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ADOLESCÊNCIA
Profª.: Fernanda Oliveira
PEDIATRA
@fernandaoliveiraped
Do latim adolescere, “crescer” ,
entrar na adolescência,
desenvolver-se para entrar na
adolescência; crescer.
ADOLESCÊNCIA PUBERDADE
CONCEITOS
É o período de desenvolvimento situado entre a infância e a idade adulta,
delimitado cronologicamente pela OMS e MS como a faixa dos 10 aos 20 anos
de idade.
Juventude compreende a faixa etária de 15 a 24 anos.
Segundo ECA considera criança até 12 anos de idade incompletos e a
adolescência de 12 a 18 anos de idade.
O código civil brasileiro considera a maioridade aos 18 anos e em algumas
situações aos 16 anos (emancipação, casamento).
O adolescente pode ter o voto opcional como eleitor e cidadão a partir dos 16
anos.
O conceito de menor fica subentendido para os menores de 18 anos
ADOLESCÊNCIA
Período cronológico
Mudanças: biológicas, psicológicas e sociais (interação
com a sociedade)
Aspectos peculiares conforme o ambiente sociocultural no
qual o jovem encontra-se inserido.
Exercício pleno de sua autonomia.
PUBERDADE
Modificações corporais
Caracteres sexuais secundários e
Mudança no ritmo de crescimento: aceleração e término do
crescimento
Eventos hormonais: gonadarca e adrenarca
 GNRH  LH/FSH  esteroides gonadais (ovário e testículos
com auento de liberação dos hormônios estrógenos e
progesterona);
 Adrenal  mineralocorticoide e cortisol  androgênios
O início se dá pelo aparecimento do botão mamário
nas meninas e aumento do volume testicular nos
meninos;
Término: fechamento das epífises, maturação sexual,
estabelecimento da capacidade reprodutiva
A puberdade é um parâmetro universal e ocorre de
maneira semelhante em todos os indivíduos;
Meninas: 8 aos 13 anos
Meninos: 9 aos 14 anos
PRESERVAÇÃO DA AUTONOMIA
Respeito à privacidade, à confidencialidade, ao direito de
opinião e expressão, ao direito à escolha e ao consentimento
informado para a realização de toda e qualquer intervenção.
PRIVACIDADE
É um direito, independente da idade.
Não está obrigatoriamente ligada a confidencialidade.
Se busca não excluir a família ou diluir o seu papel, mas
passar ao adolescente a responsabilidade pelo cuidado com
a sua saúde.
Exceção:
1. Déficit intelectual relevante
2. Falta de crítica (dist. Psiquiátrico/drogadição)
3. Desejo do adolescente de estar acompanhado
4. Referência explícita ou suspeita de abuso sexual ou
violência.
CONFIDENCIALIDADE
Garantir o sigilo.
É assegurado ao adolescente o direito de comparecer
sozinho à consulta.
O adulto o acompanha, por imaturidade, nervosismo,
insegurança.
Vulnerabilidade: necessidade de um cuidado ainda mais
amplo e sensível.
maior suscetibilidade às mais diferentes situações de
risco como:
A gravidez precoce,
doenças sexualmente transmissíveis (DST),
acidentes,
diversos tipos de violência,
maus tratos,
uso de drogas,
evasão escolar
O profissional deve mostrar interesse pela problemática do adolescente,
seus anseios e preocupações.
Ter domínio na arte da medicina e boa formação científica na área da
adolescência.
Conhecer: processos de crescimento e desenvolvimento, transtornos
psicológicos típicos dessa idade.
Possuir cultura geral e humanística, além de formação moral e ética.
Ser capaz de transmitir calor humano, entusiasmo e empatia.
Tomar consciência dos próprios preconceitos e evitar julgamentos.
Garantir absoluto sigilo médico e respeito ao pudor.
Ter equilíbrio emocional e boa saúde.
Apresentar características de acessibilidade, tolerância, compreensão e
honestidade.
CONSULTA DO ADOLESCENTE
 A primeira consulta: entrevista com a família, junto com
o adolescente ou não, seguida de um encontro individual
com o paciente e um retorno com presença de todos
para as orientações necessárias.
A consulta deve ser cordial para que os pacientes se
percebam valorizados e participativos, exercendo sua
pro-atividade.
