; portadora
    do B.I. nº 128577267 do arquivo de identificação de Beja.




2. Notas sobre a Metodologia Usada

A metodologia usada foi a MPPO - Metodologia de Planeamento de Projectos por
Objectivos, sendo a intervenção baseada no modelo de intervenção definido pelo
Professor João Ferreira no âmbito da disciplina de Projecto em Marketing Empresarial.
Foi também realizada uma breve Análise Sectorial da empresa, assim como uma
Análise SWOT e comparação entre a Situação Actual e Situação desejada da Entidade
Destinatária. Estas ferramentas produzem o Diagnóstico que sustenta as medidas
consideradas pertinentes para a Recitrans – produção de biodiesel.

A MPPO assenta no princípio da participação.
A participação dos elementos da Recitrans foi bem conseguida dada a disponibilidade
desde o início evidenciada pelos seus responsáveis. Esta ocorreu com os diferentes
níveis hierárquicos, em diferentes momentos e para discussão de diversos assuntos
relacionados com o projecto, dos quais salientamos:
               Novo Ramo de Actividade;


                                                                                        6
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                       Organização Interna;
                       Análise do Sector de Actividade;
                       Plano de Divulgação
     Neste relatório vamos poder observar a clarificação dos objectivos a alcançar assim
     como os métodos e estratégias os atingir.


     3. Cronograma das actividades de Diagnóstico e Plano de
     Desenvolvimento
                              Tabela 1- cronograma das actividade de diagnóstico do plano


                    Medidas                                  Março                 Abril           Maio
Visita ás instalações da empresa


Reunião geral com os colaboradores da empresa


Recolha de informações


Reunião com a direcção


Análise da situação da empresa e definição dos
objectivos

Reunião com a direcção para apresentar o plano final


                                             Fonte: elaboração própria



     4. Histórico/visão global da entidade
     4.1.     Breve história da empresa

     Os sócios Ana Oliveira e João Morais decidiram formar uma empresa de produção de
     biodiesel. A ideia surgiu no contexto do desenvolvimento económico da zona centro e
     na preservação do ambiente, na reciclagem do óleo alimentar usado.

     Para evitar o processo demorado de registo de uma empresa, executaram este através do
     registo numa hora, o nome Leve Forma, provem da lista de nomes de empresa



                                                                                                          7
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possíveis. Depois de a empresa estar formada e devidamente registada decidiram criar a
marca pela qual sempre quiseram ser reconhecido – Recitrans.




Receberam a licença de recolha de resíduos, pela Comissão de Ordenação e
Desenvolvimento Regional do Centro no dia 30 de Julho de 2008, que permitiu o
começo da recolha dos óleos usados na região.

A 26 de Março de 2009 receberam o Alvará de utilização passada pela Câmara
Municipal da Covilhã.

Aderiram a uma ILE – Iniciativa Locais de Emprego cuja aprovação do projecto
realizou-se a 20 de Abril de 2009.

Neste momento os empresários estão a espera da licença de produção que será passada
pela Alfandega.




4.2.     Ficha de Caracterização da Entidade Destinatária
                       Tabela 2- Ficha de caracterização da entidade destinatária




Nome/Designação
                                     Leveforma – Produção de Biodisel, Lda.
Comercial

Morada                               Zona industrial do Canhoso
                                     Edificio Tecnat, lote C3, Cave
                                     6200-027 Covilhã

Telefone                             968425118/ 969554462

E-mail                               Geral@recitrans.eu

Página WEB                           www.recitrans.eu

Actividade principal                 Produção e comercialização de biodisel

Natureza jurídica                    Sociedade por quotas




                                                                                                   8
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Número de matrícula               508 487 757

Capital social                    5000 Euros

Nº de Colaboradores               2

Logótipo

                                   Fonte: Elaboração própria




4.3 Missão e valores

A Recitrans, Produção de Biodiesel Lda., surge como uma empresa inovadora no
Município da Covilhã, orientada para duas áreas que se complementam entre si, o sector
Ambiental e o sector de Energias Alternativas. Simultaneamente permitirá contribuir
para a preservação ambiental, na medida em que fomentará a utilização de combustíveis
com características menos poluidoras e evitará a poluição inerente a deposição de óleos
usados, sendo uma fonte limpa, renovável, mais segura e económica de energia.

A empresa contribuirá também para uma mudança de mentalidade da região,
promovendo a formação/educação ambiental.

Em resumo, a Recitrans rege-se pela política dos 3 R:

Reciclar, Renovar e Reutilizar.

4.4 Recursos humanos
                                  Tabela 3- recursos humanos


 Nome                                   Idade       Habilitações       Função

 Ana Isabel Jesus Oliveira              31          12º Ano            Sócio-Gerente
 Sofia Isabel Simões Monteiro           24          12º Ano            Escriturária

                                   Fonte: elaboração própria


Neste momento a empresa encontra-se na fase de iniciação o que justifica apenas duas
pessoas efectivas. No começo da actividade irão ser contratadas mais duas pessoas para
a área de produção e distribuição.




                                                                                              9
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4.4.1 Organigrama

                                  Figura 1- organigrama da empresa


                                                   Sócio Gerente
              Sócio Gerente
                                                   Administração
                João Morais
                                                     Ana OIiveira


                                 Administração
                                       Sofia




                                    Produção                            Distribuição


                                     Fonte: elaboração própria


4.5. Mercado alvo

Relativamente ao mercado, a empresa centrará a sua actuação na zona centro com
especial intervenção nos distritos da Guarda e castelo Branco dada a sua proximidade
com os mesmos bem como os conhecimentos que os empresários possuem deste
mercado.

Por outro lado, apresentando este tipo de actividade numa tendência e claramente
necessária e, sendo a actividade de produção de combustíveis biodegradáveis a partir de
fontes renováveis, insuficientemente explorada no centro de Portugal os mercados a
explorar apresentam-se muito promissores o que garantirá a viabilidade do negocio.




                                                                                               10
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4.6. Breve caracterização da actividade principal

Tal como foi anteriormente referido, a actividade a desenvolver pela empresa
Leveforma – Produção de Biodiesel, Lda., tem como objecto social a produção de
biodiesel, prevendo-se a produção de 3000toneladas/ano.

A Leveforma – Produção de biodiesel, Lda. procederá à recolha e tratamento de óleos
alimentares usados, procedendo à sua reciclagem, renovação e reutilização, de modo a
obter biodiesel.

O biodiesel, combustível renovável e biodegradável, será obtido através de um processo
de transesterificaçao (separação da glicerina do óleo vegetal), que consiste numa
reacção química de óleos vegetais ou de gorduras animais com álcool (metanol), na
presença de um catalisador (soda cáustica).

Salienta-se que se trata de um processo contínuo, desenvolvido num processador de
pequena dimensão (50L/h), cujo processo de transformação consistirá em 7 fases, a
figura 1 mostra o processo de produção de uma forma esquematizada:

        1ª Fase: o volume de óleo pretendido é colocado num tanque de preparação onde
        é aquecido;
        2ª Fase: num outro tanque (tanque de pré-mistura) é misturado o metanol (ou
        etanol) e a soda cáustica (catalisador), cuja mistura é posteriormente adicionada
        num reactor ao óleo pré-aquecido. Neste reactor inicia-se o processo de
        separação do biodiesel dos outros ingredientes (como a glicerina, os reagentes
        em excesso e a soda cáustica), ou seja, ocorre a transesterificação
        3ª Fase: após a separação de biodiesel, a glicerina é removida do reactor via
        decantação;
        4ª Fase: o biodisel obtido é lavado com água pura de modo a eliminar todas as
        impurezas (restos de glicerina, de catalisador e de metanol), podendo-se também
        utilizar nesta fase pequenas quantidades de silicato de magnésio, para promover
        a purificação;
        5ª Fase: a água utilizada na lavagem do biodiesel, concentra-se na parte inferior
        do reactor;
        6ª Fase: a água é removida através de vácuo e calor:

                                                                                         11
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               7ª Fase: o biodiesel obtido é extraído do reactor para um tanque recipiente final,
               concluindo-se assim o processo.

                                       Figura 2- processo de produção da empresa

                             Tanque de                      Tanque de                          Catalisador (soda
     Óleo                    preparação                     Pré mistura                            cáustica)
                                                                                            Metanol/etanol




                                               Reactor                                  Glicerina
                                                                        Decantação
                                       Transesterificação
                                                                                        Reagentes em excesso de soda
                                                                                        cáustica



                       Lavagem com água pura




Silicato de magnésio                                            Vácuo de calor
                                               Biodiesel                               Saída de água e impurezas




                                                 Tanque

                                           Recipiente final


                                                     Fonte: realização própria


       Importa referir que, o produto final não chega a ser armazenado nas instalações, uma
       vez que se prevê que seja logo transportado, contudo, caso venha a ser necessária a sua
       armazenagem (no máximo em cerca de 15 dias), o biodiesel é um produto que não
       carece de armazenagem especial.

       Trata-se de facto de um processo muito simples, que permitirá obter um conjunto de
       vantagens para a região, nomeadamente:

             O biodisel é mais barato que os combustíveis tradicionais (realce-se a subida
               crescente, nos últimos tempos, dos preços de combustíveis;
             Pode ser misturado com o gasóleo rodoviário, em qualquer percentagem, sem
               que se necessita de qualquer adaptação nos veículos;
             Permitirá gerar emprego;




                                                                                                             12
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     Claros benefícios ambientais e consequentemente, preservação da saúde da
        população;
     Valorização dos óleos alimentares e por isso, aplicação prática de medidas de
        ecogestão;
     Geração de riqueza através de uma actividade empresarial de relevância
        económica, social e ambiental.

A    aquisição       de   equipamento    tecnologicamente    evoluído,    associado    à
adequação/remodelação das instalações e a competência dos recursos humanos a
envolver, constituirão com certeza factores que irão potenciar o desenvolvimento da
actividade da Leveforma – produção de biodiesel, Lda. a qual contribuirá
indubitavelmente para a redução do efeito poluente dos óleos alimentares no meio
ambiente e para o desenvolvimento da economia local.



5- Diagnostico


5.1- Analise do meio envolvente contextual da empresa


5.1.1 Contexto económico


O mundo está a passar pela maior crise financeira dos últimos 80 anos, Portugal não é
excepção, uma vez que a economia portuguesa desacelerou de uma forma notável desde
2008, principalmente a partir do segundo semestre.
A deterioração da economia mundial influenciou directamente a evolução da economia
portuguesa, dada a sua forte integração económica e financeira, fazendo que Portugal
voltasse a apresentar um dos crescimentos mais baixos dos membros da União
Europeia.


Os dois principais factores associados à crise internacional que contribuíram para o
aumento do défice externo da economia portuguesa em 2008 foram a quebra acentuada
da procura externa e das exportações e a evolução desfavorável dos termos de troca,
relacionado com o forte aumento, em média anual, do preço das matérias -primas, em
particular do petróleo, nos mercados internacionais.

                                                                                      13
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Os preços do Petróleo conhecem, na actualidade, uma das maiores crises de sempre.
Após as crises dos anos 70 e 80, com as guerras do Iraque e do Golfo, os anos de 2007 e
2008 constituem, até ao momento, os marcos mais significativos na história das
escaladas e subida de preços do crude.
A tendência para a subida acentuada dos preços do petróleo, revela-se a partir do inicio
do ano 2005, com um máximo intermédio alcançado em Agosto de 2006, quando foi
alcançado o record de 77,33Dls/Barril (Brent), para após um período de baixa, se
verificar retomada da subida dos preços a partir de Janeiro de 2006 e de forma mais
acentuada, acima dos máximos alcançados em 2006, a partir de finais de Outubro de
2007, para em inícios de Março de 2008 ser ultrapassada a fasquia dos 100Dls/Barril e
em Maio ultrapassados os 130Dls/Barril. Na figura 1 é possível ver-se a evolução do
preço do crude desde 1997 até Março de 2009.
A subida do preço do Petróleo, entre outras razões, é obviamente uma das explicações
para a subida do preço de venda dos combustíveis no mercado Português. Embora nos
últimos tempos o valor do crude tem vindo a baixar o preço dos combustíveis não
acompanham esta descida, estando muito próximos dos preços praticados no pico da
subida do crude em Junho de 2008. Na figura 3 é possível ver a evolução do preço do
petróleo desde 1997.


                          Figura 3- evolução do preço do petróleo em dólares




                    Fonte: elaboração própria (dados retirados do Banco de Portugal)




                                                                                                  14
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Sendo o PIB (Produto Interno Bruto) um dos principais indicadores do potencial da
economia de um país, iremos analisar os valores dos anos 2007 e 2008 (ver tabela 1) de
modo a saber o grau de desenvolvimento de Portugal, uma vez que este representa o
valor total da produção de bens e serviços.
                                         Tabela 4- PIB português

       Período de referência dos dados                     Produto interno bruto (%)

       4.º Trimestre de 2008                               -1,8

       3.º Trimestre de 2008                               0,4

       2.º Trimestre de 2008                               0,6

       1.º Trimestre de 2008                               0,8

       4.º Trimestre de 2007                               2,0

                             Fonte: INE (Instituto Nacional de Estatística)



Como se pode verificar na tabela o PIB tem vindo a diminuir ao longo destes dois
últimos anos, e o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê para Portugal uma queda
de 4,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2009.
A queda deste indicador provém da diminuição do consumo dos portugueses, oscilações
nos juros, na paragem da actividade económica entre outros factores.


A forte dependência energética do País, num contexto de energia cada vez mais cara, é
um dos problemas mais graves que Portugal enfrenta actualmente, constituindo também
uma das causas da crise geral que abala a economia e a sociedade portuguesa.

Em 2005, segundo o Eurostat, a taxa de dependência energética média da União
Europeia (25 países) atingia os 56,2%, enquanto em Portugal alcançava 99,4%. ( ver
tabela 2)

                                 Tabela 5- taxa de dependência energética

                   Países                                                      2005
                  EU 25                                                       56,2%
                  Bélgica                                                     80,7%
                 Alemanha                                                     65,1%

                                                                                                      15
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                    França                                                     54,5%
                     Itália                                                    86,8%
                    Suécia                                                     45,0%
                   Espanha                                                     85,1%
                    Irlanda                                                    90,2%
                 Reino Unido                                                   13,0%
                   Portugal                                                    99,4%
                Portugal/ UE15                                                +76,9%
                    Fonte: Comuniqué de presse – 126/2006 – 21 septembre 2006 – Eurostat



Como revelam os dados do Eurostat, em 2005, a "intensidade energética" portuguesa
era superior à média da União Europeia dos 25 países em 17,8%; e se consideramos os
15 países mais desenvolvidos (UE15), a de Portugal já era superior em 30,6%. Esta
dependência energética está associada a uma elevada ineficiência no uso da energia.

Por outras palavras, em Portugal para se produzir 1000 euros de riqueza (PIB)
consome-se mais 17,8% de energia do que a média da UE25, e mais 30,6% do que a
média da UE15. Portugal é, depois de Chipre, o país da União Europeia onde a
dependência energética é mais elevada, onde a ineficiência energética no lugar de se
reduzir, como tem sucedido na U.E, até tem aumentado nos últimos anos como revela a
tabela 3 construída com dados do Eurostat



Tabela 6:intensidade energética da economia (kg equivalente de petróleo necessário para obter 1000 euros de PIB)

          Países                        1994                      2005                 Variação 94/05 (%)
        UE 25                          231,34                     204,89                       - 11,4%
        EU 15                          206,10                     184,85                       -10,3%
       Bélgica                         240,87                     205,70                       -14,6%
      Dinamarca                        151,05                     114,12                       -24,4%
      Alemanha                         177,23                     157,02                       -11,4%
        França                         196,66                     185,47                        -5,7%
         Itália                        318,67                     241,46                       -24,2%
        Suécia                         271,36                     204,34                       -25,0%
       Espanha                         223,30                     219,23                        -1.8%
       Irlanda                         236,65                     143,92                       -39,2%
     Reino Unido                       259,71                     202,63                       -22,0%
      Portugal                         234,54                     241,43                        -2,9%
   Portugal/ EU 15                     13,8%                      30,6%
   Portugal/EU 25                      +1.4%                      17,8%
                                                Fonte: Eurostat




                                                                                                             16
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O principal consumidor de energia importada em Portugal é o sector de transportes. Já
em 2002, este sector consumia 60% do petróleo, enquanto toda a indústria
transformadora gastava 14%, os serviços 8%, e o consumo da agricultura, pescas e
industria extractiva era apenas de 4%, como mostra a tabela 4.

