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Professora: Sara Falcão
Farmacologia do Sistema Nervoso
Autônomo Parassimpático
Transmissão Colinérgica
(Mediadores Químicos)
Comparação da Transmissão
Acetilcolina
- É um efetor da
contração
muscular na junção
Neuromuscular
• Neurotransmissor
das
junções pré-
ganglionares
do SNA
• Atua por meio de 2
tipos
de receptores:
Efeitos sobre Sistemas e Órgãos
 Agonistas muscarínicos: Conhecimento dos
efeitos da estimulação dos nervos
parassimpáticos e da distribuição dos receptores
muscarínicos.
 Agonistas nicotínicos são previsíveis com base
no conhecimento da fisiologia dos gânglios
autônomos e da placa motora terminal do
músculo esquelético.
Drogas Colinomiméticas
 São estimulantes dos receptores de acetilcolina e
inibidores da colinesterase (imitam a ação da
acetilcolina)
 Classificados pelo:
 Espectro de Ação (dependente do receptor
ativado – nicotinico ou mucarinico)
 Mecanismo de Ação: Diretos (receptores
colinérgicos) ou Indiretos (inibem a hidrólise da
acetilcolina endógena)
Receptores Colinérgicos
Tipos Localização
M1 Nervos
M2 Coração, nervos, músculo liso
M3 Glândulas, músculo liso, endotélio
M4 SNC
M5 SNC
Nm Junção neuromuscular dos músculos
esqueléticos
Nn Corpo celular pós ganglionar, dendritos
M1 e M3: ligados a proteína G excitatória
M2 e M4: ligados a proteína G inibitória
Receptores Nicotínicos
Espectro de Ação
 Fármacos
 Seletivas para muscarinicos
 Seletiva para nicotinicos
 Seletiva para nicotinicos nos gânglios e menos
nas junções neuromusculares.
 Seletividade Farmacocinética: vias de
administração
 Estimulantes muscarínicos: via tópica – superfície
do olho para modificar a função ocular,
minimizando os efeitos sistêmicos.
Modo de Ação
 Ação direta ou indireta
 Direta: ligam-se a receptores muscarínicos e
nicotínicos, ativando-os
 Indireta: inibem a acetilcolinesterase que
hidrolisa a acetilcolina em colina e ácido acético,
desta forma aumentando a concentração de
acetilcolina nas fendas sinápticas e nas junções
neuroefetoras.
 Excesso = respostas intensificadas
 Inibem a butirilcolinesterase ou
pseudocolinesterase: quando presentes em altas
concentrações
 Carbamatos e neostigmina – ativam os receptores
colinérgicos nicotínicos neuromusculares e
Farmacologia Clínica
 Principais usos terapêuticos:
 Doenças dos Olhos (glaucoma, esotropia
acomodativa)
 TGI e Trato urinário (atonia pós-operatória,
bexiga neurogênica)
 Junção Neuromuscular (miastenia grave,
paralisia neuromuscular induzida por curare)
 Coração (arritmias atriais)
 Drogas de Ação indireta: Superdosagem de
Farmacologia Clínica
 Donepezil, Rivastigmina, Galantamina
 Usados em Doença de Alzheimer e outras
afecções que provocam disfunção
cognitiva e demência
 Produzem alívio sintomático modesto ao
reduzirem a velocidade de progressão do
déficit cognitivo, funcionais e de
comportamento
Efeitos sobre Sistemas e Órgãos
 Olho: Agonistas muscarínicos no saco
conjuntival provoca contração do músculo liso
do esfíncter da íris (resultando em miose) e do
músculo ciliar (produzindo acomodação).
 Uso clínico:
 Glaucoma: doença caracterizada pelo
aumento da pressão intraocular
 Primário:
 Ângulo fechado ou Ângulo Aberto
 Secundário: traumatismo, inflamação ou
procedimento cirúrgico
Efeitos sobre Sistemas e Órgãos
 Olho:
 Estimulantes muscarínicos e inibidores da
acetilcolinesterase reduzem a pressão intra-
ocular ao produzir contração do corpo ciliar, de
modo a facilitar o fluxo de humor aquoso e talvez
ao diminuir sua taxa de secreção.