A acolhida hostil e inflexível, que imponha uma série de
exigências, pode afastar o adolescente.
 É preciso que fique claro ao jovem que nada será
tratado com seus pais/responsáveis sem que ele seja
informado previamente, mesmo quando é preciso romper
o sigilo, conscientizando-o da importância de informar
determinadas situações.
ANAMNSESE
 Do ponto de vista didático, pode-se dividir a anamnese em
três ou mais momentos:
1. entrevista com paciente e familiares juntos
2. entrevista com o paciente a sós e
3. Retorno para cliente e pais/responsáveis.
 Roteiro do exame físico:
 Devem ser avaliados ou examinados:
 Aspectos gerais (aparência física, pele hidratada, eupneico,
normocorado, etc.);
Peso, altura, índice de massa corporal (IMC)/idade e altura/idade –
utilizar gráficos e critérios da OMS;
Pregas cutâneas;
Pressão arterial (deve ser mensurada pelo menos uma vez/ano e
compará-las às curvas de pressão arterial para idade.
Acuidade visual com escala de Snellen;
Estado nutricional;
Tireoide, cavidade oral, otoscopia;
Coluna Vertebral e postura;
Exame neurológico e mental;
A genitália deve ser avaliada ao final do exame físico, no próximo
momento oportuno se paciente não permitiu, especialmente se houver
queixa
Maturação sexual - utilizar critérios de Tanner (masculino e feminino),
orquidômetro para avaliar o volume testicular.
 Na adolescência – altura e peso – em ambos os sexos
seguem as seguintes fases.
1. Fase de crescimento estável – altura e peso – são
constantes 4 e 6cm e 2 a 3kg/ano respectivamente;
2. Fase de aceleração de crescimento – a velocidade aumenta
progressivamente até atingir um valor máximo (pico de
velocidade do crescimento) - estirão pubertário.
3. Fase de desaceleração - na qual os incrementos diminuem
gradativamente até a parada do crescimento.
Velocidades de crescimento em diferentes estágios de vida:
Intrauterina = 66 cm/ano.
Lactente = 20 a 25 cm/ano.
Pré-puberal = 5 a 7 cm/ano. (pré-escolar 2 a 6 anos: 7-8cm/a
// escolar 6 a 11 anos: 6-7cm/a)
Puberal >12 anos:
- Masculino = 10 a 12 cm/ano.
- Feminino = 8 a 10 cm/ano.
 ALVO GENÉTICO: a estatura sofre influência de fatores genéticos e, a
partir desse conhecimento, o cálculo do alvo genético avalia a herança
(estatura dos pais) na determinação da faixa de estatura final.
 (é a altura média a qual o paciente deve atingir de acordo com a genética
de sua família).
 Meninos:
(estatura paterna) + (estatura materna + 13) ± 10 cm
_________________________________________
2
 Meninas:
(estatura paterna – 13) + (estatura materna) ± 9,0 cm
_________________________________________
2
 Maturação Óssea:
 A estatura final independe da idade cronológica, ocorrendo quando há
fusão completa entre epífise e metáfise dos ossos.
 Estirão de crescimento:
 É uma das características da puberdade.
 À medida que a puberdade se aproxima, a velocidade de crescimento
(VC) apresenta uma pequena redução.
 Sofre influência de fatores hereditários e nutricionais.
 Nas meninas, costuma ocorrer mais cedo (2 anos antes) e em menor
magnitude do que nos meninos.
 O pico de velocidade costuma ser de 9 cm/ano em meninas e de 10,3
cm/ano em meninos.
 Durante a puberdade, há ganho de 20% da estatura final.
 M1 - Estágio 1
 Pré-púbere
 (somente elevação da papila)
 M2 – Estágio 2
 Broto mamário (telarca)
 Secreção de estrogênio ovariano
 Tecido glandular subareolar
 M3 - Estágio 3
 Maior aumento da mama e da aréola,
 sem separação dos seus contornos
 Velocidade máx de crescim – pico (8-9cm/a)
 M4 - Estágio 4
 Projeção da aréola
e da papila, com aréola saliente
em relação ao contorno da mama.
 Menarca (2-2,5anos após telarca).
 Crescimento de forma desacelerada.
 M5 - Estágio 5
 Aréola volta ao contorno da mama,
saliência somente da papila.