                       Tabela 7- consumo de petróleo por sector de actividade - 2002

                    Sectores                                                % Do total

    Agricultura, pescas e industria extractiva                                  4%

            Indústria transformadora                                            14%

                  Transportes                                                  60%

          Construção e obras públicas                                           7%

                Sector doméstico                                                7%

                    Serviços                                                    8%

                      Total                                                    100%

                         Fonte: o petróleo e Portugal – João Pulido e Pedro Fonseca




Em 1995, a importância (peso) do transporte rodoviário em Portugal era já
significativamente superior à média da União Europeia, pois correspondia a 90,3% de
todo o transporte interno, enquanto a média na UE25 era de 72,2% e, na UE15, de
76,6%. E entre 1995 e 2006, a situação agravou-se pois, em 2006, em Portugal o
transporte rodoviário correspondeu a 94,9% do transporte total interno, enquanto na
UE25 era de 77% e, na UE15, de 79,1%. Portanto, é o modo de transportes mais caro e
poluente, que agrava a ineficiência e a dependência energética que tem, em Portugal, a
quase exclusividade do transporte, pois cabe aos outros modos de transporte
(ferroviário, fluvial e marítimo) apenas 4,1% do transporte total.

Em 3 anos o transporte rodoviário de mercadorias aumentou 44%, enquanto o
ferroviário cresceu em 10 anos apenas 21% representando, em 2006, apenas 5,3%,
sendo este residual como mostra a tabela 8.




                                                                                                    17
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                       Tabela 8- importância do transporte rodoviário de mercadorias

             Transporte rodoviaro de mercadorias             Total transporte          Transporte rodoviário
             (milhões de ton/km)                          rodoviário+ferroviário
  Países                                                          2005

               2002         2005       Variaçao02/05            Milhões t/km           % Do total (rod+fer.)

  Bélgica      52889        43847          -17,1%                  51977                      84,45

Dinamarca      22516        23299           3,5%                   25267                      92,2%

Alemanha      285214       310 103          8,7%                  406524                      76,3%

  França      204359       205284           0,5%                  245985                      83,5%

 Finlândia     31967        31858           -0,3%                  41564                      76,6%

  Suécia       36652        38575           5,2%                   60358                      63,9%

 Portugal      29724        42882          44,3%                   45304                      94,7%

                                              Fonte: Eurostat




Entre 1995 e 2005, o transporte ferroviário de mercadorias passou de 2019 milhões de
t/km para 2422 milhões de t/km, ou seja, cresceu apenas 409 milhões de t/km (21%)
enquanto, entre 2002 e 2005, ou seja, em somente três anos, o transporte rodoviário de
mercadorias aumentou em 19158 milhões t/km (+44,3%). Este crescimento tão
vertiginoso do transporte rodoviário de mercadorias determinou que, já em 2005, o
transporte rodoviário representasse no total do transporte "rodoviário + ferroviário de
mercadorias" 94,7%, enquanto em países muito mais ricos, como a Alemanha,
representasse 76,3%, Finlândia 76,6%, Suécia 63,9%. Esta grave distorção determina
custos acrescidos para o Portugal, pois o transporte rodoviário, em termos de eficiência
e dependência energética, é mais caro, para além de ser mais poluente.



Em suma, a situação portuguesa não está em forma, devido a crise global e a própria
situação nacional, ainda que dos combustíveis fosseis são demasiado caros para a maior
parte dos portugueses, existe uma forte dependência do transporte rodoviário fazendo
com que os cidadãos tenham dificuldades financeiras..



                                                                                                         18
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Esta situação pode ser aproveitada pela Recitrans uma vez que esta se dedica a produção
de um combustível mais barato, e a dependência deste tipo de combustível irá crescer
devido a Directiva Comunitária 30/2003, transposta para a legislação nacional através
do Decreto-lei de Fevereiro de 2005 ( até 2020 os combustíveis fosseis terão que ser
substituído em 20% por combustíveis alternativos)



5.1.2. Contexto sociocultural


A maior parte da energia consumida no mundo provém do petróleo, carvão e do gás
natural. No entanto, essas são fontes não renováveis e prevesse o seu esgotamento num
futuro próximo (Shuchardt et al., 1998). Além disso, os combustíveis fósseis são muito
poluidores afetando o meio ambiente de forma agressiva, o que faz com que a
população mundial procurar novas. Neste contexto, os óleos vegetais aparecem como
uma alternativa para substituição do óleo diesel em motores de ignição por compressão
(Encinar et al. 1999; Canakci & Van Gerpen 2001), sendo o seu uso testado já em fins
do século XIX, produzindo resultados satisfatórios no próprio motor diesel (Nascimento
et al. 2001; Knothe 2002).
O uso de biodiesel como combustível vem crescendo aceleradamente no mundo inteiro,
pois a cadeia de produção deste combustível tem um potencial promissor em vários
sectores, tais como, social, ambiental e tecnológico (Masjuk et al. 1995; Srivastava &
Prasad 2005). O biodiesel abre oportunidades de geração de emprego no campo
(Holanda 2004), valorizando a mão de obra rural, bem como no sector industrial
valorizando a mão de obra especializada na produção do combustível. Quanto ao
aspecto ambiental a contribuição é grande, visto que haverá uma redução significativa e
quantitativa de níveis de poluição ambiental, pois o biodiesel está livre de enxofre e de
compostos aromáticos, emite menor índice de particulas, como HC, CO e CO2, não é
tóxico, é biodegradável, é oriundo de fontes renováveis (Lee, 2004) e, com isso, o
mundo poderá se beneficiar com menor emissão de carbono. No que diz respeito ao
aspecto tecnológico, os testes de desempenho de motores realizados na década de 80
com uso de 100% de biodiesel mostraram- se bastante satisfatórios, pois não
apresentaram problemas significativos (MIC 1985).
Em restrospectiva a populaçao apenas duplicou ao longo dos primeiros 17 séculos do
último milénio. Mas então surgiu o carvão, seguido pelo petróleo e do           gás, e a

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população aumentou seis vezes. Estas novas fontes de energia, especialmente o
petróleo, o mais cómodo, permitiram a expansão rápida da indústria, transporte,
comércio e agricultura, o que fez com que a economia se expandisse enormemente. Isto
foi acompanhado pelo crescimento do capital financeiro quando os bancos emprestaram
mais do que tinham em depósito, confiantes em que a Expansão do Amanhã era o
colateral para a Dívida de Hoje.
Mas agora enfrentamos o despontar da Segunda Metade da Era do Petróleo, quando a
oferta declina devido ao esgotamento natural, o que significa que a dívida se torna
difícil (como já está a acontecer) e a economia contrai-se. O abastecimento de petróleo
de hoje suporta 6,7 mil milhões de pessoas, mas em 2050 o abastecimento não será
suficiente para suportar senão cerca de 2,5 mil milhões no actual modo de vida. Assim,
o desafio de utilizar menos petróleo e descobrir outras fontes de energia é grande.
A forte dependência energética de Portugal, num contexto de energia cada vez mais
cara, é um dos problemas mais graves que o País enfrenta actualmente, constituindo
também uma das causas da crise geral que abala a economia e a sociedade portuguesa.
Em 2005, segundo o Eurostat, a taxa de dependência energética média da União
Europeia (25 países) atingia os 56,2%, enquanto em Portugal alcançava 99,4%.Esta
dependência energética está associada a uma elevada ineficiência no uso da energia, o
que constitui até uma das suas causas. Como revelam os dados do Eurostat, em 2005, a
"intensidade energética" portuguesa era superior à média da União Europeia dos 25
países em 17,8%; e se consideramos os 15 países mais desenvolvidos (UE15), a de
Portugal já era superior em 30,6%.

Neste contexto, e importante referir que Portugal tem condições para atingir e
ultrapassar o objectivo de 18% de origens renováveis de energia, considerando o seu
potencial hídrico e os produtos florestais disponíveis. Neste sentido torna-se
fundamental para o aproveitamento destes recursos uma maior consciencialização por
parte das populações e apostar em programas de educação ambiental estimulando a
sensibilização. Todavia, as mudanças nesta percepção ocorrem num ritmo mais lento do
que seria o desejável. Actualmente o chamado desenvolvimento sustentável é o único
capaz de nos dar condições de preservar os recursos naturais e condições de vida
saudável para as gerações futuras.




                                                                                       20
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É importante registar que, ao longo dos tempos, foram sentidas algumas mudanças
fundamentais nas atitudes e nos comportamentos das populações ao nível da Educação
Ambiental (EA). A partir da década de 70, a comunidade internacional começou
realmente a movimentar-se e foi nessa altura que se multiplicaram as convenções no
sentido de preservar o Ambiente. Pouco a pouco apercebemo-nos que as questões
ambientais têm uma natureza crescente a nível global e é neste plano que tem de ser
gradualmente abordadas e absorvidas.

Segundo o estudo internacional, mundialmente conhecido, “Faith Popcorn‟s
Predictions” desde de 2007 que os consumidores estão muito mais preocupados e
consciencializados sobre as consequências dos seu actos, participando activamente na
comunidade onde estão inseridos. Como consumidores tornam-se mais activos e
informados exigindo informações sobre a historia de vida dos produtos como por
exemplo a sua origem e se podem ou não ser reciclados.

Outro estudo que beneficia o nosso estudo e demonstram as mudanças comportamentais
é o da Capgemini, um dos principais fornecedores do mundo em serviços de
Consultoria, Tecnologia e Outsourcing, anunciou o Cars Online 08/09, o estudo mais
completo sobre a indústria automóvel global. O relatório realça a forma como o
comportamento de compra do consumidor nos mercados maduros e emergentes está a
mudar, assim como a forma como os fabricantes e distribuidores devem responder a
essa dinâmica de mudança para manter as suas vantagens competitivas. Este estudo
envolveu mais de 3 mil consumidores de oito países e identifica várias conclusões-
chave das quais identificamos como relevantes para o nosso estudo as seguintes:


Pela primeira vez, nos dez anos de existência deste relatório, a economia dos
combustíveis dos veículos foi considerada tão importante pelos consumidores como a
segurança e a confiança, resultado do aumento dos preços dos combustíveis e
preocupação crescente em relação a questões ambientais.

Procura    cada    vez    maior   de   veículos   com     eficiência   de   combustível
O aumento dos preços dos combustíveis está a ter um efeito significativo nas decisões
de compra dos consumidores, sendo que 90% dos inquiridos considera a economia de
combustível como um factor importante na escolha do seu veículo, em particular nos
mercados em desenvolvimento. O questionário também concluiu que existe um

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aumento na propriedade de veículos ecológicos: 36% dos inquiridos afirmam ter um
veículo com eficiência de combustíveis ou combustível alternativo (28% acima do ano
anterior) e metade diz que está a planear a compra de um veículo dessa categoria.
Apesar disso, os clientes não estão preparados para pagar para se tornarem ecológicos e
a maioria dos respondentes não espera pagar mais de 10% pela eficiência de
combustíveis num veículo.

Em Portugal, não existem ainda nenhuns estudos desenvolvidos sobre o Biodiesel e a
sua visibilidade nas populações e o conhecimento que eles têm deste.

Ao longo do desenvolvimento deste projecto fomos tendo a percepção que muitas
pessoas, tanto da nossa geração (18 e os 25 anos), como de gerações anteriores não
existe ainda o conhecimento deste produto e os seus benefícios e em muitos casos nem
o nome era familiar, quanto ao conhecimento da empresa também nos pareceu pouco
difundido. Neste âmbito podemos dizer, de uma forma muito generalizada que ainda
existe ainda uma grande carência de informação transmitida nesta região.

Uma caracterização socioeconómica do distrito, que foi publicado em livro e
apresentado recentemente, no Governo Civil de Castelo Branco, diz-nos " é um distrito
com     uma     grande     área   geográfica,   caracterizado   por    uma    população
envelhecida". Quanto ao nível de escolaridade da população, existem 40 378 habitantes
do distrito de Castelo Branco que "não têm nenhum grau de ensino". Trata-se de dados
importantes e a ter em conta no sentido de dificultarem a implementação de programas
de educação ambiental, que como já dissemos anteriormente tornam-se a “Chave” para
uma maximização destes recursos.




5.1.3. Contexto tecnológico

O desenvolvimento extremamente rápido das tecnologias que são colocadas à
disposição das empresas tem reflexos na organização e gestão empresarial. A
envolvente tecnológica impulsiona novas formas de relacionamento das empresas com
os seus clientes e implica que estas procurem inovar constantemente nas suas formas de
actuação, sendo este um factor decisivo para a sua sobrevivência e desenvolvimento.



                                                                                      22
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Em relação as tecnologias utilizadas pela empresa, estão são as mais recentes e
adequadas de acordo com a sua capacidade actual e desenvolvimento.



5.1.4. Contexto institucional

O conhecimento de todas as regras, leis e regulamentos dos países ou comunidades
económicas onde a empresa opera, são aspectos que as empresas devem conhecer com
exactidão quando estão a planear o seu desenvolvimento.
Através do curso tirado na empresa INCALCULAVEL de produção de Biodiesel, os
sócios adquiriram as principais competências e conhecimentos acerca deste tema.
Nomeadamente a legislação em vigor. Como é o caso dos seguintes decretos de lei.
        Decreto-Lei n.º 62/2006, de 21 de Março - promoção da utilização de
        biocombustíveis ou de outros combustíveis renováveis nos transportes.


        Decreto-Lei n.º 66/2006, de 22 de Março - isenção parcial e total do imposto
        sobre os produtos petrolíferos e energéticos (ISP) aos biocombustíveis, quando
        incorporados    na       gasolina   e   no   gasóleo,   utilizados   nos   transportes.


        Decreto-Lei n.º 57/2005, de 13 de Dezembro - direito à dedução de despesas
        com biocombustíveis e de reajustar o regime do direito à dedução de despesas
        resultantes da organização e participação em congressos, feiras, exposições,
        seminários e conferências.



5.2. Análise do meio envolvente transaccional


5.2.1 Concorrentes


A empresa tem sofrido um aumento da concorrência devido à facilidade da criação de
uma empresa de biodisel, assim como as novas formas de criar este biocombustíveis. As
principais empresas nacionais produtoras de biodiesel são:

        Iberol(Alhandra) 100.000 t/ano
        NUTRINVESTE-TAGOL (Almada) 80000 t/ano
        SOCIPOL (Porto) 5.000 t/ano

                                                                                            23
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        Supermatéria(Chaves) 5.000 t/ano
        SUNERGY (Sintra) 5.000 t/ano
        DIESELBASE (Setúbal) 5.000 t/ano
        BIOLOGICAL (Loures) 5.000 t/ano
        Fábrica Torrejana De Biocombustíveis, S.A (Torres Novas)
        SPACE situada em Vila Nova de Famalicão,


No entanto nem todas elas são concorrentes directos. De seguida iremos apresentar cada
um dos concorrentes por categoria.

    5.1.1   Concorrentes directos:
      5.1.1.1 Fábrica Torrejana De Biocombustíveis, S.A (Torres Novas)

A Fábrica, situada em Riachos, no concelho de Torres Novas, foi outrora a Fábrica
Torrejana de Azeites. A ideia de mudança partiu da administração, encabeçada por João
Cardoso, em 2006 depois da auscultação a técnicos nacionais e internacionais que
apontaram a produção de biodiesel como uma opção viável que estava a despertar.

Até estar em pleno funcionamento a Torrejana teve de lutar contra todos os
constrangimentos de um sector até então praticamente desconhecido mas hoje encontra-
se em plena laboração, com uma capacidade para produzir doze toneladas de biodiesel
por hora. Neste momento está a produzir dez porque o administrador entende que não
estão reunidas as condições para estar na capacidade máxima. Aliás, parte da produção
é vendida para a Petrogal e se a fábrica está a produzir dez toneladas por dia é a pedido
do cliente, já que metade desse volume chegaria para satisfazer a quota atribuída à
Torrejana, que é de 45 900 toneladas

A Torrejana utiliza habitualmente óleo de colza e óleo de soja para a sua produção,
matérias-primas cujos preços recuaram substancialmente em 2008, permitindo à
empresa reduzir as necessidades de financiamento a curto prazo.


A recente baixa de preços das matérias-primas, aliada a uma redução das taxas de juro,
significam um custo das existências consideravelmente inferior num futuro próximo.


Em 2008 estabeleceram parcerias com agricultores com o objectivo de semear colza e
girassol (cerca de 1.600 hectares no total).



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A empresa Torrejana introduziu em Portugal a planta tropical "jatropha curcas" para
produção de biodiesel. Esta planta já é muito utilizada na Índia e no Brasil para a
produção de biodiesel, tendo excelentes rendimentos e capacidade de várias produções
por ano, sem necessidade de grandes recursos hídricos Segundo João Cardoso –
administrador -, em Torres Novas foram plantados cerca de cinco mil metros quadrados
desta planta, para testar e experimentar a capacidade produtiva do óleo da „jatropha‟,
estando previsto o alargamento da área de cultivo para 50 mil metros quadrados até ao
final do ano.

