5. Acetilcolina
- É um efetor da
contração
muscular na junção
Neuromuscular
• Neurotransmissor
das
junções pré-
ganglionares
do SNA
• Atua por meio de 2
tipos
de receptores:
6. Efeitos sobre Sistemas e Órgãos
Agonistas muscarínicos: Conhecimento dos
efeitos da estimulação dos nervos
parassimpáticos e da distribuição dos receptores
muscarínicos.
Agonistas nicotínicos são previsíveis com base
no conhecimento da fisiologia dos gânglios
autônomos e da placa motora terminal do
músculo esquelético.
7. Drogas Colinomiméticas
São estimulantes dos receptores de acetilcolina e
inibidores da colinesterase (imitam a ação da
acetilcolina)
Classificados pelo:
Espectro de Ação (dependente do receptor
ativado – nicotinico ou mucarinico)
Mecanismo de Ação: Diretos (receptores
colinérgicos) ou Indiretos (inibem a hidrólise da
acetilcolina endógena)
8. Receptores Colinérgicos
Tipos Localização
M1 Nervos
M2 Coração, nervos, músculo liso
M3 Glândulas, músculo liso, endotélio
M4 SNC
M5 SNC
Nm Junção neuromuscular dos músculos
esqueléticos
Nn Corpo celular pós ganglionar, dendritos
M1 e M3: ligados a proteína G excitatória
M2 e M4: ligados a proteína G inibitória
10. Espectro de Ação
Fármacos
Seletivas para muscarinicos
Seletiva para nicotinicos
Seletiva para nicotinicos nos gânglios e menos
nas junções neuromusculares.
Seletividade Farmacocinética: vias de
administração
Estimulantes muscarínicos: via tópica – superfície
do olho para modificar a função ocular,
minimizando os efeitos sistêmicos.
11. Modo de Ação
Ação direta ou indireta
Direta: ligam-se a receptores muscarínicos e
nicotínicos, ativando-os
Indireta: inibem a acetilcolinesterase que
hidrolisa a acetilcolina em colina e ácido acético,
desta forma aumentando a concentração de
acetilcolina nas fendas sinápticas e nas junções
neuroefetoras.
Excesso = respostas intensificadas
Inibem a butirilcolinesterase ou
pseudocolinesterase: quando presentes em altas
concentrações
Carbamatos e neostigmina – ativam os receptores
colinérgicos nicotínicos neuromusculares e
12. Farmacologia Clínica
Principais usos terapêuticos:
Doenças dos Olhos (glaucoma, esotropia
acomodativa)
TGI e Trato urinário (atonia pós-operatória,
bexiga neurogênica)
Junção Neuromuscular (miastenia grave,
paralisia neuromuscular induzida por curare)
Coração (arritmias atriais)
Drogas de Ação indireta: Superdosagem de
13. Farmacologia Clínica
Donepezil, Rivastigmina, Galantamina
Usados em Doença de Alzheimer e outras
afecções que provocam disfunção
cognitiva e demência
Produzem alívio sintomático modesto ao
reduzirem a velocidade de progressão do
déficit cognitivo, funcionais e de
comportamento
14. Efeitos sobre Sistemas e Órgãos
Olho: Agonistas muscarínicos no saco
conjuntival provoca contração do músculo liso
do esfíncter da íris (resultando em miose) e do
músculo ciliar (produzindo acomodação).
Uso clínico:
Glaucoma: doença caracterizada pelo
aumento da pressão intraocular
Primário:
Ângulo fechado ou Ângulo Aberto
Secundário: traumatismo, inflamação ou
procedimento cirúrgico
15. Efeitos sobre Sistemas e Órgãos
Olho:
Estimulantes muscarínicos e inibidores da
acetilcolinesterase reduzem a pressão intra-
ocular ao produzir contração do corpo ciliar, de
modo a facilitar o fluxo de humor aquoso e talvez
ao diminuir sua taxa de secreção.
Agonistas diretos (pilocarpina, metacolina,
carbacol)
Inibidores da Colinesterase (fisostigmina,
demecário, ecotiofato, isoflurofato)
Glaucoma de ângulo fechado (emergência
médica) inicialmente tratada com drogas, logo
cirurgia para correção permanente.