 Mama adulta.
Desenvolvimento da
pilosidade
 P1 – ausência de pêlos pubianos.
 P2 – crescimento esparsos dos pêlos
finos e lisos nas bordas dos grandes
lábios.
 Resultado da adrenarca.
 P3 – pêlos mais escuros, espessos e
encaracolados ascendendo á sínfise púbica
 P4 – pêlos encaracolados e
mais grossos apenas na sínfise púbica.
 P5 – pêlos na púbis e raiz das
coxas e acima da região
púbica – adultos.
O primeiro sinal de puberdade no sexo
feminino é o aparecimento do broto mamário
(telarca) - de 9 a 11 anos.
 após os pelos pubianos (pubarca).
 primeira menstruação (menarca).
E a menstruação?
 A menstruação é a eliminação cíclica (mensal) de sangue e descamação
de tecidos uterino pela vagina, a partir do amadurecimento dos órgãos
sexuais e reprodutivos.
 Durante os dois primeiros anos, é normal que os ciclos menstruais
(tempo que se passa entre uma menstruação e a próxima) sejam
irregulares, podendo variar também na duração e na quantidade de
sangramento.
Sexo Masculino
 G1 – pênis, testículos e escroto infantis.
 G2 – aumento do volume testicular e escroto
 Testiculos > ou = 4ml
 Gonadotrofina
 G3 – aumento do volume do escroto e
pênis (comprimento).
 G4 – aumento do volume testicular e
escroto e aumento do pênis em
comprimento e espessura (diâmetro).
 Pico do crescimento: 9-10cm/ano
 G5 – genital do adulto em tamanho
e forma.
Pêlos
• P1 – pêlos pubianos ausentes
 P2 – crescimento de pêlos esparsos
e finos na base do pênis e saco escrotal
 P3 – pêlos mais encaracolados escuros
e espessos na sínfise púbica
 P4 – pêlos encaracolados e mais grossos apenas na
sínfise
 P5 – pêlos no púbis e na raiz da coxa e acima da
região púbica - adulto.
O primeiro sinal de puberdade no sexo masculino: aumento
do volume testicular (acima de 3ml);
Em torno dos 13-14 anos;
Acompanhado do aparecimento dos pelos pubianos e
aumento do pênis em comprimento e espessura.
A mudança vocal ocorre em torno de 13-15 anos, período de
transformações anatômicas e no final da puberdade voz do
adulto.
A ejaculação ocorre por volta dos 15-16 anos, durante os
estágios P4 e G4 de desenvolvimento dos pelos e gônadas -
marca o início da capacidade reprodutiva
(espermatogênese).
Quando suspeitar de anormalidades da
puberdade?
• Surgimento de características sexuais secundárias
antes dos 8 anos nas meninas e dos 9 anos nos
meninos.
• Quando a puberdade se acompanha de manifestações
heterossexuais, ou seja, sinais de virilização no sexo
feminino ou de feminilização no sexo masculino.
• Ausência de mamas a partir dos 13 anos ou de pelos
púbicos a partir dos 14 anos no sexo feminino.
• Ausência de menarca a partir dos 16 anos ou após
dois a três anos de surgimento da telarca.
• Ausência de pelos púbicos a partir dos 14,5 anos ou
ausência do aumento do volume testicular a partir dos
14 anos no sexo masculino.
PUBERDADE PRECOCE
Carácter secundário e aceleração do crescimento antes do período
normal para o sexo;
Menina: antes dos 8 anos
Menino: antes dos 9 anos
Tipos:
1. Central (dependente de GnRH): idiopática, lesão SNC  aumento de
gonadotrofinas (LH,FSH)
2. Periférica (independe de GnRH): doenças gonadais e adrenais 
gonadotrofinas em níveis pré-puberal.
CONCLUSÃO
 O pediatra precisa estar preparado para atender o adolescer,
um fenômeno que se configura como um etapa da vida
resultante de transformações que acompanha o fenômeno da
puberdade, no qual interagem os fatores psíquicos,
socioculturais e as diversas realidades existenciais de cada
adolescente, e nós fazemos parte desse complexo processo,
passageiro, mas definitivo para um “adultecer” sadio.
OBRIGADA!!!