A empresa importou do Brasil sementes da planta, que cedeu a viveiristas da região,
tendo por objectivo aumentar a capacidade produtiva em Portugal. Esta planta de
origem sul-americana é uma alternativa de cultura ao tradicional girassol, colza ou soja,
com a vantagem de ser menos exigente em termos de riqueza de nutrientes no solo, o
que é ideal para produzir no Alentejo, explicou o empresário, que já assinou um acordo
com a Escola Superior Agrária de Beja para o estudo e acompanhamento técnico de
uma plantação de "jatropha" em Portugal. Os países que mais investiram na produção
desta planta foram o Brasil, Índia, Moçambique e Paquistão, sendo os principais
produtores mundiais de óleo de "jatropha", para incorporarem em biodiesel.

A facturação da Torrejana de biocombustíveis, segundo Rui Cardoso, presidente da
empresa, deverá cair para 38 milhões de euros em 2009 face aos 50 milhões de 2008,
penalizada pela queda dos preços do diesel originada pela crise mundial


Esta empresa facturou 50 milhões de euros em 2008, e prevêem uma facturação de
mais de 38 milhões em 2009.


      5.1.1.2 BIOLOGICAL


A Biological - Gestão de Resíduos Industriais, LDA., criada em 2003, dedica-se à
recolha e gestão de óleos alimentares usados. Esses óleos são sujeitos a um processo de
purificação e posteriormente valorizados na produção de Biodiesel.

A recolha é efectuada em Portugal, em todos os sectores da indústria alimentar,
comércio e serviços (restauração colectiva e privada)


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Tendo como política o cumprimento da legislação actualmente em vigor,
nomeadamente no que respeita ao licenciamento de unidades gestoras de resíduos, foi
obtida a autorização de gestão de resíduos, com o número 02/2004/LVT-R9, emitida
pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento de Lisboa e Vale do Tejo, para a
operação de refinação de óleos e outras reutilizações dos mesmos.


A Biological, Lda. dispõe de uma rede de actuação em Portugal Continental e Insular
com frota própria, exercendo a sua actividade em sectores como a Indústria, o Comércio
e os Serviços, na restauração colectiva e privada, e ainda na indústria alimentar.


Alem da produção de biodisiel e da recolha de óleos usados esta empresa procede
também a limpeza de filtros, recolha e limpeza das caixas separadoras e venda de
equipamentos

      5.1.1.3 ECOLDiesel, Produção e Comercialização de Biodiesel, Lda.

É uma empresa participada pela Santa Casa da Misericórdia de Belmonte e que tem
como principal actividade a recolha de óleos vegetais usados para posterior valorização
em Biodiesel.

Actualmente, a Ecoldiesel recolhe óleos usados em mais de 500 estabelecimentos da
Beira Interior, desde restaurantes, cafés, escolas, cantinas, IPSS, hotéis, empresas
municipais, juntas de freguesias, particulares, entre outros.

A estes estabelecimentos, juntam-se outros, em que a recolha é efectuada por empresas
parceiras da ECOLDiesel alargando assim o seu âmbito de actuação a várias regiões do
país, tais como, o Algarve, Alentejo, Leiria, Lisboa, Porto.

Diariamente a carrinha da empresa percorre cerca de 300 quilómetros para recolher o
óleo usado

O biodiesel produzido é consumido internamente nas caldeiras de aquecimento, nas
viaturas de recolha de óleo ou é vendido a empresas industriais para a utilização em
máquinas. Além de aproveitar um resíduo perigoso, o biodiesel emite menos poluição.
Alguns utilizam-no em estado puro, outros juntam-lhe 20% de diesel.



                                                                                          26
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São produzidos diariamente 2000l de biodiesel.

E empresa pretende expandir a sua capacidade de Produção para 15000 Lt./dia –
elaborando por isso um Projecto de candidatura ao Sistema de Incentivos à Inovação
(QREN).

Elaborou também um Projecto em parceria com a ENERAREA - Agência Regional de
Energia do Centro e a Associação de Municípios da Cova da Beira, para recolha de óleo
em 13 Municípios e também na Diputácion de Salamanca.

Neste momento são distribuídos de 65 mini oleões com capacidade para 5,5Lt cada; 500
oleões de 30 Lt. a estabelecimentos da restauração e instituições como lares e centros de
dia; e contentores de 200 Lt. distribuídos pelas grandes superfícies.

De seguida iremos apresentar, na tabela 9, as vantagens e desvantagens competitivas
para cada um dos concorrentes directos.




                Tabela 9- vantagens e desvantagens competitivas dos concorrentes directos

                                  Vantagens                             Desvantagens
                                   Empresa pioneira        Diminuição do preço
                                   Tem como cliente a       dos combustíveis
                                    Petrogal                 fosséis.
                                   Diminuição do custo da
                                    matéria-prima
Fábrica Torrejana                  Estudos de novas
                                    formas de criação de
                                    biodiesel
                                   Rede de actuação em     Diminuição do preço
                                    Portugal Continental e   dos combustíveis
                                    Insular                  fosséis.
                                   Frota própria,
                                   Exerce a sua
BIOLOGICAL                          actividade em vários
                                    sectores
                                   Outros serviços
                                    prestados.



                                                                                                  27
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                                  Participada pela Santa               Diminuição do preço
                                   Casa da Misericórdia                  dos combustíveis
                                  Parceria com a                        fosséis.
                                   ENERAREA
                                  Recolha em mais de
ECOLDiesel                         500 estabelecimentos
                                   da Beira Interior
                                  Actuação a várias
                                   regiões do país.
                                      Fonte: elaboração própria.


    5.1.2   Concorrentes indirectos:


      5.1.2.1 Iberol - Sociedade Ibérica de Biocombustíveis e Oleaginosas, S.A. (dados
              2006)

Situa-se na quinta da hortinha em Alhandra, Lisboa. Tem um capital social
aproximadamente de 25 milhões de euros. Em 2006 esta empresa atingiu um volume de
negócio de 100 milhões de euros, prevendo um aumento de 32 milhões para o ano
seguinte. Tem uma área total de 105 000 metros quadrados onde trabalham 89 pessoas.




                              Tabela 10- números de actividade da Iberol

                                 1999                                  2006

Volume de negócios da            41,5                                  100,0
Iberol
                                                                       (+141 %)

                          Fonte: www.presidencia.pt/archive/doc/IBEROL.pdf




Os gráficos da figura 4, representam a evolução da repartição do volume de negocio da
empresa




                                                                                                 28
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                     Figura 4- evolução da repartição do volume de negócio da Iberol




                          Fonte: www.presidencia.pt/archive/doc/IBEROL.pdf




Em 2007, a empresa apresentava as seguintes capacidades instaladas e respectivas
utilizações em toneladas/por ano:



                                  11- Capacidades instaladas da Iberol

                                          Capacidade instalada                Nivel de actividade

   Extracção de óleos vegetais                        550000                           400000

      Produção de biodiesel                           120000                           100000

                          Fonte: www.presidencia.pt/archive/doc/IBEROL.pdf



Durante os anos do projecto, a IBEROL desenvolveu um intenso trabalho de pesquisa,
estudando profundamente as diferentes soluções para os processos de produção de
Biocombustíveis, não apenas nas suas componentes técnicas e tecnológicas mas
também em tudo o que se relaciona com controlo e eficiência das inerentes operações
A Iberol estabeleceu e desenvolveu parcerias com:
• IST (Instituto Superior Técnico de Lisboa)
• INETI (Instituto Nacional de Engenharia e Tecnologia Industrial)
• UC (Universidade de Coimbra)
• INIAP (Instituto Nacional de Investigação Agrária e das Pescas)



                                                                                                    29
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Este ultimo, visando a pesquisa de oleaginosas não alimentares para a produção de
óleos específicos para o biodiesel.


A IBEROL possui um competente laboratório de Controlo de Qualidade ( neste
momento em processo de Acreditação) e encontra-se certificada pelas normas
• NP EN ISO 9001: 2000
• NP EN ISO 1400: 2004



      5.1.2.2 SUNERGY (Sintra)

    Identificação da empresa

A Sunergy, Energias Renováveis, SA situada em Lisboa, iniciou-se com dois
promotores, ambos interessados no desenvolvimento comercial de recursos energéticos
alternativos e amigos do ambiente. Após um período de um ano para estudos, foi
decidido que tecnicamente e comercialmente, os bioscombustíveis eram a melhor opção
para começar em Portugal. Em Junho de 2005, o plano de negócios estava pronto e a
Sunergy, Energias Renováveis, SA foi criada e baseada em Lisboa. Em Setembro de
2005 foi feito um aumento de capital de modo a permitir a construção de uma unidade
fabril de produção de 5000 toneladas de Bio diesel em Portugal.
Em Março de 2006 dar-se-á início à produção de biodiesel, em Portugal, com uma
capacidade inicial de 5000 toneladas por ano. A produção será vendida a utilizadores
profissionais, maioritariamente no sector dos transportes


A matéria-prima utilizada pela Sunergy no processo de produção de Biodiesel, são óleos
vegetais virgens. Neste contexto, não é necessário o licenciamento para tratamento de
resíduos. Dai a classificarmos como concorrente indirecto.


A Sunergy vende equipamento profissional de produção de biodiesel com uma
capacidade de produção de 400 a 3000 litros por hora para a produção de biodiesel em
regime de outsourcing. Tendo em consideração as necessidades de cada cliente, é
possível fornecer desde apenas o reactor, até uma fábrica Turn-key, incluindo formação
e suporte técnico.




                                                                                        30
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A política da Sunergy passa por gerar electricidade com o próprio Biodiesel; e reclicar a
agua utilixada. Estas duas medidas requerem investimentos iniciais extra, mas trazem
vantagens económicas a longo prazo e vantagens para o ambiente no imediato.




      5.1.2.3 DIESELBASE
A Dieselbase, Energias Renováveis, Lda é uma empresa que tem como principal
actividade a produção de biodiesel.

Realiza também o serviço de Recolha e Tratamento de Óleos Vegetais Usados (O.V.U.)



A Dieselbase, Energias Renováveis, Lda é uma empresa que resultou de um projecto
co-financiado pelo fundo social europeu (FSE) e pelo fundo europeu de
desenvolvimento regional (FEDER).

A Dieselbase, como operador de resíduos licenciada, presta desde 2003, um serviço
gratuito directo de recolha de OVU em todo o tipo de entidades onde este resíduo é
gerado. Para tal, foi implementado um sistema de gestão de recolha de óleos vegetais
usados optimizado de maneira a minimizar os percursos e maximizar a cobertura
geográfica centrando-se essencialmente na região de Lisboa.

A Dieselbase comercializa Biodiesel a entidades que disponham de uma frota de
veículos automóveis diesel cujo seu abastecimento seja feito a partir de tanque próprio,
por exemplo as Autarquias, empresas de transportes, industrias com maquinaria Diesel.


Devido ao grande número de solicitações por parte dos pequenos consumidores a
Dieselbase, agora já dispõe de um canal de venda a estes clientes. O combustível é
adquirido ao barril, com a capacidade de cerca de 200 litros.



      5.1.2.4 SPACE situada em Vila Nova de Famalicão,

Identificação da empresa:

A Space, empresa situada em Vila Nova de Familicão, encontra-se com o projecto
aprovado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte e tem

                                                                                          31
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autorização de comercialização do Biodiesel produzido e autorização do Instituto dos
Resíduos (INR) para a actividade.

A Space – combustíveis é uma empresa recente com sede em Famalicão que apresenta
dois grandes objectivos:

         A produção de biodiesel a partir de óleos alimentares usados
         A comercialização e gestão de equipamentos de produção de biodiesel a partir
         de óleos alimentares usados.

Como principal cliente encontram-se as viaturas da Frota de Recolha de lixos
Municipais da empresa HPEM de Sintra e os autocarros das Juntas de Freguesia
aderentes a este projecto, também em Sintra.

Existem alguns clientes privados e outras câmaras municipais que começam a mostrar
interesse em implementar uma solução semelhante, como é o caso de Coimbra e Oeiras.

Tal como foi feio anteriormente iremos proceder a analise das vantagens e desvantagens
dos respectivos concorrentes indirectos. (ver tabela 11)




               Tabela 12- vantagens e desvantagens competitivas dos concorrentes indirectos

                                  Vantagens                             Desvantagens
Iberol                             Volume de negócio       Diminuição nos preços dos
                                    elevado                 combustíveis fôsseis
                                   Portfolio de produto
                                    diversificado
                                   Parcerias estabelecidas
                                    para o desenvolvimento
                                   Controlo de qualidade

SUNERGY                            Não necessita de                     Diminuição nos preços
                                    licença para produzir                 dos combustíveis
                                    biodiesel                             fôsseis

DIESELBASE                         Financiamento do FSE                 Diminuição nos preços
                                    e FEDER                               dos combustíveis
                                   Comercialização a                     fôsseis
                                    particulares
SPACE                              Portfolio de produto                 Diminuição nos preços

                                                                                                   32
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                                   diversificado                    dos combustíveis
                                  Apoio da Câmara                  fôsseis
                                   Municipal de Sintra

                                     Fonte: elaboração própria




    5.1.3 Potenciais concorrentes
        5.1.3.1. Sociopole, S.A.

A Sociopole, S.A., situada na rua do freixo no Porto desenvolve a actividade de fabrico
de sabão através de óleos usados, previamente recolhidos e reciclados pela própria
empresa. Produz unicamente sabão, e 90% da sua produção destina-se ao mercado
africano.

A empresa recolhe o resíduo, tem parcerias com várias empresas distribuídas pelo país,
daí que se possa afirmar que a recolha pode neste momento ser feita a nível nacional.

Após a recepção do resíduo, este é tratado e consumido na produção de sabão, que é
exportado.

A nível interno deve dizer-se que é uma empresa não poluente, pois não resulta do
fabrico de sabão qualquer resíduo.

Classificamos esta empresa como potencial concorrente uma vez que o processo de
fabrico de sabão e muito semelhante a do biodiesel assim como a matéria-prima é a
mesma. A qualquer altura esta empresa poderá adquirir a licença.




5.2.2 Clientes

A empresa ainda não tem clientes uma vez que ainda não começou a produção do
produto. Mas como potenciais clientes serão todos aqueles que se encontrem na área
geográfica em que a empresa irá actuar. Sendo assim os potenciais clientes serão todas
as empresas que possuírem frotas próprias e municípios.




                                                                                           33
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5.2.3 Fornecedores


Os óleos e gorduras alimentares representam uma categoria de produtos largamente
consumidos em todos os sectores da sociedade actual, ao nível da restauração, indústria
e sector doméstico. Á semelhança do que se passa com todo o tipo de produtos
consumidos, também este produto gera resíduos. A QUERCUS em 2003 citava uma
estimativa que apontava para que se produzissem cerca de 125.000 toneladas deste
resíduo por ano em Portugal, sendo apenas recolhidas 3.000 toneladas.

Neste momento a empresa conta com 150 fornecedores entre os quais empresas e
instituições. Cada uma fornece me media cerca de 30 litros de 6 em 6 semanas. Essas
empresas pertencem todas ao canal Horeca .

Não existe contrato pois é obrigatório por lei a cedência do óleo alimentar usado por
parte da restauração a empresas devidamente licenciadas para a recolha do óleo
alimentar usado, como é o caso da Recitrans.

O maior desafio é a recolha dos óleos usados no sector doméstico, pelo seu
inconveniente e falta de informação. Torna-se importante arranjar alternativas de
promoção e distribuição para cativar estes micro fornecedores.

No futuro, como aumento da capacidade de produção existirá a necessidade de chegar a
fornecedores com maiores desperdícios de óleos como por exemplo indústrias
transformadoras alimentares.

Neste âmbito, não se conhece com certezas o panorama Português, em termos de
quantidades de óleos novos consumidas, produtores de óleos usados e quantidades
geradas, operadores licenciados ou não, etc., não se controlando e fiscalizando assim
com eficácia a sua gestão. Por ser um fluxo transversal deverá ser alvo de uma gestão
global, independentemente da sua origem.

Para melhor conhecer todo o ciclo de vida dos óleos alimentares em Portugal e sua
posição em relação à Europa, de seguida pretende-se analisar o consumo de óleos
alimentares novos e a consequente conhecer a quantidade de produção de óleos
alimentares usados.