 Agonistas diretos (pilocarpina, metacolina,
carbacol)
 Inibidores da Colinesterase (fisostigmina,
demecário, ecotiofato, isoflurofato)
 Glaucoma de ângulo fechado (emergência
médica) inicialmente tratada com drogas, logo
cirurgia para correção permanente.
Efeitos sobre Sistemas e Órgãos
 Olho:
 Glaucoma de ângulo aberto ou glaucoma
secundário: não passíveis de correção cirúrgica
(técnicas a laser)
 Tratamento farmacológico a longo prazo:
parassimpatocomiméticos, adrenalina,
bloqueadores dos receptores beta adrenérgicos
e inibidores da anidrase carbônica
 Pilocarpina (gotas ou película de plástico
colocada no saco conjuntival)
 Carbacol (gotas)
 Demecário e Ecotiofato (ação prolongada,
casos outros fármacos não resolvam)
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 Olho:
 Esotropia Acomodativa: (estrabismo – erro
de acomodação) em crianças de pouca idade
tratadas com agonistas colinomiméticos.
Farmacologia Clínica
 TGI e Trato Urinário:
 Depressão da atividade do músculo liso sem
obstrução: drogas diretas ou indiretas podem ser
úteis.
 Íleo paralítico pós operatório: atonia ou paralisia
do estômago ou do intestino após manipulação
cirúrgica.
 Megacólon congênito
 Retenção urinária: pós operatório ou pós parto ou
ainda secundária a uma lesão ou doença da
medula espinhal (bexiga neurogênica)
 Aumentar o tônus do esfíncter esofágico inferior
em pacientes com esofagite de refluxo.
Farmacologia Clínica
 TGI e Trato Urinário:
 Betanecol: mais utilizado (ação direta)
 Para problemas gastrintestinais: via oral de 10 a 25mg
3 a 4 vezes ao dia
 Retenção urinária: via subcutânea – 5mg – repetido
em 30 minutos caso haja necessidade.
 Neostigmina: mais utilizado (ação indireta)
 Íleo paralítico ou atonia da bexiga: via subcutânea, 0,5
a 1mg / via oral 15mg
 Certeza de não haver obstrução mecânica ao fluxo,
caso contrário, há exacerbação do problema e
perfuração em consequência do aumento da pressão.
Farmacologia Clínica
 Miastenia grave: doença que afeta as junções
neuromusculares dos músculos esqueléticos,
processo auto-imune que induz a produção de
anticorpos, diminuindo o número de receptores
nicotínicos funcionais nas placas terminais pós-
juncionais.
 Sintomas: fraqueza, fadiga (desaparecem com o
repouso e agravam-se com o exercício
 Afetam qualquer músculo esquelético, mais
acometem mais os pequenos músculos da
cabeça, do pescoço e dos membros.
 Dificuldade na fala e na deglutição e fraqueza
dos membros.
Farmacologia Clínica
 Miastenia Grave:
 Extremamente sensíveis à ação de drogas
curariformes e de outros fármacos que interferem
na transmissão neuromuscular (antibióticos
aminoglicosídeos)
 Tratamento farmacológico: drogas de ação
indireta
 Timectomia ou terapia imunossupressora
(adrenocorticosteróides e ciclosporina)
 Edrôfonio: teste diagnóstico - via endovenosa –
2mg (medidas basais de força muscular) 45
segundos mais 8mg – Diagnóstico de
miastenia: melhora muscular em 5 minutos
Farmacologia Clínica
 Miastenia Grave:
 Doses excessivas por drogas de ação indireta:
agravam a fraqueza muscular (crise
miastênica)
 Terapia a longo prazo: neostigmina,
piridostigmina ou ambenônio
 Ação curta – Doses frequentes
 Neostigmina (a cada 2 ou 4 horas)
 Piridostigmina e Ambenônio (3 a 6 horas)
 Preparações de liberação prolongada
Farmacologia Clínica
 Cirurgias
 Bloqueio neuromuscular produzido com
adjuvante da anestesia cirúrgica, utilizando
relaxantes neuromusculares (curare, pancurônio).