Tudo começa a mudar: corpo, cabeça,
valores... Até parece
que, a partir desse momento, não
precisamos de
mais nada, nem de ninguém; somos só
nós e o mundo...
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Rito de Passagem, redação escolar.

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ADOLESCÊNCIA E PUBERDADE

  • 2. Do latim adolescere, “crescer” , entrar na adolescência, desenvolver-se para entrar na adolescência; crescer.
  • 4. CONCEITOS É o período de desenvolvimento situado entre a infância e a idade adulta, delimitado cronologicamente pela OMS e MS como a faixa dos 10 aos 20 anos de idade. Juventude compreende a faixa etária de 15 a 24 anos. Segundo ECA considera criança até 12 anos de idade incompletos e a adolescência de 12 a 18 anos de idade. O código civil brasileiro considera a maioridade aos 18 anos e em algumas situações aos 16 anos (emancipação, casamento). O adolescente pode ter o voto opcional como eleitor e cidadão a partir dos 16 anos. O conceito de menor fica subentendido para os menores de 18 anos
  • 5. ADOLESCÊNCIA Período cronológico Mudanças: biológicas, psicológicas e sociais (interação com a sociedade) Aspectos peculiares conforme o ambiente sociocultural no qual o jovem encontra-se inserido. Exercício pleno de sua autonomia.
  • 6. PUBERDADE Modificações corporais Caracteres sexuais secundários e Mudança no ritmo de crescimento: aceleração e término do crescimento Eventos hormonais: gonadarca e adrenarca  GNRH  LH/FSH  esteroides gonadais (ovário e testículos com auento de liberação dos hormônios estrógenos e progesterona);  Adrenal  mineralocorticoide e cortisol  androgênios
  • 7. O início se dá pelo aparecimento do botão mamário nas meninas e aumento do volume testicular nos meninos; Término: fechamento das epífises, maturação sexual, estabelecimento da capacidade reprodutiva A puberdade é um parâmetro universal e ocorre de maneira semelhante em todos os indivíduos; Meninas: 8 aos 13 anos Meninos: 9 aos 14 anos
  • 8. PRESERVAÇÃO DA AUTONOMIA Respeito à privacidade, à confidencialidade, ao direito de opinião e expressão, ao direito à escolha e ao consentimento informado para a realização de toda e qualquer intervenção.
  • 9. PRIVACIDADE É um direito, independente da idade. Não está obrigatoriamente ligada a confidencialidade. Se busca não excluir a família ou diluir o seu papel, mas passar ao adolescente a responsabilidade pelo cuidado com a sua saúde. Exceção: 1. Déficit intelectual relevante 2. Falta de crítica (dist. Psiquiátrico/drogadição) 3. Desejo do adolescente de estar acompanhado 4. Referência explícita ou suspeita de abuso sexual ou violência.
  • 10. CONFIDENCIALIDADE Garantir o sigilo. É assegurado ao adolescente o direito de comparecer sozinho à consulta. O adulto o acompanha, por imaturidade, nervosismo, insegurança.
  • 11. Vulnerabilidade: necessidade de um cuidado ainda mais amplo e sensível. maior suscetibilidade às mais diferentes situações de risco como: A gravidez precoce, doenças sexualmente transmissíveis (DST), acidentes, diversos tipos de violência, maus tratos, uso de drogas, evasão escolar
  • 12. O profissional deve mostrar interesse pela problemática do adolescente, seus anseios e preocupações. Ter domínio na arte da medicina e boa formação científica na área da adolescência. Conhecer: processos de crescimento e desenvolvimento, transtornos psicológicos típicos dessa idade. Possuir cultura geral e humanística, além de formação moral e ética. Ser capaz de transmitir calor humano, entusiasmo e empatia. Tomar consciência dos próprios preconceitos e evitar julgamentos. Garantir absoluto sigilo médico e respeito ao pudor. Ter equilíbrio emocional e boa saúde. Apresentar características de acessibilidade, tolerância, compreensão e honestidade. CONSULTA DO ADOLESCENTE
  • 13.  A primeira consulta: entrevista com a família, junto com o adolescente ou não, seguida de um encontro individual com o paciente e um retorno com presença de todos para as orientações necessárias. A consulta deve ser cordial para que os pacientes se percebam valorizados e participativos, exercendo sua pro-atividade. A acolhida hostil e inflexível, que imponha uma série de exigências, pode afastar o adolescente.  É preciso que fique claro ao jovem que nada será tratado com seus pais/responsáveis sem que ele seja informado previamente, mesmo quando é preciso romper o sigilo, conscientizando-o da importância de informar determinadas situações.