                                                                                     34
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Tabela 13 - Consumo e Capitação do total de óleos e gorduras vegetais, nos países da União Europeia em 2005:

                           Consumo de
                              óleos e           Consumo de                               População         Capitação
          País                                                       Total (t)
                             gorduras            azeite (t)                                (hab)          Média (t/hab)
                            vegetais (t)
  AT – Áustria                    196.000                 5.900            201.900          8.236.225        0,025
  BE – Bélgica                    953.000                12.400            965.400         10.478.617        0,092
  CY – Chipre                      20.000                 8.000             28.000            757.795        0,037
  CZ – República
                                   357.000 *              2.800            359.800         10.235.828        0,035
  Checa
  DE – Alemanha                 4.230.000                 40.000          4.270.000        82.469.422        0,052
  DK – Dinamarca                  424.000                  1.900            425.900         5.419.432        0,079
  EE – Estónia                    34.000 *                   100             34.100         1.346.097        0,025
  ES – Espanha                  1.216.000                470.500          1.686.500        43.398.143        0,039
  FI – Finlândia                   85.000                  1.200             86.200         5.246.096        0,016
  FR – França                   1.699.000                 99.500          1.798.500        62.702.371        0,029
  GR – Grécia                   260.000 *                258.000            518.000        11.103.965        0,047
  HU – Hungria                    216.000                  1.200            217.200        10.087.065        0,022
  IE – Irlanda                     98.000                  2.200            100.200         4.159.096        0,024
  IT – Itália                   1.593.000                837.100          2.430.100        58.607.043        0,041
  LT – Lituânia                 116.000 *                    200            116.200         3.414.304        0,034
  LV – Letónia                    38.000 *                   500             38.500         2.300.512        0,017
  MT – Malta                        5.000                    500              5.500           403.507        0,014
  NL – Holanda                  1.934.000                 12.900          1.946.900        16.319.868        0,119
  PL – Polónia                  651.000 *                  3.100            654.100        38.165.445        0,017
  PT – Portugal                 240.000 *                 70.000            310.000        10.549.424        0,029
  SE – Suécia                   271.000 *                  3.600            274.600         9.029.572        0,030
  SI – Eslovénia                  51.000 *                 1.500             52.500         2.000.474        0,026
  SK – Eslováquia               130.000 *                    800            130.800         5.387.001        0,024
  UK – Reino Unido              1.755.000                 50.400          1.805.400        60.226.500        0,030
  Média da UE-24                  690.500                 78.513            769.013        19.251.825        0,040
  Total da UE-24               16.572.000              1.884.300         18.456.300       462.043.802        0,040



Tabela 14 - Consumo total de óleos e gorduras vegetais pelas empresas de restauração e similares em Portugal
em 2005:

                                                        Portugal, 2005
             Designação                       N.º de empresas             Capitação (t/empresa)      Consumo total (t)
  Total     das    empresas       de
                                                    85.561                        1,82                   155.721
  restauração e similares
Fonte: Consumo e capitação – estimativas, População – INE [42].

Tabela 15 - Estimativa do consumo médio de óleos alimentares novos em Portugal por região em 2005:

                                                            2005
                 Região (NUT II)                          População (hab)                   Consumo médio (t)
Norte                                                                3.590.949                                     18.369
Centro                                                               1.974.302                                     10.099
Lisboa e Vale do Tejo                                                3.508.001                                     17.945
Alentejo                                                               575.549                                      2.944
Algarve                                                                414.158                                      2.119
                               Total Continente                     10.062.959                                     51.477
Açores                                                                 241.724                                      1.237
Madeira                                                                244.742                                      1.252
                     Total Regiões Autónomas                           486.465                                      2.488
Total Nacional                                                      10.549.424                                     53.965
Fonte: População – INE [42] e Consumo – estimativas.




                                                                                                                     35
Universidade da Beira Interior                                                     Projecto – Plano de Marketing


            Tabela 16 - Consumo de óleos alimentares por sector e Capitaçao, em POrtugal em 2005:

                                                          Portugal, 2005
                                        N.º de empresas ou            Consumo total de óleos   Capitação (t/empresa ou
            Designação
                                         N.º de habitantes                 alimentares (t)             t/hab)
  Sector Industrial                               127                           50.314                 396,17
  Sector da Restauração                         85.561                         155.721                   1,82
  Sector Doméstico                           10.549.424                         53.965                  0,005
  Total (estimativa)                               -                           260.000                     -
Fonte: N.º de empresas e habitantes – INE [41] e [42], restantes – estimativas.

Tabela 17 - Estimativa das quantidades de óleos e gorduras alimentares usadas geradas no ano de 2005 no
sector da indústria Agro- Alimentar:

                                                                        Estimativa das Quantidades de OAU geradas
                               Gama
                                                                                        em 2005 (t)
                             5% a 10%                                                   716 a 1.431


Tabela 18 - Quantidade de óleos e gorduras alimentares usados geradas por região no ano de 2005,
considerando que 70% do total de óleos novos consumido gera resíduo (sector da restauração):

                                    Ano 2005, considerando que 70% é resíduo
                                              Quantidade de OAN consumido               Quantidades de OAU
               Região (NUT II)
                                                     que gera resíduo (t)                   geradas (t)
    Norte                                                                43.742                         30.619
    Centro                                                               30.221                         21.155
    Lisboa e Vale do Tejo                                                36.231                         25.361
    Alentejo                                                             12.218                          8.553
    Algarve                                                              12.052                          8.436
                          Total Continente                             134.463                          94.124
    Açores                                                                2.201                          1.541
    Madeira                                                               3.135                          2.195
               Total Regiões Autónomas                                    5.336                          3.735
                            Total Nacional                             139.800                          97.860
Fonte: População – INE [42] e Consumo – estimativas.


Tabela 19 - Quantidades de óleo alimentar usado mínimas e máximas estimadas por sector para Portugal em
2005:

                                                                                     Estimativa das Quantidades de
                  Sector                                    Gama
                                                                                        OAU geradas em 2005 (t)
  Industrial                                              5% a 10%                             716 a 1.431
  Restauração                                            70% a 80%                          97.860 a 111.840
  Doméstico                                              45% a 80%                           18.505 a 32.898
                   Total                                      -                            117.081 a 146.169




Com a análise destes dados vimos que existe ainda muito óleo que não está a ser
recolhido e que a cota de mercado em relação a atracção de novos fornecedores por arte
da Recitrans pode ser alargada tendo em conta a quantidade recolhida actualmente.




                                                                                                                   36
Universidade da Beira Interior                                   Projecto – Plano de Marketing




6- Análise SWOT


                                 Análise da envolvente externa

                Oportunidades                                      Ameaças

        Poucas empresas na zona interior do              Muitos concorrentes a nível
        país                                             nacional, cujos alguns deslocam-
                                                         se até esta região a procura de
        Possibilidade de produção de                     óleos usados
        biodiesel através de varias matérias-
        primas                                           Receio da utilização de biodiesel
                                                         pela maioria dos portugueses;
        Preços dos combustíveis elevados;

        Elevada dependência energética em
        Portugal

        Aumento da preocupação com o
        meio ambiente

                                 Analise da envolvente interna

                Pontos fortes                                    Pontos fracos

        Conhecimento da zona geográfica e                Publicidade reduzida;
        entidade importantes nesta zona;
                                                         Pouca notoriedade da empresa
        Possui um Web site com muita
        informação                                       Licenças demoradas

                                                         Pesquisa e desenvolvimento;




Esta análise foi desenvolvida por Kenneth Andrews e Roland Christensen, dois
professores da Harvard Business School.
O termo SWOT resulta da conjugação das iniciais das palavras anglo-saxónicas
Strengths (forças), Weaknesses (fraquezas), Opportunities (oportunidades) e Threats
(ameaças). Assim, a análise SWOT corresponde à identificação por parte de uma
organização e de forma integrada dos principais aspectos que caracterizam a sua posição

                                                                                           37
Universidade da Beira Interior                                Projecto – Plano de Marketing


estratégica num determinado momento, tanto a nível interno como externo (forma como
a organização se relaciona com o seu meio envolvente).


Esta análise recapitula e reapresenta o material das etapas anteriores de forma dirigida.
Examina como se alinham as vantagens de desvantagens internas (forças e fraquezas)
com os factores externos positivos ou negativos (oportunidades e ameaças), no sentido
de gerar valor.




7- Situação desejada pela empresa

Este passo é a chave para todo o processo de marketing, é aqui que vamos estabelecer
aquilo que a empresa quer alcançar.

A empresa pretende alcançar os seus objectivos no curto prazo. Estes podem ser
divididos da seguinte forma.
     Objectivos não financeiros:
    •   Ser reconhecida na zona Interior do país
    •   Incentivar os habitantes desta região a reciclar o óleo usado.
    •   Conseguir uma boa imagem de marca;
    •   Angariar clientes
     Objectivos financeiros:
    •   Vender toda a sua produção diária
    •   Obter o máximo de lucro




                                                                                        38
Universidade da Beira Interior                                         Projecto – Plano de Marketing


8- Orientações Estratégicas

8.1 Segmentação, Targeting e Posicionamento
8.1.1 Segmentação


No caso da recitrans todos os clientes tem necessidades semelhantes, que é abastecer ao
menor preço possível. Não sendo possível segmentar o mercado nesta fase em que a
empresa se encontra (introdução)


É sensato pensar em maneiras de segmentar os mercados separadamente de acordo com
o sector onde actuam.

Sendo assim, após a análise de cenários, seleccionou-se todos os segmentos etários
como sendo o seu público-alvo e os principais critérios de segmentação do mercado
escolhidos são mencionados no quadro a seguir:

                            Tabela 12- Critérios utilizados na segmentação

Critérios

Geográficos                                        Portugal

Demográficos                                       Todas as faixas etárias

Pictográficos                                      Empresas com frota própria que procuram
                                                   reduzirem os custos com o abastecimento
                                                   dos veículos

Comportamentais                                    Empresas com preocupação ambiental.

                                      Fonte: elaboração própria


8.1.2 Targeting


A segmentação do mercado revela as oportunidades de segmento do mercado da
empresa. Depois disso, a empresa precisa avaliar os vários segmentos e decidir quantos
e em quais se concentrará. Mediante isso, a estratégia de targeting a empresa subdivide-


                                                                                                 39
Universidade da Beira Interior                              Projecto – Plano de Marketing


se em dois grupos principais - mercado regional e mercado nacional - que por sua vês se
subdividem.

    •   Grupo 1 – mercado regional
                Distrito de Castelo Branco
                Distrito da Guarda
    •   Grupo 2 – mercado nacional
               Restante território continental português.

Tal como se pode verificar, a melhor estratégia a seguir será a estratégia de marketing
indiferenciado: cobertura de todo o mercado com o mesmo mix, pois não existe
diferenças entre os vários grupos.



8.1.3 Posicionamento


Neste momento a Recitrans pretende posicionar-se em relação aos concorrentes através
de uma posição de diferenciação através dos factores Produto e Preço.



8.2 -Vantagem competitiva
Vantagem Competitiva é um conceito desenvolvido por Michael E. Porter no seu
best-seller Competitive Advantage e que procura mostrar a forma como a estratégia
escolhida e seguida pela organização pode determinar e sustentar o seu sucesso
competitivo.

A vantagem competitiva surge fundamentalmente do valor que uma determinada
empresa consegue criar para os seus clientes e que ultrapassa os custos de produção.
O termo valor aqui aplicado representa aquilo que os clientes estão dispostos a pagar
pelo produto ou serviço; um valor superior resulta da oferta de um produto ou serviço
com características percebidas idênticas aos da concorrência mas por um preço mais
baixo ou, alternativamente, da oferta de um produto ou serviço com benefícios
superiores aos da concorrência que mais do que compensam um preço mais elevado.




                                                                                        40
Universidade da Beira Interior                                        Projecto – Plano de Marketing


Segundo Porter, existem dois tipos básicos de vantagem competitiva: a liderança no
custo e a diferenciação, as quais, juntamente com o âmbito competitivo, definem os
diferentes tipos de estratégias genéricas.

É neste ponto o que se vai salientar a chave para conquistar e manter clientes,
entendendo as suas necessidades e o seu processo de compra melhor do que os
concorrentes o fazem e entregar mais valor.

Uma vez que a Recitrans ainda não começou a sua actividade, não tem grandes
vantagens em relação aos seus concorrentes. Uma das únicas vantagens nesta altura é a
localização estratégica escolhida.

8.3- Estratégias


8.3.1- Portefólio de Produtos e Ciclo de vida do Produto


Antes de desenvolver as estratégias para a Recitrans é necessário estudar o portfolio da
empresa, este por enquanto é composto por apenas um produto que é o biodiesel. De
seguida iremos posicionar este produto no ciclo de vida como se pode ver na figura 5.



                                 Figura 5- Ciclo de vida do produto




                                         Fonte: elaboração própria


                                                                                                41
Universidade da Beira Interior                               Projecto – Plano de Marketing


Como se pode verificar, o produto encontra-se na fase de Introdução. ou seja, As vendas
iniciais são lentas, pois os clientes potenciais passam por um estágio de
consciencialização do produto e dos seus benefícios antes de comprá-lo. Criar esse
conhecimento vai exigir gastos de promoção e divulgação.




8.3.2- Matriz BCG
A Matriz de BCG (desenvolvida pela Boston Consulting Group), como mostra a
figura 6, é utilizada no planeamento do portfólio de negócios. Recorre a duas
variáveis isoladas para efectuar a análise: a taxa de crescimento do mercado e a quota
de mercado relativa da empresa. Consoante os valores obtidos para cada uma dessas
duas variáveis, o negócio é classificado em quatro tipos diferentes (Interrogação,
Estrela, Vaca Leiteira e Cão) sendo:

               Interrogação:     Corresponde    a   negócios    com     elevado
               crescimento mas em que a empresa tem baixa quota de
               mercado. Geralmente geram fluxos financeiros muitos negativos
               pois o seu atraso na curva de experiência limita a sua
               rentabilidade e o elevado crescimento da indústria obriga à
               realização de investimentos avultados. A recomendação é
               abandonar a actividade ou aumentar a quota de mercado.

               Estrela: Representa os negócios com elevado crescimento e em
               que a empresa tem elevada quota de mercado. Geralmente
               geram fluxos financeiros pouco significativos pois se, por um
               lado o avanço na curva da experiência proporciona elevados
               retornos, por outro lado o elevado crescimento do sector obriga
               à realização de investimentos avultados. A recomendação é
               manter a liderança.

               Vaca Leiteira: É respeitante aos negócios com baixo
               crescimento e em que a empresa tem elevada quota de mercado.
               Geralmente geram fluxos financeiros muito significativos pois,
               o avanço na curva de experiência proporciona elevados retornos
               e o baixo crescimento do sector não obriga à realização de


                                                                                         42
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Plano de Marketing da Leveforma