 Reversão desta paralisia farmacológica: drogas
de ação indireta
 Neostigmina e Edrofônio (via intravenosa ou
intramuscular para efeito imediato)
Agonistas Muscarínicos
 a) Pilocarpina e carbacol:
Tratamento de glacucoma (tópico)
Xerostomia e halitose (pilocarpina)
 b) Betanecol (Liberan), v.o., s.c.
Tratamento da distensão abdominal pós-operatória
(Aumento da motilidade gastrintestinal), retenção
urinária e
retenção gástrica;
 • Contra-indicações: obstrução mecânica das vias
urinárias ou TGI, asma brônquica, úlcera péptica,
hipotensão ou acentuada bradicardia).
Drogas de Ação Indireta
 As ações da acetilcolina liberada dos nervos
autônomos e motores somáticos são interrompidas
com a destruição enzimática da molécula (hidrólise
efetuada pela acetilcolinesterase) encontrada em
altas concentrações nas sinapses colinérgicas.
 Fármacos de ação indireta atuam diretamente no
sítio ativo desta enzima, embora alguns possuam
ação nos receptores nicotínicos.
 Uso mais importante: como inseticidas, embora
alguns tenham aplicações terapêuticas
Anticolinesterásicos
 a) Os inibidores reversíveis podem ser de ação
curta (edrofônio) ou média (neostigmina,
fisostigmina).
 b) Os inibidores irreversíveis são de ação
extremamente longa: organofosfatos, diflos,
ecotiopatos;
•Bradicardia, hipotensão, secreções excessivas,
broncoconstrição, hipermotilidade gastrintestinal e
redução da pressão intra-ocular;
•No músculo esquelético, provoca aumento na tensão
da contração espasmódica e pode produzir bloqueio
Drogas de Ação Indireta
Usos Duração de Ação
Álcoois
Edrofônio Miatenia grave, íleo,
arritmias
5 a 15 minutos
Carbamatos e
Agentes Correlatos
Neostigmina Miastenia grave, íleo
paralítico
0,5 a 2 horas
Piridostigmina Miastenia grave 3 a 6 horas
Fisostigmina Glaucoma 0,5 a 2 horas
Ambenônio Miastenia grave 4 a 8 horas
Demecário Glaucoma 4 a 6 horas
Organofosforados
Ecotiofato Glaucoma 100 horas
Anticolinesterásicos Irreversíveis
 Compostos organoclorados:
DDT, DDD, BHC, Aldrin e Endossulfan
 Compostos organofosforados:
Clorpirifós, Coumafós, Diazinon, Diclorvos (DDVP),
Fenitrotion, Fenthion, Supona (Clorfenvinfos) e
Triclorfon (Metrifonato).
 Compostos carbamatos:
Carbaril, Propoxur, Trisdimetilditiocarbamato, Aldicarb e
Carbofuran.
Sinais de Intoxicação
 Crise colinérgica:
Distúrbios gastrintestinais (náuseas, vômitos, diarréia,
salivação excessiva)
Distúrbio respiratório (broncoespasmo, e aumento das
secreções brônquicas)
Alterações cardiovasculares (bradicardia, bloqueio AV,
hipotensão.
Obs: pode haver taquicardia reflexa devido à hipotensão e
à liberação de adrenalina pelas adrenais)
Distúrbios visuais (visão embaçada, miose) / Sudorese
Perda da função motora esquelética (que progride para
incoordenação motora, câimbras musculares, fraqueza,
fasciculação e paralisia)
Mecanismo de Ação
 Acetilcolinesterase: principal alvo
 Inibição que aumenta a concentração de
acetilcolina endógena na vizinhança dos
receptores colinérgicos
 Reversível
 Irreversível: envelhecimento “caduca”
Antagonistas Muscarínicos
 Atropina
• Adjuvante em anestesia (redução das secreções
e broncodilatação)
• Tratamento da bradicardia sinusal (após infarto do
miocárdio);
• Reanimação cardiopulmonar
• Intoxicação por anticolinesterásicos (inibidores da
acetilcolinesterase)
Antagonistas Muscarínicos
 Escopolamina hioscina Buscopan®) V.O., E.V.