  • 14.
  • 15. ANAMNSESE  Do ponto de vista didático, pode-se dividir a anamnese em três ou mais momentos: 1. entrevista com paciente e familiares juntos 2. entrevista com o paciente a sós e 3. Retorno para cliente e pais/responsáveis.
  • 16.  Roteiro do exame físico:  Devem ser avaliados ou examinados:  Aspectos gerais (aparência física, pele hidratada, eupneico, normocorado, etc.); Peso, altura, índice de massa corporal (IMC)/idade e altura/idade – utilizar gráficos e critérios da OMS; Pregas cutâneas; Pressão arterial (deve ser mensurada pelo menos uma vez/ano e compará-las às curvas de pressão arterial para idade. Acuidade visual com escala de Snellen; Estado nutricional; Tireoide, cavidade oral, otoscopia; Coluna Vertebral e postura; Exame neurológico e mental; A genitália deve ser avaliada ao final do exame físico, no próximo momento oportuno se paciente não permitiu, especialmente se houver queixa Maturação sexual - utilizar critérios de Tanner (masculino e feminino), orquidômetro para avaliar o volume testicular.
  • 17.  Na adolescência – altura e peso – em ambos os sexos seguem as seguintes fases. 1. Fase de crescimento estável – altura e peso – são constantes 4 e 6cm e 2 a 3kg/ano respectivamente; 2. Fase de aceleração de crescimento – a velocidade aumenta progressivamente até atingir um valor máximo (pico de velocidade do crescimento) - estirão pubertário. 3. Fase de desaceleração - na qual os incrementos diminuem gradativamente até a parada do crescimento.
  • 18. Velocidades de crescimento em diferentes estágios de vida: Intrauterina = 66 cm/ano. Lactente = 20 a 25 cm/ano. Pré-puberal = 5 a 7 cm/ano. (pré-escolar 2 a 6 anos: 7-8cm/a // escolar 6 a 11 anos: 6-7cm/a) Puberal >12 anos: - Masculino = 10 a 12 cm/ano. - Feminino = 8 a 10 cm/ano.
  • 19.  ALVO GENÉTICO: a estatura sofre influência de fatores genéticos e, a partir desse conhecimento, o cálculo do alvo genético avalia a herança (estatura dos pais) na determinação da faixa de estatura final.  (é a altura média a qual o paciente deve atingir de acordo com a genética de sua família).  Meninos: (estatura paterna) + (estatura materna + 13) ± 10 cm _________________________________________ 2  Meninas: (estatura paterna – 13) + (estatura materna) ± 9,0 cm _________________________________________ 2
  • 20.  Maturação Óssea:  A estatura final independe da idade cronológica, ocorrendo quando há fusão completa entre epífise e metáfise dos ossos.  Estirão de crescimento:  É uma das características da puberdade.  À medida que a puberdade se aproxima, a velocidade de crescimento (VC) apresenta uma pequena redução.  Sofre influência de fatores hereditários e nutricionais.  Nas meninas, costuma ocorrer mais cedo (2 anos antes) e em menor magnitude do que nos meninos.  O pico de velocidade costuma ser de 9 cm/ano em meninas e de 10,3 cm/ano em meninos.  Durante a puberdade, há ganho de 20% da estatura final.
  • 21.  M1 - Estágio 1  Pré-púbere  (somente elevação da papila)  M2 – Estágio 2  Broto mamário (telarca)  Secreção de estrogênio ovariano  Tecido glandular subareolar  M3 - Estágio 3  Maior aumento da mama e da aréola,  sem separação dos seus contornos  Velocidade máx de crescim – pico (8-9cm/a)
  • 22.  M4 - Estágio 4  Projeção da aréola e da papila, com aréola saliente em relação ao contorno da mama.  Menarca (2-2,5anos após telarca).  Crescimento de forma desacelerada.  M5 - Estágio 5  Aréola volta ao contorno da mama, saliência somente da papila.  Mama adulta.