  • 1.   Universidade da Beira Interior Departamento de Gestão e Economia Licenciatura em Marketing – 3º ano Projecto em Marketing Empresarial     Plano de Marketing da empresa Leveforma - Produção de Biodiesel, S.A Docente: Prof. Dr. João Ferreira Discentes: Christine Ferreira, nº 20365 Gonçalo Reis, nº 18695 Mª Luísa Pires, nº 20449
  • 2.     Plano de Marketing da  empresa Leveforma –  Produção de biodiesel, S.A. Promoção da Marca Recitrans 
  • 3. Universidade da Beira Interior Projecto – Plano de Marketing Conteúdo Índice de tabelas ........................................................................................................................... 3 Índice de figuras ............................................................................................................................ 4 Sumário executivo ......................................................................................................................... 5 1. Identificação da Equipa de Consultores .................................................................................... 6 2.Notas sobre a Metodologia Usada .............................................................................................. 6 4. Histórico/visão global da entidade ............................................................................................ 7 4.1.Breve história da empresa ................................................................................................... 7 4.2.Ficha de Caracterização da Entidade Destinatária .............................................................. 8 4.3 Missão e valores .................................................................................................................. 9 4.4.1 Organigrama ............................................................................................................... 10 4.5. Mercado alvo .................................................................................................................... 10 4.6. Breve caracterização da actividade principal ................................................................... 11 5- Diagnostico ............................................................................................................................. 13 5.1- Analise do meio envolvente contextual da empresa ........................................................ 13 5.1.1 Contexto económico ................................................................................................... 13 5.1.2. Contexto sociocultural............................................................................................... 19 5.1.3. Contexto tecnológico................................................................................................. 22 5.1.4. Contexto institucional ............................................................................................... 23 5.2. Análise do meio envolvente transaccional....................................................................... 23 5.2.1 Concorrentes............................................................................................................... 23 5.1.1Concorrentes directos: ................................................................................................. 24 5.1.1.1Fábrica Torrejana De Biocombustíveis, S.A (Torres Novas) ................................... 24 5.1.1.2BIOLOGICAL ......................................................................................................... 25 5.1.1.3 ECOLDiesel, Produção e Comercialização de Biodiesel, Lda............................ 26 5.1.2Concorrentes indirectos: .............................................................................................. 28 5.1.2.1Iberol - Sociedade Ibérica de Biocombustíveis e Oleaginosas, S.A. (dados 2006) .. 28 5.1.2.2SUNERGY (Sintra) .................................................................................................. 30 5.1.2.3DIESELBASE .......................................................................................................... 31 5.1.2.4SPACE situada em Vila Nova de Famalicão, .......................................................... 31 5.1.3Potenciais concorrentes ............................................................................................... 33 5.1.3.1. Sociopole, S.A. ....................................................................................................... 33 A 1
  • 4. Universidade da Beira Interior Projecto – Plano de Marketing 5.2.2 Clientes ....................................................................................................................... 33 5.2.3 Fornecedores .............................................................................................................. 34 6- Análise SWOT .......................................................................................................................... 37 7- Situação desejada pela empresa .............................................................................................. 38 8- Orientações Estratégicas ......................................................................................................... 39 8.1 Segmentação, Targeting e Posicionamento ....................................................................... 39 8.1.1 Segmentação............................................................................................................... 39 8.1.2 Targeting .................................................................................................................... 39 8.1.3 Posicionamento .......................................................................................................... 40 8.2 -Vantagem competitiva ..................................................................................................... 40 8.3- Estratégias ........................................................................................................................ 41 8.3.1- Portefólio de Produtos e Ciclo de vida do Produto................................................... 41 8.3.2- Matriz BCG ............................................................................................................... 42 8.3.3- Tipos de estratégia .................................................................................................... 44 9- Marketing Mix ........................................................................................................................ 47 9.1 Preço.................................................................................................................................. 47 9.2 Distribuição ....................................................................................................................... 48 9.3 Produto .............................................................................................................................. 49 9.4 Comunicação ..................................................................................................................... 49 9.5 Síntese do programa de acção .......................................................................................... 51 10- Orçamento ............................................................................................................................. 52 11- Implementação do plano ...................................................................................................... 53 12 – Controlo do plano ................................................................................................................ 54 Bibliografia .................................................................................................................................. 55 2
  • 5. Universidade da Beira Interior Projecto – Plano de Marketing Índice de tabelas Tabela 1- cronograma das actividade de diagnóstico do plano 7 Tabela 2- Ficha de caracterização da entidade destinatária 8 Tabela 3- recursos humanos 9 Tabela 4- PIB português 15 Tabela 5- taxa de dependência energética 15 Tabela 6:intensidade energética da economia (kg equivalente de petróleo necessário para obter 1000 euros de PIB) 16 Tabela 7- consumo de petróleo por sector de actividade - 2002 17 Tabela 8- importância do transporte rodoviário de mercadorias 18 Tabela 9- vantagens e desvantagens competitivas dos concorrentes directos 27 Tabela 10- números de actividade da Iberol 28 Tabela 12- vantagens e desvantagens competitivas dos concorrentes indirectos 32 Tabela 13 - Consumo e Capitação do total de óleos e gorduras vegetais, nos países da União Europeia em 2005: 35 Tabela 14 - Consumo total de óleos e gorduras vegetais pelas empresas de restauração e similares em Portugal em 2005: 35 Tabela 15 - Estimativa do consumo médio de óleos alimentares novos em Portugal por região em 2005: 35 Tabela 16 - Consumo de óleos alimentares por sector e Capitaçao, em POrtugal em 2005: 36 Tabela 17 - Estimativa das quantidades de óleos e gorduras alimentares usadas geradas no ano de 2005 no sector da indústria Agro- Alimentar: 36 Tabela 18 - Quantidade de óleos e gorduras alimentares usados geradas por região no ano de 2005, considerando que 70% do total de óleos novos consumido gera resíduo (sector da restauração): 36 Tabela 19 - Quantidades de óleo alimentar usado mínimas e máximas estimadas por sector para Portugal em 2005: 36 Tabela 20- síntese dos programas de acção 51 3
  • 6. Universidade da Beira Interior Projecto – Plano de Marketing Índice de figuras Figura 1- organigrama da empresa ................................................................................. 10 Figura 2- processo de produção da empresa ................................................................... 12 Figura 3- evolução do preço do petróleo em dólares...................................................... 14 Figura 4- evolução da repartição do volume de negócio da Iberol ................................ 29 Figura 5- Ciclo de vida do produto................................................................................. 41 Figura 6- Matriz BCG .................................................................................................... 43 Figura 7- Matriz Produto/Mercado ................................................................................. 45 Figura 8- esquema da estratégia de desenvolvimento .................................................... 45 Figura 9- esquema da estratégia concorrencial …………………………...……………37 Figura 10- exemplo de oleão....………………………………………………………...49 4
  • 7. Universidade da Beira Interior Projecto – Plano de Marketing Sumário executivo No plano de marketing que se segue, iremos estudar e avaliar a empresa Leveforma – Produção de Biodiesel, Lda. De modo a traçar um plano de acção para angariar novos fornecedores de biodiesel. Sendo assim, o plano encontra-se dividido em 4 partes fundamentais que são: Diagnóstico da situação, Decisões estratégicas de Marketing, Planos de Acção, Orçamento de Marketing. Na primeira parte será feito uma análise da situação da empresa em relação ao seu mercado e à sua concorrência, de modo a perceber toda a envolvente da empresa.. Na parte número dois desenvolveu-se objectivos de Marketing bem como as respectivas estratégias. Relativamente aos objectivos estes são de carácter financeiro e não financeiro, contudo, será a partir dos objectivos não financeiro que se irá traçar as estratégias para elaborar o plano de acção, nomeadamente sensibilizar as pessoas para a reciclagem de óleos usados. Para esse fim, aconselha-se que a empresa em estudo adopte uma estratégia de desenvolvimento, visto que o principal objectivo é modificar comportamentos No que diz respeito à terceira parte, tendo como base os 4P´s do marketing (produto, preço, promoção e distribuição) irão ser apresentado as acções necessárias para atingir o objectivo principal da empresa. Por fim, na última parte elaborou-se um orçamento com todos os cálculos e previsões necessárias e específicas, para a execução de todas as acções e estratégias propostas no plano. 5
  • 8. Universidade da Beira Interior Projecto – Plano de Marketing 1. Identificação da Equipa de Consultores Este plano de marketing vai ser realizado por: Christine dos santos Ferreira, 21 anos, natural de Clermont Ferrand, a residir actualmente em Nagosa – Bairro Novo 3620-400 Moimenta da Beira, portadora do B.I. nº 13338875 do arquivo de identificação de Viseu. Gonçalo Alexandre Estrela Reis, 23 anos, natural de Ervidel, a residir actualmente em Ervidel – rua dos moinhos nº 2 Ervidel 7600-240, portador do B.I nº 12457399 do arquivo de identificação de Beja Maria Luísa Henriques Pires, 24 anos, natural da Vidigueira, a residir actualmente em Charneca da Caparica – rua Gama Barros nº29 Vale Rosal 2820-275; portadora do B.I. nº 128577267 do arquivo de identificação de Beja. 2. Notas sobre a Metodologia Usada A metodologia usada foi a MPPO - Metodologia de Planeamento de Projectos por Objectivos, sendo a intervenção baseada no modelo de intervenção definido pelo Professor João Ferreira no âmbito da disciplina de Projecto em Marketing Empresarial. Foi também realizada uma breve Análise Sectorial da empresa, assim como uma Análise SWOT e comparação entre a Situação Actual e Situação desejada da Entidade Destinatária. Estas ferramentas produzem o Diagnóstico que sustenta as medidas consideradas pertinentes para a Recitrans – produção de biodiesel. A MPPO assenta no princípio da participação. A participação dos elementos da Recitrans foi bem conseguida dada a disponibilidade desde o início evidenciada pelos seus responsáveis. Esta ocorreu com os diferentes níveis hierárquicos, em diferentes momentos e para discussão de diversos assuntos relacionados com o projecto, dos quais salientamos: Novo Ramo de Actividade; 6
  • 9. Universidade da Beira Interior Projecto – Plano de Marketing Organização Interna; Análise do Sector de Actividade; Plano de Divulgação Neste relatório vamos poder observar a clarificação dos objectivos a alcançar assim como os métodos e estratégias os atingir. 3. Cronograma das actividades de Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Tabela 1- cronograma das actividade de diagnóstico do plano Medidas Março Abril Maio Visita ás instalações da empresa Reunião geral com os colaboradores da empresa Recolha de informações Reunião com a direcção Análise da situação da empresa e definição dos objectivos Reunião com a direcção para apresentar o plano final Fonte: elaboração própria 4. Histórico/visão global da entidade 4.1. Breve história da empresa Os sócios Ana Oliveira e João Morais decidiram formar uma empresa de produção de biodiesel. A ideia surgiu no contexto do desenvolvimento económico da zona centro e na preservação do ambiente, na reciclagem do óleo alimentar usado. Para evitar o processo demorado de registo de uma empresa, executaram este através do registo numa hora, o nome Leve Forma, provem da lista de nomes de empresa 7
  • 10. Universidade da Beira Interior Projecto – Plano de Marketing possíveis. Depois de a empresa estar formada e devidamente registada decidiram criar a marca pela qual sempre quiseram ser reconhecido – Recitrans. Receberam a licença de recolha de resíduos, pela Comissão de Ordenação e Desenvolvimento Regional do Centro no dia 30 de Julho de 2008, que permitiu o começo da recolha dos óleos usados na região. A 26 de Março de 2009 receberam o Alvará de utilização passada pela Câmara Municipal da Covilhã. Aderiram a uma ILE – Iniciativa Locais de Emprego cuja aprovação do projecto realizou-se a 20 de Abril de 2009. Neste momento os empresários estão a espera da licença de produção que será passada pela Alfandega. 4.2. Ficha de Caracterização da Entidade Destinatária Tabela 2- Ficha de caracterização da entidade destinatária Nome/Designação Leveforma – Produção de Biodisel, Lda. Comercial Morada Zona industrial do Canhoso Edificio Tecnat, lote C3, Cave 6200-027 Covilhã Telefone 968425118/ 969554462 E-mail Geral@recitrans.eu Página WEB www.recitrans.eu Actividade principal Produção e comercialização de biodisel Natureza jurídica Sociedade por quotas 8
  • 11. Universidade da Beira Interior Projecto – Plano de Marketing Número de matrícula 508 487 757 Capital social 5000 Euros Nº de Colaboradores 2 Logótipo Fonte: Elaboração própria 4.3 Missão e valores A Recitrans, Produção de Biodiesel Lda., surge como uma empresa inovadora no Município da Covilhã, orientada para duas áreas que se complementam entre si, o sector Ambiental e o sector de Energias Alternativas. Simultaneamente permitirá contribuir para a preservação ambiental, na medida em que fomentará a utilização de combustíveis com características menos poluidoras e evitará a poluição inerente a deposição de óleos usados, sendo uma fonte limpa, renovável, mais segura e económica de energia. A empresa contribuirá também para uma mudança de mentalidade da região, promovendo a formação/educação ambiental. Em resumo, a Recitrans rege-se pela política dos 3 R: Reciclar, Renovar e Reutilizar. 4.4 Recursos humanos Tabela 3- recursos humanos Nome Idade Habilitações Função Ana Isabel Jesus Oliveira 31 12º Ano Sócio-Gerente Sofia Isabel Simões Monteiro 24 12º Ano Escriturária Fonte: elaboração própria Neste momento a empresa encontra-se na fase de iniciação o que justifica apenas duas pessoas efectivas. No começo da actividade irão ser contratadas mais duas pessoas para a área de produção e distribuição. 9
  • 12. Universidade da Beira Interior Projecto – Plano de Marketing 4.4.1 Organigrama Figura 1- organigrama da empresa Sócio Gerente Sócio Gerente Administração João Morais Ana OIiveira Administração Sofia Produção Distribuição Fonte: elaboração própria 4.5. Mercado alvo Relativamente ao mercado, a empresa centrará a sua actuação na zona centro com especial intervenção nos distritos da Guarda e castelo Branco dada a sua proximidade com os mesmos bem como os conhecimentos que os empresários possuem deste mercado. Por outro lado, apresentando este tipo de actividade numa tendência e claramente necessária e, sendo a actividade de produção de combustíveis biodegradáveis a partir de fontes renováveis, insuficientemente explorada no centro de Portugal os mercados a explorar apresentam-se muito promissores o que garantirá a viabilidade do negocio. 10