• Antiespasmódico
 Ipratrópio (Atrovent ®)
Via pulmonar
Hidrossolúvel (ação local)-aerossol
O efeito máximo é observado em 30 min ou mais e
tem
duração de 3-5 h
Usos: Crises agudas de asma e bronquite
(broncodilatação
e redução de muco
Antagonistas Muscarínicos
 Incontinência Urinária / Espasmo Vesical /
Enurese
 Oxibutirina, Propantelina, Diciclomina,
Tolterodina
 Mal de Parkinson (Ação Central): Triexfenidil /
Biperideno
Mal de Parkinson
Mal de Parkinson
Embora a terapia básica do parkinson consista em
repor a
deficiência dopaminérgica, mais do que bloquear o
excesso colinérgico, os antimuscarínicos são
algumas
vezes utilizados para casos leves ou em
associação com
outros agentes (levodopa) em casos graves.
• O uso é indicado para bloqueio muscarínico
central, mas
devido ao bloqueio periférico, podem ocorrer
sintomas
Toxicidade Aguda
 Nicotina: dose fatal 40mg a 1 gota do líquido puro
(dois cigarros comuns)
 Ações estimulantes centrais, convulsões, coma e
parada respiratória; hipertensão e arritmias
cardíacas.
 Tratamento do envenenamento: Atropina, diazepam
(via parenteral)
 Recuperação em até 4 horas, recuperação
completa caso não haj hipóxia e lesão cerebral.
Toxicidade Crônica
 Risco aumentado de doenças vasculares e
mortes súbitas coronárias associadas ao fumo.
 Incidência e Recidivas de úlceras em fumantes
portadores de úlceras pépticas.
 Inibidores da Colinesterase:
 Uso de pesticidas na agricultura e no lar
 Miose, salivação, sudorese, constrição brônquica,
vômitos e diarréia e efeitos sobre o SNC
Toxicidade
 Inibidores da Colinesterase:
 Tratamento:
 Manutenção dos sinais vitais
 Descontaminação (remoção de roupas e
lavagem da pele)
 Atropina parenteral em altas doses
 Pralidoxima (Consegue restaurar a atividade
da AChE antes de ocorrer o “envelhecimento”.
Só é efetiva dentro de 6h.

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  • 1. Professora: Sara Falcão Farmacologia do Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático
  • 2.
  • 5. Acetilcolina - É um efetor da contração muscular na junção Neuromuscular • Neurotransmissor das junções pré- ganglionares do SNA • Atua por meio de 2 tipos de receptores:
  • 6. Efeitos sobre Sistemas e Órgãos  Agonistas muscarínicos: Conhecimento dos efeitos da estimulação dos nervos parassimpáticos e da distribuição dos receptores muscarínicos.  Agonistas nicotínicos são previsíveis com base no conhecimento da fisiologia dos gânglios autônomos e da placa motora terminal do músculo esquelético.
  • 7. Drogas Colinomiméticas  São estimulantes dos receptores de acetilcolina e inibidores da colinesterase (imitam a ação da acetilcolina)  Classificados pelo:  Espectro de Ação (dependente do receptor ativado – nicotinico ou mucarinico)  Mecanismo de Ação: Diretos (receptores colinérgicos) ou Indiretos (inibem a hidrólise da acetilcolina endógena)
  • 8. Receptores Colinérgicos Tipos Localização M1 Nervos M2 Coração, nervos, músculo liso M3 Glândulas, músculo liso, endotélio M4 SNC M5 SNC Nm Junção neuromuscular dos músculos esqueléticos Nn Corpo celular pós ganglionar, dendritos M1 e M3: ligados a proteína G excitatória M2 e M4: ligados a proteína G inibitória
  • 10. Espectro de Ação  Fármacos  Seletivas para muscarinicos  Seletiva para nicotinicos  Seletiva para nicotinicos nos gânglios e menos nas junções neuromusculares.  Seletividade Farmacocinética: vias de administração  Estimulantes muscarínicos: via tópica – superfície do olho para modificar a função ocular, minimizando os efeitos sistêmicos.