16. Efeitos sobre Sistemas e Órgãos
Olho:
Glaucoma de ângulo aberto ou glaucoma
secundário: não passíveis de correção cirúrgica
(técnicas a laser)
Tratamento farmacológico a longo prazo:
parassimpatocomiméticos, adrenalina,
bloqueadores dos receptores beta adrenérgicos
e inibidores da anidrase carbônica
Pilocarpina (gotas ou película de plástico
colocada no saco conjuntival)
Carbacol (gotas)
Demecário e Ecotiofato (ação prolongada,
casos outros fármacos não resolvam)
17. Efeitos sobre Sistemas e Órgãos
Olho:
Esotropia Acomodativa: (estrabismo – erro
de acomodação) em crianças de pouca idade
tratadas com agonistas colinomiméticos.
18. Farmacologia Clínica
TGI e Trato Urinário:
Depressão da atividade do músculo liso sem
obstrução: drogas diretas ou indiretas podem ser
úteis.
Íleo paralítico pós operatório: atonia ou paralisia
do estômago ou do intestino após manipulação
cirúrgica.
Megacólon congênito
Retenção urinária: pós operatório ou pós parto ou
ainda secundária a uma lesão ou doença da
medula espinhal (bexiga neurogênica)
Aumentar o tônus do esfíncter esofágico inferior
em pacientes com esofagite de refluxo.
19. Farmacologia Clínica
TGI e Trato Urinário:
Betanecol: mais utilizado (ação direta)
Para problemas gastrintestinais: via oral de 10 a 25mg
3 a 4 vezes ao dia
Retenção urinária: via subcutânea – 5mg – repetido
em 30 minutos caso haja necessidade.
Neostigmina: mais utilizado (ação indireta)
Íleo paralítico ou atonia da bexiga: via subcutânea, 0,5
a 1mg / via oral 15mg
Certeza de não haver obstrução mecânica ao fluxo,
caso contrário, há exacerbação do problema e
perfuração em consequência do aumento da pressão.
20. Farmacologia Clínica
Miastenia grave: doença que afeta as junções
neuromusculares dos músculos esqueléticos,
processo auto-imune que induz a produção de
anticorpos, diminuindo o número de receptores
nicotínicos funcionais nas placas terminais pós-
juncionais.
Sintomas: fraqueza, fadiga (desaparecem com o
repouso e agravam-se com o exercício
Afetam qualquer músculo esquelético, mais
acometem mais os pequenos músculos da
cabeça, do pescoço e dos membros.
Dificuldade na fala e na deglutição e fraqueza
dos membros.
21. Farmacologia Clínica
Miastenia Grave:
Extremamente sensíveis à ação de drogas
curariformes e de outros fármacos que interferem
na transmissão neuromuscular (antibióticos
aminoglicosídeos)
Tratamento farmacológico: drogas de ação
indireta
Timectomia ou terapia imunossupressora
(adrenocorticosteróides e ciclosporina)
Edrôfonio: teste diagnóstico - via endovenosa –
2mg (medidas basais de força muscular) 45
segundos mais 8mg – Diagnóstico de
miastenia: melhora muscular em 5 minutos
22. Farmacologia Clínica
Miastenia Grave:
Doses excessivas por drogas de ação indireta:
agravam a fraqueza muscular (crise
miastênica)
Terapia a longo prazo: neostigmina,
piridostigmina ou ambenônio
Ação curta – Doses frequentes
Neostigmina (a cada 2 ou 4 horas)
Piridostigmina e Ambenônio (3 a 6 horas)
Preparações de liberação prolongada
23. Farmacologia Clínica
Cirurgias
Bloqueio neuromuscular produzido com
adjuvante da anestesia cirúrgica, utilizando
relaxantes neuromusculares (curare, pancurônio).
Reversão desta paralisia farmacológica: drogas
de ação indireta
Neostigmina e Edrofônio (via intravenosa ou
intramuscular para efeito imediato)
24. Agonistas Muscarínicos
a) Pilocarpina e carbacol:
Tratamento de glacucoma (tópico)
Xerostomia e halitose (pilocarpina)
b) Betanecol (Liberan), v.o., s.c.
Tratamento da distensão abdominal pós-operatória
(Aumento da motilidade gastrintestinal), retenção
urinária e
retenção gástrica;
• Contra-indicações: obstrução mecânica das vias
urinárias ou TGI, asma brônquica, úlcera péptica,
hipotensão ou acentuada bradicardia).
25. Drogas de Ação Indireta
As ações da acetilcolina liberada dos nervos
autônomos e motores somáticos são interrompidas
com a destruição enzimática da molécula (hidrólise
efetuada pela acetilcolinesterase) encontrada em
altas concentrações nas sinapses colinérgicas.
Fármacos de ação indireta atuam diretamente no
sítio ativo desta enzima, embora alguns possuam
ação nos receptores nicotínicos.