  • 13. Universidade da Beira Interior Projecto – Plano de Marketing 4.6. Breve caracterização da actividade principal Tal como foi anteriormente referido, a actividade a desenvolver pela empresa Leveforma – Produção de Biodiesel, Lda., tem como objecto social a produção de biodiesel, prevendo-se a produção de 3000toneladas/ano. A Leveforma – Produção de biodiesel, Lda. procederá à recolha e tratamento de óleos alimentares usados, procedendo à sua reciclagem, renovação e reutilização, de modo a obter biodiesel. O biodiesel, combustível renovável e biodegradável, será obtido através de um processo de transesterificaçao (separação da glicerina do óleo vegetal), que consiste numa reacção química de óleos vegetais ou de gorduras animais com álcool (metanol), na presença de um catalisador (soda cáustica). Salienta-se que se trata de um processo contínuo, desenvolvido num processador de pequena dimensão (50L/h), cujo processo de transformação consistirá em 7 fases, a figura 1 mostra o processo de produção de uma forma esquematizada: 1ª Fase: o volume de óleo pretendido é colocado num tanque de preparação onde é aquecido; 2ª Fase: num outro tanque (tanque de pré-mistura) é misturado o metanol (ou etanol) e a soda cáustica (catalisador), cuja mistura é posteriormente adicionada num reactor ao óleo pré-aquecido. Neste reactor inicia-se o processo de separação do biodiesel dos outros ingredientes (como a glicerina, os reagentes em excesso e a soda cáustica), ou seja, ocorre a transesterificação 3ª Fase: após a separação de biodiesel, a glicerina é removida do reactor via decantação; 4ª Fase: o biodisel obtido é lavado com água pura de modo a eliminar todas as impurezas (restos de glicerina, de catalisador e de metanol), podendo-se também utilizar nesta fase pequenas quantidades de silicato de magnésio, para promover a purificação; 5ª Fase: a água utilizada na lavagem do biodiesel, concentra-se na parte inferior do reactor; 6ª Fase: a água é removida através de vácuo e calor: 11
  • 14. Universidade da Beira Interior Projecto – Plano de Marketing 7ª Fase: o biodiesel obtido é extraído do reactor para um tanque recipiente final, concluindo-se assim o processo. Figura 2- processo de produção da empresa Tanque de Tanque de Catalisador (soda Óleo preparação Pré mistura cáustica) Metanol/etanol Reactor Glicerina Decantação Transesterificação Reagentes em excesso de soda cáustica Lavagem com água pura Silicato de magnésio Vácuo de calor Biodiesel Saída de água e impurezas Tanque Recipiente final Fonte: realização própria Importa referir que, o produto final não chega a ser armazenado nas instalações, uma vez que se prevê que seja logo transportado, contudo, caso venha a ser necessária a sua armazenagem (no máximo em cerca de 15 dias), o biodiesel é um produto que não carece de armazenagem especial. Trata-se de facto de um processo muito simples, que permitirá obter um conjunto de vantagens para a região, nomeadamente:  O biodisel é mais barato que os combustíveis tradicionais (realce-se a subida crescente, nos últimos tempos, dos preços de combustíveis;  Pode ser misturado com o gasóleo rodoviário, em qualquer percentagem, sem que se necessita de qualquer adaptação nos veículos;  Permitirá gerar emprego; 12
  • 15. Universidade da Beira Interior Projecto – Plano de Marketing  Claros benefícios ambientais e consequentemente, preservação da saúde da população;  Valorização dos óleos alimentares e por isso, aplicação prática de medidas de ecogestão;  Geração de riqueza através de uma actividade empresarial de relevância económica, social e ambiental. A aquisição de equipamento tecnologicamente evoluído, associado à adequação/remodelação das instalações e a competência dos recursos humanos a envolver, constituirão com certeza factores que irão potenciar o desenvolvimento da actividade da Leveforma – produção de biodiesel, Lda. a qual contribuirá indubitavelmente para a redução do efeito poluente dos óleos alimentares no meio ambiente e para o desenvolvimento da economia local. 5- Diagnostico 5.1- Analise do meio envolvente contextual da empresa 5.1.1 Contexto económico O mundo está a passar pela maior crise financeira dos últimos 80 anos, Portugal não é excepção, uma vez que a economia portuguesa desacelerou de uma forma notável desde 2008, principalmente a partir do segundo semestre. A deterioração da economia mundial influenciou directamente a evolução da economia portuguesa, dada a sua forte integração económica e financeira, fazendo que Portugal voltasse a apresentar um dos crescimentos mais baixos dos membros da União Europeia. Os dois principais factores associados à crise internacional que contribuíram para o aumento do défice externo da economia portuguesa em 2008 foram a quebra acentuada da procura externa e das exportações e a evolução desfavorável dos termos de troca, relacionado com o forte aumento, em média anual, do preço das matérias -primas, em particular do petróleo, nos mercados internacionais. 13
  • 16. Universidade da Beira Interior Projecto – Plano de Marketing Os preços do Petróleo conhecem, na actualidade, uma das maiores crises de sempre. Após as crises dos anos 70 e 80, com as guerras do Iraque e do Golfo, os anos de 2007 e 2008 constituem, até ao momento, os marcos mais significativos na história das escaladas e subida de preços do crude. A tendência para a subida acentuada dos preços do petróleo, revela-se a partir do inicio do ano 2005, com um máximo intermédio alcançado em Agosto de 2006, quando foi alcançado o record de 77,33Dls/Barril (Brent), para após um período de baixa, se verificar retomada da subida dos preços a partir de Janeiro de 2006 e de forma mais acentuada, acima dos máximos alcançados em 2006, a partir de finais de Outubro de 2007, para em inícios de Março de 2008 ser ultrapassada a fasquia dos 100Dls/Barril e em Maio ultrapassados os 130Dls/Barril. Na figura 1 é possível ver-se a evolução do preço do crude desde 1997 até Março de 2009. A subida do preço do Petróleo, entre outras razões, é obviamente uma das explicações para a subida do preço de venda dos combustíveis no mercado Português. Embora nos últimos tempos o valor do crude tem vindo a baixar o preço dos combustíveis não acompanham esta descida, estando muito próximos dos preços praticados no pico da subida do crude em Junho de 2008. Na figura 3 é possível ver a evolução do preço do petróleo desde 1997. Figura 3- evolução do preço do petróleo em dólares Fonte: elaboração própria (dados retirados do Banco de Portugal) 14
  • 17. Universidade da Beira Interior Projecto – Plano de Marketing Sendo o PIB (Produto Interno Bruto) um dos principais indicadores do potencial da economia de um país, iremos analisar os valores dos anos 2007 e 2008 (ver tabela 1) de modo a saber o grau de desenvolvimento de Portugal, uma vez que este representa o valor total da produção de bens e serviços. Tabela 4- PIB português Período de referência dos dados Produto interno bruto (%) 4.º Trimestre de 2008 -1,8 3.º Trimestre de 2008 0,4 2.º Trimestre de 2008 0,6 1.º Trimestre de 2008 0,8 4.º Trimestre de 2007 2,0 Fonte: INE (Instituto Nacional de Estatística) Como se pode verificar na tabela o PIB tem vindo a diminuir ao longo destes dois últimos anos, e o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê para Portugal uma queda de 4,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2009. A queda deste indicador provém da diminuição do consumo dos portugueses, oscilações nos juros, na paragem da actividade económica entre outros factores. A forte dependência energética do País, num contexto de energia cada vez mais cara, é um dos problemas mais graves que Portugal enfrenta actualmente, constituindo também uma das causas da crise geral que abala a economia e a sociedade portuguesa. Em 2005, segundo o Eurostat, a taxa de dependência energética média da União Europeia (25 países) atingia os 56,2%, enquanto em Portugal alcançava 99,4%. ( ver tabela 2) Tabela 5- taxa de dependência energética Países 2005 EU 25 56,2% Bélgica 80,7% Alemanha 65,1% 15
  • 18. Universidade da Beira Interior Projecto – Plano de Marketing França 54,5% Itália 86,8% Suécia 45,0% Espanha 85,1% Irlanda 90,2% Reino Unido 13,0% Portugal 99,4% Portugal/ UE15 +76,9% Fonte: Comuniqué de presse – 126/2006 – 21 septembre 2006 – Eurostat Como revelam os dados do Eurostat, em 2005, a "intensidade energética" portuguesa era superior à média da União Europeia dos 25 países em 17,8%; e se consideramos os 15 países mais desenvolvidos (UE15), a de Portugal já era superior em 30,6%. Esta dependência energética está associada a uma elevada ineficiência no uso da energia. Por outras palavras, em Portugal para se produzir 1000 euros de riqueza (PIB) consome-se mais 17,8% de energia do que a média da UE25, e mais 30,6% do que a média da UE15. Portugal é, depois de Chipre, o país da União Europeia onde a dependência energética é mais elevada, onde a ineficiência energética no lugar de se reduzir, como tem sucedido na U.E, até tem aumentado nos últimos anos como revela a tabela 3 construída com dados do Eurostat Tabela 6:intensidade energética da economia (kg equivalente de petróleo necessário para obter 1000 euros de PIB) Países 1994 2005 Variação 94/05 (%) UE 25 231,34 204,89 - 11,4% EU 15 206,10 184,85 -10,3% Bélgica 240,87 205,70 -14,6% Dinamarca 151,05 114,12 -24,4% Alemanha 177,23 157,02 -11,4% França 196,66 185,47 -5,7% Itália 318,67 241,46 -24,2% Suécia 271,36 204,34 -25,0% Espanha 223,30 219,23 -1.8% Irlanda 236,65 143,92 -39,2% Reino Unido 259,71 202,63 -22,0% Portugal 234,54 241,43 -2,9% Portugal/ EU 15 13,8% 30,6% Portugal/EU 25 +1.4% 17,8% Fonte: Eurostat 16
  • 19. Universidade da Beira Interior Projecto – Plano de Marketing O principal consumidor de energia importada em Portugal é o sector de transportes. Já em 2002, este sector consumia 60% do petróleo, enquanto toda a indústria transformadora gastava 14%, os serviços 8%, e o consumo da agricultura, pescas e industria extractiva era apenas de 4%, como mostra a tabela 4. Tabela 7- consumo de petróleo por sector de actividade - 2002 Sectores % Do total Agricultura, pescas e industria extractiva 4% Indústria transformadora 14% Transportes 60% Construção e obras públicas 7% Sector doméstico 7% Serviços 8% Total 100% Fonte: o petróleo e Portugal – João Pulido e Pedro Fonseca Em 1995, a importância (peso) do transporte rodoviário em Portugal era já significativamente superior à média da União Europeia, pois correspondia a 90,3% de todo o transporte interno, enquanto a média na UE25 era de 72,2% e, na UE15, de 76,6%. E entre 1995 e 2006, a situação agravou-se pois, em 2006, em Portugal o transporte rodoviário correspondeu a 94,9% do transporte total interno, enquanto na UE25 era de 77% e, na UE15, de 79,1%. Portanto, é o modo de transportes mais caro e poluente, que agrava a ineficiência e a dependência energética que tem, em Portugal, a quase exclusividade do transporte, pois cabe aos outros modos de transporte (ferroviário, fluvial e marítimo) apenas 4,1% do transporte total. Em 3 anos o transporte rodoviário de mercadorias aumentou 44%, enquanto o ferroviário cresceu em 10 anos apenas 21% representando, em 2006, apenas 5,3%, sendo este residual como mostra a tabela 8. 17
  • 20. Universidade da Beira Interior Projecto – Plano de Marketing Tabela 8- importância do transporte rodoviário de mercadorias Transporte rodoviaro de mercadorias Total transporte Transporte rodoviário (milhões de ton/km) rodoviário+ferroviário Países 2005 2002 2005 Variaçao02/05 Milhões t/km % Do total (rod+fer.) Bélgica 52889 43847 -17,1% 51977 84,45 Dinamarca 22516 23299 3,5% 25267 92,2% Alemanha 285214 310 103 8,7% 406524 76,3% França 204359 205284 0,5% 245985 83,5% Finlândia 31967 31858 -0,3% 41564 76,6% Suécia 36652 38575 5,2% 60358 63,9% Portugal 29724 42882 44,3% 45304 94,7% Fonte: Eurostat Entre 1995 e 2005, o transporte ferroviário de mercadorias passou de 2019 milhões de t/km para 2422 milhões de t/km, ou seja, cresceu apenas 409 milhões de t/km (21%) enquanto, entre 2002 e 2005, ou seja, em somente três anos, o transporte rodoviário de mercadorias aumentou em 19158 milhões t/km (+44,3%). Este crescimento tão vertiginoso do transporte rodoviário de mercadorias determinou que, já em 2005, o transporte rodoviário representasse no total do transporte "rodoviário + ferroviário de mercadorias" 94,7%, enquanto em países muito mais ricos, como a Alemanha, representasse 76,3%, Finlândia 76,6%, Suécia 63,9%. Esta grave distorção determina custos acrescidos para o Portugal, pois o transporte rodoviário, em termos de eficiência e dependência energética, é mais caro, para além de ser mais poluente. Em suma, a situação portuguesa não está em forma, devido a crise global e a própria situação nacional, ainda que dos combustíveis fosseis são demasiado caros para a maior parte dos portugueses, existe uma forte dependência do transporte rodoviário fazendo com que os cidadãos tenham dificuldades financeiras.. 18
  • 21. Universidade da Beira Interior Projecto – Plano de Marketing Esta situação pode ser aproveitada pela Recitrans uma vez que esta se dedica a produção de um combustível mais barato, e a dependência deste tipo de combustível irá crescer devido a Directiva Comunitária 30/2003, transposta para a legislação nacional através do Decreto-lei de Fevereiro de 2005 ( até 2020 os combustíveis fosseis terão que ser substituído em 20% por combustíveis alternativos) 5.1.2. Contexto sociocultural A maior parte da energia consumida no mundo provém do petróleo, carvão e do gás natural. No entanto, essas são fontes não renováveis e prevesse o seu esgotamento num futuro próximo (Shuchardt et al., 1998). Além disso, os combustíveis fósseis são muito poluidores afetando o meio ambiente de forma agressiva, o que faz com que a população mundial procurar novas. Neste contexto, os óleos vegetais aparecem como uma alternativa para substituição do óleo diesel em motores de ignição por compressão (Encinar et al. 1999; Canakci & Van Gerpen 2001), sendo o seu uso testado já em fins do século XIX, produzindo resultados satisfatórios no próprio motor diesel (Nascimento et al. 2001; Knothe 2002). O uso de biodiesel como combustível vem crescendo aceleradamente no mundo inteiro, pois a cadeia de produção deste combustível tem um potencial promissor em vários sectores, tais como, social, ambiental e tecnológico (Masjuk et al. 1995; Srivastava & Prasad 2005). O biodiesel abre oportunidades de geração de emprego no campo (Holanda 2004), valorizando a mão de obra rural, bem como no sector industrial valorizando a mão de obra especializada na produção do combustível. Quanto ao aspecto ambiental a contribuição é grande, visto que haverá uma redução significativa e quantitativa de níveis de poluição ambiental, pois o biodiesel está livre de enxofre e de compostos aromáticos, emite menor índice de particulas, como HC, CO e CO2, não é tóxico, é biodegradável, é oriundo de fontes renováveis (Lee, 2004) e, com isso, o mundo poderá se beneficiar com menor emissão de carbono. No que diz respeito ao aspecto tecnológico, os testes de desempenho de motores realizados na década de 80 com uso de 100% de biodiesel mostraram- se bastante satisfatórios, pois não apresentaram problemas significativos (MIC 1985). Em restrospectiva a populaçao apenas duplicou ao longo dos primeiros 17 séculos do último milénio. Mas então surgiu o carvão, seguido pelo petróleo e do gás, e a 19
  • 22. Universidade da Beira Interior Projecto – Plano de Marketing população aumentou seis vezes. Estas novas fontes de energia, especialmente o petróleo, o mais cómodo, permitiram a expansão rápida da indústria, transporte, comércio e agricultura, o que fez com que a economia se expandisse enormemente. Isto foi acompanhado pelo crescimento do capital financeiro quando os bancos emprestaram mais do que tinham em depósito, confiantes em que a Expansão do Amanhã era o colateral para a Dívida de Hoje. Mas agora enfrentamos o despontar da Segunda Metade da Era do Petróleo, quando a oferta declina devido ao esgotamento natural, o que significa que a dívida se torna difícil (como já está a acontecer) e a economia contrai-se. O abastecimento de petróleo de hoje suporta 6,7 mil milhões de pessoas, mas em 2050 o abastecimento não será suficiente para suportar senão cerca de 2,5 mil milhões no actual modo de vida. Assim, o desafio de utilizar menos petróleo e descobrir outras fontes de energia é grande. A forte dependência energética de Portugal, num contexto de energia cada vez mais cara, é um dos problemas mais graves que o País enfrenta actualmente, constituindo também uma das causas da crise geral que abala a economia e a sociedade portuguesa. Em 2005, segundo o Eurostat, a taxa de dependência energética média da União Europeia (25 países) atingia os 56,2%, enquanto em Portugal alcançava 99,4%.Esta dependência energética está associada a uma elevada ineficiência no uso da energia, o que constitui até uma das suas causas. Como revelam os dados do Eurostat, em 2005, a "intensidade energética" portuguesa era superior à média da União Europeia dos 25 países em 17,8%; e se consideramos os 15 países mais desenvolvidos (UE15), a de Portugal já era superior em 30,6%. Neste contexto, e importante referir que Portugal tem condições para atingir e ultrapassar o objectivo de 18% de origens renováveis de energia, considerando o seu potencial hídrico e os produtos florestais disponíveis. Neste sentido torna-se fundamental para o aproveitamento destes recursos uma maior consciencialização por parte das populações e apostar em programas de educação ambiental estimulando a sensibilização. Todavia, as mudanças nesta percepção ocorrem num ritmo mais lento do que seria o desejável. Actualmente o chamado desenvolvimento sustentável é o único capaz de nos dar condições de preservar os recursos naturais e condições de vida saudável para as gerações futuras. 20