  • 11. Modo de Ação  Ação direta ou indireta  Direta: ligam-se a receptores muscarínicos e nicotínicos, ativando-os  Indireta: inibem a acetilcolinesterase que hidrolisa a acetilcolina em colina e ácido acético, desta forma aumentando a concentração de acetilcolina nas fendas sinápticas e nas junções neuroefetoras.  Excesso = respostas intensificadas  Inibem a butirilcolinesterase ou pseudocolinesterase: quando presentes em altas concentrações  Carbamatos e neostigmina – ativam os receptores colinérgicos nicotínicos neuromusculares e
  • 12. Farmacologia Clínica  Principais usos terapêuticos:  Doenças dos Olhos (glaucoma, esotropia acomodativa)  TGI e Trato urinário (atonia pós-operatória, bexiga neurogênica)  Junção Neuromuscular (miastenia grave, paralisia neuromuscular induzida por curare)  Coração (arritmias atriais)  Drogas de Ação indireta: Superdosagem de
  • 13. Farmacologia Clínica  Donepezil, Rivastigmina, Galantamina  Usados em Doença de Alzheimer e outras afecções que provocam disfunção cognitiva e demência  Produzem alívio sintomático modesto ao reduzirem a velocidade de progressão do déficit cognitivo, funcionais e de comportamento
  • 14. Efeitos sobre Sistemas e Órgãos  Olho: Agonistas muscarínicos no saco conjuntival provoca contração do músculo liso do esfíncter da íris (resultando em miose) e do músculo ciliar (produzindo acomodação).  Uso clínico:  Glaucoma: doença caracterizada pelo aumento da pressão intraocular  Primário:  Ângulo fechado ou Ângulo Aberto  Secundário: traumatismo, inflamação ou procedimento cirúrgico
  • 15. Efeitos sobre Sistemas e Órgãos  Olho:  Estimulantes muscarínicos e inibidores da acetilcolinesterase reduzem a pressão intra- ocular ao produzir contração do corpo ciliar, de modo a facilitar o fluxo de humor aquoso e talvez ao diminuir sua taxa de secreção.  Agonistas diretos (pilocarpina, metacolina, carbacol)  Inibidores da Colinesterase (fisostigmina, demecário, ecotiofato, isoflurofato)  Glaucoma de ângulo fechado (emergência médica) inicialmente tratada com drogas, logo cirurgia para correção permanente.
  • 16. Efeitos sobre Sistemas e Órgãos  Olho:  Glaucoma de ângulo aberto ou glaucoma secundário: não passíveis de correção cirúrgica (técnicas a laser)  Tratamento farmacológico a longo prazo: parassimpatocomiméticos, adrenalina, bloqueadores dos receptores beta adrenérgicos e inibidores da anidrase carbônica  Pilocarpina (gotas ou película de plástico colocada no saco conjuntival)  Carbacol (gotas)  Demecário e Ecotiofato (ação prolongada, casos outros fármacos não resolvam)
  • 17. Efeitos sobre Sistemas e Órgãos  Olho:  Esotropia Acomodativa: (estrabismo – erro de acomodação) em crianças de pouca idade tratadas com agonistas colinomiméticos.
  • 18. Farmacologia Clínica  TGI e Trato Urinário:  Depressão da atividade do músculo liso sem obstrução: drogas diretas ou indiretas podem ser úteis.  Íleo paralítico pós operatório: atonia ou paralisia do estômago ou do intestino após manipulação cirúrgica.  Megacólon congênito  Retenção urinária: pós operatório ou pós parto ou ainda secundária a uma lesão ou doença da medula espinhal (bexiga neurogênica)  Aumentar o tônus do esfíncter esofágico inferior em pacientes com esofagite de refluxo.
  • 19. Farmacologia Clínica  TGI e Trato Urinário:  Betanecol: mais utilizado (ação direta)  Para problemas gastrintestinais: via oral de 10 a 25mg 3 a 4 vezes ao dia  Retenção urinária: via subcutânea – 5mg – repetido em 30 minutos caso haja necessidade.  Neostigmina: mais utilizado (ação indireta)  Íleo paralítico ou atonia da bexiga: via subcutânea, 0,5 a 1mg / via oral 15mg  Certeza de não haver obstrução mecânica ao fluxo, caso contrário, há exacerbação do problema e perfuração em consequência do aumento da pressão.