Uso mais importante: como inseticidas, embora
alguns tenham aplicações terapêuticas
26. Anticolinesterásicos
a) Os inibidores reversíveis podem ser de ação
curta (edrofônio) ou média (neostigmina,
fisostigmina).
b) Os inibidores irreversíveis são de ação
extremamente longa: organofosfatos, diflos,
ecotiopatos;
•Bradicardia, hipotensão, secreções excessivas,
broncoconstrição, hipermotilidade gastrintestinal e
redução da pressão intra-ocular;
•No músculo esquelético, provoca aumento na tensão
da contração espasmódica e pode produzir bloqueio
27. Drogas de Ação Indireta
Usos Duração de Ação
Álcoois
Edrofônio Miatenia grave, íleo,
arritmias
5 a 15 minutos
Carbamatos e
Agentes Correlatos
Neostigmina Miastenia grave, íleo
paralítico
0,5 a 2 horas
Piridostigmina Miastenia grave 3 a 6 horas
Fisostigmina Glaucoma 0,5 a 2 horas
Ambenônio Miastenia grave 4 a 8 horas
Demecário Glaucoma 4 a 6 horas
Organofosforados
Ecotiofato Glaucoma 100 horas
29. Sinais de Intoxicação
Crise colinérgica:
Distúrbios gastrintestinais (náuseas, vômitos, diarréia,
salivação excessiva)
Distúrbio respiratório (broncoespasmo, e aumento das
secreções brônquicas)
Alterações cardiovasculares (bradicardia, bloqueio AV,
hipotensão.
Obs: pode haver taquicardia reflexa devido à hipotensão e
à liberação de adrenalina pelas adrenais)
Distúrbios visuais (visão embaçada, miose) / Sudorese
Perda da função motora esquelética (que progride para
incoordenação motora, câimbras musculares, fraqueza,
fasciculação e paralisia)
30. Mecanismo de Ação
Acetilcolinesterase: principal alvo
Inibição que aumenta a concentração de
acetilcolina endógena na vizinhança dos
receptores colinérgicos
Reversível
Irreversível: envelhecimento “caduca”
31. Antagonistas Muscarínicos
Atropina
• Adjuvante em anestesia (redução das secreções
e broncodilatação)
• Tratamento da bradicardia sinusal (após infarto do
miocárdio);
• Reanimação cardiopulmonar
• Intoxicação por anticolinesterásicos (inibidores da
acetilcolinesterase)
32. Antagonistas Muscarínicos
Escopolamina hioscina Buscopan®) V.O., E.V.
• Antiespasmódico
Ipratrópio (Atrovent ®)
Via pulmonar
Hidrossolúvel (ação local)-aerossol
O efeito máximo é observado em 30 min ou mais e
tem
duração de 3-5 h
Usos: Crises agudas de asma e bronquite
(broncodilatação
e redução de muco
35. Mal de Parkinson
Embora a terapia básica do parkinson consista em
repor a
deficiência dopaminérgica, mais do que bloquear o
excesso colinérgico, os antimuscarínicos são
algumas
vezes utilizados para casos leves ou em
associação com
outros agentes (levodopa) em casos graves.
• O uso é indicado para bloqueio muscarínico
central, mas
devido ao bloqueio periférico, podem ocorrer
sintomas
36. Toxicidade Aguda
Nicotina: dose fatal 40mg a 1 gota do líquido puro
(dois cigarros comuns)
Ações estimulantes centrais, convulsões, coma e
parada respiratória; hipertensão e arritmias
cardíacas.
Tratamento do envenenamento: Atropina, diazepam
(via parenteral)
Recuperação em até 4 horas, recuperação
completa caso não haj hipóxia e lesão cerebral.
37. Toxicidade Crônica
Risco aumentado de doenças vasculares e
mortes súbitas coronárias associadas ao fumo.
Incidência e Recidivas de úlceras em fumantes
portadores de úlceras pépticas.
Inibidores da Colinesterase:
Uso de pesticidas na agricultura e no lar
Miose, salivação, sudorese, constrição brônquica,
vômitos e diarréia e efeitos sobre o SNC
38. Toxicidade
Inibidores da Colinesterase:
Tratamento:
Manutenção dos sinais vitais
Descontaminação (remoção de roupas e
lavagem da pele)
Atropina parenteral em altas doses
Pralidoxima (Consegue restaurar a atividade
da AChE antes de ocorrer o “envelhecimento”.
Só é efetiva dentro de 6h.