  • 23. Universidade da Beira Interior Projecto – Plano de Marketing É importante registar que, ao longo dos tempos, foram sentidas algumas mudanças fundamentais nas atitudes e nos comportamentos das populações ao nível da Educação Ambiental (EA). A partir da década de 70, a comunidade internacional começou realmente a movimentar-se e foi nessa altura que se multiplicaram as convenções no sentido de preservar o Ambiente. Pouco a pouco apercebemo-nos que as questões ambientais têm uma natureza crescente a nível global e é neste plano que tem de ser gradualmente abordadas e absorvidas. Segundo o estudo internacional, mundialmente conhecido, “Faith Popcorn‟s Predictions” desde de 2007 que os consumidores estão muito mais preocupados e consciencializados sobre as consequências dos seu actos, participando activamente na comunidade onde estão inseridos. Como consumidores tornam-se mais activos e informados exigindo informações sobre a historia de vida dos produtos como por exemplo a sua origem e se podem ou não ser reciclados. Outro estudo que beneficia o nosso estudo e demonstram as mudanças comportamentais é o da Capgemini, um dos principais fornecedores do mundo em serviços de Consultoria, Tecnologia e Outsourcing, anunciou o Cars Online 08/09, o estudo mais completo sobre a indústria automóvel global. O relatório realça a forma como o comportamento de compra do consumidor nos mercados maduros e emergentes está a mudar, assim como a forma como os fabricantes e distribuidores devem responder a essa dinâmica de mudança para manter as suas vantagens competitivas. Este estudo envolveu mais de 3 mil consumidores de oito países e identifica várias conclusões- chave das quais identificamos como relevantes para o nosso estudo as seguintes: Pela primeira vez, nos dez anos de existência deste relatório, a economia dos combustíveis dos veículos foi considerada tão importante pelos consumidores como a segurança e a confiança, resultado do aumento dos preços dos combustíveis e preocupação crescente em relação a questões ambientais. Procura cada vez maior de veículos com eficiência de combustível O aumento dos preços dos combustíveis está a ter um efeito significativo nas decisões de compra dos consumidores, sendo que 90% dos inquiridos considera a economia de combustível como um factor importante na escolha do seu veículo, em particular nos mercados em desenvolvimento. O questionário também concluiu que existe um 21
  • 24. Universidade da Beira Interior Projecto – Plano de Marketing aumento na propriedade de veículos ecológicos: 36% dos inquiridos afirmam ter um veículo com eficiência de combustíveis ou combustível alternativo (28% acima do ano anterior) e metade diz que está a planear a compra de um veículo dessa categoria. Apesar disso, os clientes não estão preparados para pagar para se tornarem ecológicos e a maioria dos respondentes não espera pagar mais de 10% pela eficiência de combustíveis num veículo. Em Portugal, não existem ainda nenhuns estudos desenvolvidos sobre o Biodiesel e a sua visibilidade nas populações e o conhecimento que eles têm deste. Ao longo do desenvolvimento deste projecto fomos tendo a percepção que muitas pessoas, tanto da nossa geração (18 e os 25 anos), como de gerações anteriores não existe ainda o conhecimento deste produto e os seus benefícios e em muitos casos nem o nome era familiar, quanto ao conhecimento da empresa também nos pareceu pouco difundido. Neste âmbito podemos dizer, de uma forma muito generalizada que ainda existe ainda uma grande carência de informação transmitida nesta região. Uma caracterização socioeconómica do distrito, que foi publicado em livro e apresentado recentemente, no Governo Civil de Castelo Branco, diz-nos " é um distrito com uma grande área geográfica, caracterizado por uma população envelhecida". Quanto ao nível de escolaridade da população, existem 40 378 habitantes do distrito de Castelo Branco que "não têm nenhum grau de ensino". Trata-se de dados importantes e a ter em conta no sentido de dificultarem a implementação de programas de educação ambiental, que como já dissemos anteriormente tornam-se a “Chave” para uma maximização destes recursos. 5.1.3. Contexto tecnológico O desenvolvimento extremamente rápido das tecnologias que são colocadas à disposição das empresas tem reflexos na organização e gestão empresarial. A envolvente tecnológica impulsiona novas formas de relacionamento das empresas com os seus clientes e implica que estas procurem inovar constantemente nas suas formas de actuação, sendo este um factor decisivo para a sua sobrevivência e desenvolvimento. 22
  • 25. Universidade da Beira Interior Projecto – Plano de Marketing Em relação as tecnologias utilizadas pela empresa, estão são as mais recentes e adequadas de acordo com a sua capacidade actual e desenvolvimento. 5.1.4. Contexto institucional O conhecimento de todas as regras, leis e regulamentos dos países ou comunidades económicas onde a empresa opera, são aspectos que as empresas devem conhecer com exactidão quando estão a planear o seu desenvolvimento. Através do curso tirado na empresa INCALCULAVEL de produção de Biodiesel, os sócios adquiriram as principais competências e conhecimentos acerca deste tema. Nomeadamente a legislação em vigor. Como é o caso dos seguintes decretos de lei. Decreto-Lei n.º 62/2006, de 21 de Março - promoção da utilização de biocombustíveis ou de outros combustíveis renováveis nos transportes. Decreto-Lei n.º 66/2006, de 22 de Março - isenção parcial e total do imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos (ISP) aos biocombustíveis, quando incorporados na gasolina e no gasóleo, utilizados nos transportes. Decreto-Lei n.º 57/2005, de 13 de Dezembro - direito à dedução de despesas com biocombustíveis e de reajustar o regime do direito à dedução de despesas resultantes da organização e participação em congressos, feiras, exposições, seminários e conferências. 5.2. Análise do meio envolvente transaccional 5.2.1 Concorrentes A empresa tem sofrido um aumento da concorrência devido à facilidade da criação de uma empresa de biodisel, assim como as novas formas de criar este biocombustíveis. As principais empresas nacionais produtoras de biodiesel são: Iberol(Alhandra) 100.000 t/ano NUTRINVESTE-TAGOL (Almada) 80000 t/ano SOCIPOL (Porto) 5.000 t/ano 23
  • 26. Universidade da Beira Interior Projecto – Plano de Marketing Supermatéria(Chaves) 5.000 t/ano SUNERGY (Sintra) 5.000 t/ano DIESELBASE (Setúbal) 5.000 t/ano BIOLOGICAL (Loures) 5.000 t/ano Fábrica Torrejana De Biocombustíveis, S.A (Torres Novas) SPACE situada em Vila Nova de Famalicão, No entanto nem todas elas são concorrentes directos. De seguida iremos apresentar cada um dos concorrentes por categoria. 5.1.1 Concorrentes directos: 5.1.1.1 Fábrica Torrejana De Biocombustíveis, S.A (Torres Novas) A Fábrica, situada em Riachos, no concelho de Torres Novas, foi outrora a Fábrica Torrejana de Azeites. A ideia de mudança partiu da administração, encabeçada por João Cardoso, em 2006 depois da auscultação a técnicos nacionais e internacionais que apontaram a produção de biodiesel como uma opção viável que estava a despertar. Até estar em pleno funcionamento a Torrejana teve de lutar contra todos os constrangimentos de um sector até então praticamente desconhecido mas hoje encontra- se em plena laboração, com uma capacidade para produzir doze toneladas de biodiesel por hora. Neste momento está a produzir dez porque o administrador entende que não estão reunidas as condições para estar na capacidade máxima. Aliás, parte da produção é vendida para a Petrogal e se a fábrica está a produzir dez toneladas por dia é a pedido do cliente, já que metade desse volume chegaria para satisfazer a quota atribuída à Torrejana, que é de 45 900 toneladas A Torrejana utiliza habitualmente óleo de colza e óleo de soja para a sua produção, matérias-primas cujos preços recuaram substancialmente em 2008, permitindo à empresa reduzir as necessidades de financiamento a curto prazo. A recente baixa de preços das matérias-primas, aliada a uma redução das taxas de juro, significam um custo das existências consideravelmente inferior num futuro próximo. Em 2008 estabeleceram parcerias com agricultores com o objectivo de semear colza e girassol (cerca de 1.600 hectares no total). 24
  • 27. Universidade da Beira Interior Projecto – Plano de Marketing A empresa Torrejana introduziu em Portugal a planta tropical "jatropha curcas" para produção de biodiesel. Esta planta já é muito utilizada na Índia e no Brasil para a produção de biodiesel, tendo excelentes rendimentos e capacidade de várias produções por ano, sem necessidade de grandes recursos hídricos Segundo João Cardoso – administrador -, em Torres Novas foram plantados cerca de cinco mil metros quadrados desta planta, para testar e experimentar a capacidade produtiva do óleo da „jatropha‟, estando previsto o alargamento da área de cultivo para 50 mil metros quadrados até ao final do ano. A empresa importou do Brasil sementes da planta, que cedeu a viveiristas da região, tendo por objectivo aumentar a capacidade produtiva em Portugal. Esta planta de origem sul-americana é uma alternativa de cultura ao tradicional girassol, colza ou soja, com a vantagem de ser menos exigente em termos de riqueza de nutrientes no solo, o que é ideal para produzir no Alentejo, explicou o empresário, que já assinou um acordo com a Escola Superior Agrária de Beja para o estudo e acompanhamento técnico de uma plantação de "jatropha" em Portugal. Os países que mais investiram na produção desta planta foram o Brasil, Índia, Moçambique e Paquistão, sendo os principais produtores mundiais de óleo de "jatropha", para incorporarem em biodiesel. A facturação da Torrejana de biocombustíveis, segundo Rui Cardoso, presidente da empresa, deverá cair para 38 milhões de euros em 2009 face aos 50 milhões de 2008, penalizada pela queda dos preços do diesel originada pela crise mundial Esta empresa facturou 50 milhões de euros em 2008, e prevêem uma facturação de mais de 38 milhões em 2009. 5.1.1.2 BIOLOGICAL A Biological - Gestão de Resíduos Industriais, LDA., criada em 2003, dedica-se à recolha e gestão de óleos alimentares usados. Esses óleos são sujeitos a um processo de purificação e posteriormente valorizados na produção de Biodiesel. A recolha é efectuada em Portugal, em todos os sectores da indústria alimentar, comércio e serviços (restauração colectiva e privada) 25
  • 28. Universidade da Beira Interior Projecto – Plano de Marketing Tendo como política o cumprimento da legislação actualmente em vigor, nomeadamente no que respeita ao licenciamento de unidades gestoras de resíduos, foi obtida a autorização de gestão de resíduos, com o número 02/2004/LVT-R9, emitida pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento de Lisboa e Vale do Tejo, para a operação de refinação de óleos e outras reutilizações dos mesmos. A Biological, Lda. dispõe de uma rede de actuação em Portugal Continental e Insular com frota própria, exercendo a sua actividade em sectores como a Indústria, o Comércio e os Serviços, na restauração colectiva e privada, e ainda na indústria alimentar. Alem da produção de biodisiel e da recolha de óleos usados esta empresa procede também a limpeza de filtros, recolha e limpeza das caixas separadoras e venda de equipamentos 5.1.1.3 ECOLDiesel, Produção e Comercialização de Biodiesel, Lda. É uma empresa participada pela Santa Casa da Misericórdia de Belmonte e que tem como principal actividade a recolha de óleos vegetais usados para posterior valorização em Biodiesel. Actualmente, a Ecoldiesel recolhe óleos usados em mais de 500 estabelecimentos da Beira Interior, desde restaurantes, cafés, escolas, cantinas, IPSS, hotéis, empresas municipais, juntas de freguesias, particulares, entre outros. A estes estabelecimentos, juntam-se outros, em que a recolha é efectuada por empresas parceiras da ECOLDiesel alargando assim o seu âmbito de actuação a várias regiões do país, tais como, o Algarve, Alentejo, Leiria, Lisboa, Porto. Diariamente a carrinha da empresa percorre cerca de 300 quilómetros para recolher o óleo usado O biodiesel produzido é consumido internamente nas caldeiras de aquecimento, nas viaturas de recolha de óleo ou é vendido a empresas industriais para a utilização em máquinas. Além de aproveitar um resíduo perigoso, o biodiesel emite menos poluição. Alguns utilizam-no em estado puro, outros juntam-lhe 20% de diesel. 26
  • 29. Universidade da Beira Interior Projecto – Plano de Marketing São produzidos diariamente 2000l de biodiesel. E empresa pretende expandir a sua capacidade de Produção para 15000 Lt./dia – elaborando por isso um Projecto de candidatura ao Sistema de Incentivos à Inovação (QREN). Elaborou também um Projecto em parceria com a ENERAREA - Agência Regional de Energia do Centro e a Associação de Municípios da Cova da Beira, para recolha de óleo em 13 Municípios e também na Diputácion de Salamanca. Neste momento são distribuídos de 65 mini oleões com capacidade para 5,5Lt cada; 500 oleões de 30 Lt. a estabelecimentos da restauração e instituições como lares e centros de dia; e contentores de 200 Lt. distribuídos pelas grandes superfícies. De seguida iremos apresentar, na tabela 9, as vantagens e desvantagens competitivas para cada um dos concorrentes directos. Tabela 9- vantagens e desvantagens competitivas dos concorrentes directos Vantagens Desvantagens  Empresa pioneira  Diminuição do preço  Tem como cliente a dos combustíveis Petrogal fosséis.  Diminuição do custo da matéria-prima Fábrica Torrejana  Estudos de novas formas de criação de biodiesel  Rede de actuação em  Diminuição do preço Portugal Continental e dos combustíveis Insular fosséis.  Frota própria,  Exerce a sua BIOLOGICAL actividade em vários sectores  Outros serviços prestados. 27
  • 30. Universidade da Beira Interior Projecto – Plano de Marketing  Participada pela Santa  Diminuição do preço Casa da Misericórdia dos combustíveis  Parceria com a fosséis. ENERAREA  Recolha em mais de ECOLDiesel 500 estabelecimentos da Beira Interior  Actuação a várias regiões do país. Fonte: elaboração própria. 5.1.2 Concorrentes indirectos: 5.1.2.1 Iberol - Sociedade Ibérica de Biocombustíveis e Oleaginosas, S.A. (dados 2006) Situa-se na quinta da hortinha em Alhandra, Lisboa. Tem um capital social aproximadamente de 25 milhões de euros. Em 2006 esta empresa atingiu um volume de negócio de 100 milhões de euros, prevendo um aumento de 32 milhões para o ano seguinte. Tem uma área total de 105 000 metros quadrados onde trabalham 89 pessoas. Tabela 10- números de actividade da Iberol 1999 2006 Volume de negócios da 41,5 100,0 Iberol (+141 %) Fonte: www.presidencia.pt/archive/doc/IBEROL.pdf Os gráficos da figura 4, representam a evolução da repartição do volume de negocio da empresa 28
  • 31. Universidade da Beira Interior Projecto – Plano de Marketing Figura 4- evolução da repartição do volume de negócio da Iberol Fonte: www.presidencia.pt/archive/doc/IBEROL.pdf Em 2007, a empresa apresentava as seguintes capacidades instaladas e respectivas utilizações em toneladas/por ano: 11- Capacidades instaladas da Iberol Capacidade instalada Nivel de actividade Extracção de óleos vegetais 550000 400000 Produção de biodiesel 120000 100000 Fonte: www.presidencia.pt/archive/doc/IBEROL.pdf Durante os anos do projecto, a IBEROL desenvolveu um intenso trabalho de pesquisa, estudando profundamente as diferentes soluções para os processos de produção de Biocombustíveis, não apenas nas suas componentes técnicas e tecnológicas mas também em tudo o que se relaciona com controlo e eficiência das inerentes operações A Iberol estabeleceu e desenvolveu parcerias com: • IST (Instituto Superior Técnico de Lisboa) • INETI (Instituto Nacional de Engenharia e Tecnologia Industrial) • UC (Universidade de Coimbra) • INIAP (Instituto Nacional de Investigação Agrária e das Pescas) 29
  • 32. Universidade da Beira Interior Projecto – Plano de Marketing Este ultimo, visando a pesquisa de oleaginosas não alimentares para a produção de óleos específicos para o biodiesel. A IBEROL possui um competente laboratório de Controlo de Qualidade ( neste momento em processo de Acreditação) e encontra-se certificada pelas normas • NP EN ISO 9001: 2000 • NP EN ISO 1400: 2004 5.1.2.2 SUNERGY (Sintra) Identificação da empresa A Sunergy, Energias Renováveis, SA situada em Lisboa, iniciou-se com dois promotores, ambos interessados no desenvolvimento comercial de recursos energéticos alternativos e amigos do ambiente. Após um período de um ano para estudos, foi decidido que tecnicamente e comercialmente, os bioscombustíveis eram a melhor opção para começar em Portugal. Em Junho de 2005, o plano de negócios estava pronto e a Sunergy, Energias Renováveis, SA foi criada e baseada em Lisboa. Em Setembro de 2005 foi feito um aumento de capital de modo a permitir a construção de uma unidade fabril de produção de 5000 toneladas de Bio diesel em Portugal. Em Março de 2006 dar-se-á início à produção de biodiesel, em Portugal, com uma capacidade inicial de 5000 toneladas por ano. A produção será vendida a utilizadores profissionais, maioritariamente no sector dos transportes A matéria-prima utilizada pela Sunergy no processo de produção de Biodiesel, são óleos vegetais virgens. Neste contexto, não é necessário o licenciamento para tratamento de resíduos. Dai a classificarmos como concorrente indirecto. A Sunergy vende equipamento profissional de produção de biodiesel com uma capacidade de produção de 400 a 3000 litros por hora para a produção de biodiesel em regime de outsourcing. Tendo em consideração as necessidades de cada cliente, é possível fornecer desde apenas o reactor, até uma fábrica Turn-key, incluindo formação e suporte técnico. 30
  • 33. Universidade da Beira Interior Projecto – Plano de Marketing A política da Sunergy passa por gerar electricidade com o próprio Biodiesel; e reclicar a agua utilixada. Estas duas medidas requerem investimentos iniciais extra, mas trazem vantagens económicas a longo prazo e vantagens para o ambiente no imediato. 5.1.2.3 DIESELBASE A Dieselbase, Energias Renováveis, Lda é uma empresa que tem como principal actividade a produção de biodiesel. Realiza também o serviço de Recolha e Tratamento de Óleos Vegetais Usados (O.V.U.) A Dieselbase, Energias Renováveis, Lda é uma empresa que resultou de um projecto co-financiado pelo fundo social europeu (FSE) e pelo fundo europeu de desenvolvimento regional (FEDER). A Dieselbase, como operador de resíduos licenciada, presta desde 2003, um serviço gratuito directo de recolha de OVU em todo o tipo de entidades onde este resíduo é gerado. Para tal, foi implementado um sistema de gestão de recolha de óleos vegetais usados optimizado de maneira a minimizar os percursos e maximizar a cobertura geográfica centrando-se essencialmente na região de Lisboa. A Dieselbase comercializa Biodiesel a entidades que disponham de uma frota de veículos automóveis diesel cujo seu abastecimento seja feito a partir de tanque próprio, por exemplo as Autarquias, empresas de transportes, industrias com maquinaria Diesel. Devido ao grande número de solicitações por parte dos pequenos consumidores a Dieselbase, agora já dispõe de um canal de venda a estes clientes. O combustível é adquirido ao barril, com a capacidade de cerca de 200 litros. 5.1.2.4 SPACE situada em Vila Nova de Famalicão, Identificação da empresa: A Space, empresa situada em Vila Nova de Familicão, encontra-se com o projecto aprovado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte e tem 31