  • 20. Farmacologia Clínica  Miastenia grave: doença que afeta as junções neuromusculares dos músculos esqueléticos, processo auto-imune que induz a produção de anticorpos, diminuindo o número de receptores nicotínicos funcionais nas placas terminais pós- juncionais.  Sintomas: fraqueza, fadiga (desaparecem com o repouso e agravam-se com o exercício  Afetam qualquer músculo esquelético, mais acometem mais os pequenos músculos da cabeça, do pescoço e dos membros.  Dificuldade na fala e na deglutição e fraqueza dos membros.
  • 21. Farmacologia Clínica  Miastenia Grave:  Extremamente sensíveis à ação de drogas curariformes e de outros fármacos que interferem na transmissão neuromuscular (antibióticos aminoglicosídeos)  Tratamento farmacológico: drogas de ação indireta  Timectomia ou terapia imunossupressora (adrenocorticosteróides e ciclosporina)  Edrôfonio: teste diagnóstico - via endovenosa – 2mg (medidas basais de força muscular) 45 segundos mais 8mg – Diagnóstico de miastenia: melhora muscular em 5 minutos
  • 22. Farmacologia Clínica  Miastenia Grave:  Doses excessivas por drogas de ação indireta: agravam a fraqueza muscular (crise miastênica)  Terapia a longo prazo: neostigmina, piridostigmina ou ambenônio  Ação curta – Doses frequentes  Neostigmina (a cada 2 ou 4 horas)  Piridostigmina e Ambenônio (3 a 6 horas)  Preparações de liberação prolongada
  • 23. Farmacologia Clínica  Cirurgias  Bloqueio neuromuscular produzido com adjuvante da anestesia cirúrgica, utilizando relaxantes neuromusculares (curare, pancurônio).  Reversão desta paralisia farmacológica: drogas de ação indireta  Neostigmina e Edrofônio (via intravenosa ou intramuscular para efeito imediato)
  • 24. Agonistas Muscarínicos  a) Pilocarpina e carbacol: Tratamento de glacucoma (tópico) Xerostomia e halitose (pilocarpina)  b) Betanecol (Liberan), v.o., s.c. Tratamento da distensão abdominal pós-operatória (Aumento da motilidade gastrintestinal), retenção urinária e retenção gástrica;  • Contra-indicações: obstrução mecânica das vias urinárias ou TGI, asma brônquica, úlcera péptica, hipotensão ou acentuada bradicardia).
  • 25. Drogas de Ação Indireta  As ações da acetilcolina liberada dos nervos autônomos e motores somáticos são interrompidas com a destruição enzimática da molécula (hidrólise efetuada pela acetilcolinesterase) encontrada em altas concentrações nas sinapses colinérgicas.  Fármacos de ação indireta atuam diretamente no sítio ativo desta enzima, embora alguns possuam ação nos receptores nicotínicos.  Uso mais importante: como inseticidas, embora alguns tenham aplicações terapêuticas
  • 26. Anticolinesterásicos  a) Os inibidores reversíveis podem ser de ação curta (edrofônio) ou média (neostigmina, fisostigmina).  b) Os inibidores irreversíveis são de ação extremamente longa: organofosfatos, diflos, ecotiopatos; •Bradicardia, hipotensão, secreções excessivas, broncoconstrição, hipermotilidade gastrintestinal e redução da pressão intra-ocular; •No músculo esquelético, provoca aumento na tensão da contração espasmódica e pode produzir bloqueio
  • 27. Drogas de Ação Indireta Usos Duração de Ação Álcoois Edrofônio Miatenia grave, íleo, arritmias 5 a 15 minutos Carbamatos e Agentes Correlatos Neostigmina Miastenia grave, íleo paralítico 0,5 a 2 horas Piridostigmina Miastenia grave 3 a 6 horas Fisostigmina Glaucoma 0,5 a 2 horas Ambenônio Miastenia grave 4 a 8 horas Demecário Glaucoma 4 a 6 horas Organofosforados Ecotiofato Glaucoma 100 horas
  • 28. Anticolinesterásicos Irreversíveis  Compostos organoclorados: DDT, DDD, BHC, Aldrin e Endossulfan  Compostos organofosforados: Clorpirifós, Coumafós, Diazinon, Diclorvos (DDVP), Fenitrotion, Fenthion, Supona (Clorfenvinfos) e Triclorfon (Metrifonato).  Compostos carbamatos: Carbaril, Propoxur, Trisdimetilditiocarbamato, Aldicarb e Carbofuran.