  • 23. Desenvolvimento da pilosidade  P1 – ausência de pêlos pubianos.  P2 – crescimento esparsos dos pêlos finos e lisos nas bordas dos grandes lábios.  Resultado da adrenarca.  P3 – pêlos mais escuros, espessos e encaracolados ascendendo á sínfise púbica
  • 24.  P4 – pêlos encaracolados e mais grossos apenas na sínfise púbica.  P5 – pêlos na púbis e raiz das coxas e acima da região púbica – adultos.
  • 25. O primeiro sinal de puberdade no sexo feminino é o aparecimento do broto mamário (telarca) - de 9 a 11 anos.  após os pelos pubianos (pubarca).  primeira menstruação (menarca).
  • 26. E a menstruação?  A menstruação é a eliminação cíclica (mensal) de sangue e descamação de tecidos uterino pela vagina, a partir do amadurecimento dos órgãos sexuais e reprodutivos.  Durante os dois primeiros anos, é normal que os ciclos menstruais (tempo que se passa entre uma menstruação e a próxima) sejam irregulares, podendo variar também na duração e na quantidade de sangramento.
  • 27. Sexo Masculino  G1 – pênis, testículos e escroto infantis.  G2 – aumento do volume testicular e escroto  Testiculos > ou = 4ml  Gonadotrofina  G3 – aumento do volume do escroto e pênis (comprimento).
  • 28.  G4 – aumento do volume testicular e escroto e aumento do pênis em comprimento e espessura (diâmetro).  Pico do crescimento: 9-10cm/ano  G5 – genital do adulto em tamanho e forma.
  • 29. Pêlos • P1 – pêlos pubianos ausentes  P2 – crescimento de pêlos esparsos e finos na base do pênis e saco escrotal  P3 – pêlos mais encaracolados escuros e espessos na sínfise púbica
  • 30.  P4 – pêlos encaracolados e mais grossos apenas na sínfise  P5 – pêlos no púbis e na raiz da coxa e acima da região púbica - adulto.
  • 31. O primeiro sinal de puberdade no sexo masculino: aumento do volume testicular (acima de 3ml); Em torno dos 13-14 anos; Acompanhado do aparecimento dos pelos pubianos e aumento do pênis em comprimento e espessura. A mudança vocal ocorre em torno de 13-15 anos, período de transformações anatômicas e no final da puberdade voz do adulto. A ejaculação ocorre por volta dos 15-16 anos, durante os estágios P4 e G4 de desenvolvimento dos pelos e gônadas - marca o início da capacidade reprodutiva (espermatogênese).
  • 32. Quando suspeitar de anormalidades da puberdade? • Surgimento de características sexuais secundárias antes dos 8 anos nas meninas e dos 9 anos nos meninos. • Quando a puberdade se acompanha de manifestações heterossexuais, ou seja, sinais de virilização no sexo feminino ou de feminilização no sexo masculino. • Ausência de mamas a partir dos 13 anos ou de pelos púbicos a partir dos 14 anos no sexo feminino. • Ausência de menarca a partir dos 16 anos ou após dois a três anos de surgimento da telarca. • Ausência de pelos púbicos a partir dos 14,5 anos ou ausência do aumento do volume testicular a partir dos 14 anos no sexo masculino.
  • 33. PUBERDADE PRECOCE Carácter secundário e aceleração do crescimento antes do período normal para o sexo; Menina: antes dos 8 anos Menino: antes dos 9 anos Tipos: 1. Central (dependente de GnRH): idiopática, lesão SNC  aumento de gonadotrofinas (LH,FSH) 2. Periférica (independe de GnRH): doenças gonadais e adrenais  gonadotrofinas em níveis pré-puberal.
  • 34. CONCLUSÃO  O pediatra precisa estar preparado para atender o adolescer, um fenômeno que se configura como um etapa da vida resultante de transformações que acompanha o fenômeno da puberdade, no qual interagem os fatores psíquicos, socioculturais e as diversas realidades existenciais de cada adolescente, e nós fazemos parte desse complexo processo, passageiro, mas definitivo para um “adultecer” sadio.
  • 35. OBRIGADA!!! Tudo começa a mudar: corpo, cabeça, valores... Até parece que, a partir desse momento, não precisamos de mais nada, nem de ninguém; somos só nós e o mundo... SNR, 13 anos de idade, Rito de Passagem, redação escolar.