  • 34. Universidade da Beira Interior Projecto – Plano de Marketing autorização de comercialização do Biodiesel produzido e autorização do Instituto dos Resíduos (INR) para a actividade. A Space – combustíveis é uma empresa recente com sede em Famalicão que apresenta dois grandes objectivos: A produção de biodiesel a partir de óleos alimentares usados A comercialização e gestão de equipamentos de produção de biodiesel a partir de óleos alimentares usados. Como principal cliente encontram-se as viaturas da Frota de Recolha de lixos Municipais da empresa HPEM de Sintra e os autocarros das Juntas de Freguesia aderentes a este projecto, também em Sintra. Existem alguns clientes privados e outras câmaras municipais que começam a mostrar interesse em implementar uma solução semelhante, como é o caso de Coimbra e Oeiras. Tal como foi feio anteriormente iremos proceder a analise das vantagens e desvantagens dos respectivos concorrentes indirectos. (ver tabela 11) Tabela 12- vantagens e desvantagens competitivas dos concorrentes indirectos Vantagens Desvantagens Iberol  Volume de negócio Diminuição nos preços dos elevado combustíveis fôsseis  Portfolio de produto diversificado  Parcerias estabelecidas para o desenvolvimento  Controlo de qualidade SUNERGY  Não necessita de  Diminuição nos preços licença para produzir dos combustíveis biodiesel fôsseis DIESELBASE  Financiamento do FSE  Diminuição nos preços e FEDER dos combustíveis  Comercialização a fôsseis particulares SPACE  Portfolio de produto  Diminuição nos preços 32
  • 35. Universidade da Beira Interior Projecto – Plano de Marketing diversificado dos combustíveis  Apoio da Câmara fôsseis Municipal de Sintra Fonte: elaboração própria 5.1.3 Potenciais concorrentes 5.1.3.1. Sociopole, S.A. A Sociopole, S.A., situada na rua do freixo no Porto desenvolve a actividade de fabrico de sabão através de óleos usados, previamente recolhidos e reciclados pela própria empresa. Produz unicamente sabão, e 90% da sua produção destina-se ao mercado africano. A empresa recolhe o resíduo, tem parcerias com várias empresas distribuídas pelo país, daí que se possa afirmar que a recolha pode neste momento ser feita a nível nacional. Após a recepção do resíduo, este é tratado e consumido na produção de sabão, que é exportado. A nível interno deve dizer-se que é uma empresa não poluente, pois não resulta do fabrico de sabão qualquer resíduo. Classificamos esta empresa como potencial concorrente uma vez que o processo de fabrico de sabão e muito semelhante a do biodiesel assim como a matéria-prima é a mesma. A qualquer altura esta empresa poderá adquirir a licença. 5.2.2 Clientes A empresa ainda não tem clientes uma vez que ainda não começou a produção do produto. Mas como potenciais clientes serão todos aqueles que se encontrem na área geográfica em que a empresa irá actuar. Sendo assim os potenciais clientes serão todas as empresas que possuírem frotas próprias e municípios. 33
  • 36. Universidade da Beira Interior Projecto – Plano de Marketing 5.2.3 Fornecedores Os óleos e gorduras alimentares representam uma categoria de produtos largamente consumidos em todos os sectores da sociedade actual, ao nível da restauração, indústria e sector doméstico. Á semelhança do que se passa com todo o tipo de produtos consumidos, também este produto gera resíduos. A QUERCUS em 2003 citava uma estimativa que apontava para que se produzissem cerca de 125.000 toneladas deste resíduo por ano em Portugal, sendo apenas recolhidas 3.000 toneladas. Neste momento a empresa conta com 150 fornecedores entre os quais empresas e instituições. Cada uma fornece me media cerca de 30 litros de 6 em 6 semanas. Essas empresas pertencem todas ao canal Horeca . Não existe contrato pois é obrigatório por lei a cedência do óleo alimentar usado por parte da restauração a empresas devidamente licenciadas para a recolha do óleo alimentar usado, como é o caso da Recitrans. O maior desafio é a recolha dos óleos usados no sector doméstico, pelo seu inconveniente e falta de informação. Torna-se importante arranjar alternativas de promoção e distribuição para cativar estes micro fornecedores. No futuro, como aumento da capacidade de produção existirá a necessidade de chegar a fornecedores com maiores desperdícios de óleos como por exemplo indústrias transformadoras alimentares. Neste âmbito, não se conhece com certezas o panorama Português, em termos de quantidades de óleos novos consumidas, produtores de óleos usados e quantidades geradas, operadores licenciados ou não, etc., não se controlando e fiscalizando assim com eficácia a sua gestão. Por ser um fluxo transversal deverá ser alvo de uma gestão global, independentemente da sua origem. Para melhor conhecer todo o ciclo de vida dos óleos alimentares em Portugal e sua posição em relação à Europa, de seguida pretende-se analisar o consumo de óleos alimentares novos e a consequente conhecer a quantidade de produção de óleos alimentares usados. 34
  • 37. Universidade da Beira Interior Projecto – Plano de Marketing Tabela 13 - Consumo e Capitação do total de óleos e gorduras vegetais, nos países da União Europeia em 2005: Consumo de óleos e Consumo de População Capitação País Total (t) gorduras azeite (t) (hab) Média (t/hab) vegetais (t) AT – Áustria 196.000 5.900 201.900 8.236.225 0,025 BE – Bélgica 953.000 12.400 965.400 10.478.617 0,092 CY – Chipre 20.000 8.000 28.000 757.795 0,037 CZ – República 357.000 * 2.800 359.800 10.235.828 0,035 Checa DE – Alemanha 4.230.000 40.000 4.270.000 82.469.422 0,052 DK – Dinamarca 424.000 1.900 425.900 5.419.432 0,079 EE – Estónia 34.000 * 100 34.100 1.346.097 0,025 ES – Espanha 1.216.000 470.500 1.686.500 43.398.143 0,039 FI – Finlândia 85.000 1.200 86.200 5.246.096 0,016 FR – França 1.699.000 99.500 1.798.500 62.702.371 0,029 GR – Grécia 260.000 * 258.000 518.000 11.103.965 0,047 HU – Hungria 216.000 1.200 217.200 10.087.065 0,022 IE – Irlanda 98.000 2.200 100.200 4.159.096 0,024 IT – Itália 1.593.000 837.100 2.430.100 58.607.043 0,041 LT – Lituânia 116.000 * 200 116.200 3.414.304 0,034 LV – Letónia 38.000 * 500 38.500 2.300.512 0,017 MT – Malta 5.000 500 5.500 403.507 0,014 NL – Holanda 1.934.000 12.900 1.946.900 16.319.868 0,119 PL – Polónia 651.000 * 3.100 654.100 38.165.445 0,017 PT – Portugal 240.000 * 70.000 310.000 10.549.424 0,029 SE – Suécia 271.000 * 3.600 274.600 9.029.572 0,030 SI – Eslovénia 51.000 * 1.500 52.500 2.000.474 0,026 SK – Eslováquia 130.000 * 800 130.800 5.387.001 0,024 UK – Reino Unido 1.755.000 50.400 1.805.400 60.226.500 0,030 Média da UE-24 690.500 78.513 769.013 19.251.825 0,040 Total da UE-24 16.572.000 1.884.300 18.456.300 462.043.802 0,040 Tabela 14 - Consumo total de óleos e gorduras vegetais pelas empresas de restauração e similares em Portugal em 2005: Portugal, 2005 Designação N.º de empresas Capitação (t/empresa) Consumo total (t) Total das empresas de 85.561 1,82 155.721 restauração e similares Fonte: Consumo e capitação – estimativas, População – INE [42]. Tabela 15 - Estimativa do consumo médio de óleos alimentares novos em Portugal por região em 2005: 2005 Região (NUT II) População (hab) Consumo médio (t) Norte 3.590.949 18.369 Centro 1.974.302 10.099 Lisboa e Vale do Tejo 3.508.001 17.945 Alentejo 575.549 2.944 Algarve 414.158 2.119 Total Continente 10.062.959 51.477 Açores 241.724 1.237 Madeira 244.742 1.252 Total Regiões Autónomas 486.465 2.488 Total Nacional 10.549.424 53.965 Fonte: População – INE [42] e Consumo – estimativas. 35
  • 38. Universidade da Beira Interior Projecto – Plano de Marketing Tabela 16 - Consumo de óleos alimentares por sector e Capitaçao, em POrtugal em 2005: Portugal, 2005 N.º de empresas ou Consumo total de óleos Capitação (t/empresa ou Designação N.º de habitantes alimentares (t) t/hab) Sector Industrial 127 50.314 396,17 Sector da Restauração 85.561 155.721 1,82 Sector Doméstico 10.549.424 53.965 0,005 Total (estimativa) - 260.000 - Fonte: N.º de empresas e habitantes – INE [41] e [42], restantes – estimativas. Tabela 17 - Estimativa das quantidades de óleos e gorduras alimentares usadas geradas no ano de 2005 no sector da indústria Agro- Alimentar: Estimativa das Quantidades de OAU geradas Gama em 2005 (t) 5% a 10% 716 a 1.431 Tabela 18 - Quantidade de óleos e gorduras alimentares usados geradas por região no ano de 2005, considerando que 70% do total de óleos novos consumido gera resíduo (sector da restauração): Ano 2005, considerando que 70% é resíduo Quantidade de OAN consumido Quantidades de OAU Região (NUT II) que gera resíduo (t) geradas (t) Norte 43.742 30.619 Centro 30.221 21.155 Lisboa e Vale do Tejo 36.231 25.361 Alentejo 12.218 8.553 Algarve 12.052 8.436 Total Continente 134.463 94.124 Açores 2.201 1.541 Madeira 3.135 2.195 Total Regiões Autónomas 5.336 3.735 Total Nacional 139.800 97.860 Fonte: População – INE [42] e Consumo – estimativas. Tabela 19 - Quantidades de óleo alimentar usado mínimas e máximas estimadas por sector para Portugal em 2005: Estimativa das Quantidades de Sector Gama OAU geradas em 2005 (t) Industrial 5% a 10% 716 a 1.431 Restauração 70% a 80% 97.860 a 111.840 Doméstico 45% a 80% 18.505 a 32.898 Total - 117.081 a 146.169 Com a análise destes dados vimos que existe ainda muito óleo que não está a ser recolhido e que a cota de mercado em relação a atracção de novos fornecedores por arte da Recitrans pode ser alargada tendo em conta a quantidade recolhida actualmente. 36
  • 39. Universidade da Beira Interior Projecto – Plano de Marketing 6- Análise SWOT Análise da envolvente externa Oportunidades Ameaças Poucas empresas na zona interior do Muitos concorrentes a nível país nacional, cujos alguns deslocam- se até esta região a procura de Possibilidade de produção de óleos usados biodiesel através de varias matérias- primas Receio da utilização de biodiesel pela maioria dos portugueses; Preços dos combustíveis elevados; Elevada dependência energética em Portugal Aumento da preocupação com o meio ambiente Analise da envolvente interna Pontos fortes Pontos fracos Conhecimento da zona geográfica e Publicidade reduzida; entidade importantes nesta zona; Pouca notoriedade da empresa Possui um Web site com muita informação Licenças demoradas Pesquisa e desenvolvimento; Esta análise foi desenvolvida por Kenneth Andrews e Roland Christensen, dois professores da Harvard Business School. O termo SWOT resulta da conjugação das iniciais das palavras anglo-saxónicas Strengths (forças), Weaknesses (fraquezas), Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças). Assim, a análise SWOT corresponde à identificação por parte de uma organização e de forma integrada dos principais aspectos que caracterizam a sua posição 37
  • 40. Universidade da Beira Interior Projecto – Plano de Marketing estratégica num determinado momento, tanto a nível interno como externo (forma como a organização se relaciona com o seu meio envolvente). Esta análise recapitula e reapresenta o material das etapas anteriores de forma dirigida. Examina como se alinham as vantagens de desvantagens internas (forças e fraquezas) com os factores externos positivos ou negativos (oportunidades e ameaças), no sentido de gerar valor. 7- Situação desejada pela empresa Este passo é a chave para todo o processo de marketing, é aqui que vamos estabelecer aquilo que a empresa quer alcançar. A empresa pretende alcançar os seus objectivos no curto prazo. Estes podem ser divididos da seguinte forma.  Objectivos não financeiros: • Ser reconhecida na zona Interior do país • Incentivar os habitantes desta região a reciclar o óleo usado. • Conseguir uma boa imagem de marca; • Angariar clientes  Objectivos financeiros: • Vender toda a sua produção diária • Obter o máximo de lucro 38
  • 41. Universidade da Beira Interior Projecto – Plano de Marketing 8- Orientações Estratégicas 8.1 Segmentação, Targeting e Posicionamento 8.1.1 Segmentação No caso da recitrans todos os clientes tem necessidades semelhantes, que é abastecer ao menor preço possível. Não sendo possível segmentar o mercado nesta fase em que a empresa se encontra (introdução) É sensato pensar em maneiras de segmentar os mercados separadamente de acordo com o sector onde actuam. Sendo assim, após a análise de cenários, seleccionou-se todos os segmentos etários como sendo o seu público-alvo e os principais critérios de segmentação do mercado escolhidos são mencionados no quadro a seguir: Tabela 12- Critérios utilizados na segmentação Critérios Geográficos Portugal Demográficos Todas as faixas etárias Pictográficos Empresas com frota própria que procuram reduzirem os custos com o abastecimento dos veículos Comportamentais Empresas com preocupação ambiental. Fonte: elaboração própria 8.1.2 Targeting A segmentação do mercado revela as oportunidades de segmento do mercado da empresa. Depois disso, a empresa precisa avaliar os vários segmentos e decidir quantos e em quais se concentrará. Mediante isso, a estratégia de targeting a empresa subdivide- 39
  • 42. Universidade da Beira Interior Projecto – Plano de Marketing se em dois grupos principais - mercado regional e mercado nacional - que por sua vês se subdividem. • Grupo 1 – mercado regional Distrito de Castelo Branco Distrito da Guarda • Grupo 2 – mercado nacional Restante território continental português. Tal como se pode verificar, a melhor estratégia a seguir será a estratégia de marketing indiferenciado: cobertura de todo o mercado com o mesmo mix, pois não existe diferenças entre os vários grupos. 8.1.3 Posicionamento Neste momento a Recitrans pretende posicionar-se em relação aos concorrentes através de uma posição de diferenciação através dos factores Produto e Preço. 8.2 -Vantagem competitiva Vantagem Competitiva é um conceito desenvolvido por Michael E. Porter no seu best-seller Competitive Advantage e que procura mostrar a forma como a estratégia escolhida e seguida pela organização pode determinar e sustentar o seu sucesso competitivo. A vantagem competitiva surge fundamentalmente do valor que uma determinada empresa consegue criar para os seus clientes e que ultrapassa os custos de produção. O termo valor aqui aplicado representa aquilo que os clientes estão dispostos a pagar pelo produto ou serviço; um valor superior resulta da oferta de um produto ou serviço com características percebidas idênticas aos da concorrência mas por um preço mais baixo ou, alternativamente, da oferta de um produto ou serviço com benefícios superiores aos da concorrência que mais do que compensam um preço mais elevado. 40
  • 43. Universidade da Beira Interior Projecto – Plano de Marketing Segundo Porter, existem dois tipos básicos de vantagem competitiva: a liderança no custo e a diferenciação, as quais, juntamente com o âmbito competitivo, definem os diferentes tipos de estratégias genéricas. É neste ponto o que se vai salientar a chave para conquistar e manter clientes, entendendo as suas necessidades e o seu processo de compra melhor do que os concorrentes o fazem e entregar mais valor. Uma vez que a Recitrans ainda não começou a sua actividade, não tem grandes vantagens em relação aos seus concorrentes. Uma das únicas vantagens nesta altura é a localização estratégica escolhida. 8.3- Estratégias 8.3.1- Portefólio de Produtos e Ciclo de vida do Produto Antes de desenvolver as estratégias para a Recitrans é necessário estudar o portfolio da empresa, este por enquanto é composto por apenas um produto que é o biodiesel. De seguida iremos posicionar este produto no ciclo de vida como se pode ver na figura 5. Figura 5- Ciclo de vida do produto Fonte: elaboração própria 41
  • 44. Universidade da Beira Interior Projecto – Plano de Marketing Como se pode verificar, o produto encontra-se na fase de Introdução. ou seja, As vendas iniciais são lentas, pois os clientes potenciais passam por um estágio de consciencialização do produto e dos seus benefícios antes de comprá-lo. Criar esse conhecimento vai exigir gastos de promoção e divulgação. 8.3.2- Matriz BCG A Matriz de BCG (desenvolvida pela Boston Consulting Group), como mostra a figura 6, é utilizada no planeamento do portfólio de negócios. Recorre a duas variáveis isoladas para efectuar a análise: a taxa de crescimento do mercado e a quota de mercado relativa da empresa. Consoante os valores obtidos para cada uma dessas duas variáveis, o negócio é classificado em quatro tipos diferentes (Interrogação, Estrela, Vaca Leiteira e Cão) sendo: Interrogação: Corresponde a negócios com elevado crescimento mas em que a empresa tem baixa quota de mercado. Geralmente geram fluxos financeiros muitos negativos pois o seu atraso na curva de experiência limita a sua rentabilidade e o elevado crescimento da indústria obriga à realização de investimentos avultados. A recomendação é abandonar a actividade ou aumentar a quota de mercado. Estrela: Representa os negócios com elevado crescimento e em que a empresa tem elevada quota de mercado. Geralmente geram fluxos financeiros pouco significativos pois se, por um lado o avanço na curva da experiência proporciona elevados retornos, por outro lado o elevado crescimento do sector obriga à realização de investimentos avultados. A recomendação é manter a liderança. Vaca Leiteira: É respeitante aos negócios com baixo crescimento e em que a empresa tem elevada quota de mercado. Geralmente geram fluxos financeiros muito significativos pois, o avanço na curva de experiência proporciona elevados retornos e o baixo crescimento do sector não obriga à realização de 42