  • 29. Sinais de Intoxicação  Crise colinérgica: Distúrbios gastrintestinais (náuseas, vômitos, diarréia, salivação excessiva) Distúrbio respiratório (broncoespasmo, e aumento das secreções brônquicas) Alterações cardiovasculares (bradicardia, bloqueio AV, hipotensão. Obs: pode haver taquicardia reflexa devido à hipotensão e à liberação de adrenalina pelas adrenais) Distúrbios visuais (visão embaçada, miose) / Sudorese Perda da função motora esquelética (que progride para incoordenação motora, câimbras musculares, fraqueza, fasciculação e paralisia)
  • 30. Mecanismo de Ação  Acetilcolinesterase: principal alvo  Inibição que aumenta a concentração de acetilcolina endógena na vizinhança dos receptores colinérgicos  Reversível  Irreversível: envelhecimento “caduca”
  • 31. Antagonistas Muscarínicos  Atropina • Adjuvante em anestesia (redução das secreções e broncodilatação) • Tratamento da bradicardia sinusal (após infarto do miocárdio); • Reanimação cardiopulmonar • Intoxicação por anticolinesterásicos (inibidores da acetilcolinesterase)
  • 32. Antagonistas Muscarínicos  Escopolamina hioscina Buscopan®) V.O., E.V. • Antiespasmódico  Ipratrópio (Atrovent ®) Via pulmonar Hidrossolúvel (ação local)-aerossol O efeito máximo é observado em 30 min ou mais e tem duração de 3-5 h Usos: Crises agudas de asma e bronquite (broncodilatação e redução de muco
  • 33. Antagonistas Muscarínicos  Incontinência Urinária / Espasmo Vesical / Enurese  Oxibutirina, Propantelina, Diciclomina, Tolterodina  Mal de Parkinson (Ação Central): Triexfenidil / Biperideno
  • 35. Mal de Parkinson Embora a terapia básica do parkinson consista em repor a deficiência dopaminérgica, mais do que bloquear o excesso colinérgico, os antimuscarínicos são algumas vezes utilizados para casos leves ou em associação com outros agentes (levodopa) em casos graves. • O uso é indicado para bloqueio muscarínico central, mas devido ao bloqueio periférico, podem ocorrer sintomas
  • 36. Toxicidade Aguda  Nicotina: dose fatal 40mg a 1 gota do líquido puro (dois cigarros comuns)  Ações estimulantes centrais, convulsões, coma e parada respiratória; hipertensão e arritmias cardíacas.  Tratamento do envenenamento: Atropina, diazepam (via parenteral)  Recuperação em até 4 horas, recuperação completa caso não haj hipóxia e lesão cerebral.
  • 37. Toxicidade Crônica  Risco aumentado de doenças vasculares e mortes súbitas coronárias associadas ao fumo.  Incidência e Recidivas de úlceras em fumantes portadores de úlceras pépticas.  Inibidores da Colinesterase:  Uso de pesticidas na agricultura e no lar  Miose, salivação, sudorese, constrição brônquica, vômitos e diarréia e efeitos sobre o SNC
  • 38. Toxicidade  Inibidores da Colinesterase:  Tratamento:  Manutenção dos sinais vitais  Descontaminação (remoção de roupas e lavagem da pele)  Atropina parenteral em altas doses  Pralidoxima (Consegue restaurar a atividade da AChE antes de ocorrer o “envelhecimento”. Só é efetiva dentro de 6h.